You are on page 1of 12

O SANGUE NA COR DAS LETRAS. O AGUDO NO TOM DA VOZ.

A RESISTÊNCIA NA IMPREVISIBILIDADE DAS DERIVAS

Suzy Lagazzi
Isso é urgente!
Em momentos em que a agressividade dá o tom da prosódia, em que os gestos
tendem, cada vez mais, ao esgarçamento dos fios que talvez ainda pudessem tecer alguma
escuta entre tantos desafetos que irrompem em cadeias nada sutis, a resistência pede lugar.
Quando os sentidos se produzem em terreno de total aridez interlocutiva, a prosódia tensa
faz as respostas significarem como estilhaços, o social se esfarrapa, em rima com esgarça.
E a resistência pede lugar, insiste, incomoda.
Esta escrita se dá movida por sentimentos que não conseguiram se aquietar. Diante
da brutalidade da morte de Marielle Franco, em 14 de março de 2018, gesto que ainda
demanda autoria, ficou cada vez mais difícil não me afetar por essa morte, cada vez mais
difícil não falar dessa morte:

“Hoje eu saí do banho e a LUZ piscou


Vi na janela uma chuvarada
Lembrei da TV queimada
Mas mal sabia que o Rio de Janeiro CHORAVA
Mais uma MULHER ASSASSINADA
Não apenas uma MULHER
Mais uma mulher NEGRA
Mais uma MILITANTE
MARIELLE movia estruturas
Não não não
MOVEU MOVE e MOVERÁ
Hoje sua VOZ ecoa ainda mais ALTO
Enquanto o Rio só pensa em CHORAR
EXECUTADA a sangue FRIO
Não mais que DE REPENTE
Foram quatro tiros em sua MENTE
GENTE
PAREM DE MATAR GENTE
Esse assunto É URGENTE
MARIELLE
PRESENTE”


Publicado em Resistirmos, a que será que se destina? L. Abrahão e Sousa, A. Ishimoto, E. Daróz, D.
Garcia (Orgs.). São Carlos: Pedro & João, 2018.
Estes enunciados compõem o vídeo Marielle, Presente1, de Ana De Cesaro. Um
vídeo que fala de Marielle mulher militante negra, e nos traz a memória da guerreira,
quinta vereadora mais votada do Rio de Janeiro, política, mãe, socióloga, companheira,
moradora da Maré... Marielle, um nome que congrega força, história, luta, resistência. O
choro do Rio metonimiza o sofrimento de todos os que se revoltaram contra a prepotência
e a insensibilidade social atualizadas pela execução de Marielle.

Vi na janela uma chuvarada


Mas mal sabia que o Rio de Janeiro CHORAVA
[...] o Rio só pensa em CHORAR

“O Rio não para de chorar.”


“O povo não para de chorar.”
“O povo não para de sofrer.”

Mais uma MULHER ASSASSINADA


Não apenas uma MULHER
Mais uma mulher NEGRA
Mais uma MILITANTE
EXECUTADA a sangue FRIO

“Não se esqueçam de que mais uma mulher foi assassinada, mais uma mulher
negra, mais uma militante, executada a sangue frio.”
“Não se esqueçam de que muitas outras mulheres, negras, militantes, já foram
assassinadas.”
“Não se esqueçam de todas as mulheres negras militantes que já foram
assassinadas por suas lutas.”
“Não se esqueçam de todas as lutas de mulheres negras militantes que precisam
ser retomadas, já.”

MARIELLE movia estruturas


Não não não
MOVEU MOVE e MOVERÁ
Hoje sua VOZ ecoa ainda mais ALTO

“Marielle continuará a mover estruturas e sua voz continuará a ecoar.”


“A força de Marielle continuará ecoando.”
“A força de Marielle continuará presente.”
“A luta de Marielle continua presente.”
“A luta de Marielle resiste.”

GENTE
PAREM DE MATAR GENTE
Esse assunto É URGENTE

“Parem de matar gente, isso é urgente!”


1
https://www.youtube.com/watch?v=vkyMJUYjhgU
“Parem de executar o povo, isso é urgente!”
“Escutar o povo ao invés de matá-lo, isso é urgente!”

No exercício parafrástico2 dos enunciados acima ressalto a urgência de retomada


das lutas silenciadas, urgência em dar voz às mulheres, às negras, às militantes, dar voz
ao povo em seu sofrimento. Urgência em resistir.

Luta e dor em composição


Marielle, Presente me captura em sua composição, que imbrica as diferentes
materialidades significantes em um efeito que entrelaça denúncia, promessa, luta e
sofrimento. Luta e dor estão enlaçadas nos enunciados que percorrem a tela negra, no uso
das maiúsculas, no contraste entre o branco e o vermelho, na rima que une os significantes
e encadeia a interpretação, estão enlaçadas na voz que sustenta esses enunciados num
ritmo e numa prosódia eloquentes, também no barulho da chuva cortado pelos trovões
que sustenta a enunciação em todo o vídeo.
A análise da composição material3, pela remissão de uma materialidade
significante a outra na incompletude e na falha que as constitui, é importante para que os
efeitos produzidos pelo vídeo possam ser compreendidos no interior do funcionamento
discursivo que organiza sua interpretação.
Na estruturação do vídeo, os enunciados vão sendo oralmente proferidos com um
pequeno intervalo que os desencontra e parcialmente sobrepõe, fazendo ecoar o
assassinato de Marielle em meio ao barulho de uma chuva que cai densa e a trovoadas
que dimensionam um total desamparo, tal qual o desabrigo em um temporal.

“Hoje eu saí do banho e a LUZ piscou


Hoje eu saí do banho e a LUZ piscou
Vi na janela uma chuvarada
Vi na janela uma chuvarada
Lembrei da TV queimada
Lembrei da TV queimada
Mas mal sabia que o Rio de Janeiro CHORAVA
Mas mal sabia que o Rio de
Janeiro CHORAVA

Mais uma MULHER ASSASSINADA


Mais uma MULHER ASSASSINADA
Não apenas uma MULHER
Não apenas uma MULHER

2
Entendo o exercício parafrástico como modo de atualização do efeito metafórico. Cf. Lagazzi (2015)
3
Sobre ‘composição material’, vide Lagazzi (2009, 2017)
Mais uma mulher
NEGRA
Mais uma MILITANTE
Mais uma MILITANTE
MARIELLE movia estruturas
MARIELLE movia estruturas

Não não não


Não não não
MOVEU MOVE e MOVERÁ
MOVEU MOVE e MOVERÁ

Hoje sua VOZ ecoa ainda mais alto


Hoje sua VOZ ecoa ainda mais alto
Enquanto o Rio de Janeiro só pensa em CHORAR
Enquanto o Rio de Janeiro
só pensa em CHORAR.

EXECUTADA a sangue FRIO


EXECUTADA a sangue FRIO
Não mais que DE REPENTE
Não mais que DE REPENTE
Foram quatro tiros
em sua MENTE
Foram quatro tiros em sua MENTE.

GENTE
GENTE
PAREM DE MATAR GENTE
PAREM DE MATAR GENTE
Esse
assunto É URGENTE
Esse assunto É URGENTE.
MARIELLE
MARIELLE

PRESENTE”

O ritmo dessa recitação oscila entre a rapidez que imprime tensão aos dizeres e a
cadência pausada que enfatiza palavras em um lamento doído. O barulho da chuva
envolve os enunciados na insistência de seu cair contínuo, encorpado, que não arrefece.
As trovoadas nos lembram que não há mansidão alguma. Em concomitância com a
oralidade, as palavras escritas vão entrando e saindo da tela negra, na qual se vê o esboço
de uma cidade e lampejos que precedem os trovões.
No encadeamento dos enunciados, observo como a leitura vai se compondo. A
rima, em sua força e modo de disposição no conjunto da textualidade, é um ponto de
estruturação fundamental, a partir do qual vou ancorando a descrição da prosódia nos
elementos rítmicos e entonacionais, o grafismo das palavras, abarcando o contraste entre
maiúsculas e minúsculas e entre o branco e o vermelho. Elementos que vão enfatizando
o que vai sendo dito.
A rima captura nossa escuta em dois blocos: o primeiro se constrói pelas palavras
‘chuvarada’, ‘queimada’, ‘CHORAVA’, ‘ASSASSINADA’, ‘EXECUTADA’, e o
segundo por ‘DE REPENTE’, ‘MENTE’, ‘GENTE’, ‘GENTE’, ‘URGENTE’,
‘PRESENTE’. A insistência dos sons nas rimas corrobora o eco produzido pelos
enunciados que se repetem em desencontro.
O encadeamento dos enunciados que iniciam o vídeo produz um efeito de difusão
semântica em meio a uma prosódia carregada de tensão: “Hoje eu saí do banho e a LUZ
piscou”, “vi na janela uma chuvarada”, “lembrei da TV queimada”. Nessa sequência em
que os sentidos parecem escapar, a rima entre ‘chuvarada’ e ‘queimada’ fica em realce.
Nossa escuta, buscando ancoragem, encontra um ponto de apoio importante: entra em
cena a conjunção adversativa ‘mas’, introduzindo uma pausa breve, que quebra o ritmo
tenso e traz nova prosódia aos enunciados que seguem: “mas mal sabia que o Rio de
Janeiro CHORAVA”, “mais uma MULHER ASSASSINADA”. A entonação grave, a
pronúncia pausada e bem marcada, o ritmo lento colocam em destaque CHORAVA e
ASSASSINADA, reiterando a rima e vindo ao encontro das maiúsculas e da cor
vermelha. O peso dos gestos aí concernidos se faz sentir. O sangue derramado fica
marcado na cor das letras.
A sequência da rima, que condensa os significantes e atinge o seu ápice em
‘ASSASSINADA’, fica momentaneamente interrompida e abre espaço para que uma
nova sequência de palavras em maiúsculas, no jogo entre o branco e o vermelho, demande
o interlocutor: ‘MULHER’, ‘NEGRA’, ‘MILITANTE’, ‘MARIELLE’. Não apenas uma
mulher. A negritude e a militância de Marielle se integram à sua luta como mulher e isso
fica destacado pelo ritmo que novamente se acentua e pela entonação que volta a se
agudizar.
A negação irrompe de maneira decisiva: “não, não não”. Marielle não apenas
“movia estruturas”, ela MOVEU, MOVE e MOVERÁ. Enunciada em ritmo pausado, esta
sequência em maiúsculas concentra a força da promessa que se estende para o futuro –
MOVERÁ -, endossada pela constatação de que “hoje sua VOZ ecoa ainda mais ALTO”.
No entanto, neste momento “o Rio só pensa em CHORAR”. O tom se agrava, a
voz se abaixa, a força parece faltar. O sofrimento se materializa na prosódia que traz de
volta o choro que se faz chuva. E quando o desalento parece grande demais, um novo
fôlego se ancora no inconformismo da rima que retorna em “EXECUTADA a sangue
FRIO”. A prosódia ganha força no agudo do tom e no atropelo do ritmo. Um novo
desabafo, também marcado a sangue, que vem colocar em movimento a cadeia
significante aberta por ‘ASSASSINADA’.
A execução a sangue FRIO faz ressoar o Rio, onde DE REPENTE a tragédia
ganhou nome e local, onde as balas não se perderam e atingiram seu alvo: a MENTE de
Marielle. Nova rima costurando as palavras na contundência da dor. A entonação se
agudiza ainda mais para dar vazão ao vocativo que se repete, seguido de um pedido que
se faz socorro: “GENTE, PAREM DE MATAR GENTE!”
Gente que mata gente, o que fazer com essa gente? Vozes silenciadas pelo poder
do medo e da bala. “Esse assunto É URGENTE”, ouvimos ainda no tom agudo que pede
e denuncia. É URGENTE parar! É URGENTE que essas vozes possam falar. O nome
MARIELLE ecoa em maiúsculas e em vermelho, evocando aquela por quem o Rio só
pensa em CHORAR.
MARIELLE, ouvimos mais uma vez. Um raio risca a tela negra seguido de um
forte trovão. Alguns segundos se passam e só o negro da noite enche a tela. Finalmente a
resposta chega aos ouvidos e aos olhos: PRESENTE. O fundo negro traz impressa a
resposta em branco. A voz se cala. O barulho da chuva continua a chorar.
Um choro que resiste
Como resistir diante da brutalidade da execução de Marielle Franco?
É urgente que Marielle se faça presente. É urgente que sua luta resista em toda
força que sua história carrega. E o que isso significa? Em nossa pergunta pelo destino de
resistir, nos movemos em busca de modos de resistir.
Na tentativa de resumir minha compreensão sobre a resistência4, insisto sobre a
importância de tomá-la como um processo simbólico, portanto um processo de
linguagem, o que tem como consequência o fato de que ‘resistir’ não se restringe a uma
forma de oposição.
Entendo, a partir de Pêcheux (1988 e 1990), que a eficácia da dominação está na
identificação do sujeito aos sentidos que o dominam, e que essa dominação, portanto,
extrapola em muito qualquer coação de um sujeito sobre outro. Não se trata de resistir a
um inimigo externo localizando nele a força da coerção. Pêcheux (1988) nos fala da
“origem não-detectável da resistência e da revolta: formas de aparição
fugidias de alguma coisa "de uma outra ordem", vitórias ínfimas que, no
tempo de um relâmpago, colocam em xeque a ideologia dominante tirando
partido de seu desequilíbrio.” (PÊCHEUX, 1988. p.301)
A resistência possível é aquela que toca o movimento dos sentidos e que
desestabiliza as certezas que dominam o sujeito, abrindo escutas para sentidos
imprevistos e permitindo novos gestos de interpretação:
“[...] o frágil questionamento de uma ordem, a partir da qual o lapso pode
tornar-se discurso de rebelião, o ato falho, de motim e de insurreição: o
momento imprevisível em que uma série heterogênea de efeitos
individuais entra em ressonância e produz um acontecimento histórico,
rompendo o círculo da repetição”. (PÊCHEUX, 1990. p.17)

4
Cf. Lagazzi (2016)
Constituído na incompletude da linguagem pela ordem do significante,
estruturado pela falta de um desejo fundante que nunca cessa, o sujeito (se) significa em
processos de associações e derivas que produzem sua identificação a determinados
sentidos, fazendo com que ele se (re)conheça nesses sentidos. Ao tomar o simbólico como
especificidade do sujeito e ao reiterar que o simbólico nunca se fecha, posso considerar
que os processos de associação e deriva nunca se completam. São “processos sem início
nem fim”5, sem razões que os expliquem, o que faz da resistência um processo ideológico
inconsciente. Ideologia e inconsciente estão juntos nesse trabalho que vai localizar
posições na história, em um percurso marcado por contradições.
Os sentidos imprevistos se dispõem como novos pontos de ancoragem para
diferentes processos de identificação do sujeito. Assim, é importante deixar que o
incômodo se abra em escuta na diferença, deixar-se afetar na imprevisibilidade de um
efeito de ressonância, ser tomado na transgressão das fronteiras dos sentidos. Uma
compreensão que situa a resistência fora do voluntarismo e das lutas estratégicas.
De volta ao vídeo Marielle, Presente, busco compreender a maneira pela qual este
vídeo resiste no entrelaçamento da denúncia pelo barbarismo da execução de Marielle, da
promessa de que sua luta continua presente, do sofrimento que fez o Rio chorar por todos
os que se sentiram e se sentem sem voz e sem escuta.
Em Marielle, Presente a resistência incomoda no jogo das cores e das letras,
insiste no agudo da voz e toma lugar na cena de um Rio que chora. O enlace entre luta e
dor toma corpo em contornos que imbricam modos não estabilizados de enfrentamento.
A tragédia é revivida numa composição que denuncia o descabido em versos que são
quase gritos e que ferem os olhos no vivo do vermelho sangue. Uma denúncia que beira
à poesia, uma luta que se faz arte, uma dor que promete se reavivar em cada chuvarada
que escurecer o Rio e nos lembrar de tudo o que é urgente.
Os contrastes nos mobilizam e nos surpreendem em sentidos que não passam por
nossas vontades e estratégias. Somos pegos e nos reconhecemos nesses sentidos, nos
identificamos e procuramos razões que pouco importam. Marielle, Presente tem sua força
nos contrastes que fazem a luta fluir pela dor que vai sendo tocada pelos grafismos e pela
prosódia. É um vídeo que seduz apesar de ter tido como mote um gesto que mareia,
nauseia e faz chorar.

5
Parafraseando Althusser (1978), com sua categoria de “Processo sem Sujeito nem Fim(s)”.
A denúncia se faz importante por aquilo que ela grita e por aquilo que ela não nos
deixa esquecer, nos fazendo resistir no incômodo da memória. Nas palavras de Modesto
(2018, p.216), na denúncia “o funcionamento do grito irrompe confundindo corpo e
resistência”. A execução de Marielle atualiza muitos outros extermínios e não nos deixa
esquecer que o esgarçamento dos fios que tecem a escuta esfarrapa o social.
Resistir no possível, no hiato dos sentidos, em meio a essa prosódia que vai
esburacando a escuta.

Bibliografia
ALTHUSSER, L. Posições I. Rio de Janeiro: Graal, 1978.
LAGAZZI, S. O recorte significante na memória. Apresentação no III SEAD – Seminário
de Estudos em Análise do Discurso, UFRGS, Porto Alegre, 2007. In: O Discurso na
Contemporaneidade. Materialidades e Fronteiras. F. Indursky, M. C. L. Ferreira & S.
Mittmann (orgs.). São Carlos: Claraluz, 2009. p.67-78.
___________ Paráfrases da Imagem e Cenas Prototípicas: em torno da Memória e do
Equívoco. In: Análise de Discurso em Rede: Cultura e Mídia. Flores, G.B., Neckel,
N.R.M., Gallo, S.L. (orgs.). Campinas: Pontes, 2015. p.177-189.
___________ Trajetos do sujeito na composição fílmica. In: Análise de Discurso em
Rede: Cultura e Mídia - volume 3. Flores, G., Gallo, S., Lagazzi, S., Neckel, N., Pfeiffer,
C., Zoppi-Fontana, M. (Orgs.) Campinas, SP: Pontes, 2017. p. 23-39.
___________. Verbete “resistência simbólica”. In: Enciclopédia virtual da Análise do
Discurso e áreas afins. LAS, UFF, 2016.
MODESTO, R. “Você matou meu filho” e outros gritos : um estudo das formas da
denúncia. Tese (doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos
da Linguagem, 2018.
PÊCHEUX, M. Só há causa daquilo que falha ou o inverno político francês: início de
uma retificação. In: Semântica e Discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas:
Ed. da Unicamp, 1988. p. 293-307.
PÊCHEUX, M. Delimitações, Inversões, Deslocamentos. In: Caderno de Estudos
Linguísticos. Campinas, (1982): 7-24, jul./dez. 1990.

Filmografia
CESARO, Ana de. Marielle, Presente. YouTube. Publicado em 15 de março de 2018.
https://www.youtube.com/watch?v=vkyMJUYjhgU

You might also like