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Estudo sobre eficiência técnica

na extração de Nióbio
A Study on the Technical Efficiency
in the Extraction of Niobium
Maria Rita Pontes Assumpção
Carlos Antonio de Medeiros

Resumo Os índices de produtividade e eficiência propiciam aos gestores a capacidade de mo-


nitorar, comparar e corrigir o desempenho das empresas. A crescente automação na indústria
de mineração potencializa a necessidade de melhor desempenho dos serviços logísticos na
mineração. Este artigo apresenta indicadores para avaliação da eficiência de operações em
mina de céu aberto. Estes indicadores consideram a relação para cálculo de produtividade na
alocação de recursos em frentes de lavra entre variáveis de insumos: consumo de combustível,
tempo e número de ciclos de atividades, dificuldade no percurso até a usina, horas de traba-
lho e equipamentos; e variáveis que expressam os resultados: volume carregado e trabalho
produtivo. Com isso, espera-se proporcionar um referencial de metas de desempenho para o
planejamento das operações nas frentes de lavra, apoiando a tomada de decisão na alocação de
recursos nas atividades de extração e transporte de minério.
Palavras-chave: medidas de desempenho; gestão logística; eficiência técnica.

Abstract The levels of productivity and efficiency provide managers with the ability to moni-
tor, compare, and correct the performance of companies. The increasing automation in the
mining industry strengthens the need for better logistics performance in mining. This article
presents data to evaluate the efficiency of open-pit mine operations. These indicators are ob-
tained by the ratio of raw materials and products from extraction and transportation processes
in mining fronts. The inputs are: fuel consumption, time and number of activity cycles, diffi-
culty in the route to reach the plant, working hours and equipment. The variables that express
the results are: loaded volume and productive work. Thus, we expect to provide performance
goals as a reference for the planning of operations in mining fronts, supporting decision-
making in the allocation of resources in extraction activities and ore transport.
Keywords: performance measures; logistics management; technical efficiency.

Introdução

A produção de minério é caracterizada por elevados níveis de investimento e de riscos de-


vidos à incerteza (SILVA, 2008; ANDRADE, 2001). Tomlingson (2010) destaca a importância
de ter-se eficiência na produção de minério. Jerez, Featherstone e Scheepers (2003) apontam

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que o esgotamento de reservas mais acessíveis de minerais leva a indústria de mineração a
aperfeiçoar seus métodos de gestão e desenvolver tecnologias de extração mais eficientes. O
avanço tecnológico demanda inovação nos métodos gerenciais para melhor uso dos ativos
tangíveis alocados na mineração e extração.
O controle da produtividade dos recursos alocados às frentes de lavra leva a maior efici-
ência dos resultados nas operações de mineração e extração de minério pela melhoria do uso
de equipamentos. A eficiência técnica obtida dessa forma propicia manutenção da vantagem
competitiva.
O planejamento estratégico das frentes de trabalho na lavra de minério busca o melhor
projeto do sistema de operações para o processo de sequenciamento da lavra a ser executada
(SILVA, 2008). Hustrulid e Kuchta (2006) destacam, especialmente, as atividades de carrega-
mento e de transporte do minério como fatores importantes que determinam a produtivida-
de da lavra. Movahedi et al. (2011) confirmam que o serviço de transporte contribui para o
aumento da produtividade e redução nos custos das operações. Assim, avaliar e indicar quais
fatores têm impactos relevantes na eficiência de uma frente possibilita ao gestor selecionar
ações para obter melhor desempenho das frentes de lavra.
Tomlingson (2010) afirma que medir a produtividade continua sendo a forma mais eficaz
de verificar a eficiência do processo de produção de bens ou serviços. Diante desse cenário, apre-
senta-se a questão deste artigo: Como avaliar a eficiência em processos de extração de minérios?
Para responder a esta pergunta, recorreu-se à revisão bibliográfica e pesquisa de campo
em frentes de lavra. Buscou-se levantar em artigos científicos quais indicadores podem aferir a
eficiência dos processos de lavra. Estes indicadores foram submetidos aos gestores de frentes
de lavra para sua validação.
A relevância deste estudo é pautada em duas considerações: uso prático e contribuição
acadêmica.
A avaliação da eficiência das operações tem importância para fins estratégicos na compa-
ração de diferentes combinações de insumos e produtos. (MELO, 2010). Enquanto a demanda
de minério tem aumentado a atividade de extração, o avanço na produção de minério tem gera-
do preocupação relacionada aos danos causados ao meio ambiente. O controle das operações
de extração com o uso de métodos de gestão atende a esta preocupação.
Sistemas de apoio à decisão na indústria de mineração têm sido usados para melhorar a
produtividade nas frentes de lavra (NADER; TOMI; PASSOS, 2012; VASQUEZ SEPÚLVE-
DA; CÓRDOVA, 2011; BAPTISTA; OLIVEIRA NETO; SOUZA, 2014; SECCATORE et
al., 2011; THORLEY, 2012; BRANDÃO; TOMI, 2011; PINTO, 1999).
Este trabalho apresenta as medidas de desempenho para controle das operações nas
frentes de trabalho encontradas na literatura e validadas por gestores que vivem o problema
na prática. Com isso, espera-se elevação na produtividade e a utilização otimizada dos recursos
consumidos nas operações.
Esse estudo é resultado de uma pesquisa descritiva, aplicada e explicativa, na medida em
que descreve as operações para a indústria mineradora e aponta indicadores para melhoria da
produtividade das operações na lavra. Quanto aos meios, o estudo é bibliográfico. A validação

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dos indicadores foi realizada com gestores de frentes de lavra em mineradora localizada no
município de Araxá (MG), que atua na extração do nióbio.
Após esta breve introdução, este artigo apresenta uma descrição das operações nas frentes
de lavra. Em seguida, são apresentados os resultados da revisão bibliográfica sobre estudos rea-
lizados para eficiência em frentes de lavra após reflexão sobre desempenho, considerando efici-
ência e produtividade. O artigo finaliza com algumas considerações sobre como a gestão efetiva
pode incorrer para melhoria da eficiência nas atividades de extração e transporte de minério.

Avaliação de desempenho: eficiência e produtividade

A produção de bens ou serviços ocorre pela transformação de um conjunto de insumos.


Essa transformação pode ser descrita pela relação entre as quantidades de produtos (saídas ou
outputs) e de insumos (entradas ou inputs), considerando as tecnologias de produção disponí-
veis. Tais tecnologias sofrem interferências de restrições relacionadas aos recursos disponibi-
lizados, influenciando de forma direta na capacidade de produção. Dessa forma, a gestão dos
recursos é determinante na eficiência dos processos.
Lovell (1993) destaca que as mudanças nos processos produtivos que proporcionam me-
lhoria da eficiência podem ser obtidas com técnicas de otimização que identificam as variáveis
do sistema (quantidades de produtos gerados e de insumos consumidos). Essas técnicas ava-
liam e identificam informações a serem adotadas como referências, comparativamente com
outras unidades de produção.
Para Graham (2008), a aferição da eficiência necessita de medidas pertinentes e consis-
tentes de produtividade. Soares de Melo et al. (2005) sustentam que o aumento da eficiência
pode ser alcançado por alterações técnicas, como aquisição de novas tecnologias, exploração
de economias de escala no uso dos recursos ou pela combinação de fatores. Essa lógica reflete
o dito por Lovell (1993), que afirmou que a eficiência é constituída por uma componente téc-
nica e outra econômica. A componente técnica refere-se à capacidade de evitar o desperdício,
quer pela máxima produção com uso dos insumos disponíveis ou da produção requerida uti-
lizando o mínimo de insumos. A componente econômica refere-se à capacidade de combinar
as entradas e/ou saídas na proporção ideal em função dos valores (custo, receita, lucro) pre-
valecentes. Sob essa perspectiva, a eficiência pode ser atingida pela gestão efetiva dos recursos
alocados aos processos, de modo que tenham melhor uso.
Moita (2002) associa a avaliação do desempenho das empresas com a capacidade de
converter insumos em produtos. Coelli et al. (2005) afirmam que, embora existam definições
diferentes para desempenho, a medida natural é o índice de produtividade.
Farrel (1957) conceituou produtividade de um processo (operação ou atividade) como a
relação entre os múltiplos recursos utilizados e os produtos gerados. Este conceito está relacio-
nado à medida de eficiência técnica, principal indicativo de desempenho competitivo, na visão
tradicional da gestão estratégica (DIAZ-BALTEEIRO et al., 2006). Nesta visão, a produtivi-
dade e eficiência técnica representam vantagem competitiva em custo. Esta visão vale para o
setor de extração de minério, em que a eficiência técnica é recurso estratégico.

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Bakirci et al. (2014) utilizam o conceito de produtividade para análise de eficiência de
mina de carvão como sendo a razão entre grandezas que representam as entradas utilizadas
durante a produção e os resultados obtidos após o processo.

Operações em frentes de lavra

A extração e o transporte de lavra de minério submetem-se ao planejamento da atividade,


conforme as fases abaixo (SILVA, 2008).
a) Determinar o local de extração.
i) estudo de prospecção para escolher a frente a ser explorada.
b) Plano de operações:
i) alocação de máquinas a serem utilizadas nos processos de exploração;
ii) preparo da praça para a lavra;
iii) definição das rotas para transportar o material ao ponto de destino.
c) Operações da lavra:
i) desmonte do material;
ii) carregamento do material extraído;
iii) transporte do material extraído;
iv) entrega/basculamento da quantidade de volume retirado.

As ações são repetidas a cada frente de trabalho designada.


A prospecção para escolha do local de extração tem como meta a minimização de inves-
timento de capital na extração do material nas jazidas. Esta prospecção é precedida de perfu-
ração exploratória para o conhecimento do perfil geológico e da posição do corpo de minério
(ANDRADE, 2001). O plano de mina determina como o corpo de minério será extraído e
processado (PINTO, 1999). O tamanho do depósito mineral determina o tamanho e o layout
da mina. Thorley (2012) caracteriza o layout da mina como um modelo de blocos. O tamanho
do bloco é determinado pela concentração ou teor de minério. A usina identifica quais frentes
de lavra devem ser escolhidas conforme a carga necessária para homogeneização do minério
(mistura blend) para obter teor requerido no processamento. Cada um desses blocos é uma
frente de lavra.
A maioria das minas de superfície a céu aberto tem suas frentes de lavra em buracos
em forma de cone (Figura 1), onde são escavadas saliências ou bancos em níveis verticais do
buraco. Os bancos são cortados por estradas de acesso para transporte, inclinados para baixo
a partir da borda do buraco, em forma de uma espiral ou de orientação em zigue-zague (DAR-
LING, 2011).

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Figura 1 - Mina em forma de cone

Fonte: Elaborada pelo autor

A exploração do minério bruto ou run of mine (ROM) ocorre nas frentes de lavras das
minas, de onde é removido e transportado até a Usina para seu processamento (Figura 2).

Figura 2 – Operações em Frente de Lavra até a Usina de Beneficiamento

Fonte: Adaptado de Almeida e Pimentel (2010)

Operações de lavra

Almeida e Pimentel (2010) ressaltam a importância do tratamento das operações que inte-
gram a cadeia de produção de uma mina no planejamento de curto prazo. As operações na indús-
tria da mineração envolvem a alocação de diversos recursos com o objetivo de prover a usina da
quantia de minério bruto em um dado período, respeitando a composição de teores definida pela
usina, a cada período, para maximizar o valor econômico do empreendimento mineral.
Assim, a usina determina o ritmo de exploração das frentes de lavra. Desse modo, a alo-
cação de caminhões nas frentes de lavra deve atender ao ritmo e às necessidades de insumo da
usina de beneficiamento em termos de qualidade e quantidade. O minério extraído das lavras
é enviado para o pátio de homogeneização, onde é depositado em pilhas. O material destas

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pilhas, provenientes de diferentes frentes de lavra, serve para composição do blend (mistura)
atendendo a metas de volume a ser processado, assim como de qualidade (teores de minério).
Thorley (2012) define a exploração de uma mina como a execução de uma série de ativi-
dades organizadas, muitas das quais inter-relacionadas. O planejamento na indústria de mine-
ração envolve a alocação de diversos recursos que incluem frente de lavras, pilhas de minério,
usinas de beneficiamento, área de estocagem de produtos, mão de obra, maquinários e vias de
escoamento (ALMEIDA; PIMENTEL, 2010; DAVIS; NEWMAN, 2008; SILVA, 2008).
A competência do gestor no planejamento da lavra sustenta-se em sua capacidade de análi-
se das alternativas para a escolha daquela que maximize o rendimento nos processos produtivos
(VERGNE, 2000). As decisões dos gestores na definição destas ações são respaldadas por suas
experiências anteriores. Estas decisões referem-se a: cronogramas, alocação de equipamentos,
análise do teor de minério, formas de acesso ao minério e sequência de atividades na remoção do
minério e de resíduos para esgotamento da lavra. Enquanto o planejamentos de longo prazo está
relacionado com a vida útil da mina (jazida), o planejamento de curto e médio prazos resulta em
decisões para minimizar custos operacionais e melhorar a produtividade nos processos.
A alocação e uso dos equipamentos é um aspecto importante neste contexto (VERGNE,
2000). Assim, métodos que consideram a eficiência técnica e econômica pela análise de dados
passados podem auxiliar nas tomadas de decisão no planejamento estratégico de uma mina.
Pinto (1999) define mina a céu aberto como depósitos de minerais encontrados na super-
fície, onde a camada de terra é relativamente fina ou é estruturalmente imprópria para tunela-
mento (minas subterrâneas). Vergne (2000) define a mineração a céu aberto como o processo
de cavar rochas ou minerais da terra a partir de um poço aberto. Segundo Pinto (1999), o
objetivo econômico em mineração de céu aberto ou de superfície é remover a menor quanti-
dade de material estéril, enquanto se obtém o maior retorno do investimento para processar o
produto mineral comercializável.
Hustrulid e Kuchta (2006) classificam os materiais presentes em uma mina em três clas-
ses: minérios (matérias-primas objeto da extração, cujo destino é a planta de tratamento); esté-
reis (solo desprovido ou com presença de baixo teor de minério, cujo destino é pilha de depo-
sição de estéreis); outros (podem ser minérios com possibilidades de aproveitamento futuro,
cujos destinos são depósitos).
Pinto (1999) divide a mina em:
i) área de lavra: de onde são retirados os minérios e/ou estéreis. Também denominada
plataforma de lavra, inclui o polígono (área de onde são retirados os minério e esté-
reis) e a praça de movimentação das máquinas e caminhões;
ii) área de descarga: são os pontos de descarga definitiva do material. Podem ser os bri-
tadores, pontos de abastecimento (PA) ou pilha de estéreis;
iii) áreas de estoque: são pilhas intermediárias de material, normalmente minério, para
uso posterior. Também denominadas pilhas pulmões ou estoque;
iv) área de acesso e demais áreas: para onde o material é transportado de forma eventual
e não sistemática, visando à forração de piso (acessos, estradas e praças).

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As operações de extração em mineração de superfície utilizam plataformas de perfuração
móvel, pás hidráulicas, pás-carregadeiras, raspadores e caminhões de transporte.
Um plano de mina inclui decisões sobre disposições para o desenvolvimento dos bancos,
de infraestrutura (armazenagem, escritórios e manutenção) e alocação de equipamentos de
transporte. Estas decisões são baseadas em índices de produtividade e taxas de minérios. Taxas
de minérios influenciam a vida da mina, que é definida pelo esgotamento do corpo de minério
ou de realização de um limite econômico (HUSTRULID; KUCHTA, 2006).
Zimroz et al. (2013) atribuíram ao plano de mina a seleção e atribuição dos tipos e quanti-
dades de máquinas de escavação e caminhões de transportes, as rotas de transporte e os pontos
de descarga. Para os autores, o plano considera fatores tais como a topografia do terreno e da
área circundante (aclive), a quantidade de minério e de estéril a ser extraída, a velocidade dos
caminhões de transporte, as distâncias percorridas no transporte do minério e no retorno à
frente de lavra e a vida útil estimada da mina.
A preparação da área a ser lavrada, denominada frente de lavra, é o início do processo de
lavra (PINTO, 1999). A preparação das rotas de transporte é importante para a produtividade
das operações de lavra (ARTEAGA et al., 2013).
A frota deve ser dimensionada para suportar eventuais quebras de equipamentos, manu-
tenções preventivas, e para evitar atraso operacional. Assim, segundo Pinto (1999), a disponi-
bilidade dos equipamentos da mina é fator relevante para atender ao ritmo de lavra.
Pinto (1999) divide as operações de lavra a céu aberto em: desmonte, carregamento e
transporte. Arteaga et al. (2013) definem o desmonte ou escavação como o processo para
romper o solo. O desmonte, realizado por máquinas apropriadas a diversas situações, torna o
material passível de remoção. Segundo Arteaga et al. (2013), o bom desempenho no desmonte
depende de fatores geológicos e geotécnicos inerentes à escavação, da disponibilidade de equi-
pamento e de apoio para atendimento aos prazos previstos.
A operação de carregamento consiste no movimento do material resultante do des-
monte para a caçamba ou correia que fará o transporte. O processo de transporte con-
siste no deslocamento do material da frente de mina até o ponto de descarga com uso de
caminhões ou correias transportadoras. Pinto (1999) define o ciclo como o conjunto de
operações executadas por um equipamento durante certo período de tempo, voltando, em
seguida, à posição inicial para recomeçá-lo.
Os equipamentos utilizados nas operações de lavra são: de perfuração (perfuratrizes –
perfuração primária e secundária); de desmonte (tratores de diferentes tipos); de carga (car-
regadeiras e escavadeiras); de transporte (caminhões ou correias transportadoras); de apoio
(motoniveladoras, caminhões-pipas, comboios de abastecimento e veículos leves).
Os equipamentos de apoio são usados de forma indireta nos serviços de lavra (preparo e
manutenção das praças e rotas de transporte, abastecimento dos equipamentos de perfuração
e desmonte, condução dos gestores e operadores de manutenção na mina).

Eficiência em lavras de minério


O planejamento de mina em ambiente determinístico tem sido objeto de estudos que
usam técnicas de controle de fluxo de caixa e análise de regressão. Estes trabalhos, segundo
Davis e Newman (2008), produzem soluções que são 15% a 25% dos valores ótimos.
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Almeida e Pimentel (2010) postulam “o pequeno número de trabalhos que abordam
problemas da indústria da mineração de maneira integrada”. Os trabalhos de Nader, Tomi e
Passos (2012) e Brandão e Tomi (2011) apresentam métodos de avaliação da produtividade
na indústria de mineração. Almeida e Pimentel (2010) citam trabalhos que utilizam métodos
de pesquisa operacional para planejamento na indústria de mineração: alocação estática de
caminhões em diferentes lavras e mistura de minério para atender à demanda de quantidade e
qualidade da usina quanto ao teor desejado de minério.
Na literatura existem diversos estudos sobre indicadores de desempenho para o modal
rodoviário (ARAÚJO et al., 2008; SAMPAIO; LIMA NETO; SAMPAIO, 2006; KIM, 2010;
WANKE, 2013). O setor de carregamento e transporte de minério na mina exibe algumas si-
milaridades em relação ao modal de transporte rodoviário. Entretanto, na mineradora visitada,
os gestores do setor da lavra destacaram as condições de dificuldade para adaptação de ferra-
mentas do modal rodoviário para o setor de mineração. Nas argumentações que apontaram
as limitações e dificuldades na aplicação dos modelos ou indicadores do modal rodoviário,
destacaram-se as condições específicas de desmonte, carregamento, transporte, rotas e equi-
pamentos na mineração.
O trabalho de Almeida e Pimentel (2010) apresenta modelo de pesquisa operacional para
minimizar as perdas de oferta nas frentes de lavra, os desvios em relação às metas de qualidade
dos produtos gerados a partir das pilhas de ROM, os desvios em relação às metas de tamanho das
pilhas de ROM, as penalidades relativas ao atendimento de demandas com produtos fora da es-
pecificação, além de obter a sequência ótima de geração de produtos na usina de beneficiamento.
Estes autores abordam o problema de planejamento de curto prazo em minas, representando-o
com um modelo matemático de programação inteira mista, buscando atender às demandas espe-
cíficas de qualidade e quantidade do minério entregue nos pontos de carregamento ferroviário.
Brandão e Tomi (2011) utilizaram regressão múltipla na indicação de fatores para obter
ganhos de eficiência em frentes de lavras. Nader, Tomi e Passos (2012) apresentam indicadores
de desempenho para empresas de mineração. Estes autores discutem a necessidade de medição
para gestão efetiva das atividades de mineração. Um trabalho utilizando método não paramétrico,
Data Envelopment Analysis (DEA), analisou a eficiência em mina de carvão (BAKIRCI et al. 2014).
Brandão e Tomi (2011) utilizaram análise de regressão para estimar a função de produção,
buscando identificar fatores responsáveis pela produtividade da lavra. Estes autores estudaram
o ciclo produtivo composto pelas etapas de carregamento e transporte, com início na chegada
do caminhão à frente de lavra e as demais etapas: espera na fila para carregamento, manobra,
carregamento, a viagem cheio, chegada ao local de basculamento, fila para bascular, bascula-
mento e viagem vazio até a volta ao ponto de início.
Estes autores buscaram a maximização da eficiência, compreendendo esta como a elimi-
nação das perdas do processo. Estas perdas, por sua vez, dependem da eficiência com que são
utilizados os equipamentos, os materiais, as pessoas e os métodos. Desse modo, estes autores
entenderam a melhoria na eficiência da produção na lavra como a identificação e eliminação
das perdas associadas a cada componente do processo produtivo (equipamentos, materiais,
custos, entregas, segurança e meio ambiente).

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A análise de regressão utilizada pelos autores compreendeu as variáveis: tempo de fila
em escavadeiras, tempo de manobra dos caminhões, tempo de carregamento, carga média,
velocidade cheio, distância média de transporte, tempo de fila em basculamento, tempo de fila
médio, tempo de basculamento, velocidade vazio, velocidade média, relação quilometragem
cheio/quilometragem vazio. Os autores consideraram também a precipitação pluviométrica
diária para o período as operações para avaliar o tempo de ciclo, em virtude da maior dificul-
dade das operações em tempo de chuva.
Nader, Tomi e Passos (2012) apresentam uma análise da aplicação de sistemas ERP (En-
terprise Resource Planning) na mineração do Brasil, propondo indicadores de desempenho para
empresas de mineração como subsídio para um modelo de análise de produção com foco na
integração da cadeia de valor mineral baseada nos ganhos de eficiência e econômicos.
Para tanto, Nader, Tomi e Passos (2012) levantaram indicadores de desempenho, de acor-
do com as etapas do processo produtivo da mineração, relacionados à pesquisa mineral, geo-
logia de mina, planejamento de lavra, operação de lavra, beneficiamento do minério na usina e
desempenho econômico do empreendimento.
Os indicadores de desempenho relacionados à operação de lavra, apresentados neste
trabalho, foram: índice de utilização, disponibilidade de máquinas para operações, indisponibi-
lidade das mesmas para manutenção programada, indisponibilidade para manutenção forçada,
taxa de falha, taxa de desligamento forçado, fator de segurança, largura de rampa, disponibi-
lidade física de equipamentos, índice de enchimento, distância média de transporte, tempo
médio entre falhas, custo total de manutenção pelo ativo imobilizado, horas extras de manu-
tenção/total de horas de manutenção, horas de manutenção programada/total de horas de
manutenção disponível, sobrecarga das atividades de manutenção, redução na emissão de CO2,
aderência ao orçamento, produtividade da mão de obra total, custo total de manutenção pelo
faturamento bruto, número de anomalias em razão de problema de estoque, giro do estoque,
custo por tonelada produzida, aderência ao orçamento, índice de problemas reincidentes, nú-
mero de não conformidades de segurança, número de não conformidades de meio ambiente,
custo da energia, custo de operação, custo de manutenção, custo unitário de meio ambiente,
consumo de diesel por tonelada produzida, custo por hora por frota, taxa interna de retorno,
custo total de produção mais custo de capital por tonelada produzida, custo por tonelada
movimentada, custo de remoção de estéril, custo por tonelada por frota, eficiência geral dos
equipamentos de perfuração e carregamento, rendimento por fogo, eficiência geral dos equi-
pamentos de transporte, fator de carga, consumo específico de energia, índice de consumo
interno de energia, custo do ciclo de vida de equipamentos, velocidade do transporte, alocação
de equipamentos e índice de matacões gerados na etapa de desmonte.
Assim, destaca-se que o trabalho de Nader, Tomi e Passos (2012) avalia o desempenho
de transporte e dos equipamentos de perfuração e carregamento, ocorrência de falha e manu-
tenção, produtividade da mão de obra, custo por tonelada produzida, por hora por frota, por
tonelada movimentada, reincidência de problemas, de consumo interno de energia e outros.
As variáveis consideradas por Nader, Tomi e Passos (2012) foram validadas junto a gestores
do processo e do sistema de automação da extração de minério.

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Além destes indicadores associados às operações, Silva (2008) destaca critérios para oti-
mizar os resultados para a usina: maximizar toneladas de minério (minimizando teor de corte
de estéril), maximizar teor, maximizar minério contido ou maximizar o valor econômico acu-
mulado. Este autor defende que o uso de um único critério é não realista, em virtude das várias
implicações econômicas e sociais da atividade de mineração. Ainda mais: ele argumenta que os
vários critérios podem ter requisitos conflitantes.

Índices de eficiência na lavra

Os indicadores levantados na revisão bibliográfica foram apresentados aos gestores de


frentes de lavra de mineradora do município de Araxá (MG) para indicação dos mais aderentes
aos processos gerenciais sob sua responsabilidade. Considerando a experiência destes gestores,
este julgamento foi considerado relevante para proposição dos indicadores abaixo listados. Desta
forma, estes índices, relacionados à lavra de minério, foram levantados a partir das práticas inter-
nas da mineradora. É indicada a referência quando associada a indicador proposto na literatura.
Ritmo de lavra (BRANDÃO; TOMI, 2011): determinado pelo volume de minério removi-
do pelo tempo total (em horas) de duração do trabalho. Este índice informa a taxa de remoção
por hora, desconsiderando outros fatores que influenciam na eficiência de uma frente, tais
como quantidade de máquinas operando, distância e condições da rota de transporte, filas,
manutenções corretivas e preventivas, entre outras.
Taxa de trabalho (NADER; TOMI; PASSOS, 2012): razão entre o tempo em que os equi-
pamentos estão disponíveis para operação e realizando algum trabalho (inclui atrasos e outros
serviços que não sejam sua atividade fim) pelo tempo em que os equipamentos estão disponí-
veis para operar.
Taxa de trabalho produtivo (NADER; TOMI; PASSOS, 2012): razão entre tempo de traba-
lho produtivo pelo tempo em que os equipamentos estão disponíveis para operar. O tempo de
trabalho produtivo é quando o equipamento executa atividades relacionadas diretamente à fase
produtiva do processo. Compreendem somente atividades relacionadas aos subprocessos de
perfuração, desmonte, carregamento e transporte. Exemplo: carregadeiras ou escavadeiras car-
regando caminhões, caminhões transportando material, tratores de esteira fazendo desmonte
mecânico, perfuratrizes fazendo furos para desmonte.
Taxa de trabalho não produtivo (NADER; TOMI; PASSOS, 2012): razão entre tempo de
trabalho não produtivo pelo tempo em que os equipamentos estão disponíveis para operar. O
tempo de trabalho não produtivo ocorre quando o equipamento executa serviços não relacio-
nados diretamente à fase produtiva do processo de lavra. Exemplo: deslocamento para abas-
tecimento, carregadeira ou escavadeira tombando material, patrol ou trator de esteira puxando
cabo. Aplicadas a todas as atividades de suporte à operação e manutenção.
Taxa de trabalho efetivo: razão entre o tempo em que o equipamento desenvolve trabalho
útil dentro de seu ciclo operacional na fase produtiva do processo pelo tempo em que os equi-
pamentos estão disponíveis para operar. O tempo em que o equipamento desenvolve trabalho
útil é uma parcela da hora trabalhada produtiva, descontando-se as horas de atraso operacio-

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DOI: http://dx.doi.org/10.15600/2238-1252/rct.v17n35p115-128
nal. Exemplo: tempo de ciclo do caminhão excluindo-se as filas, tempo de carregamento da
escavadeira ou carregadeira excluindo-se a espera por caminhões, tempo de perfuração das
perfuratrizes excluindo-se acoplamento de hastes.
Taxa de ociosidade interna: razão entre o tempo em que o equipamento está disponível, mas
não está sendo utilizado por motivo interno pelo tempo em que os equipamentos estão dispo-
níveis para operar. Motivos internos ou falta de uma condição operacional necessária para sua
operação são: abastecimento, troca de turno, parada para refeição, aguardando detonação, aguar-
dando acerto de praça, ou, ainda, falta de energia, de operador, de combustível e de desmonte.
Taxa de ociosidade externa: razão entre o tempo em que o equipamento está disponível,
mas não está sendo utilizado por motivos externos pelo tempo em que os equipamentos estão
disponíveis para operar. Os motivos externos não gerenciados pela empresa são: má visibili-
dade, aguardando melhoria das condições climáticas, falta de energia por motivos externos
(concessionária) etc.
Taxa de consumo de diesel (NADER; TOMI; PASSOS, 2012): quantidade total de diesel uti-
lizada pelas máquinas alocadas na produção ou nos serviços de apoio por tonelada produzida
de minério.

Considerações finais

O objetivo principal de uma frente de lavra é suprir a usina com o volume necessário
para seu funcionamento. Para tanto, faz-se necessário o desmonte, carregamento, transporte
e descarga do minério utilizando equipamentos e demais recursos necessários, sujeitos a filas,
paradas e variações nos aspectos climáticos e geológicos.Quanto maior a eficiência nestas ope-
rações, maior competitividade para a indústria de mineração.
A existência de instrumentos de avaliação da eficiência nas frentes de lavra é uma deman-
da apontada pelos gestores para melhorar sua capacidade na análise simultânea de aspectos
multidimensionais presentes na alocação de recursos nas frentes de lavra.
Este trabalho apresentou fundamentos para análise de eficiência em atividades de mine-
ração. Os resultados apresentados servirão para apoio à tomada de decisão na alocação de re-
cursos nas atividades de extração e transporte de minério. Desse modo, o trabalho oferece um
referencial de metas de desempenho para o planejamento das operações nas frentes de lavra.
Os indicadores apresentados referem-se a fatores tais como consumo de combustível,
horas trabalhadas produtivas e não produtivas, quilometragem, quantidade de máquinas aloca-
das, quantidade de ciclos para esgotamento da lavra e volume produzido. Espera-se, com isso,
contribuir para apoiar a tomada de decisão no planejamento das frentes de lavra em uma mina
a céu aberto. Estes indicadores serão adotados em trabalho posterior para análise de eficiência
de frentes de lavra, com uso da técnica DEA.
A gestão mais efetiva nas frentes de lavra, por sua vez, aumenta a produtividade na ati-
vidade de extração, apoiando, também, a demanda crescente de minério. O controle das ope-
rações de extração com o uso de métodos de gestão surge como alternativa para redução dos
recursos alocados e melhoria da produtividade.

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DOI: http://dx.doi.org/10.15600/2238-1252/rct.v17n35p115-128
Este trabalho poderá servir de apoio a gestores de lavra de minério para análise e indica-
ção de medidas de desempenho para controle das operações nas frentes de trabalho, facilitan-
do o planejamento para esgotamento da lavra. Com isso, espera-se elevação na produtividade
e a utilização otimizada dos recursos consumidos nas operações.

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