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12/03/2019 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.

Leitura Obrigatória:

PAPALIA, E. D.; OLDS, S. W.& FELDMAN,R. D. Habilidades Motoras in Desenvolvimento Humano. 8ª ed. Porto Alegre: ArtMed,

2006 (Cap.7 e 8)

Leitura para aprofundamento:

GERRIG, R. J. & ZIMBARDO, P. G. O Desenvolvimento Humano ao Longo da Vida In A Psicologia e a Vida. 16ed. Porto Alegre.

Artmed, 2005 (Cap 11).

1. DESENVOLVIMENTO FÍSICO

David aos 3 anos, conseguia andar em linha reta; aos 4 anos, podia saltar pequenas distâncias; aos 5 anos,

salta mais ou menos 1 metro e consegue andar com apenas um pé, por 5 metros.

A criança pré-escolar apresenta um contínuo crescimento físico, mas não tão rápido como o foi no período

anterior. Já no aspecto motor há o aperfeiçoamento das habilidades motoras globais (dos grandes

movimentos) e finas. Por quê?

A resposta é que as áreas sensório-motoras estão mais desenvolvidas, funcionando mais ou menos assim:

“quero e posso fazer”. Além disso, os ossos e músculos estão mais fortes e há um aumento na capacidade

respiratória. Todos estes fatores dependem de variações como herança genética e oportunidades do meio.

Por volta dos 3 anos as crianças normalmente começam a perder a forma roliça característica dos bebês e

assumem a aparência mais esguia e atlética da infância. Entre um e três anos, com o desenvolvimento dos

músculos abdominais, a barriga grande da criança se fortalece.

Alongam-se o tronco, braços e as pernas e a cabeça ainda permanece relativamente grande, mas as demais

partes do corpo vão se amoldando e ficando mais parecidas com as de um adulto.

Quanto às habilidades motoras finas, elas também avançam consideravelmente e nesta fase a maioria das

crianças já podem: servir leite no prato, comer com talheres ou usar o banheiro sozinha, vestir-se com ajuda,

recortar sobre a linha; desenhar uma pessoa quase completa e com mais detalhes. Por volta dos 3 anos, a

preferência no uso das mãos fica evidenciada.

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Outro aspecto importante para o desenvolvimento físico infantil diz respeito aos padrões de sono.

Geralmente, as crianças no início deste período, ainda dormem bem à noite e fazem uma soneca ao dia. É

comum, por volta dos 5 anos, ocorrerem rituais para retardar o sono.

A primeira dentição se completa entre os 30 - 36 meses e começa a cair e é substituída por volta dos 5 – 6

anos.

Atividades recomendadas:

1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos discutidos.

2) Algumas crianças experimentam o “terror noturno” Faça uma leitura cuidadosa sobre os padrões e distúrbios do sono, e em

seguida identifique quatro problemas comuns do sono e apresente estratégias ou recomendações de como tratá-los.

3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:

Com relação às habilidades motoras de crianças de 2 a 6 anos podemos afirmar que:

I – Nesse período as crianças fazem grandes avanços nas habilidades motoras gerais

II – As habilidades motoras refinadas (como abotoar camisas e desenhar figuras) também se iniciam nesse período, com algum

grau de variação na idade entre as crianças

III – A preferência no uso da mão direita ou esquerda geralmente se evidencia aos 3 anos de idade

IV – A fase pictórica tipicamente se inicia entre 4 e 5 anos

Assinale a alternativa que contenha todas as assertivas corretas:

a. Todas estão corretas

b. Somente a III está correta

c. II, IV corretas

d. I e III corretas

e. I, II corretas

A alternativa correta é (A). Como todas estão corretas, as informações podem ser buscadas no texto acima e no livro de Papalia &

Olds e Feldman (Cap. 4).

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2. DESENVOLVIMENTO COGNITIVO

Paulo, aos 2 anos, percebeu sua imagem no espelho. Agora, aos 4 anos, ele diz: “Meu nome é Paulo, e eu moro numa apto. com

minha mãe e meu pai. Tenho uma gata que chama Abóbora, tenho TV e assisto desenhos. Eu sei todo o alfabeto. Ouçam: A-B-C-

D-E-F-G-J-L-M-P-Q-X-Z. Posso correr mais rápido que todo mundo! Posso subir num brinquedo mais alto e não tenho medo! Só

fico feliz. Não se pode ficar feliz e com medo, não dá! Eu tenho cabelo escuro...”

No aspecto cognitivo, segundo JeanPiaget, a criança de 2 a 6 anos desenvolve o pensamento pré-operatório. Para o autor, o

aparecimento da função simbólica (capacidade de empregar símbolos e signos que substituem as coisas, observada na

linguagem, no jogo simbólico, na imitação indireta ou representativa) traz modificações na conduta afetiva e intelectual da

criança.

Com o ingresso no período pré-operatório, a criança consegue formar conceitos e categorias. Há também a emergência de

memória episódica, em seguida, aos 3 – 4 anos, tem início a memória autobiográfica.

Aos 4 anos, a maioria das crianças fazem cálculos pictóricos, envolvendo números inteiros.

No final desta fase, pode-se observar que a codificação, generalização e construção de estratégias se tornam mais eficientes.

Considerando ainda o desenvolvimento cognitivo, crianças entre 4 e 5 anos desenvolvem uma teoria da mente, ou seja, uma

teoria sobre como sua própria mente e a dos outros funcionam e como as pessoas são afetadas por suas crenças e sentimentos.

Outro indício da referida teoria é a capacidade de uma criança contar uma mentira; para isto, ela tem que ser capaz de imaginar o

que a outra pessoa poderia pensar, ou seja, é um sinal de desenvolvimento cognitivo. Ainda sobre a teoria da mente, pode-se

destacar a distinção entre a fantasia e realidade; apesar de as crianças de 2 a 3 anos já conseguirem distinguir entre eventos

reais e imaginários, ainda assim, crianças de 4 a 6 anos nem sempre têm certeza de que o que imaginam não é o real. Por isso,

muitas vezes as crianças dessa fase, agem como se os monstros de sua imaginação existissem.

A linguagem da criança continua a se aperfeiçoar ao longo do seu desenvolvimento, suas frases vão se tornando cada vez mais

complexas, os erros decorrentes da super-regularização (aplicar regras gramaticais a palavras que são exceções à regra) são

gradativamente eliminados. O vocabulário da criança aumenta continuamente, a gramática e sintaxe se tornam mais sofisticadas.

Atividades recomendadas:

1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos discutidos.

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2) Faça uma leitura cuidadosa do processo de aquisição da linguagem e pesquise sobre a fala de bebê ou motherese e suas

implicações para o processo de desenvolvimento da linguagem.

3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:

Podemos observar vários aspectos desenvolvimentais, na criança de 2 a 6 anos. Nesse período, exploram intensamente o

mundo, pois já andam, têm amiguinhos além da companhia de outros adultos e já se reconhecem como diferentes de outros.

Identifique abaixo o único aspecto que não é compatível com essa fase:

(A) Esse é o período em que a criança se auto-descreve, na busca de si mesmo.

(B) O desenvolvimento cognitivo, em conjunto com o desenvolvimento motor, já contribuem para o desenvolvimento da

linguagem e a ampliação da capacidade de representação.

(C) Começa nesse momento da vida a aquisição de uma identidade de gênero.

(D) Esse é o momento em que ocorre alta capacidade de abstração, sendo possível o pensamento hipotético.

(E) Começam a reconhecer os sentimentos, apesar de conflituosos e sem controle.

A alternativa incorreta é a D, porque a criança possui o pensamento pré-operatório, ou seja, apresenta uma lógica atrelada às

situações concretas (pré-lógica) o que lhe impossibilita de fazer abstrações e pensar sobre hipóteses. O pensamento é

Intuitivo, não apresentando ainda, a conservação e a reversibilidade

3. DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL

“Se meu irmão batesse em mim, eu ficaria triste e furiosa”.

“Estou animada de ir para uma escola nova, mas também estou com um pouco de medo”.

“Fico feliz quando vou ao parque”.

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“Eu estava animada por ir ao EUA e satisfeita por ver meus avós”

“Fiquei brava com Caio, por isso o belisquei” e “Fiquei feliz porque papai não bateu em mim”

As afirmações acima são de crianças que se encontram na segunda infância. Neste sentido, é fundamental compreendermos as

emoções das crianças e no início dessa fase podemos encontrar situações como a de uma criança que grita para sua mãe: “Eu te

odeio! Você é uma mãe má!” O que pode estar refletindo esse estado emocional e o que a criança não consegue imaginar neste

momento? Pode-se dizer que é comum a criança apresentar surtos de negativismo e acessos de raiva e, neste caso, ela não

conseguirá imaginar amar sua mãe novamente.

No entanto, um ano ou dois depois, é comum aparecerem as emoções simultâneas, ou seja, reações emocionais diferentes ao

mesmo tempo. A seguir, os cinco níveis de desenvolvimento das emoções:

1) Dois sentimentos quaisquer não podem existir, por exemplo: estar feliz e satisfeita.

2) Duas emoções, só podem existir se ambas forem positivas ou negativas e dirigidas ao mesmo alvo (Exemplo: “Se meu irmão

batesse em mim, eu ficaria triste e furiosa”)

3) Duas emoções direcionadas a alvos diferentes (Exemplo.: “Eu estava animada por ir ao EUA e satisfeita por ver meus avós”)

4) Dois sentimentos opostos, com alvos diferentes (Exemplo: “Fiquei brava com Caio, por isso o belisquei” e “Fiquei feliz porque

papai não bateu em mim”)

5) Sentimentos opostos em relação ao mesmo alvo (Exemplo: “Estou animada de ir para uma escola nova, mas também estou

com um pouco de medo”).

Quanto ao desenvolvimento do eu, aproximadamente aos 18 meses, a criança reconhece sua imagem refletida no espelho, é o

primeiro momento do seu auto-reconhecimento.

Aidentidade de gênero também é de grande importância para a formação do autoconceito. Ela afeta a maneira como meninos e

meninas se sentem em relação a si mesmos e como agem. O significado da identidade de gênero é construído através da

socialização e da cultura na qual a criança está inserida.

Durante os anos pré-escolares, a brincadeira cooperativa freqüentemente é a brincadeira de faz-de-conta. Ela promove o

desenvolvimento cognitivo e permite à criança a exploração de temas que a amedronta.

A auto-estima nesse período tende a ser a ser global (bom ou ruim) e depende da aprovação de adultos. Pesquisas indicam que

1/3 ou ½ dos pré-escolares parecem mostrar o padrão ‘impotente’; ao brincar castigam a boneca por fracasso; mais que

recompensam por esforço; acreditam que a ‘ruindade’ não pode ser superada.

Neste sentido, os pais e professores podem ajudar na construção da auto-estima, dando às crianças um retorno específico e com

foco na estratégia em vez de criticar a criança enquanto pessoa.


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E. Erikson contribui para uma melhor compreensão de questões como essas, e de acordo com ele, na segunda infância a criança

passará por duas crises:

- Autonomia Versus Vergonha e Dúvida

- Iniciativa Versus Culpa

A primeira ocorre no segundo e terceiro ano. Neste período a criança passa a ter controle de suas necessidades fisiológicas e

responder por sua higiene pessoal, o que dá a ela grande autonomia, confiança e liberdade para tentar novas coisas sem medo

de errar. Por outro lado, se ela for criticada ou ridicularizada nas coisas que pensa, sente e faz, desenvolverá vergonha e dúvida

quanto a sua capacidade de ser autônoma, provocando uma volta ao estágio anterior, ou seja, a dependência. Segundo Erikson,

superar a crise leva a virtude da vontade.

No estágio Iniciativa X Culpa, a criança passa a perceber as diferenças sexuais, os papéis desempenhados por mulheres e

homens na sua cultura (conflito edipiano para Freud) entendendo de forma diferente o mundo que a cerca. Se a sua curiosidade

“sexual” e intelectual, natural, for reprimida e ela for castigada, poderá desenvolver sentimento de culpa e diminuir sua iniciativa

de explorar novas situações ou de buscar novos conhecimentos. Sendo assim, nesta fase, a virtude é o propósito.

Atividades recomendadas:

1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos discutidos.

2) Faça uma leitura cuidadosa de como se forma o autoconceito ou senso de identidade, na segunda infância e analise a situação

abaixo, respondendo as questões a seguir.

De acordo com Papalia & Olds e Feldman (2006) uma equipe de pesquisadores entrevistou mães de 123 crianças de 14 a 40

meses de idade. Os pesquisadores chegaram a uma sequência do desenvolvimento do autoconceito ou senso de identidade, que

se inicia aos 18 meses (na final da primeira infância) e prossegue na segunda infância.

Algumas das situações encontradas na pesquisa são:

Caso I- Mariana, 32 meses, fica aborrecida quando sua mãe fica brava com ela, ao descobrir que ela não está escovando os

dentes, conforme sua mãe havia lhe pedido.

Caso II- João, 30 meses, diz para sua prima: “eu sou magro, meu cabelo é crespo e sou muito bonito”.

Caso III- Paula, 20 meses, estava brincando com sua irmã mais velha. Elas usavam a maquiagem da mãe e, quando sua irmã

pintou seu rosto com o batom vermelho, ela viu sua imagem no espelho e, rapidamente, passou a mão sobre o rosto para tirar as

manchas do batom.

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Procure a pesquisa mencionada e verifique quais são as três etapas de formação do autoconceito ou senso de identidade. Faça

um aprofundamento no tema, pesquisando sobre a formação e construção de gênero nesta fase.

3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:

Quem sou eu no mundo? Esse é o grande enigma de Alice no país das Maravilhas, depois que seu tamanho tinha mudado

abruptamente, outra vez.

“De repente, o Coelho Branco passou por ali a correr, tão apressado que deixou cair o leque. Alice apanhou-o, abanou-se para

se refrescar, mas como era um leque muito especial, a menina começou a ficar pequenina, muito pequenina...”

Resolver o “enigma” de Alice é o processo vitalício de conhecer o eu em desenvolvimento.

Considerando o texto acima e o desenvolvimento do EU, na segunda infância, de acordo com Papalia (2006), é INCORRETO

afirmar:

(A) O senso de identidade é algo muito pessoal. As crianças incorporam em seu autoconceito uma compreensão crescente de

como ela mesma se vê.

(B) O autoconceito é nossa imagem de nós mesmos. É o que acreditamos em relação a quem somos e em relação ao como os

outros nos vêem.

(C) É o quadro geral que temos de nossos traços e habilidades; ele se desenvolve gradualmente por toda a vida.

(D) Segundo os neopiagetianos, a autodefinição varia de representações simples para mapeamentos representacionais, ambos

expressos em termos de pensamento “tudo ou nada”.

(E) O desenvolvimento de emoções dirigidas ao eu depende da socialização e do desenvolvimento cognitivo.

A alternativa a ser assinalada é (A). Está incorreta porque o senso de identidade é construído através do que pensamos sobre

nós, juntamente com a forma que pensamos que as demais pessoas nos vêem. A maneira como somos vistos e tratados pelas

pessoas a nossa volta, são alicerces de nosso autoconceito, portanto, dependentes do processo de socialização e do

desenvolvimento de nossas emoções e cognições. É uma construção cognitiva, um sistema de representações descritivas e

avaliativas sobre a própria pessoa, determinante de como nos sentimos sobre nós mesmos e que orienta nossas ações.

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4. BRINCADERIA: O NEGÓCIO DA SEGUNDA INFÂNCIA

"A palavra brincar se origina do equivalente latino, vinculum que significa vincular, estabelecer laços. Como então, ainda não

percebemos a importância dessa ação na promoção da criança na sociedade?" (autor desconhecido)

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Brasileiro não vê o brincar como prioridade para criança

Pesquisa realizada desde 2001 pela Ipsos Public Affairs mostra que mais da metade dos pais brasileiros aponta como prioridade

na vida de seus filhos o ensino escolar, maior segurança e melhor acesso à saúde. 30% acreditam que a criança deve ter

prioritariamente acesso ao estudo de idiomas e informática. Porém, apenas 19% vêem o brincar como fundamental.

Apresentado no III Fórum de Desenvolvimento da Criança, o estudo dividiu-se na análise do ato de brincar e na importância dele

para especialistas de 16 diferentes áreas que vão da educação, psicologia à arquitetura e a construção de espaços públicos,

ordenando a metodologia para a pesquisa quantitativa.

Foram entrevistados então, 1.014 pais com filhos de idade entre seis e 12 anos, acumulando 834 horas de informação em 22

diferentes cidades por todas as regiões do país.

Assistir à televisão, vídeos e DVD é a principal atividade entre as crianças brasileiras (97%), seguidas por cantar e ouvir música

(81%). 57% dos pais indicaram a leitura de histórias de livros e gibis como atividade realizada pelos filhos.

Apenas 14% dos pais responderam espontaneamente que brincar está associado ao bom desenvolvimento infantil, mas, ao

serem estimulados, esse resultado cresceu exponencialmente, indicando que este é um assunto a ser pautado na sociedade e

discutido, pois, certamente, os pais se mostraram interessados.

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Disponível em<http://envolverde.ig.com.br/materia.php?cod=28466&edt=1> Acesso em: 22/02/2011

Brincar é o trabalho das crianças. Pelo brincar, as crianças crescem, estimulam os sentidos, aprendem a usar os músculos,

coordenam o que vêem com o que fazem, e adquirem domínio sobre os seus corpos. Exploram o mundo e a si mesmas, adquirem

novas habilidades, tornam-se mais proficientes na língua, experimentam diferentes papéis e, ao reencenarem situações da vida

real, manejam emoções complexas.

Quando brincam, as crianças crescem, aprendem a usar músculos; coordenam visão e dominam seus corpos; adquirem

habilidades em línguas, papéis e emoções.

Pode-se afirmar que o brincar social é melhor que o brincar solitário?

Segundo Papalia & Olds e Feldman, os estudos indicam que brincadeiras solitárias podem refletir independência e maturidade.

Crianças que brincam sozinhas podem ser boas na resolução de problemas, populares e socialmente habilidosas. Logo, é

preciso prestar atenção no que as crianças fazem quando brincam, não apenas se brincam sozinha.

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Quanto ao brincar cognitivo, observe a situação a seguir:

No “dia do brinquedo”, Fábio, 4 anos, pode levar à escola sua maleta de doutor. Junto aos demais amiguinhos, ele brinca que é

médico. Examina os ‘pacientes’ dá injeções e remédios para os que estão ‘doentes’.

Como Piaget denomina este brincar de Fábio? Que tipo de desenvolvimento este brincar promove? Geralmente, como são os

pais de crianças que brincam desta forma?

Piaget chama de Jogo imaginativo. Tais brincadeiras permitem que a criança perceba mais o ponto de vista do outro, resolva

problemas sociais, amplie sua criatividade, se torne mais cooperativa, popular e alegre. Segundo pesquisas, os pais de crianças

assim se dão bem, expõem a criança a experiências interessantes, ao diálogo e não espancam a criança. Definem a hora e o local

para brincar e estimulam seus filhos com brinquedos do tipo: blocos, trajes, etc.

É importante destacar que a cultura influencia no modo de brincar, havendo diferenças entre as culturas.

Sobre os companheiros imaginários, estudos revelam que de 15 a 30% de crianças entre 3-10 anos têm tais companheiros.

Geralmente são os filhos primogênitos ou filhos únicos, ocorrendo mais com as meninas do que com os meninos. Os

companheiros das meninas geralmente são humanos e os dos meninos, animais. Pode-se considerar que representam uma boa

companhia, ajudando a criança a se relacionar com o mundo real.

Também, consistem em mecanismos de realização de desejos (exemplo: diz que tem um monstro no quarto para trazer a mãe

perto); como bodes expiatórios (exemplo: foi ele que comeu as bolachas); para enfrentar os medos (exemplo: o amigo imaginário

está com medo) e situações difíceis (exemplo: levar o companheiro imaginário para ver um filme de medo).

A criança de 2 a 6 anos é incrivelmente ativa e surpreendente. Capta os adultos com suas novas habilidades e perguntas

inusitadas. Vive em um mundo onde fantasia e realidade se confunde.

Atividades recomendadas:

1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos discutidos.

2) Faça uma pesquisa sobre as brincadeiras e jogos mais comuns na segunda infância e elabore um programa com atividades

para crianças de 3-4 anos, de uma escola infantil.

3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:

Os pesquisadores categorizam o brincar das crianças tanto em termos cognitivos quanto sociais. O brincar social reflete o grau

no qual as crianças interagem umas com as outras. O brincar cognitivo revela o nível de desenvolvimento mental da criança.

Leia com atenção as situações a seguir:

(1) Quando Carmem, com quatro anos vem tomar café de manhã, ela finge que os pedaços de cereal em sua tigela são

‘peixinhos” nadando no leite, e , de colherada em colherada, ela vai pescando.

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(2) João, seis anos, passa suas tardes jogando futebol com seus vizinhos e alguns amigos de sua escola, num terreno que fica

bem ao lado de sua casa.

(3) Após fazer suas tarefas escolares, Laura, cinco anos, costuma montar quebra-cabeças e, em seguida, desenha e pinta em

folhas de papel colorido.

Considerando os estudos de Piaget e Smilansky (Papalia, 2006) sobre o desenvolvimento do brincar, é correto o que se afirma

em:

(A) (1) brincar construtivo; (2) jogo imaginativo; (3) jogos formais

(B) (1) jogos formais; (2) jogo imaginativo; (3) brincar paralelo

(C) (1) jogo imaginativo; (2) jogos formais; (3) jogo construtivo

(D) (1) brincar paralelo; (2) jogo sociocognitivo; (3) jogos formais

(E) (1) jogo sociocognitivo; (2) jogos formais; (3) brincar paralelo

A alternativa correta é a (C). Considerando as situações acima, o jogo imaginativo ou faz-de-conta de Carmem contribui para seu

desenvolvimento cognitivo, porque desenvolve a capacidade de usar símbolos para representar pessoas ou coisas do mundo

real. Os jogos formais ou funcionais envolvem movimentos musculares repetitivos, é a forma mais simples e começa na primeira

infância.

O brincar ou jogo construtivo, diz respeito a brincadeiras envolvendo o uso de objetos ou materiais para fazer algo e representa o

segundo nível, vindo após o jogo funcional. No terceiro nível, encontramos o jogo imaginativo, já descrito anteriormente.

Exercício 1:

Mayra, de 4 anos, entrou na escola no início do ano pela primeira vez.


Foi observado que a menina não fala e não apresenta problemas auditivos, pois toda vez que se fala
com ela, atende, cumpre as orientações dadas e quando se fala seu nome, ela responde com a
cabeça.
Demonstra-se brincalhona e participativa, embora emita apenas alguns sons próprios, comuns a
crianças muito menores.
Durante os primeiros dias na escola, insistiu para que a mãe permanecesse na sala; aos poucos
adquiriu mais confiança, mas continua sem verbalizar. Pede o que precisa por meio de gestos e
prefere brincar sozinha, interagindo pouco com os colegas de sala.
Faz representação gráfica, desenha bastante, usa tinta, argila e massinha. No desenho da figura
humana representa a si mesma como muito pequena, entre os dois irmãos, representados com
quase o dobro de seu tamanho (o que não corresponde à realidade).
Os colegas de sala até tentam aproximar-se, mas ela evita-os, fazendo com que os mesmos
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comecem a discriminá-la.
Mayra é a terceira filha de um casal jovem. A mãe relata que os irmãos fazem tudo para ela e desde
que nasceu foi assim. Basta Mayra emitir um som que um dos dois irmãos já a atende.
Aos poucos vai ficando mais nítido que para Mayra a não verbalização é uma forma de permanecer o
centro das atenções e conseguir a proteção dos irmãos maiores. Estes brincam e brigam entre si,
mas protegem Mayra que acaba não participando das atividades como poderia.

De acordo com a teoria estudada podemos levantar algumas hipóteses:

I A criança apresenta dificuldades relacionadas ao desenvolvimento da autonomia e da independência,


que poderão vir a ser superadas.
II A criança deve ser encaminhada para um profissional especializado, que realizará o diagnóstico sobre
o desenvolvimento de Mayra e determinará o que a escola deverá fazer, sem dar chance aos profissionais
que trabalham com a menina de fazerem suas próprias observações.
III Um dado a ser observado em relação a esta criança é o lugar que ela vem ocupando na família: o
bebê que não pode crescer.
IV Os pais deverão ser orientados quanto aos acontecimentos familiares, às mudanças necessárias
para um melhor desenvolvimento de Mayra e à possível busca de um especialista do comportamento
humano – até mesmo para que a menina e a família aprendam a lidar com as mudanças.

Estão correto o afirmado em

A)
I e II.

B)
I e III.

C)
I e IV.

D)
II e III.

E)
I, III e IV.

Comentários:

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Exercício 2:

Segundo Erickson, dos três aos seis anos a criança enfrenta o desafio de atuar socialmente na
família e assim desenvolve sua identidade, lida com o desejo de fazer e encontrar aprovação social.
Aparecem as diferenças de gênero, além de importantes questões ligadas a autoestima, nas quais a
criança vai basear o juízo feito de si a partir da avaliação do adulto.

Considere as seguintes afirmativas:

I esse período faz parte da etapa denominada por Erickson de autonomia versus culpa, na qual a
criança culpabiliza-se por não fazer tudo que o adulto lhe pede.
II o autoconceito desenvolve-se neste período, onde a criança identifica-se com padrões de gênero
e comportamento social.
III o trecho corresponde ao período de conflito denominado por Erickson de iniciativa versus culpa.
IV o comportamento favorável dos pais (com elogios e críticas adequadas) contribuem para fortalecer
a autoestima da criança.
V quando a atitude dos pais não é favorável à autoestima esta não se fortalece; assim a criança não
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se sente competente para novos desafios.

Assinale abaixo a alternativa que reúne as afirmativas corretas

A)
I, II e V.

B)
I, IV e V.

C)
II e V.

D)
I, e IV.

E)
II, III, IV e V.

Comentários:

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Exercício 3:

O desenvolvimento físico-motor do período pré-escolar ocorre em crianças de idade entre 2 a


6 anos. Ao final desse período, a criança atinge as seguintes características:

A)
começa a caminhar sem auxílio ou apoio.

B)
corre com facilidade; sobe escadas; anda de triciclo; usa tesoura; desenha; chuta e arremessa bolas
grandes.

C)
pula corda; anda bem de bicicleta de duas rodas; usa tesoura; desenha; chuta, arremessa e dribla
bolas.

D)
apresenta todas as habilidades motoras bem desenvolvidas e é o momento no qual há o estirão do
crescimento.

E)
desenvolve a capacidade de comparar-se fisicamente aos outros, o que afeta a formação de sua
autoestima.

Comentários:

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Exercício 4:

Os anos pré-escolares podem ser descritos como aqueles em que as habilidades sociais e de
personalidade da criança organizam-se, sendo muito significativos para as próximas fases da vida.

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Considere as seguintes afirmativas:

I O primeiro modelo de apego é revisado, consolidado e estabelecido de maneira firme.


II Os padrões de relacionamento que se estabelecem nesta faixa etária influenciam nos próximos
anos.
III A capacidade de partilhar, de suportar frustrações, do controle da agressividade e dos
impulsos interfere nas relações, facilitando-as ou dificultando-as.
IV Não há possibilidade de previsão quanto ao futuro, visto que cada etapa é vivida de uma forma,
de acordo com o oferecido pelo meio.
V O ser humano não pode ser compreendido como tendo um desenvolvimento estabelecido a priori;
o adolescente e o adulto independem das experiências infantis.

Está correto o afirmado em

A)
I e II.

B)
II e III.

C)
I, II e III.

D)
IV e V.

E)
III, IV, V.

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Exercício 5:

(Provão 2000) Há décadas atrás, atividades infantis, tais como as brincadeiras de rua com os pares,
tiveram um papel importante na formação da subjetividade das crianças. Hoje em dia, a televisão
também pode ser considerada como um elemento importante de formação dessa subjetividade.

A partir da afirmação acima, pode-se afirmar que as crianças de hoje

A)
só podem ser compreendidas a partir da especificidade histórico-cultural da época contemporânea.

B)
são incapazes de contrapor-se à influência da televisão.

C)
são mais agressivas que as crianças de antigamente por conta da influência da televisão.

D)
são tão independentes e inteligentes quanto as crianças de 40 anos atrás.

E)
desenvolvem-se sob influências mais negativas que as crianças de antigamente.
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Exercício 6:

Vários aspectos do desenvolvimento são possíveis de notar nas crianças de 2 a 6 anos. Nesse
momento, elas estão explorando intensamente o mundo, pois já andam e reconhecem-se como
diferentes de outros, relacionando-se com outras crianças e com a presença de outros adultos
que não os próprios pais.

Identifique abaixo o único aspecto que não é compatível com esse período:

A)
Esse é o período em que a criança autodescreve-se, na busca de si mesma.

B)
O desenvolvimento cognitivo, em conjunto com o desenvolvimento motor, já contribui para o
desenvolvimento amplo da fala e ampliação da sua capacidade de representação e simbolização.

C)
Começa nesse momento da vida a aquisição de uma identidade de gênero.

D)
Esse é o momento em que ocorre alta capacidade de abstração.

E)
As crianças começam a reconhecer os sentimentos, apesar de conflituosos e sem controle.

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Exercício 7:

Entre os 3 e 6 anos, as crianças fazem grandes avanços quanto às suas habilidades motoras, as
quais envolvem desenvolvimento tanto da musculatura quanto neurológico.

Podemos afirmar que

I as crianças de 3 anos são capazes de subir escadas sem se apoiar, alternando os pés.
II as habilidades motoras gerais, como correr e pular, envolvem músculos e maturação neurológica.
III as habilidades motoras refinadas, como abotoar camisas e desenhar figuras, envolvem coordenação
entre mãos, olhos e músculos.
IV as combinações de habilidades realizadas pelas crianças na segunda infância são conhecidas como
sistemas de ação.

Está correto o afirmado em

A)
I, II e IV.

B)
II.

C)
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 14/16
12/03/2019 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.

I, II, III, IV.

D)
IV.

E)
I.

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Exercício 8:

A criança nesse período tem algumas características de pensamento como o egocentrismo, ou seja,
acredita que seus sentimentos, motivos ou explicações são também os de outras pessoas. Além disso,
possui ideias “ilógicas” sobre o mundo, como animismo, artificialismo etc.

De acordo com a teoria piagetiana, a criança encontra-se no estágio

A)
pré-operacional.

B)
sensório-motor.

C)
operacional-concreto.

D)
operacional formal.

E)
epistemológico.

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Exercício 9:

Leia o texto a seguir:

Brincadeiras auxiliam desenvolvimento físico e motor

Esconde-esconde, pega-pega e amarelinha envolvem o equilíbrio para se manter em um pé só, força


nas pernas para correr e imaginação para encontrar os esconderijos. Os jogos em geral, sejam de bola
ou tabuleiros, estabelecem regras de divisão de times e percepção de tempo de espera para jogar na vez
de cada um. E até as brincadeiras simbólicas de casinha, comidinha, boneca e as fantasias de super heróis
desenvolvem a imaginação. “As brincadeiras servem como instrumento para o crescimento das crianças.
A percepção e orientação de espaço e tempo são essenciais para a coordenação motora, memória e raciocínio”,
conclui.
EDUCAÇÃO FÍSICA. Escolas. 22/10/2012. Disponível em:
<http://www.educacaofisica.com.br/escolas/lazer-recreacao/brincadeiras-de-crianca-auxiliam-no-
desenvolvimento
-fisico-e-motor/>.

O texto ressalta a importância das brincadeiras em diversos aspectos do desenvolvimento da criança,


com destaque para os aspectos físicos e motores, em especial na idade pré-escolar ou segunda
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 15/16
12/03/2019 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.

infância.

Com relação ao desenvolvimento motor nesta etapa (em crianças entre aproximadamente 3 a 6 anos),
considere as afirmativas a seguir:

I É esperado que a criança pule corda; ande bem de bicicleta de duas rodas; use tesoura; desenhe;
chute, arremesse e drible bolas pequenas.
II A criança deve subir escadas; correr com facilidade; andar de triciclo; usar tesoura; desenhar; chutar
e arremessar bolas grandes.
III Nesta etapa, a criança tem todas as habilidades motoras bem desenvolvidas e é o momento no
qual há o estirão do crescimento.

Está correto o que se afirma em

A)
I.

B)
II.

C)
III.

D)
I e II.

E)
I e III.

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