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Livro Mecanica Continuo
Livro Mecanica Continuo
2020
2
Contents
Introdução 5
2 Tensores 13
2.1 Operações e algumas propriedades de vetores . . . . . . . . . . . 13
2.2 Sistemas de coordenadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.3 Operações com vetores no sistema cartesiano . . . . . . . . . . . 18
2.4 Notação indicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.5 Delta de Kronecker . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.6 Símbolo de permutação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.7 Diádico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.8 Propriedades dos tensores de segunda ordem . . . . . . . . . . . 27
2.9 Transformação de tensores entre sistemas de coordenadas cartesianas 31
2.10 Autovalores e autovetores de um tensor de segunda ordem . . . . 34
2.11 Campos tensoriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
2.12 Teorema envolvendo integrais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
2.13 Exercícios de Tensores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3 Cinemática do contínuo 49
3.1 Definições básicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
3.2 Descrição do movimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
3.3 Gradiente de deformações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
3.4 Gradiente de deslocamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
3.5 Gradiente de velocidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
3.6 Análise de deformações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
3.7 Medições de deformação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
3.8 Pequenas deformações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
3.9 Equações de compatibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
3.10 Decomposição polar do gradiente de deformação . . . . . . . . . 76
3.11 Exercícios de cinemática do contínuo . . . . . . . . . . . . . . . . 79
4 Tensões 87
3
4 CONTENTS
4.1 Forças . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
4.2 Tensor de tensões de Cauchy . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
4.3 Transformações do tensor de tensões . . . . . . . . . . . . . . . . 91
4.4 Outras medições de Tensões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
4.5 Exercícios de tensões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
5
6 CONTENTS
Introdução a mecânica do
contínuo
9
10 CHAPTER 1. INTRODUÇÃO A MECÂNICA DO CONTÍNUO
Escala da mecânica
do contínuo
Tensores
Ta = b (2.1)
Então, T é um tensor.
Além disso, escalares e vetores também poderiam ser chamados de tensores
de ordem zero e de primeira ordem, respectivamente, desde que definam uma
transformação linear.
13
14 CHAPTER 2. TENSORES
a d a
c c
-b
b b
(a) (b)
c=a+b=b+a
d = a − b 6= b − a
a a a a
a a a a
Figure 2.2: Multiplicação por escalares unitário, maior que a unidade, menor
que zero e entre zero e a unidade.
a a
â = =
kak a
a a
b b
γ =a•b
γ = ab cosθ
W=f •d
W = f d cosα
b a•b
a= b (2.2)
b2
b
a
a•b
kb ak = a • b̂ =
b
b b a•b a•b
∴ a = k akb̂ = b̂ = 2 b
b b
2.1.6 Ortogonalidade
Dois vetores são ortogonais entre si se o ângulo entre eles for 90o , ou seja:
a•b=0
c a
Figure 2.5: Produto vetorial entre **a** e **b** e a área do paralelogramo por
eles formado.
c=a×b
c = ab senθ
A = kck = c
2.1. OPERAÇÕES E ALGUMAS PROPRIEDADES DE VETORES 17
f m
f
p
r
l r
m=r×f
m = fl
m = rf senθ
a b a
c
V = c • (a × b)
a = ai î + aj ĵ + ak k̂
Então:
a • a = a2
a • î = ai
q
a= a2i + a2j + a2k (2.4)
a ax aj ak
â = =q î + q ĵ + q k̂ (2.5)
a 2 2 2
ai + aj + ak 2 2 2
ai + aj + ak ai + a2j + a2k
2
Note que o produto vetorial segue a regra da mão direita (dedos direcionados de
um vetor para outro e o polegar apontará para o vetor resultante).
c•(a×b) = V (a, b, c) = ci (aj bk −ak bj )+cj (−ai bk +ak bi )+ck (ai bj −aj bi ) (2.14)
estão contidos será representada por X1, X2 e X3 para cada vetor unitário da
base respectivamente. Além disso, os três vetores da base possuem a mesma
origem.
Nessa nova nomenclatura um vetor a qualquer é escrito na forma:
3
X 3
X
a= ai êi ≡ am êm
i=1 m=1
a = ai êi
ai am a1
âi = √ = =√
aj aj ak ak a1 a1 + a2 a2 + a3 a3
γ = a • b = ab cosθ = a1 b1 + a2 b2 + a3 b3 = ai bi = aj bj
E a expressão: aij xj = bj ? Observe que são três equações com três termos sendo
somados do lado esquerdo da equação, sendo o índice i livre e o índice j mudo.
Expandindo temos:
Como esses vetores são ortonormais, ou seja, são unitários e formam ângulos de
90o entre si, o produto escalar de um com o outro é sempre zero e de um com
ele mesmo sempre a unidade, ou seja:
(
1 se os valores de i e j forem iguais
δij =
0 se i e j forem diferentes
Então:
Note que os únicos valores de δ que são diferentes de zero são aqueles onde i = j,
portanto as equações acima se resumem a:
produto vetorial indo de êi para êj , sentido antihorário, resulta em êi × êj = êk ,
mas indo no sentido horário, ou seja, de êj para êi resulta em êj × êi = −êk .
Claramente o símbolo de permutação segue a regra da mão direita, indicando a
direção do terceiro vetor (dedão) pelo giro dos demais dedos em direção a palma
da mão, simbolizando a direção do produto vetorial. Portanto podemos definir o
símbolo de permutação como:
1 se a permutação for no sentido antihorário
ijk = −1 se a permutação for no sentido horário
0 se i ou j ou k forem repetidos pelo menos uma vez
Sendo:
• +1: ijk, jki, kij
• -1: ikj, kji, jik
Outra forma de expressar o símbolo de permutação é pela equação:
1
ijk = (i − j)(j − k)(k − i) (2.15)
2
Com i, j e k variando de 1 a 3.
2.7. DIÁDICO 25
2.7 Diádico
Diádicos são tensores compostos por dois vetores próximos e são representados
pelo produto tensorial na forma:
ab = A
Alguns autores utilizam a notação a⊗b, para deixar explícito o produto tensorial,
neste texto somente será representado por dois vetores ao lado, deixando o
produto tensorial implícito.
O diádico é uma transformação linear e suas componentes no sistema de coorde-
nadas cartesiano são:
a1 a1 b1 a1 b2 a1 b3
ab = a2 b1 b2 b3 = a2 b1 a2 b2 a2 b3 = A
a3 a3 b1 a3 b2 a3 b3
ai bj = Aij
Aij êi êj = A
∴ A • ê1 = Ai1 êi = A11 ê1 + A21 ê2 + A31 ê3 = te1
26 CHAPTER 2. TENSORES
X3
X1
X2
∴ A • ê2 = Ai2 êi = A12 ê1 + A22 ê2 + A32 ê3 = te2
∴ A • ê3 = Ai3 êi = A13 ê1 + A23 ê2 + A33 ê3 = te3
A11 A12 A13
A= te1 te2 te3 = A21 A22 A23
A31 A32 A33
Note que esses vetores não tem a mesma orientação que os vetores da base.
Se projetarmos cada um desses vetores em ê1 , ê2 e ê3 , vamos observar que os
elementos da diagonal de A estão na direção perpendicular ao plano de cada
vetor de base respectivo e os elementos fora da diagonal na direção dos outros
dois vetores da base paralelos a cada plano, conforme ilustra a figura 2.14.
2.8. PROPRIEDADES DOS TENSORES DE SEGUNDA ORDEM 27
X3
X1
X2
C · ·D = (b • e)(a • f )
C : D = (a • e)(b • f )
C · ·D = (Cij êi êj ) · ·(Dmn êm ên ) = Cij Dmn (êj • êm ) (êi • ên )
| {z } | {z }
δjm δin
C : D = (Cij êi êj ) : (Dmn êm ên ) = Cij Dmn (êi • êm ) (êj • ên )
| {z } | {z }
δim δjn
C • D = (Cij êi êj ) • (Dmn êm ên ) = Cij Dmn êi ên (êj • êm )
| {z }
δjm
2.8.4 Traço
O traço de um tensor de segunda ordem é a soma dos elementos de sua diagonal
(como matrizes).
2.8.5 Simetria
Um tensor de segunda ordem é simétrico se:
A = AT
Aij = Aji
2.8.6 Antissimetria
Um tensor de segunda ordem é antisimétrico (skew) se:
A = −AT
Aij = −Aji
Observe que a diagonal precisa ser zero, do contrário o sinal negativo nos
elementos da diagonal não fariam o tensor ser igual ao negativo da sua transposta.
∼ 1
A= (A + AT )
2
A parte assimétrica pode ser obtida com:
1
A= (A − AT )
2
Portanto:
30 CHAPTER 2. TENSORES
∼
A=A+A
A:B=B:A=0
∼
A:C=A:C
B : C = −B : CT = B : C
2.8.9 Inversa
A inversa de um tensor de segunda ordem A−1 é outro tensor de segunda ordem
que:
A • A−1 = A−1 • A = I
2.8.10 Ortogonalidade
Um tensor de segunda ordem é ortogonal quando:
A • AT = I
b•A•b>0
bi Aij bj > 0
2.9. TRANSFORMAÇÃO DE TENSORES ENTRE SISTEMAS DE COORDENADAS CARTESIANAS31
2
'2
'1
3 1
'3
Neste espaço, vamos definir um vetor qualquer v, sendo que, nos sistemas de
coordenadas definidos, v se escreve como:
v = vi êi = v 0 i ê0i
v = v 0 i ê0i = vi êi
Observe que ê0i • ê0k = δik e que o δik opera sobre v 0 i sustituindo o i por k.
Expandindo em i e em k:
0
ê1 • ê01 ê2 • ê01 ê3 • ê01 v1
v1
0
v2 = ê1 • ê02
ê2 • ê02 ê3 • ê02 v2
0
v3 ê1 • ê03 ê2 • ê03 ê3 • ê03 v3
v 0 k = Rki vi
∴ ê0k = Rki êi
Sendo R o tensor de rotação com os cossenos diretores dos ângulos entre os eixos
de ambos os sistemas, todos contra todos, como os vetores da base são unitários:
Observe que êi • êk = δik e que o δik opera sobre vi sustituindo o i por k.
Expandindo em i e em k:
2.9. TRANSFORMAÇÃO DE TENSORES ENTRE SISTEMAS DE COORDENADAS CARTESIANAS33
0 0
ê02 • ê1 ê03 • ê1
v 1 ê1 • ê1 v1
v0 2 ê01 • ê2 ê02 • ê2 ê03 • ê2 = v2
0
v3 ê01 • ê3 ê02 • ê3 ê03 • ê3 v3
v 0 i Rik = vk
∴ ê0i Rik = êk
Sendo RT ≡ Rik o tensor transposto com os cossenos diretores dos ângulos entre
os eixos de ambos os sistemas, todos contra todos também.
Observe que RT = R−1 visto que para rotacionar de (X1 , X2 , X3 ) para
(X 0 1 , X 0 2 , X 0 3 ) concluímos que precisávamos determinar R e para fazer a
rotação inversa RT .
A rotação de um tensor de segunda ordem segue a mesma lógica. Um tensor de
segunda ordem qualquer A pode ser escrito como:
A0 = RART
A = RT A0 R
n̂
t = A • n̂
A • n̂ = λn̂
(A − λI) • n̂ = 0
2.10. AUTOVALORES E AUTOVETORES DE UM TENSOR DE SEGUNDA ORDEM35
n
c
(a) (b)
det(A − λI) = 0
λ3 − λ2 I1 + λI2 − I3 = 0
αI1
λ1 = 2Scos + (2.20)
3 3
α 2π I1
λ2 = 2Scos + + (2.21)
3 3 3
α 4π I1
λ3 = 2Scos + + (2.22)
3 3 3
Sendo:
r
R Q
S= α = arccos −
3 2T
r
I2 − 3I2 I1 I2 2I3 R3
R= 1 Q= − I3 − 1 T =
3 3 27 27
1
(Aij − λ1 δij ) n̂ = 0i
2
(Aij − λ2 δij ) n̂ = 0i
3
(Aij − λ3 δij ) n̂ = 0i
1
A11 − λ1 A12 A13 n1 0
1
A21 A22 − λ1 A23 n2 = 0 (2.23)
1
A31 A32 A33 − λ1 n3 0
√ p
Se for necessária uma equação adicional, lembre-se que ni ni = n21 + n22 + n23 =
1, pelo fato de ser uma base ortonormal.
Os autovalores constituem um novo espaço chamado de espaço principal e se A
for simétrico esse espaço principal é definido por uma base ortonormal.
Se reestruturarmos a solução da equação característica na forma matricial,
conseguimos deixar mais explícito a parte esférica e a parte desviadora no espaço
principal.
2.11. CAMPOS TENSORIAIS 37
α
cos 0 0
3
λ1 0 0 1 0 0
I 1
α 2π
0 λ2 0 = 0 1 0 + 2S
0 cos + 0
3 3 3
0 0 λ3 0 0 1
α 4π
| {z } 0 0 cos +
esférica 3 3
| {z }
desviadora
Por fim, sendo A um tensor de segunda ordem simétrico, pelo teorema espectral,
os autovalores formam todo o espectro de A, então A pode ser representado por:
X3 X3
T1
T2 T3
X1 X1
T4
X2 X2
(a) (b)
outra posição (X + dX) possui o valor de φ(X + dX), portanto a variação total
(ou derivada total) da função φ é definida como:
∂φ ∂φ ∂φ
dφ = dX1 + dX2 + dX3
∂X1 ∂X2 ∂X3
∂φ
dφ = φ,i dXi sendo: φ,i =
∂Xi
=c1 (cte)
=c2 (cte)
=c3 (cte)
c1>c2>c3
dφ = ∇X φ • dX
∂φ ∂φ ∂φ
dX1 + dX2 + dX3 =
∂X1 ∂X2 ∂X3
= (∇X φ)X1 ê1 + (∇X φ)X2 ê2 + (∇X φ)X3 ê3 • (dX1 ê1 + dX2 ê2 + dX3 ê3 )
∂φ ∂φ ∂φ
dX1 + dX2 + dX3 =
∂X1 ∂X2 ∂X3
= (∇X φ)X1 dX1 + (∇X φ)X2 dX2 + (∇X φ)X3 dX3
∂φ
(∇X φ)X1 =
∂X1
∂φ
(∇X φ)X2 =
∂X2
∂φ
(∇X φ)X3 =
∂X3
∂φ ∂φ ∂φ
∇X φ = ê1 + ê2 + ê3
∂X1 ∂X2 ∂X3
∂
∇X = êi ≡ ∂,i êi
∂Xi
A direção do gradiente, ou o vetor unitário normal a superfície equiescalar é
obtido por:
∇X φ
n̂ =
k∇X φk
∂vi êi
∇X v = êj ≡ (vi êi ),i êj = vi,j êi êj
∂Xj
Com:
∇X • v ≡ div(v)
∇X • A ≡ div(A)
2.12. TEOREMA ENVOLVENDO INTEGRAIS 41
Ou:
∂ 2 v1 ∂ 2 v1 ∂ 2 v1 ∂ 2 v2 ∂ 2 v2 ∂ 2 v2 ∂ 2 v3 ∂ 2 v3 ∂ 2 v3
∇2X v = 2 + 2 + ê1 + + + ê2 + + + ê3
∂X1 ∂X2 ∂X32 ∂X1 2 ∂X2 2 ∂X32 ∂X1 2 ∂X2 2 ∂X32
Z Z Z Z
div(v)dV = ∇X • vdV = v • n̂dS = v • ds (2.24)
V V S S
Z Z
vi,i dV = vi n̂i dS (2.25)
V S
Z Z Z
div(A)dV = ∇X • AdV = A • n̂dS (2.26)
V V S
Z Z
Aij,j dV = Tij n̂j dS (2.27)
V S
S ds
X3
X ds
X1
X2
2
u= −3
−6
3
v= −4
0
2.4 Mostrar que os vetores u = î − 8k̂, v = ĵ + 6k̂ e w = −î + 9ĵ + 3k̂ satisfazem
as seguintes propriedades do produto vetorial:
a. u × u = 0;
b. u × (v + w) = u × v + u × w;
c. c (u × v) = (cu) × v = u × (cv);
d. u • (u × v) = 0.
44 CHAPTER 2. TENSORES
2.5 Duas forças f1 e f2 são representadas por vetores cujo ponto inicial é a origem
O(0; 0; 0). A primeira força tem magnitude de 20 kN e tem direção e sentido
dados pelo vetor OP, com P(1; 1; 0). Já a segunda força tem magnitude de 40
kN e é representada pelo vetor OQ, com Q(0; 1; 1). Se f é a resultante das forças
f1 e f2 :
a. calcular a magnitude da força f ;
b. calcular os cossenos diretores de f .
Respostas:
a. kf k = 52.9 kN;
b. α = 74.5 graus, β = 36.7 graus e γ = 57.7 graus.
2.6 Escrever as expressões a seguir em notação indicial:
a. s = A21 + A22 + A23
∂2φ ∂2φ ∂2φ
b. + + =0
∂x21 ∂x22 ∂x23
Respostas:
a. s = Ai Ai ;
∂2φ
b. =0
∂xi ∂xi
2.7 Se Tij = 2µEij + λEkk δij , mostrar que:
2
a. Tij Eij = 2µEij Eij + λ (Ekk )
2
b. Tij Tij = 4µ2 Eij Eij + (Ekk ) 4µλ + 3λ2
2.8 Usar a identidade ijm klm = δik δjl −δil δjk para obter os seguintes resultados:
a. ilm jlm = 2δij
b. ijk ijk = 6
2.9 Mostrar que:
a. Se Tij = −Tji , então Tij ai aj = 0;
b. Se Tij = −Tji e Sij = Sji , então Tij Sij = 0
2.10 Sendo f (x1 , x2 , x3 ) uma função de x1 , x2 e x3 e vi (x1 , x2 , x3 ) três funções
de x1 , x2 e x3 , expressar os diferenciais totais df e dvi em notação indicial.
Respostas:
∂f
a. df = dxi
∂xi
∂vi
b. dvi = dxm
∂xm
2.13. EXERCÍCIOS DE TENSORES 45
2.11 Um tensor T transforma os vetores base î e ĵ tal que Tî = î + ĵ e Tĵ = î − ĵ.
Sendo a = 2î + 3ĵ e b = 3î + 2ĵ, usar a linearidade de T para calcular:
a. Ta;
b. Tb;
c. T (a + b).
Respostas:
a. 5î − ĵ;
b. 5î + ĵ;
c. 10î.
2.12 Um corpo rígido sofre uma rotação anti-horária, de uma ângulo θ, em torno
de um eixo orientado na direção do vetor unitário m̂. Considerando que o eixo
de rotação passa pela origem do sistema de coordenadas e que r é o vetor posição
de um ponto qualquer do corpo rígido:
a. mostrar que a rotação de r pelo tensor de rotação R gera o vetor Rr =
(1 − cosθ) (m̂ • r) m̂ + cosθr + senθ (m̂ × r);
√
b. se m̂ = î + ĵ + k̂ / 3, encontrar a matriz que representa R.
Resposta:
√ √
1 + 2cosθ
√ (1 − cosθ) − 3senθ (1 − cosθ) + √3senθ
T 1
b. [R] = (1 − cosθ) + √3senθ 1 + 2cosθ
√ (1 − cosθ) − 3senθ
3
(1 − cosθ) − 3senθ (1 − cosθ) + 3senθ 1 + 2cosθ
2.13 Sendo a um vetor qualquer e T um tensor de segunda ordem qualquer,
mostrar que:
a. a • Ta = 0;
∼
b. a • Ta = a • Ta.
∼
Onde T e T são as partes simétrica e antissimétrica de T, respectivamente.
2.14 A matriz do tensor T, representada segundo a base ortonormal êi , é:
1 5 −5
[T] = 5 0 0
−5 0 1
0 0 0
Sendo assim, encontrar T11 , T12 e T31 , que são componentes de T na representação
0 0
em relação à base ortonormal êi , na qual ê1 orienta-se na direção e no sentido
0
de −ê2 + 2ê3 e ê2 orienta-se na direção e no sentido de ê1 .
0 0 √ 0
Resposta: T11 = 4/5, T12 = −15/ 5 e T31 = 2/5.
46 CHAPTER 2. TENSORES
5 4 0
[T] = 4 −1 0
0 0 3
7 2 0
[S] = 2 1 0
0 0 −1
Respostas:
a. (3 − λ) (3 + λ) (−7 + λ) = 0, então λ1 = 3, λ2 = −3 e λ3 = 7;
b. I1 = 7, I2 = −9 e I3 = −63;
c.
3 0 0
[T]n̂i = 0 −3 0
0 0 7
2.13. EXERCÍCIOS DE TENSORES 47
2.18 Considerando o campo vetorial v = x21 î + x23 ĵ + x22 k̂, calcular, para o ponto
(1; 1; 0):
a. ∇v;
b. (∇v) v;
c. ∇ • v;
d. rot (v).
Respostas:
a.
2 0 0
0 0 0
0 2 0
b. 2î;
c. 2;
d. 2î;
2.19 Considerando a superfície elipsoidal definida pela equação x2 /a2 + y 2 /b2 +
z 2 /c2 = 1, encontrar o vetor unitário normal a essa superfície em um dado ponto
(x, y, z).
"
2 2 2 #−1/2
2x 2y 2z 2x 2y 2z
Resposta: + + î + ĵ + k̂
a2 b2 c2 a2 b2 c2
Cinemática do contínuo
Referência Atual
(indeformada) (deformada)
49
50 CHAPTER 3. CINEMÁTICA DO CONTÍNUO
Trajetória
Posição atual
Referência
(indeformada) Trajetória da
partícula
2
X
1
Atual
3 (deformada)
S
u=x−X ui = xi − Xi
dx d(u + X) du dX du
v= = ẋ = = + = = u̇
dt dt dt dt dt
dX
Pois = 0 já que as coordenadas materiais não variam no tempo e são fixas
dt
no sistema de referência.
A aceleração (normalmente em m/s2) da partícula é definida pela variação do
vetor velocidade no tempo:
dv d2 u
a= = v̇ = 2 = ü
dt dt
52 CHAPTER 3. CINEMÁTICA DO CONTÍNUO
x1 = X1 (1 + 0, 5t)
x1
X1 =
(1 + 0, 5t)
2t2 x1
T=
(1 + 0, 5t)
∞
X 1 ∂ n f (a)
f (x) = (x − a)n
n=0
n! ∂X n
54 CHAPTER 3. CINEMÁTICA DO CONTÍNUO
M
Referência
(indeformada) Q
dX
2 XQ
X
1 Q1
Q
d
1
Atual 1
3 (deformada) 1 S1
∂xi
xi (x1 + dx1 , x2 + dx2 , x3 + dx3 ) = [X1 − (X1 + dX1 )]+
∂X1 | {z }
dX1
∂xi
+ [X2 − (X2 + dX2 )]+
∂X2 | {z }
dX2
∂xi
+ [X3 − (X3 + dX3 )]+
∂X3 | {z }
dX3
2
1 ∂ xi
+ [X1 − (X1 + dX1 )]2 +
2 ∂X12 | {z }
dX1
1 ∂ 2 xi
+ [X2 − (X2 + dX2 )]2 +
2 ∂X22 | {z }
dX2
2
1 ∂ xi
+ [X3 − (X3 + dX3 )]2 + erro
2 ∂X32 | {z }
dX3
Observe que a relação entre colchetes Xi −(Xi +dXi ) não é algébrica, do contrário
resultaria −dXi , ela é uma subtração entre componentes de dois vetores X e
X + dX, que resulta apenas nas componentes do vetor dX, portanto:
Note que dXi2 são distâncias realmente muito pequenas se comparadas a dXi e
não acrescentam em nada na equação podendo ser negligenciadas, ou seja:
∂xi
dx = dXj êi + erro
∂Xj
Como o erro dos termos truncados é irrelevante, pois se os valores dos termos
quadráticos já são ínfimo, os dos termos de maior ordem serão menores ainda,
então temos que:
∂xi
dx = dXj êi = Fij dXj êi = F • dX
∂Xj
∂φ
dφ = ∇X φ • dx = • dx
∂x
No caso de um campo vetorial x(X, t), sua variação ou derivada total é também:
∂x(X, t)
dx = • dX = ∇X x(X, t) • dX = F • dX
dX
(dx)j = dx • êj = Fik dXk êi • êj = Fik dXk δij = Fjk dXk
Observe que êi • êj = δij e que o delta substitui o i em Fik por j. O tensor F
também pode ser expresso como:
dx dx dx
F= ê1 + ê2 + ê3
dX1 dX2 dX3
∂x
F= êi êj
∂Xi
∴ F = xi,j êi êj = Fij êi êj
dX = F−1 dx
∂Xi
F−1 = ∇x X(x, t) Fij−1 = = Xi,j
∂xj
3.3. GRADIENTE DE DEFORMAÇÕES 57
kP0~Q0 k = kdXk = dS
kP1~Q1 k = kdxk = ds
ds
λm̂ =
dS
Portanto, se λm̂ = 1 não existe alongamento, se 0 < λm̂ < 1 existe um encurta-
mento da linha P0~Q0 e se λm̂ > 1 existe um alongamento da linha P0~Q0 .
ds − dS
εm̂ =
dS
Sendo que −1 < εm̂ < ∞. A relação entre a razão de estiramento e a extensão
unitária é:
ds − dS ds
εm̂ = = − 1 = λm̂ − 1
dS dS
λm̂ = εm̂ + 1
Ou ainda:
58 CHAPTER 3. CINEMÁTICA DO CONTÍNUO
ds
εm̂ = −1
dS
ds
εm̂ + 1 =
dS
∴ ds = (εm̂ + 1)dS
∴ ds = λm̂ dS
ui (X, t) = xi (X, t) − Xi
ui (x, t) = xi − Xi (x, t)
∇x u = I − F−1
∇x u • F = (I − F−1 ) • F
∇x u • F = F − I
∇x u • F = ∇X u
d ∂xi (x, t)
Ḟij =
dt ∂Xj
∂ dxi (x, t) ∂ ẋi (x, t)
Ḟij = =
∂Xj dt ∂Xj
∂vi (x, t)
∴ Ḟij = = vi,j = ∇X v
∂Xj
∼
∇x v = ∇x v + ∇ x v
ω = rot(v) = ∇x × v
J = det(F)
x=F•X+c
L
x= Xi êi = λXi êi
l
λ 0 0
F= 0 λ 0
0 0 λ
Ou seja:
x1 = (1 + α)X1
x2 = X2
x3 = X3
O mapeamento inverso é:
62 CHAPTER 3. CINEMÁTICA DO CONTÍNUO
1
X= x1 ê1 + x2 ê2 + x3 ê3
1+α
1+α 0 0
∂xi
F= êi êj = xi,j êi êj = 0 1 0
∂Xj
0 0 1
1
0 0
∂Xi α
F−1 = êi êj = Xi,j êi êj = 1 +
∂xj 0 1 0
0 0 1
Sendo α uma constante escalar. Por exemplo, uma linha na descrição Lagrangiana
(material) X2 = a + bX1 , sendo a e b constantes que definem a equação de uma
reta para essa linha, se transforma para:
b
x2 = a + x1
1+α
Pois:
x1
X1 =
1+α
X2 = x2
X2 x2
2 2
h h
1
X1 1
x1
h h h
1 γ 0
F= 0 1 0
0 0 1
h
X2 x2
2 2
h h
1
X1 1
x1
h h h
2 d2X d3
d3X
d1X
d2
1 d1
dV = ijk d1 xi d2 xj d3 xk
dV = ijk Fil d1 Xl Fjm d2 Xm Fkn d3 Xn
dV = ijk Fil Fjm Fkn d1 Xl d2 Xm d3 Xn
| {z }
det(F)lmn
dV = det(F) lmn d1 Xl d2 Xm d3 Xn
| {z }
dV0
∴ dV = det(F)dV0 = JdV0
dm0 = ρ0 dV0
dm = ρdV
ρ0 dV0 = ρdV
ρ0 dV
= =J
ρ dV0
∴ ρ0 = Jρ
dA da
||dA||
2 d2X
N n
d1X
d2
||da||
1 d1
dA = d1 X × d2 X = kdAkN̂ = dAN̂
dAi = ijk d1 Xk d2 Xk
da = d1 x × d2 x = kdakn̂ = dan̂
dai = ijk d1 xk d2 xk
66 CHAPTER 3. CINEMÁTICA DO CONTÍNUO
−1
dai = njk Fnp Fpi Fjl d1 Xl Fkm d2 Xm
−1
dai = njk Fnp Fjl Fkm Fpi d1 Xl d2 Xm
| {z }
det(F)plm
Como det(F) = J:
−1
dai = JFpi plm d1 Xl d2 Xm
| {z }
dAp
−1
∴ dai = JFpi dAp
−1
ou da = JdA • F
A relação inversa é:
1
dAp =
Fpi dai
J
1
ou dA = da • F
J
E:
1 1
dA = dAN̂ = da • F = dan̂ • F
J J
3.7. MEDIÇÕES DE DEFORMAÇÃO 67
√
dS = kdXk = dX • dX (3.2)
2
dS = dX • dX (3.3)
E:
√
ds = kdxk = dx • dx (3.4)
2
ds = dx • dx (3.5)
dx = F • dX (3.6)
−1
dX = F • dx (3.7)
C = FT • F
B = F • F−T = C−1
−T
Sendo que o significa a inversa da transposta.
Substituindo agora a equação (3.7) no dS 2 da equação (3.3):
c = F−T • F−1
b = F • FT = c−1
3.7. MEDIÇÕES DE DEFORMAÇÃO 69
1
Ejk = (Cjk − δjk )
2
1
E= (C − I)
2
1 1
E= (C − I) = (FT • F − I)
2 2
1
(∇X u + I)T • (∇X u + I) − I
E=
2
1
(∇X uT • ∇X u + ∇X uT + ∇X u + I) − I
E=
2
1
∴E= (∇X u + ∇X uT ∇X uT • ∇X u)
2
1 ∂ui ∂uj ∂uk ∂uk 1
ou Eij = + + = (ui,j + uj,i + uk,i uk,j )
2 ∂Xj ∂Xi ∂Xi ∂Xj 2
70 CHAPTER 3. CINEMÁTICA DO CONTÍNUO
" 2 2 2 #
∂u1 1 ∂u1 ∂u2 ∂u3
E11 = + + +
∂X1 2 ∂X1 ∂X1 ∂X1
" 2 2 2 #
∂u2 1 ∂u1 ∂u2 ∂u3
E22 = + + +
∂X2 2 ∂X2 ∂X2 ∂X2
" 2 2 2 #
∂u3 1 ∂u1 ∂u2 ∂u3
E33 = + + +
∂X3 2 ∂X3 ∂X3 ∂X3
1 ∂u1 ∂u2 ∂u1 ∂u1 ∂u2 ∂u2 ∂u3 ∂u3
E12 = E21 = + + + +
2 ∂X2 ∂X1 ∂X1 ∂X2 ∂X1 ∂X2 ∂X1 ∂X2
1 ∂u1 ∂u3 ∂u1 ∂u1 ∂u2 ∂u2 ∂u3 ∂u3
E13 = E31 = + + + +
2 ∂X3 ∂X1 ∂X1 ∂X3 ∂X1 ∂X3 ∂X1 ∂X3
1 ∂u2 ∂u3 ∂u1 ∂u1 ∂u2 ∂u2 ∂u3 ∂u3
E23 = E32 = + + + +
2 ∂X3 ∂X2 ∂X2 ∂X3 ∂X2 ∂X3 ∂X2 ∂X3
1
eij = (δij − cij )
2
1
e = (I − c)
2
3.7. MEDIÇÕES DE DEFORMAÇÃO 71
1
I − (I − ∇X u)T • (I − ∇X u)
e=
2
1
I − (I − ∇X uT ) • (I − ∇X u)
e=
2
1
I − (I − ∇X u − ∇X uT + ∇X uT • ∇X u)
e=
2
1
∴e= (∇X u + ∇X uT − ∇X uT • ∇X u)
2
1 ∂ui ∂uj ∂uk ∂uk
ou eij = + −
2 ∂Xj ∂Xi ∂Xi ∂Xj
1
e= (I − c)
2
1
e = (I − F−T • F−1 )
2
2e = I − F−T • F−1
2FT e = FT − F−1
2FT eF = FT • F − I
2FT eF = 2E
Portanto:
72 CHAPTER 3. CINEMÁTICA DO CONTÍNUO
E = FT eF
ou e = F−T EF−1
d d
C = Ċ = (FT • F)
dt dt
Ċ = F˙T • F + FT • Ḟ
Ċ = FT • ∇x vT • F + FT • ∇x v • F
Ċ = FT • (∇x vT + ∇x v) • F
∼
∴ Ċ = 2FT • ∇x v • F
d d 1
E = Ė = (C − I)
dt dt 2
1
∴ Ė = Ċ
2
∼
ou Ė = FT • ∇x v • F
d d
b = ḃ = (FT • F)
dt dt
ḃ = Ḟ • FT + F • ḞT
ḃ = ∇x v • F • FT + F • FT • ∇x vT
∴ ḃ = ∇x v • b + b • ∇x vT
d d
c = ċ = (F−T • F−1 )
dt dt
d
ċ = b−1
dt
∴ ċ = ḃ−1
d d 1
e = ė = (I = F−T • F−1 )
dt dt 2
d 1
ė = (I − c)
dt 2
1
∴ ė = ċ
2
1 ∂ui ∂uj ∂uk ∂uk 1 ∂ui ∂uj
∇X u<<1 ∼
Eij = + + −→ = +
2 ∂Xj ∂Xi ∂Xi ∂Xj 2 ∂Xj ∂Xi
| {z }
termos não lineares
1 ∂ui ∂uj
∴ ξij = +
2 ∂Xj ∂Xi
1
∇X u + ∇X u T
ou ξij =
2
74 CHAPTER 3. CINEMÁTICA DO CONTÍNUO
1 ∂ui ∂uj ∂uk ∂uk 1 ∂ui ∂uj
∇x u<<1 ∼
eij = + + −→ = +
2 ∂xj ∂xi ∂xi ∂xj 2 ∂xj ∂xi
| {z }
termos não lineares
1 ∂ui ∂uj
∴ εij = +
2 ∂xj ∂xi
1
∇x u + ∇x u T
ou εij =
2
Como sabemos o gradiente dos deslocamentos pode ser escrito pela soma de sua
parte simétrica com a sua parte assimétrica.
1 1
∇x u = (∇x u + ∇x uT ) + (∇x u − ∇x uT )
2| {z } 2| {z }
ε ϕ
1
ϕ= (∇x u − ∇x uT )
2
1
ϕij = (ui,j − uj,i )
2
3.9. EQUAÇÕES DE COMPATIBILIDADE 75
1 ∂uk
ϕij = ijk
2 ∂xj
d 1 d ∂ui ∂uj
εij = ε̇ij = +
dt 2 dt ∂xj ∂xi
1 d ∂ui d ∂uj
ε̇ij = +
2 dt ∂xj dt ∂xi
1 ∂ dui ∂ duj
ε̇ij = +
2 ∂xj dt ∂xi dt
1 ∂vi ∂vj
ε̇ij = +
2 ∂xj ∂xi
| {z }
∼
∇x u
∼
∴ ε̇ij = ∇x v
∇ X × FT = 0
dx = F • dX = (R • U) • dX = (V • R) • dX
Alongamento
Configuração de
Configuração de
referência
atual
Rotação
U2 = U • U
U2 = UT • U(UT = U)
U2 = FT • |R •{zRT} •F
I
2 T
U =F •F=C
∴ U2 = C
V2 = V • V
V2 = VT • V(VT = V)
T T
V2 = F • R
| {z• R} •F
I
2 T
V =F•F =b
∴ V2 = b
U = RT • V • R
V = R • U • RT
λ1 0 0 X3
C = AT • C • A = 0 λ2 0 = λi n̂i n̂i
0 0 λ3 i=1
1
E= (C − I)
2
1
E = (U2 − I)
2
3
1X 2
E= (λ − 1)n̂i n̂i
2 i=1 i
E:
3.11. EXERCÍCIOS DE CINEMÁTICA DO CONTÍNUO 79
1
e= (I − b−1 )
2
1
e = (I − V−2 )
2
3
1X
e= (1 − λ−2
i )n̂i n̂i
2 i=1
T
−72 −1 0
c.
T
−200 −1 0
T
v(X, t) = 0 πcos(πt)sen(πX1 ) 0
T
v(x, t) = 0 πcos(πt)sen(πx1 ) 0
80 CHAPTER 3. CINEMÁTICA DO CONTÍNUO
T
−π 2 sen(πt)sen(πX1 )
a(X, t) = 0 0
T
−π 2 sen(πt)sen(πx1 )
a(x, t) = 0 0
T
v(X, t) = v(x, t) = α 0 0
T
a(X, t) = a(x, t) 0 0 0
dΘ
b. Θ = A (αt + X1 ), = Aα
dt
dΘ
c. Θ = BX2 , =0
dt
3.4 Dado o campo bidimensional de velocidades v1 = −2x2 e v2 = 2x1 , calcular
o campo de acelerações e equação da trajetória das partículas que realizam esse
movimento.
Resposta: a1 = −4x1 e a2 = −4x2 , x21 + x22 = constante = X12 + X22
3.5 Tendo em vista o movimento
βX2 t2 0
1
x= 0 (1 + kt) 0 X
0 0 1
a. esboçar, para t = 2, a configuração deformada do quadrado ABCD que,
em t = 0, possui vértices A(0; 0; 0), B(0; 1; 0), C(1; 1; 0) e D(1; 0; 0);
b. obter os campos de velocidades e acelerações na descrição material;
c. obter os campos de velocidades e acelerações na descrição espacial.
Respostas:
3.11. EXERCÍCIOS DE CINEMÁTICA DO CONTÍNUO 81
0 −πcos(t)cos(πx1 )/2 0
∇x v = πcos(t)cos(πx1 )/2 0 0
0 0 0
b. 0, 0 e π/2, respectivamente.
3.9 Um movimento é dito irrotacional quando o tensor spin (taxa de rotação)
é nulo. Tendo em vista esse conceito, mostrar que o campo de velocidades
−x2 e1 + x1 e2
v= , onde r2 = x21 + x22 , é irrotacional.
r2
3.10 Considerando um elemento material dx = dsn:
dn ∼ ∼
a. Mostrar que = ∇x v n + ∇x v n − n • ∇x v n n;
dt
∼ dn
b. Mostrar que, se n é um autovetor de ∇x v, então = ∇x v n = ω × n,
dt
onde ω é o campo vetorial de vorticidade.
3.11 O estado de deformações em um ponto, em relação ao sistema de coorde-
nadas cartesiano, é dado por
5 3 0
E= 3 4 −1 × 10−4
0 −1 2
Sendo assim:
a. Qual o alongamento unitário na direção de 2ê1 + 2ê2 + ê3 ?
b. Qual a mudança de ângulo entre duas linhas, perpendiculares entre si
no estado indeformado, que partem do ponto e possuem as direções de
2ê1 + 2ê2 + ê3 e 3ê1 − 6ê3 ?
Respostas:
58
a. × 10−4 ;
9
32
b. √ × 10−4 rad.
45
3.12 Utilizando os conceitos de jacobiano J, das velocidades v e do gradiente
espacial de velocidades ∇x v:
˙ em função da parte
a. expressar a derivada do Jacobiano no tempo, J,
simétrica do gradiente de velocidades;
b. escrever J˙ em função da derivada do tensor de deformações de Green-
Lagrange no tempo.
Respostas:
3.11. EXERCÍCIOS DE CINEMÁTICA DO CONTÍNUO 83
∼
a. J˙ = Jtr(∇x v)
b. J˙ = J F−T • Ė • F−1 : I
0 0 3
x = −1 0 0 X
0 −2 0
Determinar:
a. o gradiente de deformações F;
b. os tensores direitos de deformações de Cauchy-Green C e de alongamento
U;
c. o tensor esquerdo de deformações de Cauchy-Green b;
d. o tensor de rotações R;
e. o tensor de deformações de Green-Lagrange E;
f. o tensor de deformações de Euler ou de Almansi e;
g. a relação entre os volumes final e inicial;
h. a área deformada (magnitude e respectivo vetor normal) para a área cuja
magnitude inicial era 1 e cujo vetor normal orientava-se inicialmente na
direção de ê2 .
Respostas:
a.
0 0 3
F = −1 0 0
0 −2 0
b.
1 0 0
C= 0 4 0
0 0 9
1 0 0
U= 0 2 0
0 0 3
c.
84 CHAPTER 3. CINEMÁTICA DO CONTÍNUO
9 0 0
b= 0 1 0
0 0 4
d.
0 0 1
R = −1 0 0
0 −1 0
e.
0 0 0
E= 0 3/2 0
0 0 4
f.
4/9 0 0
e= 0 0 0
0 0 3/8
g. 6
h. dA = −3ê3
3.14 O campo de deslocamentos u1 = sen(X1 ), u2 = X13 X2 , u3 = cos(X3 )
corresponde a um campo de deformações compatível? Porque?
3.15 Com base na equação de movimento x1 = X1 + 2X2 , x2 = X2 , x3 = X3 :
a. o processo de deformação dessa equação encaixa-se nas definições de
dilatação pura, extensão simples ou cisalhamento simples? Porque?
b. determinar o tensor direito de alongamento U e verificar que U2 = C,
sendo C o tensor direito de deformações de Cauchy-Green;
c. qual a razão de alongamento para um elemento que, inicialmente, encontra-
se na direção de ê2 ?
d. calcular a razão de alongamento para um elemento que, inicialmente,
orienta-se na mesma direção de ê1 + ê2 ;
e. qual o ângulo formado entre os elementos deformados cujas configurações
indeformadas são dadas por dS1 ê1 e dS2 ê2 ?
Respostas:
a. cisalhamento simples;
b.
3.11. EXERCÍCIOS DE CINEMÁTICA DO CONTÍNUO 85
1 1 0
1
U= √ 1 3 √0
2 0 0 2
√
c. 5
√
d. 5
√
e. θ = acos(2/ 5)
86 CHAPTER 3. CINEMÁTICA DO CONTÍNUO
Chapter 4
Tensões
Quando uma força externa atua sobre um corpo, seus átomos ou moléculas
que formam o contínuo são afetados e modificam a sua posição para atingir o
equilíbrio. A resistência interna a esse movimento é chamada de força interna e
pode ser interpretada como uma média das forças interatômicas, para caracterizá-
la como uma variável macroscópica. A força interna em cada ponto material
(partícula) é representada pelo campo vetorial de trações (uma força por área
unitária). Esse conceito é o início para estabelecermos o estado de tensões de
uma partícula.
4.1 Forças
Forças a aplicadas diretamente a um corpo são chamadas de forças de superfície.
Quando um corpo está imerso em um campo gravitacional ou magnético, temos
forças indiretas aplicadas a todas as partículas de seu volume. no caso do campo
gravitacional temos as forças de corpo.
Com t(x) sendo as forças por área na superfície ou campo de trações, df uma
força diferencial atuando sobre uma área dS diferencial, ou:
df = t(x)dS
87
88 CHAPTER 4. TENSÕES
t(x)
S
ρb = p
ρbi = pi
Com ρ(x, t) a massa por volume unitário que, normalmente, está em kg/m3,
sendo o bi em N/kg (que é o mesmo que m/s2) e pi em N/m3. Portanto, a força
de corpo total atuando em um certo corpo B de volume V , pode ser calculada
por:
Z Z Z
p= dp = bdm = ρbdV
V V V
t - t
P(x,t)
2
-t
a
Podemos definir o vetor de tensões no ponto P (x, t), que está associado a normal
n̂, como:
n̂ δf
t (x, t, n̂) = ∆a → 0
lim ∆a
2 - -t
- 3 3
1
-t 1
t
1
3
- 2
-t 2
σ11 σ12 σ13
σ = σ21 σ22 σ23
σ31 σ32 σ33
tn̂ = tS
A superfície S também deve ser definida por n̂. Ainda, sabendo que a projeção
do tensor de tensões na direção n̂ é igual ao vetor de tensões do plano definido
por essa direção, podemos afirmar que:
tn̂ = σ • n̂ ≡ tS
tn̂ S
i = σij n̂j ≡ ti
I1 = σii
1
I2 = (σii σjj − σij σji )
2
I3 = det(σ) = ijk σi1 σj2 σk3
α
cos 0 0
3
σ1 0 0 1 0 0
I 1
α 2π
0 σ2 0 = 0 1 0 + 2S
0 cos + 0
3 3
3
0 0 σ3 0 0 1
α 4π
| {z } 0 0 cos +
esférica 3 3
| {z }
desviadora
Com:
r
R Q
S= α = arccos −
3 2T
r
I2 − 3I2 I1 I2 2I3 R3
R= 1 Q= − I3 − 1 T =
3 3 27 27
t2s = t2 − t2n
ou t2s = σ12 n21 + σ22 n22 + σ32 n23 − (σ1 n21 + σ2 n22 + σ3 n23 )2
1 1
t2s = (λ1 − λ2 )2 para n̂ = √ (ê1 ± ê2 )
4 2
1 1
t2s = (λ1 − λ3 )2 para n̂ = √ (ê1 ± ê3 )
4 2
1 1
t2s = (λ2 − λ3 )2 para n̂ = √ (ê2 ± ê3 )
4 2
A maior tensão de cisalhamento é dada pelo maior dos três valores acima, ou
seja:
1
ts(max) = (σmax − σmin )
2
Configuração de referência
t=t0 S
S0
t
P
da da
P0 t0
2
0
dA
dA
Configuração de atual
1
t=t
Concluimos que:
t0i dA = ti da
P • n̂dA = σ • n̂da
P • dA = σ • da
da = JF−T • dA
96 CHAPTER 4. TENSÕES
P • dA = σ • da
P • dA = Jσ • F−T • dA
∴ P = Jσ • F−T
1
ou σ = P • FT
J
Em notação indicial:
−1
Pij = Jσik Fjk
1
σij = Pik Fjk
J
df0 = F−1 • df
Sabemos que a força de referência df0 pode ser escrita em função do vetor de
trações de referência t0 e a área na configuração indeformada:
df0 = t0 dA
Ainda, como qualquer vetor de tração multiplicada por certa área também pode
ser representado por certo tensor de tensões produto escalar com o vetor que
define ta área, podemos imaginar que existe certo tensor de tensões de referência
S, tal que:
df0 = t0 dA = S • n̂dA = S • dA
df0 = F−1 • df
S • dA = F−1 • P • dA
∴ S = F−1 • P
ou P = F • S
−1
Sij = Fik Pkj
Pij = Fik Skj
−1
Sij = JFik σkl Fjl−1
ou S = F−1 • σ • F−T
1
σij = Pik Fjk
J
1
∴ σij = Fil Slk Fjk ou σ = F • σ • FT
J
Resposta:
b.
0 500 −200
σdesv = 500 −300 400 kPa
−200 400 300
x1 = X1 + kX2
x2 = X2
x3 = X3
x1 = 4X1
x2 = −X2 /4
x3 = −X3 /4
e.
100/16 0 0
P= 0 0 0 MPa
0 0 0
100
t0 = ê1 MPa
16
c.
100/64 0 0
S= 0 0 0 MPa
0 0 0
100
t0 = ê1 MPa
64
100
df0 = ê1
64
4.8 Tendo em vista que um corpo se deforma segundo as equações a seguir:
x1 = 2X1
x2 = 2X2
x3 = 2X3
400 0 0
P = 0 400 0 MPa
0 0 400
t0 = 400ê1 MPa
t = 100ê1 MPa
c.
200 0 0
S = 0 200 0 MPa
0 0 200
t0 = 200ê1 MPa
df0 = 200ê1
4.9 A configuração de equilíbrio de um corpo deformado é descrita pelo ma-
peamento x = AX1 ê1 − BX3 ê2 + CX2 ê3 , onde A, B e C são constantes. Se o
tensor de tensões de Cauchy é
0 0 0
σ= 0 0 0 MPa
0 0 σ0
0 0 0
ABσ0
S= 0 0
C
0 0 0
c.
t0P = σ0 da/dAê3
σ0
t0S = da/dAê2
C
onde:
dA = kdAk
da = kdak
da = JF −T dA
4.10 A equação que descreve o movimento de um corpo contínuo é x = AX2 ê1 +
BX1 ê2 + CX3 ê3 , sendo A, B e C constantes. Já o tensor de tensões de Cauchy
em qualquer ponto do corpo deformado é dado por σ22 = σ0 , sendo σ0 um valor
constante e todas as outras componentes σij iguais a zero. Determinar o vetor
de tensão de Cauchy t e o primeiro tensor de tensões de Piola-Kirchhoff no plano
cuja normal na configuração deformada é eˆ2 .
Respostas:
t = σ0 ê2
0 0 0
P = −ACσ0 0 0
0 0 0
104 CHAPTER 4. TENSÕES
Chapter 5
105
106 CHAPTER 5. OBJETIVIDADE DOS TENSORES
x∗ = c(t) + Q(t) • x
t∗ = t − a
φ∗ (x∗ , t∗ ) = φ(x, t)
u∗ (x∗ , t∗ ) = Q(t) • u(x, t)
S∗ (x∗ , t∗ ) = Q(t) • S(x, t) • QT (t)
dx = F • dX
∂xi
ou dxi = Fij dXj = dXj
∂Xj
dx∗ = F∗ • dX = Q • F∗ • dX = Q • dx
2
P0
dX dX* * =F*dX*
dx Configuração de atual* (rotacionada)
0
X X*
t=t
P0' S*
Observador F*= Q F *
dx P'*
*
x*
1
P*
3
dx =F dX QT
* Q
dx = Q dx
Observador* x
(rotacionado)
dx
P'
P
S
Configuração de atual
t=t
F−1 ∗ = (Q • F)−1
∴ F−1 ∗ = F−1 • QT
C∗ = F∗T • F∗
C∗ = (Q • F)T • (Q • F)
C∗ = FT • Q T • Q • F
∴ C∗ = FT • F = C
1 ∗
E∗ = (C − I∗ )
2
1
∴ E∗ = (C − I) = E
2
b∗ = F∗ • F∗T
b∗ = (Q • F) • (Q • F)T
b∗ = Q • F • FT • QT
∴ b∗ = Q • b • QT
1 ∗
e∗ = (I − b∗−1 )
2
1 ∗
e∗ = I − (Q • b • QT )−1
2
1
e = (I∗ − Q−T • b−1 • Q−1 )
∗
2
1
e = (I∗ − Q • b−1 • QT )
∗
2
Como:
1
e= (I − b−1 )
2
5.2. OBJETIVIDADE DOS TENSORES CINEMÁTICOS 109
∴ e ∗ = Q • e • QT
Portanto, b e e também são objetivos pois somente estão relacionados com uma
rotação na mudança de observador.
Na decomposição polar do gradiente de deformação, o escrevemos em
função do tensor de alongamento direito U(X, t) ou do esquerdo V(X, t) e em
função de um tensor de rotação R, sendo:
F=R•U=V•R
ou F∗ = R∗ • U∗ = V∗ • R∗
∗
Lembrando que o significa o tensor escrito na configuração rotacionada.
Como C = FT • F = U2 , temos que:
C∗ = U∗2 = C = U2
∴ U∗2 = U2
∴ U∗ = U
R ∗ • U ∗ = F∗ R ∗ • U ∗ = Q • FR∗ • U∗ = Q • R • U
∴ R∗ = Q • R
ou Q = R∗ • RT
F∗ = V ∗ • R ∗
Q • F = V∗ • R ∗
Q • V • R = V∗ • R ∗
Q • V • R • R T = V∗ • R ∗ • R T
Q • V = V∗ • Q
∴ V ∗ = Q • V • QT
σ ∗ • n̂∗ = t∗
σ ∗ • Q • n̂ = Q • t
QT • σ ∗ • Q • n̂ = t
∴ σ = QT • σ ∗ • Q
P∗ = J ∗ σ ∗ • F∗−T
P∗ = det(Q • F)Q • σ • QT • (Q • F)−T
P∗ = det(Q)det(F)Q • σ • QT • (F−1 • QT )T
P∗ = JQ • σ • QT • Q • F−T
P∗ = Q • Jσ • F−T
∴ P∗ = Q • P
Observe que é objetivo mesmo sendo relacionado por apenas uma rotação.
O segundo tensor de tensões de Piola-kirchhoff também é objetivo:
S∗ = J ∗ F∗−1 • σ ∗ • F∗−T
S∗ = JF−1 • QT • Q • σ • QT • Q • F−T
S∗ = JF−1 • σ • F−T
∴ S∗ = S
Equações fundamentais
S
St
2 P
x
t
113
114 CHAPTER 6. EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS
Z
d
φ(x, t)dVt
dt Vt
Expandindo a integral:
Z Z
d d d
φ(x, t)dVt = dVt φ(x, t) + φ(x, t) dVt
dt Vt Vt dt dt
d ∂φ(x, t)
φ(x, t) = + ∇x φ(x, t) • v(x, t)
dt ∂t | {z }
velocidade
d ∂φ(x, t) ∂φ(x, t)
ou φ(x, t) = + vi
dt ∂t ∂xi
d
dVt = ∇x • v(x, t)dVt
dt
d
dVt = tr[∇x v(x, t)]dVt
dt
d ∂vi
ou dVt = dVt
dt ∂xi
∂ ∂φ(x, t) ∂vj
[φ(x, t)vi ] = vi + φ(x, t)
∂xi ∂xi ∂xj
S
St
P
2
x
t
A relação:
Z Z
d ∂φ(x, t) ∂
φ(x, t)dVt = + [φ(x, t)vi ] dVt
dt Vt Vt ∂t ∂xi
∂φ(x, t) ∂
Q= + [φ(x, t)vi ]
∂t ∂xi
Z Z
m= ρ0 dV0 = ρdV
V0 V
116 CHAPTER 6. EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS
Z
d d
m= ρ(x, t)dV = 0
dt dt V
Z
d
ρ(x, t) + ρ(x, t)∇x • vdV = 0
V dt
Z
d ∂vk
ou ρ(x, t) + ρ(x, t) dV = 0
V dt ∂xk
dρ
+ ρ(∇x • v) = 0
dt
dρ
ou + ρvk,k = 0
dt
Z Z Z
ρ0 (x)dV0 = ρ(x, t)dV = ρ(x, t)JdV0
V0 V V0
Z Z
d ∂vk
ρ(x, t)JdV0 = [ρ(x, t)J] + ρ dV0 = 0
V0 V0 dt ∂xk
Z
d
[ρ(x, t)J] dV0 = 0
V0 dt
d
(ρJ) = 0
dt
∇x • v = 0
∂vk
ou =0
∂xk
d
[mv(x, t)] = f
dt
d
ou (L) = f
dt
A resultante das forças f é composta por uma parcela de forças de corpo (função
da gravidade ou magnetismo) e uma parcela de forças de superfície, aplicadas
no contorno externo do meio ou superfície limite.
Sendo b a força de corpo por unidade de massa e t a força de superfície por
unidade de área f pode ser reescrita como:
Z Z
F= ρ(x, t)b(x, t)dV + t(x, t)dS
V S
Z Z Z
d
ρ(x, t)v(x, t)dV = ρ(x, t)b(x, t)dV + t(x, t)dS
dt V V S
Sabemos que t(x, t), de acordo com o postulado fundamental de Cauchy, pode
ser escrito em função do tensor de tensões de Cauchy na superfície como:
t = σ • n̂
ou ti = σij n̂j
Portanto:
Z Z Z
d
ρ(x, t)v(x, t)dV = ρ(x, t)b(x, t)dV + σ • n̂dS
dt V
Z ZV Z S
d
ou ρvi dV = ρbi dV + σij n̂j dS
dt V V S
∇x • σ + ρb = ρv̇ + ρv • ∇x v
6.2. CONSERVAÇÃO DE MOMENTO LINEAR 119
σ • n̂dS = P • n̂dS0
dV = JdV0
1
ρ0 = Jρ ou ρ = ρ0
J
Z Z Z
ρ0
ρbdV = b0 JdV0 = ρ0 b0 dV0
V V0 J V0
Z Z Z
σ • n̂dS = P • n̂dS0 = ∇X • PdV0
S S0 V0
∂2u
Z Z Z
d d ρ0 ∂u
ρvdV = JdV0 = ρ0 2 dV0
dt V dt V0 J ∂t V0 ∂t
∂2u
Z Z Z
∴ ρ0 2 dV0 = ρ0 b0 dV0 + ∇X • PdV0
V0 ∂t V0 V0
∂2u
ρ0 = ρ0 b0 + ∇X • P
∂t2
P=F•S
E como F = I + ∇X u, temos:
120 CHAPTER 6. EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS
∂2u
ρ0 = ρ0 b0 + ∇X • (F • S)
∂t2
∂2u
∴ ρ0 2 = ρ0 b0 + ∇X • [(I + ∇X u) • S]
∂t
∂ 2 ui
∂ ∂ui
ou ρ0 2 = ρ0 b0i + δki + Skj
∂t ∂Xj ∂Xk
∇x • σ + ρb = 0
E na descrição Lagrangiana:
∇X • [(I + ∇X u) • S] + ρ0 b0 = 0
Z
AM0 = x × ρvdV
ZV
ou AM0 = ρijk xj vk dV
V
Z
Ab0 = x × ρbdV
V
Z
ou Ab0 = ijk xj ρbk dV
V
Z
At0 = x × tdS
ZS
ou At0 = ijk xj tk dS
S
Z Z Z
d
ρ (ijk xj vk )dV = ijk xj ρbk dV + ijk xj tk dS
V dt V S
Z Z Z
d
ρ (ijk xj vk )dV = ijk xj ρbk dV + ijk (xj σkl ),l dV
V dt V V
Z Z
ρijk xj ak dV = ijk xj,l σkl + ijk xj σkl,l + ijk xj ρbk dV
V V
Z
ijk σkl + ijk xj (σkl,l + ρbk + ρak ) dV = 0
V | {z }
equações do movimento
Z
∴ ijk σkj dV = 0
V
ijk σkl = 0
∴ σjk = σkj
ou σ = σ T
122 CHAPTER 6. EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS
σ = σT
J −1 P • FT = (J −1 P • F)T
P • FT = P T • F
F • S • FT = F • (F • S)T
∴ S = ST
d d d d
K+ U= W+ Q
dt dt dt dt
1
Ki = m(vi vi )
2
Extrapolando para todo o domínio:
Z
1
K(t) = ρ(v • v)dV
2 V
Z
1
ou K(t) = ρvi vi dV
2 V
L = mv
Z
d 1
K(t) = K̇ = ρvi vi dV
dt 2 V
Z
1 d
K̇ = ρ (vi vi ) dV
2 V dt
Z
1
K̇ = ρ (v̇i vi + vi v̇i ) dV
2
Z V
∴ K̇ = ρvi v̇i dV
V
d d d
K+ U= W (6.2)
dt dt dt
Sendo suprimido o termo Q por sua variação ser zero nesse caso. Essa equação é
conhecida como balanço da energia mecânica ou teorema extendido da potência.
Usando a equação do movimento, sem a aplicação do teorema do transporte
de Reynolds no termo da esquerda, ou seja, equação (6.1) aplicada localmente,
vamos escrever a variação da velocidade para a energia cinética.
124 CHAPTER 6. EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS
1
v̇i = (σij,j + ρbi )
ρ
Z
K̇ = ρvi v̇i dV
ZV
K̇ = vi (σij,j + ρbi ) dV
ZV
K̇ = vi σij,j + vi ρbi dV
V
∼ ∼
vi,j = ∇x v = ∇x v + ∇x v = ∇x vij + ∇x vij (6.3)
∼
Z
K̇ = (vi σij ),j − σij (∇x vij + ∇x vij ) + vi ρbi dV
V
Observe que σij está multiplicando tanto a parte simétrica quanto a parte
assimétrica do gradiente de velocidades espacial, que é um produto escalar duplo
ou uma dupla contração no caso de tensores, e a dupla contração de um tensor
qualquer A com a parte assimétrica de outro tensor qualquer B é zero.
A:B=0 (6.4)
Portanto:
6.4. CONSERVAÇÃO DA ENERGIA 125
∼
Z Z Z
K̇ = (vi σij ),j dV − σij ∇x vij dV + ρvi bi dV
V V V
∼
Z Z Z
K̇ = vi ti dS − σij ∇x vij dV + ρvi bi dV
S V V
d d d
K+ U= W
dt dt dt
∼
Z Z Z
K̇ + σij ∇x vij dV = vi ti dS + ρvi bi dV
V S V
| {z } | {z }
potência mecânica interna potência mecânica externa
Portanto:
∼ ∼ ∼
Z Z Z
d
U= σij ∇x vij dV = σ : ∇x vdV = tr(σ • ∇x v)
dt
ZV Z V
Z V
Z
d
W= vi ti dS + ρvi bi dV = t • vdS + ρb • vdV
dt S V S V
S
s
ds
2
dV
r(x,t)
1
q • n̂ds = q cosα da = qn ds
fluxo termal q(x, t), sendo a quantidade de energia transferida pela superfície
em da representada por:
q • n̂ds
Z
−q • n̂ds
s
Z
ρrdV
V
Z Z
d
Q= ρrdV − q • n̂ds
dt V s
Z Z
d
Q= ρrdV − qi,i dV
dt V V
d d d d
K+ U= W+ Q
dt dt dt dt
Z
d
K= ρvi v̇i dV
dt
ZV
d
U= ρėdV
dt
ZV Z
d
W= vi ti dS + ρvi bi dV
dt S V
Z Z
d
Q= ρrdV − qi,i dV
dt V V
E, portanto:
Z Z Z Z Z Z
ρvi v̇i dV + ρėdV = vi ti dS + ρvi bi dV + ρrdV − qi,i dV
V V S V V V
Então:
Z Z
ρėdV = −ρvi v̇i + ρvi bi + ρr − qi,i + vi,j σij + vi σij,j dV
V V
Isolando o vi :
Z Z
ρėdV = vi (σij,j + ρbi − ρv̇i ) +ρr − qi,i + vi,j σij dV
V V | {z }
equações de movimento =0
Z Z
∴ ρėdV = ρr − qi,i + vi,j σij dV
V V
∼ ∼
vi,j σij = σij ∇x vij + σij ∇x vij = σij ∇x vij
∼
Z Z
ρėdV = σij ∇x vij + ρr − qi,i dV
V V
∼
ρė = σij ∇x vij + ρr − qi,i
∼
ou ρė = σ : ∇x v + ρr − ∇x • q
1 ∼
ė = σij ∇x vij
ρ
Z Z Z
ρėdV = Jρ0 ėdV = ρ0 (X)ė(X, t)dV0
V V V0
∼ ∼
Z Z
σij ∇x vij dV = Jσij ∇x vij dV0
V V0
Como Jσij = Fij Sij Fji , sendo Sij o segundo tensor de tensão de Piola-Kirchhoff
∼
−1
e ∇x vij = Fji Ėij Fij−1 , sendo Ėij a derivada no tempo do tensor de deformação
de Green-Lagrange, temos que:
130 CHAPTER 6. EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS
∼
Z Z Z
Jσij ∇x vij dV0 = Sij Ėij dV0 = S : ĖdV0
V0 V0 V0
q0 • dA = q • da
q0 • dA = Jq • F−T • dA
∴ q0 = Jq • F−T
ou q = J −1 q0 • FT
Z Z Z Z
∂q0 k 1 ∂q0 k ∂xi ∂q0 k
qi,i dV = J Fik dV0 = dV0 = dV0
V V0 ∂Xi J V0 ∂X i ∂Xi V0 ∂Xk
Ou, localmente:
ρ0 (X)ė(X, t) = S : Ė + ρ0 (X)r(X, t) − ∇X • q0
ou ρ0 (X)ė(X, t) = Sij : E˙ij + ρ0 (X)r(X, t) − q0 i,i
6.5. PRINCÍPIO DA IRREVERSIBILIDADE 131
Normalmente em J/K, Joules por Kelvin, sendo η(x, t) a entropia específica (por
unidade de massa).
A energia fornecida ao sistema B é dada por:
Z Z
B= ρb(x, t)dV = ρ0 b(X, t)dV0
V V0
Onde b é a fonte local de entropia por unidade de massa, por unidade de tempo.
O fluxo de entropia que entra no sistema através da superfície S é definida por:
Z
− s • n̂dS
S
Z Z Z
d
Γ(t) = ρη(x, t)dV ≥ ρb(x, t)dV − s • n̂dS
dt V V S
Z Z Z
ou Γ(t) = ρη̇(x, t)dV ≥ ρb(x, t)dV − s • n̂dS
V V S
ρη̇(x, t) ≥ ρb(x, t) − ∇x • s
132 CHAPTER 6. EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS
Se considerarmos que:
q
s=
T
r
b=
T
r q
ρη̇ ≥ ρ + ∇x •
T T
r 1 1
ρη̇ ≥ ρ − ∇x • q + 2 q • ∇x T
T T T
q0
s(X, t) =
T
r(X, t)
b(X, t) =
T
r(X, t) q
0
ρ0 η̇(X, t) ≥ ρ0 + ∇X •
T T
r(X, t) 1 1
ρ0 η̇(X, t) ≥ ρ0 − ∇X • q0 + 2 q0 • ∇X T
T T T
r 1 1 1 1
ρη̇ − ρ + ∇x • q − 2 q • ∇x T = ρη̇ − (ρr − ∇x • q) − 2 q • ∇x T ≥ 0
T T T T| {z } T
∼
=ρė−σ:∇x v
1 ∼ 1
ρη̇ − ρė − σ : ∇x v − q • ∇x T ≥ 0
T T2
1 1 ∼ 1
ou ρη̇ − ρė + σ : ∇x v − q • ∇x T ≥ 0
T T T2
1 1
ρ0 η̇(X, t) ≥ [ρ0 r(X, t) − ∇X • q0 ] + 2 q0 • ∇X T
T T
1 1
ρ0 η̇(X, t) ≥ ρ0 ė − S : Ė + 2 q0 • ∇X T
T T
1 1 1
∴ ρ0 η̇(X, t) ≥ ρ0 ė + S : Ė + 2 q0 • ∇X T
T T T
1 1 1
ou ρ0 η̇(X, t) ≥ ρ0 ė + P : Ḟ + 2 q0 • ∇X T
T T T
−q • ∇x T ≥ 0
ou q0 • ∇X T ≥ 0
1 ∼ 1
Dint = ρη̇(x, t) + σ : ∇x v − ρė(x, t) ≥ 0
T T
Sendo Dint a dissipação da energia interna que deve ser sempre positiva Dint ≥ 0.
Na configuração de referência, essa dissipação é escrita como:
1 1
Dint = ρη̇(X, t) + P : Ḟ − ρė(X, t) ≥ 0
T T
134 CHAPTER 6. EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS
ψ = e − Tη
ψ̇ = ė − Ṫη − Tη̇
ou Tη̇ = ė − Ṫη − ψ̇
1
ρη̇T ≥ ρr − ∇x • q + q • ∇x T
T
Combinando com a taxa de variação de ψ multiplicada pela densidade ρ:
1
ρė − ρ(η Ṫ + ψ̇) ≥ ρr − ∇x • q + q • ∇x T
T
Considerando também a equação da energia, obtemos:
∼ 1
σ : ∇x v − ∇x • q + ρr − ρ(η Ṫ + ψ̇) ≥ ρr − ∇x • q + q • ∇x T
T
∼ 1
∴ σ : ∇x v − ρ(η Ṫ + ψ̇) − q • ∇x T ≥ 0
T
1
S : Ė − ρ0 (η Ṫ + ψ̇) − q0 • ∇x T ≥ 0
T
1
P : Ḟ − ρ0 (η Ṫ + ψ̇) − q0 • ∇x T ≥ 0
T
∼
Dint = σ : ∇x v − ρ(η Ṫ + ψ̇)
Dint = S : Ė − ρ0 (η Ṫ + ψ̇) ≥ 0
X1
x1 =
X1 t2
+1
3
x2 = X2
x3 = X3
onde ρ0 = ρ(t = 0)
6.4 Considerando os seguintes campos de velocidade e de densidade:
v = αx1 ê1 + βx2 ê2 + γx3 ê3 , ρ = ρ0 e−(α+β+γ)(t−t0 )
a. verificar a equação de continuidade de massa;
b. calcular a massa total e a taxa de variação da massa no paralelepípedo
limitado pelos planos x1 = 0, x1 = 3, x2 = 0, x2 = 5, x3 = 0 e x3 = 4.
Resposta:
dm
b. m = 60ρ0 e−(α+β+γ)(t−t0 ) , = −60(α + β + γ)ρ0 e−(α+β+γ)
dt
6.5 As equações do movimento de um corpo na descrição Lagrangeana são:
x1 = X12 + αtX3
x2 = X22 + αtX3
x3 = X3 − αt X12 + X22
−2X13 X1 − 3X22 + 1
4X1 X2 + X3 − 7
S = 4X1 X2 + X3 − 7 3X12 − 2X22 + 5X3 0
X1 − 3X22 + 1 0 X1 + 3X2 + 3X3 − 5
e do campo de deslocamentos
AX2
u= BX1
0
6X12 − 4X1
1
b0 = 6BX12 − 4BX1
ρ0
−4
α
6.7 Assumindo-se que a força de corpo específica é b = gê2 + ê3 , em que g é
ρ
constante, e considerando o tensor de tensões de Cauchy
x2 −x3 0
σ = α −x3 p(x2 ) −x2
0 −x2 0
Resposta:
ρ βt2 x1 x2 x3 + x1 x23 −α (x2 − 2x3 )
1
b= ρ 2β 2 t4 x32 + 2βtx22 − 2αx2
ρ
ρ 2β 2 t4 x22 x3 + 2βtx2 x3 + α (γ − 2x3 )
α (x1 + x2 ) σ12 (x1 , x2 ) 0
σ = σ21 (x1 , x2 ) α [x1 − 2 sin(x2 )] 0
0 0 5αx2
αx2
ė = −βγt2 x3 + 2βt2 x22 + βt2 x23 + x1 x3
ρ
6.15 Caso o sistema do exercício 6.14 também esteja submetido ao fluxo de
calor q = 50kx21 ê1 , onde k é uma constante, determinar a equação que expressa
a energia interna, em função do tempo, no paralelepípedo de controle limitado
por x1 = 0, x1 = 1, x2 = 0, x2 = 3, x3 = 0, x3 = 2.
Resposta:
3 9α
t (−3αβγ + 31αβ)+t − 300k +C, onde C é uma constante de integração.
2
6.16 A temperatura de um corpo em x2 = a e em x2 = b é mantida com valores
constantes Ta e Tb , respectivamente. Sendo assim:
a. encontrar a equação de distribuição de temperaturas nesse corpo, con-
siderando que o fluxo de calor segue a equação de Fourier q = −k∇x T ,
onde k é uma constante, e que a taxa de fluxo de calor que entra no corpo
por unidade de volume, −∇x • qdV , vale zero;
b. mostrar que k tem de ser positivo para que a desigualdade de entropia seja
atendida, sabendo que não há variação da entropia específica e que não há
produção de calor interno no corpo.
Resposta:
(Ta − Tb ) x2 aTb − bTa
a. T = +
a−b a−b
6.17 Considere um meio contínuo onde a potência mecânica interna é nula, no
qual o fluxo de calor segue a equação de Fourier q = −k(T )∇x T , onde k(T )
é um tensor de segunda ordem denominado tensor de condutividade térmica.
∂e
Sabe-se também que c = é o calor específico, expresso em Joules por Kelvin.
∂T
Com isso:
a. determinar a equação de balanço de energia para esse processo;
b. mostrar que o tensor k(T ) é um tensor positivo semi-definido.
Observação: um tensor A é dito positivo semi-definido se a • A • a ≥ 0 para
qualquer vetor a 6= 0.
Resposta:
∂T
a. ρc = −∇x • [−k(T ) • ∇x T ]
∂t
6.18 Assume-se, na elasticidade linear, que a energia livre de Helmholtz depende
do tensor de pequenas deformações εij e da temperatura T , ou seja, ψ = ψ(εij , T ).
Tendo isso em vista e utilizando a desigualdade de Clausius-Duhem, derivar a
relação entre o tensor de tensões de Cauchy e a energia livre de Helmholtz.
Resposta:
140 CHAPTER 6. EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS
∂ψ
σij = ρ
∂εij
6.19 Considerando um volume de controle cilíndrico no meio contínuo, de área
transversal Ac , no qual o fluxo de calor q = qê1 é paralelo ao seu eixo. Esse fluxo
de calor sai da face A, com temperatura TA , para a face B, com temperatura
TB .
Utilizando o fluxo e o volume descritos, bem como a segunda lei da termodinâmica,
mostrar que o fluxo de calor sempre orienta-se no sentido que sai da maior
temperatura para a menor temperatura. Desconsiderar quaisquer fontes de calor
internas ao volume do cilindro.
Chapter 7
Relações constitutivas
141
142 CHAPTER 7. RELAÇÕES CONSTITUTIVAS
h i
ψ(t) = fψ X, F(t) , T(t) , ∇X T(t)
h i
η(t) = fη X, F(t) , T(t) , ∇X T(t)
h i
q0 (t) = fq0 X, F(t) , T(t) , ∇X T(t)
h i
P(t) = fP X, F(t) , T(t) , ∇X T(t)
Sendo (t) o indicativo da variação dos valores até o tempo atual. Os funcionais
são referidos como a função de resposta, ou seja, fψ fornece a resposta para ψ(t)
levando em conta todo o seu histórico de valores.
No caso de materiais termoelásticos simples, os funcionais são independentes de X.
Além disso, de acordo com o princípio da objetividade, as equações constitutivas
devem ser invariantes em diferentes sistemas obtidos por transformação ortogonal:
7.1. CARACTERIZAÇÃO DAS EQUAÇÕES CONSTITUTIVAS PARA UM MATERIAL TERMOELÁSTICO SIMP
h i h i
ψ(t) = fψ F(t) , T(t) , ∇X T(t) = fψ F(t)∗ , T(t) , ∇X T(t)∗
h i h i
η(t) = fη F(t) , T(t) , ∇X T(t) = fη F(t)∗ , T(t) , ∇X T(t)∗
h i h i
q0 (t) = fq0 F(t) , T(t) , ∇X T(t) = fq0 F(t)∗ , T(t) , ∇X T(t)∗
h i h i
P(t) = fP F(t) , T(t) , ∇X T(t) = fP F(t)∗ , T(t) , ∇X T(t)∗
ψ = fψ (F, T, ∇X T)
∂ψ ∂ψ ∂ψ ˙T
ψ̇ = : Ḟ + Ṫ + • ∇X
∂F T ∂∇X T
∂ψ ∂ψ ∂ψ ˙ 1
P : Ḟ − ρ0 : Ḟ + Ṫ + • ∇X T − q0 • ∇X T ≥ 0
∂F T ∂∇X T T
(7.1)
∂ψ ∂ψ ∂ψ ˙ T − 1 q0 • ∇X T ≥ 0
P − ρ0 : Ḟ − ρ0 + η Ṫ − ρ0 • ∇X
∂F T ∂∇X T T
(7.2)
∂ψ
+η =0
T
∂ψ
ou η = −
T
∂ψ ∂ψ ˙ T − 1 q0 • ∇X T ≥ 0
P − ρ0 : Ḟ − ρ0 • ∇X (7.3)
∂F ∂∇X T T
Vamos avaliar agora essa equação (7.3) de novo com um processo onde o gradiente
de deformação não varie no tempo, ou seja, substituindo Ḟ = 0 na equação (7.3),
a inequação vira:
∂ψ ˙ T − 1 q0 • ∇X T ≥ 0
− ρ0 • ∇X (7.4)
∂∇X T T
De novo, nossa equação (7.2) deve se válida para qualquer processo termod-
inâmico. Vamos analisar, então, quais seriam as restrições do processo da equação
1
. Observe que − q0 • ∇X T ≥ 0 é sempre verdade, visto que q é sempre oposto
T
a ∇X T.
∂ψ ˙ T de
Agora, se 6= 0 temos uma inconsistência, pois podemos usar •∇X
∂∇X T
˙ T = 0, então ψ não pode depender
forma a violar a desigualdade, ou seja, •∇X
do gradiente de temperatura ψ(t) = fψ (F, T) e a desigualdade se escreve:
∂ψ 1
P − ρ0 : Ḟ − q0 • ∇X T ≥ 0
∂F T
∂ψ
P − ρ0 : Ḟ ≥ 0 (7.5)
∂F
∂ψ
P − ρ0 =0
∂F
∂ψ
ou P = ρ0
∂F
Por fim, em cima dessas considerações e restrições que encontramos com idealiza-
ções de possíveis cenários para nosso processo termodinâmico, podemos concluir
que as equações constitutivas para um simples material termoelástico são:
ψ = ψ(F, T)
∂ψ
P(F, T) = ρ0
∂F
∂ψ(F, T)
η(F, T) = −
∂T
q0 = q0 (F, T, ∇X T)