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Ascaridíase Obstrução intestinal

Grande número de parasitas


Ascaris lumbricoides
Enovelamento dos parasitas na luz do
EPIDEMIOLOGIA intestino – “Bolo de áscaris”
É a helmintíase humana mais prevalente Sintomas da obstrução/semiobstrução:
no mundo
Vômitos; cólicas intensas; distensão
A OMS estima-se que existam cerca de 1 abdominal; eliminação dos parasitos nas
bilhão de indivíduos infectados no mundo fezes ou pelo vômito.
A alta prevalência da infecção resulta pela Volvo, perfuração intestinal, colecistite,
grande produção de ovos pelas fêmeas pancreatite
fecundadas e pela resistência dos ovos em
condições ambientais extremas Ação espoliativa

MODO DE TRANSMISSÃO O verme adulto pode consumir proteínas,


carboidratos, lipídeos e vitaminas A e C do
Ingestão dos ovos infectantes do parasita, hospedeiro. Isto pode resultar em
procedentes do solo, água ou alimentos subnutrição e baixo desenvolvimento físico
contaminados com fezes humanas e mental
DIAGNÓSTICO:
Clínico
Laboratorial
Exame Parasitológico de Fezes
Presença de ovos do parasita
Hemograma
Eosinofilia na fase se invasão larvária
QUADRO CLÍNICO:
TRATAMENTO:
Depende da intensidade da infecção e dos
órgãos comprometidos Albendazol 400mg, 10mg/kg, VO, dose
Assintomática única
Carga parasitária leve ou moderada Mebendazol 100mg, VO, 2x/dia, por 3 dias
Manifestações pulmonares Levamizol: <8 anos: 40mg, VO, dose única
Ciclo da larva >8 anos: 80 mg, VO, dose única
Síndrome de Loeffler: febre, tosse, OBSTRUÇÃO INTESTINAL
dispnéia e EOSINOFILIA
Piperazina 100mg/kg/dia + óleo mineral
Intestino delgado (40 a 60ml/dia) + antiespasmódicos +
hidratação.
Dor abdominal, diarréia, náuseas e
anorexia Neste caso estão indicados sonda
nasogástrica e jejum + mebendazol
QUADRO CLÍNICO: 200mg/dia de 12/12hrs por 3 dias.
Complicações:
PROFILAXIA: Higiene pessoal; Educação Infecções leves podem apresentar-se
sanitaria, Saneamento básico; Tratamento assintomáticas
dos doentes
Dermatite pruriginosa – “Coceira do solo”
quando invadem a pele
Fase pulmonar: tosse,
Ancilostomíase laringotraqueobronquite, faringite

Ancilostoma duodenale e
Necator americanos QUADRO CLÍNICO:

Conhecida como amarelão ou Infecção intestinal:


doença do Jeca Tatu Sintomas inespecíficos: dor, anorexia,
EPIDEMIOLOGIA: diarréia

São parasitas de região quente e úmida, As principais manifestações clínicas estão


portanto, predominam-se em áreas rurais, relacionados à perda intestinal de sangue
estando muito associado a áreas sem Alta carga intestinal:
saneamento e cujas populações tem hábito
de andar descalças. Anemia ferropriva, desnutrição protéica;
Déficit pôndero-estatural, baixo
A. duodenale mais prevalente na Europa e rendimento escolar e atraso no
na Ásia e o N. americanus, na África e nas desenvolvimento psíquico.*
Américas
DIAGNÓSTICO:
Clínico
MODO DE TRANSMISSÃO
Devido ao prurido característico
A infecção pelo N. americanus só ocorre
por via percutânea. Já a transmissão pelo Laboratorial
A. duodenale se dá, além da percutânea,
EPF
pela via oral, por água e por alimentos
contaminados com ovos ou larvas. TRATAMENTO:
Albendazol 400mg, VO, em dose única
Mebendazol 100mg, 2x/dia, VO, por 3 dias
Pamoato de pirantel 20-30 mg/kg/dia
durante 3 dias
PREVENÇÃO:
Educação sanitária
Uso de calçados
Saneamento básico
Tratamento de pessoas infectadas
QUADRO CLÍNICO:
Os sintomas dependem da carga
parasitária, do estado nutricional e da
etapa de migração do parasita.
Tricuríase Mebendazol 100mg, VO, 2x/dia, por 3 dias
Reduz a produção de ovos em 90-99%
Trichuris Trichiura
Taxa de cura de 70-90%
EPIDEMIOLOGIA:
É eficaz em parte por ser pouco absorvido
Acomete comunidades rurais com no TGI
instalações sanitárias inadequadas e solo
contaminado com fezes humanas ou de Mebendazol 500mg, VO, em dose única
animais. Albendazol 400mg, VO, em dose única
5 a 15 anos de idade Atualmente, os esquemas
MODO DE TRANSMISSÃO: recomendados com dose única de
mebendazol e albendazol NÃO tem eficácia
Ingestão de ovos embrionados na cura de infecções por Trichuris.
Contaminação direta das mãos, alimentos Nitazoxanida
ou bebidas
100mg, 2x/dia, VO, por 3 dias – crianças
Pode ocorrer também a transmissão entre 1 a 3 anos
indireta através de moscas ou outros
insetos 200mg, 2x/dia, VO, por 3 dias - crianças
entre 4 a 11 anos
500mg, 2x/dia, VO, por 3 dias –
adolescentes e adultos
Resultam em taxa de cura superior ao
albendazol em dose única
PREVENÇÃO
Higiene pessoal
Melhora das condições sanitárias

QUADRO CLÍNICO:
Assintomáticos Enterobíase
Baixa carga parasitária
Enterobius vermiculares
Alguns indivíduos podem apresentar um
histórico de dor no quadrante inferior Infecção por oxiurus (oxiuríase)
direito ou na região periumbilical
EPIDEMIOLOGIA
Infecção maciça:
Acomete indivíduos de todas as idades e
Disenteria crônica, prolapso retal, de todas as classes sociais
anemia, retardo no crescimento, déficits
cognitivos e do desenvolvimento. NÃO está relacionado com o nível
socioeconômico da população
DIAGNÓSTICO:
Mais frequente na idade escolar
EPF
Afeta mais de um membro da família
Ovo característico em forma de barril
TRATAMENTO:
Implica no seu controle, que deve ser Acompanhado de irritabilidade e sono
dirigido a pessoas que vivem no mesmo intranquilo
domicílio
As escoriações decorrente ao ato de coçar
MODO DE TRANSMISSÃO podem resultar em infecções secundárias
em torno do ânus
Fecal-oral
Sintomas inespecíficos:
Autoinfecção externa ou direta:
Vômitos, dores abdominais, tenesmo,
Do ânus para a cavidade oral por meio das puxo e raramente fezes sanguinolentas
unhas
Complicações:
Autoinfecção indireta:
Salpingites, vulvovaginites, granulomas
Ovos presentes na poeira, roupa, roupa de pelvianos → Esporadicamente
cama ou alimentos atingem o mesmo
indivíduo que o eliminou Infecções secundárias às escoriações.
Heteroinfecção: DIAGNÓSTICO
Ovos presentes na poeira ou alimentos Clínico
atingem um novo hospedeiro
Prurido característico
Retroinfecção:
Laboratorial
Migração das larvas da região anal para as
regiões superiores do intestino grosso, Identificação de ovos ou vermes adultos
chegando até o ceco, onde se tornam Swab anal
adultas
Método da fita
Autoinfecção interna:
Leitura em microscópio
Processo raro na qual as larvas eclodem
ainda dentro do reto e depois migram até TRATAMENTO
o ceco, transformando-se em vermes Deve-se tratar os pacientes infectados e
adultos todos os membros de sua família
Pamoato de Pirvínio 10mg/kg, VO, dose
única
Pamoato de Pirantel 10mg/kg, VO, dose
única
Mebendazol 100mg, VO, 2x/dia, durante 3
dias
Albendazol 10mg/kg, VO, dose única, até o
máximo de 400mg
PROFILAXIA
QUADRO CLÍNICO
Orientar a população sobre os hábitos de
Assintomático higiene pessoal
Principal sintoma: Prurido perianal Boa higiene das mãos
É mais exacerbado à noite Tratar todos os membros da família
Trocar roupas de cama e toalhas de banho
diariamente

Estrongiloidíase -
Strongiloides Stercorales

EPIDEMIOLOGIA

Semelhante a larva migrans

A transmissão requer solo quente e úmido


QUADRO CLÍNICO
Fatores de risco:
Assintomático
Condições ambientais precárias
Sintomas relacionados aos três estágios de
Aglomerações humanas
infecção:
Cães e gatos podem ser reservatórios
Invasão da pele
Hiperinfecção acomete indivíduos
Lesões urticariformes ou maculopapulares
imunodeprimidos
ou por lesão serpiginosa ou linear
MODO DE TRANSMISSÃO pruriginosa migratória (larva currens)

Via percutânea Migração das larvas através dos pulmões

As larvas infectantes (filarióides) penetram Tosse seca, dispnéia, broncoespasmo ou


a pele do indivíduo edema pulmonar (síndrome de Löffler)

Auto-endoinfecção Parasitismo do intestino delgado pelos


vermes adultos
Quando as larvas passam a ser filarióides
no interior do próprio hospedeiro, sem Diarréia, dor abdominal e flatulência,
passar pela fase evolutiva no meio externo acompanhadas ou não de anorexia,
náusea, vômitos e dor epigástrica que pode
Auto-exoinfecção
simular quadro de úlcera péptica.
Quando as larvas filarióides se localizam
QUADRO CLÍNICO
na região anal ou perianal, onde
novamente penetram no organismo do Hiperinfecção
hospedeiro
Indivíduos imunocomprometidos

Febre, dor abdominal, anorexia, náuseas,


vômitos, diarréias profusas, manifestações
pulmonares (tosse, dispnéia e
broncoespasmos, e raramente, hemopise e
angústia respiratória).

Na radiografia pode-se observar até


cavitação
Podem ainda ocorrer infecção secundárias EPIDEMIOLOGIA
como meningite, endocardite, sepse e
Doença de distribuição mundial, mais
peritonite, mais frequentemente por
prevalentes em países subdesenvolvidos
enterobactérias e fungos.
(áreas com saneamento básico pobre)
DIAGNÓSTICO
Podem ocorrer epidemias em instituições
Parasitológico de fezes, escarro ou lavado fechadas (creches, pré-escola)
gástrico
Grupo etário mais acometido: entre 8
TRATAMENTO meses e 10 a 12 anos

Cambendazol 5mg/kg, dose única, VO “Diarréia dos viajante em zonas


endêmicas”
Tiabendazol, VO, em vários esquemas
terapêuticos: Ingestão de água contaminada

25mg/kg/dia durante 5 a 7 dias – esquema Atividade sexual resultante do contato oro-


muito utilizado anal

50mg/kg/dia dose única, à noite (A dose É significativo em pessoas com


máxima recomendada é de 0,3g) desnutrição, certas imunodeficiências e
fibrose cística
10mg/dia por 30 dias - Recomendado
para situações de auto-endoinfecção e MODO DE TRANSMISSÃO
deficiência da imunidade celular
Fecal-oral
Albendazol 40mg/dia durante 3 dias
Direta
Ivermectina, dose única, VO, obedecendo
Contaminação das mãos e consequente
a escala de peso:
ingestão de cistos existentes em dejetos de
15 a 24kg: ½ comprimido pessoa infectada

25 a 35kg: 1 comprimido Indireta

36 a 50kg: 1 ½ comprimidos Ingestão de água e alimentos


contaminados
PROFILAXIA

Saneamento básico

Uso de calçados

Tratar os animais domésticos infectados

Giardíase
Giardia lamblia
Giardia intestinalis ou Giardia duodenalis

Protozoário flagelado que infecta o


duodeno e o intestino delgado QUADRO CLÍNICO:
Assintomática (maioria) 30mg/kg ou 1ml/kg, dose única, tomar
após uma refeição
Diarréia aguda
Metronidazol
Fezes líquidas, explosivas e fétidas, com
curso auto-limitado 15mg/kg/dia (máximo 250mg), VO,
dividida em 2 tomadas por 5 dias
Diarréia crônica
Albendazol 400mg por dia durante 5 dias.
A diarréia se torna persistente ou
intermitente

Diarréia, cólica, distensão abdominal, PREVENÇÃO:


sensação de plenitude gástrica, mal-estar,
Filtração da água potável
flatulência, náuseas, anorexia e perda de
peso Saneamento básico
As fezes ficam gordurosas, com odor fétido Creches ou orfanatos
e podem flutuar na água (esteatorréia)
Adequadas instalações sanitárias
Síndrome da má absorção
Enfatizar a necessidade de higiene pessoal
Complicação!!!
Amebíase
Pode ou não estar associada

Má absorção de açúcares, gorduras e Entamoeba histolytica


vitaminas lipossolúveis
EPIDEMIOLOGIA
Deficiência de ferro
10% da população mundial
Perda de peso e anemia
50 milhões de casos invasivos/ano
DIAGNÓSTICO:
Frequente em áreas com baixos padrões
Clínico socioeconômicos e sanitários

Laboratorial 3º maior causa de óbito por infecção


parasitária no mundo. (Nelson)
Presença de trofozoítos ou cistos nas
amostras de fezes (3 amostras) → Método MODO DE TRANSMISSÃO
tradicional
Fecal-oral: Ingestão de alimentos ou água
Métodos imunológicos contaminados por fezes contendo cistos
amebianos maduros
Detecção de antígenos pelo ELISA
Transmissão sexual (contato oral-anal) –
Em raros casos pode ser feito biópsia
Mais raramente
duodenal com a identificação de
trofozoítos Este parasito pode atuar como comensal
ou provocar invasão de tecidos, originando
TRATAMENTO:
as formas intestinal e extra-intestinal da
Tinidazol doença.

30mg/kg/dia, dose única

Secnidazol
Formas intestinais: Secnidazol
30mg/kg/dia, VO, não ultrapassando o
máximo de 2g/dia

2º opção

Metronidazol 35mg/kg/dia, 3 tomadas,


durante 5 dias

Formas graves: amebíase intestinal


sintomática ou extra-intestinal. →
Metronidazol 50mg/kg/dia durante 10 dias

QUADRO CLÍNICO

Assintomática 3º opção

Colite amebiana: É a forma clássica com Formas extra-intestinais: Tinidazol


invasão parasitária da mucosa intestinal e 50mg/kg/dia durante 2 a 3 dias a depender
caracteriza-se por dor abdominal em da forma clínica
cólica, diarréia com fezes
4º opção
mucosanguinolentas, tenesmo. Apresenta
febre em apenas um terço dos pacientes. Somente para formas leves ou
assintomáticas: Teclozam 15mg/kg/dia
Abcesso hepático: É a segunda forma mais
durante 5 dias. Em alguns casos podem ser
comum da doença. Ocorre com a
necessários a aspiração do abcesso.
disseminação dos parasitas para o fígado. É
incomum em crianças. Nas crianças PROFILAXIA
manifesta-se com febre, dor abdominal,
Medidas de saneamento e educação em
distenção abdominal e hepatomegalia
saúde
dolorosa.

DIAGNÓSTICO

Presença de trofozoítos e cistos presentes


nas fezes; em aspirados ou raspados,
obtidos através de endoscopia ou
proctoscopia; ou em aspirados de abcesso
ou biópsia de tecidos

Os anticorpos séricos podem ser dosados e


são de grande auxílio no diagnóstico do
abcesso hepático amebiano

A USG e TC são úteis no diagnóstico de


abcesso hepático amebiano

TRATAMENTO

1º opção

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