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Resumo
A proposta de emenda à Constituição que estabelece o teto para os
gastos públicos (PEC 241) foi apresentada pelo governo Temer em
junho de 2016 como a principal medida para ajustar as contas públicas
do país. Por ao menos nove anos, a despesa federal deverá se limitar ao
teto definido pelos gastos de 2016 corrigidos pela inflação. O objetivo
deste artigo é analisar tal proposta em seus aspectos teóricos e práticos.
Para isso, apresenta-se a literatura sobre regras fiscais, destacando o
caso específico de regras para despesa, e avalia-se a proposta à luz da
experiência internacional. Em seguida, são realizadas simulações para
comparar cenários distintos de gasto público e dívida bruta com e sem
a adoção do teto. Os resultados mostram que, sem efetiva redução dos
gastos projetados com previdência, essa PEC provocará forte redução
nas outras despesas do governo. Assim, a reforma da previdência passa
a ser crucial para manter a credibilidade da regra proposta.
Abstract
An amendment to the Brazilian Constitution was proposed by President Temer in June
2016 to adopt a fiscal rule on federal expenditures as the main measure to solve Brazilian
fiscal imbalances. The proposed rule defines that federal expenditure must not have real
growth for at least nine years. The aim of this work is to analyze the proposed rule in
both theoretical and empirical aspects. First, we present the review of the literature on
fiscal rules and compare the proposed rule to the international experience. Second, we run
simulations in order to compare the fiscal variables path until 2032 in different scenarios,
with and without this rule. The results show that the proposed rule would impose a strong
reduction on all other expenditures categories than pension expenditures until 2032 in the
absence of a pension reform. Thus, the conclusion is that a pension reform becomes crucial
to maintain the credibility of the new fiscal rule.
Keywords: Fiscal rules. Fiscal policy. Expenditure ceiling. Expenditure cap.
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Regras fiscais no Brasil: uma análise da PEC 241
Introdução
A proposta de emenda à Constituição que estabelece o teto para os
gastos públicos – PEC 241 – foi apresentada pelo governo Temer, em
junho de 2016, como a principal medida estrutural adotada com o
objetivo de resolver o problema das contas públicas do Brasil e trazer
alguma perspectiva de recuperação econômica para o país.
1 Outras causas eram, por exemplo, a queda do preço de commodities e o cenário político
extremamente conturbado.
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Regras fiscais no Brasil: uma análise da PEC 241
Regras fiscais:
referencial teórico
Visão geral
Regras fiscais são definidas como um mecanismo que introduz, por certo
período de tempo (médio ou longo prazo), metas ou limites quantitativos
para alguma das principais variáveis fiscais (dívida, resultado corrente,
gasto, receita). É indispensável que tenham um claro mecanismo de moni-
toramento e incentivo, incluindo punição em caso de não cumprimento.
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Assim, as primeiras regras fiscais tiveram origem nos anos 1970 e 1980,
como consequência não só desses debates teóricos, como também
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Regras fiscais no Brasil: uma análise da PEC 241
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• bem-definidas;
• transparentes;
• simples;
• adequadas a determinados objetivos;
• consistentes com outras políticas macroeconômicas;
• suficientemente flexíveis para acomodar choques exógenos;
• críveis; e
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Regras fiscais no Brasil: uma análise da PEC 241
9 Ponto também enfatizado por Wyplosz (2012), que defende a adoção de instituições
fiscais independentes.
10 Por exemplo, as taxas de juros e de câmbio.
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11 Na teoria, regras para limitar a despesa deveriam levar a uma discussão sobre
prioridades durante a formulação do orçamento, resultando em maior eficiência do gasto
público. Infelizmente, contudo, não é o que a evidência empírica parece mostrar, como
será visto à frente.
12 Resultado estrutural é definido como o resultado fiscal ajustado por fatores não
recorrentes e cíclicos. Para mais detalhes, consultar SPE (2014).
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Rússia 2013
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13 Alesina et al. (2015) também mostram que efeitos de ajustes baseados na despesa são
superiores àqueles baseados em aumento de receita.
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Cordes et al. (2015), por sua vez, analisam 33 experiências com regras
baseadas nos gastos entre 1985 e 2013 e apresentam três conclusões
principais: (i) elas são associadas com melhor posição fiscal (controle
de gastos, política anticíclica e maiores resultados correntes); (ii) pos-
suem índice de cumprimento normalmente mais alto do que outros
tipos de regras fiscais; e (iii) para países emergentes, são associadas
com menores níveis de investimento público.
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14 A LRF também previa a instituição de limite de dívida para a União, mas a matéria
nunca foi regulamentada pelo Senado. Recentemente, o assunto voltou à tona com o
Projeto de Resolução do Senado (PRS) 84/2007, levantado pelo senador José Serra.
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15 Ver, por exemplo, Almeida, Lisboa e Pessoa (2015). Mesmo economistas mais
identificados com a heterodoxia defendiam essa posição, como Nakano (2014) e Marconi
e Brancher (2016).
16 No dia 31 de agosto de 2015, o governo enviou o Projeto de Lei Orçamentária Anual
(Ploa) 2016 para o Congresso e surpreendeu o mercado ao apresentá-lo com um déficit de
R$ 30,5 bilhões (-0,3% do PIB), muito diferente da meta previamente estabelecida.
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Regras fiscais no Brasil: uma análise da PEC 241
Endividamento
Existem dois indicadores principais: o primeiro é a dívida bruta do
governo geral (doravante, dívida bruta) e o segundo é a dívida líqui-
da do setor público (que será chamada de dívida líquida). A dívida
bruta abrange os passivos do governo geral (isto é, União, estados e
municípios) mais as operações compromissadas do Banco Central
do Brasil (BCB). Em maio de 2016, a dívida bruta atingiu o valor de
R$ 4,114 trilhões (o que equivale a 68,5% do PIB), sendo a maior parte
(dois terços) em dívida mobiliária (ou seja, títulos do Tesouro). Em
percentual do PIB, teve uma trajetória mais ou menos estável entre
2006 e 2013, mas com forte aceleração na ponta, subindo 16,9 pontos
percentuais (p.p.) desde dezembro de 2013 (Gráfico 1).
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45%
46,5% 3,9% 150,0
4%
40% 44,5%
40,9% 100,0
37,6% 38,0% 39,6% 85,8
35%
36,2% 2%
34,5% 1,1% 50,0
30% 32,3% 33,1% 0,4%
30,6% 0,2%
25% 0% 0,0
Dez. 2006
Dez. 2007
Dez. 2008
Dez. 2009
Dez. 2010
Dez. 2011
Dez. 2012
Dez. 2013
Dez. 2014
Dez. 2015
Dez. 2006
Dez. 2007
Dez. 2008
Dez. 2009
Dez. 2010
Dez. 2011
Dez. 2012
Dez. 2013
Dez. 2014
Dez. 2015
Maio 2016
Maio 2016
DBGG (% PIB) DLSP (% PIB) Crédito BNDES (% PIB) Reservas (US$ bilhões)
A dívida líquida, por sua vez, abrange todos os passivos do setor públi-
co (União, estados e municípios, empresas estatais e Banco Central do
Brasil), descontados os ativos financeiros, dos quais se destacam reservas
internacionais e crédito aos bancos públicos. Atingiu, em maio de 2016,
o valor de R$ 2,379 trilhões (39,6% do PIB). Em relação a sua trajetória
recente, apresentou queda de 2006 a 2013, mas, desde então, vem subin-
do consideravelmente (alta de 9 p.p. desde dezembro de 2013).
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40% 39,4%
20%
0%
Avançados Emergentes Brasil
2010 2015
Fonte: Elaboração própria, com base em dados do BCB (para Brasil) e IMF (para os demais).
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Resultado primário
Nos últimos dois anos, resultados primários superavitários elevados
deram lugar a déficits consideráveis. Tal mudança é explicada pelo
fato de a receita ter parado de crescer, enquanto a despesa continuou
em trajetória de alta. O Gráfico 3 mostra (em proporção do PIB) a
evolução da receita (bruta e líquida) e a despesa do governo central
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24%
22,7 22,6
22,5 22,1
22,0
22% 21,5 21,4 21,2
20,6
20,7 20,7
20% 19,6
12%
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
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2010
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2012
2013
2014
2015
Receita bruta Receita líquida Despesa total
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8%
7% 7,4
6%
4,9
5% 4,3
4% 4,5
4,0
3,6
3%
2,9
2%
0,9
1%
0%
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
Previdência Pessoal Discricionárias Outras obrigatórias
Tome-se uma comparação com o ano de 2003 (ver Tabela 2). De lá para
cá, foram 3,5 p.p. em relação ao PIB de aumento da despesa. A evolução
das contas nesse período específico é bem similar ao quadro geral visto
no gráfico anterior: elevação de gastos com INSS, discricionárias e ou-
tras despesas obrigatórias, sendo que dentro desta última se destacam
abono salarial e seguro-desemprego, benefícios sociais (Lei Orgânica de
Assistência Social – Loas/renda mínima vitalícia – RMV) e subsídios.
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1.300
1.253
1.200 1.161
1.100 1.132
1.000 1.029
900
800
700
600
500
400
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
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2010
2011
2012
2013
2014
2015
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Regras fiscais no Brasil: uma análise da PEC 241
Por fim, vale lembrar que a carga tributária brasileira está bem acima
da média dos países emergentes. Comparando com países da América
Latina, cuja média é de 21,6% do PIB, nossa carga (de 33,7% do PIB)
tem vantagem de mais de 10 p.p. Tal fato ilustra a dificuldade de
contornar a alta de gastos com a criação de novos impostos.
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24 É importante lembrar que a ideia de limitar os gastos públicos também era defendida
pelo ministro da Fazenda anterior, Nelson Barbosa.
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25 No momento em que este artigo está sendo escrito, setembro de 2016, a proposta já
passou pelo CCJ da Câmara, que aprovou sua admissibilidade no dia 9 de agosto.
26 Um debate importante ocorreu na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado,
no dia 18 de agosto, com os economistas Mansueto de Almeida, Marcos Mendes, Felipe
Rezende e Pedro Rossi. O vídeo da sessão e as apresentações realizadas estão disponíveis
em <http://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaoaudiencia?id=8416>.
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Regras fiscais no Brasil: uma análise da PEC 241
A pergunta que se faz é se, a despeito da base legal forte e das formas
de punição previstas, a regra é crível do ponto de vista quantitativo.
Isto é, dada a evolução natural das despesas, o limite instituído pela
PEC é muito estreito? Ou de outra forma, é factível cumprir as metas
de despesa?
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28 Salário mínimo segue a regra atualmente em vigor: inflação passada mais o crescimento
do PIB de dois anos antes, com a restrição de que não pode ser negativo.
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Regras fiscais no Brasil: uma análise da PEC 241
Pessoal e
205,2 222,4 238,5 259,9
encargos sociais
Benefícios
357,0 394,2 436,1 507,8
previdência
Discricionárias
227,8 268,1 253,3 252,2
e PAC
Primário acima da
75,3 -20,5 -116,7 -170,5
linha*
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3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2031
2032
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3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2031
2032
30 A diferença cai de R$ 947 bilhões para R$ 600 bilhões, em valores correntes de 2032.
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Regras fiscais no Brasil: uma análise da PEC 241
31 Ver Ribeiro (2016) e Barbosa (2015). Esses dois trabalhos calculam a elasticidade
de arrecadação em relação a outras bases tributárias (demanda doméstica no primeiro
caso e uma combinação entre PIB, massa salarial e varejo no segundo caso), mas isso não
prejudica muito o exercício realizado aqui.
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2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032
Cenário sem PEC 1.157 1.248 1.357 1.453 1.557 1.667 1.786 1.913 2.049 2.195 2.351 2.518 2.697 2.889 3.095 3.315
Cenário com PEC 1.157 1.248 1.357 1.453 1.557 1.667 1.786 1.913 2.049 2.195 2.351 2.518 2.697 2.889 3.095 3.315
Cenário sem PEC 1.326 1.387 1.444 1.540 1.645 1.758 1.879 2.010 2.152 2.304 2.469 2.647 2.839 3.047 3.272 3.515
Pessoal e encargos sociais 273 286 298 312 326 341 356 372 389 406 424 443 463 484 506 529
Benefícios previdência 562 608 655 712 775 845 921 1.003 1.094 1.192 1.300 1.417 1.545 1.686 1.839 2.006
Outras obrigatórias 226 216 201 214 227 242 258 275 293 312 333 356 381 408 436 467
Discricionárias e PAC 265 277 289 303 316 330 345 361 377 394 412 430 450 470 491 513
Cenário com PEC 1.313 1.380 1.442 1.507 1.575 1.646 1.720 1.797 1.878 1.962 2.051 2.143 2.239 2.340 2.445 2.555
Cenário sem PEC -170 -139 -87 -87 -88 -90 -93 -97 -103 -109 -118 -129 -142 -158 -177 -201
Cenário com PEC -156 -131 -85 -53 -18 22 67 116 171 233 300 375 458 549 649 759
Cenário sem PEC -2,5% -1,9% -1,1% -1,1% -1,0% -1,0% -0,9% -0,9% -0,9% -0,9% -0,9% -0,9% -0,9% -1,0% -1,0% -1,1%
Cenário com PEC -2,3% -1,8% -1,1% -0,6% -0,2% 0,2% 0,7% 1,1% 1,5% 1,9% 2,3% 2,6% 3,0% 3,4% 3,7% 4,0%
298 299
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32 As taxas para remuneração de cada uma são, respectivamente: (i) Selic; (ii) Selic;
(iii) variação cambial acrescida da taxa de juros americana; e (iv) uma taxa entre Taxa
de Juros de Longo Prazo (TJLP) e Selic. As hipóteses em relação ao parâmetro A são
de pagamento do BNDES de R$ 100 bilhões ao Tesouro entre 2016 e 2018, com efeito
negativo (de reduzir) sobre a dívida bruta. Já em relação ao parâmetro S, importante nos
últimos dois anos, optou-se por zerar o estoque de swaps a partir de 2017, eliminando seu
papel na determinação da dívida. Em relação ao parâmetro R, considerou-se apenas o
pagamento de juros do BNDES ao governo, dado pela TJLP, a partir de 2020. Por último,
em relação ao resultado primário, assume-se o valor federal como o valor para o setor
público consolidado.
300
Regras fiscais no Brasil: uma análise da PEC 241
3,0% 110%
100% 94,2
2,0%
90%
1,0% 89,2
80%
0,0% 76,7
70%
-1,1
-1,0%
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-2,0% 50%
-3,0% 40%
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0
50%
-2% 40%
34,1
-4% 30%
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2032
2017
2018
2019
2020
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2028
2029
2030
2031
2032
302
Regras fiscais no Brasil: uma análise da PEC 241
cenário com PEC, o pico é em 2020 (87,4%), mas depois cai forte-
mente até chegar em 34,1% do PIB em 2032.
No longo prazo, o limite torna-se cada vez mais rígido até o fim da
simulação, em 2032, pois a diferença de trajetória de gasto com ou
sem a PEC é grande. Assim, a PEC torna-se bastante efetiva, pois
obriga o governo a realizar reformas abrangentes pelo lado da despesa
a fim de cumprir o limite.
303
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Considerações finais
O presente trabalho consistiu em uma avalição da proposta que estabe-
lece teto para os gastos públicos no Brasil (PEC 241), apresentada em
junho de 2016, pelo governo então interino do presidente Michel Temer.
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Regras fiscais no Brasil: uma análise da PEC 241
Referências
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