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Terga-feira, 23 de Setembro de 2014 SERIE — Numero 76 BOLETIM DA REPUBLICA PUBLICAGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE MOGAMBIQUE IMPRENSA NACIONAL DE MOGAMBIQUE, EP. AVISO ‘A matéria a publicar no «Boletim da Repiiblica» deve ser remetida em o6pia devidamente autenticada, uma por cada assunto, donde conste, além das indicagdes Necessarias para esse efeito, 0 averbamento seguinte, assinado e autenticado: Para publicagéo no «Boletim da Reptblica», SUMARIO Conselho de Ministros: Decreto n 50/2014: ‘Aprova © Regulamento do Trabalho Martimo. CONSELHO DE MINISTROS Decreto n° 50/2014 do 28 de Sotombro Mostrando-se necessério regulamentaro trabalho mineiro, 20 abrigo das disposigécs das alineas f)¢ t) do n.* I do artigo 204 «da Constimigo da Repitbica, da alinea e) do artigo 3 do art- ‘g0 269, ambos da Lei n* 23/2007, de 1 de Agosto, o Conselho ‘de Ministros deeteta: Antigo 1. 6 aprovado o Regulamento do Trabalho Maritimo, ‘que faz, parte integrante do presente Decreto. ‘Art.2. Brevogada toda a legislagio que contrarie estabelecido neste Decreto. ‘Art 3, O presente Regulamento entra em vigor 90 dias apos a sua publicagio. Aprovado pelo Conselho de Ministos, aos 29 de Julho de 2014, Publique-se. (0 Primeiro-Ministro, Alberto Clementino Ant6nio Vaguina. Regulamento do Trabalho Maritimo CAPITULO T Disposigdes gerais SECCAOI Objecto ambito ‘AxnGo (Objecto) O presente Regulamento rege as relagées laborais emergentes do contrato de trabalho maritimo, ‘Annioo 2 {Ambito de apicaro) 1. O presente Regulamento aplica-se # todas as relagdes jurfdieas de trabalho maritimo celebradas no pafs entre proprietirins, armadores ou seas representantes e trabalhadores raritimos nacionais e estrangeiros das classes do oficiais, mestranga e marinhagem, para prestar servigos a bordo de cembareagdes,estaleiros navais, plataformas maritimas ¢ outros atins 2. 0 presente regulamento aplica-se ainda: 4) As embarcagdes de bandeira nacional; 6) Aosartimos nacionaisatrabalharem em emibarcacGes estrangeiras, desde que os contratos tenham sido assinados no pafsde acondo com as normas do present regulamento; © Acs individuos que seempreguem em actividades ligadas 8 vida do mar, mas que nao se destinam a tripulantes de quaisquer embarcagoes; ‘Arrigo 3 (Dotinigéee) As definigdes contam do glossério, cm ancxo, que faz parte integramte do presente Regulamento, SBoghOM Condligdes de Trabalho do Martimo Anrico 4 (dade minima) 1. A idade minima para exercer a actividade marftima Ede 16 anos. 2, O menor com a dade compreendida entre 08 16 ¢0s 18 anos ccarece de autorizagiio do representante legal. 1554 — (56) 3. 0 menor de 18 anos no deve ser empregue no trabalho noctumo een tarefas insalubres,perigosas ou nas que requeiram grande esforgofisico. Arno 5 (Ceriticado méaioo) 1, Para 0 exercfeio do trabatho maritimo, o trabathador deve possuir, para além dos demais requisitos estabelecidos ne lgislagao especitica, o certificado médico vilido que ateste que std apto para exercer as actividades do mar. 2. O certficado méidico deve indicar, que: <) A audigfo ea viséo do maritimo, bem como a percepgio ‘das cores, nos casos em que seja contratado para actividade, cuja aptidio possa ser diminutda pelo daltonismo, si satisfatrias; 4) 0 maritimo nao softe de doenga que possa ser agravada pelo servigo do mar ou por em perigoa saide de outros maritimos a bordo. 3. O certiticado médivo é valido por um prazo maximo do dois anos, salva nos casos em que 0 marftimo possua idade inferior ‘ou igual a dezoito anos ou superior a cinquenta anos, casos em ‘que 0 certificado seré vlido por um ano, renovavel a partir da realizagio de novos exames médicos. 4. O period de dois anos pode ser alterado por determinagio médica. 5. Excepcionalmente, podem ser passados cetificados médicos lurgentes nos casos em que tena expirado o prazo aludido no indmero anterior o marftimo enconire-se no mar, caso em que © certficado considerar-se-& vélido até ao porto de escala, onde povleré ser emitido certificado médico, desde que: 4) Nao tena passado trés meses sobre a data em que cxpira a validade do certficado; ) © maritimo apresente o certificado médico que tenha caducado, Axriao 6 (Cédula martima Licenga especial de embarque) 1. Acédula marftima ou licenga especial de embarque constitu condigio indispensével para a contratacio do maritimo, 2. Se, por decistio que jé nao admite recurso, a cédula maritima ow a licenga especial vier a ser cancelada posteriormente ccelebragio do contrato, este caduca logo que as partes sejam notificadas do facto pela entidade competente, 3. Paraefeitos don. 2, serao as partes notificadas pela entidade competente, SECGAOM Do contvato incvgual de trabeiho Awniao7 (Forma) © contrato de trabalho maritimo esté sujeito & forma eserita, devendo ser datado e assinado por ambas as partes © conter, obrigatoriamente, as seguintes ckiusulas: 4) Wentificago do armador ou seu representante © do trabelhador marftimo; 8) Categoria profissional,tarefas on actividades acordadas; €)0 nome da embarcagio em que exerceré a actividade; 4) Duragio do contrato © condigdes da sua renovagiio, ¢) O montante do salério do maritimo e formula cventualmente utilizada para o calcula A) As férias anuais pagas ou férmula eventualmente utilizada para a caleular; 1 SERIE — NOMERO 76 8) As condigbes do termo do contrato; 1) As prestagies em matéria de protecedo e de seguranca social; 1) O direito do maritimo ao repatriamento. Axmigo 8 (Gelebragdo de contatos de trabatho) 1, B da competéncia do armador celebrat os contratos de trabalho com os marftimos, qualquer que sejaa sua categoria 2, O anmador pode delegar no comandante da embarcacao, nos termos da legislagdo maritima vigente, a sua compete para celebrar com os ipulantes conratos de trabalho, com prazo certo ou ince. 3. Fora do porto de armamento & sempre da competéncia do comandante contratr 0s tipulantes necessérios para completar a Jotagdo da sua embarcago por uma s6 viagem, Axmigo 9 {Duragato do contrato do trabalho maritime) ‘Ocontrato de trabalho maritimo pode ser celebrado por tempo indetemminado ou a prazo certo ou incerto. Azmico 10 (Limttes do contrato prazo) 1. Os contratos para uma s6 viagem ndo sao renovaveis, pelo que, se excedem o perfodo de duragio da viagem, convertem-se em contratas a prazo incert. 2. A celebragio do contrato de trabalho maritimo a prazo incerto 86 6 admitida nos seguintes casos: 4) Substituigdo de trabalhador que, por qualquer raziio, csteja temporariamente impedido de prestar a sua actividad; +) Execugio de tarefas que visem responder ao aumento ‘excepcional ou anormal da produgio, bem como a realizagio de actividade sazonal; ©) Bxecugio de actividades que niio visor a satisfago de necessidades permanentes do armador; «d) Execugio de actividades nfo permanentes, 3. Os contratos para uma s6 viagem silo averbados so rol de matricula por ordem do Administrador Marftima ou Delegado Maritimo, para efeitos de substituigo no rol do maritimo que esteja indisponivel. Anoo 11 (Periodo probatério) A fixagao do periodo probatério obedece ao estabelecido, 1a Lei do Trabalho, Argo 12 (Principio do tratsmento mais tavorével) ‘Sto nulas as condigdes de trabalho constantes de contratos de trabalho, de instrumentos de regulamentago colectiva de trabalho uw inscritas no rol de matricula que sejam menos favoréveis que as estabelecidas no presente Regulamento, SECCKOIV Do recrutamento de trabathador marmo Antigo 13 (Reerutomento) 1. Compete a0 comandante a constituicdo ¢ ajustamento da {tipulagdo, ouvidos os armadores ou proprietsrias da embarcasio, se estivercm presentes, ou os consignatérios, havendo-os, 23 DE SETEMBRO DE 2014 2, O comandante ndo pode ser obrigado a tomar, ao servigo ‘da embarcagio, um trabalhador maritimo contra a sua vontade. 3. Aocomandante da embarcagéo assist afaculdade de recusat ‘oembarque de um trabalhador maritimo contratad pelo armador, desde que, para tant, Ihe apresente motivo jusificado, ainda que "io decorrent dos averbamentos constantes da cédula martina 4. A tecusa a que se Yefere 0 mimero anterior em nada afecta a validade do contrato de trabalho celebrado entre armador © otrabalhador martimo, seco v Do embarque dos rabathadores maritimos ‘Anmigo 14 (Apresontagéo de documentos) 1. Otipulante s6 pode embarcar se tiver asua eGdula maritima © restante documentacdo em ordem, nos termos do presente Regulamento e da demais legislagio aplicdvel. 2. As eédulas marftimas, os cettficados de aptido fisica, as licengas militares e quaisquer outros documentos eventualmente necessérios para o embarque so apresentados a0 armador ou 20 comandante da embarcagiio. 3. A documentacdo dos trabathadores marftimos deve ser presente a Administragdo Maritima ou consular do porto onde ‘efectuarem © embarque com uma antecedéncia nao inferior a ‘quarenta e cito horas, salvo casos de forga maior. 4. Uma vez assinado o rol de matricula,e até 0 desembarque, as cédulasficam em poder e a responsabilidad do comandante, AnmiGo 15 (Chote de desembarque) 1. Quando howver desembaryue de um trabalhador maritima para gozo de férias ou qualquer outro motivo, 0 comandante cntrega a cédula com o respectivo bilhete de desembarque 2 Autoridade Maritima local; esta, depois de registar na cédula © contesido do referido bithete © de a conferi, entrega-a a0 tcipulante, contra a upresentago do duplicado do mesanobilhct, sexdo est enviado & Autoridade Martima local para ser transcrito no registorespectivo. 2. Quando o desembarque de um tripulante tiver lugar em porto estrangeiro, o averbamento do bilhete de desembarque na respectiva cédula maritima 6 feito pelo comandante da cembarcagio de que 0 tripulante desembarcou e visado pela respectiva autoridade consular, que, em soguida, ntrega a cédula 20 interessado; 0 duplicado do bilhete & enviad A Autordade Maritima local pelo comandante, para ser feito no respectivo registo ocompetente averbamento. 3. Oarmador deve comunicar a Autoridade Mar‘ima local ou ‘consular o desembarque do comandante e preenche o respective bithete de desembaraue. CAPITULO TL Direitos e deveres das partes SECGAOL Ditetos Arrico 16 (Diretos do trabathador marttimo) 1. Sao direitos do trabalhador marttimo, de entre outro 4) Receber a remuneragio na forma convencionada; ») Ter assegurado 0 descanso a bordo da embarcagao e em tetra e as férias anuais remmuneradas; © Sertratado com correegio respeito; 1554 — (57) 4) Ter assegurada a estabilidade do posto de trabalho desempenhando as suas actividades, nos termos 40 contrato de trabalho meritimo; ©) Poder concorrer pura 0 acesso a categorias superiores, ‘em fungi da sua quaificagZo, experiéncia e resultados ‘obtidos no trabalho; JD Beneficiar de assisténcia médica ¢ medicamentosa: {) Ser indemmizado em caso de acidente de trabalho ou doenga profissiona 4) Beneficiar de medidas apropriadas de protecgao, soguranga c higiene a bordo, aptas a assegurar a sua integridadefisica, mental e moral; §) Ser repattiado no término do contrato de trabalho; J) Ser assegurada a alimentagio custeada pela empresa quando realiza actividades a bordo da embercagao; 8) Serassegurado 0 alojamento adequado a bordo. Axnoo 17 (Direits do armador ou seu representate) Sao direitos do armador ou seu representante: 4) Exigit do trabalhador martimo a prestago do trabalho que tiver sido acordado; 2) Dirigi efiscalizar 0 modo como o servigo € prestado; ©) Exercer 0 poder disciplinar sobre.o trabalhador ‘maritimo. se0ghOm Doveres das Partes ‘Arnico 18, (everes do trabathador maritima) Sto deveres do trabalhador maritime: 4) Respeitar tratar com urbanidade elealdade o armador, ‘08 superiares hierarquicos, os companheiros de ‘trabalho e as demais pessoas que estejam on entrem «em relagdes com a embarcacio; }) Connparecer ao servigo com pontualidade, assiduidade e realizar o trabalho com zelo diligéncia; ©) Obedecer aos superiores hieriquicos em tudo quanto respeita& execu e isciplina do trabalho; 4) Nio abandonar o seu posto de trabalho sem prévia autorizagio do armador; @) Cumprir com as regras de higiene, satide ¢ soguranea impostas pela entidade empregadora; JD Nio divulgar informagdes referentes organizagio ‘e métodos de trabalho a bordo, com ressalva das que ‘dova prestar as entidades compotentes; 2) Zelat pela conservagio e hoa utilizagio da embarcagio sett equipamento;, 4) Uilicarcomrectamente ¢ conservar em boas condigées 03 bens © equipamentos de trabalho que lhe forem cconfiados pelo armador ou seu representante; ‘)Colaboreecomos superior #hieekequicos ecompenhairos de trabalho no seatido da methoria da produtividade ¢ da racionalizaglo do trabalho: J Cummpric as demas obrigagdes decorrentes das leis em vigor e do rospectivo coatrato de trabalto. Anno 19 (Deveres do armedor ou seu represontante) ‘So deveres do armador ou seu representante: @) Pagar pontualmente a remunera¢io convencionada, 110 contrato de trabalho; 1554 — (58) IL SERIE — NUMERO 76 by Trataro trabalhador maritimo com corecgio, urbanidade « forecer-lhe 0s meios necessaries & execugao do sot trabalho; ¢) Prestar ao trabalhador marftimo assisténcia médica ‘© medicamentosa em caso de doenga, acidente de trabalho ou doenga profissional, dd) Assegurar condigées de sade, higiene e seguranga @ bordo ca embatcacao; 6) Assegurar uma alimentagio condigna aos tripulantes da embarcagio; ‘fy Respeitar o horério do trabalho aprovado pelo érgio ‘competente da adminisragio do trabalho; #) Assegurar 0 descanso dlidrio e seman dos tripalantes abordo; 1) Observar as convengées intemacionais ratificadas pelo Estado Mogambicano sobre aseguranca eas condighes de trabalho a bord: {) Permit 20 trabathador 0 exercicio de actividade sinical fo 0 prejudicando pelo exercicio de cargos sindicais; ‘A Contribuir para a elevaglo do nivel de procutividade do ‘marfim; 1b) Cumprir todas as demais obrigagies deconrentes das leis ‘em vigor e do respectivo contrato de trabalho. Agrio0 20 (Boveres do comeandante) 1, Como legal representante do armador, abe o comandante, ‘a bordo da embazcagao, exercer a autoridade ¢ditecgao sobre 05, tripuiantes, competindo-Ihe: 4a) Fazer boa estiva, amumagio, guarda ¢ enirega da carga; >) Levantar ferro no primeino ensejo favordvel, logo que tivera bordo tudo o que for preciso para a viagem; «) Levar a embareagio ao seu destino; 4) Permanecer a bordo por todo 0 tempo da viagem, qualquer qu¢ for 0 perigo: €) Tomar piloto prético em todas as barras, costas & paragens onde lei, o costume ou a prudéncia o exigit observando os regtlamentos do porto; Jf) Chamar a conselho os oficiais, armadores, caixas c carregadoses que estiverem a bordo, ou seus representantes, em qualquer evento importante de ‘onde poder haver prejuizo & embareagao ou & carga; 4g) Empreger toda a dlligéncia para salvar e ter emi boa ‘guarda todos os bens, ¢ mercadorias ¢ objectos de valor, ¢ os despachos e papéis de bordo, sempre que tiver de abanidonar a embarcacao: hy Sacrificar de preferéncia, em caso de alijamento, os ‘objectos de menos valor, 0s menos necessétios & tembareagio, o: mais pesados e os que pejarem a coberta; #) Observar nas arribadas forgadas, em tudo 0 que for aplicével, os procedtimenios previstos em legislagio espectficas 4) omar as necessérias cautelas para 2 conservacio da embarcagio ou da carga apresada, embargada ow tid; 1) Aproveitar durante & viagem todas 2s ovasides de dar ‘108 armadores ou caixas, Ou aos seus representantes, oz portos de enttada ou de srvibada, noticia dos, acoitecimentos da viagom, das despesesextraordinsrias com beneficio da embarcagao ¢ de quaisquer fuados para esse fim lovantados; 1) Rxibir os liveos de bordo aos interessados que prctenderem examiné-los, consentindo que deles trem cépias 0a extractos. 2. Os deveres do comandante da embarcaglo para com os ttipulantes, e vice-versa, comogam com a assinatura do rol de ‘mairicula e cessam com a entrega do bilhete de desembarque. SECCAO I ‘Melticagio do contato de trabatho marino Agnico 21 (Alteragio do objecto do contrato de trabalho maritima) 1. © maritimo deve exercer a actividade correspondente ‘categoria para que foi contratado, sem prejuizo dos direitos © deveres decorrentes das calegorias « que posteciormente ascender. 2, Sem prejutza do disposto no nimero anterior e salve acordo, individual oa colectivo em cantrario, o empregador pode, em cago de forga maior ou necessidades produtivas imprevisiveis, atribuir ao maritimo, pelo tempo necessério, nfo superior a seis ‘meses, tarefas nfio compreendidas no objecto do contrato, desde que ossa madanga ndo implique diminnigio da remuneragiio on da posigao hierétquica do maritime. 3, Quando, a navegar, se verifique o impedimento de um tripolante ¢ 0 comandante considere imperioso preeucher o seu lugar, pode utilizar para o efeito outro (ripulante de categoria Giferenie, mas s6 até & chegada ao préximo porto. 4, As mudangas a que se referem os u.° 2.¢ 3, nfo implicaun diminuigto na remunerago nem modificacéo na posige do ‘marino, esempre que is tarefas desermpenhadas corresponderem, 4 uen tratamento e rermuneragzo mais favordvels, o maritima tem direito a esse (ratamento e a essa remaneragio, Arico 22 (fransteréacia do tripulante) 1. Sem prejufzo do disposto aa alinea c) do artigo 7, a actividade do pessoal da marinha mercante, de pesexe de ecreio pode ser prestida a bordo de qualquer emibateagio do mesmo umdor, seas partes assim acordarem por escrito, 2. Na falta de acoido, assiste ao tipulamte a faculiade de rescinlt 0 contrato, com diseito & indemnizacgo por tescisio de contrato com justa causa por iniiativa do trabalhadex, nes termos da Lei do Trabalho, Arena 23 {(TranemisoSe da emmproae armadiors) 1. A posigdo que dos contratos de trabalho decor pars © armador pode transmitir-se ao adguirente da empress, salvo Se, antes da transmissfo, 0 contrato houvordeixado de vigorar nos termos legs. 2. A madanga do titular da empresa pode determinara resistio ou densneia do contrato ou relagSo de trabalho, havendo jusia caus, sempre que: @ O martin estabelega um acordo com o transinitente pra manter-se ao servigo deste; +) © martimo, no momento da transmissto, renindo 08, requisitos para heneficiar da cespectiva reforma, a reqoeiras c) © martimo tenba falta de confianca ow receto furlado sobre 2 idoneidade do adquirente, 3..0 adguivente da empresa armadora é solidaciamente tesponsével pelas obrigagGes do transmitente vencidas no ditimo ano, anterior & transmisso, ainda que respeitem a maritimos, ceajos contratos hajam cessado, desde que reclamados no praca de Sessenta dis ap6s teem tomado conhecimento da traramissio. 23 DE SETEMBRO DE 2014 1554 — (59) Arno 24 (Liberdade de trabatho) So proibidos quaisquer acordos entre armadores no sentido de, reciprocamente limitarem a admissi de maritimos que Ihes tenham prestado servigo. Arico 25 (Privtégios crednérios) (Os créditos emergentes do contrato de trabalho ou de violacio ‘ou cessugao deste contrato pertencentes ao maritimo gozam do privilégio que a lei geral consigna. Axmico 26 (Prescrigéo de erédtos) 1, Os eréditos resultamtes do contrato de trabalho ¢ da sua violagio ou cessacdo, quer pertencentes ao tripulante, quer Pertencentes ao armador, extinguem-se por prescrigio decorridos seis meses a partir do dia seguinte aquele em que cessou 0 ‘contrat, salvomos casos que envolvam responsabilidade criminal, 2. $6 podem ser exigidos eréditos vencidos nos dltimos cinco ‘anos de vigéneia do contrato de trabalho, CAPFTULO I Da formagio profissional ‘Axrioo 27 (Programas do formasto proftatons!) 1. Os programas de formagio profissional so elaborados ‘pela empresa, tondo em conta as suas necessidades espectficas © “aprovados pela autoridade maritima. 2. Os programas de formacao profissionais dos trabalhadores ‘maritimos devem indicar expressa ¢ detalhadamente, 0 tipo, as necessidades, os objectivos gerais e espectficos, as perspectivas e evolugio e progresso profissional do formado tempo médio de duragio do curso, Anmigo 28 (Formagéo profiaslons) 1. O armador em coordenagio com a autoridade maritima © as entidades que superintendem as insttuigdes de ensino, a frea do emprego e formacio profissional, deve faciltar a todos 0s trabathadores marftimos seu aperfeicoamento profissional, ‘devendo, para tanto, criar cursos e ainda facultar, dentro das ‘convenigncias do seu servigo, a frequéncia de cursos relacionados ‘com a sua profissio. 2. A faculdade referida na parte final do nimero anterior ser concedida nas seguintes condigdes: @) Assumir 0 maritimo, por escrito, a obrigagio de prestar servigo A empresa armadora por um perfodo ‘correspondents a durago do curso, apés a conclusio do respectivo curso; 8) Receber durante 0 curso a média ponderada dos vencimentos base referentes a0 ano civil do ingresso no.curs0, 3. O nfo cumprimento do estabelecidona alfnca a) do nimero anterior, sempre que nao determinado por motivo de forca maior u justa causa de rescisio, constitu o maritimo na obrigacdo de ‘Pager ao armador, a titulo de indemnizaglo, a totalidade ou a ‘parte proporcional da quantia que tiver recebido nos termos da ‘linea 6) do mesmo nimero. 4. Fora dos casos previstos nos niimeros anteriores, o marftimo tem sempre dreito suspensio do contrato pelo periodo de tempo necessério & frequéncia de cursos oficiais relacionados com a sua profisszo, aplicando-se 4 suspensio do contrato o regime estabelecido na Lei do Trabalho. Axrico 29 (Cursos de formagéo protissional) 1, Os cursos de formagdo profissional, segundo a sua natureza, complexidade e especialidade, podem ser realizados dentro das ‘nstalagies da empresa ou em instituicdes especializadas pablicas, privadas, cujos custos correm por conta da empresa ¢ devem ser partilhados com a entidade que superintende a érea de Emprego ¢ Formacao profissional. 2. O tempo de participagao no curso de formagio profissional conta para todos efeitos legais, como tempo de trabalho, cexceptuado o perfodo referente & formacio pré- profissional. CAPITULO IV Da prestagéo do trabalho « des condipées de vide a bordo, ‘seccAo1 ‘Bo modo da prestagdo do vebelho e da sun curagéo ‘Arrio0 30 (Competéncia do armador) 1. Dentro dos limites decorrentes das disposigGes legais em vigor, compete ao armador fixar os termos em que deve ser prestado o trabalho a bardo, 2. Para 0 efeito, pode 0 armador elaborar regulamentos intemnos, aos quais deve dar a necesséria publicidade para 0

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