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IV EREEC

João Pessoa - PB
19 a 21 de setembro de 2017

VERIFICAÇÃO DE MODELO DE BIELAS E TIRANTES PARA


UMA VIGA ESBELTA COM REGIÃO DESCONTÍNUA PELO
MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS

Kassio Fernando Cândido de Lima (kassiocandido@gmail.com)


Renally Ferreira de Oliveira Mota (renallymotta_@hotmail.com)
Flávio Roberto Xavier de Oliveira (flavioroberto@frprojetos.com.br)

Resumo: O emprego do modelo de bielas e tirantes para projeto e detalhamento das estruturas de concreto armado ainda hoje se dá
em larga escala. Entre suas principais vantagens, destaca-se a identificação dos campos de tensões provenientes do carregamento
aplicado e das condições de contorno existentes dentro da estrutura de concreto armado, com soluções bastante satisfatória em
regiões de descontinuidade. Essa identificação aponta em concisão as regiões com maiores concentrações tensionais e as áreas
mais solicitadas na estrutura e, representa, desse modo, seu comportamento e contribuição à segurança da mesma. O presente
trabalho tem seu cerne na análise de uma viga esbelta de concreto armado com uma região de descontinuidade pelo método
de bielas e tirantes levando-se em consideração os critérios estabelecidos pela NBR6118:2014. Para sua modelagem utilizou-se o
software CAST (2000) e para análise não-linear, o software Diana (2007).
Palavras-chave: Concreto armado. Bielas e tirantes. Viga esbelta. Elementos finitos.

Abstract: The employment of the strut and ties model for design and detailing of reinforced concrete structures even today on
a large scale. Among its main advantages is the identification of fields of tensions arising from the applied load and the existing
boundary conditions within the structure of reinforced concrete with very satisfactory solutions in regions of discontinuity. This ID
points in regions with greater concision tensional concentrations and the most requested areas in structure and represents, in this
way, your behaviour and contribution to security. The present work has your heart in a slender beam of reinforced concrete strut
with a region of discontinuity and tie method and represents satisfactory result. For your modeling was done using the software
CAST (2000) and for verification and analysis, the software Diana (2007).

INTRODUÇÃO

As partes de uma estrutura de concreto armado quando, ao serem projetadas, são submetidas às aplica-
ções da teoria de Bernoulli da distribuição plana de deformações, normalmente apresentam precisão absolu-
ta. Porém, outras partes, sujeitas a descontinuidades estáticas e geométricas não apresentam a mesma precisão
por, em sua fase projetual, serem concebidas a partir de leis empíricas, firmadas na experiência. Contudo, am-
bos os grupos de partes somam a importância para o funcionamento e a segurança da estrutura. Devem, por-
tanto, apontar resultados de igual precisão a partir de leis que sejam aplicáveis a todos os tipos de estruturas e
todas as suas partes.
Dentro deste contexto, o modelo de bielas e tirantes generaliza a definição da treliça de Morsch e pos-
sibilita o dimensionamento e detalhamento das estruturas e de todas as suas partes. Isso porque o modelo em
questão tem por princípio de trabalho o método dos elementos finitos, que subdivide o domínio equacional do
problema em partes menores e estas, em novas subdivisões e assim por diante; sendo as subdivisões elementos
das partes originais ou antecedentes e seguidas por recombinações.

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Kassio F. C. de L.; Renally F. de O. M.; Flávio R. X. de O. Verificação de modelo de bielas e tirantes para uma viga esbelta com região
descontínua pelo método dos elementos finitos.

1. MODELO DE BIELAS E TIRANTES

Ao se projetar vigas de concreto armado, o procedimento empregado é o que utiliza o dimensionamento


relativo à teoria da flexão (momento fletor e força cortante). Porém, não só no aspecto científico, mas também
em outros aspectos, como prático e até didático, o cálculo de vigas de concreto armado utilizando o modelo
de bielas e tirantes pode ser muito valioso. Este modelo tem como principais vantagens a melhor visualização
do comportamento da estrutura, podendo-se verificar de modo mais claro a distribuição das tensões, e a faci-
lidade na identificação das regiões mais solicitadas da estrutura. O modelo também permite que o projetista o
utilize em toda a estrutura, tanto nas regiões sem descontinuidades, quanto nas regiões com descontinuidades.

1.1 Vigas e modelo de bielas e tirantes

Ao se estudar o equilíbrio da treliça de MÖRSCH, idealizada no século passado, podem ser determina-
dos os deslocamentos no diagrama de momentos fletores, a fim de estabelecer os corretos pontos de interrup-
ção das barras longitudinais da viga. Segundo a ABNT NBR 6118:2014, “o dimensionamento das armaduras
longitudinais deve conduzir a um conjunto de esforços resistentes (NRd, MRd) que constituam envoltória dos
esforços solicitantes (NSd, MSd) determinados na análise estrutural”.

1.2 A analogia clássica da treliça

A treliça clássica de RITTER & MÖRSCH foi concebida no início do século XX e, desde então, vem
sendo utilizada como base para o dimensionamento de vigas de concreto armado. Apesar de algumas pesquisas
sugerirem alterações em sua teoria, seu aspecto geral foi mantido e está distante de ser superado, pois o me-
canismo resistente desses elementos estruturais pode ser associado ao de treliças. A Analogia Clássica da Tre-
liça faz a analogia entre uma viga de concreto armado, depois de fissurada, e uma treliça de banzos paralelos
e, apesar de apresentar certas imperfeições, resultantes da incompatibilidade entre modelo e viga real, ainda
hoje é empregada em grande escala. Nas últimas décadas, propostas vêm sendo feitas por pesquisadores e en-
genheiros, sugerindo alterações no modelo original, a fim de aperfeiçoá-lo e, principalmente, ajustar os resul-
tados experimentais aos teóricos.
O ângulo de inclinação mínimo é especificado segundo cada norma, porém usualmente admite-se θ =
45º, a fim de simplificar as considerações para o dimensionamento. A ABNT NBR 6118:2014 apresenta dois
modelos de cálculo: o modelo I, que considera o ângulo θ = 45º, e o modelo II, que considera o ângulo θ ar-
bitrado livremente entre 30º e 45º. A armadura transversal pode apresentar inclinação α entre 45º e 90º em
relação ao eixo longitudinal da peça. Na prática, a grande maioria dos casos apresenta armadura transversal
(estribos) na posição vertical, ou seja, com α = 90º, em função da dificuldade de modelagem das barras da ar-
madura com diferentes inclinações. Pode-se citar, porém, que tais inclinações, apesar de não usuais, melhoram
a eficiência da armadura transversal.

2. MODELO DE BIELAS E TIRANTES

2.1 Procedimento para aplicação do método conforme critérios da ABNT NBR 6118:2014

É permitida a análise da segurança no estado-limite último de um elemento estrutural, ou de uma região


contida neste elemento, através de uma treliça idealizada, composta por bielas, tirantes e nós. Nessa treliça, as
bielas representam a resultante das tensões de compressão em uma região; os tirantes representam uma arma-
dura ou um conjunto de armaduras concentradas em um único eixo e os nós ligam as bielas e tirantes e rece-
bem as forças concentradas aplicadas ao modelo. Em torno dos nós existirá um volume de concreto, designado
como zona nodal, onde é verificada a resistência necessária para a transmissão das forças entre as bielas e os
tirantes.
As bielas inclinadas devem ter ângulo de inclinação cuja tangente esteja entre 0,57 e 2 em relação
ao eixo da armadura longitudinal do elemento estrutural, conforme critérios estabelecidos pela ABNT NBR
6118:2014.

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As verificações das bielas, tirantes e nós são efetuadas a partir das forças obtidas na análise da treliça
isostática sob a ação do sistema autoequilibrado de forças ativas e reativas na treliça.

2.2 Aplicação do método conforme critérios do ACI 318

2.2.1 Resistência das bielas segundo o Apêndice A do ACI 318

Os critérios básicos de resistência das bielas, segundo o Apêndice A do ACI-318, são:

φ.Fns ≥ Fu (Eq. 1)

Fns = fcu.Ac
fcu = 0,85.βs.fc’ (Eq. 2)

Onde:
fc’ = resistência característica do concreto;
φ = 0,85;
βs = 1,0 para bielas uniformes de seção constante;
βs = 0,75 para bielas do tipo garrafa que satisfaçam o item A.3.3 de distribuição de malha de armadura,
encontrado no Apêndice A do ACI-318;
βs = 0,60.λ para bielas do tipo garrafa que não satisfaçam o item A.3.3 de distribuição de malha de ar-
madura, encontrado no Apêndice A do ACI-318.

Tabela 1. Propriedade dos nós segundo ACI-318


Códigos Fator de eficiência Fator de redução de resistência Fator resultante
ACI CCC 0,85 0,75 0,638
ACI CCT 0,68 0,75 0,510
ACI CTT 0,51 0,75 0,383

Tabela 2. Propriedade das bielas segundo ACI-318


Códigos Fator de eficiência Fator de redução de resistência Fator resultante
ACI Prismatic 0,85 0,75 0,638

2.3 Caracterização do problema

O modelo VE constitui-se de uma viga esbelta de concreto armado, biapoiada, submetida a um carrega-
mento uniformemente distribuído em toda a sua extensão de 23,5 kN/m, cuja seção transversal retangular de
20 x 50 cm. O comprimento efetivo da viga é de 360cm.

Figura 1.
VE - carregamento,
comprimento efetivo

Fonte: o próprio autor.

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2.4 Análise estática não-linear em elementos finitos utilizando o “DIANA”

Para se adquirir uma visão geral do encaminhamento das forças no interior da viga, utilizou-se o méto-
do dos elementos finitos. A partir da análise das tensões principais de tração e compressão estabeleceu-se uma
proposta para o modelo de bielas e tirantes da viga “VE”.

Figura 2. VE - modelo em elementos finitos

Fonte: Software DIANA 2007.

Para simplificação do modelo, utilizou-se da simetria, considerando-se nas condições de contorno no ei-
xo de simetria a hipótese de “Bernoulli” que as seções permanecem planas após a deformação.

Figura 3. VE - modelo discretizado com as condições de contorno

Fonte: Software DIANA 2007.

Para o concreto foram utilizados elementos retangulares de oito nós do tipo “CQ16M” e para as arma-
duras discretas foram utilizados elementos do tipo “embedded reinforcement”. No modelo de elementos fini-
tos aplicou-se um deslocamento de 1mm incremental por passos até a ruptura da viga. Adicionalmente foram
definidas propriedades características para os materiais na condução da análise não-linear, conforme reco-
mendações de FIGUEIRAS et al (1990, 2002). Para concreto utilizou-se o modelo “CEB-FIP”. Para o cri-
tério de ruptura do aço foi utilizado o “Modelo de VonMises” considerando o material com comportamento
elasto-plástico perfeito. Como resultado, tem-se as tensões principais de tração e de compressão.

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Figura 4. VE - tensões principais de compressão

Fonte: Software DIANA 2007.

Figura 5. VE - tensões principais de tração

Fonte: Software DIANA 2007.

Figura 6. VE - fluxo de tensões principais

Fonte: Software DIANA 2007.

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Figura 7. VE - modelo deformado para a ruptura do aço

Fonte: Software DIANA 2007.

A partir da análise dos gráficos obtidos nas Figuras 8 a 11, pode-se tirar as seguintes conclusões:
yy Como de se esperar, tem-se uma concentração de tensão de compressão tanto no apoio quanto no nó
central da viga onde estão sendo aplicados os passos de deslocamentos. Unitário (vide Figura 8);
yy Observa-se na Figura 10, que o fluxo de tensões tende do ponto de aplicação da carga à parte inferior
da viga com ângulo de aproximadamente 45º e da parte superior da viga ao apoio também com um ângulo de
aproximadamente 45º;
yy A Figura 10 mostra também com mais clareza o fluxo de tensões a um ângulo de 45º tanto para o
apoio quanto para parte inferior da viga.

2.5 Modelagem da viga “VE” no CAST (2000)

Seguindo as conclusões do item anterior, idealizou-se um modelo de bielas e tirantes para a viga esbelta
“VE”. A modelagem da viga “VE” foi realizada no CAST (2000), conforme a Figura 8 abaixo.

Figura 8. Modelo da viga “VE”

Fonte: Software CAST 2000.

A Figura 13 apresenta as propriedades da treliça, onde as bielas estão representadas por linhas azuis
descontínuas e os tirantes por linhas alaranjadas contínuas. Os pontos vermelhos são os nós internos da viga,
pertencentes à treliça, e os pontos cinzas são os nós situados nas faces da viga, nos quais são aplicados os car-
regamentos e definidos os apoios (vide Figura 14). As barras vermelhas descontínuas são os estabilizadores,
elementos pertencentes à treliça. Os carregamentos aplicados em cada nó do banzo superior foi determinado
de acordo com suas áreas de influência. A carga distribuída aplicada sobre as áreas de influência dos nós ex-
tremos foi distribuída por toda a extensão restante da viga. Vale lembrar que a força aplicada na treliça já foi
majorada, ou seja, já foi aplicada com seu valor de projeto.

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Figura 9. VE - aplicação das forças e condições de contorno

Fonte: Software CAST 2000.

3. METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do trabalho, inicialmente foi idealizado uma viga esbelta com uma região de
descontinuidade. Partindo daí, realizou-se uma análise não-linear em elementos finitos da viga, adicionando-se
um passo de carga até sua ruptura. Através da análise do fluxo de tensões e sua distribuição na viga, concebeu-se
um modelo de bielas e tirantes.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Depois da modelagem completa, processou-se a estrutura e como resultado obteve-se as forças solici-
tantes aplicadas em cada membro da treliça. Valores positivos indicam tração e negativos indicam compressão
(vide Figura 10).

Figura 10. VE - forças nos membros da treliça

Fonte: Software CAST 2000.

4.1 Resistência nas bielas e regiões nodais

Para a verificação das tensões máximas nas bielas e regiões nodais, considerou-se os critérios estabele-
cidos pela ABNT NBR 6118:2014, item 22.3.2:
yy Bielas prismáticas ou nós CCC (região circundada somente por bielas):

(3)

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Onde:
γc é o fator de ponderação do concreto;

com fck em MPa (Eq. 4)


,

yy Bielas atravessadas por mais de um tirante ou nós CTT ou TTT:

(Eq. 5)

yy Bielas atravessadas por mais de um tirante ou nós CCT:

(Eq. 6)

Tabela 3. Valores das tensões máximas e regiões nodais


Tensões máximas nas bielas e regiões nodais critério da ABNT NBR 6118 (2014) (MPa)
fcd1 13,61
fcd2 9,64
fcd3 11,57

4.2 Verificação das tensões nas bielas

De acordo com as forças provenientes da análise no CAST 2000, calculou-se as tensões em cada biela:

Figura 11.
VE - numeração das bielas

Fonte: Software CAST 2000.

A tensão nas bielas foi calculada pela seguinte equação:

(Eq. 7)

Onde:
Vsd é a força de cálculo na biela da treliça;
Ac é a área da biela com:

Ac = bwacsenθ (Eq. 8)

bw é a base da viga.

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Figura 12.
Dimensões da treliça da viga “VE”

Fonte: O próprio autor.

Tabela 4. Valores das tensões máximas e regiões nodais


Nós Tensão nas bielas σc (Mpa)
1 1,977
2 1,617
3 1,257
4 0,898
5 0,538
6 0,178
7 1,396
8 2,541
9 3,429
10 4,065
11 4,445

4.3 Resistência dos tirantes

Quase sempre as forças internas de tração na estrutura resultantes do modelo adotado são absorvidas
por tirantes constituídos por uma ou mais camadas de barras de aço, devido à limitada capacidade resistente
do concreto em absorver esforços de tração. Ainda assim, caso se necessite, pode-se prover a estrutura de ti-
rantes de concreto. Segundo SCHLAICH & SCHÄFER (1988, 1991), deve-se considerar a resistência à tração
do concreto somente quando se esperar ruptura frágil ou zonas de ruptura localizadas. Para resistir as tensões
tirantes tem-se as seguintes áreas de aço:

(Eq. 9)

Onde:
Fsd é a força de cálculo na tirante (banzo inferior);
γs é o fator de ponderação do aço;
fyk é a tensão de escoamento do aço.

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Figura 13.
VE - numeração dos tirantes (banzo
inferior)

Fonte: Software CAST 2000.

Tabela 5. Área de aço dos tirantes (banzo inferior)


Barras Áreas de aço dos tirantes do banzo inferior (cm²)
1 1,36
2 2,48
3 3,35
4 3,97
5 4,34
6 4,47

De acordo com a equação (9), tem-se as seguintes áreas de aço para os montantes:

Figura 14.
VE - numeração dos tirantes
(montantes)

Fonte: Software CAST 2000.

Tabela 6. Área de aço dos tirantes (montante)


Barras Áreas de aço dos tirantes do montante (cm²)
1 1,11
2 0,86
3 0,62
4 0,37
5 0,12

CONCLUSÕES

Como se pode verificar, em nenhuma biela a tensão excedeu ao limite estabelecido na ABNT NBR
6118:2014. Para o modelo em elementos finitos a região de descontinuidade da viga esbelta “VE”, isto é, um
furo dado no centro da viga, é uma região que precisa ser melhor analisado devido a fissura e observado na
análise não-linear da viga. Portanto, para o modelo de bielas e tirantes, mesmo sendo favorável em regiões des-
contínua merece uma análise mais criteriosa no dimensionamento e disposição das armaduras.

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descontínua pelo método dos elementos finitos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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gineering (2012).

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Parede Complexa Utilizando o Método das Bielas e Análise Não-Linear (2010).

[5] G. L. Breno: Uma Breve Introdução ao Método dos Elementos Finitos (2012).

[6] F. C. Américo: Detalhamento das Estruturas de Concreto pelo Método das Bielas e dos Tirantes (1996).

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