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FÍSICA II

2021/2022 – 1.º Semestre

SÉRIES DE PROBLEMAS

Edição
Prof. António Dias
Departamento de Física
Física II Expressões e constantes
𝛿𝑄 𝐴𝛥𝑇 ∆𝑥
1 1 =𝑘 ; 𝑅=
𝑃 = 𝑛𝑉 𝑚⟨𝑣 2 ⟩ ; 𝜆 = 𝑑𝑡 𝛥𝑥 𝑘
3 √2𝑛𝑉 𝜋𝑑2 1 𝐴𝑖
𝑅𝑇 𝑅𝑒𝑞𝑠𝑒𝑟𝑖𝑒 = ∑ 𝑅𝑖 ; 1/𝑅𝑒𝑞𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙 = ∑
⟨𝐸⟩ = 𝑓 ; 𝑓𝑚𝑜𝑚𝑜 = 3 ; 𝑓𝑑𝑖𝑎𝑡 = 5 ; 𝑓𝑝𝑜𝑙𝑖𝑎𝑡 = 7 𝐴 𝑅𝑖
2
2𝑘𝑇 8𝑘𝑇 3𝑘𝑇 𝛿𝑄 𝛿𝑄
𝑣𝑝 = √ ; ⟨𝑣⟩ = √ ; √⟨𝑣 2 ⟩ = √ = 𝐶𝐴𝛥𝑇 ; = 𝜀𝜎𝐴(𝑇 4 − 𝑇𝑣4 )
𝑚 𝜋𝑚 𝑚 𝑑𝑡 𝑑𝑡

2
1
𝑥𝑟𝑚𝑠 = 2𝐷𝑡 ; 𝐷 = 𝜆𝑣̅ ; 𝛱0 = 𝑖𝑐𝑅𝑇 𝑑𝑈 = 𝑇𝑑𝑆 − 𝑃𝑑𝑉 𝐻 = 𝑈 + 𝑃𝑉
3
𝑑𝐻 = 𝑇𝑑𝑆 + 𝑉𝑑𝑃 𝐹 = 𝑈 – 𝑇𝑆
𝑃2 − 𝑃1 = 𝜌𝑔ℎ ; ∅𝑉 = 𝐴𝑣 ; 𝐴1 𝑣1 = 𝐴2 𝑣2
𝑑𝐹 = – 𝑆𝑑𝑇 – 𝑃𝑑𝑉 𝐺 = 𝐹 + 𝑃𝑉
𝜋𝑟 4 (𝑃1 −𝑃2 ) 𝑃1 −𝑃2 1
∅𝑉 = = ; 𝑃+ 𝜌𝑣 2 + 𝜌𝑔ℎ = 𝐶 𝑡𝑒 𝑑𝐺 = – 𝑆𝑑𝑇 + 𝑉𝑑𝑃 𝐺 = 𝐻 – 𝑇𝑆
8𝜂𝐿 𝑅 2

𝐹𝑇 = 𝐹𝑝𝑒𝑠𝑜 + 𝐹𝑖𝑚𝑝𝑢𝑙𝑠ã𝑜 ;
𝜕𝑃
𝐹𝑇 = 𝑉𝑔(𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 − 𝜌𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ) 𝑇𝑑𝑆 = 𝐶𝑉 𝑑𝑇 + 𝑇 ( ) 𝑑𝑉
𝜕𝑇 𝑉
𝑃𝑉 = 𝑛𝑅𝑇; 𝑑𝑈 = 𝑛𝑐𝑉 𝑑𝑇 𝜕𝑉
𝑐𝑃 𝑅
𝑇𝑑𝑆 = 𝐶𝑃 𝑑𝑇 − 𝑇 ( ) 𝑑𝑃
𝑐𝑃 − 𝑐𝑣 = 𝑅 ; = 𝛾 ; 𝑐𝑉 = 𝑓 2 𝜕𝑇 𝑃
𝑐 𝑣 𝜕𝑇 𝜕𝑇
𝑃𝑉 𝛾 = 𝐶 𝑡𝑒 ; 𝑇𝑉 𝛾−1 = 𝐶 𝑡𝑒 ; 𝑇 𝛾 𝑃1−𝛾 = 𝐶 𝑡𝑒 𝑇𝑑𝑆 = 𝐶𝑃 ( ) 𝑑𝑉 + 𝐶𝑉 ( ) 𝑑𝑃
𝜕𝑉 𝑃 𝜕𝑃 𝑉

 a 
 P + 2 (V − b ) = nRT ∆𝑃 = 𝜌𝑔∆ℎ
 V  𝑑𝑃 ℓ1→2
𝑃𝑉 = 𝑛(𝑅𝑇 + 𝐵𝑃 + 𝐶𝑃2 + 𝐷𝑃3 + ⋯ ) =
𝑑𝑇 𝑇(𝑣2 − 𝑣1 )
𝑚𝑣𝑎𝑝
1 𝜕𝑉 1 𝜕𝑉 𝑥=
𝛽𝑃 = ( ) ; 𝑘 𝑇 = − ( ) 𝑚𝑣𝑎𝑝 + 𝑚𝑙𝑖𝑞
𝑉 𝜕𝑇 𝑃 𝑉 𝜕𝑃 𝑇
𝑣 = 𝑣𝑓 + 𝑥𝑣𝑓𝑔 ; 𝑣𝑓𝑔 = 𝑣𝑔 − 𝑣𝑓
𝑉𝑓
𝛿𝑊 = 𝑃𝑑𝑉 ; 𝑊(𝑖 → 𝑓) = ∫ 𝑃𝑑𝑉 𝑃 < 0,1𝑃𝑐 e 𝑇 > 𝑇𝑐
𝑉𝑖
𝑃𝑖 𝑉𝑖 − 𝑃𝑓 𝑉𝑓
𝑊=
𝛾−1 CONSTANTES
𝛿𝑄 = 𝐶𝑑𝑇 ; 𝛿𝑄 = 𝑛𝑐𝑑𝑇; 𝛿𝑄 = 𝑚𝑐𝑑𝑇 R = 8,31 J K–1mol–1

𝛿𝑄𝑣 𝜕𝑈 𝛿𝑄𝑃 𝜕𝐻 k = 1,38x10–23 J/K


𝐶𝑣 = = ( ) ; 𝐶𝑃 = =( )
𝑑𝑇 𝜕𝑇 𝑣 𝑑𝑇 𝜕𝑇 𝑃 NA = 6,02 x1023 partículas/mol
𝛿𝑄 𝐻
ℓ= ; ℓ = ∆ℎ ; ℎ =  = 5,67x10–8 Wm–2K–4
𝑑𝑚 𝑚
1 cal = 4,18 J ;  água = 103 kg/m3

𝑑𝑈 = 𝛿𝑄 − 𝛿𝑊 ; ∆𝑈 = 𝑄 − 𝑊 1 atm = 760 mmHg = 1,01x105 Pa ; 1 bar = 0,1 MPa

𝐻 = 𝑈 + 𝑃𝑉 c água = 4180 Jkg–1K–1 ; c gelo = 2090 Jkg–1K–1


𝑊 𝑇𝑓 ℓ gelo-água = 333 J/g ; ℓ água-vapor = 2257 J/g
𝑄𝑞 + 𝑄𝑓 − 𝑊 = 0 ; 𝜂 = | | ; 𝜂𝐶 = 1 −
𝑄𝑞 𝑇𝑞
𝑄𝑓 𝑄𝑞
𝜀𝑀𝐹 = | 𝑊 | ; 𝜀𝐵𝐶 = | 𝑊 |

𝛿𝑄𝑅𝑒 𝑣 𝑓 𝛿𝑄𝑅𝑒 𝑣 𝛿𝑄
𝑑𝑆 = 𝑇
; 𝑆𝑓 − 𝑆𝑖 = ∫𝑖 𝑇
;∮ 𝑇
≤0
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1.ª Série – De Energia à Teoria Cinética dos Gases

1. O hélio à temperatura T1 encontra-se no estado sólido, à temperatura T2, no estado líquido, e à


temperatura T3, no estado gasoso, com T3 > T2 >T1. Determine a relação entre os valores absolutos da
energia interna do hélio a essas temperaturas. (|U(T3)| < |U(T2)| < |U(T1)|)

2. Um gás ideal diatómico expande a pressão constante. O volume, pressão e temperatura iniciais
são, respectivamente, 10 dm3, 1,0 atm e 300 K. O volume final é o triplo do volume inicial, a massa
molar do gás é 32 e o raio da molécula é 1,4 Å. Determine:
a) A temperatura final e o número de moles de gás? (R: 900 K; 0,401 mol)
b) A variação da energia cinética de translação de uma molécula de gás. (R: 1,242x10–20 J)
c) As velocidades quadráticas médias final e inicial. (R: 483,44m/s; 837,35 m/s)
d) A razão entre o tempo médio entre colisões nos estados inicial e final? (R:1/√3)

3. Um robot ao explorar a atmosfera dum planeta determinou a existência de moléculas diatómicas


de diâmetro 2,0x10-10 m e de massa molar de 32 gmol-1 e mediu uma densidade média de 2,8x1025
partículasm-3 movendo-se com uma velocidade quadrática média correspondente a <v2> =
168,1x103 m2s-2. Para verificar a habitabilidade do planeta, calcule:
a) A temperatura (Sugestão: para obter a expressão da temperatura das moléculas de gás da
atmosfera relacione a energia interna do gás com a sua energia de translação). (R: – 57,38 C)
b) A pressão. (R: 83,40x103 Pa)
c) A secção eficaz. (R: 1,26x10–19 m2)
d) O livre percurso médio. (R: 2,00x10–7 m)

4. O livre percurso médio do hélio gasoso à pressão de 1 atm e a 20 oC é de 1,734x10-5 cm.


Determine:
a) O diâmetro médio dos átomos de hélio. (R: 2,28 Å) y
b) A velocidade média de cada átomo. (R: 1,25 km/s) 
c) O número médio de colisões por segundo. (R: 7,2x109 s–1)
v
5. Um feixe molecular de oxigénio (O2) contendo 1010 moléculas/cm3,
de velocidade quadrática média 500 m/s, incide sobre uma placa
segundo um ângulo de 30o com a direção normal à placa. Calcule a
pressão exercida pelo feixe sobre a placa, supondo as colisões x
perfeitamente elásticas. (R: 2x10–4 Pa)

6. Considere uma certa quantidade de vapor de água a 1 atm e a 100 oC; diâmetro das moléculas é
2,75x10-10 m. Determine:
a) O número médio de moléculas por cm3 e o espaçamento entre elas.
(R: 1,94×1019 moléculas/cm3; 4,6x10–9 m)
b) A velocidade quadrática média das moléculas de água? (R: 718,9 m/s)
c) O livre percurso médio? (R: 1,5x10–7 m)

7. Calcule para as moléculas de ar à pressão atmosférica e à temperatura de 300 K:


a) A velocidade média. (R: 467,9 m/s)
b) O livre percurso médio. (R: 6,7x10–8 m)
c) O tempo médio entre colisões. (R: 1,4x10–10 s)
d) O número médio de colisões moleculares em cada segundo. (R: 7,0x109 colis./s)
Dados: Massa molar do ar 29 g/mol; Diâmetro médio das partículas é 3,7x10 -10 m.

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8. Considere 1 cm3 de ar à pressão de 1 atm e à temperatura de 300 K. Nestas condições determine:
a) O número de moléculas de ar. (R: 2,4x1019 moléc.)
b) A velocidade média e a velocidade quadrática média das moléculas de ar. (R: 467,9 m/s; 507,8
m/s) Admita a massa molecular 29 g/mol.

9. Considere hélio e árgon como gases ideais à temperatura de 27 oC e 1 atm. Considere as massas
molares do hélio e do árgon são, respectivamente, 4,00 g e 39,95 g. Calcule:
a) O volume molar e a densidade de átomos para cada um dos gases. (R: 0,025 m3/mol; 2,45×1025
átomos/m3)
b) A razão entre as velocidades quadráticas médias do hélio e do árgon. (R: √9,99)
c) O livre percurso médio do hélio, assumindo o seu diâmetro igual a 1,00x10–8 cm. (R: 9,2x10–7 m)
d) O livre percurso médio dos átomos de árgon, se o seu diâmetro for o dobro de os átomos hélio?
(R: 2,3x10–7 m)

10. Nos reatores nucleares utiliza-se como combustível urânio enriquecido no isótopo 235U
(relativamente a 238U). Um dos processos de enriquecimento é realizado através da difusão
preferencial das moléculas de UF6 através de membranas. A massa molar do flúor é 19 g/mol. As
massas molares dos isótopos 235U e 238U são 235 e 238 g/mol, respectivamente. Determine:
a) A velocidade quadrática média de cada uma das moléculas de UF6 formadas com cada um dos
isótopos de urânio em estado gasoso num recipiente à T = 500 K. (R: 189,0 m/s; 188,2 m/s)
b) A razão entre as taxas de difusão dos dois isótopos através do filtro, sabendo que é igual à razão
entre as respectivas velocidades quadráticas médias. (R: 1,00)
c) Se a temperatura do recipiente se reduzisse a metade, a razão entre as taxas de difusão era
alterada?

11. Calcule as temperaturas a que as velocidades vrms para o hidrogénio molecular e para o oxigénio
molecular são iguais à respectiva velocidade de escape da Terra. (R: 104 K; 16x104 K)

12. Quanto tempo demoram as moléculas de açúcar (C12H22O11) a difundir uma distância de 1 mm
em água a 20 oC? Dados: M(C12H22O11) = 342,3 g/mol; d = 1,0x10-9 m; nV = 1,5x1028 molec. água/m3.
(R: 743 s)

13. A pressão osmótica da água do mar é de 22 atm a 300 K. Qual é a concentração de sal? (NaCl
forma Na+ e Cl- em solução). (R: 445,6 mol/m3)

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2.ª Série – De Sistema a Equação de Estado

1. O barómetro dum alpinista indicava 930 mbar no início duma escalada e 780 mbar no fim.
Desprezando o efeito da altitude na aceleração da gravidade, determine a distância vertical que o
alpinista subiu. Considere a densidade média do ar 1,20 kg/m3 e g = 9,8 m/s2.
(R: 1276 m)

2. Um dispositivo cilindro-êmbolo, sem atrito, contém um gás. A massa do êmbolo é 4 kg e a área


da secção transversal do cilindro 35 cm2. Uma mola comprimida sobre o êmbolo exerce uma força
de 60 N. Se a pressão atmosférica no local é 95 kPa determine a pressão no interior do cilindro. (R:
1,3x105 Pa)

3. Dentro de um cilindro com um êmbolo móvel há oxigénio à temperatura de 80 °C e à pressão


manométrica de 320 mmHg. Comprime-se o oxigénio a temperatura constante até uma pressão
manométrica de 12 bar. A pressão atmosférica local é 745 mmHg. Neste processo qual foi a variação
relativa do volume de oxigénio? (R: –89 %)

4. Um termómetro de mercúrio é constituído por um reservatório esférico e um tubo capilar. O


tubo capilar e o reservatório têm diâmetros 0,004 cm e 0,25 cm, respectivamente. Sabendo que à
temperatura inicial o mercúrio preenche apenas todo o reservatório esférico, determine a altura a
que o mercúrio sobe no tubo capilar se aumentar a temperatura de 30 °C. Considere Hg = 6,07×10-
5 K-1; despreze a expansão térmica do vidro. (R: 3,57 cm)

5. Mediu-se a resistência de um termístor colocado num


ln(R/R0)
banho de água em função da temperatura e obteve-se o
gráfico da figura ao lado. À temperatura do ponto triplo da água
a resistência do sensor é R0 = 120,8 . Determine o 1
coeficiente  deste termístor. Qual será a temperatura da 273,16 água
se este transdutor de temperatura indicar: 1
[K-1]
a) Ra = 105,8 . 𝑇
b) Rb = 39,2 . −5
(R: 1365,8 K; 280,2 K; 352,5 K)

6. No intervalo de 0 a 660 oC usa-se, para interpolar temperaturas na Escala Internacional Prática,


um termómetro de resistência de platina de características específicas. A temperatura T é calculada
através da seguinte equação 𝑅 = 𝑅0 (1 + 𝐴𝑇 + 𝐵𝑇 2 ); nesta R0, A (em K-1) e B (em K-2) são
constantes determinadas nos pontos de fusão e de ebulição da água e de fusão do enxofre (TS_f =
115 oC).
a) Determine R0, A e B se RH2O_f = 10,0 k no ponto de fusão do gelo, RH2O_e = 13,9 k no ponto de
ebulição da água e RS_f = 24,8 k no ponto de fusão do enxofre.
(R: 578,1 kΩ; –6,28x10–3 K–1; 9,82x10–6 K–2)
b) Represente graficamente R em função de T, entre 0 e 660 oC.

7. Um tanque com um volume 10 000 L é utilizado para o armazenamento de ar comprimido e possui


uma válvula de segurança que se abre e liberta ar sempre que a pressão ultrapassa as 5 atm. À
temperatura de 27 ℃, a pressão encontra-se estabilizada nas 5 atm. O tanque sofre então um
aquecimento até uma temperatura de 100 ℃. Determine a massa de ar libertada (considere a massa
molar do ar igual a 0,029 kg/mol). (R: 11,5 kg)

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8. Para controlo de um termóstato usa-se uma fita bimetálica
constituída de duas lâminas de latão e aço fixadas lado a lado por
rebites, cada uma com espessura de 2 mm. A 20 °C ambas as lâminas
têm comprimento (L0) de 20 cm e a fita é um segmento de recta. Uma
das extremidades da fita é fixada, e a outra pode mover-se controlando
o termóstato. Quando se atinge 50 °C a fita encurva-se, adquirindo um
raio de curvatura R, e a extremidade solta desloca-se uma distância H
em relação à direcção da posição a 20 °C. Determine H e R.
Dados: L = 19 x10-6 K-1 e a = 12 x10-6 K-1.
𝑒
𝑒+ ∆𝑇(𝛼𝑙 +𝛼𝑎 )
(R: 𝑅 = 2
∆𝑇(𝛼𝑙 −𝛼𝑎 )
= 9,528 m; 𝐻 = (𝑅 + 𝑒) − √(𝑅 + 𝑒)2 − 𝐿0 2 = 2,1 mm)

9. A pressão manométrica de um pneu de automóvel quando medida no Inverno, a 0 °C, é de 207


kPa. O mesmo pneu é utilizado durante o Verão, sendo a temperatura do ar no seu interior cerca
de 50 °C. Se a pressão atmosférica é, em ambos os casos, de 1 atm, e se o volume do pneu não se
alterar, qual é a pressão manométrica do pneu no Verão? (R: 2,63x105 Pa)

10. Os depósitos A e B estão ligados entre si através de um tubo muito fino e uma válvula,
inicialmente fechada. O volume do depósito B, VB, é o quíntuplo do volume de A, VA. O depósito A
contém um gás ideal inicialmente à temperatura de 300 K e pressão 5,0 x 105 Pa. O depósito B
contém um gás ideal igual ao que se encontra no depósito A, à temperatura e pressão iniciais de
400 K e 1,0 x 105 Pa, respectivamente. A válvula é aberta fazendo com que as pressões finais sejam
iguais em ambos os reservatórios. No entanto, as temperaturas nos dois contentores mantêm-se
constantes e iguais às iniciais.
Determine:
a) O número total de mol em função de VA.
(R: 351VA mol)
b) A pressão final nos depósitos A e B.
(R: 1,8x105 Pa)

11. Para um gás ideal, represente o ciclo de transformações reversíveis num plano P-V, indicando
os valores das coordenadas dos vértices:
a) Compressão isotérmica desde 1 bar, 3 dm3, 300 K até P2 = 3P1;
b) Transformação isobárica até V3 = 4V2;
c) Transformação isocórica até P4 = 1/2P3
d) Regresso ao estado inicial por uma transformação representada por uma recta.

12. Um ciclo ABCDA é mostrado no gráfico de PT.


Considere as seguintes transformações:
AB – transformação isocórica
BC e DA – transformações isobáricas
CD – transformação isotérmica
Represente este ciclo nos diagramas PT e VT.

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13. Uma dada quantidade de azoto (N2) passa por uma transformação cíclica composta por um
processo adiabática, seguida de um isocórico e, fecha o ciclo num processo isobárico, em que o
volume passa a metade. A pressão, temperatura e volume iniciais são 1 atm, 300 K e 50 dm3,
respectivamente.
a) Represente o ciclo nos diagramas P-V e T-P.
b) Calcule o número de moles de azoto. (R: 2 mol)

14.Uma peça cúbica é feita de uma substância com coeficiente de expansão volumétrica P = 72x10–
6 °C–1 e o coeficiente de compressibilidade K = 1,30x10–6 atm–1. A peça deve ser introduzida num
T
forno cuja largura da abertura é 0,600 m. Sabendo que peça sai do forno à pressão ambiente e à
temperatura de 500 °C, calcule a dimensão máxima da aresta com que a peça deva ser fabricada à
temperatura de 300 K. Admita que o forno é feito de materiais de coeficientes de expansão
volumétrica e de compressibilidade desprezáveis. (R: < 0,597 m)

15.Um varão de um dado material à temperatura de 25 oC é aquecido até 50 oC. A cada acréscimo
de 5 oC registaram-se as seguintes variações de comprimento, em relação ao comprimento inicial:
L / m 37,5 75,4 112,0 150,0 188,0
O comprimento do varão à temperatura inicial é 50 cm.
a) Calcule o coeficiente de expansão linear do varão. (R: 1,5x10–5 °C–1)
b) Numa outra experiência com o mesmo varão, com temperatura inicial também de 25 oC,
registaram-se as seguintes variações de comprimento: 20 m; -50 m. Determine as temperaturas
finais do varão em cada uma destas 2 situações. (R: 27,7 °C; 18,3 °C)

16. O avião A330 tem de envergadura 60,30 m, à temperatura de 30 °C. Admita que a fuselagem
exterior do avião seja construída em alumínio. Qual é a envergadura do A330, quando viaja à
altitude de cruzeiro (12,5 km de altitude) à temperatura exterior de –40 °C. Dados: O coeficiente de
expansão linear do alumínio é 24x10–6 K–1. (R: 60,20 m)

17. A massa volúmica do mercúrio é de 13,6 g/cm3 à temperatura de 0 °C e o seu coeficiente de


dilatação volumétrica é  = 1,82x10–4 °C–1.
a) Obtenha a expressão que relaciona a variação da massa volúmica com a variação da temperatura.
b) Calcule a massa volúmica do mercúrio a 50 °C. (R: 13,5 gcm–3)

18. A compressibilidade isotérmica k e o coeficiente de expansão volumétrica  de uma substância


3(𝑉−𝑎) 𝑉−𝑎
são dados, respectivamente, por: 𝑘 = , 𝛽= onde a é uma constante. Determinar a
4𝑃𝑉 𝑇𝑉
3/4 (𝑉 𝑡𝑒
equação de estado da substância. (R: 𝑃 − 𝑎) = 𝐶 𝑇)

19. Considere os seguintes coeficientes de expansão térmica e de compressibilidade isotérmica para


o néon e para o cobre [néon:P = 3,3×10-3 K-1 (a 300K); kT = 1,0 atm-1 (a 1 atm) e cobre: P = 5,01×10-
5 K-1 (a 300 K); k = 0,735×10-6 atm-1 (a 1 atm)]. Quando 50 cm3 de ambas as substâncias sofrem um
T
aquecimento isobárico de 5 K, relativamente à temperatura inicial, determine:
a) A variação de volume do cobre. (R: 0,038 cm–3)
b) A variação de volume do néon. (R: 2,48 cm–3)

20. Um cilindro contendo um gás ideal à 27 °C está dividido em duas partes iguais por meio de um
êmbolo móvel de 15 cm2 de secção recta de modo que V1 = V2 = 100 cm3 e P1 = P2. O gás de um dos
lados do êmbolo é aquecido a 100 °C, mas a temperatura da outra parte do cilindro mantém-se

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constante. Determine o deslocamento do êmbolo após a variação da temperatura. (Nota: o êmbolo
e as paredes do cilindro são isoladores). (R: 7,2 mm)

21.Um recipiente, de um material de coeficientes de expansão e compressibilidade desprezáveis,


foi completamente cheio com 20 kg de água à temperatura de 40 °C e à pressão de 1 atm. Considere
que a água tem uma massa volúmica ρ = 998,5 kgm-3, coeficiente de expansão P = 4,56x10-4 K-1 e
coeficiente de compressibilidade kT = 4,40x10-10 Pa-1.
a) Determine a pressão final a que o recipiente ficará sujeito quando a temperatura da água
aumentar de 1 °C. Comente o resultado. (R: 1,14x106 Pa)
b) Até que temperatura a água poderá ser aquecida se o recipiente suportar uma pressão máxima
de 550 atm? Comente o resultado. (R: 93 °C)
c) Admita que o recipiente à temperatura calculada em b) aumentou o seu volume de 0,05%. Nestas
condições determine a pressão final da água. Comente o resultado. (R: 536 atm)

22. Um bloco de metal à pressão de uma atmosfera está inicialmente a temperatura de 20 °C, sendo
posteriormente aquecido até 32 °C mantendo o volume constante. Calcule a pressão final do bloco.
Dados: P = 5x10-5 K-1 e 1/kT = 1,5x1011 Nm-2 (R: 901 atm)

1 𝜕𝜌
23. Mostre que o coeficiente de expansão volumétrica é 𝛽𝑃 = − 𝜌 (𝜕𝑇) ,onde ρ é a densidade.
𝑃
1 𝜕𝜌
Mostre também que a compressibilidade isotérmica é 𝑘𝑇 = 𝜌 (𝜕𝑃) .
𝑇

24. Se tentarmos determinar o coeficiente de expansão volumétrica, , dum líquido contido num
vaso, o valor obtido vai depender do coeficiente de dilatação do material do vaso. Na figura abaixo
mostra-se um esquema de um aparelho que permite calcular o valor do coeficiente de expansão
volumétrica de um líquido, sem necessidade de conhecer o valor do  do vaso. Calcule o valor do 
do líquido sabendo que ht – h0 = 1 cm, h0 = 100 cm e T = 20 °C. A mistura de água-gelo encontra-se
à temperatura de 0 °C. (R: 4,975x10–4 K–1)

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3.ª Série – Dinâmica de Fluidos

1. A tripulação de um submarino avariado é resgatada a 100 m de profundidade pela abertura de


uma escotilha de segurança (mantida fechada apenas pela pressão da água). Tendo esta uma área
de 1,2 m por 0,60 m, que força é necessário aplicar a essa profundidade para abrir a escotilha?
Considere que a densidade da água do mar é de 1025 kg/m3. (R: 8,0 x105 N)

2. Calcule a altura da atmosfera, assumindo: a) uma densidade do ar constante; b) uma densidade


decrescendo linearmente com a altura até zero. Considere que ao nível do mar a pressão do ar é de
1,0 atm e a densidade do ar é 1,3 kg/m3. (R: 7,8 x103 m; 2x7,8x103 m)

3. Um bloco de madeira flutua em água com dois terços do seu volume submergido. Em óleo flutua
com 0,90 do seu volume submergido. Calcule as densidades da madeira e do óleo. A densidade da
água é de 1,0x103 kg/m3. (R: 6,7x102 kg/m3; 7,4x102 kg/m3)

4. O bloco de madeira, com 3,67 kg de massa e 600 kg/m3 de densidade, na figura abaixo tem uma
camada de chumbo no topo na configuração 1 e em baixo na configuração 2. Em qualquer das
situações o bloco de madeira tem 0,90 do seu volume submergido em água. Que massa de chumbo
(densidade 1,13x104 kg/m3) é usada em cada uma das configurações? (R: 1,8 kg; 2,0 kg)

5. Um rio forma-se da confluência de dois ribeiros como mostra


a figura. Um dos ribeiros tem uma largura de 8,2 m, uma
profundidade de 3,4 m e uma velocidade de água de 2,3 m/s. O
outro ribeiro tem uma largura de 6, 8 m, uma profundidade de
3,2 m e uma velocidade de água de 2,6 m/s. O rio tem uma
largura de 10,5 m e uma velocidade de água de 2,9 m/s. Qual é
a profundidade do rio? (R: 4,0 m)

6. Água flui por um tubo horizontal (ver figura abaixo) saindo para a atmosfera à velocidade v1 de
15 m/s. d1 = 3,0 cm e d2 = 5,0 cm.
a. Qual o volume de água que flui para a atmosfera num período de 10 mn? (R: 6,6 m3)
b. Quanto vale a velocidade v2 e a pressão P2 na secção esquerda do tubo? (R: 2,0 atm)

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7. A água de uma barragem é usada para alimentar um
gerador eléctrico (conforme figura). A secção eficaz do
tubo de água à entrada é igual a 0,74 m2 e fluxo de água tem
uma velocidade de 0,40 ms−1. À saída a secção eficaz do
tubo de água é menor e o fluxo de água tem uma
velocidade de 9,5 ms−1. Determine a diferença de pressões da
água entre a entrada e a saída. (R: 1,7 MPa)

8. Um tanque é cheio com água até à altura H (conforme figura).


A uma altura h abaixo da superfície da água é feito um buraco.
a. Deduza expressão analítica da distância 𝑥 em função das
alturas h e H.
(R: 2√ℎ(𝐻 − ℎ)).
b. A que altura deverá ser feito um buraco para que a água atinja
um ponto no solo o mais afastado possível do tanque. (R: ℎ=𝐻/2).

9. Se a velocidade do ar na superfície inferior da asa de um avião


for de 110 m/s, qual a velocidade na superfície superior correspondente a uma diferença de
pressões entre as duas superfícies de 900 Pa? A densidade do ar é 1,30 kg/m 3. (R: 116 m/s)

10. Um tubo de Venturi tem raio de 1,0 cm na parte mais estreita e 2,0 cm na parte mais larga:
Sendo, na parte mais larga, a velocidade da água igual a 0,10 m/s, calcule:
a. O abaixamento de pressão entre as duas partes. (R: 75 Pa)
b. A velocidade da água na parte mais estreita. (R: 0,40 m/s)

11. Um vaso sanguíneo de 10-3 m de raio tem um gradiente de pressão P/L de 600 Pa/m.
Assumindo um fluxo laminar e dado que o coeficiente de viscosidade do sangue é  = 2,084x10-3 Pa
s, calcule:
a. O fluxo volumétrico de sangue a 37 ℃ neste vaso. (R: 1,13x10-7 m3/s)
b. A resistência ao fluxo. (R: 5,31 x109 Pa s/m3)
c. A velocidade máxima do sangue neste vaso. (R: 0,072 m/s)

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FÍSICA II
4.ª Série – De Calor à 1.ª Lei da Termodinâmica

1. Um bloco de metal de 1,8 kg, à temperatura inicial de 180 oC, foi colocado dentro de 14 kg de
água à temperatura inicial de 16 oC. A água está dentro de um contentor de massa 3,6 kg feito do
mesmo metal que o bloco. A temperatura do conjunto após se atingir o equilíbrio é 18 oC. Calcule:
a) O calor recebido pela água. (R: 1,17x105 J)
b) O calor específico do metal. (R: 411 J/(kg oC))
c) O calor específico molar do metal, se a sua massa molar for 41,5. (R: 17 J/(mol oC))
d) O calor perdido pelo bloco de metal e o calor recebido pelo contentor.
(R: –1,2x105 J; 3,0x103 J)

2. Um gás ideal monoatómico inicialmente à pressão de 5,0x105 Pa ocupa um volume de 10 L, e


expande adiabaticamente até um volume final de 50 L. Determine:
a) A pressão no estado final e indique a quantidade de calor envolvida na transformação.
(R: 3,4x104 Pa; 0 J)
b) O trabalho e a energia interna envolvidos na transformação. (R: 5,0 kJ; –5,0 kJ)

3. Um gás ideal sofre o seguinte ciclo reversível:


i) Uma expansão isobárica desde o estado (P1,V1) até ao estado (P1,V2);
ii) Uma redução isocórica da pressão até ao estado (P2,V2);
iii) Uma redução isobárica de volume até ao estado (P2,V1);
iv) Um aumento isocórico da pressão até ser restabelecido o estado original (P1,V1).
a. Qual é o trabalho realizado neste ciclo?
b. Se P1 = 3 atm, P2 = 1 atm, V1 = 1 L e V2 = 2 L, que trabalho é realizado pelo gás ao efectuar este
ciclo 100 vezes? (R: 2,02x104 J)

4. Um dispositivo cilindro-êmbolo contém inicialmente um gás


diatómico (considerado gás ideal) a 150 kPa e 27 °C. Neste
estado, o êmbolo encontra-se em repouso sobre um
batente e o gás dentro do cilindro ocupa um volume de 400
dm3. A massa do êmbolo é tal que é necessária uma
pressão de 350 kPa para o mover. O gás é aquecido até o seu
Êmbolo
volume duplicar.
a) Represente os processos descritos num diagrama P-V.
Gás
Determine:
b) A temperatura final do gás. (R: 1400 K) V1 = 400 dm3
c) O trabalho realizado pelo gás. (R: 140 kJ) P1 = 150 kPa
T1 = 27 ºC
d) O calor transferido para o gás. (R: 690 kJ)
e) A variação de energia interna do gás. (R: 550 kJ)

5. À pressão atmosférica de 1 atm e a temperatura de 100 °C, 1 cm3 de água líquida transforma-se
em vapor à mesma temperatura e pressão, e passa a ocupar 1671 cm3.
a) Que quantidade de calor é necessário fornecer para se realizar a transformação? Como se designa
a grandeza de carácter energético, cujo valor usou no cálculo? (R: 2257 J)
b) Qual o aumento de energia interna da água e que quantidade de trabalho foi realizada sobre o
exterior? (R: 2090 J; 167 J)
c) Qual a Lei da Termodinâmica que aplicou na alínea anterior? Justifique.

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6. Um dispositivo cilindro-êmbolo contém 0,5 m3 de azoto à
pressão de 400 kPa e 27 °C. Liga-se uma resistência eléctrica
de 60  no seu interior, fazendo passar 2 A durante 5 min. O Êmbolo

azoto expande-se a pressão constante tendo-se verificado uma Q N2 2A


perda de calor para o exterior de 4 kJ durante o processo.
V1 = 0,5 m3
Determine a temperatura final do gás. (R: 56.2 C) P1 = 400 kPa 60 
T1 = 27 ºC

7. Uma dada quantidade de azoto (N2) passa por uma transformação cíclica composta por uma
transformação adiabática, seguida de uma transformação isocórica e de uma transformação
isobárica, em que o volume passou a metade, fechando o ciclo. A pressão, temperatura e volume
iniciais são: 1 atm, 300 K e 50 dm3, respectivamente.
a) Represente o ciclo nos diagramas P-V e T-P.
b) Calcule o número de moles de azoto. (R: 2,03 mol)
c) Qual o trabalho realizado na transformação adiabática? (R: 3,0x103 J)
d) Que quantidade de calor trocou o azoto com as suas vizinhanças no processo isobárico? Recebeu
ou cedeu calor? (R: –17550 J)

8. A figura seguinte mostra a variação da


temperatura de 150 g de água em função da
energia recebida, utilize os dados
apresentados ao lado para responder às
questões: Que energia recebeu a água …
a) … na fase sólida? (R: 6,27 kJ)
b) … durante a fusão? (R: 50 kJ)
c) … na fase líquida? (R: 62,7 kJ)
d) … durante a ebulição? (R: 339 kJ)

9. Um mole de um gás ideal, diatómico, inicialmente à temperatura de 300 K e pressão de 1 atm é


sujeito ao seguinte ciclo de transformações termodinâmicas:
i) Aumento de pressão a volume constante até atingir uma temperatura de 600 K (AB);
ii) Expansão isobárica até atingir o dobro do volume inicial (BC);
iii) Transformação a volume constante até atingir a pressão inicial (CD);
iv) Compressão isobárica até atingir a temperatura inicial (DA).
a) Esboce este ciclo termodinâmico num diagrama P-V.
b) Determine a pressão, volume e temperatura do gás em cada um dos pontos A, B, C e D do ciclo.
(R: A 1 atm; 25 L; 300 K; D 1 atm; 50 L; 600 K)
c) Calcule o calor trocado entre o exterior e o gás nos troços AB e BC. (R: 6,2x103 J; 1,8x104 J)

10. A variação do calor específico molar do cobre, a pressão constante, verificou-se


experimentalmente ser cP = a + bT, sendo a = 2,1x104 JmolK-1, b = 2,7 JmolK-2. A massa molar do
cobre é 63,5 g/mol; volume molar do cobre 7,1x10-3 Lmol-1.
a) Determine a variação da quantidade de calor de 100 g de cobre, quando a temperatura varia de
300 K a 1200 K, à P = 1 atm. (R: 33,6x106 J)
b) Calcule a variação de entalpia do cobre nas condições acima.

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11. Uma bolha de ar (que vamos considerar gás ideal diatómico) dentro de água a 40 m de
profundidade, onde a temperatura é de 4 ℃, sobe lentamente à superfície, onde a temperatura é
de 20 ℃. O volume inicial da bolha é de 10 cm3. Tome para densidade da água o valor de 1,0x103
kg/m3.
a) Determine a pressão inicial do ar dentro da bolha e o volume final. (R: 4,9x105 Pa; 52 cm3)
b) Uma vez que a variação da temperatura absoluta é insignificante em comparação com a variação
de pressão, considere para esta alínea e seguintes o processo, sofrido pelo ar da bolha, a
temperatura constante de 12 ℃. Represente o processo nos planos PT e PV.
c) Determine o trabalho realizado pelo ar da bolha. (R: 8,1 J)
d) Qual foi a variação da energia interna do ar da bolha? (R: 0 J)
e) Determine o calor transferido para o ar da bolha. (R: 8,1 J)

12. Num tubo de secção igual a 1,0 cm2, existe ar (gás diatómico) e mercúrio (densidade 13,6x103
kg/m3), tal que no início a situação de equilíbrio é a representada à esquerda (inicial). A pressão de
ar é igual a P1 nos dois ramos. Na configuração à direita (final) foi acrescentado mercúrio através
da parte inferior do tubo, originando a situação de equilíbrio representada. Considere que o
processo sofrido pelo ar no tubo é adiabático e reversível.

a) Determine P1 e a pressão final em cada ramo. (R: 1,03x105 Pa; 1,25x105 Pa; 1,23x105 Pa)
b) Represente para o ramo esquerdo o processo nos planos PT e PV.
c) Calcule o trabalho realizado sobre o ar do ramo esquerdo. (R: –0,67 J)
d) Qual foi a variação da energia interna do ar de cada ramo? (R: –0,67 J)
e) Determine o calor transferido para o ar do ramo esquerdo. (R: 0 J)

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5.ª Série – Transferência de calor

1. Uma parede de um forno industrial é constituída por blocos de tijolo com uma espessura de 0,15
m e com uma condutibilidade de 1,7 Wm-1K-1. Medições em regime estacionário mostraram que a
temperatura na superfície interior e exterior são respectivamente 1400 K e 1150 K. Qual a taxa de
transferência de calor através da parede com 0,5 m de altura e 1,2 m de largura? (R: 1700 W)

2. Suponha que a condutividade térmica do cobre é duas vezes a do alumínio e quatro vezes a do
latão. Três barras metálicas, feitas de cobre, alumínio e latão, respectivamente, têm 15.0 cm de
comprimento e 2,5 cm de diâmetro, cada uma. As barras são colocadas em fila, de modo que, o
alumínio fique entre as outras duas. Os extremos livres das barras de cobre e latão são mantidos a
100 °C e a 0 °C, respectivamente. Determine as temperaturas de equilíbrio nas superfícies de
separação das barras de cobre e de alumínio e nas de alumínio e de latão. Considere a condutividade
do cobre igual a 398 Wm-1K-1. (R: 85,72 °C; 57,15 °C)

3. O Sol, quando está no zénite, fornece aproximadamente 1 kW de energia a cada metro quadrado
da superfície da Terra. Uma placa fotovoltaica de área S = 0,75 m2 é instalada no plano horizontal.
Determine a energia fornecida à placa durante t = 20 min se:
a) O Sol está no zénite. (R: 9x105 J)
b) Os raios do Sol fazem um ângulo  = 45° com a vertical. (R: 6,36x105 J)

4. As paredes de uma arca térmica, com uma superfície de 2 m2 e uma espessura de 5 cm, são feitas
dum material isolante de condutividade térmica  = 10–4 cals–1cm–1K–1. A temperatura do ar no
exterior é de 20 °C. Inicialmente o interior da arca está a 5 °C. Qual é a quantidade de calor que deve
ser retirada por segundo para que a temperatura interior se mantenha?
(R: –6 cal/s)

5. Duas barras idênticas de metal de secção rectangular,


são soldadas ponta com ponta como ilustra a Fig. (a).
Suponha que 10 cal de calor fluem através das barras em
2 minutos. Quanto tempo levará para que 10 cal fluírem,
se as barras estiverem soldadas como mostra a Fig. (b)?
(R: 30 s)

6. Num tanque ao ar livre, numa região de Inverno rigoroso, sobre a superfície da água existe uma
camada de gelo com espessura igual a 5,0 cm, conforme
ilustrado na Fig. ao lado. O ar acima do gelo está a –10 °C.
Calcule a taxa de formação de gelo, em cm/h, sob a superfície
inferior do gelo. Considere a condutividade térmica, a
densidade e o calor de fusão do gelo como sendo iguais a 0,004
cals–1cm–1°C–1, 0,92 gcm-3 e 80 calg-1, respectivamente.
Considere que nenhuma quantidade de calor atravessa a água
através das paredes do tanque. (R: 0,39 cm/h)

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FÍSICA II
7. Considere uma casa com as dimensões
apresentadas na figura. Admita que não ocorrem
perdas de calor através do telhado e do solo, e que as
paredes, com 20 cm de espessura, têm um  = 1 Wm- 1K-1

(admita que as janelas e as portas se comportam


como as restantes paredes):
a) Calcule a energia que deve fornecer, por segundo,
para manter a casa a 25 °C, quando a temperatura
exterior é de 5 °C. (R: 1x104 W)
b) Se o custo da energia eléctrica for de 0,1 €/kWh
calcule o custo diário de manter a casa a essa temperatura com aquecedores eléctricos.
(R: 24 €/dia)

8. Um tubo, percorrido por vapor de água no seu interior, atravessa uma sala onde o ar e as paredes
se encontram ambas a 25 °C. O diâmetro exterior do tubo é de 70 mm, a sua superfície exterior está
a 200 °C e tem emissividade de 0,8. Supondo que a temperatura do vapor de água no interior do
tubo e a temperatura na superfície exterior do tubo é 200 °C, calcule:
a) O fluxo de calor libertado pelo tubo, por unidade de comprimento. (R: 79 J)
b) O balanço entre o calor libertado e recebido na forma de radiação pelo tubo. (R: 421 J)
c) A taxa de transferência de calor por convecção no tubo, por unidade de comprimento (coeficiente
de convecção exterior 15 Wm-2K-1). (R: 998,5 J/m)

9. Uma arrecadação tem quatro paredes de tijolo, uma área de 4x5 m2 e uma altura de 3 m. A
temperatura no seu interior é T1 = 12 °C e a temperatura exterior é T2 = –18 °C. O coeficiente de
condutibilidade térmica dos tijolos é de 0,002 cals–1cm–1°C–1 e a espessura das paredes é de 50 cm.
Se for possível desprezar as perdas de calor através do solo e do tecto, determinar a quantidade de
calor que a arrecadação liberta por minuto. (R: 162 kJ)

10. Uma das extremidades de uma barra termicamente isolada é mantida à temperatura T1 e a outra
à temperatura T2 (com T2 > T1). A barra, de secção homogénea, é formada por dois segmentos de
materiais diferentes, um de comprimento L1 e coeficiente de condutibilidade térmica 1 e o outro
de comprimento L2 e coeficiente de condutibilidade térmica 2.
a) Mostrar que a temperatura da superfície de contacto, S, entre as duas partes da barra é dada por
1 
𝑇 + 2𝑇
𝐿1 1 𝐿2 2
𝑇= 1 2
+
𝐿1 𝐿2
b) Usando apenas uma única barra de comprimento L1 + L2, indique qual deveria ser a sua
condutividade térmica , para que diferença de temperatura entre as extremidades se mantenha?
𝐿 +𝐿
(R: 𝜆 = 𝐿11 𝐿22 )
+
𝜆1 𝜆2

11. Suponha que uma pessoa tem uma área superficial da pele em contacto com o ar com o valor
de 1 m2, e admita que a temperatura da pele é de 27 °C. Faça uma estimativa da energia que emite
por dia sob a forma de radiação electromagnética. (R: 3,108 J)

12. Nas condições do problema anterior, e considerando uma temperatura do ar de 17 °C,


determine a quantidade de calor perdida por convecção por segundo (Cc = 1,5 cals–1m–2K–1).
(R: 10 cal/s)

Departamento de Física 13
FÍSICA II
13. As paredes de um forno paralelepipédico de dimensões 150×70×85 (cm) são construídas por um
material refractário de 5 cm de espessura com uma condutividade térmica de  = 1,5 Wm–1K–1. As
temperaturas das faces interior e exterior são respectivamente 1400 K e 540 K. Determine a
potência do forno. (R: 151 kW)

14. As temperaturas nas cidades são mais


elevadas do que nas regiões vizinhas não
povoadas, formando "ilhas urbanas de calor".
Uma das causas desse efeito é o calor absorvido
pelas superfícies escuras, como as ruas asfaltadas
e as coberturas de prédios. A substituição de
materiais escuros por materiais alternativos
claros reduziria esse efeito. A figura mostra a
temperatura do pavimento de dois
estacionamentos, um recoberto com asfalto e o
outro com um material alternativo, ao longo de
um dia.
a) Qual é a curva corresponde ao asfalto?
b) O asfalto aumenta de temperatura entre as 8:00 h e as 13:00 h. Num pavimento asfaltado de
10000 m2 e com uma espessura de 0,1 m, qual a quantidade de calor necessária para aquecer o
asfalto nesse período? Despreze as perdas de calor. A densidade do asfalto é 2300 kg/m3 e o seu
calor específico é 0,75 kJkg-1K-1. (R: 4,3x1010 J)

15. Uma janela de vidro de 1 m2 de área e 5,0 mm de espessura separa uma sala a 25 °C do exterior
a –5 °C. Admita que, comparativamente com a janela, as outras superfícies da sala têm uma
dissipação de calor desprezável. Dados: vidro = 0,8 Wm–1K–1 e ar = 0,02 Wm–1K–1
a) Para manter a temperatura constante na sala, qual é a potência que se deve fornecer.
(R: 4800 W)
b) Se a janela for alterada para vidro duplo, com uma camada de ar no meio de 4,0 mm, qual é a
potência poupada. (R: 4660 W)

16. Um fluxo solar de 700 Wm-2 incide num colector solar plano com 3 m2 de área que é utilizado
para aquecer um caudal de 0,01 kg/s de água. Cerca de 90% da radiação solar passa através do vidro
do colector, sendo os restantes 10% reflectidos. O vidro do colector que se encontra a uma
temperatura de 30 °C e tem emissividade de 0,94, troca calor por radiação com o céu que se
encontra a –10 °C e por convecção com o ar ambiente a 25 °C, tendo coeficiente de convecção de
10 Wm-2K-1. Calcule:
a) O calor que é aproveitado, considerando a base do colector isolada. (R: 1157 W)
b) A variação da temperatura da água ao passar no colector. (R: 27,6 C)

Departamento de Física 14
FÍSICA II
6.ª Série – Segunda Lei da Termodinâmica

1. Calcule Q e ΔS para a expansão reversível isotérmica, a 300 K, de 5 moles de um gás perfeito de


500 a 1500 cm3. (R: 13,7 kJ; 45,7 JK-1)

2. Transfere-se 180 kJ de calor de um reservatório quente a 280 oC para outro a 5 oC. Calcule a
variação de entropia e comente a reversibilidade ou irreversibilidade do processo. (R: 322 J/K)

3. Durante o processo isotérmico de um ciclo de Carnot dá-se a rejeição de calor para a fonte fria,
que se encontra a 30 oC; o fluido de trabalho sofre uma variação de entropia de –0,6 kJ/K.
Determine:
a) A quantidade de calor que foi transferida para a fonte fria. (R: 182 kJ)
b) A variação de entropia desta fonte na transformação. (R: 0,60 kJ/K)
c) A variação total de entropia (sistema + fonte) na mesma transformação.

4. Aquecem-se, a pressão constante, 70 m3 de um gás perfeito diatómico, a 20 oC e 1 bar até 25 oC,


através da transferência de calor de um reservatório térmico que está a 40 oC. Calcular:
a) A quantidade de calor transferida para o gás. (R: 4,2x105 J)
b) A variação de entropia do reservatório, do gás e total. (R: Stotal = 79 J/K)

5. Calcular a variação da entropia do universo como resultado de cada um dos seguintes processos:
a) Um bloco de cobre de 400 g de massa, à temperatura de 100 oC é colocado num grande lago que
se encontra à temperatura de 10 °C. A capacidade calorífica a pressão constante do bloco é de 150
JK-1. (R: 2,5 J/K)
b) O mesmo bloco, a 10 oC, é deixado cair de uma altura de 100 m para dentro do lago. Quanto vale
a energia indisponível para ser convertida em trabalho? (R: 1,4 J/K)
c) Dois blocos iguais ao anterior, um a 100 oC e o outro a 10 oC, são colocados em contacto térmico.
(R: 3,1 J/K)

6. Numa experiência de Joule, um corpo de massa 6 kg cai duma altura de 50 m e faz rodar um
conjunto de pás que agitam 0,6 kg de água.
a) Calcule a variação da temperatura da água. (R: 1,2 C)
b) Neste processo a entropia aumenta ou diminui?

7. Um sistema executa um ciclo de potência enquanto recebe 2000 kJ de calor de um reservatório


térmico a 1000 K e rejeita energia para um outro reservatório térmico a 500 K. Não existem outras
transferências de calor. Determinar a entropia gerada para o universo se:
a) O ciclo for reversível.
b) Se o rendimento for de 25%. (R: -1,0 kJK-1)

8. A transformação cíclica representada na figura é constituída por


duas isobáricas (23 e 41), uma isotérmica (12) e uma adiabática (34).
Supondo que 0,5 moles de oxigénio descrevem este ciclo, que P1 = 1
atm, V1 = 5000 cm3, V3 = 25000 cm3 e que na transformação
isotérmica a entropia do gás aumenta de 2,88 JK-1.
a) Determine o volume V2. (R: 0,01 m3)
b) Desenhe o diagrama TS do ciclo.

Departamento de Física 15
FÍSICA II
9. Uma barra de aço (cp = 0,5 kJkg-1K-1) de 40 kg à temperatura de 450 oC é colocada num reservatório
contendo 150 kg de óleo (cp = 2,5 kJkg-1K-1) a 25 oC. Se não houver perdas de calor para o exterior.
Considere que o processo decorre a pressão constante. Determinar:
a) A temperatura final da mistura. (R: 46,5 C)
b) A variação de entropia da peça de aço, do óleo e do conjunto. (R: -16,3 kJ/K; 26,1 kJ/K; 9,8 kJ/K)
c) Considere que existiram perdas de 1500 kJ para o ambiente que se encontra a 25 oC (e que se
comporta como um reservatório de calor), qual será a temperatura final da mistura? (R: 46,5 C)
d) Para a situação da alínea c), calcule as variações de entropia da peça de aço e do óleo.

10. Uma barra de metal cuja massa é de 0,30 kg é removida de um forno à temperatura inicial de
927 °C e imersa em um tanque contendo uma massa de 9,0 kg de água com temperatura de 27 °C.
O calor específico da água é 4,184 kJkg-1K-1 e do metal é 0,42 kJkg-1K-1. Desprezando o calor
transferido do tanque para a vizinhança, determine:
a) A temperatura final de equilíbrio do sistema. (R: 303,0 K)
b) A quantidade de entropia produzida no processo. (R: 200,7 kJ/K)

11. Uma instalação piloto da central termoeléctrica de Neuchatel funciona com 5 mol dum gás ideal
diatómico, segundo o ciclo de Joule ideal reversível. Os diagramas PV e TS deste ciclo são mostrados
na figura. Sabendo que P1 = 1 atm, P2 = 5 atm, T1 = 20 oC e T3 = 880 oC.
a) Identifique cada um dos processos termodinâ-
micos envolvido no ciclo.
b) Calcule V1, T2 e T4. (R: 0,12 m3; 464 K; 728 K)
c) Calcule o trabalho produzido num ciclo. (R: 37 kJ)
d) Determine o calor de cada processo. (R: 100 kJ)
e) Calcule a variação de entropia do gás num ciclo.
f) Determine o rendimento do ciclo.

12. Dois tanques isolados do exterior estão ligados por uma válvula. Inicialmente, um dos tanques
contém 0,5 kg de ar, a 80 °C e 1,0 bar, e o outro contém 1,0 kg de ar, a 50 °C e 2 bar. A válvula é
aberta e permanece aberta até que a mistura entre em equilíbrio. Determine:
a) A temperatura final. (R: 333 K)
b) A pressão final. (R: 1,46x105 Pa)
c) A entropia produzida. (R: 548 JK-1)

13. Considere uma transformação reversível de um gás ideal.


a) Usando o resultado combinado da 1.ª e 2.ª leis, mostre que para um gás ideal a variação de
entropia numa transformação genérica é dada por ΔS = CV ln(Tf/Ti)+ nR ln(Vf/Vi))
b) Encontre uma expressão simplificada para o caso de uma transformação isotérmica.
c) Encontre uma expressão simplificada para o caso de uma transformação isocórica.
d) Encontre uma expressão simplificada para o caso de uma transformação isobárica.

14. Para o vapor de água com um fator de qualidade 0,70 e uma pressão de 16 bar determine as
seguintes grandezas específicas:
a) Volume; b) Entalpia; c) Energia interna. (R: 0,086636 m3/kg; 2219,5 kJ/kg; 2073,3 kJ/kg)

15. Determine as variações específicas de entalpia, energia interna e entropia quando o vapor de
água saturado a 120 oC e x = 0,85 evolui reversivelmente para vapor sobreaquecido a 800 oC e a 395
atm. (R: 1597,0 kJ/kg; 1286,7 kJ/kg; 0,372 kJ/(kgK))

Departamento de Física 16
FÍSICA II
7.ª Série – De Máquina térmica a Bomba de Calor

1. O diagrama PV representa um ciclo de Carnot a operar


com um mole de gás monoatómico.
a) Identifique claramente cada uma das transformações do
sistema representado neste ciclo.
b) Interprete graficamente o calor e o trabalho posto em
jogo durante um ciclo completo.
c) Admitindo que as temperaturas das fontes fria e quente
são 300 K e 600 K, e que no estado a a pressão é de 10 atm
e no estado c a pressão é de 1 atm, calcule a pressão em b e
d. (R: 5,7x105 Pa; 1,8x105 Pa)
d) Determine o calor e o trabalho posto em jogo num ciclo
completo. (R: 1433 J)
e) Determine o rendimento do ciclo.

2. Numa máquina térmica reversível, uma mole de um gás


ideal monoatómico sofre uma transformação cíclica
B
representada no diagrama da figura abaixo. O processo AB B
é isocórico, o processo BC é adiabático e o processo CA
isobárico.
a) O diagrama representa uma máquina térmica?
A C
b) Calcule o calor Q, a variação de energia interna U e o
A C
trabalho W para cada um dos três processos e para o ciclo
completo.
c) Se a pressão no ponto A for igual a 1,0 atm, quais serão
os valores da pressão e do volume nos pontos B e C?
d) Determine o rendimento desta máquina térmica. (R: 14%)

3. O diagrama PV da figura abaixo mostra um ciclo, que é constituído por dois processos isotérmicos
(AB e CD) e dois processos isocóricos (BC e DA). No início do ciclo (ponto A) temos 0,5 L de um gás
à pressão atmosférica e à temperatura TA = 20 C. No início da expansão adiabática (ponto C) a
temperatura é TC = 750 C. A razão entre os volumes VA e VB é VA/VB
= 8. Considere que o sistema é composto por um gás ideal
diatómico.
a) Calcule o número de moles de gás. (R: 0,021 mol)
b) Represente o ciclo nos diagramas PT e TV.
c) Determine a pressão, volume e temperatura para os pontos A, B,
C e D do ciclo. (R: VA= 5,0x10-4 m3; PC = 2,8x106 Pa)
d) Determine o calor e o trabalho envolvido em cada um dos
processos, durante um ciclo completo. (R: QCD= 368 J; QCB = 316 J)
d) Determine o rendimento da máquina de Otto e compare com o
rendimento de Carnot correspondente. (R: 0,38 J; 0,71)

Departamento de Física 17
FÍSICA II
4. Uma máquina térmica a operar com dez moles de um gás ideal diatómico realiza o ciclo mostrado
na figura. O ciclo inicia-se no ponto E1 e passa
sucessivamente pelas seguintes transformações:
uma isotérmica, uma isobárica e uma isocórica.
Sabe-se que as temperaturas extremas atingidas
no ciclo são 200 K e 400 K. Calcule:
a) A variação de energia interna em cada uma das
transformações. (R: U23 = 41,6 kJ)
b) O trabalho realizado no ciclo. (R: 5,10 kJ)
c) A quantidade de calor ganha ou perdida em
cada uma das transformações e o calor envolvido
no ciclo. (R: Q31 = -41,6 kJ)
d) O rendimento da máquina. (R: 0,09)

5. No diagrama PV mostrado na figura indica um


ciclo completo [ABCDA] de uma máquina que
trabalha com uma mole de um gás perfeito
diatómico, entre duas isotérmicas e duas
isobáricas. Sabe-se que PA = 5 atm e PC = 1 atm
e as temperaturas entre as quais trabalha a
máquina são 300 K e 500 K.
a) De acordo com o que é mostrado na figura,
diga se estamos em presença de uma máquina
térmica ou frigorífica. Justifique.
b) Calcule a temperatura de cada um dos
estados A, B, C, e D. (R: TA = 300 K; TB = 500 K)
c) Calcule o volume dos estados A e C.
d) Determine a variação de energia interna UC -UB e UC -UA. (R: 0 J; -4155 J)
e) Obtenha o rendimento real da máquina e compare-o com o rendimento de uma máquina de
Carnot que trabalhe com iguais fontes de calor. Comente os resultados obtidos. (R: 0,21; 0,40)

6. O ciclo Rankine, representado no diagrama Ts, tem uma


pressão de exaustão na turbina de 0,1 bar. Se a pressão de
entrada na turbina for de 150 bar a 600 oC, determine:
a) O fator de qualidade à saída da turbina. (R: 0,80)
b) A temperatura à saída da bomba. (R: 49,4 oC)
c) O rendimento do ciclo. (R: 0,43)

7. Uma máquina frigorífica, com uma eficiência de 1,5, produz gelo a –6 oC a partir de água a 15 oC.
Determine a potência necessária para produzir 80 Kg h–1 de gelo. (R: 6,0 kW)

8. Uma máquina frigorífica mantém o compartimento do congelador a –4 oC retirando 1200 kJ/h de


energia, sob a forma de calor, da comida que lá se encontra. Se o ar exterior na vizinhança do
frigorífico se encontra a 22 oC determine, em kW, a potência mínima que, teoricamente, é
necessária para fazer funcionar a máquina. (R: 0,032 kW)

Departamento de Física 18
FÍSICA II
9. Uma bomba calor é usada para aquecer um edifício. No exterior a temperatura é –5 oC e dentro
do edifício a temperatura deve ser mantida a 22 oC. A bomba injecta 2,1 Mcal de calor no edifício
por hora e tem um coeficiente de eficiência de 3,6. A que taxa devemos realizar trabalho para
manter a bomba a funcionar? (R: 677,3 W)

10. Uma bomba de calor, accionada por um motor elétrico de 0,6 kW, promove o aquecimento de
um edifício num dia em que o ar exterior está a –10 oC e as perdas de energia através das paredes
e do telhado são de 18000 kJ/h. Qual é a temperatura máxima que, teoricamente, pode ser mantida
no interior do edifício. (R: 22 oC)

11.Um circuito de refrigeração do motor de um automóvel utiliza a água. A água entra no circuito à
temperatura de 80 oC, com fluxo de 0,4 L/s, e sai a uma temperatura de 95 oC. A água quente é
arrefecida até 80 oC no radiador e volta ao circuito de refrigeração.
a) Qual é a potência térmica absorvida pela água no circuito de refrigeração? (R: 25,08 kW)
b) Quando um "aditivo para radiador" é adicionado à água, o calor específico da mistura aumenta
para 5250 Jkg-1K-1, sem mudança na sua densidade. Se esta mistura a 80 oC fosse injectada no
circuito de refrigeração em vez da água, e absorvesse a mesma potência térmica, qual seria a sua
temperatura à saída? (R: 91,94 oC)

12. Para manter uma sala à temperatura de 22 oC é necessário que um aparelho de ar condicionado
retire calor da sala à razão de 7,2x103 J/h, quando temperatura do ar exterior é 37 oC.
a) Calcule a energia mínima que o aparelho consome por hora. (R: 0,37 kJ)
b) Se o aparelho de ar condicionado consome 7,2×102 J/h, calcule a quantidade de calor fornecida
ao exterior por hora. (R: 2,2 W)

13. Pretende-se aquecer água de uma piscina, de volume 40 m3, com uma bomba de calor de
eficiência igual a 5. A bomba é alimentada por um painel fotovoltaico, de área igual a 10 m 2, cujo
rendimento de conversão de energia solar em energia eléctrica é de 16%. Considere que o fluxo de
energia recebida do sol é de 1200 Wm-2 e que a temperatura inicial da água da piscina é 10 oC.
a) Determine o calor Q necessário para aquecer a água da piscina até 20 oC. (R: 1,67x109 J)
b) Quanto tempo demorará a aquecer a água da piscina até 20 oC por acção da bomba.
(R: 48,4 h)
c) Se a energia eléctrica produzida pelo painel fotovoltaico for usada para aquecer a água
directamente com resistências eléctricas, por efeito de Joule, quanto tempo demorará a água a
atingir 20 oC. (R: 242 h)
d) Determine a variação de entropia da água quando a sua temperatura passa de 10 oC para 20 oC.
(R: 5,81x106 JK-1)

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FÍSICA II
8.ª Série – De Potenciais Termodinâmica a Sistema Aberto

1. A entalpia de um dado sistema é dada por H = aln(P/P0)S2/n. Onde a é uma constante.


a) Obtenha a equação de estado da substância que constitui o sistema.
b) Se o sistema sofrer uma transformação adiabática reversível do estado inicial, com vi = 2,5x10-2
m3/mol e Pi = 3,0 atm, para um estado final, com vf = 1,2x101 m3/mol, qual será o valor de Pf?
(R: 6,25x10-3 atm)

2. Uma mole de um gás ideal diatómico, inicialmente à pressão de 8 bar e à temperatura de 150 °C,
expande adiabaticamente contra a atmosfera, até se estabelecer o equilíbrio de pressões. Calcule
ΔU para a transformação. (R: -3,92x103 J)

3. Um gás é caracterizado pela função específica de Gibbs: g = RT lnP + A(T) P, onde A é uma função
exclusiva da temperatura.
a) Deduza a equação de estado do gás.
b) Obtenha as expressões para cada uma das seguintes grandezas termodinâmicos específicos:
entropia, entalpia, energia interna e potencial de Helmholtz.

4. Seja um sistema cujo coeficiente de expansão volumétrica, o coeficiente de compressibilidade


isotérmica e a capacidade térmica a volume são, respectivamente:  = 1/T, k = 1/P, CV = b, onde b é
uma constante. Determine para este sistema:
a) A equação de estado.
b) A equação de entropia S = S(T,V).
c) A função de Gibbs.

5. No equilíbrio de fases vapor/sólido e vapor/líquido para um determinado sistema termodinâmico,


verificou-se experimentalmente que a relação entre pressão e temperatura obedecia às equações
seguintes: lnPvs = 0,04 – 6/Tvs e lnPvl = 0,03 – 4/Tvl. Nestas equações as unidades de pressões e de
temperatura são, respectivamente, atm e K.
a) Que aproximações devem ser feitas para obter estas equações? Justifique.
b) Determine a pressão e a temperatura do ponto triplo desta substância. (R: 1,01 atm; 200 K)
c) Das equações dadas para a pressão facilmente se conclui que ela é nula no zero absoluto. Mostre
que esta conclusão é compatível com a 3.ª Lei da Termodinâmica.

𝜕𝑐 𝜕2𝑣
6. Partindo da equação ( 𝜕𝑃𝑃 ) = −𝑇 (𝜕𝑇 2 ) prove que:
𝑇 𝑃
a) Num gás ideal 𝑐𝑃 é apenas função da temperatura.
b) Para um gás obedecendo à equação de estado 𝑃𝑣 = 𝑅𝑇 + 𝐵𝑃, em que B é um parâmetro
𝜕2𝐵
característico do gás e apenas função da temperatura tem-se 𝑐𝑃 = −𝑇 𝜕𝑇 2 𝑃 + 𝑐𝑃0, em que 𝑐𝑃0 é o
calor específico para pressões perto de zero.

7. Para uma mole de alumínio, CV = aT + bT 3 para T < 50 K (a = 1,35x10-3 J/K2; b = 2,48x10–5 J/K4). O
termo linear é devido à mobilidade electrónica e o termo cúbico é devido à vibração da rede
cristalina. Obtenha a função S(T) e determine o seu valor a T = 1 K e a T = 10 K. (R: 1,4x10-3 JK-1;
2,2x10-2 JK-1)

8. Um físico de baixas temperaturas verificou experimentalmente que a capacidade térmica a


volume constante de um material dieléctrico não magnético entre 0,05 K e 0 K é dada por aT 1/2 +
bT 3. Considerando a terceira lei da Termodinâmica dá credibilidade à expressão de CV obtida?

Departamento de Física 20
FÍSICA II

9. Um líquido ferve à temperatura de 95 oC no cimo de uma montanha, e no sopé, ao nível do mar,


ferve a 105 °C. Calcula a altura da montanha, admitindo constante o calor latente do líquido de 100
cal/mol e a densidade do ar é 1,29 kg/m3. (R: 212 m)

10. Considere uma mistura líquido e vapor de água em equilíbrio a 20 °C e à pressão de 2,34 kPa.
Este sistema evolui para um novo estado de equilíbrio a 40 °C. Considere que o calor latente da água
2454 kJ/kg; calor específico do vapor de água é 7R/2 Jmol-1 °C-1. Determine, explicitando todas as
aproximações que considere na sua resolução:
a) Pressão do equilíbrio de fases a 40 °C. (R: 7,45 kPa)
b) Variação de energia interna especifica do vapor de água quando passa de 20 a 40 °C. (R: 27,1
kJ/kg)
c) Variação de entalpia específica do vapor de água quando passa de 20 a 40 °C. (R: 36,1 kJ/kg)
d) Variação de entropia específica do vapor de água quando passa de 20 a 40 °C. (R:-410,5 Jkg-1K-1)

11. O ponto triplo da água corresponde a Tt = 0,01 oC e Pt = 0,006 bar. Para T ≈ Tt, o calor latente de
fusão é 335 kJ/kg, e o declive da curva de coexistência de fase sólido-vapor é dP/dT = 50 Pa/K.
Considere que o vapor de água, na vizinhança do ponto de triplo, é bem descrito pela equação de
estado de um gás ideal. Determinar o calor latente de vaporização.
[R: 2529x103 J/kg]

Departamento de Física 21

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