You are on page 1of 14

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ

CURSO DE HISTÓRIA

ISABELLA GIRALDI DIAS

A BARBÁRÍE ESTETIZADA: O PAPEL DA ARTE DURANTE O TERCEIRO REICH


(1933-1945) A PARTIR DA PRODUÇAO CINEMATOGRÁFICA DE PETER COHEN
(1989)

INICIAÇÃO À PESQUISA HISTÓRICA

UNIÃO DA VITÓRIA – PR
2020
ISABELLA GIRALDI DIAS

A BARBÁRÍE ESTETIZADA: O PAPEL DA ARTE DURANTE O TERCEIRO REICH


(1933-1945) A PARTIR DA PRODUÇAO CINEMATOGRÁFICA DE PETER COHEN
(1989)

INICIAÇÃO À PESQUISA HISTÓRICA

Projeto de pesquisa apresentado


como requisito parcial á obtenção de
nota na disciplina de Iniciação à Pesquisa
Histórica.
Orientador(a): Profª. Naiara Krachenski.

UNIÃO DA VITÓRIA – PR

2020
SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4

2- DESENVOLVIMENTO ....................................................................................................... 5

2.1 – O CINEMA ENQUANTO FONTE HISTÓRICA .................................................................. 5


2.2 – PETER COHEN E SEU DOCUMENTÁRIO-TESE ........................................................... 6
2.3 – ADOLF HITLER: O ARQUITETO DA DESTRUIÇÃO ....................................................... 7
2.4- ARENDT E O CONTROLE DAS MASSAS ........................................................................ 10

3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 12

4- FONTE E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 13


1 – INTRODUÇÃO
Devastada e humilhada, a Alemanha saiu da Primeira Guerra Mundial com
grandes prejuízos, sobretudo econômicos, como a inflação e o desemprego. Todo
esse cenário conturbado do pós-guerra contribuiu significativamente para que o
Fuehrer subisse ao poder, prometendo “salvar” o povo alemão e jamais permitir que
esse caos se instalasse novamente, fator bastante nítido nas propagandas do
partido nazista.
Nesse contexto de crise, Gottfried Feder e Anton Drexler fundaram na cidade
de Munique, em 1919, o D.A.P. (Deutsche Arbeiterpartei), partido dos trabalhadores
alemães. Contudo, não demorou muito para que em 1920, Adolf Hitler, que até
então era apenas um cabo do exército alemão, conquistasse seu espaço na politica,
assumindo a liderança e tendo o nome do partido alterado para N.S.D.A.P.
(Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei), Partido Nacional-Socialista dos
Trabalhadores Alemães.
O colapso da Republica de Weimar e a pressão por parte dos burgueses, que
temiam as forças da esquerda e uma possível revolução comunista fez com que o
presidente Hindenburg desse a Hitler, em 30 de janeiro de 1933, o cargo de
chanceler, dando início a um dos períodos mais sombrios da história da
humanidade, o Terceiro Reich.
No entanto, resumir a figura de Adolf Hitler apenas a uma perspectiva politica
não basta, já que o ditador era um apaixonado pela arquitetura e pelas Belas Artes.
Caracterizado por muitos como um artista medíocre e frustrado devido ao seu
insucesso nessa carreira, Hitler conciliou a arte com a politica para construir sua
ideologia e dar forma, juntamente a outros membros do partido, a uma Alemanha
ideal e livre de qualquer “sujeira”.
Portanto, a presente pesquisa tem como objetivo investigar a estética nazista
com base na produção cinematográfica de Peter Cohen, partindo da seguinte
problemática: Qual a imagem que o diretor do filme produz da Alemanha Nazista?

4
2- DESENVOLVIMENTO

2.1 – O CINEMA ENQUANTO FONTE HISTÓRICA

Como a pesquisa em questão utiliza uma fonte cinematográfica, nada mais


justo do que fazer um adendo a respeito da relação do cinema com a História e
demonstrar a importância desse mecanismo de comunicação para o campo
historiográfico.
A utilização de temáticas históricas nas produções cinematográficas é
bastante recorrente em nossos dias. Entretanto, o receio dos historiadores em
emprega-las enquanto fonte histórica em suas pesquisas nem sempre foi algo bem
visto e aceitável, uma vez que eles acreditavam que os filmes eram apenas uma
forma de entretenimento, e não fidedignos o suficiente para serem utilizados dentro
do campo cientifico.
Todavia, deve-se entender o cinema enquanto um meio de comunicação e de
transmissão do conhecimento acessível às grandes massas. A linguagem
acadêmica nem sempre é compreendida por todos, enquanto o jogo de imagens
produzidas nos filmes sem dúvidas abarca um público muito maior, e
consequentemente torna a disseminação do conhecimento histórico mais
democrático.
O cinema é capaz de demonstrar a maneira pela qual um indivíduo recria,
através de imagens, não apenas a forma que ele enxerga a si mesmo, mas também
a sociedade que o cerca. Além disso, cada filme é produzido em um determinado
contexto, o que deve ser levado a cabo pelo historiador em sua investigação.
É claro que ao trabalhar com fontes cinematográficas o historiador deve tomar
alguns cuidados. O principal deles é compreender que diferente do seu oficio, o qual
tem um compromisso com a verdade e deve falar sempre a partir das fontes, quem
produz um filme não tem essa mesma preocupação e necessidade, daí a
importância do historiador fazer o uso de metodologias e ser capaz de criticar e
analisar as imagens reproduzidas naquele determinado filme. Em outras palavras, o
pesquisador deve ser capaz de verificar a autenticidade, não apenas do contexto da
película que está trabalhando, mas do filme em sua totalidade.

5
2.2 – PETER COHEN E SEU DOCUMENTÁRIO-TESE

Reconhecendo o valor que o cinema tem para a historiografia, o presente


projeto de pesquisa utiliza como fonte um célebre e premiado documentário histórico
a respeito do Nazismo, designado originalmente como Undergångens arkitektur
(Arquitetura da Destruição). Produzido em 1989 pelo sueco Peter Cohen, o
documentário tem duração de 121 minutos e foi narrado por Bruno Ganz. Cohen não
apenas dirigiu o filme, como também fez o roteiro e toda a produção.
Peter Cohen nasceu na cidade de Lund em 1946, tornou-se profissional em
fotografia com apenas 18 anos e estudou na Escola de Cinema de Estocolmo e no
Instituto Dramático de Documentários. O cineasta produziu uma quantidade
significativa de documentários e filmes que foram muito bem recepcionados pelo
público.
“Arquitetura da Destruição” trata-se de um documentário-tese, em que o
autor visa apresentar o Nacional-Socialismo a partir de outro ângulo até então pouco
debatido. Para produzir essa tese, Peter Cohen utilizou uma quantidade maciça de
acervos da época, como vídeos e fotografias. Sendo assim, pode-se dizer que o
cineasta está produzindo seu discurso cinematográfico a partir de documentos,
deixando de lado qualquer tipo de ficção.
É importante destacar também que o documentário foi feito em um momento
bastante conturbado devido a Guerra Fria, conflito que iniciou logo após a Segunda
Guerra Mundial e ocasionou a chamada polarização do mundo, visto que surgiram
dois blocos: Estados Unidos e União Soviética, consideradas nessa época como as
duas grandes potências mundiais.
Desse modo, Peter Cohen literalmente cresceu em um cenário de tensão
tanto social quanto politica. Além disso, de certa forma ele sentiu os impactos do
regime nazista, não apenas porque nasceu um ano após o término da Segunda
Guerra Mundial, mas também por seu pai, que por ser judeu, foi perseguido pelos
nazistas, o que pode justificar o motivo do diretor ter abordado essa temática e não
outra.

6
2.3 – ADOLF HITLER: O ARQUITETO DA DESTRUIÇÃO
Durante o Terceiro Reich artistas frustrados no mundo das Belas Artes era
uma constante. Adolf Hitler, sem dúvidas, foi um deles. Com o poder nas mãos e o
insucesso em tentar ingressar, aos 18 anos, na Academia de Belas Artes de Viena,
Hitler deslocou seu sonho fracassado de ser arquiteto e artista para a esfera politica.
Nesse sentido, todos os elementos estéticos do partido nazista passaram pelas
mãos do ditador. Bandeiras, estandartes, uniformes e a própria insígnia do partido,
por exemplo, foram frutos de seus “rabiscos”.
Hitler alimentava o desejo de ser artista desde muito jovem, passava a maior
parte de seus dias pintando e escrevendo poesias. Contudo, além da pintura e da
arquitetura, o austríaco também era apaixonado pela música, a qual certamente
instigou suas concepções acerca do classicismo. Dentre seus compositores
preferidos é possível citar Beethoven, Bruckner, Liszt e Brahms. Portanto, é
importante ter em mente que o projeto estético que Hitler vislumbrava para a
Alemanha partia de suas próprias aspirações artísticas.
Dessa forma, no filme “Arquitetura da Destruição” Cohen tem justamente a
pretensão de demonstrar o Nacional- Socialismo enquanto um movimento estético,
que tinha o objetivo central de purificar e embelezar a sociedade germânica,
prometendo livrá-la de toda a degeneração. Mas para alcançar essa “harmonia”, era
necessário extinguir tudo e todos que eram considerados uma ameaça para a
cultura, a raça e a arte.
Aos 15 anos, Adolf Hitler assistiu, na cidade de Linz, a ópera designada
“Rienzi,” de Richard Wagner, uma de suas inspirações supremas, chegando a
afirmar que não é possível compreender o nazismo se não conhecer Wagner, visto
que foi na figura dele que o Führer encontrou seu ideal estético. Além disso, o
fascínio pela antiguidade e a cidade de Linz, que em 1940 tornou-se um verdadeiro
“canteiro” de obras de arte, foram as três fixações que segundo Peter Cohen,
acompanharam toda a trajetória de Hitler e moldaram seus planos políticos.
Peter Cohen toma como ponto de partida de sua tese uma série de eventos
artísticos muito afamados do III Reich, a exposição de arte degenerada (Entartete
Kunst), realizada na cidade de Munique, simultaneamente em contraste com a
“Exibição da Grande Arte Alemã”.
A exposição de arte degenerada representava toda a repulsa que os nazistas
tinham em relação à arte moderna, considerada símbolo de decadência. Nessa

7
exposição, fotografias retiradas de revistas médicas de pessoas que possuíam
algum problema mental ou físico eram colocadas ao lado de obras modernistas para
compará-las e assim, demonstrar toda a degeneração que precisava ser combatida
para o “bem” do povo.

Figura 1: Imagem retirada do filme “Arquitetura da Destruição”. Comparação entre


obras modernistas e pessoa com deficiência.

À vista disso, o cineasta demonstra a imagem de uma Alemanha que visava


uma eugenia, isto é, uma higienização social e que por meio da estética corporal e
das vanguardas artísticas buscou justificar suas práticas de extermínio. Esse plano
de “limpeza” também englobava campanhas que eram feitas nas fábricas e
escritórios, como por exemplo, o “Bureau de Beleza do Trabalho”.
Os nazistas afirmavam que o “bolchevismo cultural” era provocado pelos
judeus, responsáveis por toda a degeneração da época e considerados o “micróbio”
que precisava ser extinto para salvaguardar a sociedade alemã.
Peter Cohen ainda retrata em seu documentário-tese que o poder estético na
Alemanha hitlerista foi tão forte que a própria ciência médica passou a tornar-se uma
aliada. Por mais irônico que possa parecer, aqueles que deveriam ter como principio
o zelo pela saúde e pala vida das pessoas, passaram a aderir a uma ideologia
assassina, uma vez que nesse período problemas estéticos foram associados com
problemas médicos. Nesse sentido, em 1934, Adolf Hitler informou ao principal
médico nazista, Gerhard Wagner, a intenção de aniquilar os chamados “doentes
incuráveis”.
Assim sendo, o cineasta evidencia a partir de seu documentário que durante a
Alemanha nazista os padrões de beleza passaram a ser categóricos em relação a
quem era digno de vida. A crueldade era tamanha que em uma exposição realizada

8
em março de 1935, na cidade de Berlim, chamada “Milagre da Vida”, perguntas
como “isto pode ser chamado de vida?” vinham acompanhadas de imagens de
pessoas com alguma “imperfeição”. Portanto, a pureza e a própria vida humana
passaram a ser medidas através de idealizações estéticas introduzidas pelos
nazistas.

Figura 2: Cena extraída do filme “Arquitetura da Destruição”. Fotografias de pessoas doentes


consideradas símbolo de degeneração.

A escultura e a representação do corpo eram um componente crucial da


estética nazista. O ideal de beleza que Hitler tanto almejava para o seu povo
encontrava-se na antiguidade greco-romana. Esse retorno ao classicismo era
apresentado pelo Führer como uma “esperança” para combater a degeneração da
época e dar origem a um novo homem. Os valores presentes nas artes clássicas
eram de um homem branco, sem deformações físicas ou problemas mentais, com
um corpo ideal e uma simetria perfeita.

9
Figura 3: Cena extraída do filme “Arquitetura da Destruição”. Ideal de belo concebido pelos
nazistas.
A antiguidade não representava apenas um padrão corporal estético para o
ditador, uma vez que as cidades da antiguidade, como Atenas e Esparta, também
foram vistas como um modelo arquitetônico a ser seguido. Os projetos de Hitler
visavam transformar a cidade de Berlim, a qual seria a capital do Império, na mais
bela e com grandes edificações, que seguiriam o modelo greco-romano.
Dentre as técnicas de eliminação, a eutanásia foi muito utilizada nesse
período. Em 14 de julho de 1933 com a chamada “Lei para a prevenção contra uma
descendência hereditária doente” (Gesetz zur Verhütung erbkranken Nachwuchses)
foi posto a necessidade de esterilizar os doentes para que essa degeneração não se
perpetuasse. O programa “Aktion T-4” foi o auge das práticas de extermínio, onde
era utilizado o gás carbônico para matar os considerados degenerados. Contudo,
essa técnica de eliminação era realizada próxima as grandes cidades, o que
consequentemente começou a gerar desconfiança na população.
Logo, começa-se buscar outras formas de extermínio, dando origem aos
campos de concentração e a utilização das câmaras de gás, que matavam uma
quantidade maior de indivíduos em menos tempo. Em 1938, um filme chamado
“Guerra em Miniatura”, retrata a forma eficaz de matar “pragas” por meio do cianeto,
e após dois anos, o monóxido de carbono passa a ser utilizado para matar os
“loucos”. Cerca de três anos depois, o Zyklon B (cianeto) é usado em Auschwitz.
Mesmo perdendo as forças na Segunda Guerra Mundial, o arquiteto da
destruição manteve suas práticas eliminatórias, sendo seu objetivo central. Porém,
no inicio de 1943 seus planos começaram a cair por terra quando o exército
soviético começou a avançar, obrigando a SS a esconder os corpos para eliminar a
prova do crime. Em 1944, o exército alemão retira-se de todas as frentes de batalha,
passando a utilizar a ”tática da terra arrasada”. No dia 27 de janeiro de 1945, os
russos chegam a Auschwitz e se deparam com toda a barbárie cometida pelos
nazistas, marcando o fim do Terceiro Reich.

2.4- ARENDT E O CONTROLE DAS MASSAS

Agora que já foi discorrido a respeito da estética nazista convém tratar


brevemente sobre como funciona a dinâmica de controle das massas em um regime

10
totalitário para assim, compreender o que fez tantas pessoas aderirem a uma
ideologia absurda, como é o caso do nazismo.
A filósofa judia Hannah Arendt, responsável por escrever o célebre livro
chamado “As origens do totalitarismo”, é uma daquelas “figurinhas carimbadas” em
relação aos estudos acerca dos movimentos totalitários e certamente, indispensável
para quem trabalha com essa temática.
Como o próprio nome sugere, o movimento totalitário é total, ou seja,
apresenta-se de forma onipotente e atinge a sociedade como um todo, desde as
ações politicas até a vida privada.
Segundo Arendt, o principal instrumento utilizado por um regime totalitário
para chegar ao poder é a propaganda. Assim, as massas são o alvo dessas
propagandas e o Estado totalitário coloca-se sempre como um “salvador”,
trabalhando com a fantasia de que a sociedade está vivendo constantes ameaças e
instaurando de fato um terror na população.
Os nazistas utilizaram fortemente da propaganda para disseminar suas
ideologias, seja por meio do cinema, do radio ou da imprensa. Para convencer a
população em relação à pureza da raça ariana e a necessidade de combater toda a
degeneração da época, por exemplo, os membros do partido produziram inúmeros
filmes, dentre eles o chamado “Vitimas do Passado”, onde retratava a necessidade
de abolir os “doentes incuráveis”.
Ainda na perspectiva de Hanna Arendt um regime totalitário é dependente das
massas, a qual se diferencia da chamada ralé. Em linhas gerais, a ralé é aquele
grupo que possui certo apreço pela violência e apresenta-se contra qualquer tipo de
politica, enquanto a massa não tem essa mesma aspiração pela violência e acaba
aderindo aos discursos demagogos dos lideres totalitários, esquecendo-se de lutar
pelo seu próprio bem-estar.
Sendo assim, em um regime totalitário, os homens são moldados
ideologicamente para comportarem-se de acordo com os desejos impostos por
aqueles que os dominam. Ocorre, portanto, uma ruptura com a realidade e essa
sociedade massificada, apresenta um pensamento unívoco e não possui mais
capacidade de pensar por conta própria.

11
3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Mergulhada em uma crise econômica e devastada pelas consequências da
Primeira Grande Guerra, a aparentemente afável promessa dos nazistas de “salvar”
o povo alemão de todo o caos instalado em território germânico e o projeto de
embelezamento do mundo, certamente custou milhares de vidas inocentes. Hitler e
seus cúmplices estavam dispostos a dar uma nova “cara” para a sociedade alemã,
mesmo que para isso precisassem causar destruição.
Em seu documentário-tese, Peter Cohen evidencia como o poder e a arte
estavam intrinsicamente conectados durante o Reich Alemão. Logo, seria
ingenuidade pensar que a arte trata-se de um mero elemento decorativo, uma vez
que ela pode ser utilizada enquanto mecanismo ideológico para justificar práticas
eliminatórias. De um lado, a arte moderna, considerada símbolo de decadência, e
do outro, o classicismo, apresentado pelos nazistas como o padrão estético a ser
seguido.
Judeus, homossexuais, pessoas com deficiência, enfim, todos aqueles que
não pertenciam a sociedade por não atenderem aos padrões idealizados pelos
nazistas, representavam a verdadeira escória e deveriam ser extinguidos para dar
espaço a um novo homem, saudável e com uma beleza utópica.
Há, portanto, a necessidade de compreender o Nacional-Socialismo não
apenas como um movimento politico a rigor, mas também estético. O objetivo dos
nazistas não era eliminar os opositores do regime, e sim aqueles considerados
“degenerados”, para assim, se obter uma eugenia.
Adolf Hitler, ou seja, o arquiteto da destruição, não pode ser visto apenas
como um artista fracassado e medíocre, mas sim capaz de transferir suas
aspirações artísticas para a esfera politica, e assim, juntamente com seus aliados,
marcar o século XX como um dos períodos mais cruéis e tenebrosos da história da
humanidade.

12
4- FONTE E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Fonte:
Arquitetura da Destruição (Undergangens Arkitektur) Peter Cohen, Suécia, 1989.

Referencias Bibliográficas:

ARENDT, Hannah. Origens do Totalitarismo: Antissemitismo, Imperialismo e


Totalitarismo. Trad. Roberto Raposo. 8a Edição. São Paulo: Companhia das Letras,
2007. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/54852123/origens-do-
totalitarismo-hannah-arendt-pdf. Acesso em 14 de mai. de 2020.

FERREIRA, Leticia Schneider. O cinema como fonte da história: Elementos para


discussão. MÉTIS: história & cultura, v.8, n.15, p.185-200, jan/jun.2009. Disponível
em: http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/metis/article/view/734 Acesso em 29 de
mai.de 2020.

JUNIOR, Edson José Perosa. A ascensão nazista ao poder: O N.S.D.A.P. e sua


maquina de propaganda (1919-1933). II Encontro Nacional de Estudos da
Imagem, Londrina, p.819-825, 12,13 e 14 de maio de 2009. Disponível em:
http://www.uel.br/eventos/eneimagem/anais/trabalhos/pdf/Perosa%20Junior%20_Ed
son%20Jose.pdf. Acesso em 10 de jun. de 2020

KURTZ, Adriana Schryver. Holocausto Judeu e Estética Nazista: Hitler e a


Arquitetura da Destruição. Porto Alegre. Disponível em:
http://www.portcom.intercom.org.br/pdfs/d5764722059b8eb42e3af88c53489a7c.PDF
Acesso em 15 de jun. de 2020.

MÁXIMO, Thiago Costa; LIMA, Guilherme de Oliveira. A utilização da arte como


fonte de inspiração e ferramenta de propaganda ideológica durante o Terceiro Reich.
São Paulo, p.1-26, 2019. Disponível em:
https://www.academia.edu/41794593/A_utiliza%C3%A7%C3%A3o_da_arte_como_f
onte_de_inspira%C3%A7%C3%A3o_e_ferramenta_de_propaganda_ideol%C3%B3
gica_durante Acesso em 12 de jun. de 2020

MEIRELES, Willian R. O cinema como fonte para o estudo da Historia. Hist. Ensino,
Londrina, V.3, p.113-122, abr. 1997. Disponível em:
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/histensino/article/download/12698/11060
Acesso em 28 de mai. de 2020

SILVA, Daniel Neves. "Guerra Fria"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/guerras/guerra-fria.htm. Acesso em 01 de julho de
2020.

13
SOUSA, Tauan de Almeida. A purificação através do despertar estético e a
administração total da morte: Uma leitura sobre o documentário “Arquitetura da
Destruição”. Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (RICS), São Luís,
Vol. 4, Número Especial, p. 43-57, Jul./Dez. 2018. Disponível em:
http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ricultsociedade/article/view/1050
1/6107. Acesso em: 15 de jun. de 2020.

14

You might also like