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Captação de Água Da Chuva:: Felipe Augusto Fedozzi
Captação de Água Da Chuva:: Felipe Augusto Fedozzi
Engenharia Ambiental
Campinas
2013
FELIPE AUGUSTO FEDOZZI – R.A. 004200900052
Campinas
2013
FELIPE AUGUSTO FEDOZZI
Banca Examinadora
___________________________________________________________________
Prof.º Me. Helton Salles de Oliveira (Orientador)
Universidade São Francisco
___________________________________________________________________
Prof.º Dr. Wilson José Figueiredo Alves Junior (Examinador)
Universidade São Francisco
___________________________________________________________________
Prof.º Eng.º João Bosco Ribeiro de Siqueira (Examinador)
Universidade São Francisco
Ao condomínio Plaza das Flores e seus
moradores, pela preservação do meio ambiente.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a minha família em primeiro lugar, por ter garantido os meus estudos des-
de infância até o momento atual com muita dedicação, principalmente minha avó Maria Apa-
recida, pois sem ela não teria a oportunidade de fazer a graduação.
Ao meu professor e orientador Helton Salles de Oliveira que me deu o suporte para o
desenvolvimento deste trabalho.
À minha professora e coorientadora Maria Cândida M. C. Baptista que instruiu a mi-
nha turma de engenharia ambiental desde início do curso sobre as metodologias e posturas
a serem utilizadas durante a elaboração e apresentação de trabalhos.
Ao professor Arnaldo Gomes que me guiou e mostrou os conceitos técnicos neces-
sários para conclusão do projeto.
À síndica Maite Paiva e o zelador Renir Simões do condomínio onde resido e foi ela-
borado o projeto, pelo tempo e compreensão dedicados a formulação do mesmo.
Aos meus pais, pela educação e pelo amor com que fui criado.
E também a minha namorada Karina Derigo, que me deu motivação e auxílio, além
de muita paciência durante todo o período de elaboração deste trabalho.
"Senhor dá-me serenidade para aceitar tudo aquilo
que não pode e não deve ser mudado. Dá-me força para
mudar tudo o que pode e deve ser mudado. Mas, acima
de tudo, dá-me sabedoria para distinguir uma coisa da
outra."
RESUMO
A conservação do meio ambiente tem sido uma preocupação maior a cada dia e a
água sendo um dos principais recursos da natureza, essencial à vida, a qual se deve ter
cuidados especiais a partir de equipamentos, técnicas e métodos voltados à sua conserva-
ção e preservação. Dada a importância foi elaborado um projeto para o bem comum do meio
ambiente e ao condomínio onde resido como pratica ecológica e econômica. Observado em
determinado momento, que no condomínio já haviam grandes potenciais instalados, mas
desativados e sem utilização, foi decidido elaborar uma intervenção. Então o seguinte traba-
lho se refere ao projeto de captação de água pluvial a partir desse potencial já existente, a
fim de elaborar um projeto de baixo custo. Utilizando o telhado e os condutores até a caixa
de passagem e a cisterna já existentes para o desenvolvimento do projeto para retenção de
água pluvial e uma determinada finalidade a ela. Primeiramente foi conversado com a síndi-
ca e o zelador do condomínio para estudo e conhecimento do local a ser implantado, e tam-
bém uma melhor alternativa de aplicação dessa água no condomínio. Além de pesquisa
eletrônica e consulta em livros e estudos de projetos, assim como a utilização e análise do
manual do condomínio. Com os resultados obtidos pode-se notar um investimento de baixo
custo e que pagará seu investimento inicial em pouco tempo, alem de colaborar com a redu-
ção do consumo de água. A finalidade será colocar em pauta para votação dos condôminos
em reunião de aprovação desse projeto.
The conservation of the environment has been a major concern every day and the
water being one of the main resources of nature, essential to life, which should take special
care from equipment, techniques and methods aimed at their conservation and preservation.
Given the importance of a project for the common good of the environment and the condo
where I live as ecological and economic practices was drawn up. Observed at one point that
the condo had great potential already installed but disabled and unused, it was decided to
draw up an intervention. Then the following labor refers to the project of capturing rainwater
from that existing potential in order to develop a low cost project. Using the roof and drivers
to the junction box and the existing development project for rainwater retention tank and a
determined purpose to it. It was first talked with the caretaker and Sindhi - ca condo for study
and local knowledge to be deployed, and also a better alternative to the use of this water in
the condo. In addition to electronic research and consultation in books and studies projects,
as well as the use and analysis of the condominium manual. With the results obtained, we
can notice a low cost investment and will pay your initial investment in a short time, in addi-
tion to collaborating with the reduction of water consumption. The purpose will be put on the
agenda for a vote at a meeting of the shareholders for approval of this project.
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 11
1 CAMPINAS ............................................................................................................. 12
1.1 História ................................................................................................................. 12
1.2 Localização e Acessos ......................................................................................... 12
1.3 Vegetação ............................................................................................................ 16
1.4 Hidrografia............................................................................................................ 16
1.5 População ............................................................................................................ 17
1.6 Urbanização ......................................................................................................... 18
2 SISTEMA DE CAPTAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA ................................................ 20
2.1 Importância da água ............................................................................................. 20
2.2 Práticas Sustentáveis ........................................................................................... 21
2.2.1 Construções ecológicas..................................................................................... 23
2.2.2 Aproveitamento de águas da chuva .................................................................. 24
2.3 O Potencial Pluviométrico no Brasil ...................................................................... 25
2.3.1 O índice pluviométrico anual de Campinas ........................................................ 27
2.4 Coleta da Água Pluvial ......................................................................................... 28
2.5 Cisternas .............................................................................................................. 30
2.6 Bombeamento ...................................................................................................... 32
2.6.1 Características das bombas .............................................................................. 32
3 CONDOMÍNIO PLAZA DAS FLORES .................................................................... 33
3.1 Breve Histórico ..................................................................................................... 33
3.2 Condomínio .......................................................................................................... 33
3.4 Antiga ETE ........................................................................................................... 35
4 IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA ......... 37
4.1 Análise das tendências do condomínio................................................................. 37
4.2 Área da superfície de captação ............................................................................ 37
4.3 Cálculo Para Volume de Água Coletado............................................................... 38
4.4 Análise dos Materiais e Componentes Existentes ................................................ 39
4.4.1 Cobertura .......................................................................................................... 39
4.4.2 Telhado ............................................................................................................. 39
4.4.3 Calhas ............................................................................................................... 42
4.4.4 Condutores ........................................................................................................ 43
4.4.5 Caixa de passagem ........................................................................................... 43
4.4.6 Cisterna ............................................................................................................. 44
5 RESULTADOS........................................................................................................ 46
5.1 Tendências do Condomínio e Elaboração do Projeto ........................................... 46
5.2 Cálculo da Área da Superfície de Captação ......................................................... 46
5.3 Volume de Água Coletado .................................................................................... 46
5.4 Adaptações e Percurso ........................................................................................ 47
5.5 Lista de Materiais ................................................................................................. 48
5.5.1 Separador de folhas .......................................................................................... 48
5.5.2 Condutores ........................................................................................................ 48
5.5.3 Ventosa ............................................................................................................. 49
5.5.4 Separador de fluxo ............................................................................................ 50
5.5.5 Sensor de nível-d’água ...................................................................................... 50
5.5.6 Motor-Bomba..................................................................................................... 50
5.5.7 Mangueira ......................................................................................................... 51
5.6 Área de irrigação .................................................................................................. 51
5.6.1 Cálculo anual..................................................................................................... 52
5.7 Custo Financeiro .................................................................................................. 52
5.9 Balanço ................................................................................................................ 54
5.11 Tempo de Retorno do Investimento .................................................................... 55
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 56
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 57
11
INTRODUÇÃO
1 CAMPINAS
1.1 História
Segundo IBGE (2013)1, o nome Campinas foi dado por volta de 1721/1730 pela exis-
tência de três “campinhos” em um Distrito de Jundiaí entre Jundiaí e Mogi-Mirim, onde era
um descanso de tropeiros que iam ou vinham de Goiás ou Cuiabá e ficou conhecida como
“Campinas do Mato-Grosso” na época do governo de D. Rodrigo Cesar de Menezes. E a
concessão da primeira sesmaria da terra foi datada em 1728.
A partir de 1739 iniciou-se o povoamento da terra com a chegada de Barreto Leme e
seu pessoal que formou um bairro rural. Em 1767 foi feito o primeiro recenseamento pelo
Governador da capitania de São Paulo, Morgado de Mateus que acusava esse bairro a exis-
tência de algumas famílias, que viviam em sua maioria na lavoura. Em 1772 os moradores
do bairro reclamam sua primeira capela por falta de assistência religiosa, que só era possí-
vel em Jundiaí.
Em 27 de maio de 1774 o Governador capitão General D. Luís Antônio de Souza Bo-
telho Mourão assinou um ato que outorgava a Barreto Leme o título de "fundador, adminis-
trador e diretor" do núcleo urbano a ser fundado e outro ato determinando a medida de ruas
e quadras, e instalação das casas, este foi o primeiro plano urbanístico de Campinas, embo-
ra rudimentar, as normas e diretrizes para o arruamento do povoado e construção das habi-
tações.
Logo a seguir, a 14 de julho de 1774, frei Antônio de Pádua, primeiro vigário da Pa-
róquia, rezou a missa, inaugurando-se assim a capela provisória coberta de palha e feita ás
pressas. Com isso, instalou-se a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição e fundou-se a
povoação.
Segundo dados do (IBGE, 2013)2, Campinas tem uma área de 794 km². A ILUS-
TRAÇÃO 1, mostra o mapa referente à localização do município de Campinas.
1
IBGE Cidades@. Campinas-SP. Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=350950>. Acesso em: 11 mai. 2013.
2
IBGE Cidades@. Campinas-SP. Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=350950>. Acesso em: 11 mai. 2013
13
Fonte: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=350950#>
ILUSTRAÇÃO 1 - Mapa da região de Campinas.
3
INFOGEO. Latitude e Longitude. Disponível em:
<http://geofontesdeinformacoa.blogspot.com.br/2012/11/latitude-e-longitude.html>. Acesso em: 11
mai. 2013.
14
Fonte: <http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://todanovidade.com.br/wp-content/gallery/rosa-
dos-ventos/rosa-dos-ventos-1.jpg&imgrefurl=http://todanovidade.com.br/ciencia/rosa-dos-
ven-
tos/&h=800&w=900&sz=49&tbnid=LvDS1Sftk4JJSM:&tbnh=90&tbnw=101&prev=/search%3Fq%3Dro
sa%2Bdos%2Bventos%26tbm%3Disch%26tbo%3Du&zoom=1&q=rosa+dos+ventos&usg=__gdJB3s
mqfJYkTG754f9YjDXksAo=&docid=TXKMe7tkGulhhM&sa=X&ei=kT6hUYjoHbO50QGD3YCYAw&ved
=0CCoQ9QEwAA&dur=5511>
ILUSTRAÇÂO 2 - Rosa dos ventos
4
SANASA Campinas. Informações Gerais. Disponível em:
<http://www.sanasa.com.br/noticias/not_con3.asp?flag=PC&par_nrod=2>. Acesso em: 11 mai.
2013
15
Fonte: <http://www.google.com.br/search?hl=pt-
BR&q=mapa+de+campinas&bav=on.2,or.r_qf.&bvm=bv.47008514,d.dmQ&biw=1024&bih=474&wrapi
d=tlif136951959043610&um=1&ie=UTF-8&sa=N&tab=lw>
ILUSTRAÇÃO 3 - Ilustração de municípios ao redor de Campinas
Fonte:<http://www.google.com.br/imgres?q=mapa+com+estradas+de+campinas&sa=X&hl=pt-
BR&biw=1024&bih=474&tbm=isch&tbnid=M8UHEP4Xq3tguM:&imgrefurl=http://www.fcm.unicamp.br/f
cm/institucional/localizacao&docid=gjxj7jspsbNqSM&imgurl=http://www.fcm.unicamp.br/fcm/sites/defa
ult/files/images/mapas/mapa-
aces-
so01.gif&w=497&h=459&ei=FjahUY_wCavE0AHRo4Bw&zoom=1&iact=rc&dur=156&page=1&tbnh=1
48&tbnw=160&start=0&ndsp=10&ved=1t:429,r:1,s:0,i:84&tx=143&ty=45>
ILUSTRAÇÃO 4 - Mapa das rodovias em Campinas
16
1.3 Vegetação
1.4 Hidrografia
Quanto à hidrografia, de acordo com (SANASA, 2013)8, Campinas está localizada in-
tegralmente na bacia do rio Tietê, recebendo águas dos rios: Piracicaba e Capivari.Na parte
norte de Campinas o rio Piracicaba é formado pelos rios Jaguari e Atibaia, a partir das suas
confluências no município de Americana.
Na sua margem esquerda, ou seja, na parte oeste de Campinas após atravessar os
municípios de Sumaré, Nova Odessa e Americana, o rio que se destaca é o Ribeirão Qui-
lombo cujas nascentes se encontram entre os bairros do Chapadão e dos Amarais.
5
IBGE Cidades@. Campinas-SP. Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=350950>. Acesso em: 11 mai. 2013
6
CERRADO. O cerrado brasileiro. Disponível em: <http://www.portalbrasil.net/cerrado.htm>. Acesso
em: 12 mai. 2013.
7
SUA PESQUISA.COM. Mata Atlântica. Disponível em:
<http://www.suapesquisa.com/geografia/vegetacao/mata_atlantica.htm>. Acesso em: 12 mai. 2013.
8
SANASA Campinas. Informações Gerais. Disponível em:
<http://www.sanasa.com.br/noticias/not_con3.asp?flag=PC&par_nrod=2>. Acesso em: 11 mai. 2013
17
Na parte Sul, o rio Capivari atravessa Campinas, afluente direto do Rio Tietê, após
se desenvolver pelos municípios de Monte Mor, Capivari, Rafard e Mombuca.
Córregos e ribeirões fazem parte da rede de drenagem interna do município, sendo
bastante densa, toda convergente para as três grandes sub-bacias citadas (Atibaia/Jaguari,
Quilombo, Capivari), e responsável pelo esgotamento e transporte das águas pluviais e ser-
vidas.
1.5 População
Segundo dados do (IBGE,2013)9, Campinas é uma cidade que tem 1.080.113 habi-
tantes (censo 2010), sua evolução populacional foi registrada nos anos de 1991, 1996,
2000, 2007 e 2010, assim como segue o gráfico.
Fonte: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=350950#
ILUSTRAÇÂO 5 - Censo populacional em 1991, 1996, 2000, 2007 e 2010.
Segundo o censo demográfico em 1991, consta que Campinas tinha 847.595 habi-
tantes. Em 1996 a contagem populacional mostra 903.462 habitantes; em 2000 o censo
demográfico marca 969.396 habitantes, em 2007 a contagem populacional foi para
1.030.297 habitantes. Em 2010 já registrava 1.080.113.
9
IBGE Cidades@. Campinas-SP. Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=350950>. Acesso em: 11 mai. 2013
18
1.6 Urbanização
10
BRASIL ESCOLA. Urbanização. Disponível em:
<http://www.brasilescola.com/brasil/urbanizacao.htm>. Acesso em: 12 mai. 2013.
11
SCRIPTA NOVA. Revista Electrónica de Geografía y Ciencias Sociales. Universidade de Barcelo-
na, 1 de agosto de 2000. Disponível em: <http://www.ub.edu/geocrit/sn-69-73.htm>. Acesso em: 14
mai. 2013.
19
12
FONSECA, Helena Rizzarri, 2010. A urbanização contemporânea de Campinas e o processo de
constituição da região do Jardim Campo Belo. Disponível em:
<http://www.ige.unicamp.br/cact/semana2010/wp-content/uploads/2010/10/FONSECAHelena.pdf>.
Acesso em: 14 mai. 2013.
20
Para o autor, “A água é uma substância imprescindível à vida quanto o oxigênio, está
presente na troposfera em decorrência das propriedades físicas de mudança de estado que
possui” (Mendonça, 2007)13. De acordo com o autor, o ciclo da água está presente no ar, ou
seja, na litosfera, biosfera, hidrosfera e atmosfera. Por a água estar em constante transfor-
mação em seu ciclo ela é temporariamente variável na troposfera, assim, como o vapor, a
água pode corresponder a 1/1000 do peso do ar durante o inverno siberiano, por exemplo, e
a 18/1000 do peso do ar de um abafado dia da floresta amazônica, que traz a percepção da
sensação de conforto ou desconforto térmico que produz.
Para que a água seja evaporada a um consumo de 600 cal/gr retidas em forma de
energia por suas moléculas, essa energia é chamada de calor latente de evaporação, que é
responsável por manter a molécula de água como vapor. Por esse processo ao consumir
calor sensível e transformá-lo em latente, estará resfriando o ar, uma vez que essa energia
for consumida não estará mais sendo usada para aquecê-lo.
Segundo o autor Magalhães Junior (2007) 14 a escassez da água tanto qualitativa,
quanto quantitativa estão entre as principais preocupações político ambientais atuais. A utili-
zação irracional dos recursos naturais incentivaram a busca por soluções que conciliassem
a exploração econômica com a utilização racional desses recursos, buscando a sustentabili-
dade que nessas circunstancias a gestão ambiental e da água tiveram sua importância re-
forçada nas políticas publicas de desenvolvimento em vários países.
Essa valorização da gestão da água em países como o Brasil exigiu um maior envol-
vimento, participação da sociedade e conscientização de social, levando a princípios de ges-
tão descentralizada e participativa. No século XXI então, iniciou-se como um forte elo mais
eficiente entre-esferas políticas publicas e acadêmica e a sociedade civil.
A expressão gestão da água é entendida por atividades voltadas a documentos ori-
entadores e normativos formados por princípios e diretrizes com o objetivo de promover o
inventario, uso, controle e proteção a água.
Com a gestão é possível fazer um melhor monitoramento da utilização da água, para
que seu uso seja feito de forma adequada e a demanda e oferta desse recurso possam ca-
13
MENDONÇA, Francisco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Vida e
Consciência, 2007. 206 p
14
MAGALHÃES JÚNIOR, Antônio Pereira. Indicadores ambientais e recursos hídricos: Realidade
e perspectivas para o Brasil a partir da experiência francesa. Rio de Janeiro: DFL, 2007. 686 p.
21
15
MOURÂO, Roberto M.F. (2007). Condomínios Sustentáveis. Condomínio Sustentável ou Condomí-
nio Ecológico.Disponível em:
<http://ecobrasil.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=452&sid=68>. Acesso em: 17 mai.
2013.
23
Além disso, vale salientar conforme (VERDE VIDA, 2013) 16que todos produtos e ma-
térias usados sejam de origem ecologicamente corretos que visam usar matérias primas
naturais renováveis obtidas de maneira sustentável, assim como reaproveitamento e reci-
clagem por processos tecnológicos mais limpos. Esses produtos recebem uma tarja ecológi-
ca a partir da análise de todo processo produtivo que deverá ser de matéria prima renovável
ou reaproveitada, priorizando baixo consumo energético, menos carga residual e com pos-
sibilidade máxima de recuperação ou reciclagem.
16
VERDE VIDA. O que é ser ecologicamente correto?. Disponível em:
<http://verdevida.wordpress.com/2007/08/20/o-que-e-ser-ecologicamente-correto/>. Acesso em: 14
mai. 2013.
17
MOURÂO, Roberto M.F. (2007).Condomínios Sustentáveis. Condomínio Sustentável ou Condomí-
nio Ecológico.Disponível em:
<http://ecobrasil.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=452&sid=68>. Acesso em: 17 mai.
2013.
24
18
CETESB. Reuso de água. Disponível em: <http://www.cetesb.sp.gov.br/agua/%C3%81guas-
Superficiais/39-Reuso-de-%C3%81gua>. Acesso em: 20 abr.2013.
19
Aproveitamento de Água de Chuva. Disponível em: <http://www.ecocasa.com.br/aproveitamento-
de-agua-de-chuva.asp>. Acesso em: 2 jun. 2013.
25
Limpeza em geral
Reserva de incêndio
Sistemas de resfriamento (como ar condicionado)
Torneiras e fontes de água para fins não potáveis
Recarga de aqüíferos
Porém para seu uso a água deve ser captada antes que chegue ao solo, para evitar
sua contaminação e o uso de equipamentos mais complexos, é preciso alterar as tubula-
ções já existentes e construir um sistema paralelo ao da água potável. É indicado para utili-
zação residencial, em condomínios ou em instalações industriais e comerciais.
De acordo com Mendonça (2007)20, o Brasil é um país tropical, pois situa-se geogra-
ficamente na faixa tropical o que lhe confere algumas características naturais na sua imensa
extensão territorial. Há uma considerável insolação aliadas à pluviosidade que lhe confere o
clima quente e úmido.
O conhecimento científico da zona tropical somente veio a ser anexada recentemen-
te. Isso deu-se graças que a maioria dos países de expressivo desenvolvimento socioeco-
nômico localizava-se na zona temperada e a colonização da zona tropical tinha caráter ape-
nas expiratório e não de ocupação o que levou ao desinteresse de seus estudos científicos.
Após 1822 a representatividade econômica do Brasil se intensificou graças a sua in-
dependência oficial e se tornou um dos poucos países com acervo de documentos sobre a
caracterização de sua configuração atmosférica e climática, ocorrido nas primeiras décadas
do século XX.
A partir de 1960 os estudos passaram a enfocar-se sobre a interação do clima com
as atividades humanas que avançaram para o levantamento de diretrizes voltadas ao plane-
jamento urbano, agrícola, regional e ambiental, ressaltando o caráter pragmático do conhe-
cimento do clima.
De acordo com Ayoade (2007)21, em metrologia precipitação é definido como qual-
quer deposição em forma liquida ou sólida e derivada da atmosfera. Nos trópicos o termo
20
MENDONÇA, Francisco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Vida e
Consciência, 2007. 206 p
21
AYOADE, J.O..Introdução à climatologia para os trópicos: 12ª edição. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil LTDA, 2007. 382 p.
26
precipitação pluvial é sinônimo de precipitação, pois não há neve exceto em montanhas al-
tas.
A distribuição da precipitação sobre a superfície do planeta é muito mais complexa
do que a insolação ou da temperatura, pois quase toda precipitação ocorre devido à diminu-
ição da temperatura por causa do aumento de pressão nas massas de ar, por isso as chu-
vas são mais elevadas nas áreas de ascendência das massas de ar, na região equatorial,
os principais responsáveis são os ventos horizontais convergentes. Segundo Mendonça
(2007)22: “A distribuição e variabilidade das chuvas no Brasil estão associadas à atuação e a
sazonalidade dos sistemas convectivos de macro e mesoescala e, em especial, da frente
polar atlântica (FPA). Isso explica as diferenças dos regimes pluviométricos encontrados e
que se expressam na diversidade climática do país, com tipos chuvosos, semiáridos, tropi-
cais e subtropicais.” Ainda segundo ele nas regiões sudeste e sul as chuvas são bem distri-
buídas ao longo do ano, já na região norte são abundantes e quase permanentes, enquanto
no nordeste há uma grande escassez, sendo a quantidade na região centro-oeste significa-
tivamente maior que nesta última.
A maior parte das terras brasileiras está inserida na faixa tropical-equatorial, que con-
fere chuvas sazonais com regimes pluviais variados. A variabilidade das chuvas podem o-
casionar problemas tanto na escassez, como nos sertões secos, quanto no excesso, como
as chuvas de verão que atingem a metrópole paulista, causando inundações e grandes con-
gestionamentos superiores a 100 km.
Conforme Ayoade (2007)23, também as áreas próximas a grandes corpos hídricos re-
cebem maior precipitação do que nos interiores dos continentes, enquanto na região equato-
rial a precipitação pluvial é abundante e ocorre durante todo o ano.
Um fator importante na precipitação são as variações sazonais com maior incidên-
cias nos trópicos do que nas áreas extratropicais. A precipitação ocorre principalmente no
verão e abrangendo metade do ano, sendo a outra estação relativamente mais seca, princi-
palmente no inverno. Também nos trópicos a precipitação é mais variável do que em regi-
ões temperadas e também mais sazonal durante o ano.
Há grandes dificuldades para medir a quantidade de precipitação pelo seu alto grau
de variação que é medido pelo grau de probabilidade média que se repete a cada ano, esta-
ção, ou mês dependendo do período considerado. Entre as medidas usadas nos estudos de
precipitação são usadas comumente a variabilidade relativa e o coeficiente de variação, está
última é mais eficiente.
22
MENDONÇA, Francisco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Vida e
Consciência, 2007. 206 p
23
AYOADE, J.O..Introdução à climatologia para os trópicos: 12ª edição. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil LTDA, 2007. 382 p.
27
Existe uma relação inversa entre a quantidade de precipitação pluvial anual e a vari-
abilidade dessa precipitação, a quantidade é mais variável nas regiões secas e subúmidas,
como desertos e estepes nos trópicos, e na região temperada e terras frias das latitudes
mais altas. Já a variabilidade pluvial é pequena nas regiões úmidas dos trópicos e nas lati-
tudes médias ciclônicas. Nas áreas subúmidas e agrícolas, intensamente povoadas, a vari-
abilidade da precipitação, contudo, são mais sérias, causando um amplo fracasso das sa-
fras, e consequentemente fome.
A precipitação exerce considerável influência sobre o modo de vida das pessoas, li-
mitando algumas atividades ao ar livre, além de ser a base para a classificação dos climas
tropicais pelo fato de não ser tão uniforme quanto a temperatura e outros elementos climáti-
cos.
Embora nos trópicos, em qualquer época do ano a precipitação pluvial é efetiva para
o crescimento de plantas, nas latitudes médias somente à isenta de congelamento ou até
que venha a se derreter pode ser utilizada por elas.
24
SAEMA Araras, Serviço de Água, Esgoto e Meio Ambiente do Município de Araras.Índice Pluvio-
métrico. Disponível em: <http://www.saema.com.br/indice-pluviometrico.html>. Acesso em: Acesso
em: 4 de nov. de 2013.
28
Segundo (LORENZETE, 2011)26 as águas de chuva são vistas pela legislação brasi-
leira como esgoto, pois lavam as ruas, pisos e calçadas e levam todas impurezas com ela
para as bocas de lobo, onde acabam sendo descartadas no rio que posteriormente será
captada e passar por um processo de tratamento de água potável. Uma pesquisa da Uni-
versidade da Malásia concluiu que após o início da chuva, somente as primeiras águas car-
reiam ácidos, microrganismos, e outros poluentes atmosféricos, mas em pouco tempo essa
água já adquiri características de água destilada que pode ser coletada, ou seja, a água da
chuva sofre destilação natural eficiente e de forma gratuita, embora inviável o aproveitamen-
to da mesma para beber.
Se não for feito grandes investimentos, pode ser ter apenas o local para armazenar a
água e se posicionado em um lugar alto não precisara de uma bomba para ser utilizada para
lavar jardins, garagens, carros ou quintais. Ou com um investimento maior, poderá ser man-
dado por um sistema de recalque a água captada para uma outra caixa da água que alimen-
25
RESIDENCIAL PAINEIRAS. Índice Pluviométrico de Campinas. Sáb, 11 de Dezembro de 2010.
Disponível em:<http://www.paineirasresidencial.com.br/meio-ambiente/quanto-choveu>. Acesso em: 4
de nov. de 2013.
26
LORENZETE,Helber Henrique de Oliveira. Estudo de vantagens da captação de água de chuva
para uso doméstico.Disponível em:<http://rmai.com.br/v4/Read/657/estudo-de-vantagens-da-
captacao-de-agua-de-chuva-para-uso-domestico.aspx>. Acesso em 20 mar de 2013.
27
COMO instalar um sistema para captar água da chuva (2012). Disponível em:
<http://ecohospedagem.com/como-instalar-um-sistema-para-captar-agua-da-chuva/>. Acesso em 18
mar. 2013>.
29
tara uma rede de encanamentos separada para fins não potáveis que podem abastecer va-
sos sanitários, torneiras de jardim e quintal.
Calhas: tem por objetivo a captação das águas que caem sobre o telhado e conduzi-
las ate condutores verticais. Seus formatos e materiais podem ser variados de acordo com o
projeto arquitetônico como chapadas de aço galvânico folhas-de-flandres, chapas de cobre,
PVC rígido, fibra de vidro, concreto ou alvenaria.
Condutores verticais: tem por objetivo o transporte das águas captadas pela calha
até as redes coletoras.
Caixas coletoras de águas pluviais: é uma caixa detentora de areia que faz a ligação
entre coletores, limpa e desobstrui as canalizações.
Níveis do terreno – Deve ser levado em conta os níveis do terreno para o escoamen-
to da água.
Posicionamento de calha em telhados - As calhas de beiral e platibanda devem ser
fixadas centralmente conforme NBR 10844. A inclinação das calhas devem ser de no míni-
mo 0,5% no sentido dos condutores verticais.
Condutores embutidos e aparentes – Podem ser internos ou internos conforme NBR
10844.
Sobreposição de telhados – Por telhados serem estruturas delicadas, não se deve
jogar grandes vazões de um telhado de nível mais elevado para outro mais baixo para ser
evitado danos a edificação e ao telhado.
28
LORENZETE,Helber Henrique de Oliveira. Estudo de vantagens da captação de água de chuva
para uso domestico.<http://rmai.com.br/v4/Read/657/estudo-de-vantagens-da-captacao-de-agua-de-
chuva-para-uso-domestico.aspx>. Acesso em 20 mar de 2013
29
COMO instalar um sistema para captar água da chuva (2012). Disponível em:
<http://ecohospedagem.com/como-instalar-um-sistema-para-captar-agua-da-chuva/>. Acesso em 18
mar. 2013>.
30
LORENZETE,Helber Henrique de Oliveira. Estudo de vantagens da captação de água de chuva
para uso domestico.<http://rmai.com.br/v4/Read/657/estudo-de-vantagens-da-captacao-de-agua-de-
chuva-para-uso-domestico.aspx>. Acesso em 20 mar de 2013.
30
V= mm x M² x 0,8
V= volume coletado
mm = média pluviométrica da região
M² = área disponível para captação
2.5 Cisternas
31
COMO instalar um sistema para captar água da chuva (2012). Disponível em:
<http://ecohospedagem.com/como-instalar-um-sistema-para-captar-agua-da-chuva/>. Acesso em 18
mar. 2013>.
32
CISTERNAS. Disponível em: <http://www.mds.gov.br/segurancaalimentar/acessoaagua/cisternas>
Acesso em: 18 mar. 2013.
31
O telhado e o filtro para captação devem ser eficientes, e as telhas não de-
vem ser de amianto;
Demanda de água não potável.
Placas;
Tela e arame;
Tijolos;
Ferro-cimento;
Cal.
33
CISTERNAS a captação da água de chuva pelo telhado. Disponível em:
<http://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/cisternas-captacao-agua-chuva/>. Acesso em: 18
mar. 2013.
32
2.6 Bombeamento
34
UNIJORGE – CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO, p.1, 2010. Centro Politécnico. Enge-
nharia de produção. Disponível em:
< http://www.ebah.com.br/content/ABAAABSscAI/sistema-bombeamento>. Acesso em: 25 mar. 2013.
35
CEFET – CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DA BAHIA p.4.Bombas centrífu-
gas. Disponível em:
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA7-MAJ/bombas-centrifugas>. Acesso em: 25 mar. 2013.
33
3.2 Condomínio
36
Direcional Engenharia Ltda. Manual do proprietário Condomínio Residencial Plaza das Flores. Belo
Horizonte - MG. 2001.
37
PESSOA, Leivino Fernando; SIMÕES, Renir Nogueira. Técnico de manutenção do condomínio
Plaza das Flores; Zelador do condomínio Plaza das Flores. Entrevista realizada em 20/05/2013.
34
38
Direcional Engenharia Ltda. Manual do proprietário Condomínio Residencial Plaza das Flores. Belo
Horizonte - MG. 2001.
35
Fonte: https://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl
ILUSTRAÇÃO 6 - Foto do condomínio tirada por satélite
Conforme Pessoa e Simões (2013, informação verbal)39 a ETE foi instalada quando o
condomínio foi construído devido à época que não havia saneamento básico na região. A
ETE tratava o efluente dos blocos H, E, F e G e era constituída por 3 cisternas, onde 2 delas
tinham capacidade para 180000 litros e uma de 75000 litros, que suportava o tratamento do
efluente do condomínio enquanto ele ainda não havia terminado as obras.
Sua desativação foi dada em Maio de 2007, por reclamações de maus odores gerados
pela ETE, por moradores de novas torres construídas próximas a ETE e por não haver mais
necessidade de continuar o seu funcionamento, pois o bairro já havia adquirido coleta e tra-
tamento de esgoto público. As cisternas permanecem sem utilização no mesmo local até a
data atual.
39
PESSOA, Leivino Fernando; SIMÕES, Renir Nogueira. Técnico de manutenção do condomínio
Plaza das Flores; Zelador do condomínio Plaza das Flores. Entrevista realizada em 20/07/2013.
36
Fonte: Foto tirada pessoalmente por Felipe Augusto Fedozzi no Condomínio Plaza das Flores
ILUSTRAÇÃO 7 - Área da antiga ETE
37
A ideia central deste projeto é obter a minimização de gastos, já que foi recusado an-
teriormente em pauta, outra a proposta de captação de água pluvial por causa de altos cus-
tos. Então a fim de encurtar as distâncias para a instalação de emendas no projeto, para
reduzir gastos, o mesmo será aplicado na torre mais próxima às cisternas enterradas, que
eram utilizadas na ETE e que serão reaproveitadas. Observando as condições dos telhados,
calhas, tubos de queda, caixas de passagens, condutores horizontais, terreno, cisternas e
área de irrigação.
V= Volume coletado
mm = média pluviométrica da região
m² = área disponível para captação
39
Fonte: Foto tirada pessoalmente por Felipe Augusto Fedozzi no Condomínio Plaza das Flores
ILUSTRAÇÃO 9 - Perspectiva de uma parte da cobertura da torre
4.4.2 Telhado
Cada torre possui dois telhados 2 águas em sua cobertura, divididos pelo pavimento
barrilete e caixa d’ água. O telhado duas águas da torre coleta as águas pluviais e direciona
para uma calha com uma inclinação próxima a 45°, onde é escoada por dois tubos conduto-
res em seus extremos.
40
Fonte: Foto tirada pessoalmente por Felipe Augusto Fedozzi no Condomínio Plaza das Flores
ILUSTRAÇÃO 10 - Ilustração do telhado da torre
41
4.4.3 Calhas
São feitas de chapa galvanizada, ficam entre o telhado duas águas e direcionam as
águas para os condutores tubo de queda.
43
Fonte: Foto tirada pessoalmente por Felipe Augusto Fedozzi no Condomínio Plaza das Flores
ILUSTRAÇÃO 13 - Ilustração da calha entre o telhado da torre
4.4.4 Condutores
As águas pluviais vinda dos tubos de queda dos dois telhados se unem e deságuam
na caixa de passagem e logo depois são conduzidas onde de encontram com a drenagem
do resto do condomínio e são levadas até as ruas externas ao condomínio.
Fonte: Foto tirada pessoalmente por Felipe Augusto Fedozzi no Condomínio Plaza das Flores
ILUSTRAÇÃO 14 - Ilustração da caixa de inspeção existente
4.4.6 Cisterna
Fonte: Foto tirada pessoalmente por Felipe Augusto Fedozzi no Condomínio Plaza das Flores
ILUSTRAÇÃO 15 - Área da antiga ETE
46
5 RESULTADOS
5.1 Tendências do Condomínio e Elaboração do Projeto
Para o cálculo da área da superfície de coleta de água pluvial de cada torre (para os
dois telhados), usou-se a área de cada apartamento, menos a área da sacada, multiplicado
pela quantidade de apartamentos por pavimento, mais a soma da área comum da torre me-
nos a área da caixa de gordura, respectivamente:
A = (64,15 - 2,75) x 4 + 7,3 x (4,75 + 4,75) - (2,6 x 1,8) =
A = 61,4 x 4 + 7,3 x 9,5 - 4,68 =
A = 245,6 + 69,35 - 4,68 =
A = 310,27m² = 310m² aproximadamente
Multiplicado a área útil do telhado (310m²) pelo índice pluviométrico anual do municí-
pio de Campinas de 1400 mm e a quantidade de água sem perda, chega-se ao resultado de
347,2 m³ ou 347200 L de água pluvial captadas pelo telhado por ano, para ser utilizado na
rega dos jardins. Como cada torre tem dois condutores de cada lado da cobertura e que se
40
PAIVA, Maite; SIMÕES, Renir Nogueira. Síndica atual do condomínio Plaza das Flores; Zelador
do condomínio Plaza das Flores. Entrevista realizada em 20/07/2013.
47
unem a caixa de passagem, se forem coletadas as águas pluviais a partir dessa caixa de
passagem obteremos apenas a metade da água pluvial que cai sobre a cobertura. Então o
projeto propõe a captação de duas caixas de passagem de água pluvial, no caso, as duas
mais próximas da cisterna, a caixa de passagem de trás (lado oposto a entrada do prédio)
do bloco L e a de trás do bloco M, totalizado a quantidade de toda a superfície de captação
de uma torre, já que a estruturas de todos os prédios são iguais, inclusive a mesma.
Quatro separadores de folhas, um para cada entrada dos tubos de queda, que será
usado para conduzir a água pluvial a ser aproveitada no projeto. Com objetivo de reter mate-
riais grosseiros, tais como folhas, galhos e outros materiais que possam afetar a qualidade
da água dentro do reservatório. A peneira é fabricada em material galvanizado com malha
de 5 mm. É um dispositivo que não retém micróbios e contaminantes químicos e deve ter
limpeza frequente.
5.5.2 Condutores
49
5.5.3 Ventosa
41
DIRECIONAL ENGENHARIA LTDA. Manual do proprietário Condomínio Residencial Plaza das
Flores. Belo Horizonte - MG. 2001.
50
Instalado dentro da cisterna, para ter a ciência da quantidade de água disponível pa-
ra utilização.
5.5.6 Motor-Bomba
Pb = .Q.H
75.
Pb = 1000.0,025.5 = 125 = 2,78 cv, comercialmente 3 cv.
75.0,6 45
42
Schneider Motobombas. Instruções gerais de instalação de bombas centrifugas. Manual Técni-
co. Disponível em <http://wiki.sj.ifsc.edu.br/wiki/images/a/af/Scheneider.pdf>. Acesso em: 05 de Nov.
2013.
51
5.5.7 Mangueira
Para uma menor perda de carga a mangueira de recalque utilizada para conduzir a
água da cisterna ao jardim será de 1”, com vazão de 1,5 m³/h ou 0.025 m³/s, com bico de
diâmetro reduzido para aumentar a pressão do esguicho. Terá comprimento de 80 metros
de comprimento para poder fazer a irrigação de todo o jardim em volta dos blocos L, M, e N.
Como não haviam registros da área do jardim eu e Renir Nogueira Simões (Zelador
do Condomínio), medimos manualmente toda a área a partir de trechos dos jardim ao redor
dos blocos L, M e N, utilizando uma trena de 50 metros.
43
HELLER,Léo e PÁDUA,Valter Lúcio De. Abastecimento de água para consumo humano. Belo
Horizonte MG: UFMG, 2006. 859 p.
52
Fonte: https://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl
e editada em AutoCAD por Felipe Augusto Fedozzi
ILUSTRAÇÃO 17 - Área usada para irrigação demarcada em vermelho
44
Maria de Lourdes Daniel Cezar ME. Valor de condutores de PVC. Informação verbal. 15 de Nov.
2013.
45
DUTRA máquinas. Mangueira para irrigação 1’’ 100 metros. Disponível em
<http://www.dutramaquinas.com.br/produtos/mangueira-para-irrigacao-1-100-metros-
8851?gclid=CMfel9mA0boCFc6j4AodIVUAvg> Acesso em: 05 de Nov. 2013
46
MERCADO livre. Bico de mangueira para caminhão de água irrigação novo. Disponível em
<http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-516660226-bico-de-mangueira-para-caminhao-de-agua-
irrigacao-novo-_JM>. Acesso em: 05 de Nov. 2013.
47
Vanguarda Comercial Hidroelétrica Ltda. Valor de válvula de alívio de pressão. Informação ver-
bal. 15 de Nov. 2013
48
ECO hospedagem. Separador de folhas. Disponível em <http://ecohospedagem.com/como-
instalar-um-sistema-para-captar-agua-da-chuva/>. Acesso em: 09 de Nov. 2013.
49
ECO hospedagem. Separador de fluxo. Disponível em <http://ecohospedagem.com/como-instalar-
um-sistema-para-captar-agua-da-chuva/>. Acesso em: 05 de Nov. 2013.
50
ECORACIONAL. Conjunto flutuante de sucção 1". Disponível em
<http://loja.ecoracional.com.br/equipamentos-avulsos/conjunto-flutuante-de-succ-o-1.html/>. Acesso
em: 05 de Nov. 2013.
51
ICOS. Sensor de nível de água. Disponível em <http://www.icos.com.br/SensorDeNivel/>. Acesso
em: 05 de Nov. 2013.
52
Royal. Motobomba 3cv trifásica Schneider.
Disponível em <http://www.royalmaquinas.com.br/loja/website/428/649/maquinas/motobomba-bc-
92s-ha-3cv-trifasica-schneider.html>. Acesso em: 05 de Nov. 2013.
53
Fucoli - somepal. Tabela de preços de 2011. Disponível em
<http://www.canalcentro.pt/galeria/pdfs/c7ab0c1b15a3b10be0c030ce7ff13a02.pdf>. Acesso em: 05
de Nov. 2013.
54
Tend Tudo. Registro. Disponível em <http://www.tendtudo.com.br/registro-esfera-vs-roscavel-1-br-
57---
ti-
gre/p?utm_source=GoogleShopping&utm_campaign=Google_Shopping&utm_medium=xml&gclid=C
M_71sS1hrsCFUMV7AodtQ0ATA>. Acesso em: 05 de Nov. 2013.
55
A. Camargo. Chave magnética trifásica. Disponível em <http://acamargo.com/1874664-produto-
chave-partida-magnetica-trifasica-380-volts>. Acesso em: 05 de Nov. 2013.
54
Total = R$ 4 445,90
Mão de obra total = R$ 3 460,00, orçamento realizado pelo engenheiro civil (informa-
ção verbal)56.
5.8 Balanço
TABELA 1 - Valores da conta de água do Condomínio Plaza das Flores dos meses:
maio, junho, julho e agosto de 2013.
56
CRUZ JUNIOR, Jose Maia da. Consulta de orçamento de mão de obra. Campinas - SP. 4 de
Nov. de 2013. (informação verbal).
57
Fernando Morethson Sampaio. Em seu livro “Orçamento e Custo na Construção”. Disponível em
<http://portal2.tcu.gov.br/portal/pls/portal/docs/2055358.PDF>. Acesso em: 05 de Nov. 2013.
55
Com a captação da água de chuva irá ser economizada em média de 347 200 L de água
potável por ano, o referente a R$ 1 730,82 gastos pelo condomínio para a irrigação do jar-
dim em torno das torres L, M, e N, anualmente.
O custo médio total do projeto é de R$ 8 209,50, então com a economia anual de
R$ 1 730,82, o custo de implantação do projeto se pagará em cerca 4 anos 8 meses e 28
dias.
56
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CISTERNAS a captação da água de chuva pelo telhado. Captação da água de chuva pelo
telhado. Disponível em:
<http://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/cisternas-captacao-agua-chuva/>. Acesso
em: 18 mar. 2013.
ECO hospedagem. Como instalar um sistema para captar água da chuva (2012). Dispo-
nível em: <http://ecohospedagem.com/como-instalar-um-sistema-para-captar-agua-da-
chuva/>. Acesso em 18 mar. 2013.
JUNIOR, JOSÉ MAIA DA CRUZ. Consulta de orçamento de mão de obra. Campinas - Sp.
4 de Nov. de 2013. (informação verbal).
JUNIOR, JOSÉ MAIA DA CRUZ. Consulta de orçamento de mão de obra. Campinas - Sp.
4 de Nov. de 2013. (informação verbal).
Maria de Lourdes Daniel Cezar ME. Valores de condutores de PVC. Informação verbal. 15
de Nov. 2013.
MENDONÇA, Francisco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Vida
e Consciência, 2007. 206 p.
MERCADO livre. Bico de mangueira para caminhão de água irrigação novo. Disponível
em <http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-516660226-bico-de-mangueira-para-caminhao-
de-agua-irrigacao-novo-_JM>. Acesso em: 05 de Nov. 2013.
PAIVA, Maite; SIMÕES, Renir Nogueira. Síndica atual do condomínio Plaza das Flores; Ze-
lador do condomínio Plaza das Flores. Informações gerais do Condomínio. Informação
verbal. Em 20/07/2013.