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Porto, 06 de Março de 2010

Sílvia Maria Ribeiro


Masculina

 Fase de excitação, desencadeada por estímulos físicos ou


psíquicos, e caracterizada pelo aparecimento e manutenção da
erecção;

 Fase de plateau, resultante da intensificação das tensões


sexuais, e que se revela por uma tumescência e rigidez
adicionais;

 Fase de orgasmo, em que a sensação subjectiva do prazer é


culminante, e em que se dá a ejaculação;

 Fase de resolução, período regressivo que leva à detumescência


peniana, e que inclui um período refractário, de duração variável,
em que o homem não tem capacidade fisiológica para uma nova
resposta orgástica.
Masculina

 Fase de excitação, traduzida pela erecção


peniana;

 Fase de orgasmo, representada pela


ejaculação;

 Fase de resolução, em que se verifica a


detumescência peniana.
Feminina

 Fase de excitação, vasodilatação reflexa,


lubrificação vaginal e dilatação do canal vaginal;
vasocongestão do clitóris e dos pequenos lábios;

 Fase de orgasmo, sensação subjectiva do prazer;


contracções reflexas de certos músculos genitais.
Contracções rítmicas e involuntárias da
plataforma orgástica, no terço externo da vagina.
 Disfunções sexuais

 Perturbações da identidade do género

 Desvios e variações do comportamento


sexual:1) Homossexualidade egodistónica
2)Parafilia
 DISTÚRBIOS SEXUAIS E DE IDENTIDADE DO GÉNERO
1 - Disfunções sexuais
(congénita/adquirida/generalizada/situacional;
Factores psicogénicos/combinados)
2 – Disfunção sexual devido a estado médico
geral
3 – Disfunção sexual induzida por substância
4 - Parafilias
5 – Distúrbios da identidade do género
Femininas Masculinas
DESEJO -Diminuição do desejo -Diminuição do desejo
-Adicção sexual -Adicção sexual
-Aversão sexual (-Aversão sexual)

EXCITAÇÃO -Perturbação da excitação -Disfunção eréctil


sexual .primária absoluta orgânica
.primária absoluta .secundária situacional psíquica
.secundária situacional mista

ORGASMO -Disfunção orgásmica -Ejaculação precoce


.primária absoluta -Ejaculação babante
.secundária situacional -Ejaculação retardada
-Falsa disfunção orgásmica -Ejaculação retrógrada
-Anejaculação
-Perturbação orgásmica
(sensibilidade diminuída;
anorgasmia)
OUTRAS -Vaginismo Dispaneuria
-Dispaneuria
 Primária (ao longo da vida): a alteração existe desde
os primeiros contactos sexuais.
 Secundária (adquirida): a alteração aparece após um
período de funcionamento sexual adequado.

 Absoluta (generalizada): acontecem com todos os


parceiros.
 Situacional: acontecem com uns parceiros e não com
outros.
OU
Ligeira, Moderada, Total

 Psíquica Factores psicológicos


 Orgânica Factores combinados
 Mista
Perturbação do desejo sexual
Perturbação permanente e generalizada do
desejo sexual (sobretudo associado às outras
disfunções).
-Desejo sexual Hipoactivo
-Desejo sexual Hiperactivo
(aversão sexual)

A avaliação deve ter em conta os factores que, no


contexto, possam afectar o desejo sexual, tais
como: idade, saúde, circunstâncias da vida.
 Disfunções da erecção
Inibição recorrente e persistente da excitação
sexual masculina durante a actividade sexual,
ou seja, incapacidade parcial ou total para
obter e manter uma erecção suficientemente
firme para permitir a introdução e efectivação
do coito.
 Perturbações do orgasmo
Ejaculação que ocorre (ou não) num momento
ou de forma indesejada para o indivíduo, por
uma recorrente e persistente falta do controlo
do reflexo ejaculatório durante a actividade
sexual e no coito.
 Perturbações da dor sexual
Dores genitais persistentes antes, durante ou
após a actividade sexual
Perturbação do desejo sexual
Perturbação permanente e generalizada do
desejo sexual (sobretudo associado às outras
disfunções).
-Desejo sexual Hipoactivo
-Desejo sexual Hiperactivo
- Aversão sexual: extrema aversão e evitamento
de todos (ou quase todos) os contactos genitais
com um parceiro sexual.

A avaliação deve ter em conta os factores que, no


contexto, possam afectar o desejo sexual, tais
como: idade, saúde, circunstâncias da vida.
 Perturbações da excitação
Incapacidade para atingir ou manter uma
adequada resposta da excitação sexual de
lubrificação e entumescimento até
completarem a actividade sexual

(Disfunção eréctil feminina!?)


 Perturbações do orgasmo
Atraso ou ausência de orgasmo a seguir a
uma fase de excitação sexual normal. A
capacidade do orgasmo é inferior ao que
seria razoável para a sua idade, experiência
sexual e adequação da estimulação sexual
que ela recebe.

Pseudo-disfunção orgástica
 Perturbações da dor sexual
Dispareunia: dores genitais persistentes
antes, durante ou após a actividade sexual

Vaginismo: as mulheres com esta


perturbação têm espasmos involuntários
recorrentes ou persistentes da musculatura
perineal que envolve o terço externo da
vagina que interfere com a actividade sexual.
Transsexualismo
Sujeito que se sente psicologicamente como
pertencendo ao sexo oposto, embora não
negue que a sua anatomia genital não está de
acordo com esse sexo oposto; tenta viver de
acordo com o seu sentir e procura os
procedimentos necessários para a sua
reabilitação sexual.
Homossexualidade egodistónica
Atracção sexual que se experimenta em relação ao
mesmo sexo. Vivência angustiante desta
orientação sexual e não aceitação da mesma.
Parafilia
Desvios do comportamento sexual em que o foco
de estimulação erótica é um determinado núcleo
ou fragmento comportamental, de complexa
sequência de um acto sexual, que se erotiza e
constitui único (ou o mais importante) objecto
erótico. Também orientação para agentes
habitualmente não envolvidos na sexualidade
humana.
Parafilias
- Fetichismo
- Travestismo
- Sadismo e Masoquismo
- Exibicionismo e voyeurismo
- Pedofilia
- Zoofilia (bestialismo)
- Frotteurismo
- Necrofilia

- VIOLAÇÃO
Padece o doente de uma perturbação sexual?

NÃO: funcionamento normal SIM: funcionamento anormal

Diagnóstico Diagnóstico
psiquiátrico
Etiologia

Outros Orgânica Psicogénica


Normal conflitos
Diagnóstico médico
Etiologia
Tranquilização – Tratamento
não necessita de psiquiátrico
tratamento adequado Problema sexual
Perturbação secundário, outra
perturbação
sexual primária
psiquiátrica
 Entrevista sexológica e psicológica

 Testes psicológicos

 Avaliação Psicológica
 Precisar o problema
 Colheita de dados referentes ao tipo e qualidade
de educação/informação sexual e à experiência
sexual
 Comportamento sexual habitual (frequência,
formas e tempos)
 Actividades do dia-a-dia e sua influência no
comportamento sexual.

.Estudo sumário do estado físico geral


.Pesquisa-se patologia psiquiátrica
.Anotar uso de medicamentos ou outras
substâncias (técnicas contraceptivas)
 Inventário da Personalidade de Eysenk (1959)
 MMPI – Minesota Multiphasic Personality
Inventory (Hathaway, R. et al., 1951)
 SCL-90 (Derogatis, 1977)
 SES – Sexual Experiment Scale (Frenken et al.,
1981)
 Inventários: disfunção eréctil; ejaculação
prematura, retardada
 Avaliação da repercursão da situação
disfuncional (no casal)
 Avaliação da união actual (?)
 Avaliação do meio sócio-cultural
 História existencial (aspectos familiares e
educativos)
.Infância e adolescência
.Atitudes e crenças sobre a sexualidade
 Terapêutica cirúrgica, farmacológica

 Proposta de Masters e Johnson (1966, 1970)

Informação/Educação
Modelo P LI SS IT (Jack Annon, 1974)

 Treino Comunicacional

 Focos Sensoriais

 Desenvolvimentos nos Modelos de Conceptualização


e Intervenção Cognitivo-Comportamental das
Disfunções Sexuais
 Modelo das Atitudes e Pensamentos
Negativos de Hawton (1985,1989)
 Modelo de Reestruturação Cognitiva de
Carey, Wincze e Meisler (1993)
 Modelo das Distorções Cognitivas de Rosen,
Leiblum e Spector (1994)
 Modelo Cognitivo-Emocional de Nobre e
Pinto-Gouveia (2000, 2002)
- Identificação do Sistema Cognitivo
- Estratégias de Intervenção Cognitiva
 Modelo das Atitudes e Pensamentos
Negativos de Hawton (1985,1989)
Os pensamentos automáticos apresentados durante a actividade de cariz
sexual contribuem decisivamente para o desempenho sexual, sendo que
o seu carácter iminentemente negativo no caso dos sujeitos
sexualmente disfuncionais, desempenha um papel de relevo na
manutenção das dificuldades, o que aponta para a necessidade de
explorar pensamentos ou imagens que estes indivíduos apresentam no
decorrer da actividade sexual.
3 factores essenciais (rejeição terapêutica))
-pensamentos ou imagens negativas, evocados directamente pela tarefa
terapêutica em causa, e que surgem de forma automática;
-atitudes face ao sexo que colidem com a tarefa terapêutica proposta
-experiências prévias na história de vida do sujeito, que moldaram as suas
atitudes face ao sexo.
*Baseado na teoria cognitiva de Beck
 Modelo de Reestruturação Cognitiva de Carey,
Wincze e Meisler (1993)

As atitudes e os pensamentos automáticos disfuncionais parecem


representar factores de importância vital na eclosão e manutenção
das disfunções sexuais.

A estratégia terapêutica passa por identificar esses pensamentos,


reconhecimento do seu papel na manutenção das dificuldades e substituição
por cognições de cariz sexual promotoras de melhor resposta.
-Focalização da atenção nas partes erógenas do corpo do parceiro sexual, na
sequência de actos e movimentos sexuais ou em fantasias eróticas;
-Relembrem o conteúdo das cognições que habitualmente apresentavam nas
situações sexuais bem sucedidas, procurando reavivá-las no decurso da
actividade sexual corrente.
 Modelo das Distorções Cognitivas de Rosen,
Leiblum e Spector (1994)
As crenças disfuncionais podem conduzir ao aumento da ansiedade de
desempenho e à diminuição da auto-estima do sujeito, devido à
sub-avaliação que fazem do seu desempenho sexual.
-Pensamento de tudo ou nada
-Sobregeneralização
-Desqualificação do positivo
-Inferência arbitrária
-Antecipação do futuro
-Primazia da emoção
-Imperativos categoriais
-Catastrofização
A sugestão de intervenção terapêutica passa pela identificação e disputa
sistemática dos pensamentos automáticos negativos e das crenças
disfuncionais que lhes são subjacentes.
 Modelo Cognitivo-Emocional de Nobre e Pinto-
Gouveia (2000, 2002)
Inegável influência dos fenómenos de natureza cognitiva e emocional
na determinação do funcionamento sexual. Os homens e mulheres
sexualmente disfuncionais, activam com maior frequência esquemas
cognitivos negativos, quando confrontados com situações de
insucesso sexual (à semelhança da teoria cognitiva de Beck).
Componente cognitiva marcada pela ideia de incompetência pessoal
associada a regras condicionais conservadoras, exigentes e
irrealistas relativamente à sexualidade, uma componente afectiva
dominada por emoções típicas de humor deprimido, um impulso
comportamental para o evitamento e uma componente fisiológica
hipoteticamente marcada pela diminuição da activação simpática.

Proposta de intervenção cognitiva das disfunções sexuais:


-identificação do sistema cognitivo
-estratégias de intervenção cognitiva.
 Modelo Cognitivo-Emocional de Nobre e Pinto-Gouveia
(2000, 2002) (cont.)
A - Identificação do sistema cognitivo
 Identificação de pensamentos automáticos
-explicar o conceito
-explicar que a modificação das emoções negativas e comportamentos sexuais
disfuncionais, pode passar pela modificação dos pensamentos automáticos em
contexto sexual
Identificação e monitorização: diários de pensamentos (pensamentos, grau de
crença nos mesmos (0 a 100), emoções e sua intensidade ( 0 a 100); questionário
de modos sexuais
 Identificação de estruturas cognitivas nucleares
-apresentar a primeira parte de uma proposição pedindo para o sujeito a completar –
“Se falhar a erecção…”
-analisar os temas recorrentes e comuns nos pensamentos automáticos do cliente
-questionar directamente atitudes e crenças face a temas sexuais
-recorrer a questionários de atitudes e crenças face ao sexo
-recorrer a questionários de esquemas (Questionário de esquemas precoces
maladaptativos-Young, 1989)
-utilizar a técnica da flecha descendente
 Modelo Cognitivo-Emocional de Nobre e Pinto-
Gouveia (2000, 2002) (cont.)
B – Estratégias de intervenção cognitiva
Avaliação das vantagens e desvantagens das crenças
apresentadas pelos indivíduos
Confrontação com a evidência: debate e análise lógica;
fornecimento de informação e formação específica na
área sexual; teste da realidade; técnica do ponto-
contraponto (role play raciona – emotivo): o indíviduo
pode começar por representar o seu papel habitual,
trocando em seguida com o terapeuta, colocando-se na
sua posição (descentração). Depois transportar para as
situações reais de vida.
 Intervenções em saúde sexual, para serem eficazes, implicam
informação, motivação e treino de aptidões comportamentais.
 Uma vasta quantidade de problemas em relação à sexualidade poderão
eventualmente encontrar solução com a informação/educação
 MITOS
-se ele(a) gostasse de mim, gostava de mim sexualmente (tal como sou)
-sou anormal porque não tenho orgasmos vaginais
-a mulher não deve tomar a iniciativa
-os homens têm mais necessidades sexuais
-ter fantasias é anormal e imoral
-o homem deve estar sempre “pronto”
-se ele(a) hoje não se mostra entusiasmado(a) é porque não está bem ou não gosta de mim
-é possível controlar indefinidamente a ejaculação
-a mulher tem que ser multiorgásmica
-os orgasmos devem ser simultâneos
-para que não fique com energias para relações extra-conjugais, devemos fazer amor,
ainda que não apeteça. CONTRA-MITO: se não quer fazer amor é porque tem outro(a)
-a erecção deve surgir primeiro, antes de qualquer actividade sexual
-a relação sexual é a única forma de fazer sexo
-os homens não devem expressar certos sentimentos
-a masturbação em excesso faz mal
-todo o contacto físico deve levar ao coito
Modelo de intervenção terapêutica em quatro níveis, crescentes em
complexidade e grau de conhecimento do técnico e que implica um
terapeuta sexual com formação em sexualidade humana.
 P – Permissão: o técnico de saúde permite ao indivíduo
ou casal desculpabilizar o seu comportamento e
enriquecer o seu reportório erótico
 LI – Informação Limitada: dar informação adequada da
função sexual, da sua variabilidade, dos vários factores
que ao longo da vida a podem influenciar (estatísticas)
 SS – Sugestões Específicas: proporcionar mudanças de
comportamentos específicas, que actuem sobre os
factores que estão a inibir a expressão da sexualidade
 IT – Terapia Intensiva (Terapia Sexual): aplica-se aos
casos de disfunção sexual que não foram resolvidos
pelas outras formas de intervenção.
- As disfunções sexuais com frequência envolvem
problemas de comunicação.
- Wincze e Carey (2001) desenvolveram um folheto
que serve tanto de avaliação como de guia
terapêutico e que descreve os problemas mais
frequentes de comunicação no casal, dando
sugestões acerca de como os ultrapassar.
- O terapeuta deve ser um bom modelo de
comunicação.
- O terapeuta deve estar confortável com a sua
sexualidade
 A problemática sócio-cultural, mais que doença médica ou mental,
constitui a etiologia maioritária das disfunções sexuais.
 A disfunção resulta da interferência negativa do sistema psicossocial
sobre o bio-psicológico.
 Quando numa relação, aparece a disfunção sexual, não há o
parceiro não comprometido.
 A “ansiedade de execução” e o “papel de espectador” serão o motor
da disfunção, ou na origem ou na sua manutenção.

 CARACTERÍSTICAS DA TERAPÊUTICA
-casal de terapeutas (co-terapia)
-objectivo: reversão da disfunção (através de mecanismos
comportamentais)
-duração breve: 15 dias
-mudança de ambiente (hotel)
-proibição provisória da actividade coital: 4 dias
-”parceiros subrogados” (abandonado, não dava importância
aos aspectos intrapsíquicos
Masters e Johnson (1970) foram os pioneiros da aplicação de métodos
experimentais na terapia das disfunções sexuais.
Abordagem estruturada, mas flexível.
Ambiente confortável.

FOCO I – Prazer não Genital: exploração sensual e corporal, com


exclusão das zonas genitais (e algumas zonas erógenas) e não é
permitido atingir o orgasmo.
FOCO II – Prazer genital: exploração sensorial sensual, extensiva às
zonas genitais. O objectivo ainda não é a obtenção do orgasmo e
a proibição do coito poderá manter-se.
COITO NÃO EXIGENTE – é pedido ao elemento do casal que está
mais receptivo à relação sexual que inicie os movimentos,
devendo ser estes lentos e graduais. Sugerem-se novas posições
e desencoraja-se a utilização da mesma posição aquando do
início da terapia.
“CAVALGADA” – envolvimento intenso, sem limitações pré-
definidas.
- Hartman e Fithian (1974): exame sexológico; carícias sexuais
e genitais frente a espelhos triplos e na presença dos
terapeutas; técnica da vagina tranquila; uso maciço de audio-
visuais; utilização de hipnose.
- Lo Piccolo e Lobitz (1972): programa masturbatório em nove
pontos, na disfunção orgástica feminina.
- Kaplan (1974): utilização mista de técnicas comportamentais
e psicodinâmicas; psicoterapia individual e entrevistas
semanais; programa mais elástico, embora de duração breve;
enfase na masturbação feminina; utilização da técnica de
Semans (1955) na ejaculação precoce (start-stop); reintroduz
a técnica do squeeze de Masters e Johnson (1970) –
compressão proximal; terapia de grupo na ejaculação
prematura (1975); reformulação da resposta sexual humana,
com a introdução da fase do desejo (1977).
- Barbach (1974): conceito da mulher pré-orgástica e utilização
da terapia de grupo.
- Masters e Johnson (1977/79): conceito de aversão sexual.
- David Barlow: técnicas cognitivas.
- Andrologia: uso e abuso de próteses; cirurgia de
re-vascularização arterial e laqueações venosas.
- Ronald Virag (1981): efeito vasoactivo da
Papaverina (injecções intra-cavernosas).
- Utilização dos dispositivos de vácuo ou de pressão
negativa, na disfunção eréctil.
- Introdução de medicamentos para actuar nos
circuitos cerebrais do desejo.
- O problema só é disfunção se for perturbador. A
sexualidade como função da relação e do prazer. A
disfunção tem que ser sempre contextualizada na
relação.
- A hegemonia do desejo.
- As doenças sexuais pós-modernas; a adicção
sexual; novas farmacologias.
- Terapia sexual / Terapia de casal.
 Desejo Sexual Hipoactivo

Deve implicar elementos comportamentais, afectivos,


cognitivos e sistémicos.
Identificação de sentimentos negativos associados à
sexualidade.
Fantasia erótica (partilha pelo casal).
Masturbação como instrumento terapêutico.
Intervenções comportamentais: focos sensoriais;
 Distúrbio da excitação sexual feminina

- Foco I: dar e receber prazer.


- Dirigir a atenção para imagens agradáveis, filmes,
leituras, sonhos acordados.
- Foco II: importância da massagem.
- Coito não exigente
- Manobra da Ponte.
- Nível IV
- Se não atingiu o orgasmo: terapia para a disfunção
orgástica.
 Disfunção eréctil

- Redução da ansiedade e dessensibilização: Foco


sensorial I (alternância de parceiro activo);
- Aumento da estimulação sexual: Foco sensorial II
(alternância de parceiro activo);
- Intervenções cognitivo-comportamentais: Coito não
exigente (manobra da ponte);
- Aptidões interpessoais;
- Treino de comunicação do casal;
- Treino de prevenção de recaídas: envolvimento
periódico do casal em relações de prazer que não
envolvam o coito.
 Distúrbio do orgasmo feminino
- Objectivo: promover a mudança cognitiva,
diminuir a ansiedade, aumentar a frequência
orgástica e aumentar as relações entre
comportamentos sexuais e sentimentos
positivos.
- Masturbação e desenvolvimento do erotismo
(programa de Heiman e LoPiccolo, 1988).
- Exercício de Kegel (contracções do músculo
pubococcígeo).
- Treino de relaxamento ou controlo da atenção.
- Educação sexual e biblioterapia.
- Manobra da Ponte
 Distúrbio do orgasmo masculino
 Ejaculação Prematura
- Mesmos procedimentos iniciais da
intervenção na DE.
- Técnica de Semans (1955), start-stop, com
presença obrigatória de parceiro, repetir pelo
menos três vezes.
- Técnica da Compressão ou Squeeze
(sentados frente a frente ou homem deitado).
- Segunda semana mulher em posição
superior.
 Distúrbio do orgasmo masculino
 Ejaculação Retardada
- autosexual; partner anorgasmia.
- Distrair o homem da sus necessidade excessiva de
controlo.
- Dessensibilização ao vivo na presença da companheira e
estimulação acompanhada de distracção. Masturbação
com fantasia na ausência de companhia. Masturbação na
presença da companheira(o) (cada vez mais próxima(o))
introduzindo a fantasia. Masturbação pela companheira(0).
Ejaculação próxima da vagina (manobra da ponte).
- Counterbypassing: o homem exprime abertamente a sua
activação e sentimentos de distância e hostilidade pela sua
companhia, em vez de contornar esses sentimentos.
 Vaginismo
- Dessensibilização ao vivo: aproximações
sucessivas, sózinha ou na presença de companhia,
com introdução na vagina de um dedo ou
dilatadores progressivamente de calibre maior.
Depois o processo é repetido pelo companheiro.
Tentam a penetração (manobra da ponte).
 Dispareunia
- Intervenções cognitivo-comportamentais.
- Terapia de casal; hipnose; relaxamento; terapia
sexual com focos sensoriais; exercícios de Kegel e
dilatação vaginal; terapia farmacológica, aplicações
tópicas; cirurgia por laser e vestibulectomia
“Não há nada mais característico na resposta
sexual humana, do que o facto de ser
diferente em quaisquer dois indivíduos”

A. Kinsey
 Fonseca, L., Soares, C. & Vaz, J. (2003). A
sexologia – perspectiva multidisciplinar I e II.
Coimbra: Quarteto.

 Gomes, A., Albuquerque, A. & Nunes, J.


(1987). Sexologia em Portugal, Vol. I e II.
Lisboa: Texto Editora.
 1. Comente a importância de todos os
terapeutas possuírem noções básicas acerca
da sexualidade humana.

 2. Discuta criticamente a proposta de


intervenção de Masters e Johnson.

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