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Úlceras de pressão

As úlceras de pressão também conhecida como escara ou são lesões na pele


causadas por uma isquemia e gerada pela pressão prolongada na pele, ou a
pressão com um deslocamento ou a fricção, podendo ou não ter a formação de
túneis, ocorrendo com frequência sobre proeminências ósseas ou em lugares com
pouca gordura subcutânea, atingindo mais os idosos e pessoas gravemente
doentes. Tendo maior acometimento em pessoas que apresentam doenças
relacionadas a perfusão sanguínea da pele ou em tecidos mais profundos.

O processo para o surgimento de uma úlcera se inicia principalmente pela pressão


extrínseca na pele e por um determinado período, ocorre a diminuição da circulação
nessas camadas superficiais e se aprofundando em direção as proeminências
ósseas e atingindo assim mais tecidos. Cada estrutura tecidual tem uma capacidade
de aguentar uma baixa irrigação tecidual, porém, quanto maior tempo ocorre acidose
local e problemas resultantes da morte celular em seguida obstrução intravascular e
a baixa irrigação sanguínea fica irreversível. O corpo como um todo as estruturas
mais suscetíveis são os músculos, tecidos mais profundos e a derme.

Quando um corpo se encontra em repouso a pressão corporal fica localizada


principalmente nas proeminências ósseas, com alguns locais mais visados como a
região sacral, atrás da cabeça, cotovelos, calcâneo ou a região trocantérica e assim
causando as úlceras por pressão.

Outros fatores que podem aumentar a predisposição a essa doença são imobilidade
de um paciente (pacientes acamados ou em cadeira de rodas), desnutrição, perda
de sensibilidade, umidade alta (incontinência urinaria e suor) e presença de doenças
neurológicas.

Sua incidência é de cerca de 150 mil casos por ano e acordo com a National
Pressure Ulcer Advisory panel 2007 que é um sistema que classifica as ulceras em
quatro estágios visando o comprometimento tecidual.

No primeiro estágio não há mudanças na pele, nem sinais de ulcera, apresenta uma
leve alteração na coloração da pele que pode sumir após um alivio de 24 horas na
pressão, algumas possíveis alterações que podem aparecer: temperatura,
sensibilidade ou consistência do tecido.
Caso essa pressão continue as manchas vermelhas, sem ficar branco mesmo com a
aplicação de pressão com os dedos.

No segundo estágio tem modificações cutâneas mais evidentes como na espessura,


na derme ou epiderme. Pode apresentar uma coloração vermelha ou como uma
bolha com um liquido denso dentro.

No terceiro estágio há perda total da espessura da pele, a necrose se espalha


internamente podendo atingir a fáscia, tendão ou músculo.

No quarto estágio a estrutura da pele fica danificada e sua espessura fica destruída,
também a necrose no tecido subcutâneo, outros tecidos são: tecido muscular,
ósseo, tendões ou cápsulas articulares. Alguns tecidos ficam deslocados,
aparecimento de túneis, infeções no ossos, luxações, fraturas e sepse.

Muitas dessas lesões ficam encobertas, pois se manifestam inicialmente


profundamente e parecendo pequenas e mais tarde se mostrando extensas durante
a remoção do tecido necrosado, não segue um padrão de manifestação, ou seja,
não vão do primeiro ao último estágio.

Na avaliação dessas escaras temos a escala de Norton, uma escala que identifica
previamente os pacientes de maior risco e assim possibilitando um diagnóstico
prévio. O quadro divido em: estado gera, estado mental, atividades, mobilidade e
incontinência, calculada por pontos, nas quais, 5 a 9 pontos risco alto, 10 a 12
pontos risco intermediário, 13 a 16 risco baixo e acima de 17 não apresenta risco,
outro ponto importante é a avaliação admissional de pacientes de risco.

Outros pontos observados na avaliação são: fatores de risco do paciente, as metas


do atendimento, o estágio, o tamanho e a profundidade da ferida, a ausência ou
presença de exsudato, a aparência da ferida, uma possível infecção ou celulite.

Quanto antes for o diagnóstico, sendo mais fácil de tratar nos estágios prematuros
da doença, por que quando descoberta na fase tardia aumenta os riscos de
infecções, extensa necrose tecidual, longo tempo de internação e dificuldade em
recuperação da saúde.

A principal forma de prevenir sua formação é não ficar parado na mesma posição,
pacientes acamados ou que tem alguma dificuldade de se mover, devem ter sua
posição mudada de duas em duas horas, para que os pontos de pressão sejam
aliviados e diminuindo o risco, pode ter o auxílio de superfícies de apoio
especializadas como colchões, camas e almofadas e no caso de paciente cadeirante
a quantidade de vezes que muda a posição deve ser maior em vista de que ficam
sentados por longos períodos de tempo, cerca de dez ou quinze minutos.´

O tratamento leva em consideração primeiramente como o paciente está de forma


clinica, avaliar as escaras diariamente levando em consideração alguns aspectos
como em qual estágio está, tamanho, presença de liquido ou presença de tecido
necrótico. Analisar também como está o estado do curativo, como é o plano
analgésico se há presença de complicações e como se desenvolve a cicatrização.
Outro fator importante para esse tratamento é a alimentação, que irá auxiliar tanto
no tratamento quanto na prevenção.

Para a limpeza das lesões somente soro fisiológico e esterilizar o local. O curativo
depende do exsudato, grau de ressecamento e se há tecido necrótico, tendo uma
gama de curativos mas com a mesma eficácia, outro fator importante é a remoção
do tecido necrótico para ajudar na cicatrização e na prevenção de outras possíveis
infecções.

A remoção desse tecido necrótico também chamado de desbridamento se subdivide


em cinco técnicas: Desbridamento cirúrgico cortante indicado para celulite ou sepse,
Desbridamento enzimático enzimas proteolítica para remoção do tecido necrótico,
Desbridamento mecnicoâ

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