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2.

MORFOLOGIA DAS
PLANTAS SUPERIORES

Por: P. Sitoe

2.1. Estudo da Morfologia da


Raiz

Morfologia Vegetal-2009 1
Raiz
1. Conceito:
 órgão vegetativo das plantas que tem
origem na radícula do embrião;
 não possui articulações (nós), folhas;
 cresce, na maioria, em direcção ao solo
(geotropismo +); e tem fototropismo (-)
 em muitos casos é aclorofilada.

Raiz

2. Principais Funções
- fixar a planta no substrato;
- absorver a seiva bruta e;
- conduzir a seiva....

Morfologia Vegetal-2009 2
3. Estrutura (Externa) da Raiz
I. Zona suberosa:
é a mais extensa;
surgem raízes laterais;
II. Zona Pilosa
dotada de pêlos que aumenta a
superfície de absorção e promovem a
absorção de seiva bruta
III. Zona de crescimento
formada por células embrionárias,
promove o crescimento
IV. Coifa
Protege o meristema apical;
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4. Classificação das Raízes


a) Quanto a Situação:
 Aéreas

Subterrâneas

 Aquáticas

Morfologia Vegetal-2009 3
Raízes aéreas

4. Classificação das Raízes

b) Quanto a Forma
 Alorizia (Aprumada)
 Homorizia (Fasciculada)

Morfologia Vegetal-2009 4
Classificação Quanto a Forma

• i) Alorizia (aprumada)
Típico das Dicotiledóneas e Gimnospermas:
Raiz principal bastante desenvolvida e, as
secundarias pequenas e pouco numerosas;
Ex: Nabo, Cenoura......mais exemplos?

Classificação Quanto a Forma

• ii) Homorizia
(Fasciculada)
Não se distingue a raiz principal das
secundarias; todas são igualmente
desenvolvidas.
Ex: gramineas

Homorizia:
o Primária
o Secundária 10

Morfologia Vegetal-2009 5
Classificação Quanto a Origem

• i) Normais
- as raízes formam-se a partir da
radícula/ meristema apical

• ii) Adventícias
- formam-se em caules ou folhas;
- são encontradas em rizomas; caules
rastejantes e aéreos; em estacas na
multiplicação por estaca;
Servem para melhorar:
• Suporte
• Absorção 11

Metamorfose (Adaptações)
I. Haustórios
Tipo de raízes que penetram nos caules de
outras plantas, retirando delas substâncias
nutritivas. Podem ser:
i) Holoparasitas – quando parasitam
directamente o floema da planta hospedeira.
→ o parasita é heterotrófico; ex. Cuscuta europea

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Morfologia Vegetal-2009 6
Metamorfose (Adaptações)
I. Haustórios
ii) Hemiparasita – quando parasitam directamente o
xilema da planta hospedeira.
→ o parasita retira seiva bruta do hospedeiro, e é
autotrófico ; ex. Tapinanthus sp.

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II. Raízes respiratórias (Pneumatóforos)


- raízes que se elevam
verticalmente à superfície da
água com finalidade de
realizar trocas gasosas.
ex: Avicennia sp., árvore
típica do mangal

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Morfologia Vegetal-2009 7
III. Raízes de Suporte (Escora)
Aumentam a base de fixação da planta ao solo;
Garantem melhor estabilidade;
Também comum nos mangais.
Ex: Rhizophora mucronata (Mangal vermelho)

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IV. Raízes Tuberosas (Reserva )


Normalmente são espessas, constituem órgãos
especiais de reserva de substâncias nutritivas.
Ex: Cenoura e beterraba - raiz principal com a
função de reserva,
Mandioca - raízes secundárias com função de
reserva.

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Morfologia Vegetal-2009 8
Associações
• Micorrizas – associação de fungos com
as células das raízes de algumas plantas
superiores

• Nódulos radiculares – associações de


bactérias e células radiculares

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Curiosidades
• Raízes Fotossitentizantes, Taeniophylum (Orchidaceae)
• Raízes Gavinhas, Vanilla (Orchidaceae),
• Raízes Espinhos, Buritirana (Palmae),

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Morfologia Vegetal-2009 9
2.2. Estudo da
Morfologia do Caule

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Caule

1. Conceito: 2. Funções básicas:


Órgão geralmente aéreo,  Ligar os órgãos
articulado em nós e básicos;
entrenós,  Sustentar e manter as
pode ser clorofilado, folhas e flores nas
melhores condições de
crescimento apical
exposição a luz solar e
geotropismo - agentes polinizadores
fototropismo + respectivamente
 Transportar a seiva em
ambos sentidos
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Morfologia Vegetal-2009 10
2.3. Estrutura Externa do Caule

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4. Classificação dos caules


a) Consistência
i) Herbáceos : ii) Sublenhosos: iii) Lenhosos :
Tenros, verdes e lignificados apenas Rígidos, resistentes
pouco consistentes na região basal, mais nas partes velhas;
velha, junto às raízes
• Haste; Colmo . Tem crescimento
e tenros no ápice.
secundário
Ocorrem em muitos
subarbustos

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Morfologia Vegetal-2009 11
b) Localização

i) Aéreos :
• Erguidos • Trepadores
• Tronco, ex: lenhosos • Volúvel dextrorso
• Estipe/ Estique, Palmeiras • Volúvel sinistrorso
• Colmo, ex: cana-de-açúcar ,
bambu • Rastejantes

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b) Localização

ii) Aquáticos:
- caules que vive permanentemente mergulhado na
água, tem tecidos de sustentação pouco
desenvolvidos;
Ex: Echhihornia crassipes,

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Morfologia Vegetal-2009 12
Localização
iii) Subterrâneos • Bulbos
Caules que possuem
• Rizomas – caules com folhas
entrenós muito curtos,
escamiformes; desenvolvem-se rente a
folhas frescas e ricas
superfície meio de sobrevivência e de em
propagação vegetativa; EX: Musa sp. substâncias nutritivas;
Ex: Allium cepa;
 Tubérculos
A. sativum
Caules subterrâneos com
extremidades dilatadas de,
contém reservas nutritivas e
servem como órgãos de
propagação
vegetativa

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Ramificação
• Caules simples –
sem nenhuma ramificação. EX: Coqueiro

• Caules ramosos:
– Monopodial – existe um eixo
predominante ou principal, ramos laterais
ex: Araucaria sp.

– Simpodial – não há formação de ramo


principal, a ramificação forma-se na
extremidade
• Simpodial Monochasial
• Simpodial Dichasial 26

Morfologia Vegetal-2009 13
Ramificação Simpodial
• Monochasial – • Dichasial – o eixo
o eixo principal cessa principal perde sua
o crescimento; cada preponderância sobre os
novo crescimento ramos
(lateral) continua o laterais; os dois ramos
eixo principal; ex: formados, quando presente,
Vitis vinifera tem
quase as mesmas dimensões

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Adaptações do Caule

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Morfologia Vegetal-2009 14
• Gavinhas - servem • Espinho - Caules
para a fixação de curtos, resistentes e
plantas trepadeiras; pontiagudos servem
enrolam-se a um para defesa;
suporte ao estímulo do Ex: Citrus sp.
contacto;
Ex: Vitis vinifera

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• Reserva
- Caule subterrâneo arredondado, rico
em material nutritivo;
Ex: Solanum tuberosum

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Morfologia Vegetal-2009 15
• Fotossintetizadores –
caules verdes responsáveis pela fotossíntese e
estão relacionados com à economia de água :
 Cladódios - caule  Filocladódios – caules
achatado, com
achatados e curtos;
crescimento indefinido;
Ex: Catus EX: Asparagus

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Questões??

Próxima Pratica!!!

32

Morfologia Vegetal-2009 16
2.3. Estudo da Morfologia da
Folha

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Folha
Conceito: Órgão vegetal com aspecto laminar,
aéreo e clorofilado; prende-se aos nós do
caule e, tem crescimento limitado.

Principais Funções:
- Fotossíntese
- Trocas gasosas
- Transpiração

Plano estrutural:
- Folhas completas
- Folhas incompletas 34

Morfologia Vegetal-2009 17
Morfologia da folha
I. Folha completa:
Limbo – parte laminar da folha
o Simples – limbo indiviso
o Composta – limbo formado
por vários folíolos
o Recomposta – limbo
composto subdividido em
outros folíolos

Pecíolo – parte estreita e alongada


da folha, une o limbo foliar ao
caule através da base

Base – parte terminal do pecíolo que


conecta a folha ao caule
o Bainha
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o Estipulas

I. Folha completa:
• Bainha
– Porção basal dilatada que prende a folha no
caule. É reduzida ou ausente nas Dicotiledóneas e
bem desenvolvida nas Monocotiledóneas

• Estipulas
– São duas pequenas expansões formadas na axila
da folha, e prendem-se nos lados do ponto de
inserção do pecíolo. 36

Morfologia Vegetal-2009 18
II. Folha Incompleta:
– folha em que falta um ou mais elementos da folha completa. Pode
ser:

a) Peciolada:
folha sem bainha, o pecíolo
insere-se directamente no
caule. Ex. folha de abóbora

b) Invaginante:
sem pecíolo mas com
bainha bem desenvolvida
Ex: folha da bananeira
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II. Folha Incompleta:

c) Séssil: folha sem pecíolo


e bainha, o limbo insere-
se directamente no caule.
Ex. folha de tabaco.

d) Filódio: folha sem limbo,


neste caso o pecíolo se
achata fazendo as
funções do limbo. Ex:
Acácias
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Morfologia Vegetal-2009 19
Filotaxia (Inserção foliar)
Filotaxia?
- caracteriza a maneira como as folhas se
inserem num determinado caule; é regular
para cada espécie;
Objectivo:
dispor as folhas de modo a aproveitar
melhor possível as radiações solares.
A filotaxia pode ser:
1. Alternada,
2. Oposta e
3. Verticilada 39

Filotaxia:
I – Alternadas – quando num nó se insere uma
folha:

a) Espirada

b) Dística
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Morfologia Vegetal-2009 20
Filotaxia:
II – Opostas – quando num nó se insere
duas folhas

a) dísticas

b) cruzadas
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Filotaxia:
III – Verticiladas - quando num nó se
insere 3 ou mais folhas

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Morfologia Vegetal-2009 21
Classificação das folhas

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Folhas Quanto a Divisão ou composição do Limbo


• Simples
– Folha constituída por um só limbo
• Composto
– Folha constituída por uma pínula com vários folíolos, mais
ou menos distintamente pecioladas; subdividem-se em:
• Parifoliadas – pínula com 1 par de folíolos terminais
• Imparifoliadas – pínula com um folíolo terminal
• Digitadas – todos folíolos inserido num ponto da
extremidade do pecíolo.
• Trifoliadas – possuem apenas 3 folíolos.
• Recomposto (Bipinuladas)
– Sobre eixo principal, existem outros eixos contendo folíolos
estruturados em pínulas parciais; subdividem-se em:
• Imparipinuladas – apresentam pínulas terminadas por um
folíolo
• Paripinuladas - 44

Morfologia Vegetal-2009 22
Folhas Quanto à forma do Limbo

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Folhas Quanto à forma do Limbo

Elíptica – em forma de elipse


Filiforme – forma alongada e achatada
Aciculada – em forma de agulha
Sagitada – em forma de uma seta
Lanceolada – forma de ponta-de-lança
Espatulada – em forma de espátula
Reniforme – com formato de rim
Cordiforme – em forma de coração
Peltada – mais ou menos arredondada, com
pecíolo preso na região central
da folha. 46

Morfologia Vegetal-2009 23
Folhas quanto ao bordo do Limbo

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Folhas quanto ao bordo do Limbo

Lisa – quando o bordo ou margem nao apresenta


reentrâncias
Serrilhada – bordo com pequenos recortes
semelhantes a serra
Dentada - bordo com pequenos recortes semelhantes
a dentes
Crenada – quando os recortes não são pontiagudas
porem arredondados
Incisa ou Partida – as chanfraduras profundas que
quase atingem a nervura principal
Lobada ou Fendida – quando as chanfraduras
atingirem a meia distancia entre o bordo do limbo e
a nervura principal 48

Morfologia Vegetal-2009 24
Folhas Quanto à Nervação

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Folhas Quanto à Nervação


Enervada – quando não possui nervuras visíveis
Uninérvia – possui apenas uma nervura visível
Paralelinérvia – quando as nervuras são paralelas
entre si
Peninévia – quando as nervuras tomas o aspecto de
uma pena
Curvinérvia – as nervuras divergem na base e
convergem no ápice da folha
Palminérvia - quando as nervuras tomas o aspecto
da palma da mão

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Morfologia Vegetal-2009 25
Metamorfoses (Adaptações
das Folhas)

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I. Funções protectoras
Espinhos
- Folhas reduzidas com função de defesa e
economia hídrica. Ex: cactus
Catáfilos (ou escamas)
- folhas sésseis encontradas em rizomas e bolbos;
podem funcionar também como órgãos de reserva.
Ex. cebola (Allium cepa).
Brácteas
- folhas modificadas, quase sempre coloridas, que
protegem flores isoladas ou inflorescência. Muitas
vezes funcionam também como elemento de
atracção.
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Morfologia Vegetal-2009 26
II. Função Nutritiva
 Cotilédones:
primeiras folhas embrionárias; podem
acumular substancias de reservas (feijão)

 Absorção de água e sais minerais (Raízes)

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II. Função Nutritiva


Folhas insectívoras:
formas especializadas para a captura de
insectos Ex.: Drosera sp.
Folhas colectoras:
nas plantas epífitas é comum a presença
de estruturas semelhantes a ninhos ou
bolsas , formadas por folhas, com função
de acumular água para a planta. Ex: fetos
epífitas
Folhas suculentas:
folhas com parênquima aquífero bem
desenvolvido. Ex:
54

Morfologia Vegetal-2009 27
55

III. Função de Suporte


Gavinhas - servem para prender a planta a
um suporte, enrolando-se nele.
Ex: Ervilha,
Pyrostegia sp. o terceiro folíolo transforma-se
numa gavinha

• Outros Conceitos relacionados com a Folha


– Heterofilia
– Anisofilia
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Morfologia Vegetal-2009 28
2.4. Estudo da Flor

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Flor
- é o órgão de reprodução dos vegetais mais
evoluídos:
– Gimnospérmicas,
Possuem flores incompletas (sem sépalas e
pétalas), não formam frutos, produzem sementes
nuas, isto é, não envolvidas num fruto.
– Angiospérmicas,
Possuem flores completas, formam fruto e
produzem sementes envolvidas num fruto mais ou
menos carnudos.

Origem das flores


As flores se originam de gemas ou botões florais
localizados em posições diversas do caule,
geralmente nas extremidades dos ramos 58

Morfologia Vegetal-2009 29
Estrutura de uma Flor Completa
Receptáculo - extremidade do pedúnculo onde as peças da flor
se fixam
Pedúnculo - é ramo de caule em cuja extremidade a flor se
forma
Pétalas - folhas modificadas,
geralmente coloridas, cuja função é
proteger os órgãos reprodutores e
atrair pássaros ou insectos, que irão
transportar os grãos de pólen de
uma flor a outra. Seu conjunto forma
a Corola.
Sépalas - folhas modificadas,
geralmente verdes, cuja função é de
protecção. As sépalas fecham botão
floral antes que este se abra. Seu
conjunto denomina-se Cálice 59

Estrutura de uma Flor Completa


Estames - folhas modificadas que são os órgãos
reprodutores masculinos do vegetal e cuja função é
produzir os grãos de pólen.
O conjunto dos estames é chamado de Androceu

Carpelos - órgãos
reprodutores femininos que
formam um ovário onde
serão produzidos os óvulos.
O conjunto dos carpelos forma
o Gineceu ou Pistilo.

60

Morfologia Vegetal-2009 30
Classificação das Flores
a) Quanto a Simetria
b) Aparelho Reprodutor
c) Quanto a Posição do Ovário
d) Quanto ao Perianto

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a) Quanto a Simetria Floral


Actinomorfas Zigomorfas Assimétricas
com simetria radial com simetria bilateral sem qualquer simetria.

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Morfologia Vegetal-2009 31
b) Quanto ao Aparelho Reprodutor
Conforme possuam um ou os dois sexos, as flores podem ser:

Monóicas Dióicas: quando os


(hermafroditas): sexos são encontrados
quando possuem os dois em flores diferentes
sexos,

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Quanto à posição do ovário


Hipógina - é a flor Perígina - é a flor em Epígina - é a flor em
em que o ovário se que as demais peças que o ovário é
coloca no receptáculo se fixam em um plano envolvido pelo
em um ponto que fica que corta o ovário. receptáculo ficando
acima do plano em todo ele abaixo do
que as outras peças se plano em que as outras
fixam peças se fixam.

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Morfologia Vegetal-2009 32
Tipos de perianto

Homoclamídea
Aclamídea (com apenas pétalas)
(sem perianto)

Haploclamídea ou
simples Heteroclamídea
(apenas com sépalas) (perianto 65

completo)

Diagramas e Fórmulas Florais


I. Diagrama floral
Chama-se de diagrama floral à representação esquemática de
uma flor como se fosse projectada em um plano horizontal.
O diagrama permite que os botânicos comparem as flores de
espécies diferentes, permitindo o seu reconhecimento e
classificação. Através dele é possível verificar o número de
peças em cada verticilo, sua posição relativa e se estão
concrescidas ou não, etc.

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Morfologia Vegetal-2009 33
Diagramas e Fórmulas Florais
II. Fórmula floral - é a representação de uma flor, também
para que possa ser comparada e reconhecida, só que
agora através de uma fórmula em que são usados letras,
números e símbolos gráficos. Assim tem-se:
H= flor hipógina
P= flor perígina ou
E= flor epígina; colocadas no final
K = cálice ou S = sépalas
C = corola ou P = Pétalas " */* simetria é bilateral
A = androceu ou E = estames
" * " simetria radial
G = gineceu ou C = carpelos
Usam-se algarismos para
mostrar o número de peças em
cada ciclo e, se estiverem
soldadas entre si, coloca-se
Exemplo - Fórmula: K5 C(5) A5+5 G(6) H * 67
entre parêntesis.

Escreva as formulas florais dos diagramas abaixo

Flor trímera de Monocotiledónea Flor pentámera de Dicotiledónea

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Morfologia Vegetal-2009 34
Inflorescência
- sistemas de ramificação ou disposição das
flores no caule
– existe um eixo principal – ráquis, que
contém brácteas nas quais se formam
inflorescências parciais;

– o ráquis está ligado ao caule pelo


pedúnculo

– tem grande importância na


identificação ou caracterização nas
angiospermas;

– fornecem critérios de parentescos


relevantes;
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Inflorescência
– Principais tipos:

• Simples (cacho, espiga, espádice, umbela,


capítulo)

• Compostas (umbela composta, panícula)

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Morfologia Vegetal-2009 35
Inflorescências Simples

Espiga – possui flores sésseis, inserem-se


directamente sobre o pedúnculo. Ex:
gramíneas

Cacho – semelhante a espiga, porém as flores


se
inserem no pedúnculo através de pedicelos
(pecíolos)
Espácide – espiga em que o
pedúnculo/eixo é espesso. Anthurium
71
sp.

Inflorescências Simples

Umbela – as flores saem do mesmo


ponto e terminam a mesmo nível. EX:
Allium sp.
Corimbo – as flores saem de níveis
diferentes do pedúnculo e terminam a
mesmo nível. Ex: algumas Brássicas

Capítulo – as flores são desprovidas


de pedicelos e se inserem num
receptáculo dilatado. Ex: girassol 72

Morfologia Vegetal-2009 36
Inflorescências Compostas
- Caracterizam-se por apresentar um eixo
principal com inflorescências parciais

Umbela composto

Panícula – tem flor terminal no eixo


principal e nos eixos laterais e a
ramificação diminui da parte basal a
terminal. 73

2.5.Estudo da Fruto

74

Morfologia Vegetal-2009 37
Fruto
• Resulta da transformação de certas partes da flor após a fecundação.

Partes Componentes do Fruto

Flor Fruto
• Óvulos Sementes
- epicarpo
• Paredes de ovários Pericarpo - mesocarpo
- endocarpo

 Certas plantas formam frutos sem prévia


fecundação – frutos partenocárpicos
75

Estrutura do Fruto (verdadeiro)

76

Morfologia Vegetal-2009 38
Fruto
• A função do fruto é ajudar/facilitar a dispersão
das sementes, função que desempenha com
enorme sucesso, com a ajuda (involuntária) dos
animais.

Ex: Quando os animais vertebrados comem frutos


carnudos, engolem as sementes. A passagem destas
pelo tubo digestivo não lhes causa qualquer dano, antes
desgasta o tegumento rígido, facilitando a sua
germinação.

77

Classificação dos Frutos


Os frutos podem ser classificados em relação a
diversos aspectos:
a)Quanto a disposição dos carpelos a partir dos
quais se formam, os frutos podem ser:
• Frutos simples - desenvolvem-se a partir de um único
carpelo ou de vários carpelos fundidos. Estes frutos são os
que apresentam uma maior variedade;
• Frutos agregados - desenvolvem-se a partir de carpelos
soltos de uma mesma flor, como o fruto da magnólia ou o
morango;

• Frutos múltiplos - desenvolvem-se a partir de gineceus de


mais de uma flor, ou seja, de uma inflorescência, formando
uma infrutescência como acontece no ananás, amora, etc.
Estes frutos fundem-se ao eixo portador das diversas flores.
78

Morfologia Vegetal-2009 39
Classificação dos Frutos
b) Quanto deiscência = a forma de abertura após a
maturação:

• Deiscentes – quando se abrem naturalmente


para deixar sair as sementes;
i. Longitudinal: quando a abertura se dá ao longo do
maior eixo.
 Septicida
 Loculicida
 Siliqua
ii. Poricida: abrem-se poros nas paredes do pericarpo.
iii. Transversal ou pixidiária: abertura circular ao longo do
eixo transversal
• Indeiscentes – após a maturação os frutos não
se abrem por si sós. 79

Frutos Simples

80

Morfologia Vegetal-2009 40
Frutos Simples
Monocarpelares
Folículo – provém de único carpelo, abre-se apenas
por uma fenda ventral; ex: Magnólias

Legume – provém de único carpelo, abre-se por duas


fendas ventral e dorsal. Ex: feijão

81

Frutos Simples - Pluricarpelares


Septicida – abre-se por meio de fendas longitudinais ao longo
da linha de concrescência dos carpelos
Ex: Hypericum perforatum

Síliqua – provém de dois carpelos, abre-se por 2 fendas


separadas por uma septo
Ex: Couve

Pixidio – separa-se, transversalmente,


a parte superior do fruto, ex: Eucalipto

Cápsulas poricidas – através de poros


de numero e ordenação variada, ex: Papever

82

Morfologia Vegetal-2009 41
Frutos Simples
• Indeiscentes – quando após a maturação, conservam as
sementes no pericarpo.

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Frutos Simples - indeiscentes


• Secos
– Lomento – vagem comprida na qual as
sementes se desarticulam na maturação em
porções monospermicas
– Aquénio – apresenta uma semente presa ao
pericarpo. Ex: cajú.
– Noz – variedade de aquénio, com pericarpio
mais rígido; ex: macadamia
– Esquizocarpo – o fruto maduro decompõem-se
em porções - mericarpos, que podem ser dos
capelos ou partes dos mesmo.
– Cariopse – com única semente aderida ao
pericarpo; ex: gramíneas
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Morfologia Vegetal-2009 42
Frutos Simples - indeiscentes

• Suculentos
– Drupa – carnudo e contem caroço, depois
de maduro se abre naturalmente; ex: manga,
azeitona, pêssego....

– Baga – carnudo, frequente tem muitas


sementes; ex: maça, laranja, uvas, tomate...

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Frutos Compostos

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Morfologia Vegetal-2009 43
Infrutescência
- conjunto de frutos agregados que provém de uma
inflorescencia.
- cada flor dá um fruto, e posteriormente os frutos
formados fundem-se formando um único, ex:
- Ananás – formado - Amora - fruto
por flores composto ondce cada
desenvolvidas, junto pequeno fruto da
com o eixo da amora é uma drupa.
inflorescência

87

Disseminação das Sementes


1) Auto-disseminação activa / autocoria - por
deiscência por explosão das sementes
2) Anemocoria – disseminação pelo vento, as
sementes tem “asas”.
3) Hidrocoria – disseminação pela água, as
sementes são capazes de flutuar
4) Zoocoria – disseminação através de animais:
1) Epizoocoria – frutos/sementes aderem-se à
superficies do animal
2) Endozoocoria – através da ingestão e
libertação das sementes ou frutos 88

Morfologia Vegetal-2009 44
Bibliografia:
• Modesto, Z M & Siqueira, N J (1980): Botânica, Editora
Pedagógica e Universitária Ltda, São Paulo.
• WEBERLLING – SCHWANTES (1986) : TAXONOMIA
VEGETAL, São Paulo
• Classificação de Plantas: [online] Disponível na Internet via
WWW. URl:
http://campus.fortunecity.com/yale/757/classifi.htm
• Morfologia de Plantas Vasculares: [online] Disponível na
Internet via WWW. URl:
http://www.biologia.edu.ar/botanica/tema4/4_3simetr.htm
• Generalidades sobre o Fruto: [online] Disponível na
Internet via WWW. URl:
http://www.herbario.com.br/cie/universi/fruto.htm
89

Morfologia Vegetal-2009 45

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