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POP 031

Plano de Validação
Rev.: 02
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ELABORADO POR: APROVADO POR: APROVADO POR:

Rosana Martins Rita Bassi Daniel Caldeira

Responsável Técnico Coordenadora de Processos Diretor Pesquisa e Desenvolvimento

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ORIGEM: 14/08/2017 REVISADO EM: 08/09/2020

1.OBJETIVO

Estabelecer diretrizes a serem adotadas para a qualificação de equipamentos e para a validação de


métodos analíticos, processos de produção e procedimentos de limpeza.
2. ABRANGÊNCIA

Esta rotina envolve os departamentos de Controle de Qualidade, Produção e Garantia da Qualidade

3. RESPONSABILIDADES

Responsável técnico: responsável por estabelecer critérios para identificar a necessidade ou não da
validação dos processos e quando necessário estabelecer um protocolo de validação.

4. DEFINIÇÕES

Certificado de Validação: Documento final de aprovação de uma validação ou revalidação, emitido


pelo responsável pela atividade de validação.
Protocolo de Validação: Compreende o objeto a ser validado, métodos definidos, critérios de
aceitação e instruções relevantes. O protocolo é estabelecido antes do início de qualquer atividade
de validação e é aprovado por pessoas apropriadas, representantes da gerência.
Qualificação de Equipamentos: Conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas,
que os resultados dos testes de determinado equipamento demonstram que o mesmo apresenta o
desempenho previsto. Os instrumentos e sistemas de medição devem estar calibrados.
Qualificação de Instalação (QI): Realização de inspeção para confirmar se um objeto foi entregue e
instalado adequadamente, de acordo com as especificações do usuário.
Qualificação Operacional (QO): Realização de testes para determinar se a operação de um objeto
está de acordo com as especificações.
Qualificação de Performance (QP): Realização de testes para determinar se um elemento do objeto,
e/ou se o objeto inteiro, possui os atributos necessários para atingir a qualidade especificada.
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Relatório de Validação: Documento no qual se encontram reunidos os registros, resultados e


avaliação de um programa de validação concluído.
Validação: ação documentada, conduzida para estabelecer e demonstrar que um processo ou
procedimento conduz necessária e efetivamente ao objetivo requerido.

5. CONTROLE DE REGISTROS
Identificação Local de Meio Indexação Retenção Descarte Observação
Guarda

Arquivo
Planos de Ordem Ano
Laboratório Papel morto – 5
Validação numérica vigente
anos

6. DESCRIÇÃO DO PROCESSO

A validação é parte integrante da Garantia da Qualidade. A validação, envolve o estudo sistemático


das instalações, sistemas e processos com o objetivo de determinar se os mesmos desempenham
suas funções de forma adequada e consistente, conforme especificado. Uma operação validada
assegura a produção de lotes uniformes que atendem as especificações requeridas

Ao contrário de muitos outros requisitos das BPF, a validação por si só, não melhora os processos.

Ela apenas pode confirmar ou não, dependendo do caso, que o processo foi adequadamente
desenvolvido e que se encontra sob controle.

A validação permite:

Aperfeiçoar os conhecimentos dos processos produtivos e, desta forma, assegurar que os processos
encontram-se sob controle.
Diminuir os riscos de desvio de qualidade
Diminuir os riscos da não conformidade aos requisitos estabelecidos
Diminuir a quantidade de teste de controle de qualidade nas etapas de controle em processo e no
produto terminado.
Os processos de validação requerem a colaboração mútua de todos os setores envolvidos tais como:
Setor de Controle de Qualidade, Setor de Pesquisa e Desenvolvimento, Setor de Produção e setor de
Garantia da Qualidade.
As normas estabelecidas neste procedimento deverão ser aplicadas aos processos produtivos,
procedimentos de limpeza, equipamentos e métodos analíticos.
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6.1 Qualificação de Equipamentos


Os equipamentos envolvidos em processos de produção deverão ser qualificados antes do inicio dos
trabalhos de validação de processos produtivos.
Da mesma forma, os equipamentos empregados em métodos de análise deverão ser qualificados
antes do inicio dos trabalhos de validação analítica. A Qualificação de Equipamentos envolverá
etapas de Qualificação de Instalação, Operação e Performance e terá validade de um ano.
Na impossibilidade de realização da qualificação, o equipamento deve ser, no mínimo, devidamente
calibrado e certificado.

6.1.1 Qualificação de Instalação


A Qualificação de Instalação determina se o equipamento, após instalação, alcança as
especificações determinadas pelo fabricante e pela Trevo.
A Qualificação de Instalação, deverá existir um protocolo específico, contendo as instruções para
execução dos teste e os critérios de aceitação
Estes testes incluem a verificação dos equipamentos recebidos, descrição de cada componente do
sistema, sistemas elétricos, verificação da documentação, listagem dos instrumentos, verificação de
POP requerido, etc.
A Qualificação de Instalação diz respeito não só a um equipamento novo, mas também a um
equipamento já existentes, modificado ou revisado.

A validação é parte integrante da Garantia da Qualidade. A validação, envolve o estudo


sistemático das instalações, sistemas e processos com o objetivo de determinar se os mesmos
desempenham suas funções de forma adequada e consistente, conforme especificado. Uma
operação validada assegura a produção de lotes uniformes que atendem as especificações requeridas
A validação permite:
 Aperfeiçoar os conhecimentos dos processos produtivos e, desta forma, assegurar que os
processos encontram-se sob controle.
 Diminuir os riscos de desvio de qualidade.
 Diminuir os riscos da não conformidade aos requisitos estabelecidos.
 Diminuir a quantidade de testes de controle de qualidade nas etapas de controle em processo
e no produto terminado.

As normas estabelecidas neste procedimento deverão ser aplicadas aos processos produtivos,
procedimentos de limpeza, equipamentos e métodos analíticos.
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6.1 Qualificação de Equipamentos


Os equipamentos envolvidos em processos de produção deverão ser qualificados antes do
início dos trabalhos de validação de processos produtivos. Da mesma forma, os equipamentos
empregados em métodos de análise deverão ser qualificados antes do início dos trabalhos de
validação analítica. A Qualificação de Equipamentos envolverá etapas de Qualificação de
Instalação, Operação e Performance e terá validade de um ano.
Na impossibilidade de realização da qualificação, o equipamento deve ser, no mínimo,
devidamente calibrado e certificado.

6.2 Validação de Processo


A Validação de Processo é um meio de assegurar e documentar evidências que o processo
de fabricação, através de parâmetros específicos, está produzindo o produto final com a qualidade
desejada.
A Validação de Processo pode ser prospectiva, retrospectiva ou concorrente, dependendo se
os dados de validação são obtidos de lotes já fabricados e/ou liberados ou se coletados de lotes
fabricados de acordo com um protocolo de validação.
O protocolo de Validação de Processo deve descrever o detalhamento do processo, a
definição das fases críticas que afetam a qualidade do produto final, as variáveis a serem
monitoradas, as amostras a serem coletadas e os limites aceitáveis para o produto em processamento
e produto final.
O protocolo de validação deve incluir os testes a serem analisados e deve fazer referência ao
Procedimento de Produção aprovado.

6.3 Validação de Limpeza


A Validação de um processo de limpeza assegura que o produto a ser fabricado em um
equipamento após limpeza, terá sua eficiência mantida, prevenindo contaminações cruzadas e
formação de subprodutos.
Os POP’s POP-010. Limpeza e Manutenção da Área Física e POP-020. Higienização e
Limpeza dos Utensílios, Equipamentos e Maquinários devem ser previamente revisados e devem
descrever detalhadamente o procedimento de limpeza.
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Os Protocolos de Validação de Limpeza devem ser preparados de modo a desafiar o


Procedimento de Limpeza. Deverão ser feitos testes para cada equipamento e para uma família de
produtos que pode gerar um maior risco de contaminação.
Os critérios para agrupamento dos produtos baseiam-se nas seguintes características:
 Processos de fabricação e limpeza similares.
 Formulações similares.
 Propriedades físico-químicas dos ingredientes ativos.
 Eficácia terapêutica e potência similares.
 Toxicidade de produtos.

Os produtos que podem gerar um maior risco de contaminação devem ser avaliados
levando-se em consideração a sua solubilidade, sua potência e sua toxicidade. Quanto menor sua
solubilidade e quanto maior sua potência e toxicidade, maiores serão as chances do produto ser
classificado como maior contaminante.
Para os testes de validação de limpeza, devem ser conduzidos no mínimo 3 lotes
consecutivos.
Devem ser realizadas 2 técnicas para amostragem dos equipamentos. Os resultados das duas
técnicas devem ser comparados (quando aplicável) para avaliar a eficácia do procedimento de
limpeza.
Após conclusão da validação de limpeza, deve ser feito um acompanhamento, de frequencia
anual. Este acompanhamento deve estar previamente estabelecido no protocolo de validação. Caso
ocorra alguma mudança, deverá ser avaliada a necessidade de revalidação.

6.4 Validação de métodos analíticos


A Validação de Métodos Analíticos avalia a confiabilidade de quaisquer métodos analíticos,
estabelece pré-requisitos mínimos requeridos para a implementação oficial de um novo método
analítico e padroniza os parâmetros de performance analítica utilizados nas validações de métodos
analíticos.
Antes de iniciar a Validação deve-se garantir a segurança e idoneidade dos dados obtidos,
mediante o cumprimento das normas de BPF nos seguintes pontos:
 O pessoal envolvido deve conhecer suficientemente a técnica analítica e o funcionamento
dos equipamentos.
 As instalações do laboratório devem ser suficientes e adequadas.
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 O método a ser validado deve estar escrito e atualizado.


 Os equipamentos e materiais utilizados na validação devem estar calibrados ou qualificados.
 Os reativos e soluções volumétricas devem ser preparados de acordo com a metodologia e
estar padronizados.
 Os padrões utilizados devem ser certificados.

Se o método analítico a validar é oficial de uma Farmacopéia ou qualquer suplemento


vigente da mesma, o método analítico não tem necessidade de atenção imediata e pode ser validado
posteriormente, de acordo com a programação de validação. Qualquer método analítico não oficial
deve submeter-se ao processo de validação.
Segue características que poderão requerer a especificação de procedimentos analíticos:
 Exatidão.
 Precisão.
 Repetibilidade.
 Reprodutibilidade.
 Robustez.
 Linearidade.
 Especificidade.
 Limite de detecção.
 Limite de quantificação.

6.5 Protocolos e Relatórios de Validação


Os estudos de validação constituem parte essencial das BPF e portanto, devem ser
conduzidos de acordo com protocolos definidos e aprovados. Estes devem ser elaborados, revisados
e aprovados antes de se iniciar a validação propriamente dita. Os protocolos devem definir o
objetivo do estudo, os responsáveis pela execução das tarefas, os procedimentos a serem seguidos,
os critérios de aceitação para validação do sistema ou processo, assim como fórmulas e cálculos e a
documentação requerida para a execução da validação.
Ao final de um estudo de validação deve ser elaborado um relatório, descrevendo as
atividades conduzidas, condições do estudo, seus resultados, desvios, conclusões, mudanças e
recomendações. Os protocolos e relatórios de validação devem possuir a seguinte estrutura básica:
 Cabeçalho.
 Objetivo.
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 Campo de aplicação.
 Responsabilidades.
 Referências.
 Definições e siglas.
 Desenvolvimento.
 Documentação.
 Rodapé.
 Anexos.
 Histórico.
 Distribuição.

O protocolo de validação deve especificar, no mínimo:


 Descrição dos equipamentos.
 Amostras a serem coletadas.
 Características e variáveis a serem monitorados, especificando os métodos analíticos e
limites de aceitação.
 Critérios de aceitação.

Qualquer desvio do protocolo de validação deve ser documentado, investigado e justificado O


processo de validação é satisfatório quando os resultados são aceitáveis. Caso contrário deve-se
analisar a origem dos desvios encontrados e determinar as alterações necessárias, até que o mesmo
apresente resultados aceitáveis.

6.6 Controle de Mudanças:


Após a qualificação/validação de um equipamento, sistema ou processo, qualquer mudança
deve ser documentada. Uma avaliação deve ser feita antes da implementação da modificação, para
verificar a necessidade de requalificação/revalidação.
Se detectada alguma mudança não documentada, deve ser iniciada uma investigação que
incluirá a avaliação da necessidade de requalificação/revalidação.

6.7 Arquivo de Documentos


Os protocolos de Validação e Qualificação e relatórios finais assim como especificações,
desenhos e toda a documentação que dá suporte aos testes de Validação e Qualificação deverão ser
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arquivados por tempo indeterminado em pastas no arquivo referente às atividades de Validação e


Qualificação, sendo separados por equipamento/sistema, processo ou produto.

6.8 Cronograma de Validação


Anualmente deverá ser preparado um Cronograma de Validação e Qualificação, onde serão
definidas as prioridades e os prazos para início e término dos trabalhos.
Inicialmente deverá ser preparado o protocolo de Validação ou Qualificação e estes deverão
ser aprovados para início dos testes.
Os sistemas e equipamentos que requerem Qualificação de Instalação devem iniciar a
Qualificação de Operação somente ao término da Qualificação de Instalação e início da
Qualificação de Performance / Validação de Processo ao término da Qualificação de Operação.
Ao término dos testes deverá ser elaborado o relatório, que também deve ser aprovado. O
programa de validação deverá ser revisado anualmente.

7. HISTÓRICO DE REVISÕES

Revisão Histórico de Revisões Data


00 Emissão inicial do documento 14/08/2017
01 Revisão Geral 19/05/2019
02 Revisão do layout e processos 08/09/2020

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