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Revista Aulo e Professor 84
Revista Aulo e Professor 84
Ensinando as Nações 2
ENSINANDO AS NAÇÕES
Comentaristas: OBREIROS(AS) DA CONVENÇÃO INTERNACIONAL DA
“ASSEMBLEIA DE DEUS” (CIAD)
Editor: Pr. Elias Garcia Fernandes
SUMÁRIO
LIÇÃO TEMA DATA PÁGINA
Parábola sobre a vida
01 Pr. Deilton Miguel
02/01 5
Frutos dignos de arrependimento
02 Pr. Odilon Mendonça de Oliveira
09/01 9
A parábola da figueira estéril
03 Pr. Milton Cruz da Conceição
16/01 13
Enfrentando as paixões humanas
04 Pr. Joel Bezerra Santiago 23/01 17
A graça divina do perdão
05 Pr. Elias Garcia Fernandes
30/01 21
Como estão os teus lábios?
06 Pr. Edivaldo Silva Bastos (Junior)
06/02 25
Rompendo o silêncio de Deus
07 Mis. Tânia Silva Câmara
13/02 29
Façamos o bem, sempre!
08 Pr. Joelias Correa da Silva
20/02 33
A dracma perdida
09 Pr. Jeú Andrade Ferreira
27/02 37
Uma oração eficaz
10 Pra. Wesleyana Cabral Neves Araújo
06/03 41
As estratégias de Jesus
11 Pr. Jose Fernandes da Silva
13/03 45
Sem santificação, não há salvação
12 Dc(isa). Giovani Alves Moraes (Vaninha)
20/03 49
O analfabetismo bíblico e seus efeitos na
13 igreja - Pr. Estenyo Bezerra da Silva 27/03 53
Ensinando as Nações 3
ENSINANDO AS NAÇÕES
A PALAVRA VIVA NA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS DE ANÁPOLIS
Presidente: Pr. José Clarimundo César
1º Vice: Pr. Jossele Clauber César
2º Vice: Pr. Claudino Borges
1º Secretário: Pr. Carlos Marcos da Silva
2º Secretário: Pr. Álvaro Aurélio Pereira da Silva
1º Tesoureiro: Pr. Lázaro Vieira Filho
2º Tesoureiro: Ev. João dos Santos Neto
Diretor Administrativo: Pr. Ramos de Paula Nascente
Vice-Diretor Administrativo: Pr. Israel Osmundo de Miranda
Vogais: Pr. Antônio Barbosa Vieira, Pr. Daniel Egídio Garcia, Pr. Elias Garcia Fernandes, Pr. José Airton
Faustino, Ev. Paulo Egídio dos Santos e Pr. Salvarino Pinto da Silva.
Conselheiros: Pr. Antônio José Soares, Pr. Guido Pires Borges e Pr. Isaías Graciano de Jesus.
MESA DIRETORA
Presidente: Pr. Sebastião José Inácio
1º Vice: Pr. Moisés José Inácio
2º Vice: Pr. Elismar Veiga da Silva
1º Secretário: Pr. Daniel Ferreira César
2º Secretário: Pr. Álvaro Aurélio Pereira da Silva
1º Tesoureiro: Pr. José Ubaldino de Freitas Veríssimo
2º Tesoureiro: Pr. Paulo Sartin
CONSELHO CONSULTIVO
Presidente: Pr. José Clarimundo César
Vices: Pr. Jossele Clauber César e Pr. Claudino Borges
CONSELHEIROS
Pr. Adilson da Cruz Ribeiro, Pr. André Carlos Boaventura, Pr. Daniel Egídio Garcia, Pr. Dilson Resplandes dos
Santos, Pr. Edson Araújo Bruno, Pr. Evangelino Gomes de Andrade Filho, Pr. Jessé Câmara Braga Frota,
Pr. José Maria Gomes, Pr. Lázaro Francisco da Silva, Pr. Luís Carlos Vicente Júnior, Pr. Salvarino Pinto da
Silva e Pr. William da Rocha Melo
Ensinando as Nações 8
Lição 02
Domingo, 09 de janeiro de 2022
Comentarista: Odilon Mendonça de Oliveira
- Bel em Teologia (Faculdade Kurios) - Mestre em Liturgia (FATEFI)
- Pós-graduado em Pregação Bíblica (SETECEB) e Missiologia (SPRBC)
- Escritor, Conferencista e Pregador Itinerante
Ensinando as Nações 12
Lição 03
Domingo, 16 de janeiro de 2022
Comentarista: Milton Cruz da Conceição
- Bacharel em Teologia (FATADEB) - Juiz de Paz (CCEBD)
- Capelão (OCEB - Ordem dos Capelães Evangélicos do Brasil)
- Pastor da AD de Anápolis | Divinópolis do Tocantins - TO
Ensinando as Nações 25
putado por sábio; e o que cerra os seus
COMENTÁRIO lábios é tido por entendido” (Pv 17.28).
Sábio é aquele que sabe exatamente o
Introdução
momento de se calar, por isso não trope-
ça em palavras. Se formos moderados no
Isaías foi sincero em sua declara-
falar, demonstraremos que somos pruden-
ção quando reconheceu ser um homem de
tes aos olhos dos que nos cercam. Existem
lábios impuros, uma vez que a boca só fala
momentos em que o silêncio é a maior ex-
do que o coração (mente) está cheio (Mt
pressão de sabedoria, principalmente nas
12.34b). Entendemos que Isaías era co-
horas em que as emoções estão afloradas.
nhecedor de seu estado espiritual, ou seja,
Nesse momento é melhor manter os lábios
do que a sua consciência lhe condenava.
fechados. “Quem retém as palavras possui
Ele vivia no meio de um povo de impuros
o conhecimento, e o sereno de espírito é
lábios, algo semelhante ao que acontece
homem de inteligência” (Pv 17.27).
conosco ainda hoje, pois podemos estar
Há uma frase que diz: “o silêncio é
vivendo o mesmo dilema de Isaías. Muitas
a pior resposta que se possa refutar”. A se-
pessoas já não têm o mínimo de temor ao
renidade do silêncio quebra todo o jugo de
dirigir a palavra para seu próximo. Há falta
ira. Em sua sabedoria, Deus nos fez com
de respeito e isto faz com que as pessoas
dois ouvidos e apenas uma boca. Façamos
cada vez mais banalizem os princípios de
segundo a recomendação de Tiago: “...
hierarquia. Professores têm sido ofendidos
todo o homem seja pronto para ouvir, tar-
com palavras de baixo calão e espancados
dio para falar” (Tg 1.19). Devemos guardar
em sala de aula. Esse é só um exemplo
este versículo em nossos corações.
dentre milhares existentes no nosso dia a
dia. As pessoas têm muita dificuldade para
2 - Lábios irrepreensíveis
controlar o que falam. Estão perdendo o
domínio próprio e já não se dão conta de
“Linguagem sadia e irrepreensível,
que isso acarretará em condenação futu-
para que o adversário seja envergonhado,
ra: “Mas eu vos digo que de toda palavra
não tendo indignidade nenhuma que dizer
ociosa que os homens disserem hão de dar
a nosso respeito” (Tt 2.8). As pessoas que
conta no Dia do Juízo. Porque por tuas pa-
proferem palavras temperadas são dignas
lavras serás justificado e por tuas palavras
de admiração e respeito, e por este com-
serás condenado” (Mt 12.36-39).
portamento não dão espaço para a acusa-
Esta lição tem o objetivo de levar-
ção do inimigo.
-nos a uma reflexão para que saibamos
Como flecha lançada, assim são as
policiar diariamente os nossos procedimen-
palavras que saem de nossos lábios. Uma
tos, principalmente no falar. Conheceremos
vez ditas, não voltam jamais. Por este mo-
dois aspectos que retratam os tipos de lá-
tivo devemos nos manter irrepreensíveis.
bios e seus procedimentos:
Se dominarmos toda palavra que sai de
nossa boca evitaremos tropeços. O fato de
I - ASPECTOS POSITIVOS não tropeçarmos no falar demonstra que
somos capazes de dominar todo o corpo
1 - Lábios que silenciam (Tg 3.2). Se nos mantivermos irrepreensí-
veis, Deus dará testemunho de nós, como
“Até o tolo, quando se cala, é re- também deu testemunho de Jó (Jó 1.8).
Ensinando as Nações 26
3 - Lábios vigilantes ção tenha onde se espelhar.
cem.
- Generosidade aos que nos aborre-
COMENTÁRIO
Quarta-feira - Lucas 6.27 Introdução
- Amando os inimigos.
QUESTIONÁRIO
V - JESUS, O NOSSO
MAIOR EXEMPLO 1 - Quais os dois homens que viram
em Deus a fonte de todo o bem?
O evangelista Lucas, que também
era médico, deu destaque especial à preo- 2 - Qual a igreja que socorreu Paulo
cupação de Jesus em relação aos oprimi- por ocasião de sua prisão?
dos, aos marginalizados, às mulheres e aos
pobres. De fato, ser misericordioso era a 3 - Qual a prática que deve ser cons-
tônica do ministério de Jesus. Ele andou tante em nossa vida?
fazendo o bem, curando a todos os opri-
midos do diabo porque Deus era com ele 4 - A quem devemos priorizar em
(At 10.38). nossa prática do bem?
Se nos mantivermos fiéis ao Se-
nhor, ele nos outorgará também este poder
a fim de seguirmos o seu exemplo fazendo
o mesmo que ele fez durante o seu minis-
tério terreno. Aliás, ele continua fazendo
ainda hoje por nosso intermédio (Hb 13.8).
Ensinando as Nações 36
Lição 09
Domingo, 27 de fevereiro de 2022
Comentarista: Jeú Andrade Ferreira
- Formado em Teologia Pastoral (ITAV) - Capelão (ABECAS)
- 2º Vice-presidente da CONFINORPA
- Pastor da AD de Anápolis | Marituba - PA
A DRACMA PERDIDA
VERSÍCULO CHAVE (Lc 15.10) Leitura Bíblica Principal
Lc 15.8-10
Assim vos digo que há alegria
diante dos anjos de Deus por um pecador 8 Ou qual a mulher que, tendo dez drac-
que se arrepende. mas, se perder uma dracma, não acende a
candeia, e varre a casa, e busca com dili-
PENSAMENTO gência até a achar?
9 E, achando-a, convoca as amigas e vizi-
nhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque
Não é perda de tempo parar para
já achei a dracma perdida.
procurar os valores perdidos.
10 Assim vos digo que há alegria diante
dos anjos de Deus por um pecador que se
arrepende.
Leitura Diária
COMENTÁRIO
Introdução
Segunda-feira - Lucas 6.45
- Há um tesouro no coração do homem
bom. Na lição de hoje estudaremos so-
Terça-feira - Isaías 45.3
bre o significado espiritual da parábola da
- Há um tesouro em Deus. dracma perdida, principalmente da grande
alegria por ter sido reencontrada. Falaremos
Quarta-feira - Mateus 13.44 sobre algumas perdas desagradáveis que
- O reino dos céus é semelhante a um
tesouro.
aconteceram com o ser humano desde o
início da criação.
Quinta-feira - Provérbios 2.4,5 Nós sabemos que Deus criou o
- Um tesouro escondido. homem à sua imagem e semelhança (Gn
Sexta-feira - Salmos 119.11
1.26) e colocou nele os princípios de valores
- A palavra escondida no coração. eternos. Mas algo muito indesejado acon-
teceu lá no jardim do Éden (Gn 3.23,24),
Sábado - Mateus 6.21 quando o homem perdeu a essência desses
- O coração posto no tesouro.
valores eternos.
A parábola da ‘dracma perdida’
Ensinando as Nações 37
diz respeito ao necessário resgate de algo
precioso que fora perdido. Ela serve como
II - O ESFORÇO
um ensino fundamental que nos leva a rever EMPREENDIDO
diariamente os valores deixados por Deus
a cada um de nós (Sl 119.11), valores pre- Às vezes, um objeto perdido pode
ciosíssimos que estamos sujeitos a perder. ser encontrado por acaso, mas isto até
Este é o assunto desta lição. pode acontecer como exceção da regra;
não como regra. De um modo geral, a
localização de determinadas coisas perdi-
I - A DRACMA PERDIDA das exige procuras intensas, com base em
ações resolutas. O texto diz que a mulher
A parábola conta que certa mulher procurou com diligência até achar a drac-
tinha dez dracmas. O primeiro aspecto que ma perdida. Isto significa que ela agiu com
chama a atenção da maioria das pessoas base em decisões irredutíveis.
que ouvem ou leem essa parábola, é a Na vida espiritual não é diferente,
curiosidade para entender o que vem a ser pois qualquer tarefa ou missão em prol da
uma dracma e qual o seu real significado e recuperação daquilo que foi perdido exige
valor. A dracma (Gr. dracme) era uma moe- renúncia, dedicação, empenho, oração e,
da amplamente utilizada na região da Ásia porque não dizer, lágrimas (Lc 14.33).
Menor. Era equivalente à diária de um tra- Vejamos os passos que a mulher
balhador comum. A dracma foi citada nes- precisou tomar para recuperar a sua drac-
ta parábola exatamente para dimensionar ma:
a questão de valores.
Se imaginarmos a expressiva po- 1 - Acendeu a candeia - Todos nós sa-
breza que atingia os habitantes da Palesti- bemos que candeia é um pequeno instru-
na naquela época, chegaremos à conclusão mento que foi muito utilizado nos tempos
de que aquelas dez dracmas significavam antigos, cuja função básica era iluminar os
toda a economia adquirida por aquela mu- lugares escuros. Nas casas mais pequenas
lher em sua vida útil, e que o extravio de e mais humildes da Palestina não havia
apenas uma já significava o equivalente janelas, o que tornava o ambiente interno
a dez por cento de tudo que ela possuía, com pouca ou nenhuma claridade, exigin-
uma quantia nada desprezível. do, portanto, o uso de uma candeia.
Certamente o propósito de Jesus O funcionamento de uma candeia
ao citar esta parábola foi chamar a aten- se dava através de um fogo que se manti-
ção dos publicanos e pecadores acerca do nha aceso graças à ação do azeite. E aqui
esforço e dedicação que precisam ser em- nós aprendemos uma combinação muito
pregados na busca de algo que foi perdido. interessante entre azeite e fogo, dois ingre-
Nesta parábola Jesus enfatizou especifi- dientes que são símbolos do Espírito Santo
camente o empenho de uma mulher que (Mc 6.13; At 2.3).
perdeu uma de suas dracmas e precisou Durante a nossa trajetória de
procurar com diligência até encontrá-la. vida espiritual passamos por muitas expe-
Vejamos algumas atitudes dessa riências, e através delas aprendemos algo
mulher citada na parábola: inquestionável: Não podemos fazer abso-
lutamente nada sem a ação do Espírito
Santo em nossas vidas (Jo 15.5). De modo
Ensinando as Nações 38
que, nos casos de perdas de valores espiri- Se na condição de santuário de
tuais que eventualmente tivermos que so- Deus não soubermos remover as impure-
frer, o nosso papel é acender uma candeia zas, não conseguiremos manter uma co-
munida de azeite (Ec 9.8). Espiritualmente munhão profunda com Deus (Tt 2.14). E
falando, nada podemos realizar usando as a palavra do Senhor diz que ele não nos
nossas próprias forças (Zc 4.6), daí a nossa chamou para imundícia, mas para a santifi-
extrema necessidade de pedirmos a ação cação (1 Ts 4.7). Por isso precisamos varrer
do Espírito Santo em nossas vidas. a casa, mantendo-nos limpos, com o nosso
Se, porventura, estivermos pas- espírito, alma e corpo consagrados ao Se-
sando por uma fase ruim em nossa vida nhor (1 Ts 5.23).
de fé, certamente é porque perdemos al-
guma ‘dracma’. Neste caso, a solução ideal III - AS DRACMAS DE
consiste na busca daquilo que foi perdido,
e, diga-se de passagem, uma busca que NOSSOS DIAS
precisa ser urgente (Hb 3.7,8), e ela exige
uma eficaz renovação do nosso compro- Olhando para o problema das
misso de fidelidade junto ao Senhor (Ap perdas, vemos que o texto oferece ampla
2.10). Este é o caminho para encontrarmos margem para expandirmos o raciocínio e
a nossa dracma perdida. contextualizarmos esta questão enume-
rando uma série de situações que simbo-
2 - Varreu a casa - Ainda considerando o lizam ‘dracmas perdidas’ dentro de nossas
aspecto da singeleza daquela região, tudo próprias casas.
indica que o chão da casa era coberto de Vejamos alguns tipos de perdas:
poeira, uma circunstância que tornou ain- a) harmonia no lar; b) respeito mútuo
da mais dramática a procura pela drac- entre os cônjuges; c) influência bíblica na
ma, cuja missão certamente requereu da criação dos filhos; d) ensino do temor de
mulher uma ação na posição de joelhos, Deus aos filhos; e) valores éticos e morais
rebuscando no meio da poeira. Mas ela dentro de um padrão cristão; f) o sacerdó-
precisava encontrar sua preciosa moeda, e cio do esposo; g) o comportamento sub-
então precisou varrer toda a casa. misso da esposa; h) o bom hábito do culto
Podemos inferir que na iniciativa doméstico, etc.
da mulher em varrer a casa à procura da Para todo aquele que, porventu-
dracma perdida, ela tenha percebido que ra, sente que perdeu uma dessas dracmas
sua habitação não estava satisfatoriamen- acima, o momento é oportuno para uma
te saudável (Lc 15.8b). E aqui nós temos procura diligente, acendendo a candeia e
mais um ponto de ensino ao imaginarmos varrendo a casa para que a ‘pérola’ que foi
o estado de desconforto da casa daquela perdida seja encontrada. Urge que medi-
mulher e compará-la com o nosso corpo das sejam tomadas, empregando tempo,
como santuário de Deus. Atentemos ao dedicação e paciência.
que disse o apóstolo Paulo: “Não sabeis O crente temente a Deus não se
que sois santuário de Deus, e que o Espíri- entrega ao insucesso por estas perdas (Sl
to de Deus habita em vós? Se alguém des- 32.3). Ele não se prostra, não se desanima,
truir o santuário de Deus, Deus o destruirá; mas luta com diligência, palavra que signi-
porque o santuário de Deus, que sois vós, fica zelo, interesse ou cuidado aplicado na
é sagrado” (1 Co 3.16,17). execução de uma tarefa. É assim que de-
Ensinando as Nações 39
vemos agir, pois Deus não tem prazer com ao arrependido. O texto de Atos 3.19, diz
aqueles que retrocedem (Hb 10.38). claramente: “Arrependei-vos, pois, e con-
vertei-vos, para que sejam apagados os
IV - ALEGRIA NO CÉU vossos pecados”.
Ensinando as Nações 44
Lição 11
Domingo, 13 de março de 2022
Comentarista: José Fernandes da Silva
- Formado no Curso Básico de Teologia (CBTC)
- Presidente da CONFIESC
- Pastor da AD de Anápolis | Joinville - SC
AS ESTRATÉGIAS DE JESUS
O ANALFABETISMO BÍBLICO E
SEUS EFEITOS NA IGREJA
VERSÍCULO
VERSÍCULOCHAVE
CHAVE (Mt 9.38)
(2 Pe 3.18) Leitura Bíblica Principal
1 Co 3.1-7; Ef 4.12-16
Antes, crescei na graça e conhe-
1 Coríntios 3.1-7
cimento de nosso Senhor e Salvador Jesus 1 E eu, irmãos, não vos pude falar como
Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora a espirituais, mas como a carnais, como a
como no dia da eternidade. Amém! meninos em Cristo.
2 Com leite vos criei e não com manjar,
PENSAMENTO porque ainda não podíeis, nem tampouco
ainda agora podeis;
A falta de conhecimento bíblico é a 3 porque ainda sois carnais, pois, havendo
morte de uma igreja. entre vós inveja, contendas e dissensões,
não sois, porventura, carnais e não andais
segundo os homens?
4 Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e
outro: Eu, de Apolo; porventura, não sois
Leitura Diária carnais?
5 Pois quem é Paulo e quem é Apolo, se-
Segunda-feira - Marcos 13.31 não ministros pelos quais crestes, e confor-
- O conhecimento bíblico é infalível. me o que o Senhor deu a cada um?
6 Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o
Terça-feira - Isaías 8.20 crescimento.
- O conhecimento bíblico é sempre su-
perior a outros.
7 Pelo que nem o que planta é alguma coi-
sa, nem o que rega, mas Deus, que dá o
Quarta-feira - 2 Timóteo 3.16,17 crescimento.
- O conhecimento bíblico tem suas múl-
tiplas utilidades. Efésios 4.12-16
12 Querendo o aperfeiçoamento dos san-
Quinta-feira - 1 Coríntios 14.6 tos, para a obra do ministério, para edifica-
- O conhecimento bíblico é necessário. ção do corpo de Cristo,
13 até que todos cheguemos à unidade da
Sexta-feira - Neemias 8.1-6 fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a
- O conhecimento bíblico produz aviva-
varão perfeito, à medida da estatura com-
mento bíblico.
pleta de Cristo,
Sábado - 1 Timóteo 4.12-15 14 para que não sejamos mais meninos
- O conhecimento bíblico deve ser in- inconstantes, levados em roda por todo
centivado a todos. vento de doutrina, pelo engano dos ho-
mens que, com astúcia, enganam fraudu-
Ensinando as Nações 53
losamente. À semelhança de sociedades anti-
15 Antes, seguindo a verdade em carida- gas que também tomaram rumos que cul-
de, cresçamos em tudo naquele que é a minaram em ruínas (Mt 24.37-39), a atual
cabeça, Cristo, caminha no mesmo viés. Assim, o quadro
16 do qual todo o corpo, bem ajustado e que se desenha para o futuro não é nada
ligado pelo auxílio de todas as juntas, se- animador, por isso a igreja precisa estar
gundo a justa operação de cada parte, faz preparada para atender as demandas des-
o aumento do corpo, para sua edificação te século, sendo atuante e não apática aos
em amor. desafios que se apresentam (1 Pe 3.15). E
uma das armas mais eficazes nessa luta da
igreja é o conhecimento bíblico. É por este
COMENTÁRIO conhecimento que a igreja pode sobreviver
em meio a esse caos que permeia por to-
Introdução dos os lados (1 Jo 5.19).
O assunto que doravante iremos
colocar em pauta é, ao nosso ver, extrema- II - O QUE É
mente urgente de se abordar, assim como ANALFABETISMO
é urgente tudo aquilo que diz respeito à
igreja e ao seu atual contexto. O momento BÍBLICO
é preocupante para a igreja de Jesus na
terra em muitos aspectos. Os desafios só O analfabetismo bíblico nada mais
aumentam a cada dia, surgindo sempre é do que a total ausência de conhecimento
situações que visam descredibilizar a igre- da palavra de Deus, do que ela diz ou não
ja, faccioná-la e demovê-la dos propósitos acerca dos acontecimentos à nossa volta e
para os quais ela existe como instituição quais as implicações decorrentes deles (Ap
divina presente e atuante. Com isso, pre- 22.7). Esse analfabetismo bíblico, tal qual
cisamos estar atentos ao momento que o escolar, é fruto da falta de acesso das
vivemos, buscando munirmo-nos do pre- pessoas ao estudo formal, sério, sistemáti-
paro necessário (Ef 6.12). Esta é a nossa co e profundo da Bíblia, situação que gera
proposta nesta lição. ignorância, desinformação, desconstrução
e desmoronamento de valores vitais à exis-
tência da nossa sociedade (Pv 22.28).
I - SÍNTESE DO ATUAL Entretanto, no que diz respeito
CONTEXTO DA IGREJA aos crentes, esse analfabetismo bíblico
nem sempre acontece pela falta de acesso
Comecemos por lançar um olhar ao estudo bíblico, mas de apatia, relaxo,
mais profundo no atual momento em que desinteresse, preguiça e descuido espiri-
vivemos, e na forma como a igreja está tual em relação ao estudo e à reflexão bí-
sendo diretamente impactada por ele. blica, fato que torna a situação ainda mais
Estamos no epicentro de profun- grave (Os 4.6).
das mudanças. As coisas mudam muito Esse analfabetismo bíblico acaba
rápido e de formas diversas. Nossa socie- sendo pior, porque ocorre em pessoas que
dade está sendo marcada por mudanças deveriam priorizar a leitura diária da Bíblia,
abruptas em todas as áreas. Com isso, de amar o estudo das Escrituras (1 Tm 4.13).
algum modo temos sido empurrados para Não se trata aqui de erudição ou academi-
nos acondicionarmos a elas (2 Tm 3.1). cismo, mas de um conhecimento básico da
Querendo ou não, concordando ou não, o palavra de Deus. Infelizmente não é isto
fato é que estamos no meio disso, e como que estamos vendo.
igreja precisamos definir claramente de
que lado estamos. 1 - Uma palavra importante - Quando
Ensinando as Nações 54
falamos de analfabetismo bíblico, temos 3 - Fomenta a ambição funcional - Isto
que dizer que isto nada tem a ver com o diz respeito à disputa por cargos ou títulos
analfabetismo secular (escolar) em que o no ministério, quando as funções passam
indivíduo não desenvolveu a capacidade a ser a principal finalidade para muitos,
da leitura nem da escrita. Temos pessoas em detrimento do real chamado, da sim-
que são analfabetas, mas são dotadas de plicidade do evangelho, do servilismo que
extraordinário nível de conhecimento que precede a autoridade e assim por diante
surpreende a todos (Jo 7.15). Lembro com (Mt 20.28).
saudade de minha avó materna. Quem a
ouvia passava a admirá-la pela sublimida- 4 - Distorce a cosmovisão - Os crentes
de de suas palavras e pela profundidade passam a ter uma visão equivocada, desfo-
bíblica, apesar de nunca ter ido a uma cada, míope e unilateral das coisas, o que
escola. Ela dizia que Jesus havia sido seu reflete em suas opiniões e críticas emitidas.
único professor! Há inúmeros casos assim! Falam sem saber, criticam sem refletir, po-
sicionam-se sem avaliar as consequências
e isso tem sido um desastre em muitas
III - A GRAVIDADE igrejas, sobretudo em tempos de polariza-
ção como o nosso (Ec 3.7; Cl 4.6).
DO ANALFABETISMO
BÍBLICO 5 - Abala a comunhão da igreja - Tal
situação gera tumultos, porfias, fobias
Considero esse problema um dos eclesiásticas, psicopatias espirituais e ou-
mais graves e que mais perigos tem trazido tros entraves que estremecem a unidade
à vida da igreja. Ele não é apenas grave, “koinônica” da igreja local.
mas gravíssimo por várias razões, senão
vejamos: 6 - Substitui o essencial pelo acessó-
rio - O analfabetismo bíblico faz com que
1 - Infantiliza os crentes - É exatamente os crentes substituam aquilo que é vital,
isto que ocorria na igreja de Corinto (1 Co uncial, essencial por arranjos e artifícios
13.11; 14.20). Havia crentes com compor- cúlticos, teológicos e modistas que até im-
tamentos infantis, irreflexivos, irreverentes pressionam, mas não edificam o corpo de
e pecaminosos. Crentes que, não obstante Cristo: a igreja! (1 Co 14.26).
serem adultos quanto à faixa etária, eram
crianças em maturidade. Faltavam-lhes sa-
bedoria e bom siso. As atitudes deles se
IV - CAUSAS DO
assemelhavam a meninos birrentos, desor- ANALFABETISMO
ganizados, inconsequentes e fúteis, o que
prejudicava a fé, o ambiente do culto e a BÍBLICO
vida da igreja (Ef 4.14).
1 - Substituição da centralidade da
2 - Divide a igreja - Isso ocorria na igreja Palavra no culto - Em muitos lugares
de Corinto, tornando-a uma igreja dividi- a pregação da Palavra tem sofrido seria-
da, faccionada, fragmentada. Grupos arro- mente, pois, quando não sofre diminuição
gavam para si a primazia de seus líderes, do tempo de sua exposição, é substituída
usando a imagem dos mesmos para assim por outras programações modernas. Há
procederem e certamente nenhum desses igrejas cujos cultos têm de tudo, menos
líderes aferia tal postura por parte desses a exposição das Escrituras, portanto, não
facciosos. Uma igreja dividida pode até houve culto. Quando se tira a centralidade
crescer, mas não será de forma saudável da pregação ou do ensino bíblico na igreja
(2 Co 13.11). abre-se a porta para diversos males, como:
fanatismo, farisaísmo, ignorância, apatia,
Ensinando as Nações 55
frieza e, por fim, a morte espiritual. Preci- ria, a convicção, etc. Todos são inerentes
samos estar atentos (2 Tm 3.16). ao conhecimento bíblico e são resultantes
do esforço por alcançá-lo.
2 - Ausência da leitura diária da Bí-
blia - Quando o crente não lê a Bíblia, ele 6 - Busca desequilibrada pelos caris-
deixa de cumprir com uma de suas maio- mas - Buscar os dons é muito importante,
res responsabilidades, falha que lhe trará, todavia, isso pode tornar-se perigoso se for
inevitavelmente, sérias consequências. Os buscado como finalidade única, deixando
estudiosos e teólogos da área afirmam que de buscar também o equilíbrio na forma de
é alto e preocupante o índice de crentes usá-los. Temos visto muitas extravagâncias
que não leem a Bíblia pelo menos uma vez no pentecostalismo, sobretudo no Brasil,
ao dia, especialmente em meio a uma vida com a prática de modismos estranhos e
cada vez mais ativista, pragmática, secta- antibíblicos exatamente por não haver o
rista, “operacionalista” e agitada (Dn 12.4). salutar equilíbrio entre dons e prática.
Somos aquilo de que nos alimen-
tamos. Isso vale para o corpo, mas tam- 7 - Profissionalismo eclesiástico - Por
bém para a mente e para alma. “Alimente- incrível que pareça, muitos usam o púlpito
-se de leituras saudáveis, construtivas e das igrejas mundo afora apenas por con-
verás os benefícios disso em sua vida e veniência, vaidade, lucratividade e notorie-
em seu ministério; alimente-se de leituras dade, sendo que, em muitos destes, falta
tóxicas, pífias e verás os malefícios disso”. conteúdo bíblico. São agitadores, coachs,
A leitura bíblica não pode faltar em nossa humoristas, pessoas que sabem cativar o
vida (Fp 4.8). povo, entretanto são vazios de Bíblia, ocos
de profundidade teológica e estéreis de co-
3 - Ausência de estudo sistemático nhecimento. Isso tem prejudicado muito a
da Bíblia - Isso diz acerca de um estudo igreja nos últimos anos.
metódico, exegético e constante das Escri-
turas. A leitura da Palavra deve ser acom-
panhada de um vigoroso estudo da mes- V - DOIS CONTRASTES NA
ma. Nesse caso, significa esmiuçar o texto,
penetrar em sua essência, mergulhar na
IGREJA ATUAL
sua exegese textual, examinar clinicamen-
te o vernáculo sagrado. Assim ganharemos Vivemos em um tempo de muito
em altura (relação com Deus), dimensão avanço no tocante ao conhecimento huma-
(comunhão com os irmãos) e também em no, inclusive na área teológica. A produção
profundidade (relação com a Palavra). de livros e outros materiais acadêmicos pe-
las editoras tem aumentado muito. Pode-
4 - Ausência de uma espiritualidade mos ver, por exemplo, a enorme quantida-
equilibrada, bíblica e profunda - Isto de de Bíblias de estudos que são lançadas
tem a ver com uma vida de oração, jejum, periodicamente. Os cursos teológicos, em
devoção e piedade a Deus. Essas coisas todos os níveis, têm se popularizado ainda
devem acompanhar, indissociavelmente, mais, permitindo que os interessados te-
o conhecimento bíblico. A oração abre as nham acesso a um conhecimento bíblico
portas dos segredos celestiais, fertiliza a regular ou superior, privilégio que, antes,
mente, empodera e eleva o espírito, subju- era bem mais difícil de se obter.
ga os desejos carnais e enche-nos de auto- A internet é uma poderosa ferra-
ridade espiritual (At 6.4). menta na aquisição de conhecimentos, o
que ajuda a alavancar todo esse processo
5 - Perda de valores cristão essenciais pedagógico. De modo que ninguém pode
- Dentre esses valores estão a piedade, a dizer que não tem acesso, oportunidade ou
verdade, a humildade, o perdão, a sabedo- condições, por mais simples que seja, de
Ensinando as Nações 56
aprender. Mesmo assim, ainda convivemos do púlpito.
com o fantasma da ignorância, o espectro 2. Fomentando a leitura bíblica,
da aridez, a falta de profundidade em nos- motivando os crentes a ter mais contado
sos púlpitos ou em nossas salas de aula da com a palavra de Deus, desenvolvendo o
EBD. Como pode, no mundo atual, alguém hábito de ler (Ap 1.3).
ainda viver na superfície da fé? Viver uma 3. Erradicando práticas e discur-
vida rasa espiritualmente? Precisamos mu- sos anti-intelectuais em nosso meio. Cer-
dar esse cenário! (Ez 47.3-5). Como? tas frases como “o mais importante é ter
unção” destoam completamente da har-
1 - Evitando o discurso de que o po- monia que deve existir entre poder e co-
der é melhor - Melhor é o poder e o co- nhecimento. A unção não é maior que a
nhecimento que vêm de Deus! Os dois são teologia. Ambas são coesas, unas, intrínse-
pontos convergentes de nossa vida cristã. cas na sua reflexão e práxis.
É como o encontro dos rios Negro e Soli- 4. Incentivando o público infanto-
mões, onde cada um tem seu lugar, mas -juvenil, porque tudo começa pelas crian-
deságuam no mesmo mar! (Mt 22.29). ças. Elas devem ser orientadas a amar o
conhecimento bíblico. Os nossos adoles-
2 - Fazendo um culto mais pedagógi- centes e jovens precisam, de igual modo,
co - Vamos fazer um culto em que tudo imergir no saber da palavra de Deus a fim
nele, não importando a liturgia, seja para de crescerem na fé (Pv 22.6).
a aprendizagem e edificação espirituais.
Precisamos resgatar o perfil didático de
um culto onde os crentes fiquem cheios CONCLUSÃO
de poder, mas também imbuídos do saber!
Isso gera vida espiritual plena, saudável e Com base nestas reflexões, dese-
produtiva. jamos salientar que toda mudança na igre-
ja precisa contar com o engajamento dos
3 - Deixando a Bíblia falar mais - Que crentes em geral. Se cada membro fizer
a voz das Escrituras ecoe mais de forma al- a sua parte, empregando seus talentos e
tissonante do que as vozes humanas, ain- dons, trabalhando “koinonicamente”, então
da que estas sejam apreciáveis. Às vezes, haveremos de alcançar portentosos resul-
as virtudes humanas são por demais exal- tados para o Reino de Deus, para a glória
tadas em muitos púlpitos. Isso pode até ter de Cristo! SOLA SCRIPTURA!
o seu lado de reconhecimento, contudo,
nada pode suplantar a suficiência das Es-
crituras em responder aos anseios da alma
QUESTIONÁRIO
humana (Hb 4.12).
1 - O que as mudanças abruptas têm
proporcionado?
VI - COMO COMBATER 2 - Como a igreja pode atender as
demandas deste século? Qual a arma
O ANALFABETISMO mais eficaz?
BÍBLICO? 3 - Cite algumas causas do analfabe-
tismo bíblico em muitas igrejas.
Algumas atitudes podem ajudar 4 - Como os cultos podem gerar vida
a combater o problema do analfabetismo espiritual plena, saudável e produti-
bíblico na igreja atual: va?
1. Retornando ao cerne das Escri-
turas, colocando a Bíblia como a maior voz
Ensinando as Nações 57
VISÃO ALGUMA É MAIOR DO QUE O
PODER DE DEUS QUE OPERA EM NÓS
Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e os fins da terra por tua possessão
Sl 2.8
Templo da Assembleia de Deus de Anápolis Templo da Assembleia de Deus de Anápolis Templo da Assembleia de Deus de Anápolis
Rua Ceará, 35 esquina com 1º de junho | Bairro Fátima | Ibema (PR) Av. JK, 1009 | Centro | Bom Jesus da Selva (MA) Rua 2012, Unidade 201, Lote 04 | Parque Atheneu | Goiânia (GO)
Encarte especial
para o professor
Pr. Elias Garcia Fernandes
GLOSSÁRIO
Afloradas: De aflorar - tornar-se visível;
manifestar-se, exteriorizar-se, esboçar-
Ensinando as Nações 72
Lição 07
Domingo, 13 de fevereiro de 2022
Ensinando as Nações 74
Lição 08
Domingo, 20 de fevereiro de 2022
GLOSSÁRIO
Dádiva: Ato ou efeito de dar espontanea-
Ensinando as Nações 76
Lição 09
Domingo, 27 de fevereiro de 2022
A DRACMA PERDIDA
Pr. Jeú Andrade Ferreira
AS ESTRATÉGIAS DE JESUS
Pr. José Fernandes da Silva
o
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INEMA - Con
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Santa Inês - MA
do Mar
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Convenção Internacional o
da Assembleia de Deus