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1 - 2020 UNICAMP

Homem, 62a, comparece à Unidade de Emergência com queixa de palpitação torácica durante
a última semana. Nega dor torácica, falta de ar, náusea ou vômito. Conta episódios
semelhantes há um mês que melhoraram espontaneamente. Antecedentes pessoais:
hipertensão arterial essencial há 20 anos. Exame físico: PA= 120x80 mmHg; FC= 139 bpm; FR=
17 irpm e saturação de oxigênio (ar ambiente)= 97%. O ECG: A CONDUTA É:

A) Administrar metoprolol e iniciar anticoagulação.


B) Cardioversão elétrica sincronizada (120J) e posteriormente, anticoagulação.
C) Reverter ritmo com adenosina e, se refratário, cardioversão elétrica sincronizada.
D) Administrar amiodarona e iniciar anticoagulação.

» Paciente de 62 anos com quadro de palpitações motivado por fibrilação atrial – observar
eletrocardiograma: ritmo acelerado, ausência de onda P, QRS estreito e RR irregular. Em casos
de taquiarritmia que se apresentam à emergência, o primeiro e crucial passo é checar a
presença de instabilidade hemodinâmica, ausente no paciente em tela. Como o paciente tem
sintomas há uma semana e se encontra estável, seria imprudente cardiovertê-lo agora, sob
pena de embolizar trombos atriais para a circulação sistêmica (B e D erradas). Fibrilação atrial
não é revertida com adenosina – no máximo, este fármaco lentificaria a resposta ventricular,
por bloquear o nodo atrioventricular (C errada). Assim, a conduta nesse momento é iniciar
controle da frequência cardíaca e anticoagulação. Resposta: A.

Video comentário: 230190


2 - 2020 UNICAMP

Homem, 43a, encontrado em sua casa pelos familiares, desacordado e ao lado de embalagens
vazias e de comprimidos. Tem antecedente de uso de drogas ilícitas e etilismo. Exame físico:
letárgico, abertura ocular à estimulo doloroso; balbucia palavras quando estimulado; localiza
a dor; olhos: miose bilateral. O TRATAMENTO É:

A) Flumazenil.
B) Fisostigmina.
C) Glicose e tiamina.
D) Naloxona.

» O quadro clínico de um paciente com suspeita de intoxicação por medicamentos manifestado


por pupilas mióticas e rebaixamento do nível de consciência é mais característico da overdose
por opioides. Nesse sentido, o melhor antagonista proposto é a naloxona (D correta). A
intoxicação por benzodiazepínicos não costuma cursar com quadros graves, nem com
alterações de pupila, não justificando o uso de flumazenil (A incorreta). A fisostigmina é um
anticolinesterásico em desuso, devido a seu potencial risco indutor de arritmias cadíacas (B
incorreta). O quadro clínico tampouco parece ser compatível com uma hipoglicemia (devido à
miose bilateral), o que não justificaria a administração de glicose e tiamina (C incorreta).
Resposta — D.

Video comentário: 230645


3 - 2020 UNICAMP

Homem, 63a, procura o Pronto Socorro queixando-se de dor no peito em aperto com
irradiação para face medial de ambos os braços, sudorese e cansaço. No eletrocardiograma
de entrada foi detectado supradesnivelamento do segmento ST em derivações antero-laterais.
Após abordagem inicial o monitor mostrou o traçado a seguir: A CONDUTA IMEDIATA É:

A) Desfibrilação.
B) Checar pulso.
C) Amiodarona 300 mg endovenosa.
D) Cardioversão elétrica sincronizada.

»
Quadro de síndrome coronariana aguda com supradesnível do segmento ST evolui com
taquicardia ventricular (TV) monomórfica. O que fazer? Depende... Se o paciente está com
pulso e instável, deve-se realizar cardioversão elétrica. Se o paciente tem pulso e se encontra
estável, pode-se tentar amiodarona. Se o paciente está sem pulso, a conduta é a
desfibrilação. O problema é que a questão não menciona o estado do paciente após o
surgimento da taquiarritmia em tela, o que pode ter te causado dúvida em alguns... Porém,
perceba: o grande divisor de águas aqui é a presença ou não de pulso... Resposta: B.

Video comentário: 230646


4 - 2020 USP - SP

Mulher de 67 anos de idade está em acompanhamento ambulatorial por hipertensão


(diagnosticada há 20 anos) e insuficiência cardíaca (diagnosticada há 5 anos). Faz dieta
hipossódica e está em uso regular de captopril 150 mg/dia e carvedilol 25 mg/dia (ou seja,
ambos em dose máxima) há mais de dois anos. Na última consulta realizada há três meses,
estava assintomática. O exame clínico era normal (com PA controlada), e havia trazido
resultado de ecocardiograma no qual se evidenciavam: fração de ejeção de 37%; aumento
moderado de ventrículo e átrio esquerdos; ausência de valvopatias; ausência de alterações
segmentares da motricidade ventricular. Procura o Pronto-Socorro com queixa de piora da
dispneia há 10 dias, atualmente ocorrendo aos médios esforços. Nega chiado, tosse ou dor
torácica. Ao ser ativamente questionada, refere palpitação eventual nos últimos 15 dias, com
último episódio há três dias. No exame clínico apresenta-se com P=118 bpm, arrítmico,
PA=126x72 mmHg, FR=18 ipm, T=36,5ºC. Ausculta cardíaca com bulhas arrítmicas em dois
tempos sem sopros. Semiologia pulmonar com murmúrios vesiculares presentes
bilateralmente, com estertores finos na metade inferior de ambos os hemitóraxes. Membros
inferiores com edema depressível 2+/4+ bilateralmente. O restante do exame clínico é normal.
São realizados os exames complementares a seguir. Ecocardiograma transesofágico com
presença de trombo em parede atrial esquerda. Qual é a conclusão do laudo do
eletrocardiograma?

A) RESPOSTA

» Analisando o eletrocardiograma apresentado, percebemos que trata-se de um ritmo irregular


e ausência de onda P, o que caracteriza a FIBRILAÇÃO ATRIAL. Podemos verificar ainda a
presença de QRS alargado, que é justificado por alteração de condução, que com o padrão
rsR’ em V1 caracteriza um bloqueio de ramo direito. Há ainda desvio do eixo para a direita
(complexo QRS em DI negativo).

Video comentário: 231988


5 - 2020 HSJC - SP

Qual a apresentação eletrocardiográfica mais clássica da doença de Chagas?

A) BRD + HBAE.
B) BRD + BAVT.
C) BAVT + BRE.
D) BRE + HBAE.

» Questão clássica de prova! O bloqueio de ramo direito (BRD) é o distúrbio de condução mais
comum da miocardiopatia chagásica (40 a 60% dos casos) e cerca de 50% destes pacientes
também apresentam acometimento do fascículo anterossuperior (hemibloqueio
anterossuperior - HBAE). Estes distúrbios de condução podem surgir ainda na fase
assintomática da doença, mesmo sem cardiopatia estrutural detectável. A fisiopatologia
envolve a fibrose do sistema de condução. Resposta: A.

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6 - 2020 USP - SP

Mulher de 67 anos de idade está em acompanhamento ambulatorial por hipertensão


(diagnosticada há 20 anos) e insuficiência cardíaca (diagnosticada há 5 anos). Faz dieta
hipossódica e está em uso regular de captopril 150 mg/dia e carvedilol 25 mg/dia (ou seja,
ambos em dose máxima) há mais de dois anos. Na última consulta realizada há três meses,
estava assintomática. O exame clínico era normal (com PA controlada), e havia trazido
resultado de ecocardiograma no qual se evidenciavam: fração de ejeção de 37%; aumento
moderado de ventrículo e átrio esquerdos; ausência de valvopatias; ausência de alterações
segmentares da motricidade ventricular. Procura o Pronto-Socorro com queixa de piora da
dispneia há 10 dias, atualmente ocorrendo aos médios esforços. Nega chiado, tosse ou dor
torácica. Ao ser ativamente questionada, refere palpitação eventual nos últimos 15 dias, com
último episódio há três dias. No exame clínico apresenta-se com P=118 bpm, arrítmico,
PA=126x72 mmHg, FR=18 ipm, T=36,5ºC. Ausculta cardíaca com bulhas arrítmicas em dois
tempos sem sopros. Semiologia pulmonar com murmúrios vesiculares presentes
bilateralmente, com estertores finos na metade inferior de ambos os hemitóraxes. Membros
inferiores com edema depressível 2+/4+ bilateralmente. O restante do exame clínico é normal.
São realizados os exames complementares a seguir. Ecocardiograma transesofágico com
presença de trombo em parede atrial esquerda. Diante do quadro atual dessa paciente,
indique com um X na tabela a conduta referente à prescrição de captopril e carvedilol (Ver
imagem no
A) RESPOSTA

» Em uma paciente com diagnóstico prévio de insuficiência cardíaca com fração de ejeção
reduzida, que vinha em tratamento regular e apresenta descompensação por fibrilação atrial
de início recente, não há indicação de suspensão do betabloqueador, visto que o aumento da
frequência cardíaca da paciente tende a piorar o quadro clínico. Assim, o uso de diuréticos e
controle da frequência cardíaca são às principais medidas a serem instituídas.

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7 - 2020 USP - SP

Mulher de 67 anos de idade está em acompanhamento ambulatorial por hipertensão


(diagnosticada há 20 anos) e insuficiência cardíaca (diagnosticada há 5 anos). Faz dieta
hipossódica e está em uso regular de captopril 150 mg/dia e carvedilol 25 mg/dia (ou seja,
ambos em dose máxima) há mais de dois anos. Na última consulta realizada há três meses,
estava assintomática. O exame clínico era normal (com PA controlada), e havia trazido
resultado de ecocardiograma no qual se evidenciavam: fração de ejeção de 37%; aumento
moderado de ventrículo e átrio esquerdos; ausência de valvopatias; ausência de alterações
segmentares da motricidade ventricular. Procura o Pronto-Socorro com queixa de piora da
dispneia há 10 dias, atualmente ocorrendo aos médios esforços. Nega chiado, tosse ou dor
torácica. Ao ser ativamente questionada, refere palpitação eventual nos últimos 15 dias, com
último episódio há três dias. No exame clínico apresenta-se com P=118 bpm, arrítmico,
PA=126x72 mmHg, FR=18 ipm, T=36,5ºC. Ausculta cardíaca com bulhas arrítmicas em dois
tempos sem sopros. Semiologia pulmonar com murmúrios vesiculares presentes
bilateralmente, com estertores finos na metade inferior de ambos os hemitóraxes. Membros
inferiores com edema depressível 2+/4+ bilateralmente. O restante do exame clínico é normal.
São realizados os exames complementares a seguir. Ecocardiograma transesofágico com
presença de trombo em parede atrial esquerda. Cite até quatro condutas terapêuticas
adicionais essenciais para o caso.
A) RESPOSTA

» Temos uma paciente com diagnóstico prévio de insuficiência cardíaca com fração de ejeção
reduzida, que vinha em tratamento regular e apresenta descompensação por fibrilação atrial
de início recente, não havendo indicação de suspensão do betabloqueador, visto que o
aumento da frequência cardíaca da paciente tende a piorar o quadro clínico. Assim, o uso de
diuréticos e controle da frequência cardíaca são as principais medidas a serem instituídas,
além de anticoagulação para prevenção de evento tromboembólico associado à fibrilação
atrial.

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8 - 2020 SCMSP

Um homem de 42 anos de idade foi levado, pelo SAMU, ao pronto‐socorro, em parada


cardiorrespiratória (PCR) e apresentando o ritmo mostrado a seguir. Foram iniciadas
manobras de reanimação cardiopulmonar conforme preconizado pelo ACLS‐2018. Com base
nesse caso hipotético, assinale a alternativa correta.

A) A vasopressina é o vasopressor de escolha no tratamento de PCR nesse ritmo, tendo a


melhor classe de recomendação e o melhor nível de evidência.
B) A vasopressina ou epinefrina pode ser utilizada no tratamento de PCR nesse ritmo, com a
mesma classe de recomendação e o mesmo nível de evidência.
C) A amiodarona é o antiarrítmico de escolha para tratamento desse ritmo, quando refratário,
tendo a melhor classe de recomendação e o melhor nível de evidência.
D) A lidocaína é o antiarrítmico de escolha para o tratamento desse ritmo, quando refratário,
tendo a melhor classe de recomendação e o melhor nível de evidência.
E) A amiodarona ou lidocaína pode ser utilizada no tratamento desse ritmo, quando refratário,
com a mesma classe de recomendação e o mesmo nível de evidência.

» Questão difícil, mas que faz todo sentido... De acordo com os guidelines direcionados ao
atendimento de parada cardiorrespiratória (PCR), pacientes com ritmos cardíacos refratários
à desfibrilação devem ser tratados com medicação - adrenalina e antiarrítimicos. Dentre estes
últimos, pode-se optar por amiodarona ou lidocaína. Ao contrário do que muitos de nós
pensamos, não há diferença significativa nas taxas de sobrevida e alta hospitalar pós-PCR em
pacientes que fazem uso de amiodarona ou lidocaína durante a parada. Tanto é assim que,
nas atualizações de 2018, o documento do Advanced Cardiac Life Support - ACLS - deixa claro
que tanto a lidocaína quanto a amiodarona podem ser utilizados em pacientes com
taquicardia ventricular sem pulso (TVSP)/fibrilação ventricular refratárias à desfibrilação e
adrenalina. Ambas são feitas em dois momentos, de acordo com o algoritmo, alternadas com
adrenalina. Amiodarona - primeira dose: 300mg; segunda dose: 150mg. Lidocaína - primeira
dose: 1-1,5 mg/kg; segunda dose: 0,5-0,75 mg/kg. Resposta: E.

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9 - 2020 UNESP

Lactente de 11 meses apresenta palidez cutânea, sudorese e taquicardia há 3 horas. Exame


físico: febril (39°C), pulsos amplos, perfusão periférica aumentada e tempo de enchimento
capilar de um segundo, FC acima de 200 bpm. ECG: FC de 240 bpm, ondas P negativas em D1,
D2 e aVF e positiva em aVR, precedendo os complexos QRS, sem sinais de sobrecarga
ventricular e com alterações difusas da repolarização ventricular. O ritmo cardíaco é
taquicardia

A) sinusal.
B) supraventricular.
C) juncional.
D) ventricular.

» A descrição do eletrocardiograma é fundamental para chegarmos ao diagnóstico desse caso:


a existência de ondas P negativas em D2 afastam a possibilidade de ritmo sinusal (A errada) -
isso, é claro, considerando que os eletrodos estão corretamente posicionados. Nos ritmos
juncional e ventricular, não se observa onda P de qualquer natureza (C e D erradas). Ficamos,
então, com a possibilidade de taquicardia supraventricular ("taqui supra"). Mas espera aí...
Taqui supra geralmente não tem onda P... Como explicar a onda P negativa em D2? Na
variante mais comum da taqui supra - aquela por reentrada nodal -  os átrios são ativados
retrogradamente. A ativação atrial, portanto, é representada pela onda P retrógrada (onda
P’), tipicamente negativa em DII, DIII e aVF e positiva em aVR. Resposta: B.

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10 - 2020 HSJC - SP

Qual medicação é obrigatória em pacientes portadores de prótese mecânica mitral ou


aórtica?

A) Rivaroxabana.
B) Clopidogrel.
C) Cilostazol.
D) Anticoagulante inibidor de vitamina K.

» Pacientes com próteses valvares possuem como principal complicação os fenômenos


tromboembólicos. O risco a longo prazo é menor com válvulas bioprotéticas quando
comparadas às mecânicas (metálicas), embora todas possam causar tromboembolismo
seguido ao implante imediato. Nesse sentido, a classe de medicamento indicada é a dos
anticoagulantes, sendo a droga de escolha a warfarina (inibidor da vitamina K) - letra D
correta. A heparina também pode ser utilizada como “ponte”, porém seu custo é maior e sua
aplicação é subcutânea. Os novos anticoagulantes orais, como rivaroxabana, são
contraindicados em pacientes com próteses valvares (A incorreta). Clopidogrel e cilostazol são
drogas antiplaquetária e vasodilatadora, respectivamente, e não servem como profilaxia
tromboembólica segura (B e C incorretas). Resposta: D.

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11 - 2020 USP - SP

Homem de 55 anos de idade, hipertenso e com antecedente de angina estável, em uso de


anlodipina, AAS, carvedilol e enalapril. Hoje queixa-se de fraqueza e tontura. Exame clínico
bradicárdico sem outras alterações. Feito o eletrocardiograma a seguir. Qual é o diagnóstico?

A) BAV total.
B) Bradicardia sinusal.
C) BAV de segundo grau.
D) BAV de primeiro grau.

» Questão bacana de eletrocardiografia... Vamos ver o exame juntos: observe, primeiro, a


bradicardia. Em seguida, repare que o ritmo que comanda o coração é sinusal - onda P
positiva e de morfologia sinusal em D2 precedendo cada QRS. Até aqui, poderíamos pensar
em bradicardia sinusal, não fosse a presença de onda P bloqueadas! A existência de ondas P
bloqueadas entremeadas a ondas P que conduzem normalmente para os ventrículos, isto é,
seguidas de complexos QRS, atesta bloqueio atrioventricular (BAV) do segundo grau. O BAV
do segundo grau pode ser subclassificado em Mobitz I - quando o intervalo PR vai alargando
até a onda P ser bloqueada (diz-se que o Mobitz I é bloqueio amigo, "porque avisa") - e Mobitz
II, quando a onda P é bloqueada "sem aviso prévio", isto é, sem alargamento progressivo do
intervalo PR. Resposta: C.

Video comentário: 232017


12 - 2020 UNIFESP

Mulher, 30 anos de idade, com estenose mitral sintomática procura o pronto socorro devido a
fibrilação atrial de alta resposta ventricular. Você deve indicar a reversão imediata da arritmia
porque a paciente pode desenvolver rapidamente:

A) Bloqueio atrioventricular de alto grau.


B) Infarto agudo do miocárdio.
C) Choque cardiogênico.
D) Edema agudo de pulmão.
E) Arritmia ventricular complexa.

»
A fibrilação atrial é uma condição que tipicamente precipita ou piora os sintomas da estenose
mitral (ex.: dispneia, hemoptise), levando à descompensação clínica por dois mecanismos: (1)
perda da contração atrial, que desempenha um papel importante na geração de pressão
atrial esquerda adequada para manter o fluxo sanguíneo através da válvula estenótica; (2) e a
rápida resposta ventricular, que diminui o tempo disponível para enchimento do ventrículo
esquerdo durante a diástole. O problema mais imediato da FA de alta resposta, portanto, é o
aumento da pressão de enchimento do átrio esquerdo, que é transmitido retrogradamente
para a circulação pulmonar, levando a risco de edema agudo de pulmão - letra D correta. Isso
justifica a cardioversão elétrica da arritmia. O choque cardiogênico seria uma condição mais
extrema tardia nesse cenário. Resposta: D.

Video comentário: 240305


13 - 2020 IAMSPE

Homem de 66 anos de idade, antecedentes de hipertensão arterial, diabete melito e


dislipidemia, refere início de palpitações há 2 meses. Não há insuficiência cardíaca, valvopatia
ou doença coronariana. Pressão arterial: 130 x 80 mmHg. Hemograma, coagulograma, função
renal, eletrólitos, glicemia, enzimas hepáticas e hormônios tireoidianos: normais. Fração de
ejeção ventricular esquerda: normal. O eletrocardiograma realizado no momento da consulta
é mostrado a seguir. Admitindo-se que não há contraindicações, nesse momento, a conduta
correta é:

A) encaminhar o paciente ao pronto-socorro para cardioversão elétrica.


B) prescrever ácido acetilsalicílico.
C) prescrever clopidogrel.
D) prescrever dabigatrana ou rivaroxabana.
E) prescrever warfarina sódica e amiodarona.

» A prevenção de evento tromboembólico em pacientes com fibrilação atrial e flutter deve ser
empregada sempre que o paciente tiver risco elevado, determinado pelo escore
CHA2DS2VASc, sem risco de sangramento que seja proibitivo. Tratando-se de um paciente de
66 anos, hipertenso e diabético, temos pelo menos três pontos no escore, estando indicado o
uso de um anticoagulante oral, como a varfarina ou uma droga de ação direta (rivaroxabana,
dabigatrana, apixabana ou edoxabana). A cardioversão, apesar de indicada neste paciente, só
deve ser realizada após a evidência de ausência de trombo em átrio esquerdo, vista por
ecocardiograma transesofágico, ou após pelo menos três semanas de anticoagulação.
 
Gabarito: Alternativa D.

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14 - 2020 UNIFESP

Homem, 63 anos de idade, internado, foi encontrado inconsciente. Após verificação de pulso
central foi observado no monitor cardíaco o ritmo abaixo. Além de chamar por ajuda e
solicitar desfibrilador imediatamente, você deve:

A) Iniciar compressões torácicas, com desfibrilação o mais precoce possível para retorno a
circulação espontânea
B) Iniciar compressões torácicas, realizar epinefrina na dose de 1 mg IV em bolus e identificar
as causas da parada cardiorrespiratória
C) Aplicar desfibrilação na carga máxima do aparelho e providenciar marca-passo
transcutâneo
D) Instalar marca-passo transcutâneo e providenciar marca-passo transvenoso, caso não haja
retorno do ritmo
E) Aplicar desfibrilação na carga máxima do aparelho e iniciar compressões torácicas após o
choque

» Cuidado com a falsa assistolia... Eventualmente, ondas de fibrilação ventricular não aparecem
em alguns eixos ou derivações da monitoração cardíaca, seja por estarem em amplitude
reduzida, seja por não "serem visíveis" naquela derivação. Por isso, ao e observar traçado
sugestivo de assistolia, é sempre indicado realizar o protocolo da linha reta ou da "cagada":
deve-se checar, para evitar a falsa assistolia, os cabos, o ganho e trocar a derivação. Como
nessa questão não há opção citando o referido protocolo, é porque a banca considerou
realizado o protocolo da cagada e que o traçado reflete, de fato, assistolia. Tal ritmo, assim
como a atividade elétrica sem pulso, não é passível de choque (A, C e E erradas). No
tratamento da assistolia, deve-se realizar reanimação cardiopulmonar manobras do suporte
avançado: (1) adrenalina, 1 mg a cada 3-5 minutos; (2) considerar via aérea artificial - o
posicionamento de via aérea artificial não é obrigatório na parada cardiorrespiratória e (3)
pensar nas causas reversíveis (5H e 5T). Não está indicado o uso de marca-passo em PCR (D
errada)... Resposta: B.

Video comentário: 240311


15 - 2020 IAMSPE

Mulher de 25 anos de idade, previamente hígida, sem comorbidades, apresenta quadro súbito
de perda da consciência. Relata que estava em ortostase e, de repente, começou a sentir
sudorese, mal-estar, tontura e desmaiou em seguida. Recobrou a consciência rapidamente,
cerca de 1 minuto após. Glicemia capilar: 72 mg/dL. Exame físico: corada, hidratada, afebril;
Glasgow: 15, pressão arterial: 100 x 60 mmHg, pulso: 68 bpm, SatO₂: 95%; ausculta cardíaca,
pulmonar e exame neurológico: normais. Eletrocardiograma: normal. Em relação à principal
hipótese diagnóstica, é correto afirmar:

A) ataque isquêmico transitório e acidente vascular cerebral são causas frequentes da


síndrome descrita.
B) movimentos tônico-clônicos breves (< 0,10 segundos) podem ocorrer como manifestação
associada do quadro.
C) prolongamento do intervalo QRS (> 0,12 segundos) no eletrocardiograma não indica
gravidade.
D) ecocardiograma e teste ergométrico são essenciais para a estratificação de risco do
quadro.
E) exames laboratoriais são frequentemente úteis para detecção da etiologia do quadro
descrito.

» Bom, temos uma mulher de 25 anos, sem comorbidades, que apresentou episódio de
síncope. É fundamental ressaltar alguns aspectos importantes: ela estava em ortostase, ou
seja, não há relato de mudança de posição (ex: ato de levantar), recuperação rápida da
consciência, exame neurológico normal e presença de pródromos (sudorese, tontura e mal-
estar). Juntando esses dados, podemos concluir que a principal hipótese é de uma síncope
reflexa, condição marcada por uma espécie de desregulação neurológica que leva à
bradicardia e/ou à hipotensão transitórias (a vasovagal é um subtipo de síncope reflexa).
Vamos analisar as alternativas agora: 
(A) Incorreta. AIT e AVE são causas incomuns de síncope. Inclusive, é possível encontrar na
literatura frases do tipo: “Doença aterosclerótica das artérias cerebrais quase nunca é causa
de síncope”. 
(B) Correta. Movimentos clônicos ou tônico-clônicos breves, além do desvio do olhar para
cima podem estar presentes na síncope reflexa e podem confundir com epilepsia. Outro
achado, no mínimo, curioso é o relato de fadiga após o evento. 
(C) Incorreta. A síncope reflexa não costuma ser acompanhada de manifestações
eletrocardiográficas. Quando presentes, devemos nos preocupar com possível síncope
cardíaca. 
(D) Incorreta. Como o diagnóstico é muito claro nesse caso, não há necessidade de
solicitarmos exames adicionais. Poderíamos considerar o tilt test para tirar a dúvida, mas ele
não é obrigatório. Ecocardiograma e teste ergométrico devem ser solicitados na suspeita de
causa cardíaca. 
(E) Incorreta. Os exames laboratoriais são normais na síncope reflexa e, portanto, não nos
ajudam a definir a etiologia. 
Resposta: (B).

Video comentário: 234135


16 - 2020 IAMSPE

Paciente de 73 anos de idade refere quadro de tontura há 3 dias, sobretudo, ao levantar-se. O


eletrocardiograma realizado é mostrado a seguir. Com esses dados, é correto afirmar que

A) pode ser consequência do uso de medicamentos, por exemplo, betabloqueadores,


verapamil ou amiodarona.
B) pode ser secundário a distúrbio metabólico, por exemplo, hipercalemia, hipercalcemia ou
hipernatremia.
C) pode ser uma síncope reflexa (vasovagal), e o exame de escolha é o teste de inclinação
ortostática (tilt table test).
D) se recomenda pedir exames laboratoriais, radiografia de tórax, Holter e ecocardiograma,
com retorno em 2 semanas.
E) sugere o diagnóstico de hipotensão postural, sendo recomendado o aumento da ingestão
de sal e líquido.

» O eletrocardiograma apresentado evidencia o ritmo de bloqueio atrioventricular total, com


dissociação total da estimulação atrial e ventricular, com intervalos fixos das ondas P e
complexos QRS. Sabemos que esta condição pode ser decorrente de doença do nó
atrioventricular, assim como por uso de drogas cronotrópicas negativas, como as citadas na
alternativa A. Entre os distúrbios metabólicos capazes de gerar tal alteração, sabemos que
não está a hipernatremia (alternativa B incorreta).
 
Gabarito: Alternativa A.

Video comentário: 234143


17 - 2020 UNESP

Homem de 66 anos, em internação hospitalar por celulite de perna esquerda, encontrado


arresponsivo no leito. Convocado Time de Resposta Rápida, que diagnosticou parada
cardiorrespiratória e iniciou manobras de RCP. O próximo passo a ser realizado é

A) garantir a via aérea avançada.


B) avaliar se há ritmo com indicação de desfibrilação.
C) iniciar epinefrina 1mg IV em bolus.
D) avaliar a última gasometria arterial para determinar a causa da parada cardiorrespiratória.

» Nos casos de parada cardiorrespiratória (PCR), o sucesso da reanimação depende


basicamente da realização de compressões torácicas adequadas e pronta desfibrilação,
quando indicada. No caso do nosso paciente, as manobras de reanimação cardiopulmonar
(RCP) já foram iniciadas; as compressões devem ser fortes - 5 a 6 cm de profundidade - e
rápidas, com frequência entre 100 e 120 por minuto. O próximo passo é, de posse do
desfibrilador, checar o ritmo cardíaco em que se encontra o paciente. 
(1) Se o ritmo for de fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso, a desfibrilação
deve ser imediata. Havendo necessidade de um segundo choque, as manobras de suporte
avançado são iniciadas - infundir adrenalina, 1mg via intravenosa, considerar o
posicionamento de via aérea artificial e as causas reversíveis de PCR.
(2 Se assistolia ou atividade elétrica sem pulso, o choque não está indicado e as manobras do
suporte avançado devem ser começadas - infundir adrenalina, 1mg via intravenosa,
considerar o posicionamento de via aérea artificial e as causas reversíveis de PCR. 
Assim, a via áerea não é prioridade, muito menos obrigatória no atendimento à PCR (A
errada). A adrenalina deve ser iniciada apenas quando tivermos o diagnóstico do ritmo (C
errada). Até podemos avaliar a última gasometria para buscar causas reversíveis de PCR, mas,
perceba, tal conduta e as das alternativas A e C, hierarquicamente, são inferiores à checagem
do ritmo (D errada). Resposta: B.

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18 - 2020 SUS - SP

Uma criança de 5 meses, vítima de trauma cranioencefálico, é intubada à admissão, por


apresentar Glasgow = 6. Sua PA é de 192 × 100 mmHg, enchimento capilar de 2 segundos e
pulsos cheios. Após monitoramento, a criança apresenta saturação de O₂ em ar ambiente de
95% e o seguinte traçado no monitor: Dentre os diagnósticos abaixo, o mais provável para
este caso e sua causa são, respectivamente,

A) bradicardia sinusal, com repercussão hemodinâmica e intoxicação medicamentosa


B) bradicardia sinusal, sem repercussão hemodinâmica e hipertensão intracraniana.
C) bloqueio atrioventricular (BAV) de primeiro grau e hipertensão arterial.
D) bloqueio atrioventricular (BAV) de segundo grau e choque obstrutivo.
E) bloqueio atrioventricular (BAV) de primeiro grau e tamponamento cardíaco.

» No traçado eletrocardiográfico, todas as ondas P são sucedidas por QRS e o intervalo PR —


medido entre o início da onda P e o início do QRS — é normal, isto é, tem 3-5 quadradinhos.
Esses dados, em conjunto, excluem a possibilidade de bloqueio atrioventricular (C, D e E
erradas). Na realidade, o traçado reflete bradicardia sinusal; do ponto de vista hemodinâmico,
não há qualquer alteração causada pela bradicardia, que poderia ser responsável por
hipotensão e aumento do tempo de enchimento capilar (A errada). No contexto apresentado,
a provável causa é a resposta do sistema nervoso central à hipertensão intracraniana, que
leva à tríade de Cushing: hipertensão arterial, bradicardia e arritmia respiratória. Resposta: B.

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19 - 2020 UNESP

Mulher de 80 anos apresenta dor torácica retroesternal em peso, contínua, de forte


intensidade, sem fatores de melhora, acompanhada de fraqueza e turvação visual há 6 horas.
AP: DM, AVC há 10 anos. Exame físico: REG, FR 14 irpm, FC 40 bpm, PA 80/60 mmHg, oximetria
95% em ar ambiente, bulhas rítmicas sem sopros, ausculta respiratória com som claro
pulmonar. ECG da admissão (imagem a seguir). Assinale a alternativa correta.

A) O distúrbio do ritmo está relacionado à provável acometimento intranodal, associado a


distúrbio transitório (2-3 dias) e que raramente necessita de marcapasso permanente.
B) A administração de nitrato, considerando a provável etiologia vasoespástica, pode reduzir a
área de miocárdio atordoado associado, contribuindo para reduzir a remodelação adversa a
longo prazo.
C) A administração de prasugrel associado à rivaroxabana na admissão do paciente,
considerando o alto risco de sangramento, é mais recomendada do que o tratamento com
clopidogrel e enoxaparina.
D) A presença de complicações relacionadas à síndrome coronariana aguda, dentre elas, a
insuficiência mitral aguda por disfunção da musculatura papilar, comumente, está relacionada
à presença de sopro sistólico importante no foco mitral.

» Temos uma paciente com bloqueio atrioventricular total (embora seja praticamente
impossível visualizar ondas P em DII, elas são facilmente identificadas em DI, DIII e aVR por
exemplo) e instabilidade hemodinâmica associados a um infarto agudo do miocárdio com
supradesnivelamento do segmento ST de parede inferior, ou seja, provável acometimento de
coronária direita. A paciente apresenta escape com QRS estreito, como ocorre em cerca de ⅔
dos casos, devendo-se ser empregada estimulação cardíaca artificial por marcapasso
transcutâneo ou transvenoso, visto que com a reperfusão coronariana o quadro tende a
reverter-se nos primeiros 2 a 3 dias. Quanto a disfunção do músculo papilar (alternativa D),
apesar de poder ocasionar sopro, como o descrito, não está relacionada a obstrução de
coronária direita.
 
Gabarito: Alternativa A.

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20 - 2020 UFRJ

Em relação à eletrofisiologia cardíaca, observando a curva contendo um potencial de ação de


uma célula ventricular, pode-se afirmar que na fase:

A) 1(um) a repolarização parcial se da pelo influxo de Ca++


B) 0 (zero) do potencial de ação de uma célula ventricular, ocorre uma despolarização maciça
da célula pelo influxo de Na+
C) 4 (quatro) ocorre predomínio da corrente de Na+
D) 2 (dois), de platô, corre equilíbrio entre o influxo de potássio e o fluxo de cálcio

» Questão bem difícil! A banca escolheu esse quesito como o primeiro da prova, o que assustou
muita gente... Mas calma! Vamos relembrar como funciona o potencial de ação dos miócitos
contráteis do coração. Quando a fibra miocárdica recebe um estímulo elétrico, surge
“perturbação” da sua polaridade. Esta “perturbação elétrica” é o potencial de ação. Ela é
transmitida como uma onda de fibra para fibra, propagando-se pelo miocárdio. A figura
mostra o que acontece com a polaridade da fibra miocárdica, quando ela recebe um
“potencial de ação”. Como observamos, ela primeiramente se despolariza, em seguida
permanece num estado despolarizado (platô) e depois se repolariza. No seu estado de
repouso elétrico (diástole) a fibra mantém-se polarizada (a – 70 mV). Repare o que acontece
em cada fase:
Fase 0 (despolarização) – abertura dos canais de sódio, com entrada (influxo) intenso desse
íon (B certa).
Fase 1 (repolarização transitória) – abertura transitória dos canais de potássio, permitindo sua
saída transitória.
Fase 2 (platô) – abertura dos canais de cálcio. Aqui, há equilíbrio entre a saída de potássio e a
entrada de cálcio (D errada).
Fase 3 (repolarização final) – abertura dos canais de potássio, com saída desse íon sem o
contrabalanço do cálcio.
Fase 4 (diástole elétrica) – repouso, em que não há correntes intensas, mas "vazamento" de
pequena quantidade de potássio, que mantem o potencial de repouso da membrana
negativo (C errada).
Resposta: B.

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21 - 2020 UERJ

Uma paciente de 38 anos, internada para tratamento cirúrgico de litíase biliar sintomática,
relata início súbito de palpitações e dispneia leve. Ao exame físico, encontra-se taquicárdica
(170bpm) e sem congestão pulmonar. O ritmo cardíaco é regular, em dois tempos e sem
sopros. O eletrocardiograma revela taquicardia regular de complexos QRS estreitos, sem onda
P visível, com a frequência de disparos anteriormente assinalada. A conduta indicada, nesse
momento, é realizar:

A) aplicação de cardioversão elétrica sincrônica de 100J


B) administração intravenosa de 5mg/kg de amiodarona
C) administração intravenosa de 6mg de adenosina
D) passagem de marcapasso cardíaco transvenoso

» Questão típica dessa banca da UERJ que, em vez de colocar o traçado eletrocardiográfico na
prova, o descreve... Nada que impeça nosso raciocínio: taquicardia sem onda P, com QRS <
0,12 s - ou seja, de origem "alta" - e RR regular é, com toda a certeza, "taqui supra". A
conduta, em pacientes estáveis com tal arritmia, é infundir adenosina, na dose de 6 mg em
flush rápido. Caso haja refratariedade, pode-se complementar com mais 12 mg daquele
fármaco. Outra opção seria empregar manobra vagal. Lembre, porém, que cardioversão
elétrica fica reservada para os casos com instabilidade (A errada). Amiodarona teria utilidade
em taquiarritmias com QRS > 0,12 s (B errada). Por fim, marca-passo é utilizado nas
bradiarritmias (D errada). Resposta: C.

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22 - 2020 UFRJ

Mulher, 58 anos, em fibrilação atrial com 72 horas de evolução e CHA₂DS₂-VASc de 4 pontos.


Possui clearance de creatinina estimado em 12mL/min. A conduta mais adequada nesta
paciente, neste momento, é:

A) ecocardiograma transesofágico e na ausência de trombo, cardioversão elétrica e


anticoagulação com varfarina por 4 semanas
B) anticoagulação prévia por 3 semanas na impossibilidade de eco transesofágico,
cardioversão elétrica e anticoagulação com varfarina por toda a vida
C) anticoagulação prévia por 3 semanas na impossibilidade de eco transesofágico,
cardioversão elétrica e anticoagulação com varfarina por 4 semanas
D) eco transesofágico e na ausência de trombo, cardioversão elétrica e anticoagulação com
DOAC por toda a vida

» O tratamento da fibrilação atrial tem como objetivos controle do ritmo/frequência cardíaca e


prevenção de eventos tromboembólicos relacionados à estase sanguínea em átrio esquerdo.
Assim, em casos de início de sintomas há mais de 48 horas, não devemos realizar reversão do
ritmo pelo risco de haver trombo formado. No cenário apresentado, duas condutas são
possíveis. Realização de ecocardiograma transesofágico para visualização de átrio esquerdo e
certificação de que não há trombo, permitindo a cardioversão, ou anticoagulação por três
semanas, tempo necessário para dissolução de algum trombo que possa estar formado, e
cardioversão sem necessidade de ecocardiograma transesofágico. Vale lembrar que por ser
uma paciente de alto risco de evento tromboembólico (CHA2DS2VASc de 4 pontos) e por
haver risco de recidiva da fibrilação atrial, a anticoagulação deve ser mantida a não ser que
haja contraindicação.
 
Gabarito: Alternativa B.

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23 - 2020 UFF

Idosa, 92 anos, é trazida por familiares com descrição de quadro compatível com síncope ao
levantar-se da cama. Na sala de emergência, encontra-se assintomática no leito. Ao exame,
apresentava-se lúcida, orientada, com PA = 136x82mmHg; FC = 30bpm; FR = 22irpm. O ritmo
cardíaco era regular com bulhas normofonéticas, sem sopros. Presença de onda “a em
canhão” no pulso venoso. O primeiro exame complementar a ser solicitado e a alteração
esperada são, respectivamente,

A) radiografia do tórax → pneumotórax hipertensivo.


B) eletrocardiograma → supradesnivelamento do segmento ST compatível com infarto agudo
do miocárdio.
C) eletrocardiograma → bloqueio atrioventricular total (terceiro grau).
D) gasometria arterial → alcalose respiratória.
E) ecocardiograma → tamponamento cardíaco.

» Em geral, a avaliação complementar de pacientes com relato de síncope deve se iniciar pelo
eletrocardiograma, dividindo as causas entre cardíacas e não cardíacas. Nessa mulher não
será diferente, ainda mais pela presença de marcada bradicardia (ficamos entre B e C). Em
alguns casos de infarto agudo do miocárdio, o paciente não tem sintomas álgicos torácicos,
manifestando outros sinais e sintomas, os chamados equivalentes anginosos - a síncope é
exemplo. Além disso, infarto de parede inferior ou do ventrículo direito podem causar
bradicardia. Ao mesmo tempo, os bloqueios atrioventriculares totais (BAVT) são causa de
síncope, tendo em vista que a bradicardia reduz o débito cardíaco, ocasionando queda do
fluxo sanguíneo cerebral... E agora? O "pulo do gato" aqui é a chamada onda "a em canhão".
Lembre, primeiramente, que a onda "a" do pulso venoso representa a contração atrial. Nos
casos de BAVT, ocorre dissociação completa entre as contrações atrial e ventricular: não há
qualquer relação temporal entre elas. Porém, em alguns momentos, as contrações de átrio e
ventrículo ocorrem ao mesmo tempo, de tal maneira que o átrio se contrai contra a valva
tricúspide, fechada pela contração ventricular. Assim, a pressão dentro do átrio aumenta
muito, o que resulta em maior transmissão pressórica para as veias centrais, gerando onda
de pulsação venosa mais ampla, a onda "a em canhão". Neste caso, pneumotórax
hipertensivo é totalmente improvável, tendo em vista a normalidade da pressão arterial e
ausência de achados do exame respiratório (A errada). Essa paciente certamente tem alcalose
respiratória, pela frequência de 22 irpm, mas alcalose metabólica não causa síncope ou
bradicardia (D errada). Por fim, tamponamento cardíaco geraria bulhas hipofonéticas (E
errada). Resposta: C.

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24 - 2020 AMRIGS

Quando administrados em doses terapêuticas habituais, os _______________ podem causar


taquicardia, achatamento da onda T, prolongamento do intervalo QT e depressão dos
segmentos ST no eletrocardiograma (ECG). Por prolongarem o tempo de condução, o uso
desses psicofármacos em pessoas com problemas preexistentes de condução é, portanto,
contraindicado. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do trecho acima.

A) antipsicóticos atípicos
B) anticonvulsivantes
C) benzodiazepínicos
D) antidepressivos tricíclicos

» A cardiotoxicidade dos antidepressivos tricíclicos é marcante e bastante explorada em provas,


devendo ser suspeitada nos pacientes que apresentem desvio terminal do QRS para a direita,
R > S ou R > 3 mm na derivação aVR ou prolongamento do QRS (> 100 ms). Todos os pacientes
com história de intoxicação por essa classe de antidepressivos devem ter um
eletrocardiograma na admissão hospitalar. Essa classe de fármacos pode ainda aumentar o
intervalo QT, predispondo a torsades de pointes, bem como promover outras alterações em
segmento ST e onda T, segmento PR e distúrbios de condução.
 
Resposta: D.
25 - 2020 SES - PE

Uma mulher de 31 anos que trabalha como auxiliar de serviços gerais em um hospital foi
trazida para a emergência com suspeita de intoxicação exógena. Ela tem acesso a todos os
setores do hospital; os funcionários da farmácia estão levantando os estoques para definir a
falta de algum medicamento, mas essa informação ainda não está disponível. Ao exame, ela
se apresenta agitada, em aparente delirium, com flushing facial, pele seca, hipertermia,
midríase e taquicardia. O exame do abdome demonstra ausência de ruídos hidroaéreos e
globo vesical palpável. Eletrocardiograma mostrou alargamento do complexo QRS. Com base
nos dados do exame físico, qual o provável agente ingerido?

A) Amitriptilina
B) Morfina
C) Diazepam
D) Metanol
E) Neostigmine

» Ainda não identificamos qual droga a paciente pegou do estoque hospitalar, se é que ela
realmente adquiriu as medicações na farmácia do hospital... Seja como for, assim como
acontece na prática do atendimento ao paciente intoxicado, com frequência teremos que
trabalhar sem o conhecimento exato da toxina envolvida, levando em conta apenas os sinais
e sintomas que compõem a síndrome clínica apresentada! Então vamos lá... A paciente está
em delirium, apresenta pele seca por perda do tônus sudomotor e consequente hipotermia
com flushing cutâneo reativo. Tais manifestações sugerem que a toxina exerce importante
ação ANTICOLINÉRGICA (falta de acetilcolina no SNC causa delirium; bloqueio da ACh no SNP
reduz a sudorese e o controle da temperatura corporal). Além disso, observa-se sinais de
HIPERADRENERGISMO, como taquicardia e midríase. O ECG revela também alterações na
eletrofisiologica cardíaca, como alargamento do QRS (fator de risco iminente para uma
taquiarritmia maligna por reentrada, como a taquicardia ventricular)... Das drogas citadas,
qual a mais provável de causar tudo isso? O neostigmine é um anticolinesterásico, e causaria
uma síndrome HIPERCOLINÉRGICA (E errada). O metanol causa um estado de sedação
semelhante à intoxicação alcóolica habitual (embriaguez). Devido à grave acidose metabólica
que se instala (metabolização do metanol em ácido fórmico), o paciente apresenta coma,
crise convulsiva e respiração de Kussmaul. Não é o caso aqui (D errada). O diazepam é um
benzodiazepínico, e sua intoxicação é basicamente caracterizada pelo chamado "coma vigil"
(o paciente mantém os olhos abertos, mas não interage e não responde aos estímulo
provenientes do meio externo - está em coma) - C errada. Na intoxicação por morfina
(opioide), há depressão do sensório, do centro respiratório (bradipneia/hipopneia) e pupilas
intensamente mióticas ("cabeça de alfinete"). - B errada. Enfim, a amitriptilina, um
antidepressivo tricíclico, inibe a recaptação de noradrenalina, justificando as manifestações
hiperadrenérgicas. Tal droga também exerce um forte componente anticolinérgico no SNC,
explicando as demais manifestações... Resposta: A.

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26 - 2020 SES - PE

Todas as alternativas abaixo são efeitos colaterais do uso prolongado de amiodarona por via
oral, EXCETO

A) Hipotensão.
B) Pneumonite intersticial.
C) Hipertiroidismo.
D) Prolongamento do intervalo QT.
E) Neuropatia óptica.

» A banca deu como gabarito a letra A, mas a letra A também é um efeito colateral possível da
amiodarona, como todas as demais assertivas... A amiodarona pode causar tanto bradicardia
sinusal quanto bloqueio atrioventricular, devido as suas propriedades bloqueadoras de canais
de cálcio. A incidência de bradicardia, com o uso crônico, beira os 3-5%, mas em geral é
assintomática. No entanto, mesmo o uso crônico em baixas doses pode cursar com bloqueios
AV de segundo ou mesmo terceiro grau e, nestes casos, os pacientes costumam ser
SINTOMÁTICOS, apresentando manifestações decorrentes da redução do débito cardíaco,
que inclui hipotensão arterial no mínimo episódica, já que nestes pacientes ocorre síncope.
Ao nosso ver, questão sem resposta certa, que merecia ter sido anulada. A banca manteve a
letra A como gabarito.

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27 - 2020 SCMBH

Sobre o exame físico na fibrilação atrial, assinale a alternativa incorreta.

A) Existe nítida variação na amplitude de pulso, sendo essa menor quanto mais próxima
estiverem as ondas de pulso.
B) Com um reforço pré-sistólico aumentado, a ausculta de uma quarta bulha em borda
esternal inferior esquerda é perceptível, principalmente, em frequências cardíacas mais
elevadas.
C) Invariavelmente, há irregularidade da frequência cardíaca.
D) O traçado de pulso jugular apresenta abolição da onda A.

» Vejamos cada uma das assertivas acerca da fibrilação atrial:


 
A - Correta. As amplitudes de pulso variam conforme o tempo de enchimento ventricular, ou
seja, quanto mais próximas as ondas de pulso, menor o tempo de enchimento ventricular e
menor a amplitude do pulso.
 
B - Incorreta. O reforço pré sistólico e a quarta bulha ocorrem na contração atrial (última fase
do ciclo cardíaco antes da contração atrial), ou seja, na fibrilação atrial não há reforço pré-
sistólico ou B4.
 
C - Correta. Por definição, a fibrilação atrial é um ritmo irregular em função dos múltiplos
estímulos atriais que são filtrados de forma aleatória pelo nó atrioventricular.
 
D - Correta. A onda A do pulso venoso corresponde ao retorno parcial do sangue para o
sistema venoso durante a contração atrial, que não ocorre na fibrilação atrial.
 
Gabarito: Alternativa B.

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28 - 2020 UFMT

Qual alternativa NÃO apresenta causa de parada cardíaca em atividade elétrica sem pulso?

A) Falência de VD por TEP


B) Tamponamento cardíaco
C) Hipoxemia grave
D) Hipercalcemia

» Questão boa para revisarmos as etiologias de parada cardiorrespiratória em atividade elétrica


sem pulso (AESP), representada pelos 5 H's e 5 T's:
H's: Hipovolemia, Hipóxia, Hidrogênio (acidose), Hipo/Hipercalemia e Hipotermia
T's: Tenso pneumotórax, Tamponamento cardíaco, Toxicidade, Trombose pulmonar e
Trombose coronariana. 
Sendo assim, a única resposta possível é a letra D.

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29 - 2020 SCMBH

Com relação à indicação e ao uso de anticoagulante oral na fibrilação atrial persistente ou


permanente, assinale a alternativa incorreta.

A) A anticoagulação oral está indicada em todo paciente com fibrilação atrial associada a
miocardiopatia hipertrófica septal assimétrica.
B) O escore de risco de sangramento, has-bled, aumentado não é uma contraindicação
absoluta ao uso de anticoagulante oral na fibrilação atrial.
C) Idade, sexo, frequência cardíaca são fatores a serem considerados para se anticoagular um
paciente com fibrilação atrial.
D) Os novos anticoagulantes orais, inibidores diretos da trombina, podem ser indicados a
pacientes com fibrilação atrial associada a insuficiência leve da válvula mitral nativa.

» Vejamos cada uma das assertivas acerca da anticoagulação em pacientes com fibrilação
atrial:
 
A - Polêmica! Deve ter sido o motivo da anulação da questão. Vamos entender... A
miocardiopatia hipertrófica é um fator de risco adicional para a ocorrência de fenômeno
tromboembólico, assim como a estenose mitral. Por esta razão, nessas condições a
anticoagulação é SUGERIDA em pacientes com fibrilação atrial independente de escores de
risco, mas repare que o autor usa o termo "todo paciente". Ora, indivíduos com
contraindicações à anticoagulação não podem receber anticoagulantes, não concorda?
 
B - Correta. O HAS-BLED é o escore que permite a avaliação quanto ao risco de sangramento,
considerando hipertensão, idade, uso de drogas que aumentem o risco de sangramento e
disfunções orgânicas. No entanto, valores elevados não constituem contraindicação absoluta
à anticoagulação.
 
C - Incorreta. O CHA2DS2VASc, escore utilizado internacionalmente para predizer risco de
evento tromboembólico, considera a presença de insuficiência cardíaca, hipertensão, idade,
diabetes, história de AVC, doença vascular e sexo, não sendo a frequência cardíaca um fator
determinante.
 
D - Correta. O uso dos anticoagulantes de ação direta está contraindicado na fibrilação atrial
de etiologia valvar, que corresponde a estenose mitral moderada a importante, mas não
insuficiência leve.
 
Conforme discutimos, a questão foi anulada provavelmente por causa do "todo paciente", na
letra A. 
 
Questão ANULADA.

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30 - 2020 UFMT

Em relação à Fibrilação Atrial, assinale a afirmativa correta.

A) Pode ter ritmo regular em pacientes com marcapasso cardíaco.


B) É menos frequente em pacientes com doença cardíaca associada.
C) O risco de eventos tromboembólicos diminui com a idade do paciente.
D) A anticoagulação diminui o risco de AVE, mas não a formação de trombos.

» Vamos de baixo para cima... A anticoagulação diminui o risco de AVE JUSTAMENTE por reduzir
a formação de trombos intracavitários cardíacos (D errada). O risco de eventos
tromboembólicos AUMENTA em função da idade, principalmente acima de 75 anos (C errada).
A FA é a taquiarritmia mais comum do mundo, e sua incidência aumenta na presença de
cardiopatia subjacente (B errada). No paciente que usa marca-passo por bloqueio
atrioventricular total, os estímulos provenientes da fibrilação dos átrios não passam para os
ventrículos. Neste caso, a frequência ventricular é totalmente controlada pelo marca-passo,
que assim pode manter um ritmo cardíaco regular... Resposta: A.

Video comentário: 247661

31 - 2020 HCG

Qual é a melhor maneira de prevenir AVC isquêmico em um homem de 60 anos, obeso,


sedentário, sem outras comorbidades e com fibrilação atrial paroxística?

A) Aspirina.
B) Warfarina.
C) Rivaroxabana.
D) Mudanças do estilo de vida.

» Em questões como essa, é fundamental calcular o CHA2DS2VASc para definirmos a melhor


estratégia para prevenção de fenômenos embólicos (se quiser relembrar os parâmetros
avaliados pelo escore, veja a imagem anexada). Repare que o paciente não possui NENHUM
critério! Portanto, não há necessidade de adotarmos algum tipo de tratamento farmacológico
(a terapia anticoagulante deve ser considerada em homens com 1 ponto e está indicada
quando há pelo menos 2 pontos). O que deve ser feito é, apenas, orientação sobre mudanças
de estilo de vida. Resposta: (D).

Video comentário: 234325


32 - 2020 SCMBH

São drogas que podem ser usadas para controle de frequência cardíaca em pacientes
hemodinamicamente estáveis com fibrilação atrial de alta resposta ventricular, exceto:

A) Verapamil.
B) Metoprolol.
C) Atropina.
D) Diltiazem.

» Em pacientes com fibrilação atrial de alta resposta ventricular, o controle da frequência


cardíaca pode ser feito com fármacos que lentifiquem a frequência de disparos do nó
atrioventricular. Dessa forma, betabloqueadores, como o metoprolol e o propranolol, pode
ser utilizados (B certa). Da mesma forma, também podem ser empregados os bloqueadores
de canal de cálcio cardiosseletivos, como o diltiazem e o verapamil (A e D certas). A atropina,
por sua vez, reduz o tônus parassimpático - é medicação anticolinérgica - e, assim, tende a
aumentar a frequência cardíaca. Tal fármaco é utilizado em caso de bradicardia sintomática,
por exemplo. Resposta: C.

Video comentário: 238643


33 - 2020 HUBFS/HUJBB

Paciente 80 anos, sexo masculino, procura seu médico cardiologista devido a queixa de
palpitação. Ausculta cardíaca revela bulhas cardíacas normofonéticas e ritmo cardíaco
irregular. Solicitado ECG (ilustrado abaixo). O diagnóstico e a etiologia da arritmia são,
respectivamente,

A) flutter atrial e hipotireoidismo.


B) fibrilação atrial e hipotireoidismo.
C) taquicardia supraventricular paroxística e hipotireoidismo.
D) fibrilação atrial e hipertireoidismo.
E) flutter atrial e hipertireoidismo.

» O primeiro passo para resolver esta questão é olhar o eletrocardiograma: nele, observa-se
taquicardia sem onda P, sem onda F de flutter, com QRS estreito e RR irregular, o que traduz
fibrilação atrial (A, C e E erradas — os ritmos elencados nessas alternativas são, via de regra,
regulares). Uma das principais etiologias da arritmia apresentada é a tireotoxicose, isto é, os
efeitos dos nívels elevados de hormônios tireoidianos na circulação, que podem ser
encontrados nos portadores de hipertireoidismo (B errada). Resposta: D.

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34 - 2020 SES - DF

Paciente de 35 anos de idade chega ao pronto-socorro com dor torácica em aperto, irradiada
para membro superior esquerdo há duas horas. Foi realizado um eletrocardiograma de
repouso. Acerca desse caso clínico e tendo em vista os conhecimentos médicos correlatos,
considerando o traçado eletrocardiográfico apresentado, julgue o item a seguir. No traçado
eletrocardiográfico, o paciente apresenta bloqueio atrioventricular de segundo grau.

A) CERTO
B) ERRADO

» Afirmativa incorreta, pois o paciente apresenta um bloqueio atrioventricular total (BAVT) ou


de terceiro grau, não de segundo grau. Isso fica mais fácil de ser percebido no DII longo,
onde vemos que a onda P está completamente dissociada do complexo QRS. Dá para
encontrar a onda P antes do QRS, em cima do QRS, logo depois do QRS, em cima da onda
T...enfim, uma bagunça, cada hora ela está em um lugar! Entenda: o estímulo sai do nó
sinusal, estimula o átrio, mas não passa do nó atrioventricular (afinal, é um bloqueio total,
não é?). Então como o ventrículo contrai? Surge um outro estímulo, um escape, que pode ser
juncional ou ventricular, promovendo a contração ventricular. Isso mesmo, são dois ritmos
separados: um lá no átrio (repare nos intervalos P-P que seguem uma frequência sinusal e
regular) e outro ventricular (veja os intervalos R-R, também regulares que seguem seu ritmo
de escape, só que "independente" do ritmo atrial). Esse achado tem alguma coisa a ver com o
infarto de parede inferior? Sim! O BAVT pode ocorrer em 10% dos pacientes com infarto
agudo do miocárdio de parede inferior, revelando pior prognóstico quando ocorre após as
primeiras 6 horas.
 
Resposta: B.
35 - 2020 SURCE

Paciente, 52 anos, sexo masculino, previamente hígido, assintomático, comparece à consulta


de rotina no ambulatório. Ao exame físico, chamam atenção sopro em ruflar diastólico 3+/6+
no foco mitral e ritmo cardíaco irregular com frequência cardíaca em torno de 84 batimentos
por minuto. Realizado eletrocardiograma (figura abaixo) e ecocardiograma transtorácico que
evidenciou estenose mitral moderada. Qual conduta deve ser tomada nesse momento?

A) Iniciar uso de rivaroxaban sem necessidade de monitoração do INR.


B) Iniciar varfarina e realizar a monitorização do INR ambulatorialmente.
C) Internar o paciente para administrar enoxaparina e iniciar uso de varfarina.
D) Manter conduta expectante, pois o paciente apresenta baixo risco de complicações.

» Temos um paciente com estenose mitral associada à fibrilação atrial. A abordagem da


questão é sobre a anticoagulação desse paciente, que deve ser realizada ambulatorialmente
com varfarina, independente do CHA2DS2VASc, visto que trata-se de fibrilação atrial de
etiologia valvar, estando contraindicados os anticoagulante orais de ação direta. Vamos
aproveitar essa questão para lembrar que apesar da gravidade anatômica da valvopatia ter
sido definida como moderada, a presença de fibrilação atrial de início recente representa um
complicador da valvopatia, estando indicada a abordagem cirúrgica.
 
Gabarito: Alternativa B.

Video comentário: 234032


36 - 2020 UFPI

Homem, 62 anos, hipertenso e insuficiência cardíaca, em uso de captopril 100 mg/dia,


aldactone 50mg/dia, foi internado na unidade de emergência após episódio de desmaio e
perda da consciência. Ao exame, tinha Glasgow de 11, bradicardia (FC = 48 bat/min), estase
jugular ++/4, PA = 150/82 mmHg. Exames laboratoriais, Potássio = 8,2 mEq/L, Creatinina = 3,2
mg/dL e Uréia= 102 mg/dL. Em relação ao caso clínico, assinalar a opção CORRETA.

A) Paciente com síndrome de baixo débito devido à hipercalemia. A conduta é realizar um ECG
e administrar Gluconato de cálcio a 10% e furosemida, ambos via endovenosa.
B) Paciente seve ser transferido para a UTI para iniciar terapia dialítica, (hemodiálise),
imediatamente.
C) A melhor terapêutica para este caso é passar um marca-passo trans-venoso após a infusão
de solução polarizante de glicose com insulina.
D) Deve ser administrado bicarbonato de sódio 10%, como solução polarizante e devido à
insuficiência renal.
E) Paciente deverá ser encaminhado para UTI, devendo melhorar com suspensão do captopril,
aldactone e prescrever sulfona poliestireno de cálcio.

» Resumindo o quadro apresentado: homem de 62 anos, portador de hipertensão arterial


sistêmica e insuficiência cardíaca, tem quadro de bradicardia sintomática — síncope e
rebaixamento do nível de consciência — além de azotemia com hiperpotassemia importante.
Talvez o detalhe mais difícil de lembrar aqui é que o aumento do potássio pode causar
bradicardia sinusal que, aliás, parece responder por todas as alterações apresentadas — a
queda da frequência cardíaca parece ser a responsável pela alteração do nível de
consciência... Assim, antes de pensar em instalar marca-passo, vamos "resolver" o potássio (C
errada)... Como em qualquer caso de hiperpotassemia, a primeira medida é rodar um
eletrocardiograma; caso confirmadas alterações eletrocardiográficas compatíveis com a
hiperpotassemia, deverá ser empreendida estabilização do miocárdio com gluconato de
cálcio, 1 g via intravenosa, em 3-5 min (E errada). Paralelamente ao gluconato de cálcio,
iniciaremos medidas para reduzir o potássio sérico, como solução glicoinsulínica, furosemida
e beta2-agonista inalatório; somente no caso de refratariedade a essas condutas,
indicaremos diálise (B errada). Considerando que a causa da hiperpotassemia é a disfunção
renal e que, nesta, frequentemente o aumento do potássio está associado à acidose
metabólica, o bicarbonato de sódio poderia ser infundido para corrigir o potássio, mas a
medida prioritária é a estabilização do miocárdio (D errada). Resposta: A.

Video comentário: 245511


37 - 2020 AMRIGS

Homem, 54 anos, procura atendimento na ESF por insistência de familiares, devido a


palpitações, caracterizadas como sensação de galope do coração e algumas vezes como
sensação de parada do batimento. O eletrocardiograma (ECG) evidencia padrão serrilhado,
com regularidade de ondas P, com frequência atrial em torno de 300 bpm. Qual a hipótese
diagnóstica mais provável considerando a história clínica e os achados no ECG?

A) Taquicardia supraventricular paroxística.


B) Síndrome de Wolff-Parkinson-White.
C) Bloqueio atrioventricular.
D) Flutter atrial.

» São critérios eletrocardiográficos para o diagnóstico de flutter:


 
(1) Frequência atrial acima de 250 bpm (geralmente 300 bpm), observada pela frequência das
ondas F (aqui, o autor chamou de onda P, mas tudo bem);
 
(2) Ausência de uma linha isoelétrica entre estas ondas atriais, o que pode dar um aspecto em
"dente de serra" ou "serrilhado";
 
(3) A frequência cardíaca costuma ser de 150 bpm (metade da frequência atrial, pois a
condução AV quase sempre é de 2:1);
 
(4) QRS estreito (idêntico ao QRS do ritmo sinusal), a não ser que haja bloqueio de ramo
associado;
 
Exatamente o que foi descrito no enunciado! Na taquiardia supraventricular paroxística, não
costumamos ter onda P aparente. Na síndrome de Wolff-Parkinson-White, temos ritmo
sinusal com intervalo PR curto e onda delta, característica da excitação ventricular pela via
acessória. Existem vários tipos de bloqueios atrioventriculares, podendo variar de um
alargamento do intervalo PR até a completa dissociação entre ondas P e complexos QRS.
 
Resposta: D.
38 - 2020 UFMA

Paciente 65 anos, avaliado em consulta ambulatorial, apresenta antecedente de acidente


vascular encefálico isquêmico e fibrilação atrial. Previamente hipertenso e com doença
vascular periférica. Exames laboratoriais: Creatinina: 1.1mg/dL, Hemoglobina: 12g/dL,
Plaquetas: 260.000/mm³ Ecocardiograma: estenose mitral moderada a grave. Com base nas
informações, assinale a alternativa CORRETA:

A) Está indicada a anticoagulação com antagonistas da vitamina K.


B) A rivaroxabana 20 mg é o anticoagulante de escolha.
C) Está indicado o uso de dupla anti-agregação: aspirina 100 mg e clopidogrel 75 mg.
D) Não está indicado o uso de terapia anti-agregante ou anticoagulante nesse caso.

» Considerando um paciente de 65 anos, com história de acidente vascular encefálico,


hipertenso, com doença vascular periférica e fibrilação atrial, encontramos 5 pontos pelo
escore de CHA2DS2 VASc. Portanto, trata-se de um paciente de altíssimo risco para evento
tromboembólico. Considerando a fibrilação atrial de etiologia valvar (associada a estenose
mitral moderada a importante), a única alternativa de anticoagulante oral autorizada para
uso é a varfarina. Caso o paciente não possuísse essa alteração valvar, a rivaroxabana seria
uma opção terapêutica.
 
Gabarito: Alternativa A.

Video comentário: 250228


39 - 2020 AMP

Paciente de 35 anos teve uma pré-síncope ao realizar um triatlo. O quadro ocorreu após a
passagem da primeira fase, de natação, para a segunda, de ciclismo. E aconteceu após 10km
de ciclismo. O paciente se apresentou pálido, bradicárdico e hipotenso com recuperação após
cerca de 60 minutos do início do quadro.O paciente fazia corridas há cerca de 3 anos, de até
5.000m, mas optou por iniciar o treinamento para Triatlo há cerca de 2 meses. Não tinha
passado de elevações de pressão arterial. Não apresentava história familiar de cardiopatia ou
morte súbita e seus pais tinham cerca de 60 anos, normotensos. Seu eletrocardiograma era
normal. Após dois dias, foi realizada uma ecocardiografia que mostrou função sistólica
preservada, câmaras direitas e esquerdas com dimensões normais e sem alterações valvares.
Apresentava grau leve de disfunção diastólica e aumento das dimensões do septo
interventricular (20mm) e parede ventricular posterior (16mm). Uma monitorização
eletrocardiográfica de 24h (Holter) surpreendeu três episódios de taquicardia ventricular sem
relação com sintomas, com duração entre um minuto e dois minutos cada. Baseado neste
quadro considere as afirmações abaixo. I – Não é prudente que este paciente faça atividade
física intensa, pelo risco de morte por arritmias complexas. II –Este paciente tem indicação
para cardioversor implantável (CDI). III – Com a finalidade de diminuição do risco de morte
súbita, este paciente tem indicação de uso de beta bloqueadores adrenérgicos, independendo
do grau de sintomas que apresente. Qual a alternativa abaixo que contém todas as
afirmações acima corretas.

A) I.
B) I, II.
C) I, III.
D) II, III.
E) I, II, III.

» O quadro clínico de um adulto jovem atleta, sem comorbidades, com pré-sincope deve nos
alertar para a presença de alguma alteração cardíaca estrutural que aumente o risco de
arritmias. De fato, esse paciente apresenta espessamento septal e da parede ventricular
posterior (> 15 mm), caracterizando um quadro de cardiomiopatia hipertrófica. Seu holter-
ECG detectou a presença de taquicardia ventricular sustentada (“maior ou igual que” 30
segundos), o que o torna um paciente de alto risco para morte súbita. Nesse sentido, vamos
analisar as assertivas:
I) Está contraindicada atividade física extenuante, pelo risco de precipitar arritmias e morte
súbita - CORRETA.
II) Está indicada a colocação de cardiodesfibrilador implantável (CDI), para abortamento dos
episódios de taquicardias ventriculares sustentadas - CORRETA.
III) O uso de betabloqueadores pode até ser considerado em casos de múltiplos choques pelo
CDI, ou seja, para redução do desconforto do paciente. No entanto, não há evidências de que
a terapia farmacológica reduza o risco de morte súbita nesse cenário.
Estão corretas apenas I e II. Resposta: B.

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40 - 2020 SES - DF

Uma gestante de 25 semanas vem apresentando taquicardia supraventricular paroxística


durante a gestação. O cardiologista dela avaliou, junto ao obstetra, situações terapêuticas
para minimizar a taxa de recorrência. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos
médicos correlatos, julgue o item a seguir. Segundo as diretrizes de taquicardia
supraventricular da ESC 2019, não se deve utilizar sotalol na recorrência das crises de
taquicardia supraventricular.

A) CERTO
B) ERRADO

» Em relação a diretriz citada sobre taquicardias supraventriculares, uma das mensagens


centrais é a não utilização de sotalol em pacientes com episódios repetidos de taquicardia
supraventricular. Tal conduta baseia-se no fato de que esse fármaco possui efeito pró
arrítmico, especialmente em pacientes que já apresentam prolongamento do intervalo QT.
 
Afirmativa CERTA.

41 - 2020 SES - DF

Uma gestante de 25 semanas vem apresentando taquicardia supraventricular paroxística


durante a gestação. O cardiologista dela avaliou, junto ao obstetra, situações terapêuticas
para minimizar a taxa de recorrência. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos
médicos correlatos, julgue o item a seguir. De acordo com as diretrizes da ESC 2019, ablação
com cateter, com mapeamento e sem uso de radiação pode ser uma opção terapêutica para
pacientes gestantes.

A) CERTO
B) ERRADO

» Sabemos que em pacientes com predisposição à ocorrência de taquicardias


supraventriculares apresentam maior chance de episódios durante a gestação, com
prevalência de 22-24/100.000 gestações, aumento o risco de morte. Na fase aguda, tanto a
manobra vagal, quanto a adenosina (em pacientes instáveis) e a cardioversão elétrica
(pacientes instáveis) podem ser empregadas. Considerando a alta eficácia terapêutica
definitiva com a realização de ablação por cateter, a mesma pode ser realizada mesmo
durante a gestação.
 
Afirmativa CERTA.
42 - 2020 SES - DF

Uma gestante de 25 semanas vem apresentando taquicardia supraventricular paroxística


durante a gestação. O cardiologista dela avaliou, junto ao obstetra, situações terapêuticas
para minimizar a taxa de recorrência. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos
médicos correlatos, julgue o item a seguir. É incapaz de causar síncope e queda ao solo, não
causando risco de quedas.

A) CERTO
B) ERRADO

» A taquicardia supraventricular paroxística é  aprincipal arritmia de mulheres jovens sem


cardiopatia estrutural e quando presente na gestação, parece se associar a maior morbidade
materna, cesárea, baixo peso ao nascer, parto pré-termo e anormalidades fetais em geral.
Não é claro se a gravidez aumenta a incidência dessa arritmia, mas se sabe que o quadro
clínico é o mesmo de uma paciente não gestante, o que inclui palpitação associada ou não a
síncope, pré-síncope, dispneia e/ou dor torácica. A depender da gravidade, podemos
encontrar instabilidade hemodinâmica. Assim, a afirmativa está incorreta, pois essa
taquiarritmia pode ser causa de síncope e de queda.
 
Resposta: B.

43 - 2020 UFES

Paciente feminina, 06 anos, será submetida à cirurgia eletiva e ao ser examinada notou-se
ritmo cardíaco irregular, sem outros sinais ou sintomas. Feito ECG que demonstrou: Baseado
na história e ECG, o diagnóstico provável é:

A) Arritmia sinusal.
B) Bloqueio AV de segundo grau.
C) Bloqueio AV de primeiro grau.
D) Escape juncional por provável distúrbio eletrolítico.

» Questão puramente eletrocardiográfica... Veja que há ondas P precedendo todos os QRS mas
que, em certos momentos, a condução da onda P é bloqueada, traduzindo bloqueio
atrioventricular do segundo grau - isso quebra a ritmicidade dos batimentos, justificando o
ritmo cardíaco irregular. Ademais, o intervalo PR sobre alargamento progressivo, sinalizando
BAV de 2o grau Mobitz I. Resposta: B.

Video comentário: 227322


44 - 2020 HUBFS/HUJBB

Criança de 7 meses de vida, apresenta febre baixa há 5 dias associada à tosse, evoluindo com
respiração ofegante e mais choroso que o habitual. Levada em atendimento, apresentava
taquipneia e estertoração em base de hemitórax à esquerda. Durante a internação para
tratamento da pneumonia, o médico foi acionado para avaliar a paciente, que evoluiu de
forma súbita com palidez e agitação. Ao exame, observada taquicardia e extremidades frias.
Realizado o eletrocardiograma, visto abaixo. Sobre o caso clínico, é correto afirmar:

A) Trata-se de taquicardia sinusal, com indicação de manobra vagal.


B) O eletrocardiograma demonstra ritmo compatível com taquicardia supraventricular,
estando indicada adenosina endovenosa.
C) Trata-se de taquicardia supraventricular, devendo ser realizada desfibrilação elétrica.
D) Trata-se de taquicardia ventricular sustentada, estando indicada cardioversão elétrica.
E) Deve ser aferida a temperatura do paciente por se tratar de taquicardia sinusal
provavelmente associada à febre.

» O traçado eletrocardiográfico ilustra taquicardia sem onda P (A e E erradas), com QRS estreito
(D errada) e RR regular - até prova contrária, o diagnóstico é de taquicardia supraventricular
paroxística ("taqui supra"). Para definir a conduta, deve-se buscar sinais de instabilidade,
como má perfusão periférica, hipotensão, rebaixamento de consciência e congestão
pulmonar. Neste paciente, a estertoração pulmonar, por ser unilateral, deve estar associada à
doença subjacente (pneumonia), mas a presença de extremidades frias indica instabilidade...
Em casos como esse (taqui supra + instabilidade), pode-se realizar cardioversão elétrica ou
infundir adenosina (sim, até nos instáveis!) - a desfibrilação só está indicada quando o
indivíduo está "parado" (C errada). Nos casos com estabilidade, pode-se realizar tanto
manobra vagal, quanto infundir adenosina intravenosa como tentativa de reverter a arritmia.
Alguns lembretes: (1) a ausência de onda P exclui ritmo sinusal; (2) nas taquicardias
ventriculares, o QRS é alargado (> 0,12 s). Resposta: B.

Video comentário: 240533


45 - 2020 HIS

Homem, 52 anos de idade, há 20 anos em tratamento para diabetes mellitus tipo 2 e


hipertenso há 15 anos, em uso de enalapril, hidroclorotiazida, metformina e insulina NPH,
trazido ao Pronto-Socorro devido a síncope há 2 horas, com perda de consciência por
aproximadamente 5 minutos. O acompanhante negou abalos musculares ou sinais de
período pós-ictal. No momento, apresenta-se sonolento e desorientado no tempo e no
espaço; frequência cardíaca = 32 batimentos/minuto, pressão arterial = 78 x 40 mmHg,
frequência respiratória = 20 incursões/minuto, Saturação de O2 = 92%, em ar ambiente,
repouso. Bulhas rítmicas, normofonéticas em 2 tempos, sem sopros. Tempo de enchimento
capilar = 5 segundos, extremidades frias. Sem outras alterações. Encaminhado à sala de
emergência, devidamente monitorizado, iniciada oxigenioterapia por máscara, instalados 2
acessos venosos calibrosos. Segue reprodução de eletrocardiograma de 12 derivações: Qual é
o principal achado no eletrocardiograma?

A) Bradicardia sinusal
B) Bloqueio atrioventricular de primeiro grau
C) Bloqueio atrioventricular de segundo grau Tipo I
D) Bloqueio atrioventricular de terceiro grau
E) Bloqueio atrioventricular de segundo grau Tipo II

» Na avaliação de pacientes com síncope, torna-se mandatória a exclusão de causa cardíaca,


visto a maior mortalidade associadas com esta etiologia. No caso em questão há ainda
bradicardia e hipotensão ao exame físico, devendo ser realizado eletrocardiograma para
confirmar provável causa arritmogênica. O bloqueio atrioventricular caracterizado por
intervalos PR que não aumentam de tamanho, em que há subitamente um bloqueio de um
estímulo atrial, é o bloqueio atrioventricular de segundo grau tipo Mobitz II. No entanto,
percebemos que o bloqueio acontece na proporção 2 estímulos atriais para 1 ventricular,
sendo o BAV 2:1 (diagnóstico eletrocardiográfico do caso apresentado) uma classificação a
parte dentro dos BAV de segundo grau. Questão anulada.

Video comentário: 228006


46 - 2020 HOG - SP

Apesar dos Novos Anticoagulantes NOACs serem não inferiores aos antagonistas de vitamina
K na prevenção de acidente vascular encefálico isquêmico (AVEi), podemos concordar com o
item:

A) Nos pacientes com fibrilação atrial e tratamento de trombose venosa profunda, os


primeiros estão relacionados com maior risco de sangramentos maiores, particularmente
acidente vascular encefálico hemorrágico (AVEh).
B) Nos pacientes com fibrilação atrial e tratamento de trombose venosa profunda, os
primeiros estão relacionados com menor risco de sangramentos maiores, exceto acidente
vascular encefálico hemorrágico (AVEh).
C) Nos pacientes com fibrilação atrial e tratamento de trombose venosa profunda, os
primeiros estão relacionados com menor risco de sangramentos maiores, particularmente
acidente vascular encefálico hemorrágico (AVEh).
D) Nos pacientes com fibrilação atrial e não no tratamento de trombose venosa profunda, os
primeiros estão relacionados com menor risco de sangramentos maiores, particularmente
acidente vascular encefálico hemorrágico (AVEh).

» Questão sem graça pois retirou um trecho do Posicionamento sobre Antiagregantes


Plaquetários e Anticoagulantes em Cardiologia - 2019 da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Vamos aprender com esse trecho:
"Apesar de os NOACs (novos anticoagulantes orais) serem não inferiores aos antagonistas de
vitamina K na prevenção de acidente vascular encefálico isquêmico (AVEi) em pacientes com
fibrilação atrial e tratamento de trombose venosa profunda, os primeiros estão relacionados
com menor risco de sangramentos maiores, particularmente acidente vascular encefálico
hemorrágico (AVEh)."
Ou seja, exatamente como descrito na letra C, nosso gabarito.

Video comentário: 254134


47 - 2020 HIS

Homem, 52 anos de idade, há 20 anos em tratamento para diabetes mellitus tipo 2 e


hipertenso há 15 anos, em uso de enalapril, hidroclorotiazida, metformina e insulina NPH,
trazido ao Pronto-Socorro devido a síncope há 2 horas, com perda de consciência por
aproximadamente 5 minutos. O acompanhante negou abalos musculares ou sinais de
período pós-ictal. No momento, apresenta-se sonolento e desorientado no tempo e no
espaço; frequência cardíaca = 32 batimentos/minuto, pressão arterial = 78 x 40 mmHg,
frequência respiratória = 20 incursões/minuto, Saturação de O2 = 92%, em ar ambiente,
repouso. Bulhas rítmicas, normofonéticas em 2 tempos, sem sopros. Tempo de enchimento
capilar = 5 segundos, extremidades frias. Sem outras alterações. Encaminhado à sala de
emergência, devidamente monitorizado, iniciada oxigenioterapia por máscara, instalados 2
acessos venosos calibrosos. Segue reprodução de eletrocardiograma de 12 derivações: Qual é
a conduta inicial indicada?

A) Dobutamina EV em bomba de infusão contínua


B) Adrenalina EV em bolus
C) Adenosina endovenosa (EV), em bolus
D) Amiodarona EV em bomba de infusão contínua
E) Metoprolol EV em bomba de infusão contínua

» Na avaliação de pacientes com síncope, torna-se mandatória a exclusão de causa cardíaca,


visto a maior mortalidade associadas com esta etiologia. No caso  em questão há ainda
bradicardia e hipotensão ao exame físico, devendo ser realizado eletrocardiograma para
confirmar provável causa arritmogênica. No eletrocardiograma, é possível identificarmos um
bloqueio atrioventricular 2:1, ou seja, a cada dois batimentos atriais, um é conduzido pelo nó
atrioventricular e outro é bloqueado. O bloqueio atrioventricular caracterizado por intervalos
PR que não aumentam de tamanho, em que há subitamente um bloqueio de um estímulo
atrial, é o bloqueio atrioventricular de segundo grau tipo Mobitz II. A conduta inicial, até que
seja providenciado estimulação elétrica artificial (marcapasso), é a realização de drogas que
aumentem o cronotropismo, como forma de reverter a instabilidade do paciente. Entre as
opções, temos a atropina, a dopamina e a dobutamina. Adicionalmente, devem ser suspensas
drogas cronotrópicas negativas, bem como corrigidos distúrbios metabólicos que possam
estar associados ao quadro.
 
Gabarito: Alternativa A.

Video comentário: 228007

48 - 2020 IGESP

Infelizmente os dados na literatura quanto à incidência de PCR no Brasil são escassos.


Podemos entretendo indicar que ocorre erro no item:

A) O principal ritmo de PCR em ambiente extra-hospitalar não é a Fibrilação Ventricular (FV) e


sim a Taquicardia Ventricular (TV).
B) A Fibrilação Ventricular (FV) e a Taquicardia Ventricular (TV), juntas chegando a quase 80%
dos eventos.
C) A Fibrilação Ventricular (FV) e a Taquicardia Ventricular (TV) apresentam um bom índice de
sucesso na reversão, se prontamente tratados.
D) Quando a desfibrilação é realizada precocemente, em até 3 a 5 minutos do início da PCR, a
taxa de sobrevida é em torno de 50% a 70%.

» Apesar dos dados da literatura acerca das paradas cardiorrespiratórias em ambiente extra
hospitalar serem pobres, sabemos que os ritmos de parada mais frequentes são a
taquicardia ventricular e a fibrilação ventricular, alcançando 80% dos eventos. Por se tratarem
de ritmos chocáveis, há um grande índice de reversão em pacientes prontamente tratados,
tendo o desfibrilador externo automático (DEA) um papel essencial nesse contexto,
resultando em uma sobrevida superior a 50%. Gabarito: Alternativa A.
49 - 2020 SCO

Caso a FA tenha duração menor de 48 horas, e o paciente não seja de alto risco para o
tromboembolismo com doença valvar, disfunção ventricular, próteses ou história prévia de
tromboembolismo, apresenta um risco de tromboembolismo é muito baixo e pode-se realizar
a cardioversão em anticoagulação plena prévia, NÃO podemos assim aceitar que:

A) A manutenção de anticoagulação por 4 semanas após o procedimento é controversa.


B) No caso de FA com duração menor de 48 horas em pacientes de risco moderado a alto de
eventos tromboembólicos (CHA2 DS2 -VASC > 1) recomenda-se a realização de heparina não
fracionada ou de baixo peso molecular antes da cardioversão e sua manutenção em longo
prazo.
C) Nos casos de fibrilação atrial com instabilidade hemodinâmica, deve-se sempre realizar
cardioversão química, com realização de bolus de heparina pré-procedimento.
D) FA tenha duração menor de 48 horas, é facilmente determinada pelo inquérito dos
sintomas.

» Caso a FA tenha duração menor de 48 horas, facilmente determinada pelo inquérito dos
sintomas, e o paciente não seja de alto risco para o tromboembolismo (doença valvar,
disfunção ventricular, próteses, história prévia de tromboembolismo), o risco de
tromboembolismo é muito baixo e pode-se realizar a cardioversão sem anticoagulação plena
prévia. A manutenção de anticoagulação por 4 semanas após o procedimento é controversa e
não há estudos comparando diferentes heparinas ou heparina aos novos anticoagulantes na
FA com duração menor que 48 horas.
Já no caso de FA com duração menor de 48 horas em pacientes de risco moderado a alto de
eventos tromboembólicos (CHA2DS2-VASC > 1), recomenda-se a realização de heparina não
fracionada ou de baixo peso molecular antes da cardioversão e sua manutenção em longo
prazo.
A única assertiva errada, correspondendo ao gabarito, é a opção C.
50 - 2020 HOG - SP

Uso do Desfibriladores Externos Automáticos em Situações Especiais como o Tórax molhado,


o item adequado é:

A) Caso o tórax da vítima estiver molhado, secar por completo; se ela estiver sobre uma poça
d’água há problema em todas as situações.
B) Caso o tórax da vítima estiver molhado, secar por completo; se ela estiver sobre uma poça
d’água não há problema, porém se essa poça também envolver o socorrista, não remover a
vítima para outro local.
C) Caso o tórax da vítima estiver molhado, não é necessário secar; se ela estiver sobre uma
poça d’água não há problema, porém se essa poça também envolver o socorrista, remover a
vítima para outro local, o mais rápido possível.
D) Caso o tórax da vítima estiver molhado, secar por completo; se ela estiver sobre uma poça
d’água não há problema, porém se essa poça também envolver o socorrista, remover a vítima
para outro local, o mais rápido possível.

» No contexto de uma parada cardiorrespiratória e considerando o uso do DEA, vamos reforçar


alguns conceitos: Primeiramente a massagem cardíaca deve ser instituída até que o
equipamento esteja disponível. Após a aplicação do choque, ainda que o paciente retorne ao
ritmo próprio, devido ao alto risco de nova PCR nos momentos que sucedem o retorno ao
ritmo espontâneo, as pás não devem ser retiradas do paciente até que a equipe especializada
chegue ao local para realização do atendimento. A eficácia do choque aplicado pelos
desfibriladores externos automáticos envolve uma boa adesão das pás no tórax, por essa
razão, em casos em que o tórax esteja molhado, recomenda-se secar o mesmo, o que auxilia
para uma condução adequada do estímulo elétrico. Sabendo que a água conduz a
eletricidade, caso apenas o paciente esteja em uma poça de água, não há problema. No
entanto, se o socorrista estiver na poça, o choque pode alcançar o socorrista. Por essa razão,
o paciente deve ser retirado da água nessa situação.
 
Gabarito: Alternativa D.

Video comentário: 254137


51 - 2020 SCMA - SP

Em relação a pressionar o botão do DEA indicado pelo aparelho para aplicar o choque, no qual
produz uma contração repentina dos músculos do paciente, podemos considerar adequado
que:

A) Mesmo se a vítima retomar a consciência, o aparelho deve ser desligado e as pás não
devem ser removidas ou desconectadas até que o serviço médico de emergência assuma o
caso.
B) Mesmo se a vítima retomar a consciência, o aparelho não deve ser desligado e as pás
devem ser removidas e desconectadas até que o serviço médico de emergência assuma o
caso.
C) Mesmo se a vítima retomar a consciência, o aparelho não deve ser desligado e as pás não
devem ser removidas ou desconectadas até que o serviço médico de emergência não assuma
o caso.
D) Mesmo se a vítima retomar a consciência, o aparelho não deve ser desligado e as pás não
devem ser removidas ou desconectadas até que o serviço médico de emergência assuma o
caso.

» No contexto de uma parada cardiorrespiratória e considerando que o DEA realiza a leitura do


ritmo cardíaco do paciente, devido ao alto risco de nova PCR nos momentos que sucedem o
retorno ao ritmo espontâneo, as pás não devem ser retiradas do paciente até que a equipe
especializada chegue ao local para realização do atendimento.
 
Gabarito: Alternativa D.
52 - 2020 SMS - SP

Homem, 86 anos, dá entrada no pronto-socorro por síncope. Assinale a alternativa que indica
corretamente o exame de maior acurácia para o diagnóstico nesse momento.

A) ECG
B) TC de crânio
C) D-dímero
D) hemograma completo
E) Doppler de carótidas

» Questão bem direta sobre SÍNCOPE. Quais são as duas principais causas de síncope?

Vasovagal (neurocardiogênica)

IdiopáticaPor isso a ESC recomenda que o primeiro exame complementar a ser realizado é o
eletrocardiograma.

Resposta certa LETRA A.

Video comentário: 245194

53 - 2020 SCMV

Sobre a técnica de reanimação, em um paciente de 68 anos em parada cardiorrespiratória,


assinale a alternativa CORRETA:

A) A fração de compressão torácica deve ser de 40 a 60%.


B) As compressões torácicas devem ter profundidade inferior a 5cm para não causar fraturas
de costelas.
C) As compressões torácicas devem ser executadas em uma frequência de 100 a 120
compressões por minuto.
D) As compressões torácicas não devem ser interrompidas durante a ventilação com
dispositivo bolsa-máscara-valva no paciente não intubado.

» Vamos às assertivas sobre as compressões torácicas no BLS/ACLS:


- A fração de compressão torácica deve ser > 60%. A incorreta.
- As compressões devem ser de no mínimo 5 cm, com frequência de 100-120/min. B incorreta
e C correta.
- As ventilações devem ser realizadas em uma proporção de 30 compressões para 2
ventilações, com apenas um segundo cada, fornecendo a quantidade de ar suficiente para
promover a elevação do tórax. D incorreta.
Única correta: letra C.

Video comentário: 250414


54 - 2020 SCMV

Paciente de 62 anos, com quadro de síncope, confusão mental e dispneia. Ao exame


apresenta PA: 70x30mmHg e FC: 32bpm. A instabilidade é devida a arritmia. Considerando
esse cenário, são condutas adequadas a serem adotadas, EXCETO:

A) Iniciar dopamina em bomba de infusão contínua.


B) Solicitar Marcapasso Provisório Transcutâneo (MPTC).
C) Iniciar amiodarona na dose de 0,5 miligrama por minuto.
D) Iniciar adrenalina na dose de 6 microgramas por minuto.

» Diante de um paciente com bradiarritmia resultando em instabilidade hemodinâmica, a


principal medida a ser instituída é a tentativa de aumento da frequência cardíaca, o que pode
ser realizado por estimulação elétrica artificial (marcapasso transcutâneo) ou estimulação do
sistema adrenérgico por drogas simpaticomiméticas (dopamina, adrenalina, dobutamina). A
decisão quanto ao implante de marcapasso definitivo dependerá da reversibilidade ou não da
arritmia, a depender da etiologia associada à mesma.
 
Gabarito: Alternativa C.

Video comentário: 250416

55 - 2020 SCMA - SP

Para avaliar a responsividade da vítima, chamando-a e tocando-a pelos ombros. Podemos


apenas indicar como correto que:

A) Se a vítima não responder, se apresente e converse com ela perguntando se precisa de


ajuda. Se a vítima não responder, chame ajuda imediatamente.
B) Se a vítima responder, se apresente e converse com ela perguntando se precisa de ajuda.
Se a vítima responder, chame ajuda imediatamente.
C) Se a vítima responder, se apresente e converse com ela perguntando se precisa de ajuda.
Se a vítima não responder, chame ajuda tardiamente.
D) Se a vítima responder, se apresente e converse com ela perguntando se precisa de ajuda.
Se a vítima não responder, chame ajuda imediatamente.

» Questão conceitual sobre o atendimento inicial a potenciais vítimas de parada


cardiorrespiratória. Segundo os protocolos da American Heart Association — os mais aceitos
em nosso meio — a checagem de responsividade é feita através do chamado verbal e do
estímulo tátil à vítima, tocando-lhe os ombros. A partir daí:
- Em caso de ausência de resposta, o socorrista leigo deve chamar ajuda antes de prosseguir
com o atendimento; já o profissional de saúde pode checar pulso/respiração da vítima antes
de contactar o serviço de emergência.
- Em caso de resposta, deve ser perguntado à pessoa se ela precisa de ajuda.
Resposta: D.

Video comentário: 254042


56 - 2020 HMASP

Sobre a miocardiopatia hipertrófica, assinale a opção incorreta:

A) É a mais comum das doenças cardiovasculares genéticas, de herança autossômica


dominante.
B) Os achados mais comuns ao ecocardiograma são a hipertrofia ventrículo direito, aumento
do átrio esquerdo e movimento sistólico anterior da válvula mitral.
C) Tem como características desarranjo das fibras miocárdicas, ausência de dilatação
ventricular e contratilidade normal ou supernormal.
D) Apesar de rara, a morte súbita pode ocorrer principalmente em adultos jovens e durante
atividade física.
E) A taquicardia e a fibrilação ventricular são as principais causas de morte nessa patologia.

» A miocardiopatia hipertrófica é uma doença autossômica dominante, sendo a mais comum


das doenças cardiovasculares genéticas e responsável por 30% das mortes súbitas de
etiologia cardíaca em atletas (alternativas A e D corretas). Há desarranjo das fibras
miocárdicas, com hipertrofia de um segmento do coração, sendo mais comum o
acometimento septal, sem que haja dilatação das câmaras (alternativa C correta), o que gera
áreas de fibrose, que predispõe a ocorrência de taquiarritmias malignas (alternativa E
correta), e pode levar à obstrução da via de saída de ventrículo esquerdo (alternativa B
incorreta).
 
Gabarito: Alternativa B.
57 - 2020 HASP

Mulher de 78 anos vem em consulta ambulatorial para consulta de rotina. Tem antecedentes
de hipertensão arterial sistêmica e diabetes. Usa regularmente Sinvastatina 40mg,
Metformina 875mg, Enalapril 10mg 2x ao dia e hidroclorotiazida 25mg. Pressão arterial:
126x84mmHg, FC: 86bpm. Não tem queixas específicas. Traz exames sanguíneos e um
eletrocardiograma realizado na última consulta. Uréia: 40ng/dl, creatinina 0.8 ng/dl, glicemia
106mg/dl, hemoglobina 13, LDL 120, HDL 42, trigrlicérides: 148. Nesse momento, qual seria a
melhor conduta a ser tomada a fim de garantir um envelhecimento com preservação de
funcionalidade e de independência?

A) Aumento da dose de sinvastatina.


B) Prescrição de inibidor de fator Xa.
C) Aumento da dose de metformina.
D) Prescrição de Ácido Acetil Salicílico (AAS).

» Questão boa da prática clínica diária. Temos uma paciente que se apresenta para consulta de
rotina e no ECG identificamos: FIBRILAÇÃO ATRIAL. Qual a conduta agora?
Paciente estável e assintomática. Tem algum risco? SIM! Lembre-se que nosso medo aqui são
os eventos cardioembólicos como AVE,TEP e outras embolias. Devemos colocar na "balança"
ou risco de eventos x risco de sangramento. Na prática calculamos os escores CHA2DS2VASc
X HAS-BLED.
Escore CHA2DS2VASc:

Hipertensão - 1 ponto

>75 anos - 2 pontos

Diabetes - 1 ponto

Sexo feminino - 1 ponto


Dessa forma temos 5 pontos no CHA2DS2VASc. Qual a recomendação?
Devemos anticoagular pacientes com FA quando:

Mulher com CHA2DS2VASc=3

Homem com CHA2DS2VASc=2

QUAL ANTICOGULANTE?
Os preferidos devem ser os novos anticoagulantes orais ou NOACS. 
Dessa forma a resposta é LETRA B.

Video comentário: 253458

58 - 2020 SCO

Considerando as recomendações sobre a anticoagulação, que deve ser realizada quando


ocorre indicação de cardioversão na fibrilação atrial, somente NÃO podemos aceitar que:

A) ECOTE não é recomendado para excluir trombos como alternativa à anticoagulação


periprocedimento quando a cardioversão precoce é programada.
B) Cardioversão elétrica é recomendada para pacientes com instabilidade hemodinâmica para
restabelecer o débito cardíaco.
C) Se for identificado trombo, anticoagulação dever ser mantida por 3 semanas.
D) Recomenda-se repetir o ECOTE após 3 semanas de anticoagulação para garantir que houve
resolução do trombo antes da cardioversão.

» Questão interessante sobre cardioversão elétrica em pacientes com fibrilação atrial(FA).


Vamos relembrar a recomendação da anticoagulação para FA estável na diretriz de FA de
2016:
Cardioversão elétrica pode ser realizada após anticoagulação, por, no mínimo, 3 semanas
com varfarina ou rivaroxabana e mantida por pelo menos 4 semanas.
Lembrado isso, vamos analisar as alternativas e marcar a INCORRETA:
A- INCORRETA. O ECOTE é a melhor opção para visualizar,confirmar ou excluir trombo em
câmaras cardíacas.
B- CORRETA. Lembre-se: Paciente instável é cardioversão elétrica sincronizada!
C- CORRETA. Após detectar o trombo devemos manter anticoagulação por 3 semanas,
cardioverter e manter por 4 semanas o anticoagulante.
D- CORRETA. Mais uma recomendação da diretriz, mas vale ressaltar que no estudo que a
diretriz se baseia, o estudo RE-LY, apenas 25% dos pacientes realizaram o ECOTE.
Gabarito LETRA A.
59 - 2020 HSA - GUARUJÁ

Qual das seguintes afirmações descreve corretamente as ventilações que devem ser aplicadas
no paciente em PCR após a inserção do tubo endotraqueal, insuflação do balão e verificação
do posicionamento do tubo?

A) Aplicar 2 ventilações a cada 30 compressões torácicas no ciclo de RCP 30:2


B) Aplicar ventilações o mais rápido possível para que ocorra elevação visível do tórax a cada
ventilação
C) Aplicar 10 ventilações por minuto sem pausas para compressões torácicas
D) Aplicar ventilação com um volume corrente de 3 a 5 ml/kg
E) Aplicar 6 ventilações por minuto sem pausas para as compressões torácicas

» As recomendações de massagem e ventilação durante a parada cardiorrespiratória respeitam


uma frequência de massagem cardíaca de cerca de 100 a 120 massagens/minuto, com
ventilações na razão de 2 incursões para 30 massagens. Após ser estabelecida via aérea
definitiva (intubação orotraqueal), às massagens devem ser realizadas continuamente e às
ventilações na razão de 10 incursões por minuto.
 
Gabarito: Alternativa C.

Video comentário: 255266


60 - 2020 PUC - SP

O diagnóstico eletrocardiográfico e a melhor conduta a ser tomada seriam:

A) Bradicardia sinusal; adrenalina 1mg IV em bolus.


B) Bloqueio atrioventricular de segundo grau tipo I; chamar especialista.
C) Bloqueio atrioventricular total; marcapasso transcutâneo.
D) Bloqueio atrioventricular total; Dobutamina IV.

» Acerca dos bloqueios atrioventriculares, sabemos que no bloqueio atrioventricular (BAV) de


primeiro grau há apenas alentecimento do tempo de condução atrioventricular. No BAV de
segundo grau há intermitência entre a estimulação atrial e a chegada dos estímulos ao
ventrículo, sendo encontrados estímulos atriais, por vezes, bloqueados. No BAV de terceiro
grau ou total, ocorre completa perda da correlação da estimulação ventricular por estímulos
provenientes dos átrios, exatamente como no caso apresentado. A melhor alternativa para
promover estabilidade clínica e hemodinâmica desse paciente é através da eletro estimulação
cardíaca, que pode ser realizada por marcapasso transvenoso ou transcutâneo (inicialmente).
 
Gabarito: Alternativa C.

Video comentário: 236342


61 - 2020 PUC - SP

Qual seria o diagnóstico e a melhor conduta para um paciente sem pulsos palpáveis e com a
imagem, abaixo, no monitor:

A) Taquicardia supraventricular e cardio versão elétrica sincronizada com 100 Joules.


B) Taquicardia ventricular sem pulso e adrenalina 1mg IV em bolus.
C) Taquicardia ventricular polimórfica e cardioversão elétrica com choque sincronizado de 200
Joules.
D) Taquicardia ventricular polimórfica e desfibrilação com 200 Joules.

» O eletrocardiograma mostra uma taquicardia ventricular (TV) polimórfica com morfologia


semelhante ao torsades des pointes (torção das pontas em francês), arritmia que recebeu
esse nome por ter complexos QRS que ora apresentam polaridade positiva, ora apresentam
polaridade negativa. Só tome um cuidado: faz parte da definição da torsades des pointes um
intervalo QT prolongado detectado durante o ritmo sinusal prévio (é o grande fator
desencadeante desse tipo de TV), mas aqui o ECG já "começa" no torsades, significando que
não podemos dizer com certeza que é uma torsades des pointes. Fica melhor mesmo
usarmos apenas o termo "taquicardia ventricular polimórfica". De qualquer maneira, na
presença de instabiliade (nesse caso, não há nem pulso, é uma parada cardiorrespiratória!), o
paciente deve ser prontamente submetido a desfibrilação elétrica (o choque não é
sincronizado como na cardioversão elétrica), começando com 200 J. Se de fato houver
intervalo QT aumentando no ECG em ritmo sinusal, o paciente deverá receber também
sulfato de magnésio 2 g por via intravenosa em 2 minutos (repetir em 15 minutos),
removendo-se também qualquer fator precipitante capaz de prolongar o intervalo QT (como
medicamentos ou distúrbios eletrolíticos).
 
Gabarito: D.

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62 - 2020 UNITAU

Mulher, 19 anos, admitida com episódio de taquicardia regular de início súbito, de duração de
cerca de 30 minutos, sem outros sintomas associados. Ao exame físico: PA 120x70 mmHg; FC
140 bpm; AC: bulhas cardíacas regulares em 2 T sem sopros; AR: MV + sem RA. ECG revela
taquicardia de QRS estreito. Qual das opções terapêuticas abaixo NÃO está indicada?

A) Manobra vagal
B) Cardioversão sincronizada
C) Adenosina EV
D) Verapamil EV
E) Beta-bloqueador EV

» Temos uma paciente jovem, do sexo feminino, com uma taquiarritmia regular de QRS
estreito; até se prove o contrário, trata-se de uma taquicardia supraventricular paroxística!
Como nossa doente está assintomática e estável hemodinamicamente, a primeira medida é
tentar reversão com manobra vagal, através da compressão do seio carotídeo ou da manobra
de Valsava (A correta). Se a taqui supra não for extinta pela manobra vagal, a conduta é tentar
reversão farmacológica. E qual a droga de escolha? É a adenosina venosa, na dose inicial, em
bolus, de 6 mg (C correta). Se não houver reversão, faremos uma nova dose de 12 mg. Outras
opções são verapamil/diltiazem venosos (D correta) ou betabloqueadores venosos (E correta).
Todas essas drogas agem inibindo o nódulo AV, parte obrigatória do circuito de reentrada da
taquicardia, tanto na taqui AV nodal como na taqui AV com via acessória. A cardioversão
elétrica sincronizada estaria indicada apenas em caso de instabilidade hemodinâmica.
Portanto, resposta: B.

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63 - 2020 FAMEMA

Devido ao número excessivo de pacientes que transitam em uma determinada unidade de


saúde, é importante que o local tenha condições mínimas para fornecer o tratamento inicial
de uma parada cardiorrespiratória (PCR). Nesse sentido, é correto afirmar:

A) as medicações indicadas e usadas durante a ressuscitação cardiorrespiratória devem estar


disponíveis e facilmente acessíveis, incluído: adrenalina, atropina, vasopressina, lidocaína e
amiodarona.
B) laringoscópios, lâminas de tamanhos diferentes, dispositivos para obtenção de uma via
aérea, além de uma fonte de oxigênio são necessários na unidade.
C) desfibrilador externo automático (DEA) é recomendado, pois é de mais fácil uso, além de
ser mais eficaz que o aparelho de cardioversão e desfibrilação convencional.
D) diversos dispositivos para obtenção de acesso venoso periférico, venoso central, intraósseo
e de monitorização intra-arterial são essenciais e devem estar disponíveis em centros de
atenção primária.

» Uma questão que mescla o tema PARADA CARDIORESPIRATÓRIA(PCR) com conceitos sobre
infraestrutura básica de um PRONTO ATENDIMENTO ou SALA DE EMERGÊNCIA. Vamos
analisar juntos:
A- ERRADA. Atropina e vasopressina não fazem mais parte do algoritmo de PCR da American
Heart Association.
B- CORRETO. O material necessário para uma via aérea avançada é necessário, assim como
suplementação de oxigênio.
C- ERRADO. É exatamente o contrário da afirmação. O desfibrilador e cardioversor automático
é superior ao DEA e por isso é a primeira opção em sala de emergência. Em locais públicos o
uso do DEA é melhor pois visa a utilização por leigos e não profissionais de saúde, o foco é
material fácil de usar para dar o choque em FV e TVSP.
D- ERRADO. Durante um atendimento de PCR o essencial é material para acesso periférico ou
acesso intraósseo apenas.
Resposta LETRA B.

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64 - 2020 HSA - GUARUJÁ

Paciente masculino, 69 anos, proveniente do nordeste, com antecedente de miocardiopatia


dilatada por doença de chagas, deu entrada na sala de emergência com queixa de palpitação
há aproximadamente 1 dia, nega sintomas semelhantes anteriormente e refere ser
Hipertenso e Dislipidêmico em tratamento irregular. É realizado o exame físico e solicitado um
ECG, evidenciado: Exame Físico: BEG, eupneico, acianótico, afebril, consciente, orientado;
MR+, S/RA, FR: 18irpm, SatO2: 96% em AA; B Arrítmicas NF 2T, S/SA, FC: 145bpm, PA:
150x90mmhg; Qual a medida inicial mais indicada para o paciente, segundo as diretrizes
preconizadas do ACLS pela American Heart Association:

A) Desfibrilação Ventricular
B) Adenosina 12mg EV bolus
C) Amiodarona 300mg EV bolus
D) Cardioversão Elétrica Sincronizada
E) Amiodarona 150mg EV em 10 min

» Recebemos um paciente já portador de cardiopatia grave, hipertensão e dislipidemia, que se


apresenta com queixa de palpitações. Seu exame físico é inocente a não ser pela elevada
frequencia cardíaca e hipertensão arterial leve. Podemos afirmar portanto que o paciente não
apresenta sinais de instabilidade hemodinâmica.
Ao eletrocardiograma, podemos observar taquiarritmia de complexo QRS estreito, e R-R
irregular, firmando diagnóstico de fibrilação atrial aguda. Pelo algoritmo do ACLS, o tempo de
início menor do que 48h permite estratégia de controle de ritmo, visando retorno ao ritmo
sinusal, sem necessidade de verificação direta da presença de trombos intra-atriais. A
estabilidade clínica permite que a cardioversão seja feita com uso de medicação endovenosa.
A dose correta segundo o ACLS é de 150mg em 10 minutos, seguido de dose de manutenção
de 1mg/min durante as próximas 6 horas.
Resposta letra E

Video comentário: 255272


65 - 2020 FAMEMA

Paciente de 71 anos de idade é atendido em consulta de retorno e traz o eletrocardiograma


(ECG) mostrado a seguir. O diagnóstico correto é

A) doença do nó sinusal.
B) flutter atrial.
C) pré-excitação (Wolf-Parkinson-White).
D) ritmo atrial ectópico.

» O ritmo atrial ectópico corresponde a ritmo de origem atrial em localização diversa da região
anatômica do nó sinusal.
A localização mais frequente é ritmo atrial baixo em átrio direito podendo ocorrer em átrio
esquerdo apresentando ondas Ps invertidas.
É exatamente o que vemos neste ECG. Gabarito correto, portanto.

Video comentário: 243929


66 - 2020 SCMSJC

Na parada cardiorrespiratória (PCR), considere a alternativa CORRETA:

A) A atividade elétrica sem pulso deve ser tratada imediatamente com choque elétrico.
B) Após o diagnóstico de pcr, devem ser imediatamente realizadas 30 ventilações seguidas de
2 compressões torácicas.
C) Atualmente recomenda-se choques sucessivos com energias progressivamente maiores ao
invés de choque isolado de alta energia.
D) Após a recuperação da circulação espontânea pelas manobras de ressuscitação, a
hipotermia induzida melhora o prognóstico neurológico e reduz a mortalidade global.

» Vamos analisar as assertivas: 


(A) Incorreta. Atividade elétrica sem pulso e assistolia são considerados ritmos não chocáveis. 
(B) Incorreta. Na verdade, os números estão invertidos. A reanimação cardiopulmonar (RCP)
adequada é realizada com 30 compressões torácicas seguidas de 2 ventilações. 
(C) Incorreta. A carga elétrica preconizada é igual, mesmo que o paciente precise de novas
descargas: 360 J nos aparelhos monofásicos e 120-200 J nos bifásicos. 
(D) Correta. Se o paciente se mantém comatoso após a PCR, deve ser empregada a estratégia
de controle direcionado de temperatura (CDT; termo mais atual), que tem como alvo a
temperatura central de 32-36 oC a ser mantida por 24 horas. A redução da atividade
metabólica cerebral a partir do CDT é comprovadamente capaz de melhorar os desfechos
neurológicos e a mortalidade desses indivíduos. 
Resposta: (D).

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67 - 2020 SCO

Assinale a alternativa CORRETA quanto ao manejo agudo da Taquicardia Supra Ventricular


(TSV):

A) Adenosina deve ser administrada lentamente, sob risco de causar bradicardia.


B) Após a dose de ataque de adenosina, deixar contínuo 10mg/Kg/dia.
C) Nos pacientes com função ventricular comprometida ou no pós-operatório de cirurgia
cardíaca a amiodarona é uma boa opção.
D) Na TSV refratária pode estar indicado o uso combinado ou seriado de bloqueadores dos
canais de cálcio, betabloqueadores ou demais antiarrítmicos endovenosos.

» Questão conceitual sobre Taquicardia Supraventricular(TSV) e seus tratamentos


farmacológicos. Vamos analisar e marcar a correta:
A-INCORRETA. Deve ser administrada rapidamente, sua meia-vida é de apenas 3 segundos
em média.
B-INCORRETA. Não existe recomendação de bomba de adenosina.
C-CORRETA. Lesão estrutural cardíaca(pós-operatório) ou função ventricular comprometida é
uma indicação para uso de amiodarona, que tem boa resposta ventricular.
D-INCORRETA. A recomendação após uso de adenosina é utilizar betabloqueador OU
bloqueador de canais de cálcio inicialmente, o uso combinado é arriscado.
Resposta LETRA C.

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68 - 2020 HOS

Homem, 24 anos, refere episódios de síncopes recorrentes há um mês, precedidos por


palpitações. Não tem antecedentes pessoais ou familiares de doenças. O exame físico é
normal, e o eletrocardiograma está ilustrado a seguir. Em relação ao tratamento a ser
proposto para este paciente, assinale a alternativa correta.

A) Bloqueador de canal de cálcio.


B) Desfibrilador implantável.
C) Marcapasso atrioventricular.
D) Amiodarona.
E) Ablação por rediofrequência.

» Homem jovem apresentando síncopes e palpitações, além de achado eletrocardiográfico de


intervalos PR curtos e presença de onda delta, caracterizando pré excitação ventricular.
Assim, temos um caso de  síndrome de Wolff-Parkinson-White manifesta. Considerando o
risco de morte súbita e que essa síndrome caracteriza-se pela presença de uma via anômala
de condução atrioventricular, com a radioablação da via promovendo sucesso terapêutico em
mais de 95% dos casos, esse tratamento encontra-se recomendado para o paciente.
 
Gabarito: Alternativa E.

Video comentário: 245119


69 - 2020 ABC

Paciente de 54 anos apresenta quadro de tontura e repetidas síncopes há uma semana,


aproximadamente. O traçado do monitor está abaixo. Neste momento, a conduta mais
adequada é:

A) Infusão contínua de epinefrina 10 mcg/minuto


B) Atropina 1mg
C) Colocação de marcapasso externo
D) Infusão continua de dopamina 10 mcg/kg/minuto

» Embora a questão não solicite o diagnóstico do traçado eletrocardiográfico, vamos nos


aventurar... Perceba, primeiro, a existência de ondas P bloqueadas, isto é, não sucedidas
imediatamente por QRS, o que traduz bloqueio atrioventricular (BAV). Em seguida, veja que,
ao mesmo tempo, há ondas P conduzindo normalmente aos ventrículos — ou seja, seguidas
imediatamente por QRS, o que exclui a possibilidade de BAV total. Num primeiro olhar para o
traçado, você até poderia pensar em BAV do segundo grau, mas cuidado... Existe uma
característica desse traçado — a existência de duas ondas P consecutivas bloqueadas — que
define BAV avançado. Nesses casos, a origem do ritmo ventricular é infra-Hissiana... Por isso,
embora possa ser tentada atropina, sua eficácia é muito baixa (B errada). A conduta
resolutiva é o implante de marca-passo o mais rápido possível; dentre as opções, o
dispositivo transcutâneo é o de mais célere instalação. Enquanto o marca-passo não estiver
disponível, pode ser tentada estabilização hemodinâmica com dripping de adrenalina ou
dopamina, mas nesse tipo de questão, devemos escolher a conduta que resolve o problema
do doente... Resposta: C.

Video comentário: 244864


70 - 2020 HMMG

Nos primeiros 3 a 5 minutos de uma PCR em FV, o coração se encontra altamente propício ao
choque. O tempo ideal para a aplicação do primeiro choque compreende os primeiros 3 a 5
minutos da PCR. Está correto o item:

A) Após 15 minutos de PCR, a amplitude da FV diminui devido à depleção do substrato


energético miocárdico.
B) Após 5 minutos de PCR, a amplitude da FV aumenta devido à depleção do substrato
energético miocárdico.
C) Após 5 minutos de PCR, a amplitude da FV diminui devido à depleção do substrato
energético miocárdico.
D) Após 5 minutos de PCR, a amplitude da FV se mantém devido à depleção do substrato
energético miocárdico.

»
Nos primeiros 3 a 5 minutos de uma parada cardiorrespiratória (PCR) em fibrilação
ventricular (FV), o coração encontra-se em ritmo de FV grosseira e é o momento “perfeito”
para o choque. Após um período de 5 minutos, a amplitude da FV diminui por redução de
força energética (menos energia no músculo) - C correta. Por esse motivo, considera-se o
tempo ideal para a aplicação do primeiro choque os primeiros 3 a 5 minutos da PCR.
Resposta: C.

Video comentário: 248258


71 - 2020 HPEV

Mulher, 48 anos de idade, comparece ao ambulatório para investigação de palpitação. Há 6


meses apresenta palpitações de início e fim súbitos, que duram cerca de 15-20 minutos e são
acompanhadas por adinamia e tontura leve. Após questionamento ativo sobre outros
sintomas, referiu dispneia leve aos grandes esforços (ex.: subir mais de dois lances de escada
com sacola de compras nas mãos). Nega dor torácica, lipotimia, síncope, náuseas, vômitos,
sudorese ou outros. Refere diagnóstico de hipertensão arterial, controlada com uso de
enalapril 10mg, duas vezes ao dia. Foi submetida a amigdalectomia aos 12 anos de idade,
após faringites de repetição. Está assintomática no momento. Ao exame: pulso irregular, com
frequência cardíaca = 68 batimentos/minuto, frequência respiratória = 16 incursões/minuto,
pressão arterial = 120 x 80 mmHg e saturação periférica de oxigênio = 98%, em ar ambiente.
Bulhas irregulares, com hiperfonese de B1 e sopro diastólico em foco apical, com intensidade
3+/6+, com estalido de abertura. Demais sistemas avaliados sem alterações. Com base no
quadro clínico da paciente e de acordo com o diagnóstico etiológico, qual é o principal risco
que a paciente corre, caso não seja feita a prevenção medicamentosa?

A) Endocardite bacteriana
B) Fenômenos tromboembólicos
C) Hipertensão pulmonar
D) Infarto agudo do miocárdio

» Vamos interpretar com atenção o enunciado: O passado de faringites de repetição, evoluindo


tardiamente com dispneia aos esforços, junto ao exame físico clássico (sopro diastólico em
foco mitral com hiperfonese de B1, estalido de abertura e ritmo irregular), podemos fazer o
diagnóstico clínico de estenose mitral de provável origem reumática, complicada com
fibrilação atrial.
Além do uso de medicações para tratamento dos sintomas de insuficiência cardíaca, a
profilaxia medicamentosa que deve ser instituída nesse caso é a administração de fármacos
anticoagulantes para prevenção de trombose intra-atrial. A anticoagulação deve ser realizada
com inibidores da vitamina K, pois trata-se de fibrilação atrial de origem valvar. Outra
profilaxia indicada é o uso de penicilina G benzatina regular para prevenção de novos
episódios de febre reumática. Visto que apenas a primeira opção consta nas alternativas,
resposta letra B

Video comentário: 246663


72 - 2020 HMMG

O uso da Cânula nasofaríngea pode ser indicado em pacientes despertos ou com reflexo de
tosse presente. O item correto é:

A) O tamanho adequado não é obtido pela distância entre a parte distal da asa do nariz e a
proximal no trago da orelha. Na suspeita de fratura de base de crânio ou uma coagulopatia
severa, está contraindicada.
B) O tamanho adequado é obtido pela distância entre a parte distal da asa do nariz e a
proximal no trago da orelha. Na suspeita de fratura de base de crânio ou uma coagulopatia
severa, está contraindicada.
C) O tamanho adequado é obtido pela distância entre a parte distal da asa do nariz e a distal
no trago da orelha. Na suspeita de fratura de base de crânio ou uma coagulopatia severa, está
contraindicada.
D) O tamanho adequado é obtido pela distância entre a parte distal da asa do nariz e a
proximal no trago da orelha. Na suspeita de fratura de base de crânio ou uma coagulopatia
severa, não está contraindicada.

» Questão tranquila sobre uso de dispositivos para manejo da via aérea. O enunciado já dá o
conceito da cânula nasofaríngea, mas vamos organizar. Para abertura ATIVA das vias aéreas
podemos usar dois dispositivos:

Cânula Orofaríngea (Guedel): indicada para pacientes inconscientes e sem reflexo de tosse.
Medida da rima labial ao ângulo da mandíbula;

Cânula Nasofaríngea: pode ser indicada para pacientes semi-conscientes e com reflexo de
tosse. Medida da parte distal da asa nasal até o lóbulo da orelha(ou parte proximal do trago).
Contraindicada em casos de suspeita de fratura de base de crânio.

 
Agora ficou fácil: Resposta LETRA B.

Video comentário: 248264


73 - 2020 HMMG

A Pressão cricoide pode prevenir o refluxo gástrico durante a IOT, mas deve ser realizada com
cautela, podendo dificultar o procedimento. Podemos aceitar quanto à manobra que:

A) O papel da pressão cricoide, durante a PCR, não foi estudado, e seu uso rotineiro, portanto,
não é recomendado.
B) O papel da pressão cricoide, durante a PCR, não foi estudado, e seu uso rotineiro, portanto,
é recomendado.
C) O papel da pressão cricoide, durante a PCR, foi estudado, e seu uso rotineiro sempre é
recomendado.
D) O papel da descompressão cricoide, durante a PCR, não foi estudado, e seu uso rotineiro,
portanto, não é recomendado.

» Não há consenso quanto a recomendação da pressão cricóide para redução do risco de


refluxo gástrico em pacientes em parada cardiorrespiratória considerando as principais
recomendações da literatura (ACLS e Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia e
Anestesiologia). Por essa razão, tal medida não é recomendada rotineiramente. Gabarito:
Alternativa A.

Video comentário: 248268


74 - 2020 HMMG

Via Aérea Avançada através da IOT é a obtenção de via aérea avançada e que permite melhor
oxigenação, sendo correto que:

A) Diminui as interrupções das compressões durante a RCP, pois estas passam a ser
descontínuas.
B) Diminui as interrupções das compressões durante a RCP, pois estas passam a ser
contínuas.
C) Aumenta as interrupções das compressões durante a RCP, pois estas passam a ser
contínuas.
D) Diminui as interrupções das compressões antes da RCP, pois estas passam a ser contínuas.

» Questão sobre via aérea avançada(VAA) na parada cardiorespiratória(PCR). Vamos relembrar.


Na PCR temos duas opções de via aérea avançada:

Intubação orotraqueal: também chamada via aérea DEFINITIVA, pois tem um cuff insuflado
na traqueia; essa é a melhor escolha para profissionais que sejam bem treinados, pois pode
ser monitorizada através da capnografia em forma de onda.

Máscara laríngea: mais fácil e mais rápida, porém, é TEMPORÁRIA.

Após a obtenção de uma VAA as ventilações passam a ser assíncronas com as compressões,
sendo preconizado 10 ventilações a cada 1 minuto(1 ventilação cada 5-6 segundos) com
compressões torácicas contínuas, reduzindo dessa maneira as interrupções nas
compressões.
Por esse motivo a resposta é LETRA B.

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75 - 2020 HMMG

Não se interrompe a RCP para a laringoscopia, sendo adequado que:

A) Podendo-se interrompê-la, por menos de 50 segundos, para IOT e checagem do


posicionamento do dispositivo.
B) Podendo-se interrompê-la, por menos de 10 segundos, para IOT e não na checagem do
posicionamento do dispositivo.
C) Podendo-se interrompê-la, por menos de 30 segundos, para IOT e checagem do
posicionamento do dispositivo.
D) Podendo-se interrompê-la, por menos de 10 segundos, para IOT e checagem do
posicionamento do dispositivo.

» Questão rápida e rasteira sobre PCR/ACLS. Quais as duas regras que regem todos os
algoritmos do ACLS:

RCP contínua com velocidade e profundidade adequada;

Interrupções de no MÁXIMO 10 SEGUNDOS.

Independente da ação que será tomada(IOT,checar pulso, analisar ritmo, chocar,etc) a


interrupção da massagem deve ser de no máximo 10 segundos. Vamos analisar as
alternativas:
A-ERRADA. Intervalo errado, é menor que 10 segundos.
B-ERRADA. A "não" checagem? Devemos checar sim, mas só temos 10 segundos.
C-ERRADA. Intervalo errado, é menor que 10 segundos.
D-CORRETA. Se nossa decisão é via aérea avançada, teremos 10 segundos para obtê-la e
checá-la. 
Resposta certa LETRA D.

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76 - 2020 HMMG

Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de


Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019. A Máscara laríngea é de fácil
inserção, uma vez que não necessita de visualização direta. Sendo adequado que:

A) Seu tamanho não é indicado conforme o peso do paciente. Após insuflar o cuff, checar a
ausculta pulmonar, para confirmar posicionamento e funcionamento correto da máscara,
afastando possibilidade de complicações, como dobras na máscara.
B) Seu tamanho é indicado conforme o peso do paciente. Após insuflar o cuff, checar a
ausculta pulmonar, para confirmar posicionamento e funcionamento correto da máscara,
afastando possibilidade de complicações, como dobras na máscara.
C) Seu tamanho é indicado conforme a altura do paciente. Após insuflar o cuff, checar a
ausculta pulmonar, para confirmar posicionamento e funcionamento correto da máscara,
afastando possibilidade de complicações, como dobras na máscara.
D) Seu tamanho é indicado conforme o peso do paciente. Antes insuflar o cuff, checar a
ausculta pulmonar, para confirmar posicionamento e funcionamento correto da máscara,
proporcionando possibilidade de complicações, como dobras na máscara.

» Questão sobre via aérea avançada durante a PARADA CARDIORESPIRATÓRIA/ACLS, mais


especificamente sobre o uso da MÁSCARA LARÍNGEA. Vamos analisar:
A-ERRADA. É indicado conforme peso sim. 
B-CORRETA. Perfeita e autoexplicativa. Para gravar: máscara número 5 é para adultos de 70-
100 Kg, geralmente a mais utilizada. 
C-ERRADA. Não é conforme altura e sim conforme PESO.
D-ERRADA. Primeiro eu devo insuflar o cuff para depois auscultar, caso contrário eu posso
aumentar o risco de broncoaspiração.
Resposta certa LETRA B.

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77 - 2020 ABC

A auxiliar de enfermagem da unidade vem ao consultório informando que o Sr. Amauri, de 18


anos, está com sangramento nasal há 10 minutos, não conseguindo parar. Sobre o controle
do episódio de epistaxe na Atenção Primária à Saúde, pode-se afirmar que:

A) Quando se opta pela cauterização nos casos de falha do tamponamento, não há a


necessidade de uso de anestésicos.
B) O tamponamento nasal posterior é o mais simples de ser realizado, pois pode-se acessar
diretamente os vasos sanguíneos da mucosa.
C) Quando se opta pelo uso do tamponamento, ele deve ser retirado tão logo cesse o
sangramento.
D) A pressão digital é bastante efetiva, pois a maioria dos sangramentos origina-se na parte
anterior do septo nasal.

» Questão retirada na íntegra do clássico livro de preventiva intitulado Duncan " Condutas de
Atenção Primária Baseadas em Evidências". Vamos analisar as assertivas:
A) Incorreta. Quando se opta pela cauterização nos casos de falha do tamponamento, se
utiliza anestésicos sim! De preferência lidocaína spray a 4%.
B) Incorreta. O tamponamento nasal ANTERIOR é o mais simples de ser realizado, pois pode-
se acessar diretamente os vasos sanguíneos da mucosa.
C) Incorreta. Quando se opta pelo uso do tamponamento, ele NÃO deve ser retirado tão logo
cesse o sangramento.
D) Correta. Realmente, a pressão digital é bastante efetiva, pois a maioria dos sangramentos
origina-se na parte anterior do septo nasal.
Portanto, o nosso gabarito é a letra D. Não cabe recurso.
78 - 2020 HOS

Apesar de não claramente delimitada, aceita-se clinicamente que a pressão alvo no


tratamento anti-hipertensivo deve ser inferior a:

A) 130/90 mmHg na população geral e 120/80 mmHg para pacientes diabéticos.


B) 140/90 mmHg em idosos e 120/80 mmHg para adultos jovens.
C) 140/90 mmHg na população geral e 130/80 mmHg para pacientes diabéticos.
D) 150/90 e com ausência de outras alterações cardiovasculares.
E) 140/90 em diabéticos e com ausência de outras alterações cardiovasculares.

» Vamos relembrar:
Estudos epidemiológicos demonstram que o risco associado à Hipertensão Arterial Sistêmica
(HAS) aumenta progressivamente a partir de níveis tão baixos como 110/75 mmHg e, devido
ao maior risco de eventos cardiovasculares em pacientes com Diabetes Melitus (DM) e HAS
associada, a maior parte das diretrizes recomenda que o ponto de corte para o diagnóstico e
o objetivo do tratamento seja 130/80 mmHg e não 140/90 mmHg como no restante da
população.
Ou seja, a pressão alvo no tratamento anti-hipertensivo deve ser inferior à  140/90mmhg na
população geral e 130/80mmhg para pacientes diabéticos.
Portanto, o nosso gabarito é a letra C.

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79 - 2020 HPEV

Paciente de 10 anos vem ao pronto-socorro com queixa de mal-estar súbito. Ao exame físico,
paciente corado, sem desconforto respiratório, pressão arterial no percentil 50 para a idade,
com taquicardia importante. Realizada monitorização cardíaca, com frequência de 223 bpm e
identificado o traçado abaixo: Qual o diagnóstico do quadro acima?

A) Fibrilação Ventricular
B) Taquicardia sinusal
C) Taquicardia supraventricular estável
D) Torsades de Pointes

» O traçado mostra frequência cardíaca bastante aumentada, sem onda P, com QRS < 0,12 s e
ritmo regular, trazendo-nos o diagnóstico de taquicardia supraventricular. Pela ausência de
hipotensão arterial, rebaixamento do sensório, dor torácica ou congestão pulmonar, o
quadro é classificado como estável. O ritmo de fibrilação ventricular apareceria como caos
eletrocardiográfico, sem qualquer organização (A errada). A ausência de onda P exclui
taquicardia sinusal (B errada). A torsades des pointes é um exemplo de taquicardia
ventricular polimórfica (D errada). Resposta: C.

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80 - 2020 HPEV

Paciente de 10 anos vem ao pronto-socorro com queixa de mal-estar súbito. Ao exame físico,
paciente corado, sem desconforto respiratório, pressão arterial no percentil 50 para a idade,
com taquicardia importante. Realizada monitorização cardíaca, com frequência de 223 bpm e
identificado o traçado abaixo: A conduta inicial para o caso deve ser:

A) Sulfato de magnésio
B) Manobra vagal
C) Atropina
D) Epinefrina

» O traçado mostra frequência cardíaca bastante aumentada, sem onda P, com QRS < 0,12 s e
ritmo regular, trazendo-nos o diagnóstico de taquicardia supraventricular. Pela ausência de
hipotensão arterial, rebaixamento do sensório, dor torácica ou congestão pulmonar, o
quadro é classificado como estável. Assim, o tratamento pode ser feito com manobra vagal
ou adenosina intravenosa. Sulfato de magnésio seria utilizado, por exemplo, na torsades des
pointes. (A errada). Atropina é tratamento para algumas bradiarritmias (C errada). Epinefrina
não faria sentido aqui também, já que aumentaria ainda mais a frequência cardíaca (B
errada). Resposta: C.

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81 - 2020 HMMG

Considerando a taquicardia supraventricular (TSV) em pediatria, assinale a alternativa correta


quanto ao seu manejo:

A) Na TSV refratária pode estar indicado o uso combinado ou seriado de bloqueadores dos
canais de cálcio, betabloqueadores ou demais antiarrítmicos endovenosos.
B) Adenosina deve ser administrada lentamente, sob risco de causar bradicardia.
C) Após a dose de ataque de adenosina, deixar contínuo 10mg/Kg/dia.
D) Nos pacientes com função ventricular comprometida ou no pós-operatório de cirurgia
cardíaca a amiodarona é uma boa opção.

» Questão conceitual sobre Taquicardia Supraventricular(TSV) e seus tratamentos


farmacológicos. Vamos analisar e marcar a correta:
A-INCORRETA. A recomendação após uso de adenosina é utilizar betabloqueador OU
bloqueador de canais de cálcio inicialmente, o uso combinado é arriscado.
B-INCORRETA. Deve ser administrada rapidamente, sua meia-vida é de apenas 3 segundos
em média.
C-INCORRETA. Não existe recomendação de bomba de adenosina.
D-CORRETA. Lesão estrutural cardíaca(pós-operatório) ou função ventricular comprometida é
uma indicação para uso de amiodarona, que tem boa resposta ventricular.
Resposta LETRA D.

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82 - 2020 INTO

Paciente do sexo feminino, 85 anos, é admitida em unidade de tratamento intensivo com


quadro de torpor, hipotensão (80 x 40 mmHg) e taquicardia, com o seguinte traçado de ritmo
ao monitor cardíaco. Qual a conduta imediata indicada neste caso?

A) Hidratação venosa.
B) Cardioversão elétrica.
C) Infusão de amiodarona por via intra-venosa.
D) Manobra vagal.
E) Infusão de atropina por via intra-venosa.

» Estamos diante de uma idosa torporosa, hipotensa e taquicárdica cujo diagnóstico


eletrocardiográfico mais provável é de taquicardia sinusal (QRS estreitos, precedidos por
ondas P). Todos os achados podem ser explicados por uma hipovolemia! Sendo assim, a
conduta mais adequada para o caso é a reposição volêmica. O torpor apresentado pela
paciente não configura um critério de instabilidade. Além disso, há uma causa reversível
evidente para a taquicardia – a desidratação. Resposta: (A).

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83 - 2020 UHG

Mulher, 48 anos de idade, comparece ao ambulatório para investigação de palpitação. Refere


que há 6 meses apresenta palpitações de início e fim súbitos, que duram cerca de 15-20
minutos e são acompanhadas por adinamia e tontura leve. Após questionamento ativo sobre
outros sintomas, referiu dispneia leve aos grandes esforços (ex.: subir mais de dois lances de
escada, com compras nas mãos). Nega dor torácica, lipotimia, síncope, náuseas, vômitos,
sudorese ou outros. Refere se tratar para hipertensão arterial, controlada com uso de
enalapril 10mg duas vezes ao dia. Foi submetida a amidalectomia aos 12 anos por apresentar
faringites de repetição. Está assintomática no momento. Ao exame: pulso irregular, com
frequência cardíaca = 68 batimentos/minuto, frequência respiratória = 16 incursões/minuto,
pressão arterial de 120 x 80 mmHg e saturação periférica de oxigênio de 98%, em ar
ambiente. Exame cardiovascular: bulhas irregulares, com hiperfonese de B1 e sopro diastólico
em foco apical, com intensidade 3+/6+, com estalido de abertura. Demais sistemas avaliados
sem alterações. Apresenta eletrocardiograma realizado, previamente, por solicitação de
médico da unidade de emergência e reproduzido a seguir. Com base no diagnóstico
eletrocardiográfico e etiológico da paciente, qual deve ser a conduta para profilaxia de
eventos tromboembólicos?

A) Anticoagulação com heparina não fracionada.


B) Antiagregação plaquetária com ácido acetilsalicílico.
C) Anticoagulação com warfarina.
D) Antiagregação plaquetária com clopidogrel.

» O ECG revela uma fibrilação atrial (FA): (1) ausência de onda P; (2) ausência de onda f de
flutter; (3) QRS estreito; (4) RR irregularmente irregular. A resposta ventricular não está
aumentada (ausência de taquicardia), mas isso não exclui o diagnóstico de FA. Pois bem, qual
a provável etiologia? Ora, a paciente é uma mulher relativamente jovem com história de
amigdalites de repetição. Ao exame físico, apresenta sopro apical DIASTÓLICO, sugestivo de
estenose mitral. Logo, é mais do que razoável supor o diagnóstico de FA "valvar", isto é, FA
decorrente de sobrecarga atrial esquerda por estenose mitral moderada a grave originária de
sequelas de cardite reumática... Sabemos que neste caso não é preciso calcular o CHADS-
VASC: a paciente já é considerada de alto risco cardioembólico automaticamente! E sabemos
também que na FA "valvar" apenas o warfarin foi validado como anticoagulante (as demais
drogas orais aumentaram morbimortalidade). Obs.: cuidado para não marcar a letra A... A
questão dá a entender que demanda a conduta definitiva de longo prazo (isto é, é aceitável
iniciar a anticoagulação com heparina e depois passar para warfarin, mas a resposta certa
aqui é ter como objetivo usar warfarin indefinidamente). Resposta: C.

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84 - 2020 CSNSC

Dos anticoagulantes abaixo, qual NÃO deve ser indicado para uso em pacientes com fibrilação
atrial e prótese valvar metálica?

A) Heparina não fracionada


B) Marevan
C) Rivaroxabana
D) Enoxaparina

» Questão direta! Existe clara indicação de anticoagulação plena em pacientes portadores de


prótese valvar metálica, pelo elevado risco de trombose da prótese, o que pode acarretar
mau funcionamento e necessidade de retroca valvar. A fibrilação atrial também é uma
clássica indicação de anticoagulação plena para indivíduos com score CHADS-VASc > 1, na
prevenção de eventos tromboembólicos.
Contudo, devemos nos lembrar também que para indivíduos portadores de prótese valvar
metálica, estão PROSCRITOS os anticoagulantes orais diretos (DOACs) como a rivaroxabana,
dabigatrana, apixabana e edoxabana. Esta recomendação foi principalmente baseada no
grande estudo RE-ALIGN, publicado em 2013 no New England Journal of Medicine, que
demonstrou aumento de eventos tromboembólicos e de sangramento com uso de
dabigatrana em pacientes portadores de próteses valvares metálicas. As heparinas não
fracionada e enoxaparina e os antagonistas da vitamina K ainda são boas opções para
anticoagulação nesses casos.
Resposta letra C

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85 - 2020 HSL - RJ

Sobre os cuidados pós-parada cardíaca em grávidas, é CORRETO afirmar:

A) Dissecção Aórtica, Infarto Miocárdico e embolia pulmonar são extremamente raros


B) Hipotensão arterial deve ser tratada quando o valor sistólica < 80 mmHg com
administração de fluidos e, se necessário, Vasopressores
C) Embolia de líquido amniótico e rotina de artéria uterina ou esplênica são causa muito
frequentes
D) Hipotermia terapêutica (32-34°C. na gestante comatosa pós-parada é recomendado por 12-
14h
E) A ventilação deve começar em 12 irm, sendo a hiperventilação estratégia a ser considerada.

» Em relação a hipotermia terapêutica, frequentemente realizada nos pacientes após parada


cardiorrespiratória, sabemos que não deve ser realizada em alguns cenários específicos,
como em pacientes em choque cardiogênico após o retorno da circulação espontânea,
portadores de coagulopatias, sob o risco de piora do quadro, ou gestantes.
 
Gabarito: Alternativa D.
86 - 2020 CEPOA

Paciente masculino, 63 anos, com sobrepeso (IMC = 30), tabagista de longa data, portador de
diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia é acordado às 3h da manhã
com forte dor torácica à esquerda que irradia para o pescoço. Em uso de losartana 25mg/dia,
metformina 850mg/dia e sinvastatina 20mg/dia. Ele é admitido no hospital de refrência com
PA =86x45mmHg, FC = 42bpm, SpO2 = 90% em ar ambiente, com FR = 42 irpm, turgência
jugular visível a 45º, sonolento e com diaforese. Paciente evoluiu com parada
cardiorrespiratória. Imediatamente após o diagnóstico, qual a conduta?

A) Iniciar compressões torácicas


B) Checar o ritmo
C) Intubação orotraqueal
D) Chamar ajuda

» Questão boa para lembrarmos objetivamente o início do atendimento a vítimas de parada


cardiorrespiratória (PCR). Segundo os protocolos da American Heart Association — os mais
aceitos em nosso meio — após o diagnóstico de PCR, isto é, constatação da ausência de pulso
central, deve-se chamar ajuda (naturalmente, caso esta ainda não tenha sido solicitada). Seja
qual for o ritmo de parada, as compressões torácicas são cruciais e, lembre, a cada 2 minutos
ou 5 ciclos de compressões:ventilações, o socorrista deve ser trocado para se manter a
qualidade das manobras. Ao mesmo tempo, o sucesso da reanimação, em casos de fibrilação
ventricular e taquicardia ventricular sem pulso, depende da desfibrilação precoce — não há
como o desfibrilador chegar à vítima sem que seja solicitado. As compressões devem ser
iniciadas logo após o pedido por ajuda (A errada), enquanto a checagem do ritmo é feita à
chegada do desfibrilador (B errada). Por fim, sabe-se que a intubação orotraqueal não é
obrigatória no atendimento às PCR; assim, é inferior em importância quando comparada às
medidas citadas pelas outras alternativas (C errada). Resposta: D.

Video comentário: 252072


87 - 2020 HSL - RJ

Adolescente de 15 anos é levado à emergência quadro de tosse, palpitação e taquidispneia.


Responsáveis e adolescente relatam três episódios iguais nos últimos 6 meses. Adolescente
relata que em todas as ocasiões, o quadro iniciou enquanto jogava futebol. Nega desmaios ou
síncopes. HPP: rinite alérgica e dermatite de contato. Pais hipertensos. Exame físico: agitado,
ansioso, FC: 215bpm, PA: 130 x 80mm Hg, tempo de enchimento capilar de 3 segundos. AR:
FR: 46irpm, sibilos difusos. Abdômen: peristalse presente, sem massas ou visceromegalias. Foi
inicialmente tratado com broncodilatador inalatório com melhora da tosse, mas persistindo o
mal-estar. Um ECG é obtido quando paciente apresenta FC: 100bpm e não mais relata
palpitação. O diagnóstico é:

A) taquicardia sinusal
B) Taquicardia supraventricular
C) taquicardia ventricular monomórfica
D) síndrome de Wolff-Parkinson-White
E) Fibrilação atrial

» Vamos começar a analisar o eletrocardiograma... Temos uma FC bem próxima a 100 bpm
(inclusive, o próprio enunciado cita isso), o ritmo é aparentemente sinusal, o eixo não pode
ser calculado com uma única derivação, onda P normal, onda T normal, QRS “esquisito”...
Repare que a fase inicial do complexo QRS tem uma angulação diferente. Esse achado
eletrocardiográfico, conhecido como onda delta, é típico da síndrome de Wolff-Parkinson-
White, lembra dela? 
Indivíduos com WPW possuem uma via acessória que conecta um átrio a um ventrículo. Veja
o que acontece... O estímulo elétrico proveniente do nó sinoatrial chega ao nó
atrioventricular (caminho normal) e à via acessória ao mesmo tempo, praticamente.
Entretanto, o estímulo que alcança o primeiro percurso sofre um processo de lentificação
(fisiológica) até iniciar sua descida pelo feixe de Hiss. Na via acessória, isso não ocorre! Sendo
assim, o potencial de ação desce até os ventrículos através dela. Mas acontece que a
despolarização ventricular a partir da via acessória ocorre de célula a célula e não conta com
um sistema especializado, como o de Hiss-Purkinje. Por isso, a fase inicial da despolarização é
mais lenta (justificando a onda delta). A partir do momento em que o estímulo “parado” no nó
AV começa a descer (lembre-se que ele sofreu uma lentificação quando chegou nesta região),
a despolarização ocorre normalmente, o que explica o fato de o restante do QRS ser
morfologicamente normal. 
Essa via acessória faz com que o indivíduo seja predisposto a desenvolver algumas arritmias,
como flutter, FA, taquicardia ventricular. Certamente, foi isso que aconteceu com esse
adolescente... 
Resposta: (D).

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88 - 2020 AFAMCI

Paciente do sexo masculino de 62 anos de idade perde a consciência na rua, e esforços de


ressuscitação são iniciados. Na sala de emergência, realiza-se um eletrocardiograma; parte
dele é mostrada a seguir. Qual dos seguintes distúrbios poderia explicar a apresentação deste
homem?

A) Hipocalemia;
B) Hipercalemia;
C) Hemorragia intracerebral;
D) Toxicidade digital;
E) Tetania hipocalcêmica;

» Temos um paciente com história de perda de consciência na rua onde foram realizadas
manobras de ressuscitação. Ok… Só com essa história não saímos do lugar! Agora, vamos ao
ECG que, inclusive, apresenta péssima qualidade. O que “salta aos olhos”?
Bem é bem possível evidenciar ondas T invertidas e de grande amplitude difusamente, as
chamadas ondas T cerebrais, comuns na ocorrência de hemorragia cerebral.
 
Melhor opção: alternativa C.
89 - 2020 FESO

Quais são os ritmos chocáveis através de desfribilação cardíaca?

A) Taquicardia ventricular sem pulso e bradicardia ventricular sem pulso


B) Fibrilação ventricular e fibrilação atrial
C) Assistolia e atividade elétrica sem pulso
D) Flutter atrial e fibrilação ventricular
E) Taquicardia ventricular sem pulso e Torsades de pointes

» A desfibrilação (choque não sincronizado) é aplicado nos casos de parada em "fibrilação


ventricular" e "taquicardia ventricular sem pulso" e também nos pacientes com taquicardia
ventricular polimórfica (por exemplo, torsades de pointes) que se encontrem instáveis.
Resposta certa: LETRA E.

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90 - 2020 FUBOG

Apesar de os Novos Anticoagulantes Orais (NOACs) serem não inferiores aos antagonistas de
vitamina K na prevenção de Acidente Vascular Encefálico isquêmico (AVEi) em pacientes com
fibrilação atrial e tratamento de trombose venosa profunda, podemos APENAS concordar que:

A) Os Novos Anticoagulantes Orais (NOACs) estão relacionados com maior risco de


sangramentos maiores, particularmente acidente vascular encefálico hemorrágico (AVEh).
B) Os Novos Anticoagulantes Orais (NOACs) estão relacionados com menor risco de
sangramentos maiores, particularmente Acidente Vascular Encefálico hemorrágico (AVEh).
C) Os Novos Anticoagulantes Orais (NOACs) estão relacionados com menor risco de
sangramentos maiores, exceto Acidente Vascular Encefálico hemorrágico (AVEh).
D) Os Novos Anticoagulantes Orais (NOACs) estão relacionados com igual risco de
sangramentos maiores, particularmente Acidente Vascular Encefálico hemorrágico (AVEh).

» Pessoal, as assertivas estão muito mal escritas... decerto essa questão não passou por
revisão. Segundo a Diretriz da SBC "Prevenção do Acidente Vascular Cerebral na Fibrilação
Atrial: Foco na América Latina" (2016), página 1, os NOACs estão associados a MENOR risco de
sangramento:
"Os novos anticoagulantes orais não AVK (NOACs) representam um meio potencial de superar
muitas limitações associadas ao uso dos AVKs e do AAS, incluindo uma redução na
necessidade de monitoramento e risco reduzido de eventos hemorrágicos"
Dessa forma, solicitamos a anulação da questão, pois nenhuma das opções faz sentido.
Infelizmente, a banca manteve o gabarito como a opção B.
91 - 2020 FUBOG

Para os pacientes estáveis, com FA (Fibrilação Atrial) persistente, que vão se submeter à
cardioversão elétrica ou química, recomenda-se a ACO (Anticoagulante Oral) por pelo menos 3
semanas antes e 4 semanas após cardioversão na faixa terapêutica (RNI entre 2 a 3). Somente
está ERRADO o item:

A) Após 2 semanas, a manutenção da ACO deve ser de acordo com score de risco de CHA2
DS2 VASC.
B) O uso de ACO está indicado para os pacientes com flutter atrial nas mesmas considerações
que na FA.
C) A dose preferencial de rivaroxabana deve ser de 20 mg/dia, desde que tenham baixo risco
de sangramento.
D) A dose preferencial de dabigatrana deve ser de 150 mg 2x/dia, desde que tenham baixo
risco de sangramento.

» Segundo a diretriz da FA da SBC, a manutenção da ACO deve ser decidida de acordo com o
escore de risco de CHA2 DS2 VASC, mas após 4 semanas. Por essa razão a assertiva A está
errada e corresponde ao gabarito. As demais opções são corretas de acordo com a referida
diretriz.

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92 - 2020 CEOQ

Infelizmente os dados na literatura quanto à incidência de PCR no Brasil são escassos.


Podemos entretendo indicar que ocorre erro no item:

A) O principal ritmo de PCR em ambiente extra-hospitalar não é a Fibrilação Ventricular (FV) e


sim a Taquicardia Ventricular (TV).
B) A Fibrilação Ventricular (FV) e a Taquicardia Ventricular (TV), juntas chegando a quase 80%
dos eventos.
C) A Fibrilação Ventricular (FV) e a Taquicardia Ventricular (TV) apresentam um bom índice de
sucesso na reversão, se prontamente tratados.
D) Quando a desfibrilação é realizada precocemente, em até 3 a 5 minutos do início da PCR, a
taxa de sobrevida é em torno de 50% a 70%.

» Apesar dos dados da literatura acerca das paradas cardiorrespiratórias em ambiente extra
hospitalar serem pobres, sabemos que os ritmos de parada mais frequentes são a
taquicardia ventricular e a fibrilação ventricular, alcançando 80% dos eventos. Por se tratarem
de ritmos chocáveis, há um grande índice de reversão em pacientes prontamente tratados,
tendo o desfibrilador externo automático (DEA) um papel essencial nesse contexto,
resultando em uma sobrevida superior a 50%. Gabarito: Alternativa A.
93 - 2020 HMO - SA

Durante um jogo de futebol profissional, um homem de aproximadamente 27 anos apresenta


um colapso. Após verificar a responsividade e a presença de movimentos respiratórios, o
médico percebe um padrão incomum de respiração, conhecido como respiração agônica ou
""gasping"". Qual é a conduta mais adequada neste momento?

A) Uso da manobra ver-ouvir-sentir.


B) Duas ventilações de resgate, preferencialmente com uso de dispositivo bolsa-válvula-
máscara conectado a uma fonte de oxigênio.
C) Chamar ajuda imediatamente e checar o pulso carotídeo por 10 segundos.
D) Introduzir o dedo indicador dentro da boca da vítima para evitar que a língua enrole e
obstrua a via aérea.

» Pessoal, questão direta e tranquila. Frente a um paciente em PCR (o padrão "gasping" não
significa que o paciente está respirando, pois pode ocorrer ainda durante a fase elétrica da
parada), as primeiras condutas são chamar ajuda e checar o pulso carotídeo (considerando
que um médico, e não um leigo, está fazendo o atendimento). Resposta: C.

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94 - 2020 HECI

Homem de 77 anos se queixa de palpitação em repouso. Sem outras queixas. Nega doenças
conhecidas ou uso de medicamentos. Ao exame físico, PA: 140 X 90mmHg, FC 116bpm, FR
15ipm, SpO₂ 98%. O ritmo cardíaco é irregular, a primeira bulha é hiperfonética e há sopro
mesodiastólico em ruflar no apex do coração. Sem outras alterações ao exame físico.
Ecocardiograma: ventrículo esquerdo de dimensões levemente aumentadas, sem déficits
segmentares da contratilidade e fração de ejeção de 40%. Átrio esquerdo de volume muito
aumentado. Estenose mitral moderada e insuficiência mitral moderada de morfologia
reumática. Não se visualizam trombos. Eletrocardiograma; Considerando o caso descrito,
assinale a alternativa que apresenta a prescrição CORRETA para esse paciente.

A) Bisoprolol e varfarina.
B) Digoxina e enoxaparina.
C) Diltiazem e rivaroxabana.
D) Metoprolol e apixabana.

» Temos um paciente com exame físico compatível com fibrilação atrial (palpitação e ritmo
cardíaco irregular). Neste caso, está exposto o conceito de fibrilação atrial (FA) de etiologia
valvar, ou seja, secundária a um quadro de estenose aórtica, além de insuficiência mitral, o
que resultou em crescimento também de ventrículo esquerdo, visto que a estenose mitral
caracteristicamente poupa o ventrículo esquerdo, ocasionando crescimento atrial importante.
Assim, o tratamento consiste em controle da frequência cardíaca ou do ritmo, associado a
anticoagulação, uma vez que o paciente possui dois pontos no escore de CHA2DS2VASc
apenas pela idade. Quanto às drogas a serem utilizadas para este fim, sabemos que os
anticoagulantes de ação direta, como a rivaroxabana e a apixabana, não devem ser utilizadas
na FA valvar e que o controle de frequência cardíaca em pacientes com disfunção ventricular
esquerda não deve ser realizado com bloqueadores do canal de cálcio.
 
Gabarito: Alternativa A.

Video comentário: 227077


95 - 2020 HOG

Homem de 35 anos, com queixa de dor torácica e palpitações aos esforços moderados, sem
relato de fadiga ou síncope. À ausculta apresenta sopro sistólico ejetivo melhor ouvido na
borda esternal esquerda, 3º espaço intercostal, e intensificado por manobra de Valsalva.
História familiar de morte súbita paterna. O exame mais indicado na investigação etiológica é:

A) eletrocardiograma.
B) teste ergométrico.
C) ressonância magnética cardíaca.
D) angiografia coronária.
E) teste genético.

» O sopro sistólico em foco aórtico acessório que se intensifica com manobra de Valsalva é
altamente sugestiva de miocardiopatia hipertrófica. Assim, devemos proceder a avaliação
estrutural do coração por ecocardiograma ou ressonância magnética, exames capazes de
evidenciar hipertrofia assimétrica não dilatada do coração.
 
Gabarito: Alternativa C.

Video comentário: 241689

96 - 2020 UFAL

Para que ocorra uma melhoria nas estruturas e nos sistemas de saúde, que é um dos pontos
essenciais no sucesso do atendimento da parada cardiorrespiratória (PCR), sendo inadequado
apenas:

A) Criação de um sistema integrado com treinamento de pessoas.


B) Auxílio de materiais de emergência.
C) Transportes para um atendimento unificado.
D) Disponibilidade de DEA em locais públicos com baixa movimentação de pessoas.

» Considerando a alta incidência de fibrilação ventricular (FV) e taquicardia ventricular (TV)


como ritmo de parada cardiorrespiratória em ambiente hospitalar, que ocorre por diferentes
etiologias, a criação de um sistema integrado de treinamento, com auxílio de materiais de
emergência e transportes para um atendimento unificado possui impacto importante na
redução da mortalidade desses pacientes. No entanto, não há justificativa para disponibilizar
um desfibrilador externo automático (DEA) em locais com baixa circulação de pessoas,
devendo o dispositivo, de baixa complexidade de uso e alta chance de reversão dos ritmos
chocáveis (TV e FV), ser disponibilizado em locais de alta circulação de pessoas.
 
Gabarito: Alternativa D.

Video comentário: 249382


97 - 2020 SCMC - MT

Considerando o uso do Desfibriladores Externos Automáticos em portadores de Marca-passo


ou Cardioversor Desfibrilador Implantável (CDI), somente podemos aceitar o item:

A) Se estiver na região onde é indicado o local para aplicação das pás, afaste-as ou opte por
outro posicionamento das pás (anteroposterior, por exemplo).
B) Se estiver na região onde é indicado o local para aplicação das pás, não é necessário
afastar.
C) Se estiver na região onde é indicado o local para aplicação das pás, afaste-as, mas nunca
opte por outro posicionamento das pás (anteroposterior, por exemplo).
D) Se estiver na região onde é indicado o local para aplicação das pás, mantenha o
posicionamento das pás (anteroposterior, por exemplo).

» O uso do desfibrilador externo automático (DEA) em pacientes com


marcapasso/cardiodesfibrilador implantável deve considerar que a aplicação das pás sobre o
dispositivo pode provocar interferência na sua ação, uma vez que o aparelho é responsável
pela leitura do ritmo cardíaco e realização do choque, quando recomendado. Nesses casos,
portanto, a colocação das pás deve respeitar o posicionamento  anteroposterior, caso o
paciente apresente o marcapasso implantado em região infraclavicular direita.
 
Gabarito: Alternativa A.

Video comentário: 255313


98 - 2020 FUBOG

Para paciente submetidos à cardioversão elétrica guiada por ECOTE e sem trombos,
recomenda-se a HNF EV (bolus seguido de infusão contínua) antes da cardioversão e deve-se
mantê-la até que a ACO plena seja atingida. Somente devemos indicar como ERRADO:

A) Para pacientes com FA que necessitam de cardioversão elétrica de emergência, recomenda-


se a HNF EV (bolus seguido de infusão intermitente).
B) Para paciente submetidos à cardioversão elétrica guiada por ECOTE e sem trombos,
recomenda-se a HBPM antes da cardioversão e deve-se mantê-la até que a anticoagulação
oral plena seja atingida.
C) Para pacientes com FA que necessitam de cardioversão elétrica de emergência, recomenda-
se dose plena de HBPM.
D) Se for identificado trombo, anticoagulação dever ser mantida por 3 semanas.

» Como é típico das provas da FUBOG, as assertivas foram retiradas na íntegra de Diretrizes da
Sociedade Brasileira de Cardiologia. Nesse caso, as de “Posicionamento sobre Antiagregantes
Plaquetários e Anticoagulantes em Cardiologia – 2019”. Em pacientes com fibrilação atrial (FA)
que necessitam de cardioversão de emergência (ex.: devido à instabilidade hemodinâmica),
pode-se utilizar a heparina não-fracionada (HNF) ou heparina de baixo peso molecular
(HBPM) em dose plena antes do procedimento (letra C correta), mantendo-as por pelo menos
quatro semanas. O erro na alternativa A é que a HNF endovenosa é realizada em bolus e
depois continuamente, em bomba infusora. Após o período de quatro semanas, a
necessidade de continuação do anticoagulante oral irá depender do risco CHA 2DS 2VASc.
Quando o paciente é submetido a uma ECOTE para avaliar trombos intracavitários e esse
exame dá “positivo”, deve-se aguardar para realizar a cardioversão por pelo menos três
semanas de anticoagulação e nova reavaliação após com novo exame (letra D correta). Se o
ECOTE não apontar trombos, a cardioversão pode ser feita, desde que o anticoagulante seja
imediatamente prescrito (letra B correta). Resposta: A.

Video comentário: 229495


99 - 2020 HCB - RO

Existe a preocupação de que a realização por períodos prolongados de compressões torácicas


contínuas (sem ventilação) poderia ser menos eficaz do que a RCP convencional (compressões
e ventilações), isso por que:

A) Uma vez que o conteúdo arterial de oxigênio reduz, à medida que a PCR se prolonga.
B) Uma vez que o conteúdo arterial de oxigênio aumenta, à medida que a PCR se prolonga.
C) Uma vez que o conteúdo venoso de oxigênio reduz, à medida que a PCR se prolonga.
D) Uma vez que o conteúdo arterial de oxigênio reduz, não se altera medida que a PCR se
prolonga.

» A principal medida a ser instituída no atendimento ao paciente em parada


cardiorrespiratória, com maior impacto na redução da mortalidade, é a massagem cardíaca.
No entanto, sabemos que pela maior dificuldade técnica de realização das ventilações, o
atendimento sem a realização das mesmas resulta em redução na taxa de sucesso da
manobra de ressuscitação, uma vez que o conteúdo arterial de oxigênio reduz
progressivamente com o passar do tempo.
 
Gabarito: Alternativa A.

Video comentário: 250513


100 - 2020 SCMC - MT

Assim que o DEA estiver disponível, o socorrista, se estiver sozinho, deve parar a RCP para
conectar o aparelho à vítima. Porém, caso ocorra outra situação, a alternativa correta é a
alternativa:

A) Se houver mais de um socorrista, o segundo socorrista manuseia o DEA e, nesse caso, a


RCP não é interrompida quando o DEA emitir um alerta verbal como: “analisando o ritmo
cardíaco”, “não toque o paciente” e/ou “choque recomendado, carregando, afaste-se do
paciente”.
B) Se houver mais de um socorrista, o segundo socorrista não pode manusear o DEA e, nesse
caso, a RCP não é interrompida quando o DEA emitir um alerta verbal como: “analisando o
ritmo cardíaco”, “não toque o paciente” e/ou “choque recomendado, carregando, afaste-se do
paciente”.
C) Se houver mais de um socorrista, o segundo socorrista manuseia o DEA e, nesse caso, a
RCP só é interrompida quando o DEA emitir um alerta verbal como: “analisando o ritmo
cardíaco”, “não toque o paciente” e/ou “choque recomendado, carregando, afaste-se do
paciente”.
D) Se houver mais de um socorrista, o segundo socorrista manuseia o DEA e, nesse caso, a
RCP é continuada quando o DEA emitir um alerta verbal como: “analisando o ritmo cardíaco”,
“não toque o paciente” e/ou “choque recomendado, carregando, afaste-se do paciente”.

» Boa questão retirada da I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados


Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Vamos, então, revisar o assunto com um trecho extraído do documento…
“Assim que o DEA estiver disponível, se o socorrista estiver sozinho, deverá parar a RCP para
conectar o aparelho, porém, se houver mais do que um socorrista, enquanto o primeiro
realiza RCP; o outro manuseia o DEA e, nesse caso, só será interrompida quando o DEA emitir
uma frase como "analisando o ritmo cardíaco, não toque o paciente" e/ou "choque
recomendado, carregando, afaste-se da vítima". Os passos para a utilização do DEA são
descritos a seguir:
1. Ligue o aparelho apertando o botão ON - OFF (alguns aparelhos ligam automaticamente ao
abrir a tampa).
2. Conecte as pás (eletrodos) no tórax da vítima, observando o desenho contido nas próprias
pás, mostrando o posicionamento correto das mesmas”. 
 
Resposta: letra C.

Video comentário: 255314


101 - 2020 CESUPA

Paciente de 62 anos admitido no pronto socorro com história de há 3 horas evoluindo com
dor torácica de forte intensidade seguida de torpor. Ao exame físico: Mal estado geral com
Glasgow 12 e extremidades frias e pegajosas. Frequência cardíaca de 36 btm/min. PA:
70x30mmHg. Ausculta pulmonar: MV+ bilateralmente, com crepitações bibasais com
frequência respiratória de 25iRPM. Abdome: inocente. ECG realizado na urgência mostra o
seguinte traçado. Esse ECG indica um:

A) infarto agudo do miocárdio, com supra de ST, com indicação de cateterismo de urgência.
B) bloqueio átrio ventricular total, com indicação de implantação de marcapasso
transcutânea.
C) infarto agudo do miocárdio, sem supra de ST, com indicação de dupla agregação e CATE
eletivo.
D) bloqueio átrio ventricular, MOBITZ II, secundário a infarto agudo do miocárdio, indicado
fazer atropina.

» Esse homem de 62 anos abriu quadro de dor torácica há 3 horas e, agora, está chocado, com
vários sinais de baixo débito: hipotensão arterial, rebaixamento de consciência, extremidades
frias... O eletrocardiograma mostra:
(1) supradesnível do segmento ST em parede inferior, traduzindo possível infarto agudo do
miocárdio "com supra" (C errada) e
(2) ondas P e complexos QRS com ritmos totalmente dissociados, isto é, bloqueio
atrioventricular total (BAVT - D errada).
Diante dessa combinação de diagnósticos, quais seria sua conduta? É claro que o infarto com
supra que instabiliza o paciente deve ser abordado através de cateterismo cardíaco, e com
urgência! Mas atenção: o motivo mais provável para a instabilidade apresentada não é falha
de bomba resultante do infarto, mas baixo débito cardíaco por conta da marcada bradicardia
secundária ao BAVT. Assim, antes de pensar em levar o paciente para a mesa de angiografia,
deve-se estabilizá-lo através da colocação de marca-passo transcutâneo, isto é, o de mais
rápida e instalação (A errada). Com a frequência cardíaca normalizada por ação do marca-
passo, o paciente pode então ser submetido ao cateterismo com muito mais segurança...
Resposta: B.

Video comentário: 230901


102 - 2020 HOA

Para que ocorra uma melhoria nas estruturas e nos sistemas de saúde, que é um dos pontos
essenciais no sucesso do atendimento da parada cardiorrespiratória (PCR), sendo inadequado
apenas:

A) Criação de um sistema integrado com treinamento de pessoas.


B) Auxílio de materiais de emergência.
C) Transportes para um atendimento unificado.
D) Disponibilidade de DEA em locais públicos com baixa movimentação de pessoas.

» Questão baseada na Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados


Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia - 2019. 
Vamos, então, revisar um trecho que respondia a questão…
“Pontos essenciais no sucesso do atendimento da parada cardiorrespiratória (PCR):

Melhoria nas estruturas e nos sistemas de saúde: criação de um sistema integrado com
treinamento de pessoas, auxílio de materiais e transportes para um atendimento unificado,
além da disponibilidade de DEA em locais públicos com alta movimentação de pessoas”. 

 
Resposta: letra D.

103 - 2020 SCMM

Infelizmente os dados na literatura quanto à incidência de PCR no Brasil são escassos.


Podemos entretendo indicar que ocorre erro no item:

A) O principal ritmo de PCR em ambiente extra-hospitalar não é a Fibrilação Ventricular (FV) e


sim a Taquicardia Ventricular (TV).
B) A Fibrilação Ventricular (FV) e a Taquicardia Ventricular (TV), juntas chegando a quase 80%
dos eventos.
C) A Fibrilação Ventricular (FV) e a Taquicardia Ventricular (TV) apresentam um bom índice de
sucesso na reversão, se prontamente tratados.
D) Quando a desfibrilação é realizada precocemente, em até 3 a 5 minutos do início da PCR, a
taxa de sobrevida é em torno de 50% a 70%.

» Apesar dos dados da literatura acerca das paradas cardiorrespiratórias em ambiente extra
hospitalar serem pobres, sabemos que os ritmos de parada mais frequentes são a
taquicardia ventricular e a fibrilação ventricular, alcançando 80% dos eventos. Por se tratarem
de ritmos chocáveis, há um grande índice de reversão em pacientes prontamente tratados,
tendo o desfibrilador externo automático (DEA) um papel essencial nesse contexto,
resultando em uma sobrevida superior a 50%. Gabarito: Alternativa A.

Video comentário: 249894


104 - 2020 UFAL

Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de


Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019. Listamos abaixo itens referentes à
cadeia de elos de sobrevivência diferenciadas no contexto de uma parada cardiorrespiratória
(PCR) intra-hospitalar, determine o item que não pode ser considerado como parte da mesma:

A) RCP imediata de alta qualidade.


B) Rápida desfibrilação.
C) Suporte básico de Vida.
D) Cuidados pós-PCR.

» Segundo a Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de


Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia, de 2019, os elos de sobrevivência para
um bom atendimento ao indivíduo em parada cardiorrespiratória são:
 
- Vigilância e prevenção;
- Reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência;
- RCP imediata de alta qualidade;
- Rápida desfibrilação, Suporte Avançado de Vida e cuidados pós-PCR, ou uma PCR extra-
hospitalar, Reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência;
- RCP imediata de alta qualidade e rápida desfibrilação;
- Serviços médicos básicos e avançados de emergência;
- Suporte Avançado de Vida e cuidados pós-PCR.
 
Assim, faz parte dos elos de sobrevivência o suporte AVANÇADO de vida.
 
Gabarito: Alternativa C.

Video comentário: 249385


105 - 2020 HCB - RO

Para a PCR prolongada (>15 minutos), a realização de RCP convencional (compressões e


ventilações) apresentou taxa significativamente mais alta de sobrevivência com resultado
neurológico favorável, quando comparado à RCP com compressões contínuas e não
realização de RCP. Podemos então concordar com o item:

A) Assim, em PCR rápidas de origem cardíaca, a RCP convencional mostrou benefício


adicional, em comparação à RCP somente com as compressões.
B) Assim, em PCR prolongadas de origem cardíaca, a RCP convencional não mostrou benefício
adicional, em comparação à RCP somente com as compressões.
C) Assim, em PCR prolongadas de origem cardíaca, a RCP convencional mostrou benefício
adicional, em comparação à RCP somente com as compressões.
D) Assim, em PCR prolongadas de origem cardíaca, a RCP convencional mostrou benefício
adicional, em comparação à RCP somente com as ventilações.

» Boa questão baseada no Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados


Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia - 2019. 
Vamos, então, revisar um trecho que respondia a questão…
“Para a PCR prolongada (> 15 minuto), a realização de RCP convencional (compressões e
ventilações) apresentou taxa significativamente mais alta de sobrevivência com resultado
neurológico favorável, quando comparado à RCP com compressões contínuas e não
realização de RCP. Assim, em PCR prolongadas de origem cardíaca, a RCP convencional
mostrou benefício adicional, em comparação à RCP somente com as compressões.”
Resposta: letra C. 
 
obs.: Note que não era necessário conhecer o documento para acertarmos a questão.
Bastava marcarmos a opção que ia ao encontro do que fora mencionado no enunciado.
106 - 2020 SCMC - MT

Se a vítima não estiver respirando ou apresentar somente gasping e pulso, aplique uma
ventilação a cada 5 a 6 segundos, mantendo frequência de 10 a 12 ventilações por minuto.
Podemos apenas indicar que:

A) Cheque o pulso a cada 5 minutos. Se não detectar pulso na vítima ou estiver em dúvida,
inicie os ciclos de compressões e ventilações.
B) Cheque o pulso a cada 2 minutos. Se não detectar pulso na vítima ou estiver em dúvida,
inicie os ciclos de compressões e ventilações.
C) Cheque o pulso a cada 2 minutos. Se detectar pulso na vítima ou estiver em dúvida, inicie
os ciclos de compressões e ventilações.
D) Cheque o pulso a cada 2 minutos. Se não detectar pulso na vítima ou estiver em dúvida,
inicie os ciclos de compressões sem ventilações.

» Em pacientes com parada respiratória, isto é, apneia ou gasping + pulso central presente, o
suporte à vida consiste em realizar ventilações. A frequência é de uma ventilação a cada 5-6
segundos, ou seja, cerca de 10 a 12 ventilações por minuto. A cada 2 minutos de ventilação,
deve-se proceder à checagem de pulso, pois o paciente em parada respiratória pode evoluir
com parada cardíaca (A errada). Na eventualidade de o pulso central desaparecer ou se sua
presença tornar-se duvidosa, deve-se dar início às compressões torácicas em alternância com
as ventilações (C e D erradas). Resposta: B.

Video comentário: 255317


107 - 2020 HOA

Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de


Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019. Listamos abaixo itens referentes à
cadeia de elos de sobrevivência diferenciadas no contexto de uma parada cardiorrespiratória
(PCR) intra-hospitalar, determine o item que não pode ser considerado como parte da mesma:

A) RCP imediata de alta qualidade.


B) Rápida desfibrilação.
C) Suporte básico de Vida.
D) Cuidados pós-PCR.

» Segundo a diretriz, mencionada no enunciado, são elos de sobrevivência:

Vigilância e prevenção;
Reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência;
RCP imediata de alta qualidade;
Rápida desfibrilação, Suporte Avançado de Vida e cuidados pós-PCR, ou uma PCR extra-
hospitalar, Reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência;
RCP imediata de alta qualidade e rápida desfibrilação;
Serviços médicos básicos e avançados de emergência;
Suporte Avançado de Vida e cuidados pós-PCR.

 
Resposta: letra C.
108 - 2020 SMS - PR

Em relação a Fibrilação Atrial em pacientes com doença valvar, assinale a alternativa


INCORRETA:

A) Os DOACs (anticoagulantes orais diretos) podem ser utilizados em pacientes com estenose
aórtica importante e síncope.
B) Os DOACs estão contraindicados em pacientes com válvula mecânica.
C) Os DOACs estão contraindicados em pacientes com Clearance Creatinina - ClCr < 15 ml/min.
D) Os DOACs podem ser utilizados em pacientes com Estenose Mitral moderada à importante
e assintomáticos.

» Vejamos cada uma das assertivas acerca do uso do uso dos anticoagulantes orais de ação
direta (DOACs) no contexto da fibrilação atrial:
 
A - Correta. A estenose aórtica não é uma contraindicação ao uso dos DOACs.
 
B - Correta. A presença de válvula mecânica resultou em maior risco de trombose com uso
dos DOACs quando comparado ao uso de varfarina.
 
C - Correta. Os estudos que comprovaram a eficácia dos DOACs não contemplaram pacientes
com doença renal crônica em estágio V.
 
D - Incorreta. Os DOACs são contra indicados na fibrilação atrial de etiologia valvar, ou seja
secundária a estenose mitral moderada a importante.
 
Gabarito: Alternativa D.

Video comentário: 251008


109 - 2020 HOA

A Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares inseridos nos Cuidados pós-


PCR, apresenta como importante ponto o item:

A) Ênfase na avaliação neurológica, cumprimento das metas hemodinâmicas e controle


térmico, com maior tolerância na variação de temperatura e prevenção de febre.
B) Ênfase na avaliação neurológica, cumprimento das metas hemodinâmicas e controle
térmico, com menor variação de temperatura e prevenção de febre.
C) Ênfase na avaliação neurológica, cumprimento das metas hemodinâmicas e controle
térmico, com menor variação de temperatura e sem prevenção de febre.
D) Ênfase na avaliação neurológica, sem o cumprimento das metas hemodinâmicas e controle
térmico, com menor variação de temperatura e prevenção de febre.

» Questão baseada na Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados


Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia - 2019. 
Neste documento é falado sobre os pontos essenciais no sucesso do atendimento da parada
cardiorrespiratória (PCR). Como, por exemplo, os cuidados pós-PCR com ênfase na avaliação
neurológica, cumprimento das metas hemodinâmicas e controle térmico, com menor
variação de temperatura e prevenção de febre. 
 
Resposta: letra B.

110 - 2020 UFAL

A Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares inseridos nos Cuidados pós-


PCR, apresenta como importante ponto o item:

A) Ênfase na avaliação neurológica, cumprimento das metas hemodinâmicas e controle


térmico, com maior tolerância na variação de temperatura e prevenção de febre.
B) Ênfase na avaliação neurológica, cumprimento das metas hemodinâmicas e controle
térmico, com menor variação de temperatura e prevenção de febre.
C) Ênfase na avaliação neurológica, cumprimento das metas hemodinâmicas e controle
térmico, com menor variação de temperatura e sem prevenção de febre.
D) Ênfase na avaliação neurológica, sem o cumprimento das metas hemodinâmicas e controle
térmico, com menor variação de temperatura e prevenção de febre.

» No manejo do paciente pós PCR que retoma ritmo próprio, devemos considerar a presença
de hipoperfusão orgânica, com hipofluxo cerebral. Por essa razão, existem medidas que
reduzem o impacto sobre o sistema nervoso central, como prevenção de febre, manutenção
de metas hemodinâmicas e controle da temperatura corporal
 
Gabarito: Alternativa B.

Video comentário: 249389


111 - 2020 PMFI

Paciente, 60 anos, masculino, missionário, católico, natural de Padre Paraíso-MG, e


procedente de Uberlândia, onde mora há 50 anos. Comparece a consulta de rotina em
Unidade Básica de Saúde da Família com queixa de edema de membros inferiores vespertino,
ortopneia e dispneia aos moderados esforços, que o limitam de realizar seu trabalho. Queixa
de tosse e relata diagnóstico de pneumonia e ""água no pulmão"". Relata ainda que durante
as caminhadas tem apresentado palpitações taquicárdicas associadas a turvação visual.
Quanto à anamnese, exame físico e diagnóstico desse paciente é CORRETO afirmar que:

A) O derrame pleural na insuficiência cardíaca é mais frequentemente unilateral, usualmente


confinado ao lado esquerdo do tórax.
B) Como o paciente está fora de zona endêmica há mais de 40 anos, não há necessidade de
investigação com testes sorológicos para doença de Chagas.
C) Ao exame dos membros inferiores, nesse caso, espera-se encontrar edema de consistência
dura, doloroso, cianótico e associado a hiperplasia cutânea.
D) Na cardiopatia chagásica, a alteração mais frequentemente observada é o bloqueio de
ramo direito, geralmente associado ao hemibloqueio anterior esquerdo, os quais podem estar
presente inclusive em pacientes assintomáticos.

» O quadro clínico é sugestivo de insuficiência cardíaca: edema de membros inferiores,


ortopneia e dispneia aos moderados esforços. O derrame pleural da insuficiência cardíaca é,
caracteristicamente, um transudato bilateral. Além disso, espera-se que o edema de
membros inferiores apresentado pelo paciente seja frio, mole e indolor.
A doença de Chagas deve ser considerada como um possível diagnóstico etiológico neste
caso pois o paciente é proveniente de uma zona endêmica. O envolvimento cardíaco na
doença de Chagas é a sua forma mais grave, ocorrendo em 30-40% dos indivíduos infectados.
O paciente chagásico poderá apresentar sintomas de insuficiência cardíaca, episódios
sincopais, alterações eletrocardiográficas e alterações de contratilidade, de graus variáveis e
com potencial evolutivo. A alteração eletrocardiográfica mais característica da cardiopatia
chagásica é o bloqueio de ramo direito associado ao hemiboqueio anterior esquerdo. Sempre
que tal alteração estiver presente devemos nos atentar para este diagnóstico.
 
Resposta certa letra D.

Video comentário: 239112


112 - 2020 EMCM

Sobre o uso de anticoagulante na FA, é correto afirmar que:

A) Deve ser evitado em pacientes com mais de 75 anos, pelo risco de sangramento.
B) Pacientes de alto risco de trombose devem usar aspirina e/ou clopidogrel.
C) Os novos anticoagulantes são melhores para portadores de válvula mecânica.
D) Pode causar hemorragia intracraniana.

» Drogas anticoagulantes acabam sendo indicadas em praticamente todos os casos de


fibrilação atrial, dada a forte associação desta arritmia com eventos cardiembólicos, bem
como à ampla documentação de benefício dessa forma de tratamento em tal cenário. A
idade, isoladamente, não é fator limitante à prescrição de anticoagulantes (A errada). As
drogas de escolha devem atuar sobre a formação do coágulo de fibrina, e não apenas sobre o
trombo plaquetário (B errada). Os novos anticoagulantes orais de ação direta (inibidores de
trombina e inibidores de fator Xa) são CONTRAINDICADOS no portador de valva mecânica,
pois estudos mostraram maior mortalidade, com tais drogas, nestes pacientes. A droga de
escolha nesses casos é o warfarin (C errada). O efeito colateral mais temido dos
anticoagulantes é o AVC hemorrágico! Resposta: D.

Video comentário: 247930

113 - 2020 HOA

A adequada abordagem de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares com


ênfase nos cuidados após o retorno à circulação espontânea trouxe melhorias nos resultados,
contribuído ao prognóstico dos pacientes. Podemos assim determinar como adequado que:

A) O reconhecimento precoce das causas desencadeantes, orientando a intervenção para


cada cenário clínico.
B) O reconhecimento tardio das causas desencadeantes, orientando a intervenção para cada
cenário clínico.
C) O reconhecimento precoce das causas desencadeantes, desorientando a intervenção para
cada cenário clínico.
D) O reconhecimento precoce das causas desencadeantes, não orientando a intervenção para
cada cenário clínico.

» Questão simples, mas que traz conceito valiosíssimo sobre o atendimento à parada
cardiorrespiratória (PCR)... O suporte avançado de vida se baseia no tratamento, com
medicação, da arritmia responsável pela PCR. Qualquer que seja o ritmo (fibrilação
ventricular, taquicardia ventricular sem pulso, atividade elétrica sem pulso ou assistolia),
assim que iniciado o suporte avançado, devem ser investigadas as causas reversíveis de
parada (5H e 5T). Resposta: A.

Video comentário: 249471


114 - 2020 IHOA

As arritmias cardíacas são decorrentes, basicamente, de alterações na geração do impulso


(automatismo anormal e atividade deflagrada) e/ou na condução do impulso (reentrada).
Sobre os principais mecanismos de taquiarritmia mais prevalentes na população pediátrica,
sua classificação e tratamento, não podemos afirmar que:

A) as células miocárdicas atriais e ventriculares normalmente não apresentam atividade de


marca-passo
B) a reentrada é o mecanismo gerador de taquiarritmias supraventriculares e ventriculares
mais frequente e relevante, podendo ser anatômica ou funcional
C) as arritmias cardíacas podem ser classificadas, quanto à repercussão clínica, em estável ou
instável
D) cicatrizes (fibroses) miocárdicas secundárias à cardiopatia estrutural não favorecem o
desenvolvimento de reentrada

» Somente as células especializadas do sistema de condução possuem a propriedade do


automatismo, pondendo assumir função de marca-passo (A correta). A reentrada é o principal
mecanismo gerador de taquiarritmias em todas as faixas etárias, sejam elas supra
ventriculares ou ventriculares, podendo ter base anatômica ou funcional (ex.: dispersão da
refratariedade em frequências cardíacas muito elevadas) - B correta. As arritmias devem ser
clinicamente classificadas em estáveis ou instáveis, e isso modifica o tratamento de
emergência - C correta. A presença de cicatrizes miocárdicas é um dos principais substratos
anatomopatológicos para o surgimento do fenômeno de reentrada - D errada. Resposta: D.

Video comentário: 248912


115 - 2020 UFAL

A adequada abordagem de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares com


ênfase nos cuidados após o retorno à circulação espontânea trouxe melhorias nos resultados,
contribuído ao prognóstico dos pacientes. Podemos assim determinar como adequado que:

A) O reconhecimento precoce das causas desencadeantes, orientando a intervenção para


cada cenário clínico.
B) O reconhecimento tardio das causas desencadeantes, orientando a intervenção para cada
cenário clínico.
C) O reconhecimento precoce das causas desencadeantes, desorientando a intervenção para
cada cenário clínico.
D) O reconhecimento precoce das causas desencadeantes, não orientando a intervenção para
cada cenário clínico.

» As paradas cardiorrespiratórias podem ocorrer por condições reversíveis em grande parte


dos casos, que devem ser prontamente reconhecidas e corrigidas para reversão do quadro,
como a hipercalemia, acidose metabólica, obstrução coronariana, tamponamento cardíaco,
hipotermia, hipoxemia, intoxicação por drogas ou toxinas, entre outros.
 
Gabarito: Alternativa A.

Video comentário: 249393


116 - 2020 PMFI

Mulher, 67 anos, com hipertensão arterial controlada, sem alterações de exames laboratoriais.
Ecocardiograma (há um ano): aumento do átrio esquerdo. Vem à consulta de rotina
assintomática, apresentando o seguinte eletrocardiograma:

A) Adenosina e rivaroxabana.
B) Amiodarona e AAS.
C) Metoprolol e rivaroxabana.
D) Digoxina e AAS.

» O ECG revela uma fibrilação atrial (FA) com alta resposta ventricular: (1) taquicardia (FC > 100
bpm); (2) ausência de onda p; (3) ausência de onda f de flutter; (4) QRS estreito; (5) RR
irregularmente irregular... Pelo escore CHADS-VASC, trata-se de paciente com alto risco
cardioembólico (mulher = 1 ponto; idade entre 65-74 anos = 1 ponto; HAS = 1 ponto; soma
total = 3). Lembre-se que, em mulheres, um escore maior ou igual a 3 indica anticoagulação.
Os anticoagulantes de primeira linha na atualidade são os inibidores diretos de trombina ou
inibidores diretos do fator Xa, como a rivaroxabana. Para controle da frequência cardíaca
(visando evitar a taquicardiomiopatia), a droga de escolha na ausência de contraindicações é
um betabloqueador inibidor do nódulo AV, como o metoprolol. Logo, melho resposta letra C...
Ué, por que a questão foi anulada? Por um motivo simples... O enunciado descreve o caso,
mas não faz nenhuma pergunta objetiva. Logo, isso dá margem para interpretações
ambíguas e respostas divergentes. Questão mal-feita e merecidamente aniquilada...

Video comentário: 239116


117 - 2020 SMS - JP

Marieta, 32 anos, procura o serviço de urgência referindo palpitação iniciada há


aproximadamente 40 minutos, associada a tontura e boca seca. Já havia apresentado
episódios semelhantes no passado, que duravam apenas poucos minutos. Relata problemas
no relacionamento, estando muito estressada e ansiosa nos últimos dias. Ao exame,
encontra-se lúcida e orientada, com pressão arterial de 120x80mmHg, frequência respiratória
de 20ipm, e SO₂ de 99% em ar ambiente. Você coloca a paciente no monitor cardíaco e obtém
o traçado a seguir. Sobre o caso descrito, assinale a alternativa correta:

A) Trata-se de taquicardia sinusal, compatível com o momento de estresse descrito pela


paciente. Recomenda-se o uso de ansiolíticos, como benzodiazepínicos.
B) Trata-se de taquicardia supraventricular por reentrada nodal. Para sua reversão, podem ser
tentadas manobras de Valsalva ou uso de adenosina EV.
C) Trata-se de ataque de pânico. Deve-se tranquilizar a paciente sobre a natureza dos seus
sintomas, enfatizando o caráter benigno e transitório do quadro apresentado.
D) Trata-se de fibrilação atrial de alta resposta ventricular. Deve-se fazer controle de
frequência cardíaca, e solicitar ecocardiograma transesofágico para nortear cardioversão.

» O enunciado descreve o caso de uma paciente jovem, hemodinamicamente estável, com


queixa de palpitações e tontura. Seu eltrocardiograma evidencia uma taquiarritmia de QRS
ESTREITO, REGULAR, com frequência cardíaca acima de 150 bpm. A ausência de onda p
sinusal visível permite excluir a taquicardia sinusal, seja secundária a estresse emocional ou
ataque de pânico. (A e C INCORRETAS).  O ritmo regular e pouca variação morfológica entre
complexos QRS permite exluir também a fibrilação atrial (D INCORRETA), sugerindo
taquicardia supraventricular paroxística.
Em uma paciente do sexo feminino, jovem, sem comorbidades relatadas, é
epidemiologicamente mais provável que a etiologia dessa taquiarritmia seja a existência de
dupla via nodal. A presença de pseudo R' em V1 e pseudo S em derivações inferiores,
compatível com onda p' por ativação atrial retrógrada também sugere este diagnóstico. O
tratamento das taquiarritmias supraventriculares estáveis se inicia com manobra vagal,
procedendo com uso de adenosina EV em caso de falha do primeiro método.
Resposta letra B

Video comentário: 252174


118 - 2020 HOB - DF

A varfarina é altamente eficaz na prevenção de fenômenos tromboembólicos na FA, com


redução de 64% do risco nos pacientes adequadamente tratados. NÃO podemos aceitar que:

A) Menos metade dos pacientes não são adequadamente tratados, por motivos que variam
desde a dificuldade de controle frequente de RNI até alto risco de sangramento.
B) Pacientes em uso de varfarina nem sempre se encontram na faixa terapêutica adequada
(em geral RNI entre 5 e 6).
C) Ocorre interação medicamentosa, principalmente antibióticos e anti-inflamatórios.
D) Ocorre interação com alimentos, uso irregular da medicação, intercorrências clínicas
agudas, entre outros.

» Apesar dos avanços no tratamento com anticoagulantes orais, a varfarina ainda é o


anticoagulante mais utilizado no mundo, o que ocorre em função da sua boa eficácia e baixo
custo. No entanto, alguns aspectos dificultam a sua utilização, como a grande interação com
outras drogas, alimentos e alterações metabólicas, como em patologias agudas, o que faz
com que apenas cerca de metade dos pacientes encontrem-se com os alvos de INR
adequados durante a maior parte do tratamento. Quanto aos alvos preconizados, tratando-se
de trombose venosa ou arterial, ou paciente com fibrilação atrial não valvar e não portador
de valva mecânica, os alvos preconizados são entre 2 e 3. Para os paciente com prótese
mecânica mitral ou prótese mecânica aórtica em associação com fibrilação atrial, os valores
desejados são entre 2,5 e 3,5.
 
Gabarito: Alternativa B.

Video comentário: 230558


119 - 2020 HOA

O algoritmo do protocolo no atendimento de uma PCR é formado pela cadeia de elos de


sobrevivência diferenciadas, está de acordo com o item:

A) O protocolo no atendimento de uma PCR segue uma sequência lógica e fundamentada de


condutas que melhoram as taxas de reversibilidade do processo inicial que desencadeou o
evento.
B) O protocolo no atendimento de uma PCR segue uma sequência lógica, mas não
fundamentada de condutas que melhoram as taxas de reversibilidade do processo inicial que
desencadeou o evento.
C) O protocolo no atendimento de uma PCR segue uma sequência lógica e fundamentada de
condutas que melhoram as taxas de reversibilidade do processo final que desencadeou o
evento.
D) O protocolo no atendimento de uma PCR segue uma sequência lógica e fundamentada de
condutas que melhoram as taxas de reversibilidade do processo inicial que não desencadeou
o evento.

» Questão sem muita dificuldade. Os algoritmos de atendimento no cenário de uma PCR são
pautados em condutas bem estabelecidas e simplificadas, para otimizar o atendimento
emergencial deste cenário extremo, com objetivo de reduzir a mortalidade e reverter o
quadro clínico inicial, levando à sobrevivência do paciente. Resposta: A.

Video comentário: 249477


120 - 2020 UFGD

A respeito da Parada Cardiorrespiratória (PCR) e manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar


(RCP), assinale a alternativa correta.

A) A vasopressina é pouco recomendada pelo seu alto custo e baixa disponibilidade.


B) Determinar a causa da PCR é secundário, uma vez que as diretrizes do ACLS são iguais para
todas as etiologias, e o tratamento específico deve ser iniciado após retorno da circulação
espontânea.
C) A PCR é contraindicação relativa ao uso de VNI (Ventilação Não Invasiva).
D) O uso da atropina é recomendado se o ritmo da PCR for Atividade Elétrica Sem Pulso
(AESP).
E) Durante as manobras de RCP, no ambiente hospitalar, a prioridade é intubar o paciente,
uma vez que a principal causa de PCR, nesse ambiente, é hipoxemia.

» Vamos de baixo pra cima... Intubar o paciente não é uma prioridade nas manobras de RCP. A
prioridade número 1 é realizar RCP de alta qualidade e desfibrilar o mais precocemente
possível quando indicado (E errada)... A atropina saiu do protocolo na última atualização (D
errada)... PCR é contraindicação ABSOLUTA à VNI (C errada)... Determinar a etiologia da PCR é
essencial, e faz parte da avaliação secundária do paciente, isto é, após iniciadas as manobras
de reanimação em paciente com PCR constatada. As principais etiologias são lembradas pelo
mnemônico 5 H's e 5 T's: o tratamento específico de uma etiologia identificada deve ser
prontamente instituído, pois sem isso a PCR dificilmente é revertida (B errada). A
vasopressina deixou de ser recomendada como vasopressor durante as manobras de RCP!
Tem alto custo, baixa disponibilidade e não se mostrou efetivamente superior à tradicional (e
mais barata) adrenalina 1 mg IV em bolus. Resposta: A.

Video comentário: 247059


121 - 2020 UESPI

Na avaliação de paciente de 78 anos, do sexo feminino com diagnóstico prévio de acidente


vascular cerebral isquêmico, diabética e hipertensa com fibrilação atrial não valvar e
insuficiência cardíaca (fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 32%), qual o valor do escore
CHA2DS2-VASC e qual o significado da pontuação encontrada?

A) Escore de 07; elevado risco de sangramento.


B) Escore de 05; elevado risco tromboembólico.
C) Escore de 08; elevado risco tromboembólico.
D) Escore de 08; elevado risco de sangramento.
E) Escore de 07; elevado risco tromboembólico.

» Questão interessante... Como você sabe, a fibrilação atrial traz risco de fenômenos
tromboembólicos. Por que mesmo? Simples: o sangue fica "paradão" dentro do átrio, já que
essa cavidade cardíaca apenas fibrila, sem contrair de maneira adequada. Assim, há que se
ter muito cuidado com portadores dessa arritmia: a maioria deles é candidata ao uso de
anticoagulantes para prevenir tromboembolia. A indicação de iniciar anticoagulantes pode
ser definida através do CHA2DS2VASc:
(C)ongestive Heart Failure => 1 ponto (nossa paciente pontua);
(H)ipertensão => 1 ponto (nossa paciente pontua);
(A)ge>= 75 anos => 2 pontos (nossa paciente pontua);
(A)ge entre 65-74 anos => 2 pontos (já pontou para o critério idade);
(D)iabetes tipo II => 1 ponto (nossa paciente pontua);
(S)troke - AVE ou AIT ou fenômeno cardioembólico prévio => 2 pontos (nossa paciente
pontua);
História de doença (Vasc)ular => 1 ponto (não pontua);
(S)ex (c)ategory (feminino) => 1 ponto (nossa paciente pontua).
Nossa paciente tem 8 pontos! Todo paciente com 2 pontos ou mais tem indicação
de anticoagulante por tempo indeterminado, à exceção daqueles com risco muito elevado de
sangramento. Resposta: C.
122 - 2020 UEVA

Paciente de 57 anos, sexo masculino, é admitido no pronto-socorro com dor torácica em


queimação, retroesternal, de início há três horas, de forte intensidade, associada à sudorese e
palpitações. Ao ser monitorizado, seus sinais vitais revelam PA = 164/98 mmHg, Frequência
Cardíaca (FC) de 172bpm, Frequência Respiratória (FR) de 24 irpm e Saturação de Oxigênio
(SaO₂) em 94%. O ritmo ao monitor é o seguinte: A conduta imediata é:

A) cardioversão elétrica sincronizada.


B) adenosina 6 mg IV.
C) amiodarona 150mg IV.
D) metoprolol 5mg IV.

»
O ECG mostra uma taquicardia com complexos QRS alargados, com ritmo regular. A principal
hipótese diagnóstica nesse caso torna-se a taquicardia ventricular, neste caso “monomórfica”.
Como o paciente apresenta desconforto torácico isquêmico (sinal de instabilidade
hemodinâmica), existe indicação imediata de cardioversão elétrica, que neste caso deve ser
sincronizada com o QRS, iniciando-se com 100 J. Resposta: A.

Video comentário: 247411


123 - 2020 UESPI

Paciente do sexo masculino, 42 anos de idade, chega ao departamento de emergência com


história de palpitações. Um traçado eletrocardiográfico foi obtido demonstrando taquicardia
de complexo QRS estreito e FC de 190bpm e pressão arterial sistólica de 100/80 mmHg. Qual a
primeira conduta?

A) Cateterismo de urgência.
B) Manobra vagal com compressão do seio carotídeo.
C) Adenosina.
D) Atenolol.
E) Ablação por cateter.

» Considerando a idade e o histórico de palpitações, a causa mais provável dessa taquiarritmia


de complexos QRS estreitos é uma taquicardia supraventricular paroxística, sendo o
mecanismo mais comum a reentrada nodal. Em pacientes estáveis hemodinamicamente
pode se tentada manobra vagal (contraindicada se risco de doença carotídea) como primeira
escolha, antes mesmo da adenosina. Resposta: B.

Video comentário: 253072

124 - 2020 HPP

Qual das opções abaixo contém o antidoto adequado para o tratamento de uma intoxicação
grave por atenolol?

A) Adrenalina
B) Digoxina
C) Amiodarona
D) Glucagon
E) Insulina NPH

» O autor questiona especificamente acerca da intoxicação por atenolol, uma vez que, apesar
de todos os betabloqueadores poderem ocasionar intoxicação, o atenolol é o mais
lipossolúvel, o que aumenta o seu tempo de permanência no organismo e aumenta o risco
de intoxicação. Pois bem, uma vez que essa complicação pode cursar com instabilidade
hemodinâmica, encontra-se recomendado o uso de glucagon, que através do aumento da
concentração de AMP cíclico intracelular promove o aumento do inotropismo cardíaco.
 
Gabarito: Alternativa D.

Video comentário: 238448


125 - 2020 UFCG

Paciente do sexo feminino, 70 anos, hipertensa, diabética e com relato de insuficiência


cardíaca com fração de ejeção reduzida (último ecocardiograma evidenciou fração de ejeção
de 34%) procura ambulatório de cardiologia do Hospital Universitário Alcides Carneiro com
queixa de palpitações. Ao exame físico foi evidenciado variabilidade da fonese da primeira
bulha, além de ritmo irregular e déficit de pulso. Feito eletrocardiograma (ver abaixo). Em
relação ao caso, marque a alternativa correta.

A) Caso a paciente apresente um escore HAS-BLED de 3 pontos, apresenta contra-indicação


formal a anticoagulação.
B) Os estudos mostraram benefícios robustos do controle da frequência cardíaca em relação
ao controle do ritmo para essa arritmia.
C) Caso se opte pelo controle de ritmo, o antiarrítmico de escolha para essa paciente é a
propafenona.
D) No exame físico dessa paciente um achado provável seria a presença de quarta bulha.
E) A pontuação do escore CHA2DS2Vasc dessa paciente é de 5 pontos.

» O principal risco em pacientes com fibrilação atrial é a ocorrência de eventos


tromboembólicos decorrentes do fluxo lentificado em átrio esquerdo. Por esta razão, o limiar
para anticoagular um paciente tende a ser baixo, devendo ser considerada a anticoagulação
para homens com escore CHA2DS2VASc a partir de 2 e para mulheres a partir de 3 pontos. A
paciente apresentada tem 70 anos (1 ponto), é mulher (1 ponto), hipertensa (1 ponto),
diabética (1 ponto) e com insuficiência cardíaca (1 ponto), totalizando 5 pontos. No entanto, o
controle do ritmo ou da frequência cardíaca isoladamente estão associados a taxas
semelhantes de morbimortalidade. O escore HAS-BLED auxilia no entendimento do risco de
sangramento do paciente, mas isoladamente não contraindica a anticoagulação, uma vez que
diversos fatores de risco para evento tromboembólico também aumentam o risco de
sangramento. Quanto a quarta bulha, corresponde a contração atrial organizada, que não
existe na fibrilação atrial.
 
Gabarito: Alternativa E.

Video comentário: 240938


126 - 2020 UFT

Com o objetivo de definir consensos e diretrizes sobre o tema, a Sociedade Brasileira de


Cardiologia apresentou, em 2019, a Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar
e Cuidados Cardiovasculares de Emergência. De acordo com a diretriz e sobre parada
cardiorrespiratória e ressuscitação cardiopulmonar, marque a alternativa INCORRETA.

A) A adrenalina é a droga vasopressora de escolha, na parada cardiorrespiratória, seguida por


vasopressina e noradrenalina. A dose é de 1 mg a cada 3 a 5 minutos, mesmo com nível de
evidência limitado.
B) A Modulação Terapêutica da Temperatura, durante os cuidados pós-ressuscitação, visa
conter a síndrome pós- parada cardiorrespiratória, diminuindo o consumo de oxigênio
cerebral e limitando a lesão ao miocárdio e os danos sistêmicos. Para aqueles pacientes que
permanecem comatosos, após retorno da circulação espontânea após parada
cardiorrespiratória, em ritmo de taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular, a
recomendação é de resfriamento entre 32°C a 36°C, mantido por 12 a 24 horas.
C) No trauma, as tentativas de reanimação cardiopulmonar podem ser suspensas ou não
iniciadas em: pacientes sem pulso em apneia, na chegada da equipe ao local em traumas
fechados; sem pulso e sem sinais de vida, mesmo com ritmo cardíaco organizado, se a FC for
menor de 40 bpm (AESP), em traumas penetrantes; em morte evidente; e em múltiplas
vítimas.
D) Vários equipamentos mecânicos de compressão torácica vêm surgindo no mercado.
Porém, nenhum mostrou-se superior à técnica padrão em termos de sobrevida e de retorno à
circulação espontânea.
E) A jurisdição brasileira permite apenas aos médicos a decisão por não iniciar ou interromper
manobras de ressuscitação cardiopulmonar. Em caso de morte evidente, a equipe de Suporte
Básico de Vida pode decidir por não iniciar as manobras, mas, caso essa equipe inicie um
protocolo de ressuscitação cardiopulmonar, este só deve ser interrompido na presença de um
médico.

» A droga vasopressora de escolha na PCR, em todos os ritmos, é a adrenalina, ministrada na


dose de 1 mg IV em bolus a cada 3 a 5 minutos durante a RCP. A vasopressina deixou de ser
recomendada, e a noradrenalina não tem qualquer papel neste protocolo - ela representa, no
entanto, o vasopressor de escolha após retorno da circulação espontânea, para uso IV em
infusão contínua no paciente que permanece com a PAM < 65 mmHg  (A incorreta)... O
conceito e a indicação de modulação terapêutica da temperatura (MTT) estão corretamente
expressos na letra B... Na situação de trauma, as manobras de reanimação podem ser não
iniciadas em casos evidentes de morte ou PCR avançada, conforme descrito em C... Os
equipamentos de compressão torácica não se mostraram superiores à RCP de qualidade em
todos os cenários (D correta)... Quem tem a competência de decidir o momento de
interromper as manobras de RCP é o médico, sendo vedado a outros profissionais de saúde
tomarem esta decisão (E correta). Resposta: A.

Video comentário: 234874


127 - 2020 HPP

Um paciente é admitido no pronto atendimento trazido por colegas após cair durante um
jogo de futebol há 10 minutos. Você percebe que o paciente encontra-se sem pulso e inicia
manobras de ressuscitação cardiopulmonar. Após 30 segundos o desfibrilador chega e você
utiliza as pás para obter o traçado abaixo: Qual o ritmo encontrado?

A) Fibrilação Ventricular
B) Taquicardia SupraVentricular
C) Taquicardia Ventricular
D) Fibrilação Atrial
E) Torsades des Pointes

» No traçado eletrocardiográfico de paciente sem pulso, observa-se taquicardia sem onda P e


com o QRS alargado, isto é, > 120 ms, sugerindo taquicardia ventricular (TV - A, B e D errada).
Dentro da derivação apresentada, a morfologia do QRS é única -  assim, trata-se de TV
monomórfica - lembrar que a torsades des pointes é exemplo de TV polimórfica (E
errada). Como o paciente está sem pulso, o diagnóstico do ritmo de parada é TV sem pulso.
Resposta: C.

Video comentário: 238451


128 - 2020 FUBOG

Assinale a alternativa CORRETA em relação ao cateterismo cardíaco em crianças com hipótese


diagnóstica de hipertensão pulmonar (HP):

A) Uma das vantagens do cateterismo cardíaco é a simplicidade do procedimento, que não


requer equipe especializada para sua realização.
B) Para a realização do exame, é recomendada a sedação consciente, a qual não apresenta
riscos.
C) Em crianças menores de 15 anos de idade, o procedimento não deve ser realizado sob
anestesia geral, devido ao alto risco de efeitos adversos.
D) O cateterismo cardíaco deve ser realizado quando do diagnóstico, preferencialmente antes
do início do tratamento.

» A cateterização cardíaca, procedimento que requer equipe especializada para sua realização
dada a complexidade (afirmativa A incorreta) pode ser necessária como complementação
diagnóstica na hipertensão pulmonar, para determinar a classificação hemodinâmica
(précapilar, pós-capilar, mista), avaliar e quantificar a severidade da hipertensão pulmonar,
avaliar a resistência vascular pulmonar e suas modificações frente a intervenções
farmacológicas. O exame deve ser realizado sob sedação, principalmente na faixa etária
pediátrica, em que procedimentos mais invasivos são difíceis de ser realizados pela não
cooperação do paciente (B e C incorretas). Deve ser realizado idealmente antes do início do
tratamento, no momento do diagnóstico. Resposta: letra D.
129 - 2020 UFGD

Com relação à Fibrilação Atrial (FA), assinale a alternativa correta.

A) É a arritmia sustentada mais comum na prática clínica, sendo 1/3 dos casos assintomáticos,
mais comum em paciente acima de 80 anos, e está relacionada a aproximadamente 20% dos
acidentes vasculares cerebrais.
B) Existem scores que podem predizer eventos cardioembólicos em pacientes com FA como,
por exemplo, o CHADS2 que significa: C-insuficiência cardíaca; H-HAS; A-nível de albumina; D-
doença renal; S-sedentarismo.
C) Os anticoagulantes orais não antagonistas da vitamina K são: varfarina, marcoumar,
apixabana e fondaparinux.
D) Controle de frequência cardíaca é uma opção no tratamento de FA crônica, sendo que a
amiodarona não é uma opção em casos de pacientes com cardiopatia estrutural com
remodelamento atrial importante.
E) A digoxina está contraindicada para controle de frequência cardíaca no contexto de FA.

» Vejamos cada uma das assertivas acerca da fibrilação atrial:


 
A - Correta. A fibrilação atrial, principalmente quando não apresenta alta resposta ventricular
associada, pode ser assintomática e aumenta potencialmente o risco de acidente vascular
cerebral por evento tromboembólico.
 
B - Incorreta. O sedentarismo não pontua no escore CHADS2, sendo o “S” referente a “stroke”,
ou seja, história prévia de AVC.
 
C - Incorreta. A varfarina atua como antagonista da vitamina K, ao contrário dos
anticoagulantes orais de ação direta.
 
D - Incorreta. A amiodarona, dada a sua alta eficácia no controle do ritmo/frequência
cardíaca, pode ser a melhor opção terapêutica em pacientes com remodelamento atrial
importante.
 
E - Incorreta. A digoxina, apesar de não ser a droga de primeira linha e não alterar a
mortalidade de pacientes com fibrilação atrial, pode ser utilizada para controle da frequência
cardíaca 
 
Gabarito: Alternativa A.

Video comentário: 247069


130 - 2020 HPP

Qual a sua conduta para esse paciente, considerando que o desfibrilador que você está
utilizando é monofásico?

A) Realizar 2 minutos de manobras de ressuscitação cardiopulmonar e após aplicar um


choque não sincronizado de 360 J.
B) Aplicar imediatamente um choque não sincronizado de 200J.
C) Aplicar imediatamente um choque sincronizado de 200 J.
D) Aplicar imediatamente um choque não sincronizado de 360J.
E) Realizar 2 minutos de manobras de ressuscitação cardiopulmonar e após aplicar um
choque não sincronizado de 200 J.

» No traçado eletrocardiográfico de paciente sem pulso, observa-se taquicardia sem onda P e


com o QRS alargado, isto é, > 120 ms, sugerindo taquicardia ventricular. Como o paciente
está sem pulso, o diagnóstico do ritmo de parada é TV sem pulso.  Trata-se, portanto, de
ritmo chocável e, nesses casos, o choque deve ser imediato: não há por que se esperar dois
minutos de reanimação cardiopulmonar antes do choque (A errada)! Nos aparelhos bifásicos,
utilizamos 200 J (B, C e E erradas); nos monofásicos, 360 J. Apenas para não ficar dúvida: nos
pacientes em parada cardiorrespiratória, o choque deve ser dessincronizado; o choque
sincronizado - cardioversão elétrica - é reservado às taquiarritmias com pulso. Resposta: D.

Video comentário: 238452


131 - 2020 UFGD

Síncope é um sintoma muito comum em pacientes nos consultórios médicos. Com relação ao
tema, assinale a alternativa correta.

A) A causa mais comum de síncope, na população geral, é o acidente vascular cerebral,


seguido de infarto agudo do miocárdio, sendo a síncope vasovagal a menos comum.
B) É definida como perda súbita da consciência causada por hipoperfusão cerebral global,
transitória, caracterizada por perda do tônus postural, com início rápido, curta duração,
recuperação completa e espontânea.
C) Epilepsia, hipoglicemia, intoxicação exógena e cataplexia são causas comuns de síncope.
D) O Tilt Test deve ser solicitado para todos os pacientes que apresentam síncope.
E) Paciente com síncope recorrente, com pródromos, eletrocardiograma normal, idade 30
anos, sem história de doença cardiovascular, deve ser classificado como alto risco e indicada
internação hospitalar.

» A causa mais comum de síncope na população geral é o fenômeno "vaso-vagal" (síncope


neurocardiogênica) - A errada. Define-se síncope como a súbita perda da consciência e do
tônus postural devido à hipoperfusão cerebral global aguda. Na maioria das vezes é um
evento de curta duração, com rápida recuperação do paciente após assumir a posição de
decúbito (B correta). As condições citadas em C não correspondem ao conceito expresso na
definição de síncope, isto é, a perda da consciência nestes casos não é devida à hipoperfusão
cerebral global, e sim a outros fenômenos (ex.: tempestade elétrica na convulsão) - C errada.
O tilt test deve ser solicitado em pacientes selecionados em que se suspeita fortemente de
síncope vaso-vagal, excluídas outras causas potencialmente mais graves (D errada). O
paciente descrito em E possui alta probabilidade pré-teste de ter síncope vaso-vagal. Por se
tratar de condição benigna e de baixo risco, pode ser investigado ambulatorialmente (E
errada). Resposta: B.

Video comentário: 247070


132 - 2020 HPP

Após a aplicação do choque, qual deve ser a sua conduta?

A) Reiniciar compressões cardíacas imediatamente, após 2 minutos verificar novamente o


ritmo cardíaco, aplicar a primeira dose epinefrina apenas após uma segunda tentativa de
desfibrilação sem sucesso.
B) Palpar pulso do paciente, caso não apresente pulso reiniciar imediatamente as
compressões cardíacas, aplicar epinefrina o mais rápido possível.
C) Reiniciar compressões cardíacas imediatamente e aplicar epinefrina o mais rápido possível.
D) Verificar o ritmo no monitor, caso persista no mesmo ritmo, aplicar o novo choque e então
reiniciar compressões.
E) Palpar o pulso, caso não apresente pulso, reiniciar compressões cardíacas e aplicar
amiodarona 150mg o mais rápido possível.

» Logo após o choque desfibrilatório, está proibido checar o ritmo e o pulso do paciente; deve-
se retomar as compressões torácicas de imediato (B e E erradas)! O motivo é simples: ainda
que o choque tenha sido suficiente para devolver o paciente à circulação espontânea, o
coração precisa de mais dois minutos "de ajuda" antes de poder reassumir total controle do
sistema circulatório - o órgão fica meio "baqueado" após a parada cardiorrespiratória... Dois
minutos após o choque, deve ser checado novamente o ritmo. Se o paciente permanecer com
ritmo chocável, trata-se de ritmo refratário a choque - a partir daí é que podem ser iniciadas
as manobras do suporte avançado: adrenalina (B e C erradas), considerar via aérea e buscar
causas reversíveis de parada. Resposta: A.

Video comentário: 238453


133 - 2020 UNESC - ES

Paciente de 23 anos, com palpitações, apresenta o eletrocardiograma a seguir. Qual o


diagnóstico?

A) Fibrilação atrial.
B) Taquicardia sinusal.
C) Taquicardia atrial unifocal.
D) Taquicardia atrial multifocal.
E) Taquicardia atrial incessante.

» Questão de interpretação eletrocardiográfica! Repare que existe taquicardia e existe também


onda P, mas a onda P apresenta grande variação de morfologia. Isso é claramente perceptícel
em DII longo, que é a última linha do traçado disponível na imagem. Isso é compatível com
taquicardia atrial multifocal que, assim como a fibrilação atrial, produz um ritmo bastante
irregular. Resposta certa: LETRA D.

Video comentário: 232140


134 - 2020 UNESC - ES

Paciente de 84 anos, evoluindo com quadros de síndromes convulsivas tônico-clônicas de


repetição, que se iniciam ao repouso, não acompanhadas de liberação esfincteriana. Procurou
consultório do cardiologista, onde chegou deambulando normalmente e, no meio da
consulta, apresentou uma síncope, seguida de crise convulsiva. Nesse momento, foi realizado
eletrocardiograma abaixo, que confirmou o diagnóstico:

A) Bloqueio átrio-ventricular avançado alternante.


B) Bloqueio átrio-ventricular do segundo grau.
C) Bloqueio átrio-ventricular do tipo 2:1.
D) Bloqueio átrio-ventricular do primeiro grau.
E) Bloqueio átrio-ventricular total.

» Questão pura de eletrocardiograma... O traçado mostra ondas P e QRS com ritmos


totalmente dissociados, refletindo átrios e ventrículos contraindo de forma completamente
independente: trata-se de bloqueio atrioventricular total (BAVT). Veja, na imagem do
comentário, as setas roxas representando o ritmo ventricular e as vermelhas, o ritmo atrial...
O segundo QRS apresentado parece estar conduzindo a onda P, mas perceba que se trata, na
verdade, de mera coincidência: a presença daquela onda P próxima ao QRS não modificou em
nada o ritmo ventricular. O bloqueio atrioventricular (BAV) avançado se expressa ao eletro
quando a maioria das ondas P não é sucedida por QRS, na proporção de 3:1 ou 4:1, ou seja,
de cada 3-4 ondas P, apenas uma conduz; no eletro apresentado, não há sequer uma onda P
conduzindo normalmente (A errada). O BAV do segundo grau se caracteriza por ondas P que
ora conduzem aos ventrículos, ora não; no eletro, esse fenômeno aparece com ondas P ora
sucedidas de QRS, ora não (B errada). O BAV do tipo 2:1 é espécie de BAV em que, de cada 2
ondas P, apenas uma conduz (C errada). O BAV de primeiro grau, eletrocardiograficamente, é
caracterizado por intervalo PR maior que 200 ms (5 quadradinhos), mas com todas as ondas P
sucedidas por QRS (D errada). Resposta: E.

Video comentário: 232141


135 - 2020 HOB - DF

Quais os parâmetros do ECG devem se conhecidos ao se avaliar uma criança com alteração do
ritmo?

A) Conhecimento da FC normal de acordo coma idade, o débito cardíaco e o ritmo de base.


B) Conhecimento da FC normal de acordo com a idade, o débito cardíaco e a duração do
complexo QRS.
C) Conhecimento do débito cardíaco, ritmo de base e duração do complexo QRS.
D) Conhecimento da FC normal de acordo com a idade, o ritmo de base e a duração do
complexo QRS.

» Questão conceitual. Os principais parâmetros do ECG que devem ser avaliados diante de uma
criança com alteração do ritmo são:
a) Análise do ritmo de base e quantificação da frequência cardíaca;
b) Análise da duração, amplitude e morfologia da onda P e duração do intervalo PR;
c) Determinação do eixo elétrico de P, QRS e T;
d) Análise da duração, amplitude e morfologia do QRS;
e) Análise da repolarização ventricular e descrição das alterações do ST-T, QT e U quando
presentes.
 
A avaliação do débito cardíaco não está contemplada nesses parâmetros (letras A, B, e C
erradas).
 
Resposta: letra D.

Video comentário: 230579


136 - 2020 UFGD

Parada Cardiorrespiratória (PCR) é definida como a cessação súbita da função mecânica


cardíaca com consequente colapso hemodinâmico. Assim,

A) existem três fases distintas da PCR, sendo que na fase elétrica, que ocorre entre 5-10
minutos da parada, a depleção dos substratos para o adequado metabolismo é o fator
etiológico principal dessa fase.
B) na fase metabólica, período que sucede 10 minutos de PCR, geralmente encontra-se a
fibrilação ventricular como principal complicador desse período.
C) atualmente, a AHA (American Heart Association) preconiza compressões torácicas acima de
120 bpm com profundidade acima de 6 cm no tórax.
D) mesmo após décadas de estudos, nenhuma droga administrada durante a PCR se mostrou
benéfica no aumento da sobrevida de pacientes neurologicamente intactos. Apesar da
letalidade e da alta frequência dessa condição, ainda se vive o desconhecido, visto que apenas
25% das recomendações da AHA são classe I e apenas 1% é nível de evidência A.
E) à luz das melhores evidências, o estabelecimento de uma via aérea avançada, durante a
PCR, deve ser uma prioridade na fase inicial da parada cardiorrespiratória.

» A fase elétrica (arritmia) é o momento da PCR em si, isto é, a PCR começa assim que esta fase
começa (A errada). A fase metabólica antecede a PCR geralmente no ambiente intra-
hospitalar, tendo como principais ritmos a AESP e a assistolia. É causada por degeneração do
estado clínico do paciente em função de uma doença de base grave, como a sepse e as
insuficiências orgânicas (B errada). Na RCP de qualidade o tórax é comprimido entre 5-6 cm.
Uma profundidade de compressão > 6 cm não melhora a eficácia, apenas aumenta o risco de
traumatismo. A frequência de compressões deve ficar entre 100-120 por minuto (C errada).
Apesar de algumas drogas serem indicadas no ACLS (ex.: adrenalina para todos os ritmos e
amiodarona para ritmos chocáveis refratários), não há evidências consistentes de benefício
sobre a mortalidade, somente aumento na chance de retorno da circulação espontânea (o
que não necessariamente significa que o paciente vai sobreviver à internação, já que o
retorno da circulação espontânea é apenas um dos elos na "cadeia de sobrevivência à PCR").
A falta de estudos é inerente às próprias dificuldades de realizar estudos com este tipo de
paciente - D correta. O estabelecimento de uma via aérea definitiva (ex.: entubação traqueal)
não é considerado prioritário nas manobras de reanimação, podendo ser protelado,
principalmente quando não se tem expertise ou segurança em realizar o procedimento e a
ventilação consegue ser adequadamente mantida com dispositivo de bolsa-válvula-máscara.
As prioridades máximas são não atrasar e interromper o mínimo possível as compressões
torácicas, bem como realizar desfibrilação o mais rápido possível quando indicado (E errada).
Resposta: D.

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137 - 2020 UEL

Segundo o livro-texto do curso ACLs (Advanced Cardiology Life Support), assinale a alternativa
correta.

A) A onda de capnografia pode e deve ser utilizada em todo período da ressucitação


cardiopulmonar, mesmo em pacientes que ainda não tenham sido entubados.
B) A onda de capnografia não está mais sendo usada nos últimos algoritmos do ACLs.
C) Após uma elevação abrupta (30 mmHg na Petco2), as manobras devem ser suspensas e o
pulso deve ser avaliado.
D) Uma onda de capnografia quantitativa < 10 mmHg indica que as compressões estão
eficientes.
E) Uma onda de capnografia quantitativa < 10 mmHg indica que as compressões estão
ineficientes.

» A capnografia de onda contínua é um método que só deve ser usado quando o paciente
estiver com via aérea definitiva (isto é, entubado) - A errada... Trata-se de método
considerado obrigatório após intubação - B errada... As manobras só devem ser
interrompidas para checagem de pulso após terminado um ciclo de RCP, mesmo que o CO2
exalado (PETCO2 aumente de forma significativa, o que é um indício indireto de retorno da
circulação espontânea) - C errada. Compressões torácicas eficientes produzem PETCO2 > 10
mmHg na capnografia de onda contínua - D errada. Valores < 10 mmHg dão o feedback de
que as compressões estão sendo ineficientes... Resposta: E.

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138 - 2020 PUC - PR

Aloísio, 72 anos, portador de Hipertensão Arterial, diabetes, gota e doença renal crônica
(Clearence de Creatinina de 25ml/min) em uso de Enalapril 10mg a cada 12 horas, procura
consulta médica, pois nos últimos meses vem apresentando palpitações. Ao exame físico,
apresenta-se com PA 160x70mmHg, FC: 64bpm, FR: 18 rpm, com bulhas cardíacas arrítmicas
na ausculta e com pulso irregular, sem outras alterações no exame. Você realizou um
eletrocardiograma que revelou o diagnóstico de Fibrilação Atrial. Das escolhas a seguir sobre
a estratégia para prevenção de fenômenos embólicos, a mais adequada é

A) iniciar Varfarina imediatamente, realizar o ajuste da dose periodicamente com alvo de TAP
com RNI entre 2 e 3.
B) não indicar terapia anticoagulante devido à idade e à disfunção renal.
C) iniciar com AAS na dose de 100mg como droga de escolha devido ao seu perfil de
segurança.
D) iniciar Varfarina obrigatoriamente em ambiente hospitalar acompanhado de infusão
parenteral de heparina e posterior ajuste de TAP.
E) iniciar AAS associado a Clopidogrel.

» Para definirmos a melhor estratégia para prevenir eventos embólicos na FA, é preciso calcular
o CHA2DS2VASc do paciente. De acordo com a diretriz mais recente da AHA, existem três
tipos de recomendações com base no valor do escore:
- Mulher: 1 / Homem: 0 – Não anticoagular.
- Mulher: 2 / Homem: 1 – Considerar anticoagulação.
- Mulher: 3 ou mais / Homem: 2 ou mais – Anticoagular.
Perceba que ele tem 3 pontos (idade 65-74 anos, hipertensão e diabetes), ou seja, ele merece
ser anticoagulado – opções (B), (C) e (E) incorretas. Embora haja uma certa “tendência
trombótica” nos primeiros dias de uso da varfarina, não é necessário prescreve-la junto com a
heparina na FA. A medicação pode ser iniciada no ambulatório, sem a necessidade de
internação – opção (D) incorreta. Resposta: (A).

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139 - 2020 PSU - AL

Menino, 10 anos, chegou à Emergência queixando-se de mal-estar e cansaço aos esforços.


Informa que há 4 dias esteve no Pronto Atendimento por fadiga importante, dificuldade
respiratória e tosse seca que ocorriam há, aproximadamente, dois dias. Realizou hemograma,
sumário de urina e radiografia de tórax, que não mostraram alterações, e foi liberado com
prescrição de Eritromicina. Negava febre e outros sintomas. Ao exame, Temperatura: 36,6ºC;
FC: 174bpm. Pulsos Radiais simétricos, finos, arrítmicos. Pulso carotídeo arrítmico. Tempo de
enchimento capilar: 4 segundos. Estava em regular estado geral, hidratado, eupneico, corado.
Ausculta cardíaca: bulhas normofonéticas; Pulmões com murmúrios vesiculares bem
distribuídos, sem ruídos adventícios. Abdome plano, simétrico, com fígado palpável a 2,5cm
do Rebordo Costal Direito. Ao final do exame clínico referiu náuseas e apresentou síncope.
Verificando-se ausência de pulso, foram iniciadas compressões torácicas de imediato, tendo
retornado os batimentos cardíacos cujo ritmo o monitor cardíaco mostra no traçado abaixo:
Indique o ritmo cardíaco evidenciado pelo monitor.

A) Flutter Atrial.
B) Taquicardia Sinusal.
C) Taquicardia Supraventricular.
D) Taquicardia Ventricular.

» O enunciado é gigantesco, mas o que realmente importa para esta questão é o traçado
eletrocardiográfico... Estamos vendo criança com importante taquicardia — 174 bpm — ou
seja, vamos analisar o eletrocardiograma sob a óptica das taquiarritmias. Grosseriamente,
esse grupo de arritmias pode ser dividido entre taquicardias supraventriculares e
ventriculares. Nos ritmos supraventriculares, o estímulo responsável pelo batimento segue
pelas "vias expressas" de condução, na sequência nodo sinusal, nodo atrioventricular, feixe
de His e daí para os miócitos ventriculares; assim, a condução é rápida e o QRS dura menos
que 0,12 segundos — é considerado "estreito". Nos ritmos ventriculares, o estímulo para
os batimentos surge dentro dos ventrículos e sai disparando miócito a miócito — desse
modo, a condução é lenta e o QRS dura pelo menos 0,12 segundos, sendo considerado
"alargado". Pronto! Com esses conceitos, fica mais fácil: o eletrocardiograma mostra QRS
alargado, compatível com taquicardia ventricular (A, B e C teriam QRS estreito). Resposta: D.

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140 - 2020 PSU - AL

Menino, 10 anos, chegou à Emergência queixando-se de mal-estar e cansaço aos esforços.


Informa que há 4 dias esteve no Pronto Atendimento por fadiga importante, dificuldade
respiratória e tosse seca que ocorriam há, aproximadamente, dois dias. Realizou hemograma,
sumário de urina e radiografia de tórax, que não mostraram alterações, e foi liberado com
prescrição de Eritromicina. Negava febre e outros sintomas. Ao exame, Temperatura: 36,6ºC;
FC: 174bpm. Pulsos Radiais simétricos, finos, arrítmicos. Pulso carotídeo arrítmico. Tempo de
enchimento capilar: 4 segundos. Estava em regular estado geral, hidratado, eupneico, corado.
Ausculta cardíaca: bulhas normofonéticas; Pulmões com murmúrios vesiculares bem
distribuídos, sem ruídos adventícios. Abdome plano, simétrico, com fígado palpável a 2,5cm
do Rebordo Costal Direito. Ao final do exame clínico referiu náuseas e apresentou síncope.
Verificando-se ausência de pulso, foram iniciadas compressões torácicas de imediato, tendo
retornado os batimentos cardíacos cujo ritmo o monitor cardíaco mostra no traçado abaixo:
Indique o passo terapêutico seguinte no atendimento desse paciente.

A) Realizar cardioversão.
B) Realizar Manobra Vagal.
C) Administrar Atropina.
D) Administrar Adenosina.

» Estamos vendo criança com importante taquicardia — 174 bpm — e sinais de instabilidade:
tempo de enchimento capilar alargado, pulsos finos e síncope. Para decidirmos a conduta
imediata, precisamos primeiro entender o ritmo elétrico do paciente: veja, o batimento
apresentado é "alargado", isto é, dura mais que 0,12 s, traduzindo ritmo ventricular. Está
feito, pois, o diagnóstico de taquicardia ventricular instável. A conduta em taquiarritmias
instáveis, via de regra, é cardioversão elétrica (B, C e D erradas). Resposta: A.

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141 - 2020 HMAR

Paciente feminina, 35 anos, sem comorbidades, admitida em leito de terapia intensiva após
laparotomia exploradora por cisto de ovário roto. Após 12 horas de observação clínica,
apresenta dor torácica de forte intensidade, palpitações, associada à dispneia súbita. Nega
vômitos. Permanece estável hemodinamicamente, sem alterações neurológicas. Realizado
eletrocardiograma abaixo. A conduta mais adequada neste caso é:

A) amiodarona 300mg em bolus.


B) cardioversão elétrica.
C) amiodarona 150mg em bolus.
D) metoprolol 25mg via oral.

» Nesta questão, vamos por partes... Primeiro, o eletrocardiograma: observa-se taquicardia


sem onda P, QRS estreito e RR regular, traduzindo taquicardia supraventricular. Em seguida, o
estado clínico: nosso paciente está instável, tendo em vista a dor torácica e a dispneia. Assim,
nossa conduta admite duas possibilidades: a clássica cardioversão elétrica ou infusão de
adenosina (6 mg seguidos por 12 mg, se necessário — A, C e D erradas). A taquicardia
supraventricular, perceba, é a arritmia "híbrida" porque, sempre admite duas condutas: nas
estabilidade, pode ser feita manobra vagal ou adenosina; na instabilidade, adenosina ou
cardioversão elétrica. Resposta: B.

Video comentário: 249228


142 - 2020 PSU - AL

Menino, 10 anos, chegou à Emergência queixando-se de mal-estar e cansaço aos esforços.


Informa que há 4 dias esteve no Pronto Atendimento por fadiga importante, dificuldade
respiratória e tosse seca que ocorriam há, aproximadamente, dois dias. Realizou hemograma,
sumário de urina e radiografia de tórax, que não mostraram alterações, e foi liberado com
prescrição de Eritromicina. Negava febre e outros sintomas. Ao exame, Temperatura: 36,6ºC;
FC: 174bpm. Pulsos Radiais simétricos, finos, arrítmicos. Pulso carotídeo arrítmico. Tempo de
enchimento capilar: 4 segundos. Estava em regular estado geral, hidratado, eupneico, corado.
Ausculta cardíaca: bulhas normofonéticas; Pulmões com murmúrios vesiculares bem
distribuídos, sem ruídos adventícios. Abdome plano, simétrico, com fígado palpável a 2,5cm
do Rebordo Costal Direito. Ao final do exame clínico referiu náuseas e apresentou síncope.
Verificando-se ausência de pulso, foram iniciadas compressões torácicas de imediato, tendo
retornado os batimentos cardíacos cujo ritmo o monitor cardíaco mostra no traçado abaixo:
Indique os dois fármacos preconizados pelo protocolo de Suporte Avançado em Pediatria,
como antiarrítmicos, na fase de estabilização desse paciente, pós-reanimação.

A) Amiodarona e Magnésio.
B) Amiodarona e Lidocaína.
C) Magnésio e Procainamida.
D) Procainamida e Lidocaína.

» O traçado mostra complexos QRS largos e idênticos, sem linha de base entre eles. Como o
paciente evolui com ausência de pulso, podemos afirmar que se trata de taquicardia
ventricular sem pulso. Se o quadro for revertido com sucesso, é praxe utilizar um
antiarrítmico com intuito profilático, isto é, visando evitar a recidiva. As drogas validadas são
a amiodarona e, na sua ausência ou contraindicação, a lidocaína. Resposta: B.

Video comentário: 252923


143 - 2020 SUPREMA

Paciente em pós-operatório de valvuloplastia mitral, evolui com taquicardia supraventricular


com ECG mostrando intervalos R-R irregulares e sem onda p. Diagnóstico provável:

A) Fibrilação ventricular
B) Fibrilação atrial
C) Torsaides des pointes
D) Flutter atrial

» O ritmo cardíaco definido pela ausências de ondas P, com QRS estreito e irregular, é a
fibrilação atrial. Nesse ritmo cardíaco há ausência de contração atrial organizada e efetiva. Na
fibrilação atrial e no Torsades de pointes esperamos complexos QRS largos, por serem
arritmias ventriculares, e no flutter atrial espera-se um ritmo regular em função do
mecanismo de reentrada.
 
Gabarito: Alternativa B.

Video comentário: 254610

144 - 2020 SUPREMA

O tratamento inicial para o caso acima, em um paciente estável hemodinamicamente é:

A) Procainamida
B) Amiodarona
C) Quinidina
D) Beta bloqueador

» A questão se refere ao caso de um paciente que desenvole fibrilação atrial aguda com alta
resposta ventricular (taquicardia) no pós-operatório. Ora, se o paciente está
hemodinamicamente estável, a primeira droga a ser ministrada, na ausência de
contraindicações, é um bloqueador do nódulo AV para controle da frequência cardíaca, como
um betabloqueador. A amiodarona (antiarrítmico) pode ser usada em casos de taquicardia
refratária a outros inibidores do NAV, bem como na cardioversão química e profilaxia
secundária da recidiva da FA após cardioversão. A banca deu como gabarito a letra B, mas, ao
nosso ver, a melhor resposta seria a letra D.

Video comentário: 254611


145 - 2020 HAC - PR

J.C.S, mulher, estudante, 22 anos, vem ao pronto socorro por tentativa de suicídio após
ingestão oral proposital de 400 mg de amitriptilina, um antidepressivo tricíclico com atividade
anticolinérgica, há mais de 03 horas a sua chegada ao PS. Ao exame físico: confusa, em
letargia e com midríase bilateral. Seu eletrocardiograma no monitor mostra prolongamento
do QRS, distúrbios de condução A-V e bradicardia. Neste caso, a melhor opção de tratamento
seria:

A) Uso de bicarbonato de sódio IV e colocação de marcapasso temporário


B) Massagem do seio carotídeo
C) Administração de amiodarona IV in bolus imediatamente
D) Uso de procainamida IV e colocação de marcapasso temporário
E) Gluconato de cálcio IV in bolus

» Paciente com tentativa de autoextermínio com uso de tricíclicos, que desenvolve alterações
eletrocardiográficas compatíveis com intoxicação pela droga. Considerando o risco de
instabilidade hemodinâmica, duas medidas são recomendadas: A alcalinização plasmática,
visando inibição da ação da droga, e a estimulação cardíaca artificial temporária com
marcapasso, até que haja clearance da droga e reversão do quadro. A massagem do seio
carotídeo é útil nas taquiarritmias supraventriculares, assim como a amiodarona. O gluconato
de cálcio é uma opção terapêutica aos pacientes que desenvolvem alteração
eletrocardiográfica secundária à hipercalemia.
 
Gabarito: Alternativa A.

Video comentário: 242038


146 - 2020 SUPREMA

Qual o diagnóstico e tratamento da arritmia abaixo:

A) Torsades des pointes – sulfato de magnésio


B) Taquicardia ventricular - bretílio
C) Fibrilação ventricular - procainamida
D) Fibrilação atrial – amiodarona

» No eletrocardiograma apresentado, observa-se taquicardia com QRS alargado (denotando


origem ventricular do ritmo) e polimórfico, aspecto característico de torsades des pointes (D
errada). Nos pacientes estáveis com essa arritmia, o tratamento é feito com sulfato de
magnésio (B e C erradas). Nos instáveis, deve-se realizar pronta desfibrilação. Dúvida
frequente: se o paciente instável tiver pulso, não estaria indicada cardioversão? Resposta:
não! Na torsades des pointes, o cardioversor-desfibrilador é incapaz de identificar o QRS,
tendo em vista suas várias morfologias; assim, é impossível fornecer choque sincronizado
(cardioversão). Por isso, o choque a ser aplicado é a desfibrilação. Resposta: A.

Video comentário: 254616


147 - 2020 FUBOG

Paciente feminina, 35 anos, sem comorbidades, admitida em leito de terapia intensiva após
laparotomia exploradora por cisto de ovário roto. Após 12 horas de observação clínica,
apresenta dor torácica de forte intensidade, palpitações, associada a dispneia súbita. Nega
vômitos. Permanece estável hemodinamicamente, sem alterações neurológicas. Realizado
eletrocardiograma abaixo. A conduta MAIS adequada neste caso é:

A) amiodarona 300mg em bolus.


B) amiodarona 150mg em bolus.
C) metoprolol 25mg via oral.
D) cardioversão elétrica.

» Vamos analisar o eletrocardiograma conforme um algoritmo de perguntas e respostas... A


partir da segunda pergunta, sempre que a resposta for NÃO, devemos seguir para a
próxima... 
 
1 - Há taquicardia?
Sim, conforme o enunciado, a frequência é de 180 bpm. Na prática, a distância entre duas
ondas R consecutivas menor que 3 quadradões define taquicardia.
 
2 - Tem onda P?
Sim: taquicardia sinusal.
Não: próxima pergunta.

 
3 - Tem onda f de flutter?
Sim: flutter atrial.
Não: próxima pergunta.
 
4 - O QRS é alargado?
Sim: taquicardia ventricular.
Não: próxima pergunta.

 
5 - O intervalo RR é regular? 
Sim: taquicardia supraventricular paroxística ("taqui supra").
Não: fibrilação atrial.
 
Em casos de "taqui supra" com sinais de instabilidade - qualquer um dentre dor torácica,
hipotensão, rebaixamenteo de consciência e congestão pulmonar - a conduta admite duas
possibilidades: ou cardioversão elétrica ou adenosina via intravenosa, na dose de 6mg.
Amiodarona seria utilizada para taquicardia ventricular estável (A e B erradas). O metoprolol
poderia ser utilizado em "taqui supra" estável, para lentificar a frequência cardíaca e permitir
melhor análise do traçado (C errada).
 
Resposta: D.

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148 - 2020 HSJ - PR

A reanimação cardiopulmonar imediata e adequada é imprescindível para aumentar as


chances de sobrevida a uma Parada Cardiorrespiratória (PCR). Segundo as diretrizes mais
recentes das American Heart Association (AHA dos EUA), o European Resuscitation Council e o
Resuscitation Council (do Reino Unido) qual das seguintes afirmações é falsa:

A) Em vítimas adultas de PCR, o correto é que os socorristas apliquem compressões torácicas


a uma frequência entre 100 e 120 compressões por minuto.
B) Ventilar adequadamente (2 respirações após 10 compressões, cada respiração
administrada em 1 segundo, provocando a elevação do tórax).
C) Em pacientes com RCP em curso e uma via aérea avançada instalada, recomenda-se uma
frequência de ventilação simplificada de 1 respiração a cada 6 segundos (10 respirações por
minuto).
D) Tem-se dado maior ênfase em RCP de alta qualidade, que utiliza metas de desempenho
(com frequência e profundidade de compressão torácica adequadas, permitindo retorno total
do tórax entre as compressões, minimizando interrupções nas compressões e evitando
ventilação excessiva).
E) Em ambiente extra-hospitalar deve-se imediatamente e prioritariamente requisitar socorro
e iniciar-se as manobras de reanimação.

» Questão conceitual sobre os cuidados à parada cardiorrespiratória (PCR)... Imediatamente


após a constatação da ausência de pulso central (profissional da saúde), deve ser solicitada
ajuda e iniciadas as manobras de reanimação. A principal delas é a compressão torácica
rápida e forte, com frequência entre 100 e 120 vezes por minuto e que rebaixa o esterno
entre 5 e 6 cm, permitindo seu retorno à posição original — as compressões devem ser
minimamente interrompidas (A e D certas). No paciente sem via aérea artificial, após
30 compressões, deve-se abrir as vias aéreas e fazer duas ventilações de resgate (B errada);
naquele com via aérea artificial, deve ser realizada uma ventilação a cada 6 segundos, ou
seja, 10 ventilações por minuto (C certa). Resposta: B.

Video comentário: 253846


149 - 2020 UFGD

Um senhor de 54 anos de idade comparece à Unidade Básica de Saúde (UBS), para


acompanhar sua esposa à consulta de rotina. Durante a espera, ele sofre um colapso, cai da
cadeira e, sem apresentar movimentos respiratórios, deixa de responder. Nesse momento, a
recepcionista aciona o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), enquanto o médico
e a enfermeira da UBS iniciam as manobras de primeiros socorros realizando compressões
torácicas. Na situação descrita, a profundidade e a frequência das compressões torácicas
realizadas pelos socorristas deverá ser de:

A) profundidade de 2,0 cm e frequência de 30 a 60 compressões por minuto.


B) profundidade de 3,0 cm e frequência de 60 a 80 compressões por minuto.
C) profundidade de 4,0 cm e frequência de 60 a 80 compressões por minuto.
D) profundidade de 5,0 cm e frequência de 80 a 90 compressões por minuto.
E) profundidade de 5,0 cm e frequência de 100 a 120 compressões por minuto.

» Durante reanimação cardiopulmonar (RCP) lembre-se que o socorrista deve:

Realizar compressões torácicas a uma frequência de 100 a 120/min;


Comprimir a uma profundidade de pelo menos 2 polegadas (5 cm);
Permitir o retorno total do tórax após cada compressão;
Minimizar as interrupções nas compressões.

 
Resposta: letra E.

Video comentário: 247098


150 - 2020 SUPREMA

Marque a alternativa incorreta sobre os medicamentos usados na parada cardiorrespiratória


(PCR) em pediatria:

A) A adrenalina, a atropina e a lidocaína podem ser usadas pela via endotraqueal.


B) A lidocaína é o antiarrítmico de primeira escolha no tratamento na Fibrilação ventricular
(FV) e taquicardia ventricular sem pulso (TVSP).
C) Não há evidencias suficientes para recomendar o uso rotineiro da vasopressina na PCR.
D) O uso de cálcio na PCR se limita aos casos de hipocalcemia, hipercalemia,
hipermagnesemia ou intoxicação por bloqueadores de canal de cálcio.

» Antiarrítmicos podem ser usados nos ritmos chocáveis quando os mesmos se mostram
"refratários", isto é, a arritmia não cessa após o segundo choque. A droga de escolha é a
amiodarona, sendo a lidocaína uma opção somente na indisponibilidade da amiodarona.
Logo, B errada... Apesar de atropina ter sido retirada do protocolo ACLS, ela pode ser
ministrada por via endotraqueal através do tubo (A correta). Para a vasopressina não há
evidências de benefício em crianças (B correta). O cálcio pode ser útil nos casos descritos na
letra D (correta): na hipocalcemia estamos repondo o cálcio que falta, na hipercalemia
estamos protegendo eletricamente o miocárdio, na hipermagnesemia o cálcio compete com
o magnésio pelos mesmos sítios de ação, bloqueando seus efeitos tóxicos, na intoxicação por
antagonistas de canal de cálcio a reposição se contrapõe ao bloqueio dos referidos canais.
Resposta: B.

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151 - 2020 HMDI

Durante uma reanimação cardiopulmonar, qual recomendação de massagem cardíaca e


ventilação, após a obtenção de via aérea avançada:

A) 1 ventilação a cada 30 compressões torácicas.


B) 2 ventilações a cada 30 compressões torácicas.
C) 1 ventilação a cada 6 segundos e compressões torácicas contínuas.
D) 1 ventilação a cada 10 segundos e compressões torácicas contínuas.

» Nos cuidados à parada cardiorrespiratória (PCR), a principal manobra é a COMPRESSÃO


TORÁCICA rápida e forte, numa frequência entre 100 e 120 vezes por minuto e que rebaixa o
esterno entre 5 e 6 cm, permitindo seu retorno à posição original… Após 30  compressões,
deve-se interrompê-las brevemente, abrir as vias aéreas e fazer duas ventilações de resgate,
após o que se reiniciam as compressões torácicas. A proporção de 30 compressões para duas
ventilações configura um ciclo de RCP. Quando é instalada via aérea artificial, compressões e
ventilações passam a ser independentes: as compressões são contínuas, na frequência entre
100 e 120 por minuto, e uma ventilação é feita a cada 6 segundos. Resposta: C.

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152 - 2020 UEM

Qual a medida imediata a ser adotada para um paciente com hipercalemia e


eletrocardiograma com onda T em tenda e intervalo PR prolongado e bradicardia.

A) Glicose hipertônica e insulina em 1 hora.


B) Gluconato de Calcio a 10% administrar 10mL EV em 2 a 3 minutos.
C) Hemodiálise de urgência.
D) Poliestirenossulfato de cálcio (Sorcal®) 30g diluído em água VO a cada 8 horas.
E) Bicarbonato de sódio 8,4% 100mL EV em uma hora

» Pode parecer estranho, mas frente a um paciente em emergência hipercalêmica, quadro


definido pelas alterações eletrocardiográficas típicas e potencialmente malignas (a mais
precoce é a onda T em tenda, surgindo também alargamento do QRS, prolongamento de PR
e achatamento da onda P conforme ela progride, bem como bradicardia e ritmos
idioventriculares que podem degenerar para fibrilação ventricular), a prioridade NÃO é
reduzir os níveis de potássio sérico e sim proteger a membrana dos cardiomiócitos do efeito
tóxico da hipercalemia no coração. Isso é feito com reposição rápida de cálcio que, apesar de
não reduzir a calemia, reverte os distúrbios eletrofisiológicos e até as alterações do
eletrocardiograma. O gluconato de cálcio a 10% por via intravenosa costuma ser nossa
opção, feito na dose de 10 ml, infundidos em 3-5 minutos (doses podem ser repetidas de
acordo com a resposta do paciente). Somente depois disso é que iremos empregar medidas
para reduzir a calemia, como a glicoinsulinoterapia, infusão de bicarbonato (mais indicado
quando existe acidose concomitante), sorcal (resina de troca que promove secreção intestinal
de potássio, mas que tem efeito apenas tardio) ou hemodiálise (indicada de urgência aos
casos graves e refratários).
 
Gabarito: B.

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153 - 2020 HMDI

Você está tratando um indivíduo que apresentou uma fibrilação ventricular. Após reanimação
cardiopulmonar e uma tentativa de desfibrilação, seu novo ritmo é um bloqueio
atrioventricular de 3º grau. O próximo passo no manejo é

A) repetir desfibrilação.
B) vasopressina.
C) marca-passo transcutâneo.
D) epinefrina alta dose.

» Na sequência do algoritmo ACLS, após o choque a RCP é retomada por 5 ciclos (2 minutos),
após o que o ritmo é novamente checado. Havendo ritmo que não FV ou assistolia, avalia-se a
presença de pulso. Se houver pulso, entraremos no próximo elo da cadeia de sobrevivência:
os cuidados pós-parada. Neste caso, se o paciente estiver hipotenso com um bloqueio
atrioventricular completo (3º grau), a conduta é instalar uma marcapasso transcutâneo até
que um marcapasso transvenoso e, eventualmente, definitivo, sejam impantados. No
entanto, o paciente pode estar em AESP (atividade elétrica sem pulso), isto é, o ECG pode
mostrar um ritmo qualquer que não seja FV, TV ou assistolia, e não haver circulação
espontânea. Neste caso, a conduta consiste em administrar epinefrina 1 mg IV a cada 3-5
minutos (dose "padrão", diferente do conceito de "alta dose"), mantendo RCP contínua e
investigando e tratando possíveis etiologias dentro do mnemônico 5 H's e 5 T's... O problema
dessa questão é que ela não deixa claro que o BAV de 3º grau que o paciente apresenta é ou
não acompanhado de pulso. Esta informação é essencial, pois muda completamente a
conduta (ex.: marca-passo não tem benefício se o paciente estiver em AESP)... Questão
merecidamente anulada pela banca.

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154 - 2020 UESPI

Fernanda, 5 anos, 15 kg, portadora de cardiopatia congênita complexa, deu entrada na


emergência pediátrica desacordada. No exame físico: EGMau, pálida, pulsos centrais
presentes e fracos, PA: 78:50 mmHG. No monitor, o seguinte traçado eletrocardiográfico:
Assinale a alternativa CORRETA.

A) Administração de Adenosina intravenosa.


B) Administração de Amiodarona intravenosa.
C) Desfibrilação elétrica com carga de 30 Joules.
D) Cardioversão sincronizada com carga de 15 Joules.
E) Nenhuma das anteriores está correta.

» Essa criança tem taquicardia ventricular (TV) — veja a alta frequência cardíaca com QRS
alargado no "eletro" — e critério de instabilidade (rebaixamento do nível de consciência).
Assim, a conduta imediata é a realização de cardioversão elétrica, na dose de 1 Joule/kg de
peso. Amiodarona poderia ser utilizada em portadores da mesma arritmia sem instabilidade
(A e B erradas), enquanto a desfibrilação estaria indicada na TV sem pulso. Resposta: D.

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155 - 2020 HEVV

Das combinações abaixo, a opção terapêutica que tem como objetivo a redução da
mortalidade de pacientes com insuficiência cardíaca crônica são:

A) nitrato, hidralazina e digoxina.


B) anlodipino, espironolactona e ivabradina.
C) sacubitril + Valsartana, carvedilol e espironolactona.
D) telmisartana, hidroclorotiazida e varfarina.
E) sacubitril + Valsartana, espironolactona e amiodarona.

» No curso da insuficiência cardíaca (IC), existem mediadores químicos que dirigem a instalação
e a progressão da doença… Os mais estudados são: noradrenalina, angiotensina II e
aldosterona. Grandes trabalhos já comprovaram que, inibindo a ação ou a produção dessas
moléculas, conseguimos aumentar a sobrevida de pacientes com IC de baixo débito (ou
sistólica). Os fármacos utilizados para este fim são os (1) iECA ou "pril" (inibidores da enzima
conversora de angiotensina), os (2) bloqueadores da angiotensina II ou “sartans" (BRA), os (3)
betabloqueadores e (4) inibidores diretos da aldosterona, como a espironolactona. Dentre os
betabloqueadores, pode-se citar o bisoprolol, o carvedilol e o succinato de metoprolol. Em
doentes intolerantes e/ou contraindicados aos iECA ou aos BRA, a dupla hidralazina-
dinitrato pode substitui-los, trazendo também melhora do curso clínico da insuficiência
cardíaca, com aumento da sobrevida. A ivabradina, inibidor específico e seletivo da corrente
“If” do nó sinoatrial, também tem sido relacionada, por alguns trabalhos, ao aumento de
sobrevida desses pacientes... Já para a melhora dos sintomas, sem modificação de sobrevida,
podemos empregar remédios para reduzir a volemia e, portanto, as pressões de enchimento
ventricular - caso da furosemida; e medicamentos para aumentar a força contrátil do
miocárdio, como é o caso da digoxina (A errada). Os tiazídicos, os bloqueadores de canal de
cálcio, o varfarin e a amiodarona não influem na sobrevida de pacientes com IC (B, D e E
erradas). Resposta: C.

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