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Livro
Educação Física
Profa. Beatriz Dittrich Schimitt
Profa. Giandra Anceski Bataglion
2017
Copyright © UNIASSELVI 2017
Elaboração:
Profa. Beatriz Dittrich Schimitt
Profa. Giandra Anceski Bataglion
613.707
S335m Schimitt; Beatriz Dittrich
Medidas e avaliação em educação física / Beatriz Dittrich
Schimitt; Bataglion, Giandra Anceski: UNIASSELVI, 2017.
201 p. : il.
ISBN 978-85-515-0069-9
Bons estudos!
Profa. Beatriz Dittrich Schimitt
Profa. Giandra Anceski Bataglion
III
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades
em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto
em questão.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Bons estudos!
UNI
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 - CINEANTROPOMETRIA............................................................................................ 1
VII
6 OUTROS ASPECTOS RELEVANTES............................................................................................... 50
7 VISÃO GERAL....................................................................................................................................... 51
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 53
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 54
VIII
5.5 DOBRA ABDOMINAL.................................................................................................................... 108
5.6 AXILAR MÉDIA............................................................................................................................... 109
5.7 COXA MÉDIA................................................................................................................................... 110
5.8 PANTURRILHA MEDIAL.............................................................................................................. 111
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 112
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 114
IX
3 RESULTADOS DOS TESTES FÍSICOS............................................................................................ 190
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 193
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 195
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................................... 199
X
UNIDADE 1
CINEANTROPOMETRIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo dessa unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Essa unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um
deles você encontrará atividades que reforçarão o seu aprendizado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Na área da Educação Física, os professores podem atuar em diferentes
campos, sendo alguns deles na educação física escolar, no treinamento esportivo,
nas academias e nos clubes com as mais variadas modalidades esportivas (DANTAS,
2009; OLIVEIRA, 2011). Além dessas modalidades, ainda há a possibilidade
de atuação como personal trainer, com arbitragem e com pesquisas científicas.
Independentemente do contexto em que o profissional opte por trabalhar, há
especificidades que são comuns a todos.
2 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
3
UNIDADE 1 | CINEANTOPOMETRIA
4
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO ÀS MEDIDAS E AVALIAÇÕES
5
UNIDADE 1 | CINEANTOPOMETRIA
UNI
UNI
6
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO ÀS MEDIDAS E AVALIAÇÕES
4 APLICAÇÕES PRÁTICAS
Em razão de as medidas e avaliações serem um recurso utilizado desde
as sociedades mais antigas, é possível compreender que com o passar dos anos
ocorreram diversos aperfeiçoamentos no que concerne às técnicas de medidas e suas
aplicações práticas até as sociedades modernas. Por essa razão, serão apresentados
alguns exemplos que ilustram aplicações práticas das medidas e avaliações tanto nas
sociedades antigas como nas sociedades modernas.
Outro exemplo que revela o uso das medidas e avaliações foi durante a
escravidão. Os compradores de escravos poderiam avaliar a estatura, o peso, entre
outras características para definir qual escravo seria comprado. Essa mesma lógica
poderia ser aplicada aos gladiadores, que, muitas vezes, eram comprados como
escravos.
7
UNIDADE 1 | CINEANTOPOMETRIA
Nos dias atuais, o tamanho da tela de uma televisão, por exemplo, continua
sendo medido com base nas polegadas. Assim, há aparelhos televisores com
tamanhos diversificados, sendo: 14, 32, 49 ou 85 polegadas.
UNI
FONTE: As autoras
→ Indústria automobilística:
As empresas que planejam o design interno dos automóveis fazem uso das
medidas. Muitos dos automóveis são idealizados por uma empresa e posteriormente
são fabricados em lojas localizadas em diferentes países. Ou seja, os automóveis são
vendidos em países distintos e, assim, os compradores dos automóveis possuem
diversas nacionalidades e características corporais diferentes.
Por exemplo, atualmente os carros possuem ajustes de elevação de bancos,
de volantes, dos cintos de segurança; além de inclinação dos espelhos e retrovisores.
Todos esses aspectos foram pensados em proporcionar que os motoristas e
passageiros estejam confortáveis e seguros no momento da condução do veículo.
→ Indústria da beleza:
9
UNIDADE 1 | CINEANTOPOMETRIA
a mulher que possuía quadris largos, em sinal de que apresentaria facilidade durante
o parto de seus filhos.
→ Indústria da moda:
10
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO ÀS MEDIDAS E AVALIAÇÕES
→ Produção de móveis:
→ Equipamentos eletrônicos:
→ Ciências da saúde:
Já a educação física, foco de interesse principal para nós, ao longo dos anos
tem se apropriado das medidas e avaliações de modo que sua aplicação se tornou
fundamental não só no contexto escolar, mas também no esporte de participação
e esporte de alto rendimento, portanto, é fundamental aos profissionais da área
reunir informações sobre medidas e avaliações.
11
UNIDADE 1 | CINEANTOPOMETRIA
12
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO ÀS MEDIDAS E AVALIAÇÕES
FASES DO PLANEJAMENTO
CONHECER O ESTABELECER
PÚBLICO-ALVO OBJETIVOS
FONTE: As autoras
UNI
14
RESUMO DO TÓPICO 1
Nesse tópico você viu que:
15
● Os objetivos das medidas e avaliação são: acompanhar o processo de
crescimento e desenvolvimento dos alunos; avaliar o estado do indivíduo
ao iniciar um programa de exercícios; detectar limitações físicas; auxiliar o
indivíduo na escolha de uma atividade física que, além de motivá-lo, possa
desenvolver aptidões; acompanhar o progresso do indivíduo; desenvolver
programas de promoção da saúde na escola; selecionar talentos para integrar
equipes de competição; estabelecer e reajustar programa de treinamento;
desenvolver pesquisas na educação física.
16
AUTOATIVIDADE
a) ( ) F – V – V – V.
b) ( ) V – V – F – F.
c) ( ) V – F – V – F.
d) ( ) F – V – F – V.
e) ( ) F – F – F – V.
17
a) ( ) Os registros históricos não revelam a preocupação do homem em
mensurar seu corpo.
b) ( ) Os gregos forneceram dados antropométricos curiosos sobre a
proporcionalidade entre o corpo todo e suas partes.
c) ( ) Há registros que revelam que as medidas e avaliações eram usadas para
caracterizar qual era o tipo ideal para o atleta olímpico.
d) ( ) Atualmente, ainda não se tem certezas sobre a importância da
antropometria para a atividade humana.
e) ( ) As medidas e avaliações foram utilizadas pelas sociedades antigas,
apesar de não serem mais utilizadas pelas sociedades modernas.
18
c) ( ) Diagnosticar possíveis talentos esportivos a partir do desempenho e
características que alguns alunos expressam nas aulas de educação física.
d) ( ) Regular a altura do banco de um aparelho disponível na academia
para obter maior conforto e segurança durante a execução do exercício físico
sistematizado.
e) ( ) Desenvolver e aperfeiçoar equipamentos esportivos que otimizem a
performance do atleta.
19
20
UNIDADE 1
TÓPICO 2
CONCEITOS BÁSICOS:
TESTAR, MEDIR E AVALIAR
1 INTRODUÇÃO
A educação física é uma área do conhecimento que se preocupa em avaliar
os indivíduos de modo a auxiliá-los na prática de atividades físicas. Durante um
programa de intervenções ocorrerão modificações no corpo do aluno e caberá
aos professores acompanhar esse processo por meio de medidas e avaliações.
Portanto, os profissionais precisam tomar inúmeras decisões sobre a prescrição e
orientação da prática de exercícios físicos, contudo, decidir o que e como avaliar
exige conhecimentos e habilidades específicas cada vez mais complexas (GUEDES;
GUEDES, 2006).
21
UNIDADE 1 | CINEANTOPOMETRIA
2.1 TESTAR
Significa verificar o desempenho do indivíduo mediante situações
previamente organizadas e padronizadas. Essas situações padronizadas são
denominadas de testes (GUEDES; GUEDES, 2006).
2.2 MEDIR
Significa descrever fenômenos do ponto de vista quantitativo (GUEDES;
GUEDES, 2006). Assim, é o processo utilizado para coletar informações obtidas
por um teste tomando-se por referência um sistema convencional de unidades.
22
TÓPICO 2 | CONCEITOS BÁSICOS: TESTAR, MEDIR E AVALIAR
2.3 AVALIAR
Significa interpretar dados quantitativos e qualitativos a fim de obter
parecer ou julgamento de valores com bases em referenciais previamente definidos
(GUEDES; GUEDES, 2006). Acrescenta-se que a avaliação determina a importância
ou o valor da informação coletada. Refere-se a um processo pelo qual se pode
interpretar os valores de um grupo ou do próprio sujeito (GUEDES; GUEDES,
2006).
E
IMPORTANT
Esses três termos (testar, medir e avaliar) se diferem, embora às vezes, sejam
erroneamente tratados como sinônimos. Fique atento para não confundi-los!
ATENCAO
23
UNIDADE 1 | CINEANTOPOMETRIA
Medida
Avaliados Avaliação
Pré-teste Pós-teste
Indivíduo A 21 cm 24 cm Pré-teste < Pós-teste
Indivíduo B 15 cm 13 cm Pré-teste > Pós-teste
Indivíduo C 17 cm 19 cm Pré-teste < Pós-teste
Indivíduo D 19 cm 18 cm Pré-teste > Pós-teste
Legenda: cm – centímetros
FONTE: Elaborado pelas autoras
24
TÓPICO 2 | CONCEITOS BÁSICOS: TESTAR, MEDIR E AVALIAR
E
IMPORTANT
3 TIPOS DE TESTES
25
UNIDADE 1 | CINEANTOPOMETRIA
E
IMPORTANT
4 TIPOS DE MEDIDAS
Há diferentes tipos de medidas em educação física, que podem ser
divididas em dois grandes grupos. No primeiro grupo enquadram-se as medidas
antropométricas: massa, estatura, perímetros corporais, diâmetros ósseos e
dobras cutâneas. No segundo, enquadram-se as medidas de composição corporal:
utilização da espessura de dobras cutâneas, somatória de dobras cutâneas e
equações preditivas de gordura corporal. Apresenta-se na Figura 8 o panorama
geral sobre os tipos de medidas.
26
TÓPICO 2 | CONCEITOS BÁSICOS: TESTAR, MEDIR E AVALIAR
FONTE: As autoras
5 TIPOS DE AVALIAÇÃO
Na educação física, avaliar a condição física do indivíduo é fundamental.
Por exemplo, pode ser útil para avaliar a evolução das capacidades físicas após um
programa de intervenção. Nessa perspectiva, há três diferentes tipos de avaliação,
conforme apresentado no Quadro 4. Cada um desses tipos de avaliação possui suas
particularidades. E caberá ao professor escolher qual tipo de avaliação utilizará. É
válido ressaltar que, caso seja do interesse do professor, é possível utilizar os tipos
de avaliação de forma combinada, sem ter que escolher entre uma avaliação ou
outra.
27
UNIDADE 1 | CINEANTOPOMETRIA
28
TÓPICO 2 | CONCEITOS BÁSICOS: TESTAR, MEDIR E AVALIAR
E
IMPORTANT
ATENCAO
29
UNIDADE 1 | CINEANTOPOMETRIA
UNI
30
RESUMO DO TÓPICO 2
Nesse tópico você viu que:
• Cabe ao profissional optar por qual ou quais tipos de avaliação desejará utilizar.
• As avaliações podem ser referenciadas por normas ou por critérios e cada uma
possui suas características próprias. É importante os professores de educação
física conhecê-las e, assim, escolher qual tipo de avaliação desejarão utilizar em
seus programas de intervenção.
31
• A avaliação por norma é referência de avaliação que expressa o comportamento
(distribuição) normal da variável sob a análise na população.
32
AUTOATIVIDADE
1 Há três termos essenciais para a compreensão das medidas e para as avaliações.
Cite quais são esses três termos. Na sequência, explique cada um deles.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
Coluna 1 Coluna 2
( ) Descrever fenômenos do ponto de vista
(a) Testar
quantitativo.
( ) Interpretar dados quantitativos e qualitativos
(b) Medir para obter parecer ou julgamento de valores com
boas referências previamente definidas.
( ) Verificar desempenho mediante situações
(c) Avaliar previamente organizadas e padronizadas,
denominadas “testes”.
a) ( ) a, c, b.
b) ( ) b, a, c.
c) ( ) c, a, b.
d) ( ) c, b, a.
e) ( ) b, c, a.
a) ( ) V – F – V – F – V.
b) ( ) F – F – F – V – V.
c) ( ) F – V – V – F – F.
d) ( ) V – F – V – F – F.
e) ( ) V – F – F – V – V.
a) ( ) V – F – V – V.
b) ( ) F – V – V – V.
c) ( ) F – V – F – F.
d) ( ) V – F – V – F.
e) ( ) V – F – F – V.
a) ( ) V – V – V – F – V.
b) ( ) F – F – V – V – V.
c) ( ) F – V – V – F – F.
d) ( ) V – V – F – V – F.
e) ( ) V – F – F – V – F.
34
6 No que se refere aos diferentes tipos de avaliação (diagnóstica, formativa e
somativa), correlacione os itens I, II e III de acordo com o tipo de avaliação a
que se referem.
35
36
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Para que seja possível avaliar os indivíduos (alunos, clientes, atletas) que
participam do programa de intervenção deve-se aplicar testes para verificar se o
programa tem proporcionado os resultados esperados ou não. E, ainda, a partir
dos resultados obtidos nos testes, é possível efetuar ajustes no programa de
intervenção.
FONTE: As autoras
37
UNIDADE 1 | CINEANTOPOMETRIA
2 QUALIDADE DO TESTE
A qualidade dos instrumentos utilizados é fundamental para o
desenvolvimento de qualquer programa de intervenção. Logo, pode-se dizer que
a qualidade de um teste é um aspecto decisivo no processo avaliativo como um
todo.
Em linhas gerais, Rojas e Barros (2003) acreditam que testes bons geram
medidas boas e possibilitam a realização de uma avaliação confiável. Enquanto
que testes ruins geram medidas ruins, o que restringe a avaliação, porque fornecem
dados imprecisos e julgamentos equivocados. Para compreender melhor esta
lógica de raciocínio, apresenta-se a Figura 11.
38
TÓPICO 3 | SELEÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
FONTE: As autoras
39
UNIDADE 1 | CINEANTOPOMETRIA
ATENCAO
40
TÓPICO 3 | SELEÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
ATENCAO
Validade de conteúdo
Comparação de escores obtidos com a versão longa
do instrumento de medida com a versão curta.
VALIDADE
Grau com que o instrumento Validade de Constructo
de medida oferece Comparação escores obtidos entre dois grupos
diferentes em relação ao atributo que se pretende
informações quanto às
avaliar.
características ou aos
comportamentos associados Validade Corrente
ao atributo que se pretende Relação estatística entre os escores produzidos pelo
avaliar, instrumento de medida e indicadores de mesma
natureza que seguramente oferece indicações
favoráveis quanto à avaliação do mesmo atributo
que se pretende avaliar.
Validade Preditiva
Grau de probabilidade com que os escores
produzidos pelo instrumento de medida podem
predizer estatisticamente o atributo que se pretende
avaliar.
42
TÓPICO 3 | SELEÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
43
UNIDADE 1 | CINEANTOPOMETRIA
UNI
2.2.1 Teste-reteste
A estratégia do teste-reteste contempla duas aplicações do teste para o
mesmo grupo de avaliados. Posteriormente, calcula-se o índice de reprodutibilidade
por meio do coeficiente de correlação (estatística).
• Aplicação do teste às vezes após alguns dos avaliados ter praticado exercícios
físicos ou alongamento.
45
UNIDADE 1 | CINEANTOPOMETRIA
UNI
46
TÓPICO 3 | SELEÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Sistemáticos
Erros de Medida
Aleatórios
ATENCAO
Para o teste ser padronizado, deve ter e apresentar a descrição exata das condições
sob as quais deve ser aplicado, de modo que todos os avaliadores possam reproduzi-las de
maneira semelhante, reduzindo os erros de medida.
47
UNIDADE 1 | CINEANTOPOMETRIA
E
IMPORTANT
3 ASPECTOS PRÁTICOS
No que tange aos aspectos práticos, atenta-se para a viabilidade e para
a economia. A viabilidade contempla os equipamentos, as instalações, a equipe
técnica, o tempo disponível, o número de avaliados, entre outros. Essas questões
devem ser consideradas inclusive durante o planejamento das medidas e avaliações,
de modo a tornar exequível a aplicação dos testes e da avaliação em sua totalidade.
48
TÓPICO 3 | SELEÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
4 ASPECTOS PEDAGÓGICOS
Os aspectos pedagógicos, por sua vez, compreendem a facilidade de
entendimento e a motivação. Nos momentos que precedem a aplicação de um
teste, o avaliador deve explicar o teste para o avaliado, questionar o avaliado que
está com alguma dúvida sobre o teste. O avaliado precisa entender como será
feito o teste para poder executá-lo corretamente. Muitas vezes, o avaliador precisa
demonstrar como o avaliado deve realizar a tarefa antes do teste iniciar. Isso
preconiza que toda informação deve ser seguida por uma demonstração, conforme
defendido por Sherril (2004).
49
UNIDADE 1 | CINEANTOPOMETRIA
50
TÓPICO 3 | SELEÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
7 VISÃO GERAL
Os conteúdos abordados no Livro Didático de Medidas e Avaliações
em Educação Física apresentam inúmeras particularidades, as quais foram
apresentadas divididas didaticamente em partes. Em contrapartida, torna-se
válido apresentar um panorama geral acerca das etapas que norteiam as medidas
e as avaliações.
51
UNIDADE 1 | CINEANTOPOMETRIA
52
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico vimos que:
• A validade é o critério que indica se o teste mede com precisão aquilo que
pretende medir (há pequena margem de erro).
• Erros de medida são inevitáveis, podem ser causados pelos avaliadores, pelos
avaliados ou pelos instrumentos utilizados na avaliação.
Coluna 1 Coluna 2
( ) Trata da facilidade de compreensão e da
(a) Qualidade do teste
motivação.
( ) Envolve a especificidade e a prescrição de
(b) Aspectos práticos
exercícios.
(c) Aspectos
( ) Contempla a viabilidade e a economia.
pedagógicos
(d) Aspectos ( ) Refere-se à validade, reprodutibilidade e
pedagógicos objetividade.
a) ( ) F – F – V – V – F.
b) ( ) V – F – V – F – V.
c) ( ) F – V – V – F – V.
d) ( ) V – V – V – F – F.
e) ( ) F – V – F – V – F.
Coluna 1 Coluna 2
( ) Trata da aplicação de dois testes equivalentes
(a) Teste-reteste
para o mesmo grupo de avaliados.
( ) Representa a fragmentação do teste em duas
(b) Instrumentos metades e os escores de ambas as partes serão
paralelos correlacionados a fim de estimar o índice de
consistência entre as medidas.
(c) Divisão do ( ) Consiste em duas aplicações do teste para o
instrumento mesmo grupo de avaliados.
a) ( ) b, c, a.
b) ( ) b, a, c.
c) ( ) a, c, b.
55
d) ( ) c, b, a.
e) ( ) a, b, c.
Coluna 1 Coluna 2
( ) Compreende a facilidade de entendimento
do que será realizado na avaliação.
(a) Aspectos práticos ( ) Preocupa-se com questões financeiras
relacionadas ao instrumento de medida
(economia).
( ) Refere-se à motivação.
( ) Consiste na preocupação com os
(b) Aspectos pedagógicos equipamentos, as instalações, a equipe técnica,
o tempo disponível, o número de avaliados
(viabilidade).
56
SUGESTÃO DE ATIVIDADE PRÁTICA
a) Introdução
b) Objetivo
57
- Pré-atividade prática: o professor/tutor deverá ter em uma folha A4 um
conjunto de perguntas e respostas relacionadas ao conteúdo da Unidade 1.
Nessa folha A4 as perguntas e respostas poderão estar escritas à mão ou terem
sido impressas no computador.
58
percurso realizado pelo aluno no teste de Cooper, os centímetros alcançados no
teste de sentar e alcançar.
59
15. Quais são os dois elementos fundamentais a se considerar nos aspectos práticos
na seleção de instrumentos de avaliação?
Resposta: A viabilidade e a economia.
17. Desafio 1: cada grupo disporá de 10 minutos para elaborar uma pergunta e uma
resposta que será feita para o grupo adversário. Os grupos poderão consultar o
material para elaborarem a pergunta. Não será permitida consulta ao material
para obtenção da resposta. Deve-se conscientizar o aluno a respeito do grau
de dificuldade da pergunta, pois devem elaborar uma questão interessante e
possível de ser respondida sem necessitar de decoreba do conteúdo.
Grupo A Grupo B
Pontos
60
Na sequência, o tutor explicará a atividade para todos. A atividade consiste
em um jogo de perguntas e respostas. O tutor fará uma das perguntas em voz
alta para ambos os grupos. O acadêmico que souber a resposta poderá levantar a
mão. O grupo que levanta a mão possui, no máximo, 30 segundos para fornecer
a resposta. O tempo será contabilizado pelo tutor, pelo juiz ou pelos próprios
acadêmicos da equipe adversária. O tutor deverá ficar atento para o grupo que
levantar a mão primeiro e, se houver juiz, ele também poderá auxiliar nessa tarefa.
Caso uma equipe levante a mão e não saiba a resposta ou forneça a resposta
errada, automaticamente passa-se a vez para o grupo adversário ter a oportunidade
de acertar. Se nenhuma equipe acertar a resposta, ninguém pontuará e passa-se
para a próxima pergunta.
e. Interpretação dos resultados/descrição da atividade
Cada acerto equivale a um ponto que será notificado no quadro pelo tutor
ou pelo acadêmico que atua como juiz (se houver).
Todas as respostas deverão ser coerentes com o conteúdo expresso na
Unidade 1 do Livro Didático de Medidas e Avaliações em Educação Física.
61
62
UNIDADE 2
TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos e em cada um deles você
encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos apresentados.
63
64
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
No universo complexo das medidas e avaliações, é possível realizar
diferentes tipos de avaliação. Entre esses diferentes tipos de avaliação encontram-
se a avaliação do crescimento físico (GUEDES; GUEDES, 2006).
65
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
Suprailíaca
Abdominal
Axilar média
Coxa média
Panturrilha medial
Fonte: Adaptado de Guedes e Guedes (2006, p. 37) e Alvarez e Pavan (2009)
Ao longo desta unidade estudaremos cada uma dessas medidas
antropométricas separadamente. Deste modo, faz-se necessário ressaltar que
cada um desses tipos de medidas antropométricas possui suas especificidades.
E é importante os professores e profissionais os utilizarem adequadamente no
decorrer de sua atuação profissional. Assim, ao longo deste tópico estudaremos
cada uma dessas medidas antropométricas, bem como aprenderemos protocolos
de avaliação, de modo que as avaliações possam ser realizadas e que as medidas
obtidas sejam confiáveis.
UNI
2 ALTURAS
De acordo com Alvarez e Pavan (2009, p. 33), “as alturas são medidas
lineares realizadas no sentido vertical”. Pode-se afirmar que, em teoria, qualquer
ponto do corpo humano pode gerar uma distância em relação ao solo.
67
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
Estrutura
Alturas
Tronco-cefálica
É oportuno destacar que foi definido que todas as alturas são realizadas
pelo lado direito do avaliado (ALVAREZ; PAVAN, 2009). Além disso, recomenda-se
realizar duas vezes a medida da altura. E, caso os resultados dessas duas medidas
forem diferentes, sugere-se realizar uma terceira medida e considerar a média das
três (ALVAREZ; PAVAN, 2009).
68
TÓPICO 1 | ALTURAS E MASSA CORPORAL
E
IMPORTANT
2.1 INSTRUMENTO
Para a mensuração das alturas é possível utilizar os seguintes instrumentos:
estadiômetro com cursor, paquímetro ou fita métrica metálica adaptada com hastes
(ALVAREZ; PAVAN, 2009; GUEDES; GUEDES, 2006). Salienta-se que as mesmas
medidas realizadas por esses diferentes instrumentos deverão apresentar valores
semelhantes.
NOTA
2.2 ESTATURA
A estatura é utilizada como o maior indicador do desenvolvimento corporal
e do comprimento ósseo (ALVAREZ; PAVAN, 2009). De acordo com esses autores,
também é utilizada para a verificação de doenças, avaliação do estado nutricional e
para seleção de atletas. Destaca-se que o desenvolvimento anormal do crescimento
pode estar relacionado a outras doenças.
69
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
Referência anatômica
As referências anatômicas utilizadas são o vértex e a região plantar.
E
IMPORTANT
Técnicas de mensuração
NOTA
UNI
70
TÓPICO 1 | ALTURAS E MASSA CORPORAL
Procedimento
Referência anatômica
Técnicas de mensuração
Procedimento
71
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
3 MASSA CORPORAL
A massa corporal refere-se a uma medida antropométrica que representa
a dimensão da massa ou volume corporal (ALVAREZ; PAVAN, 2009; GUEDES;
GUEDES, 2006). Para esses autores, a massa corporal expressa a somatória da
massa orgânica e inorgânica existente nas células, tecidos de sustentação, órgãos,
músculos, ossos, gorduras, água, viscerais, entre outros de não menor importância.
3.1 INSTRUMENTO
Para a mensuração da massa corporal é possível utilizar dois tipos de
balanças, sendo: a) aquelas que exigem ajuste manual, com sistema de alavanca; e,
b) aquelas que oferecem informações por intermédio de componentes eletrônicos
(GUEDES; GUEDES, 2006). Em ambos os casos, vale-se de balanças com resolução
de 100 gramas (FRANÇA; VÍVOLO, 1998; GUEDES; GUEDES, 2006; ALVAREZ;
PAVAN, 2009).
72
TÓPICO 1 | ALTURAS E MASSA CORPORAL
NOTA
73
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
3.3 PROCEDIMENTO
O procedimento da medida da massa corporal compreende que o avaliado
suba na plataforma, cuidadosamente, colocando um pé de cada vez (GUEDES;
GUEDES, 2006; ALVAREZ; PAVAN, 2009). Além disso, o avaliado deverá se
posicionar ao centro da plataforma (balança), com os pés afastados à largura
do quadril, o peso distribuído igualmente em ambos os pés, braços estendidos
lateralmente ao corpo e com olhar mantido em um ponto fixo à frente a fim de
reduzir oscilações no instrumento de medida (GUEDES; GUEDES, 2006). Para a
mensuração do peso corporal é realizada uma única medida.
E
IMPORTANT
Para calcular o IMC a medida da massa corporal deverá ser inserida na fórmula
em quilogramas (kg) e a estatura em metros (m).
74
TÓPICO 1 | ALTURAS E MASSA CORPORAL
UNI
No caso de atletas, esta relação entre massa corporal e estatura (IMC) não é
confiável, pois geralmente superestima o seu estado nutricional, caracterizando-os com
sobrepeso (ALVAREZ; PAVAN, 2009).
75
RESUMO DO TÓPICO 1
Nesse tópico você viu que:
● Por convenção, todas as medidas de alturas são realizadas pelo lado direito do
avaliado.
a) ( ) F, V, F, V, V, V, V, F, V.
b) ( ) F, V, F, F, V, F, V, F, F.
c) ( ) V, F, V, F, V, V, F, F, V.
d) ( ) F, V, V, V, V, F, V, F, F.
e) ( ) F, F, F, V, F, V, F, F, V.
77
3 No que se refere à massa corporal, leia atentamente as frases a seguir e
marque V para aquelas que forem verdadeiras e F para as falsas.
( ) Consiste na dimensão da massa ou volume corporal.
( ) A massa corporal total é a soma da massa orgânica e inorgânica existente
nas células, tecidos de sustentação, órgãos, músculos, ossos, gorduras, água,
viscerais etc.
( ) A massa corporal é importante para acompanhar o crescimento
físico e para indicar o estado nutricional. Para tanto, deve ser considerada
isoladamente, sem associação com outras variáveis.
( ) A massa corporal é mensurada com o propósito de se obter o valor do
peso corporal.
( ) Os instrumentos necessários para mensurar a massa corporal são:
balança e paquímetro.
Na sequência, assinale a alternativa correta:
a) ( ) V, V, F, V, F.
b) ( ) V, F, V, V, F.
c) ( ) F, V, V, V, F.
d) ( ) F, F, V, F, F.
e) ( ) V, V, V, F, F.
II) Como se classifica o IMC de seu aluno com base nos valores de referência?
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
78
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
No decorrer do Tópico 2, o enfoque será fornecido para as medidas
antropométricas relacionadas a diâmetros, comprimentos e perímetros, conforme
ilustra a Figura 24.
FONTE: As autoras
Medida
Definição
antropométrica
É a distância entre as proeminências ósseas definidas
Diâmetros
através de pontos anatômicos.
79
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
2 DIÂMETROS
Os diâmetros são definidos como “a distância entre as proeminências
ósseas definidas através de pontos anatômicos” (VELHO; SCHWINGEL, 2009, p.
71). Para Guedes e Guedes (2006, p. 42), são “medidas que procuram estabelecer
distâncias projetadas perpendicularmente ao eixo longitudinal do corpo”. Ou
seja, compreende a menor distância entre duas extremidades ósseas (VELHO;
SCHWINGEL, 2009). Pode-se afirmar que se tratam de medidas transversais
com características lineares que são realizadas no sentido horizontal (VELHO;
SCHWINGEL, 2009).
Esse tipo de medida antropométrica geralmente é utilizado para determinar
a compleição física, para fins ergonômicos, para fins de assimetria aplicada à
área desportiva, para acompanhar o crescimento humano e a proporcionalidade
(VELHO; SCHWINGEL, 2009).
Os principais diâmetros utilizados são: biacromial, bicrista-ilíaca,
biepicondilar do fêmur, bimaleolar, biepicondilar do úmero e biestiloide (Figura 25).
80
TÓPICO 2 | DIÂMETROS, COMPRIMENTOS, PERÍMETROS E DOBRAS CUTÂNEAS
UNI
Sugere-se que o avaliador utilize sua mão não dominante para manter a haste
fixa do instrumento de medida sobre um dos pontos de referência anatômica desejado e a mão
dominante ajusta a distância do instrumento por meio da haste móvel (VELHO; SCHWINGEL,
2009).
2.1 INSTRUMENTO
Para a mensuração dos diâmetros são utilizados paquímetros ou
antropômetros e compassos de pontas rombas (GUEDES; GUEDES, 2006;
VELHO; SCHWINGEL, 2009). Apresentam-se paquímetros (a) e antropômetros
e compassos de pontas rombas (b) na Figura 26. Esses instrumentos possuem
diferentes tamanhos, a depender do diâmetro que seja aferido.
81
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
UNI
82
TÓPICO 2 | DIÂMETROS, COMPRIMENTOS, PERÍMETROS E DOBRAS CUTÂNEAS
2.2 BIACROMIAL
Referência anatômica
Técnicas de mensuração
Procedimentos
Identifica-se a localização desses pontos percorrendo os dedos a espinha de
ambas as escápulas até a sua borda externa e lateral (GUEDES; GUEDES, 2006). E a
medida é realizada utilizando as hastes do paquímetro ligeiramente voltadas para
cima ou para baixo em relação ao plano horizontal (ALVAREZ; PAVAN, 2009).
83
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
2.3 BICRISTA-ILÍACA
Referência anatômica
Técnicas de mensuração
Procedimentos
84
TÓPICO 2 | DIÂMETROS, COMPRIMENTOS, PERÍMETROS E DOBRAS CUTÂNEAS
Técnicas de mensuração
Procedimentos
2.5 BIMALEOLAR
Referência anatômica
85
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
Técnicas de mensuração
Procedimentos
Identifica-se a localização dos pontos aparentes dos maléolos (medial e
lateral). As hastes do paquímetro serão posicionadas perpendicularmente ao eixo
longitudinal (ALVAREZ; PAVAN, 2009). Destaca-se que os maléolos se encontram
em planos diferentes, sendo que geralmente o meléolo fibular está em plano
inferior ao maléolo tibial (GUEDES; GUEDES, 2006; ALVAREZ; PAVAN, 2009).
Técnicas de mensuração
86
TÓPICO 2 | DIÂMETROS, COMPRIMENTOS, PERÍMETROS E DOBRAS CUTÂNEAS
Procedimentos
2.7 BIESTILOIDE
Referência anatômica
Técnicas de mensuração
Procedimentos
Inicialmente o avaliador deverá localizar as bordas mediais do estiloide
ulnar com o dedo médio ou indicador da mão esquerda. E, com a mão direita,
o avaliador segurará o paquímetro na direção do ângulo formado entre a mão
e o antebraço do avaliado de modo que as hastes do paquímetro fiquem para
baixo (aproximadamente de 30º a 45º em relação ao plano horizontal, a depender
do protocolo utilizado) (GUEDES; GUEDES, 2006; ALVAREZ; PAVAN, 2009). O
protocolo de Guedes e Guedes (2006) especifica 30º, enquanto o de Alvarez e Pavan
(2009) especifica 45º.
3 COMPRIMENTOS
Os comprimentos se referem às “distâncias projetadas entre dois pontos
de referência anatômica, estabelecidas paralelamente ao eixo longitudinal do
segmento” (GUEDES; GUEDES, 2006, p. 46). As medidas de comprimento são
utilizadas principalmente com a finalidade de acompanhar o crescimento do corpo,
o desenvolvimento dos indivíduos e a proporcionalidade corporal. Também são
empregadas em projetos de engenharia para concepção de maquinários, utensílios
e espaços físicos que o homem utiliza (ALVAREZ; PAVAN, 2009).
88
TÓPICO 2 | DIÂMETROS, COMPRIMENTOS, PERÍMETROS E DOBRAS CUTÂNEAS
UNI
Sugere-se que o avaliador utilize sua mão não dominante para manter a haste
fixa do instrumento de medida sobre um dos pontos de referência anatômica desejado e a
mão dominante ajusta a distância do instrumento por meio da haste móvel (GUEDES; GUEDES,
2006; VELHO, SCHWINGEL, 2009).
3.1 INSTRUMENTOS
Para a mensuração dos comprimentos é possível utilizar os seguintes
instrumentos: antropômetros (resolução de 1 milímetro), paquímetro (resolução de
milímetros ou décimo de milímetros), compassos de barra, fita métrica (resolução
de 1 milímetro) ou pela diferença aritmética entre as alturas dos diferentes
segmentos do corpo (GUEDES; GUEDES, 2006; ALVAREZ; PAVAN, 2009).
89
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
Técnicas de mensuração
Procedimentos
90
TÓPICO 2 | DIÂMETROS, COMPRIMENTOS, PERÍMETROS E DOBRAS CUTÂNEAS
3.3 COXA
Referência anatômica
Técnicas de mensuração
Procedimentos
91
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
3.4 PERNA
Referência anatômica
Técnicas de mensuração
Procedimentos
Técnicas de mensuração
Procedimentos
3.6 BRAÇO
Referência anatômica
Técnicas de mensuração
93
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
Procedimentos
3.7 ANTEBRAÇO
Referência anatômica
Técnicas de mensuração
94
TÓPICO 2 | DIÂMETROS, COMPRIMENTOS, PERÍMETROS E DOBRAS CUTÂNEAS
Procedimentos
4 PERÍMETROS
Os perímetros consistem em medidas circulares de segmentos do corpo que
são mensuradas a partir do plano horizontal, perpendiculares ao eixo longitudinal
do corpo (GUEDES; GUEDES, 2006). Trata-se de uma medida antropométrica que
afere o perímetro máximo de um segmento corporal (MARTINS; LOPES, 2009).
Pode-se afirmar que os perímetros correspondem às circunferências dos segmentos
corporais. A medida dos perímetros é obtida por meio de ângulo reto em relação
ao seu maior eixo.
95
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
Uma vantagem dos perímetros é que são medidas que possuem fácil
aplicação, em virtude de possuírem baixo custo instrumental e operacional.
Contudo, Martins e Lopes (2009) propõem no Quadro 8 alguns cuidados essenciais,
a saber:
Cuidados essenciais
● Plano da fita deve estar adjacente à pele e as suas bordas devem estar
perpendiculares ao eixo do segmento que esteja sendo medido (exceto perímetros
da cabeça e do pescoço).
● Deve-se mensurar o perímetro em sua extensão máxima.
● Devem-se realizar as medidas aplicando pouca pressão sobre a pele do avaliado.
● Não deixar os dedos entre a fita e a pele.
● Devem-se identificar e marcar os pontos de referências anatômicas com lápis
dermatográfico.
● A leitura deve ser feita com aproximação de milímetros.
● Recomenda-se efetuar a avaliação em dois avaliadores ou contar com um
espelho para garantir que a fita métrica esteja no plano horizontal (porções
anterior e posterior do avaliado).
● Sugere-se realizar a leitura da fita métrica olhando de frente e, preferencialmente,
na mesma altura do valor numérico da fita.
FONTE: Adaptado de Martins e Lopes (2009, p. 58)
96
TÓPICO 2 | DIÂMETROS, COMPRIMENTOS, PERÍMETROS E DOBRAS CUTÂNEAS
4.1 INSTRUMENTOS
Para ferir perímetros deve-se utilizar fita métrica flexível que não seja
elástica (resolução de um milímetro) (GUEDES; GUEDES, 2006; MARTINS; LOPES,
2009). Os referidos autores recomendam que a fita métrica contenha largura entre
cinco a sete milímetros e que a espessura não ultrapasse dois milímetros e, ainda,
que preferencialmente apresente somente uma marcação numérica visível do lado
destinado à leitura.
4.2 COXA
O perímetro da coxa pode ser obtido nas porções proximal, medial ou distal
da coxa do avaliado. Cada uma dessas medidas possui protocolos específicos que
serão apresentados abaixo.
Referência anatômica
Técnicas de mensuração
Procedimentos
4.3 PERNA
Referência anatômica
Técnicas de mensuração
98
TÓPICO 2 | DIÂMETROS, COMPRIMENTOS, PERÍMETROS E DOBRAS CUTÂNEAS
Procedimentos
4.4 BRAÇO
O perímetro do braço pode ser obtido com o braço relaxado ou com o braço
contraído. Cada uma dessas medidas possui protocolos específicos que serão
apresentados a seguir.
Referência anatômica
Técnicas de mensuração
99
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
Procedimentos
4.5 ANTEBRAÇO
Referência anatômica
Técnicas de mensuração
100
TÓPICO 2 | DIÂMETROS, COMPRIMENTOS, PERÍMETROS E DOBRAS CUTÂNEAS
Procedimentos
4.6 CINTURA
Referência anatômica
Técnicas de mensuração
101
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
Procedimentos
4.7 QUADRIL
Referência anatômica
Técnicas de mensuração
102
TÓPICO 2 | DIÂMETROS, COMPRIMENTOS, PERÍMETROS E DOBRAS CUTÂNEAS
Procedimentos
Efetua-se a mensuração no maior perímetro do quadril, considerando-
se a porção mais volumosa das nádegas, observando-se lateralmente a pelve e o
trocânter (MARTINS; LOPES, 2009).
5 DOBRAS CUTÂNEAS
As dobras cutâneas, também chamadas de pregas cutâneas, consistem
em uma forma indireta de medir a adiposidade do corpo (BENEDETTI; PINHO;
RAMOS, 2009). De acordo com Guedes e Guedes (2006, p. 52), “as medidas da
espessura das dobras cutâneas correspondem às medidas de uma camada dupla
de pele e de tecidos subcutâneos destacados em pontos anatômicos específicos”.
103
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
E
IMPORTANT
Orientações gerais
● Deve-se separar o tecido adiposo ou subcutâneo do tecido muscular por meio
dos dedos polegar e indicador da mão esquerda para avaliadores destros.
● Ajustar as extremidades do equipamento sobre o ponto anatômico.
● Fazer a pegada da dobra cutânea a um centímetro acima do ponto de referência
anatômico.
● Aguardar o instrumento exercer a pressão na dobra por dois segundos e depois
efetuar a leitura do resultado obtido.
● Realizam-se três medidas não consecutivas. Caso existam diferenças entre as
medidas (de 5% a 10%), deve-se realizar uma quarta mensuração.
● Deve-se efetuar a medida no lado direito do avaliado, estando o avaliado em
posição confortável e com os músculos relaxados (geralmente sugere-se posição
ortostática).
104
TÓPICO 2 | DIÂMETROS, COMPRIMENTOS, PERÍMETROS E DOBRAS CUTÂNEAS
5.1 INSTRUMENTOS
Para a mensuração da espessura das dobras cutâneas é possível utilizar
um equipamento específico denominado de compasso de dobras, espessímetro,
adipômetro ou plicômetro (BENEDETTI; PINHO; RAMOS, 2009). Pode-se observar
que há diversas nomenclaturas para esse instrumento.
Técnicas de mensuração
105
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
Procedimentos
Técnicas de mensuração
106
TÓPICO 2 | DIÂMETROS, COMPRIMENTOS, PERÍMETROS E DOBRAS CUTÂNEAS
Procedimentos
Referência anatômica
Técnicas de mensuração
107
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
Procedimentos
Técnicas de mensuração
Procedimentos
108
TÓPICO 2 | DIÂMETROS, COMPRIMENTOS, PERÍMETROS E DOBRAS CUTÂNEAS
Técnicas de mensuração
109
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
Procedimentos
Técnicas de mensuração
110
TÓPICO 2 | DIÂMETROS, COMPRIMENTOS, PERÍMETROS E DOBRAS CUTÂNEAS
Procedimentos
Técnicas de mensuração
Procedimentos
Deve-se pinçar a dobra cutânea verticalmente ao eixo longitudinal, na parte
interna da perna em contato com o solo ou apoiada em uma cadeira (BENEDETTI;
PINHO; RAMOS, 2009).
111
RESUMO DO TÓPICO 2
Nesse tópico você viu que:
112
● Os instrumentos usados para mensurar comprimentos são: antropômetros,
paquímetro, compassos de barra ou fita métrica.
113
AUTOATIVIDADE
Coluna 1 Coluna 2
( ) Tratam-se de medidas circulares de segmentos do
(a) Diâmetros corpo que são mensuradas a partir do plano horizontal,
perpendiculares ao eixo longitudinal do corpo.
( ) Medem a adiposidade do corpo por meio de
medidas de uma camada dupla de pele e de tecidos
(b) Comprimentos
subcutâneos destacados em pontos anatômicos
específicos.
( ) Consiste na distância projetada entre dois
pontos de referência anatômica que são estabelecidas
(c) Perímetros
paralelamente ao eixo longitudinal do segmento
corporal.
( ) Refere-se à distância entre as proeminências ósseas
(d) Dobras cutâneas
definidas através de pontos anatômicos.
a) ( ) F, V, V.
b) ( ) F, V, F.
c) ( ) F, F, V.
114
d) ( ) V, F, V.
e) ( ) V, V, F.
115
116
UNIDADE 2
TÓPICO 3
COMPOSIÇÃO CORPORAL
1 INTRODUÇÃO
O corpo humano é composto por ossos, músculos, gorduras, água, tecidos
e elementos bioquímicos. Todos esses elementos predizem o peso corporal de
um indivíduo. Destaca-se que no decorrer da vida as medidas acerca do peso
corporal variam. Os hábitos alimentares e a prática de atividade física influenciam
as quantidades e proporções dos componentes que constituem o peso corporal
(GUEDES; GUEDES, 2006).
→ identificar riscos à saúde associados a níveis altos ou baixos de gordura corporal total;
2 MODELOS DE ANÁLISE
Ao longo dos anos nota-se que há considerável interesse de pesquisadores
de diferentes áreas do conhecimento, incluída a Educação Física, pela avaliação da
composição corporal. É inegável que há muitas técnicas e métodos para analisar
a composição corporal, porém cada uma possui respaldo em modelos teóricos
distintos (GUEDES; GUEDES, 2006). Para os autores citados, esses modelos
possuem “características conceituais e procedimentos metodológicos que lhes
conferem maior ou menor validade” (GUEDES; GUEDES, 2006, p. 192).
Outros
Sólidos
Extracelulares Sangue
Outros Osso
Fluídos
Proteínas Extracelulares Tecido
Outros
adiposo
Hidrogênio Lipídios
Sistema
Carbono músculo-
Massa
celular esquelético Nível 5
(Corpo inteiro)
Água Nível 4
(Sistema tecidular)
Oxigênio Nível 3
(Celular)
Nível 2
(Molecular)
Nível 1
(Atômico)
FONTE: Guedes e Guedes (2006, p. 192)
Nível Explicação
É composto por 50 elementos atômicos, sendo que 98% são
1
determinados por combinações de cinco elementos (oxigênio,
Atômico
carbono, hidrogênio, nitrogênio e cálcio) e os outros 2% contemplam
118
TÓPICO 3 | COMPOSIÇÃO CORPORAL
119
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
UNI
E
IMPORTANT
120
TÓPICO 3 | COMPOSIÇÃO CORPORAL
E
IMPORTANT
121
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
TÉCNICAS DIRETAS
Dissecação de cadáveres
Extração lipídica
TÉCNICAS INDIRETAS
P r o c e d i m e n t o s Procedimentos Procedimentos
Bioquímicos de Imagem de Densitometria
Hidrometria Radiologia convencional Pesagem hidrostática
Espectrometria de Ultrassonografia Pletismografia
raios gama
Ativação de nêutrons Tomografia axial computadorizada
Excreção de creatina Ressonância magnética nuclear
Absortometria radiológica de
dupla energia
TÉCNICAS DUPLAMENTE INDIRETAS
Condutividade elétrica corporal
Interactância de raios infravermelhos
Bioimpedância elétrica
Antropometria
FONTE: Adaptado de Guedes e Guedes (2006, p. 196)
Peso corporal ( g )
Densidade corporal ( g .mL-1 ) =
Volume corporal ( mL )
Volume corporal ( mL ) =
( Peso real – Pesoágua )
Densidadeágua
Pressão1Volume1 = Pressão2Volume2
Impedância
= Resistência 2 + Reactância 2
=MIG Estatura 2 – Resistência + Peso – Idade
Gorduraabsoluta ( Kg ) = Peso corporal – MIG
Gorduraabsoluta x 100
Gordura relativa ao peso corporal ( % ) =
Peso corporal
125
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
Perímetro de cintura ( cm )
Razão Cintura / Quadril =
Perímetro do quadril ( cm )
126
TÓPICO 3 | COMPOSIÇÃO CORPORAL
Perímetro de cintura ( m )
Índice de Conicidade =
Peso ( Kg )
0,109
Estatura ( m )
5 EQUAÇÕES PREDITIVAS
Por meio da técnica de medida duplamente indireta caracterizada pela
antropometria é possível recorrer a equações de regressão a fim de efetuar a análise
da composição corporal. Entre os componentes do corpo que podem ser estimados
por meio dessas equações preditivas destacam-se: a densidade, a gordura relativa,
a gordura absoluta e a massa magra. Vejamos a equação de cada um desses
elementos separadamente.
E
IMPORTANT
127
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
Densidade
Corporal = 1,1714 – 0, 0671 log10 ( ∑ 3DC )
( g / mL )
Legenda: ∑3DC – Somatório de 3 dobras cutâneas.
Densidade
Corporal = 1,10726863 – 0, 00081501 ( ∑ 4 DC ) + 0, 00000212 ( ∑ 4 DC ) – 0, 00041761 ( Idade )
2
( g / mL )
Legenda: ∑4DC – Somatório de 4 dobras cutâneas.
Densidade
1, 02902361 – 0, 00067159 ( ∑ 4 DC ) + 0, 00000242 ( ∑ 4 DC ) – 0, 00026073 ( Idade )
2
Corporal =
– 0, 00056009 ( MC ) + 0, 00054649 ( Estatura )
( g / mL )
Legenda: ∑4DC – Somatório de 4 dobras cutâneas; MC – massa corporal (Kg).
128
TÓPICO 3 | COMPOSIÇÃO CORPORAL
4,95
Percentual de Gordura ( % ) = – 4,50 100
Densidade
UNI
495
Percentual de Gordura ( % ) = – 450
Densidade
Homens Mulheres
Muito baixo ≤ 5% < 8%
Abaixo da média 6 – 14% 9 – 22%
Média 15% 23%
Acima da média 16 – 24% 24 – 31%
Muito alto ≥ 25% > 32%
FONTE: Lohman (apud Petroski, 2009, p. 124)
129
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
Gordura relativa ( % )
Gordura absoluta ( Kg ) = Peso corporal ( Kg )
100
130
RESUMO DO TÓPICO 3
Nesse tópico você viu que:
131
● A massa magra exprime valores estabelecidos na proporção água, minerais e
matéria orgânica, incluídos lipídios essenciais.
132
AUTOATIVIDADE
133
a) ( ) V, V, F, F, F.
b) ( ) V, V, F, F, V.
c) ( ) V, F, V, V, F.
d) ( ) V, V, V, F, F.
e) ( ) F, F, F, F, V.
Coluna 1 Coluna 2
( ) Radiologia convencional e ultrassonografia
(a) Técnicas diretas
( ) Antropometria
( ) Extração lipídica
(b) Técnicas indiretas
( ) Bioimpedância elétrica
(c) Técnicas duplamente ( ) Hidrometria e pesagem hidrostática
indiretas ( ) Dissecação de cadáveres
a) ( ) b, c, a, c, b, a.
b) ( ) a, a, b, c, b, c.
c) ( ) c, b, b, a, c, a.
d) ( ) b, c, a, c, a, b.
e) ( ) a, c, a, b, b, c.
II) De acordo com os valores de referência, esta mulher possui riscos para a
saúde?
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
134
7 Um indivíduo do sexo masculino, com 48 anos de idade cronológica,
apresenta perímetro de cintura equivalente a 114,0 centímetros. Explique se
este indivíduo apresenta ou não risco para disfunções crônicas degenerativas
e por que motivo.
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
a) Introdução
b) Objetivo
135
Computador Precisa ter programa 01.
Microsoft Word
Impressora Precisa ter tinta 01.
Caneta hidrográfica - Uma para cada acadêmico
ou lápis ou uma para cada dupla ou
dermatográfico trio de acadêmicos.
Fita métrica Flexível, não elástica Uma para cada acadêmico
ou uma para cada dupla ou
trio de acadêmicos.
Balança Digital ou manual Uma balança ou duas.
* Seria ideal apresentar os
dois tipos de balança para
os acadêmicos aprenderem
a manusear.
Paquímetros - No mínimo dois, sendo de
preferência um grande e
um pequeno.
Compasso de pontas - No mínimo dois, sendo de
rombas preferência um grande e
um pequeno.
Compasso de barra - No mínimo dois, sendo de
preferência um grande e
um pequeno.
Adipômetro - No mínimo dois.
- Organização prévia:
O professor deverá imprimir uma dessas fichas para cada acadêmico e
levar no dia da atividade prática.
136
FICHA DE AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
Nome do acadêmico:
Idade (anos): Sexo: ( ) masculino ( ) feminino
Nome do avaliador:
Data da Avaliação: Hora da avaliação:
Acadêmico:
ALTURAS 1a Medida 2a Medida 3a Medida Média
Estatura (m)
Altura tronco-cefálica
MASSA - - -
CORPORAL
Peso (Kg)
IMC
* Classificação IMC
DIÂMETROS 1a Medida 2a Medida 3a Medida Mediana
Biacromial
Bicrista-ilíaca
Biepicondilar do
fêmur
Bimaleolar
Biepicondilar do
úmero
Biestiloide
COMPRIMENTOS 1a Medida 2a Medida 3a Medida Média
Membros inferiores
Coxa
Perna
Membros superiores
Braço
Antebraço
PERÍMETROS 1a Medida 2a Medida 3a Medida Média
Coxa
Perna
Braço
Antebraço
Cintura
Quadril
DOBRAS 1a Medida 2a Medida 3a Medida 4a Medida
CUTÂNEAS
Tricipital
Subescapular
137
Suprailíaca
Abdominal
Observação: * - Opcional.
PRIMEIRA ETAPA
139
140
UNIDADE 3
TESTES FÍSICOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos e em cada um
deles você encontrará atividades que o(a) ajudarão a aplicar os
conhecimentos apresentados.
141
142
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
A aptidão física é definida como “um estado dinâmico de energia e
vitalidade que permite a cada um não apenas a realização das tarefas do cotidiano,
as ocupações ativas das horas de lazer e enfrentar emergências imprevistas sem
fadiga excessiva, mas, também, evitar o aparecimento das funções hipocinéticas,
enquanto funcionando no pico da capacidade intelectual e sentindo uma alegria
de viver” (GUEDES, 1995). Houve um longo período de evolução que antecedeu
a formulação deste conceito. Antigamente, as capacidades relacionadas ao
desempenho nos esportes eram privilegiadas em detrimento das capacidades
associadas à saúde. Isto porque se tinha o equivocado entendimento de que, para
apresentar um bom estado de saúde, seria necessário demonstrar um elevado
desempenho atlético. Porém, com o avanço da ciência, o conceito de aptidão física
passou por uma significativa transformação, saindo do campo da conveniência, da
tradição, do senso comum e da orientação exclusivamente esportiva, apresentando
componentes que contemplam, também, a saúde das pessoas (GUEDES, 1995).
143
UNIDADE 3 | TESTES FÍSICOS
144
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À APTIDÃO FÍSICA
145
UNIDADE 3 | TESTES FÍSICOS
146
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À APTIDÃO FÍSICA
147
UNIDADE 3 | TESTES FÍSICOS
149
UNIDADE 3 | TESTES FÍSICOS
E
IMPORTANT
Inúmeros fatores, tais como a idade, o tipo corporal, o estado nutricional, o peso
corporal, o estado de saúde, bem como, o nível de motivação, influenciam no nível de aptidão
física de cada pessoa. Cada pessoa responde de acordo com as suas próprias circunstâncias
ambientais e características hereditárias (GALLAHUE; DONNELLY, 2008).
ATENCAO
150
RESUMO DO TÓPICO 1
● O conceito de aptidão física passou por uma grande evolução até chegar à
definição atual, que completa, além de elementos da aptidão física relacionada
ao desempenho atlético, a aptidão física relacionada à saúde.
● Por volta de 1934 surgiu o conceito de habilidade motora geral, e os testes que
incluíam componentes relacionados à força, à potência, à endurance, à velocidade,
à agilidade, à coordenação e ao equilíbrio passaram a ser utilizados em baterias
de testes para avaliar o desempenho motor dos indivíduos.
151
a qual, posteriormente, serviu como referência para muitas investigações acerca
do desempenho humano.
152
AUTOATIVIDADE
a) ( ) V, V, V, F.
b) ( ) V, V, F, F.
c) ( ) V, F, V, F.
d) ( ) F, V, F, V.
e) ( ) F, F, F, V.
153
5 Leia atentamente as frases a seguir, referentes à aptidão física relacionada
ao desempenho atlético, e marque V para aquelas que forem verdadeiras e F
para as falsas.
a) ( ) F, F, F, V.
b) ( ) V, V, F, F.
c) ( ) V, F, V, F.
d) ( ) F, V, F, V.
e) ( ) F, V, V, V.
154
e) ( ) Os índices de saúde das pessoas não possuem qualquer relação com
os seus níveis de aptidão física.
a) ( ) F, F, F, V.
b) ( ) V, V, F, F.
c) ( ) V, F, V, F.
d) ( ) F, V, F, V.
e) ( ) V, V, V, V.
Coluna 1 Coluna 2
( ) É a capacidade que um teste possui para discriminar
os níveis de capacidade, permitindo que sejam feitas
(a) Seleção
escolhas. Em termos esportivos, isto permite que jogadores
sejam escolhidos ou não para as equipes.
( ) Possui a função de determinar as deficiências
do indivíduo a partir de testes que são validamente
(b) Classificação relacionados ao seu desempenho em áreas específicas. Em
contexto esportivo, é utilizado para planejar programas de
treinamento que ajudem a melhorar o desempenho.
155
( ) Serve para agrupar os indivíduos de acordo com as
(c) Diagnóstico suas características. No esporte, serve para designar a
posição ou o evento em que cada jogador estará.
a) ( ) a, c, b.
b) ( ) b, a, c.
c) ( ) c, a, b.
d) ( ) c, b, a.
e) ( ) b, c, a.
a) ( ) V, V, V, F, V.
b) ( ) F, F, V, V, V.
c) ( ) F, V, V, F, F.
d) ( ) V, V, F, V, F.
e) ( ) V, F, F, V, F.
156
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Ao longo de anos, inúmeras classificações e terminologias foram utilizadas
para se referir às diferentes capacidades motoras relacionadas aos componentes da
aptidão física. No quadro a seguir são apresentadas algumas das nomenclaturas
que podem ser encontradas na literatura acerca do tema.
UNI
Para aumentar a aptidão física, o indivíduo deve realizar mais trabalho do que
comumente realiza. É necessário que aumente o volume de trabalho produzido,
assim como, que haja redução do tempo no qual o mesmo volume de trabalho é realizado. Isto
porque, manter a mesma quantidade de atividade física regularmente permite que o indivíduo
mantenha um certo nível de aptidão. Entretanto, apenas quando o nível de prática for elevado,
fazendo com que os músculos sejam sobrecarregados, é que a força, a resistência (muscular
e cardiovascular) e a flexibilidade dos ligamentos poderão ser aumentadas (GALLAHUE;
DONNELY, 2008).
2 CONCEITOS BÁSICOS
→ Resistência cardiorrespiratória: É a capacidade do organismo para
suprir de nutrientes essenciais, principalmente o oxigênio, o trabalho muscular
prolongado e em remover produtos residuais induzidos pela sustentação do
esforço físico (GUEDES; GUEDES, 2006).
motora que tem sua fase sensível entre os nove e os 14 anos de idade. Dos 15 aos 17
anos considera-se a idade mais tardia para o desenvolvimento desta capacidade.
Todavia, os maiores níveis de flexibilidade ocorrem entre os 12 e os 17 anos de
idade (BERGAMO; DANIEL; MORAES, 2016).
162
TÓPICO 2 | DEFINIÇÃO DAS CAPACIDADES MOTORAS RELACIONADAS AOS COMPONENTES DA APTIDÃO FÍSICA
163
RESUMO DO TÓPICO 2
Nesse tópico você viu que:
a) ( ) V, F, V, F.
b) ( ) V, V, F, F.
c) ( ) V, F, F, F.
d) ( ) F, V, F, V.
e) ( ) F, F, F, V.
166
8 Leia atentamente as frases a seguir, referentes à potência, e marque V para
aquelas que forem verdadeiras e F para as falsas.
a) ( ) V, F, V, V.
b) ( ) V, V, F, F.
c) ( ) V, F, F, F.
d) ( ) F, V, F, V.
e) ( ) F, F, F, V.
a) ( ) V, F, F, F.
b) ( ) V, V, F, F.
c) ( ) V, V, V, V.
d) ( ) F, V, F, V.
e) ( ) F, F, F, V.
167
Coluna 1 Coluna 2
(a) Resistência ( ) É a capacidade da manutenção da posição corporal.
cardiorrespiratória
( ) É a capacidade de realizar um esforço máximo em
um curto espaço de tempo e representa a relação entre
(b) Força força muscular apresentada pelo indivíduo avaliado e
a velocidade com que o mesmo consegue realizar os
movimentos.
( ) É a aquisição, a consolidação e o aperfeiçoamento
(c) Resistência
de um movimento.
( ) É uma variável neuromotora caracterizada pela
capacidade de realizar trocas rápidas de direção, sentido
(d) Flexibilidade
e deslocamento da altura do centro de gravidade de
todo corpo ou parte dele.
( ) É a capacidade do organismo para suprir de
nutrientes essenciais, principalmente o oxigênio, o
(e) Equilíbrio
trabalho muscular prolongado e em remover produtos
residuais induzidos pela sustentação do esforço físico.
( ) É a capacidade de um grupo muscular realizar
(f) Agilidade
contrações repetidas sem causar fadiga.
( ) É a aptidão máxima de mover uma articulação por
(g) Potência uma variação de movimentos com o de uma posição de
extensão para flexão ou vice-versa.
( ) É o tempo gasto para um corpo percorrer um
(h) Coordenação
determinado espaço.
( ) Refere-se à força máxima gerada por um músculo
(i) Velocidade
ou grupo muscular específico.
Na sequência, assinale a alternativa que exprime a sequência correta:
a) ( ) e, g, h, f, a, c, d, i, b.
b) ( ) b, a, c, e, g, h, d, f, i.
c) ( ) c, a, b, d, h, g, i, f, e.
d) ( ) c, b, a, e, f, i, g, h, d.
e) ( ) b, c, a, i, d, e, h, f, g.
168
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Teste é um procedimento, técnica ou método que pode ser aplicado e
utilizado para coletar peculiaridades de uma variável (habilidade, conhecimento
etc.) da pessoa avaliada. Os testes físicos precisam contemplar aspectos relacionados
a um grupo específico de fatores pertinentes a cada solicitação motora, por isso,
são independentes dentro do rol das capacidades motoras. O desempenho motor,
por sua vez, condiz em um constructo multifatorial resultante do comportamento
apresentado pelo grupo das capacidades motoras. Por isso, não é possível aplicar
apenas um tipo de teste para avaliar o desempenho motor de um indivíduo, sendo
apropriada a utilização de baterias de testes, as quais abrangem aspectos que
avaliam desde capacidades motoras específicas até o desempenho motor em geral
(GUEDES; GUEDES, 2006).
169
UNIDADE 3 | TESTES FÍSICOS
170
TÓPICO 3 | DESCRIÇÃO DOS TESTES FÍSICOS
Força/resistência Abdominal
muscular Suspensão na barra
Cardiorrespiratório Caminhada/corrida de vai-e-vem
Flexibilidade Sentar-e-alcançar
Potência muscular Salto em distância “parado”
Força/resistência Puxada em suspensão na barra,
Guedes & Guedes muscular modificado
Abdominal
Velocidade Corrida de 50 m
Cardiorrespiratório Caminhada/corrida de 9-12 min
FONTE: Guedes e Guedes (2006)
171
UNIDADE 3 | TESTES FÍSICOS
172
TÓPICO 3 | DESCRIÇÃO DOS TESTES FÍSICOS
173
UNIDADE 3 | TESTES FÍSICOS
174
TÓPICO 3 | DESCRIÇÃO DOS TESTES FÍSICOS
175
UNIDADE 3 | TESTES FÍSICOS
176
TÓPICO 3 | DESCRIÇÃO DOS TESTES FÍSICOS
177
UNIDADE 3 | TESTES FÍSICOS
Teste de flexibilidade
(sentar-e-alcançar sem banco de wells)
Idade Rapazes Moças
7 29,3 21,4
8 29,3 21,4
9 29,3 21,4
10 29,4 23,5
11 27,8 23,5
12 24,7 23,5
13 23,1 23,5
178
TÓPICO 3 | DESCRIÇÃO DOS TESTES FÍSICOS
14 22,9 24,3
15 24,3 24,3
16 25,7 24,3
17 25,7 24,3
FONTE: Adaptado de Morrow et al. (2003)
Neste teste, o avaliado deve tentar tocar a ponta do dedo médio de ambas
as mãos por trás das costas, com um dos braços por cima do ombro e outro por
baixo do cotovelo. Para tanto, o avaliado deve posicionar-se em pé, as pernas
devem estar afastadas de modo que acompanhem a linha dos ombros e os
braços estendidos ao longo do corpo. Considerando o lado direito do corpo, o
avaliado deve deslocar o seu braço por cima do ombro, levando a palma da sua
mão até a linha da coluna, próximo ao ponto médio entre ambas as escápulas. Ao
mesmo tempo, a mão esquerda deve ser colocada por trás das costas, mediante
movimento de rotação do cotovelo, e a região dorsal da mão em contato com as
costas com o objetivo de realizar o toque entre a ponta do dedo médio da mão
esquerda e a ponta do dedo médio da mão direita. Posteriormente, retoma-se a
posição inicial e o avaliado executa o mesmo movimento com o braço esquerdo
por cima do ombro e a mão direita por baixo do cotovelo. Caso seja necessário,
pode-se realizar, no máximo, três tentativas, consecutivamente, para cada um dos
lados. Para concretizar o contato efetivo entre as pontas dos dedos, deve-se manter
a posição por 2 s, aproximadamente.
179
UNIDADE 3 | TESTES FÍSICOS
→ Flexiteste
181
UNIDADE 3 | TESTES FÍSICOS
182
TÓPICO 3 | DESCRIÇÃO DOS TESTES FÍSICOS
→ Teste de corrida de 10 x 5 m
183
UNIDADE 3 | TESTES FÍSICOS
184
TÓPICO 3 | DESCRIÇÃO DOS TESTES FÍSICOS
185
UNIDADE 3 | TESTES FÍSICOS
186
TÓPICO 3 | DESCRIÇÃO DOS TESTES FÍSICOS
→ Teste do quadrado
187
UNIDADE 3 | TESTES FÍSICOS
188
TÓPICO 3 | DESCRIÇÃO DOS TESTES FÍSICOS
UNI
189
UNIDADE 3 | TESTES FÍSICOS
O aumento da flexibilidade, por sua vez, resulta nos seguintes benefícios, conforme
Gallahue e Donnelly (2008):
→ Atua na prevenção de lesões.
→ Melhora a eficiência no trabalhado e no jogo.
→ Aumenta a amplitude motora.
→ Aumenta a variação de movimento.
→ Promove fluidez do movimento.
190
TÓPICO 3 | DESCRIÇÃO DOS TESTES FÍSICOS
191
UNIDADE 3 | TESTES FÍSICOS
192
RESUMO DO TÓPICO 3
● Teste é um procedimento, técnica ou método que pode ser utilizado para coletar
peculiaridades de uma variável da pessoa avaliada.
193
● Para a avaliação do equilíbrio pode-se utilizar o teste da posição flamingo.
● Os resultados dos testes físicos devem ser analisados por meio de referenciais
estabelecidos com base em levantamentos que tenham como objetivo atender às
características específicas de cada grupo populacional, para que os resultados
dos avaliados venham a apresentar características semelhantes às da amostra
sobre a qual os referenciais normativos foram idealizados.
194
AUTOATIVIDADE
a) ( ) V, V, F, F, V.
b) ( ) F, F, F, V, V.
c) ( ) F, V, V, F, F.
d) ( ) V, F, V, F, F.
e) ( ) V, F, F, V, V.
a) ( ) V, F, F, V.
b) ( ) F, F, V, V.
c) ( ) F, V, V, F.
d) ( ) V, V, V, V.
e) ( ) V, V, F, V.
Coluna 1 Coluna 2
( ) Avaliar o componente motor associado
(a) Teste de caminhada/ à resistência cardiorrespiratória por meio
corrida de vai-e-vem. da caminhada/corrida contínua em longas
distâncias.
( ) Avaliar o componente motor associado à
(b) Teste de caminhada/ velocidade de deslocamento, com corrida em
corrida de longa distância. mesma direção por percurso de 50 m, iniciando-
se na posição parada.
( ) Avaliar o componente motor associado
(c) Teste de corrida de ida-
à velocidade de membros superiores com
e-volta.
movimentação de vai-e-vem das mãos.
( ) Avaliar o componente motor associado
(d) Teste de corrida de 50 à agilidade através da corrida que envolve
m. mudanças de direção com alterações de altura
do centro de gravidade.
( ) Avaliar o componente motor associado à
(e) Teste de batimento em resistência cardiorrespiratória em caminhada/
placas. corrida com mudanças de direção em ritmo
progressivamente mais elevado.
a) ( ) c, a, b, e, d.
b) ( ) b, a, c, d, e.
c) ( ) b, d, e, c, a.
d) ( ) d, e, c, b, a.
e) ( ) e, b, a, d, c.
196
5 Sobre os diferentes testes físicos e as capacidades a serem avaliadas, leia
atentamente as frases a seguir e marque V para aquelas que forem verdadeiras
e F para as falsas.
a) ( ) V, F, V, V, F.
b) ( ) F, F, F, V, V.
c) ( ) F, V, V, F, F.
d) ( ) V, F, V, F, F.
e) ( ) V, F, F, V, V.
a) ( ) F, F, V, V.
b) ( ) V, V, V, V.
c) ( ) F, V, V, F.
197
d) ( ) V, F, V, V.
e) ( ) V, F, F, V.
198
REFERÊNCIAS
ALVAREZ, B. R.; PAVAN, A. L. Alturas e comprimentos. IN: PETROSKI, E (Org.).
Técnicas e Padronizações. 4. ed. Pallotti, Porto Alegre, 2009, p. 31-44.
NÉRECI, I. G. Didática geral dinâmica. 10. ed. São Paulo: Atlas S. A, 1989, 404p.
200
ROJAS, P. N. C.; BARROS, M. V. G. Medidas, testes e avaliação: conceitos
fundamentais. In: BARROS, M. V. G.; NAHAS, M. V (editores). Medidas da
atividade física. (pp. 17-27). Midiograf, Londrina, PR. 2003.
201