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UNIVERSIDADE POLITECNICA

Instituto Superior de Humanidades Ciências e Tecnologias – ISHCT

Engenharia eléctrica

Campo Magnético De Uma Bobina Percorrido Por Uma Corrente alternada Sinusoidal

1o Grupo

Calton Betinho T. Pêssulo

João Fernandes

João Guta

Emanuel Maçicame

Graça Lufiande

Santos Thomo

Quelimane 2020
Calton Betinho T. Pêssulo

João Fernandes

João Guta

Emanuel Macicame

Graça Lufiande

Santos Thomo

Campo Magnético De Uma Bobina Percorrido Por Uma Corrente alternada Sinusoidal

1o Grupo

Docente

Eng. Bertlote Benedito Mário

Quelimane 2020
Índice
Introdução....................................................................................................................................4

CAMPO MAGNETICO DE UMA BOBINA PERCORRIDO POR UMA CORRENTE..........5

Campo Magnético........................................................................................................................5

CORRENTE ALTERNADA SINUSOIDAL..............................................................................6

CARACTERÍSTICAS DA CORRENTE ALTERNADA SINUSOIDAL..................................7

EFEITOS DA CORRENTE ALTERNADA SINUSOIDAL......................................................7

Período T......................................................................................................................................8

Frequência f..................................................................................................................................8

Amplitude.....................................................................................................................................9

EQUAÇÃO DE UMA CORRENTE SINUSOIDAL................................................................10

PRODUÇÃO DA CORRENTE ALTERNADA DE FORMA SINUSOIDAL A PARTIR DE


UM CAMPO MAGNETICO DE UMA BOBINA....................................................................11

ANÁLISE DE CIRCUITOS EM C.A SINUSOIDAL...............................................................14

CIRCUITO PURAMENTE RESISTIVO..................................................................................15

CIRCUITO COM UMA BOBINA............................................................................................16

REACTÂNCIA INDUTIVA DE UMA BOBINA....................................................................18

POTÊNCIA NUMA BOBINA..................................................................................................18

Circuito RL................................................................................................................................19

CIRCUITO COM UM CONDENSADOR................................................................................21

REACTÂNCIA CAPACITIVA DE UM CONDENSADOR....................................................21

POTÊNCIA NUM CONDENSADOR......................................................................................22

Conclusão...................................................................................................................................23

Referencias Bibliográficas.........................................................................................................24
Introdução
O presente trabalho tem como tema em referência: Campo Magnético De Uma Bobina
Percorrido Por Uma Corrente Alternada Sinusoidal, visto que campo magnético é a
concentração de magnetismo que é criado em torno de uma carga magnética num determinado
espaço. Por tanto notamos que nas usinas de electricidade, a voltagem e, por consequência, a
corrente eléctrica são geradas através de bobinas inseridas em turbinas dentro de um campo
magnético, que giram, graças a um agente externo (queda de água, vento, fluxo de vapor).

As frequências das ondas dependem das suas utilizações, assim, a energia eléctrica é distribuída
a 50 Hz. Por outro lado notamos que se a uma rede de corrente alternada for ligado a um receptor
indutivo, vai dar origem a um desfasamento entre a tensão e a intensidade.

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CAMPO MAGNETICO DE UMA BOBINA PERCORRIDO POR UMA CORRENTE
ALTERNADA SINUSOIDAL

Campo Magnético
Campo magnético é a concentração de magnetismo que é criado em torno de uma carga
magnética num determinado espaço.

Já estudamos que um corpo carregado produz um campo vectorial (o campo eléctrico ⃗


E ) em
todos os pontos do espaço ao seu redor. De forma análoga, um imã produz um campo vectorial
(o campo magnético ⃗
B ) em todos os pontos no espaço ao seu redor.

Linhas de Indução de um Campo Magnético

A Unidade de campo magnético

N .s
=1 tesla=1T
C.m

Corrente alternada e o Transformador

Nas usinas de electricidade, a voltagem e, por consequência, a corrente eléctrica são geradas
através de bobinas inseridas em turbinas dentro de um campo magnético, que giram, graças a um
agente externo (queda de água, vento, fluxo de vapor). Isso faz com que o fluxo de campo
magnético oscile no tempo, gerando uma voltagem também oscilante. Essa voltagem é chamada
de voltagem alternada. Por isso, a corrente eléctrica que flui pela fiação de nossas casas é
chamada de corrente alternada (AC). Em Moçambique, a corrente oscila com uma frequência de

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50 Hz, ou seja, 50 oscilações por segundo. Como essa frequência é muito alta, não percebemos
variação no brilho de lâmpadas, por exemplo.

Isso possibilita a construção de um equipamento capaz de alterar ou transformar os valores de


voltagem e corrente que chegam e saem dele. Esse equipamento é chamado de transformador.

Transformador

Nele, um fio é enrolado em uma região de um núcleo de material ferro magnético, dando um
número de voltas N1 e criando uma voltagem alternada V1. Isso faz com que seja estabelecido,
graças à passagem de corrente eléctrica nessa bobina, um campo magnético no metal. Como a
corrente é variável, o campo magnético também o será. Isso gera uma variação do fluxo
magnético em outra bobina, feita com outro fio enrolado com N2 voltas em outra região. A
variação do fluxo nesse enrolamento gera nela uma voltagem alternada.

Como o campo é proporcional ao número de voltas da bobina, isso faz com que as voltagens
também sejam proporcionais ao número de voltas, ou seja:

V1 V2
=
N 1 N2

Como a energia se conserva, as potências em cada enrolamento, chamados de primário e


secundário, devem ser iguais, ou seja:

V 1 i1=V 2 i 2

CORRENTE ALTERNADA SINUSOIDAL


Forma De Onda

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CARACTERÍSTICAS DA CORRENTE ALTERNADA SINUSOIDAL

EFEITOS DA CORRENTE ALTERNADA SINUSOIDAL


A potência produzida por efeito de Joule é proporcional ao quadrado da intensidade de corrente,
logo independente do seu sentido de circulação. É facto que a produção de energia calorífica é
variável de instante a instante, anulando-se mesmo duas vezes ao longo de um período; no
entanto, e devido á inércia térmica dos corpos, as variações de temperatura são muito mais
débeis.

Todos os aparelhos térmicos serão utilizáveis, tanto em corrente contínua, como em corrente
alternada. A frequência também influenciará o funcionamento dos aparelhos, por exemplo, das
lâmpadas de incandescência.

Se por ventura, a frequência for demasiado baixa (inferior a 25 Hz), a temperatura das lâmpadas
variará lentamente e seria notória uma certa cintilação.

Na figura acima representa-se uma cuba electrolítica com sulfato de cobre, uma bobina plana
orientada na direcção N-S com uma agulha magnetizada, uma bobina com uma peça de ferro
macio e fios de prata estendidos e paralelos. Alimentando o circuito a corrente contínua, haverá
transporte de cobre por electrólise e acção da bobina sobre a agulha magnetizada, que variam de
sentido com o sentido da corrente no circuito.

O efeito de Joule nos condutores de prata, a atracção da barra de ferro e a repulsão entre os fios
de prata faz-se sentir independentemente do sentido da corrente no circuito.

O efeito de corrente eléctrica

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Ao aplicar-se corrente alternada, não há transporte de cobre, a agulha não se desvia,
apresentando uma ligeira vibração na sua posição N-S. Por outro lado, tal como em corrente
contínua, os fios aquecem e repelem-se, e a barra de ferro é atraída.

A agulha magnética em corrente alternada também é solicitada por forças electromagnéticas.


Mas essa solicitação muda de sentido 100 vezes por segundo, pelo que, devido á inércia,
permanece praticamente em repouso.

Período T
É o tempo em que decorre duas alternâncias consecutivas, ou seja, é o tempo gasto num ciclo.
Representa-se por T e expressa-se em segundos. T = 1/f

Frequência f
É o número de ciclos efectuados num segundo. Representa-se por f e a sua unidade é o Hz
(hertz). Note-se que a frequência e o período estão relacionados numa proporção inversa. Um
ciclo demora a realizar-se num período T; logo f ciclos demorarão 1 segundo.
f = 1 /T

As frequências das ondas dependem das suas utilizações. Assim, a energia eléctrica é distribuída
a 50 Hz. A gama das audiofrequências vai de 20 Hz a 20 KHz e comporta o que vulgarmente se
designa por electroacústica. Rádio, televisão, ultra-sons, radar e microondas comportam gamas
de frequências que ultrapassam os MHz (mega hertz) e, por vezes, os GHz (giga hertz).

Período de grandeza sinusoidal

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Amplitude
É o valor instantâneo mais elevado atingido pela grandeza. Também se designa por valor
máximo.

Há amplitudes positivas e negativas.

Ao valor medido entre os valores máximos positivo e negativo chama-se valor de pico a pico.

Na figura, teremos: I pp=2× I max

Valor médio

Teremos aqui que considerar apenas metade do ciclo de uma corrente alternada sinusoidal, pois o
valor médio de um ciclo é zero. Representa o valor que uma corrente contínua deve possuir para
transportar no mesmo tempo, a mesma quantidade de electricidade.

I med =2/π I max=0 .637 I max

U med =2/ π U max =0,637 U max

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Valor eficaz
Já referimos que o calor desenvolvido na resistência por efeito de Joule é independente do
sentido de circulação da corrente.

Deste modo, existirá uma corrente contínua que no mesmo intervalo de tempo T, ou seja, um
período, produzirá a mesma quantidade de calor que é produzida pela corrente alternada.

A essa quantidade chama-se valor eficaz e representa-se por I. Matematicamente, chega-se á


conclusão de que o quadrado da intensidade eficaz é igual ao valor médio do quadrado de i, ou
seja:

I 2=I 2max /2⇒ I=I max / √ 2=0 , 707 I max

Se em vez de correntes representarmos tensões, virá de igual modo:


U =U max / 2 ⇒ U=U max / √ 2=0 , 707 U max
2 2

Por tanto, o valor eficaz de uma corrente alternada é o valor da intensidade que deveria ter
uma corrente contínua para, numa resistência provocar o mesmo efeito calorífico, no mesmo
intervalo de tempo.

Para realçar a importância do valor eficaz, refira-se que são valores eficazes que os voltímetros e
amperímetros nos indicam ao medirem grandezas sinusoidais.

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE UMA GRANDEZA SINUSOIDAL

EQUAÇÃO DE UMA CORRENTE SINUSOIDAL


O seno do ângulo que o vector OP faz com o eixo das abcissas é:
sen α = PA /OP
Sendo OP = Imáx i = Imáx . senα .

PA = i , virá, por substituição para valor instantâneo da corrente:


i = Imáx . senα

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PRODUÇÃO DA CORRENTE ALTERNADA DE FORMA SINUSOIDAL A PARTIR DE
UM CAMPO MAGNETICO DE UMA BOBINA
Um gerador elementar é constituído por um anel condutor colocado de tal forma que possa ser
movimentado no seio de um campo magnético fixo. Como se verifica, o campo magnético é
criado por um íman permanente. O anel de fio condutor designa-se por espira ou induzido.

Nas extremidades desta espira estão adaptados dois anéis, constituídos ainda por material
condutor e que se designam por anéis colectores. A ligação ao exterior é feita por meio de duas
peças perfeitamente adaptáveis aos anéis colectores de forma a estabelecer bom contacto, o que
se chamam escovas normalmente construídas em grafite.

Analisemos o funcionamento de um gerador.

Gerador elementar

Ao rodar no sentido indicado, a espira vai cortar as linhas de força do campo magnético,
produzindo-se nela uma força electromotriz induzida que provoca a circulação de uma corrente
através do circuito exterior.

Ao deslocar-se da posição A para a posição B, a espira corta um número máximo de linhas de


força.

Pelo que a f.e.m.. induzida atinge um valor máximo após se ter deslocado 90º. Note-se que tanto
na parte branca como na preta, surgirão f.e.m. que vão adicionar-se, pelo que pode concluir-se
que a corrente no circuito exterior será tanto mais elevada, quanto maior for o número de
condutores que cortam o campo magnético.

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Quando a espira continua a rodar até ocupar a posição inversa à posição de partida, vai cortando
um menor número de linhas de força até o seu plano se dispor perpendicularmente às referidas
linhas, deixando de ser sede de f.e.m. induzida.

Produção de f.e.m. sinusoidal com deslocamento de 90º

F.e.m. sinusoidal produzida com deslocamento de 90º a 180º

A partir deste momento, o sentido da f.e.m. induzida na espira é contrário ao anterior. No


entanto, e a menos do sentido, tudo se passa do modo descrito. A f.e.m. induzida atinge um valor
máximo após a rotação de 270º, começando a diminuir até se anular quando o plano da espira se
coloca perpendicularmente às linhas de força do campo homogéneo, o que sucede após uma
rotação completa, voltando à posição A.

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F.e.m. obtida pela rotação entre 180º e 360º.

Por cada rotação da espira obter-se-á uma sinusóide. A amplitude da f.e.m. obtida será tanto
maior, quanto maior for o número de espiras que constitui o induzido. Logicamente, a frequência
dependerá da velocidade de rotação.

A descrição que acabamos de efectuar conduzirá aos mesmos resultados se agora dispusermos de
um rótor (parte móvel) constituído por um íman (electroíman alimentado em c,c,) e um estátor
(parte fixa), constituído por bobinas onde vão surgir as f.e.m. induzidas, por movimentação do
rótor. Ao dispositivo descrito, capaz de produzir corrente alternada sinusoidal, chama-se
alternador.

Produção de uma grandeza sinusoidal

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ANÁLISE DE CIRCUITOS EM C.A SINUSOIDAL
Se analisarmos a experiência de verificação da Lei de Ohm mas aplicando agora grandezas
alternadas, chegaremos à conclusão que se mantém constante o quociente U / I. A este quociente
chamaremos impedância do circuito, ao qual aplicamos a tensão alternada e que se representa
por Z. A sua unidade é obviamente o ohm.

Assim, a Lei de Ohm assume a forma, que é designada por Lei de Ohm generalizada.

U = Z.I
A diferença entre Z e R deve-se ao facto de Z depender da frequência. Assim, em corrente
alternada, a relação entre a tensão e a corrente depende, para uma dada frequência, da
impedância Z e do ângulo de desfasamento φ .

Por definição designar-se-á:

Z cosφ - por resistência R


Z sen φ - por reactância X.

Triângulo das impedâncias

Seguidamente estudaremos os circuitos em que surgem correntes alternadas sinusoidais, que são
formados por resistências, bobinas e condensadores.

Veremos, no entanto, em primeiro lugar, os circuitos ideais, ou seja, os constituídos por


resistências, por bobinas puras (sem resistência) e por condensadores puros (sem resistências de
perdas). Tal como sucede na realidade.
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No entanto, algumas destas três grandezas, que formam os elementos reais (resistência,
reactância indutiva e reactância capacitiva), assumem valores tão baixos que podem desprezar-se
face aos restantes.

É o caso, por exemplo, das lâmpadas de incandescência, que podem, sem grande erro, ser
consideradas como resistências puras.

CIRCUITO PURAMENTE RESISTIVO


Ao aplicarmos uma tensão alternada sinusoidal à resistência puramente óhmica, qual será a
forma de onda da corrente no circuito?
Aplicando a Lei de Ohm aos sucessivos instantes e uma vez que Z = R, já que a reactância é
nula, facilmente se verifica que:

- À medida que a tensão aumenta, a corrente também o fará, já que se relacionam pela Lei de
Ohm, U = R. I;
- Quando a tensão aplicada muda de polaridade, também a intensidade de corrente muda de
sentido.

Resistência pura alimentada em C.A.

Logo as curvas representativas da tensão e da corrente estão em fase, ou seja, a um máximo da


tensão corresponde a um máximo de corrente, o mesmo sucedendo para os zeros.

Carga óhmica
Ao ser ligada a uma rede de corrente alternada uma resistência (p. ex. una lâmpada de
incandescência), a intensidade de corrente que circula tem I a mesma forma sinusoidal que a
tensão da rede. Quando a tensão passa pelo valor zero, neste instante não circula corrente (sua

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intensidade é zero). Quando a tensão alcança o valor máximo, a intensidade é igualmente
máxima. Diz-se então que a tensão e a intensidade estão em fase.

No caso de cargas óhmicas, a tensão e a intensidade de corrente variam simultaneamente.

Tensão e intensidade em fase

CIRCUITO COM UMA BOBINA


As bobinas estão presentes em todos aqueles receptores nos quais seja necessária a produção de
um campo magnético. Por exemplo nos electroímanes, contactores, motores, reactâncias de
arranque de lâmpadas de descarga (fluorescentes, vapor de mercúrio, vapor de sódio, etc.),
transformadores, etc. Para o estudo do comportamento da bobina devemos ter em conta que as
bobinas são de cobre, por isso apresentarem uma determinada resistência.

Em corrente alternada: Se ligarmos a mesma bobina a uma tensão alternada, pode-se


comprovar experimentalmente que a corrente que circula pela mesma apresenta um valor menor.
Se ligarmos um wattímetro poderemos comprovar que o consumo de potência é praticamente
nulo, apesar da existência de una certa corrente. Assim poderemos chegar à conclusão que a
bobina apresenta uma certa oposição á passagem da corrente diferente do caso anterior em que a
oposição era devida à resistência ohmica.

Todos estes fenómenos devem-se ao efeito de auto-indução da bobina: Quando a bobina é


percorrida por uma corrente alternada, aparece uma corrente variável, e por tanto um campo
magnético também variável. Dado que as linhas de força do fluxo magnético, que ela mesma

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gera, cortam a seus próprios condutores, surge uma f.e.m. de auto-indução que, segundo a lei de
Lenz, se vai opor à causa que lhe deu origem.

A f.e.m. de auto-indução da bobina opõe-se à corrente.

Quando a corrente, seguindo as variações da função sinusoidal, tende a crescer, o campo


magnético também cresce.

Aparece então uma f.e.m. que se opõe a que a corrente se estabeleça, provocando um atraso na
corrente eléctrica em relação à tensão. (Uma bobina ao ser ligada a uma tensão alternada, a
tensão aparece de imediato aos seus terminais).

Carga indutiva
Se a uma rede de corrente alternada for ligado num receptor indutivo, vai dar origem a um
desfasamento entre a tensão e a intensidade. Esta última, em virtude da auto-indução, estará
atrasada em relação à tensão.

Este desfasamento, como todo o ângulo, pode ser medido em graus. No caso de uma carga
indutiva pura, em que resistência óhmica é nula, o desfasamento será de 90°.

No caso de carga indutiva pura, a intensidade de corrente entre atrasada 90° ( 1/4 de período) em
relação à tensão.

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Diagrama vetorial de U e I numa bobina

Neste caso diz-se que a intensidade está desfasada em atraso em relação à tensão em um quarto
de ciclo.

REACTÂNCIA INDUTIVA DE UMA BOBINA


Como a oposição apresentada pela bobina à corrente alternada tem a ver com os fenómenos de
auto-indução. Esta será maior quanto maior seja o coeficiente de auto-indução L, e mais rápidas
sejam as variações da corrente alternada. Chamamos reactância indutiva XL à oposição
apresentada pela bobina à corrente, pelo que:

X L =2 πfLq

XL = Reactância indutiva em ohms (ohm )


f = Frequência em hertz (Hz)
L = Coeficiente de auto-indução em henris (H)

POTÊNCIA NUMA BOBINA


Tal como indicámos ao princípio deste tema, mede-se a potência de uma bobina pura, pode-se
comprovar que a leitura através de um wattímetro indica uma potência igual a zero.

Ao contrário do que ocorre numa resistência, numa bobina pura não se produz nenhum consumo
de energia calorífica.

A corrente que percorre a bobina serve unicamente para gerar o campo magnético.

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Na realidade o que ocorre é que, ao crescer a corrente pela bobina, também, acontece o mesmo
ao campo o campo magnético, produzindo-se um consumo de energia eléctrica. Neste caso a
energia fluí do gerador até à bobina e é quando dizemos que esta está a consumir energia
electromagnética. Uma vez alcançada a corrente máxima e o fluxo máximo, estes tendem a
diminuir seguindo a trajectória sinusoidal, desenrolando-se uma f.e.m. de auto-indução de tal
sentido que gera uma energia eléctrica que, agora, flúi desde a bobina até ao gerador. Neste caso,
a bobina devolve a energia ao gerador. Desta maneira dizemos que a bobina não consome
realmente a energia, mas simplesmente a toma emprestada durante um quarto de ciclo para gerar
o seu campo electromagnético, para a devolver no quarto de ciclo seguinte.

Dado que o wattímetro mede o valor médio da potência e esta é positiva durante um quarto de
ciclo e negativa no seguinte. Este não indica nenhuma potência.

Assim a bobina não consome energia. As constantes cargas e descargas da mesma originam com
que e circule uma determinada corrente nos condutores, por tanto, também aparece uma
potência, a que chamaremos potencia reactiva (Q).

Numa bobina: Qc=XL I 2(VAR) (volt ampere reactivos)

Circuito RL
Uma bobina real apresenta resistência óhmica devido à sua constituição.

Bobina

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Assim podemos obter um circuito idêntico ao da figura acima. Neste caso deveremos considerar
o valor da resistência R e o da reactância indutiva XL separados.

No circuito indutivo a corrente atrasa de um ângulo em relação à tensão.

No caso do circuito R L, o desfasamento varia entre 0º e 90º.

POTÊNCIAS

Potencia

S = U . I (VA)

Potencia activa

P = UR . I = U . I COS (W)
potencia reactiva

QL = XL . I = U . I SEN (VAr)

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CARGA CAPACITIVA

CIRCUITO COM UM CONDENSADOR


Os condensadores não são receptores que sejam utilizados habitualmente como as resistências e
as bobinas. No entanto são muito úteis, por exemplo, para contrariar os fenómenos negativos que
produzem as potências reactivas das bobinas.

Em corrente continua, só circulará corrente eléctrica pelo circuito durante a carga do


condensador. Desta forma, pode-se dizer que um condensador não permite a passagem da
corrente contínua.

Em corrente alternada, o condensador ficará carregado alternadamente permitindo assim


corrente no circuito.

A carga capacitiva (condensador), quando inserido num circuito de corrente alternada origina um
desfasamento entre tensão e intensidade. A corrente aparece em avanço em relação à tensão.

No caso da carga capacitiva pura, a intensidade de corrente adianta 90° (1/4 de período) em
relação à tensão.

REACTÂNCIA CAPACITIVA DE UM CONDENSADOR


Um condensador, em CA., permite que flua constantemente uma corrente eléctrica pelo circuito
devido às constantes, cargas e descargas do mesmo. É importante notar que esta corrente nunca
atravessa o dieléctrico do condensador, mas sim pelos condutores do circuito.

Chamamos reactância capacitiva do condensador XC à oposição que o condensador apresenta


à corrente.

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POTÊNCIA NUM CONDENSADOR
Igual ao que ocorre com a bobina, se for medida com um wattímetro a potência de um
condensador, pode-se comprovar que a potência indicada é igual a zero. Num condensador não
existe consumo de energia activa. Durante o primeiro quarto de ciclo o condensador é carregado
com energia eléctrica em forma de carga electrostática, pelo que a energia fluí do gerador de
C.A. para o condensador. No quarto de ciclo seguinte o condensador descarrega para o circuito
até ao gerador, devolvendo ao mesmo a energia acumulada.

Também aparece uma potência reactiva Qc produzida pela energia que é trocada entre o
condensador e o gerador.

Num condensador: Qc = Xc I2 (VAR) (volt-ampere reactivos).

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Conclusão
Após o estudo e analise do trabalho notamos que: Um gerador elementar é constituído por um
anel condutor colocado de tal forma que possa ser movimentado no seio de um campo magnético
fixo. Como se verifica, o campo magnético é criado por um íman permanente. O anel de fio
condutor designa-se por espira ou induzido. Em contrapartida a potência produzida por efeito de
Joule é proporcional ao quadrado da intensidade de corrente, logo independente do seu sentido
de circulação. É facto que a produção de energia calorífica é variável de instante a instante,
anulando-se mesmo duas vezes ao longo de um período; no entanto, e devido á inércia térmica
dos corpos, as variações de temperatura são muito mais débeis.

Ao passo que um condensador, em CA., permite que flua constantemente uma corrente eléctrica
pelo circuito devido às constantes, cargas e descargas do mesmo. É importante notar que esta
corrente nunca atravessa o dieléctrico do condensador, mas sim pelos condutores do circuito.

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Referencias Bibliográficas
SUARES, Elvis. Campo Magnético e forca Magnética, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Instituto de Física Física III 2014.

DIAS, Rodrigo Alves. Física 3 – Electromagnetismo. Universidade Federal de Juiz de

Fora – UFJF, Ed. 12ª , 2011.

ELECTROTECNIA – Teoria e aplicada, (ALVARO BADONI – PORTO EDITORA)

ELEMENTOS DE ELECTRIDADE, (SIMOES MORAIS – PORTO EDITORA).

D. Halliday , R. Resnick e J. Walker . Fundamentos de Física . Vol. 3 , LTC – Livros Técnicos e


Científicos Editora S. A. Rio De janeiro,2003.
F. Sears , M. W. Zemansky e H. D. Young . Física .Vol. 3, LTC – Livros Técnicos e
Científicos Editora S. A . Rio De janeiro , 1984

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