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Os Salmos e Canticos Do Breviario Pe Bernardino de Sao Jose
Os Salmos e Canticos Do Breviario Pe Bernardino de Sao Jose
^ S É
DA ORDEM HOSP. DE S. JOAO DE DEUS
S SALMOS
E CÂNTICOS
DO BREVIÁRIO
TRADUÇÃO E COMENTÁRIO
(2 .0 e d iç Ao )
LIVRARIA EDITORA
BRA GA
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os SALMOS
E CÂNTICOS
DO BREVIÁRIO
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NIHIL OBSTAT
Bracarae, dle 13 Aprilis, anno 1947
Sa c. Adao Salgado Voz de Faria, Cens. Del.
IMPRIMATUR
Bracarae, dle 14 Aprilis, anno 1947
Canônicas Em manuel Peixoto — Vicarius Generalis
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OFICINAS ORÁnCAS <PAX»
BRAGA
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0 favor de Deus sai esta segunda edição do
nosso m odesto trabalho, — •O s Salm os e Cânti
cos do B reviário». Ao lançarm os a público, p ela pri
meira vez, 0 nosso despretencioso estudo, nunca ju lg á
mos que viesse a ter a aceitação que, p o r mercê de Deus,
encontrou, sobretudo entre os actuais efuturos sacerdotes.
Quiséramos, nesta segunda edição, ter em conta as
últimas aquisições da ciência bíblica, mas, infelizmente,
as circunstâncias a isso se opuseram.
Quando os editores nos escreveram, propondo lan-
çar-se a público nova edição, havíamos nós em igrado
e estávamos no sertão da África ocupados em lides mis
sionárias. Foi-n os remetida a carta, mas, retida longos
m eses nos diferentes postos de censura q a e teve d e atra
vessar p ara nos chegar ás mãos, só multo tarde a rece
bemos. A nossa im ediata resposta levou outros tantos
m eses a transpor os diferentes obstáculos, próprios do
tempo, encontrados pelo caminho. Entretanto os edi
tores, julgando-nos morto ou desaparecido, urgidos
p o r novos pedidos da obra esgotada, lançavam no prelo
a nova edição em tudo igual á primeira. Estava j á
qu ase terminada a nova im pressão quando surgimos
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nós outra vez, justam ente â tempo de escrever esie
prefácio.
N ão deve porém deixar-nos grande pena a even
tual m odernização qa e introduziríamos no nosso traba
lho. As aquisições da ciência bíblica no capitulo dos
Salm os, após o nosso estudo, reduzem-se á substituição
de umas conjecturas p o r outras, que podem agradar m ais
ou menos, m as que permanecem sempre muito discu
tíveis.
Trabalho m ais sólido, e de excepcional importân
cia, é, sem dúvida, o Novo Saltério, traduzido p o r uma
com issão de professores do Instituto B íblico Pontifício,
obra patrocinada pela Santa Sé, e concedida p ara reci
tação quotidiana, p or enquanto, apenas facultativa.
Seria Imodéstla e Impertinência, da m inha parte^
fazer, eu, aqui, uma análise crítica d a obra dos Ilustres
professores. N o entanto ressalta, à prim eira vista, que
o texto litúrgico melhorou Imensamente quanto à ínte-
legíbílldade. J á os sacerdotes piedosos poderão viver,
os insuperáveis acentos religiosos do R eal Profeta, sob
a inspiração do Espirito Santo, sem se verem detidos e
desorientados a cada p asso p o r descoroçoadores p ara-
loglsmos. Os critérios adoptados na nova íradução
são impecáveis, e a obra saiu, com o era de esperar de
tão sábios e competentes autores.
N o entanto a crítica dos m eios universitários e
litúrgicos do estrangeiro, cujos ecos nos com eçam a
chegar, ainda acha que a realização nem sem pre f o i
bastante feliz , umas vezes por dem asiada timidez ou
dem asiado conservadorismo em adoptar lições, conjectu
rais sem dúvida, mas acerca de cuja justeza j á se esta
beleceu uma quase unanim idade entre os técn icos;
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fREPÁCIO VII
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INTRODUÇÃO
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senão nesta linguagem preestabelecida, vasado nestes
divinos moldes.
E não é só a oração pública e oficial da Igreja a
que encontra nos salmos a sua mais adequada expres
são. Os próprios fiéis, orando em particular e até nos
momentos em que menos convencionalismos podiam
observar, como quando, nos estos da dor, sôbre os
cavaletes e cadafalsos do martírio, ejaculavam para o
céu as suas mais lancinantes súplicas, repetiam como
que naturalmente os mais cortantes gemidos do Profe-
ta-Rei.
Os salmos chegaram até a ser, nos tempos áureos
da Igreja, no século dos Santos Padres, as mais popu
lares das canções. Temos disso muitos testemunhos
nos escritos da época. Baste-nos citar por todos esta
passagem duma carta de S. Paula á sua amiga Marcela
em que, descrevendo as delicias do seu remanso de
Belém, diz: — «Na quintazinha de Çristo tudo é cam-
pestre, e é tanto o silêncio, que, afora o canto dos sal
mos, nâo se ouve outra coisa. Mas para qualquer lado
que nos voltemos o lavrador, de mão na rabiça, en
toa 0 aleluia; o ceifeiro, alagado em suor, distrai-se
com salmos; o vinhateiro, empunhando a curva poda-
deira, canta-nos algo de David. São estas as cantigas
da nossa província, estas, como vulgarmente se diz, as
canções de amor, isto, o que trauteiam, assobiando, os
pastores.
Depois, com o decorrer dos séculos, o decrescer
do fervor religioso, e a incompreensão progressiva do
latim e do grego, o povo, ao mesmo tempo que ia dei
xando de compreender e apreciar a oração litúrgica, ia
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INTRODUÇÃO - 3
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vís que, sem serem por isso mais exactas, tornam-se
fastidiosas e peniveis de ler para as melhores boas-
-vontades, e por outro, tão falhas de notas, epígrafes,
divisões e outros meios de facilitar-lhes a inteligência,
que dificilmente se lhes pode seguir o sentido. 0
nosso humilde trabalho tem a pretensão de preencher
esta lacuna. 0 leitor dirá se o conseguimos.
O Texto
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etc., adoptamos em geral a de Mr. Perennés fundada
sôbre os princípios de Zenner, Honthein, Condamin,
por nos parecer a que mais probabilidades tem de se
aproximar da dos próprios autores sagrados.
Viria aqui a propósito falarmos da poética dos sal
mos, mas tendo resolvido, por conselho de pessoas
amigas, omitir tudo o que, atenta a falta da necessária
iniciação nestes estudos no nosso meio, só poderia ser
apreciado por um pequeno número de leitores, pouco
nos cabe dizer.
0 leitor que olhar para um dos salmos que apre
sentamos verá logo à primeira vista que tem a aparên
cia de uma composição em verso. Não se enganará,
porque verso é, embora obedecendo a uma poética
muito diferente daquela a que estamos habituados. O
salmo divide-se pois num certo número de versos que
formam grupos chamados estrofes. No nosso trabalho
encimamos cada uma de uma epígrafe explicando o
assunto tratado. Cada estrofe contém por sua vez um
ou mais grupos de versos em que se desenvolve uma
mesma ideia. Cada verso divide-se ainda em duas
partes, (hemistíquios) algumas vezes três. No nosso
trabalho a primeira é a que começa por maiúscula e
junto à margem da esquerda; a segunda e a terceira
começam um pouco mais adiante e com letra minús
cula ordináriamente.
Ora 0 principal elemento da poética hebraica con
siste no chamado Paralelism o, espécie de rima, não de
palavras, mas de ideias e de conceitos, em que ao pri
meiro membro do verso corresponde o segundo, em
que se repete a mesma ideia, embora por diferente for
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ma, — (paralelismo sinonímico), ou se completa e
explica, ou ainda se põe em contraste pela expressão
de uma ideia oposta — (paralelismo antitético). Algu
mas vezes também, esta correspondência dá-se entre
membros de versos contíguos — ( paralelismo alter-
nante). Outras ainda não há sinonímia ou antítese, mas
os vários membros do verso vão-se sucedendo, guar
dando entre si uma certa proporção e harmonia, de
ideia e de construção, sumamente agradável ao espí
rito, (paralelismo sintético). Enfim, não é uma poética
que se apreenda pelo ouvido, mas pelas faculdades
intelectuais.
Áufor dos Salmos
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introdução - 7
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um tipo OU figura do Messias vindouro; alguns outros
referem-se a um justo, a um servo de Deus indetermi
nado, mas só teem cabal aplicação entendidos do Justo,
do Servo de Deus por excelência, — o Messias.
Quanto à forma literária, uns sâo ardentes súplicas
na aflição; outros,entusiásticos hinos de louvor; alguns,
tranqüilas meditações, espécie de elevações sôbre as
perfeições de Deus, a sua Lei, a sua Providência, etc.;
outros ainda cantam a especial benevolência de Deus
para com o seu povo, manifestada através da história de
Israel; e muitos reúnem tôdas ou várias destas quali
dades. Todos porém, embora em diverso grau, são ver
dadeiras jóias literárias, em nada inferiores ao que de
mais perfeito nos deixou a antiguidade grega ou romana.
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Sentido dos Salmos
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Aí encontraremos também o nosso, com os nossos
contínuos caíres e levantares, os nossos entusiasmos e
desfalecimentos, as nossas alegrias e tristezas, as nossas
esperanças e temores. Os salmos adaptam-se a tôdas
as circunstâncias espirituais em que possamos encon
trar-nos, e qualquer que seja o nosso estado de alma
presente, há sempre algum que nos convenha, que nos
ilumine, que nos console e fbrtaleça.
E que belo é contemplar à luz dos salmos a alma
benditissima do nosso adorável Salvador I Como exta
sia penetrar nesse santuário augustíssimo onde David,
iluminado peló Espírito Santo, penetrou antes de nó s!
Para conhecer o Coração do Nosso Divino Redentor,
sobretudo as suas dores, os seus sofrimentos íntimos,
nâo conhecemos melhor.
Como fórmulas de oração, nada mais se pode dizer
dêles do que isto: — Foram inspirados p elo Espírito
S a n to !— Os salmos, diz o Cardial Wiseman, conteem
tôda a espécie de orações: todos os sentimentos que
podem despertar em nós as nossas relações com Deus,
desde as alegrias mais vivas às mais amargas dores, aí
teem a sua expressão».
E ademais os salmos, além de terem sido inspira
dos pelo Espírito Santo, foram como que santificados e
consagrados por terem sido a oraçáo dos apóstolos, dos
mártires e de tantas gerações de santos, mas sobretudo
pelo uso que dêles fêz Jesus Cristo recitando-os por si
e por nós, até mesmo pregado na cruz, como vemos no
Evangelho. Teem pois uma virtude que diremos çuds/-
sacram ental, muito diferente das orações compostas
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pelos homens, por mais belas e elegantes que pareçam:
— também êles operam em certo modo ex opere operato.
Nomes de Deus
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Psaumes commentés selon Ia Vulgate et 1’Hébreu), Hu-
gueny (Psaumes et Cantiques du Bréviaire Romain),
Perennés (Les Psaumes traduits et commentés), Vandcr
Heeren (Psalmi et Cantica Explicata.,.), Cculemans
(Introductio et commentarius in Psalmos), Wille (Le
Bréviaire expliqué), Verbum Domini (revista), Ami du
Clergé (Les cantiques du Psautier) et., e outros pudemos
consultar como S. Belarmino, Pannier, Vaccari, etc.
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ORDINÁRIO
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Salmo 94 — Invifarório
IntroduçSo: Entusiástico convite, dirigido ao povo, a
louvar a Deus Criador e Senh or do Universo, pela sua
Grandeza e infinitas perfeições, porque sendo tão gra nd e quere
s e r 0 D eus-Protector e Salvador de Is ra e l; (II) — a adorá-lo
como Senhor e nele confiar como P a sto r; (III) — ouv/r com
docilidade a sua voz, obedecendo à sua Lei, agradecido pelos
contínuos benefícios recebidos.
(1) « Rochedo >: - Nome que os «utores sagrados dlo multo frequen
temente a Dens. Exprime a ideia de fidelidade, de llrmeaa no prometido, -
firme como ama rocha,—t a de refúgio seguro, qnal costumam ser os ro
chedos escarpados, contra oa assaltos do Inimigo.
(2) «Ao aeu encontroLiteralm ente: Ao encontro da saa face.
(3) 0 salmista, acomodando-se ao modo de falar do melo em qne
vivia, compara a Deus, Yahweh, têrmo qne traduzimos muitas vezes por
Senhoi, à semelhança da Vulgata, com oa lalaoa deuses das naçSea pagas.
(4) No Saltério r .........................................................
acrescenta-se a êste vers.
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II — Prestemos a Deus pú blica homenagem, com o
a nosso Rei, Senhor e Pastor.
s, lancemo-nos por terra,
dobremos o joelho ante o Deus que nos criou, ( 1 )
Porque Êle, o Senhor, é o nosso Deus,
e nós somos as suas ovelhas.
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S A LM O 9 4 -IN V IT A T Ó R IO -1 7
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e escutar-lhe a voz amorosa que nos chega através dos
salmos, hinos, orações e leituras de que é tecida a ora
ção litúrgica.
Devemos recitá-lo como quem convida, para louvar
connosco a Deus, tôda a côrte celestial, os nossos com
panheiros de destêrro, e até os seres inferiores, o Uni
verso inteiro enfim, de que somos um compêndio e re
sumo, e que, tendo sido criado para glorificar a Deus,
nâo 0 pode fazer senão por intermédio, nosso e dos
anjos, porque sô nôs temos inteligência para o conhe
cer e bôca para o louvar.
Êste convite é sobretudo expressivo quando profe
rido pelo sacerdote, que não sô louva a Deus em nome
de tõdas as criaturas inferiores, mas até de todos os
homens, principalmente os fiéis, como representante seu
e intermediário, que é, para com a Divindade; e, se tem
cura de almas, muito especialissimamente em nome da
porção do rebanho que Hie está confiada.
E a Santa Igreja, de quando em quando, nas suas
festas, vai-nos apontando novos objectos e motivos es
peciais de louvor: — Vinde adoremos o verdadeiro Deus
Uno na Trindade, e Trindade na U nidade: ( f e s t . s . t r i -
NiT.) a Cristo Dom inador dos povos que dá aos que
dÊ le se alimentam a abundância dos bens espirituais:
( f e s i . CORPUS c h ris ti ) ü Cristo que padeceu p o r nós, —
ao Senhor R ei dos ap ó stolo s. . .
Na Festa da Epifania entra êste salmo na composi
ção do terceiro nocturno, em memória dos Reis-Magos,
os primeiros dos gentios que de longe acorreram a ado
rar a Cristo-Rei, e para melhor frisar a realeza de Cristo
comemorada nesse dia.
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CânMco de Zacarias — Para Laudes
Introdução; Zacarias, o pai de S. João Bapiisla, ao reco
brar, no dia da circuncisão de seu filho, o uso da faia, de que fôra
privado em castigo da sua incredulidade quando o anjo lhe anun
ciara a conceição do mesmo, insiruido pelo Espirito Sanio de que já
estava no mundo o Messias prometido, e aié talvez do mistério
operado no seio de Maria provàvelmente. ali presente, rompe lou
vando a Deus num cântico do tedr seguinte: — Primeiramente dá
graças a Deus por ter sido fiel ás promessas feitas aos antigos
patriarcas e profetas; dirigindo-se logo ao filho anuncia que a sua
missão será preparar o povo para a recepção ao Messias e da sua
doulrina; diz depois em que consistirá a salvação trazida pelo
Messias, que não seria um faustoso reino lemporal como esperava
a maioria dos seus contemporâneos, mas uma remissão de pecados,
uma iluminação ou ensino para melhor servir a Deus, e urna direc
ção para acertar com o caminho da paz, a paz messiânica descriia
pelos profetas.
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Segundo o juramento que fez a Abraão nosso pai,
de nos conceder que, sem temor.
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CânHco Magnifical — Para Vésperas
In trod u ção: Magnificat é o cântico em que Maria Santis-
sima, ao ser saudada, po r sua prima Santa Isabel, como Máe do
Messias Redentor, deixou derramar-se a alegria e conhecimento
que lhe iam na alma po r ter sido escolhida po r Deus para essa
altíssima dignidade, apesar da sua baixeza, como diz, e por haver
chegado o tempo da prometida Redenção da Humanidade. Três
partes a s a b er:
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Cumulou de bens os esfomeados,
e aos ricos despediu-os com as mães vazias.
t I ) Ainda que é mais provirei que a SS. Virgem iiBo se reiçria à bai-
leaa no sentido moraf, mas sim i hnmlldade da sua condição de pobre e de
caída aos olhos dos homens, da antiga grandeza da aua fanflla.
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Canríco de Simeao— Para Completas
In trod u ção: 0 Sanlo Velho Simeão, alma c
que gemia constantemente sôbre os males da pátria e do mundo,
suspirando e suplicando pela vinda do Messias, tinha lido reve
lação de que não morrerria sem o ver. Quando Je sus Menino foi
apresentado no templo, fo i ali airaido pelo Espirito Sanlo, e em
nova revelação foi-lhe mostrado ser aquele Menino o Salvador
esperado. Foi então que, tendo-o tomado nos braços, entoou êste
belo cântico em que anuncia claramente a universalidade da salva
ção trazida po r Jesus.
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tomamos nas mãos, e, sacerdotes ou não, o podemos
tomar, não já nas mãos, mas no próprio coração, pela
santa Comunhão. Imitemos o santo alvorôço e a ter
nura de Simeão.
Há entre êstes três cânticos, extraídos, do Evan
gelho, um traço comum, e é que todos cantam a salvação
não já longínqua, como nos salmos, mas presente, per
sonificada, sensível, a poder tocar-se com as mãos; não
estritamente ligada aos destinos dum povo, mas uni
versal, patente a todos os povos.
Por isso a Santa Igreja, formada de tôdas as na
ções, quere que todos os dias terminemos com êles a
hora de Laudes, Vésperas e Completas, para lembrar-
-n o s: 1.0 — Que todo o Antigo Testamento vem dar a
Jesus, e é nele que tem a sua explicação e razão de ser;
2.0 — Que da salvação anunciada de longe pelos pro
fetas, estamos nós experimentando e palpando os efei
tos; 3.0 — Que 0 Salvador, longínquo para os Israelitas,
temo-lo nós presente connosco, ao nosso alcance. —
Com que respeito, agradecimento, amor e entusiasmo
os não devemos recitar pois ? I
Além disso, o Cântico de Zacarias canta-se ao fim
da hora de Laudes, liturgicamente àquela hora em que
vai clareando a aurora e já desponta o sol. A Igreja
convida-nos então a subir, com o pensamento e o afecto,
do sol que nasce, ao Divino Sol das nossas almas, ao
Sol-Nascente que vem expelir as trevas do pecado.
Ademais, em breve o vamos ter presente sôbre os nossos
altares na Santa Missa, e até, se o quisermos, no cora
ção, pela Sagrada Comunhão. Com quanta proprie
dade, pois, podemos dizer com Zacarias: — Bendito
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C A N T IC O D E S IM E A O - 25
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DOMINGO
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Domingo — Matinas
/ Nocturno
II L I O 1
I — Felicidade do justo.
Feliz de quem não vai pelo conselho do impio,
nem se detém na via dos pecadores, ( 1 )
nem se senta na assemblela dos encarnecedores, ( 2 )
Mas cujo prazer é (cumprir) a Lei de Yahweh
que a murmura, meditando*a, dia e noite, ( 3 )
II - infidelidade do impio.
Não sucede assim com os impios, n ão!
São como a moinha que o vento leva!
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Por isso os impios nSo poderão siister-sc no Juizo, ( I )
rtem os pecadores permanecer na sociedade dos justos,
Porque Yahweh interessa-se pela via dos justos, ( 2 )
mas a via dos impios levá-los-à ã ruina.
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contrárias, e, prosseguindo no seu aperfeiçoamento mo
ral, dão abundantes frutos de santidade e boas obras no
tempo próprio da sua vida, os segundos, apesar de todo
0 brilho, elegância e aparente felicidade do seu viver,
apenas servem, aos olhos de Deus, para conspurcar,
diminuir e ccuitar a beleza moral da sua espôsa, a Igreja,
como a inútil moinha conspurca e oculta a beleza do gráo.
Virá porém pára uns e outros a morte e com ela o
juízo, e, ao passo que os justos comparecerão diante do
Supremo Juiz, erectos, fortes na sua virtude e confiados
nos méritos e infinita misericórdia daquele Senhor a
quem unicamente buscaram servir ná terra, os munda
nos vividores não se aguentarão vendo-se a contas com
a justiça divina, e, pronunciando à luz do testemunho
irrefragável da própria consciência aquele terrível e de
sesperado — ergo erravimus — princípio da indizívcl
catástrofe de todo o seu ser, que será o seu eterno suplí
cio, serão arrastados, qual moínha inútil, pela rajada
irresistível da cólera divina, para o lugar da sua con
denação.
Fixemos pois bem na memória a lição dêste salmo.
Abrindo com o salmo 1 o Oficio do primeiro dia
da semana, ensina-nos a Santa Igreja que o primeiro
cuidado de tôda a nossa vida deve ser adquirir a san
tidade, — única fonte da felicidade — , fazendo em tudo
e sempre a vontade de Deus. — F eliz de quem medita
na Lei de Deus!, (antif.) e em cumpri-la põe todo o seu
empenho.
Nas festas, aplica a Santa Igreja êste salmo a
N. Senhor Jesus Cristo, por ser o Justo por excelência,
0 modêlo e a fonte de tôda a santidade, Aquele cujo
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prazer é, duma maneira divinamente superior, fazer a
vontade de seu Eterno Pai.
Interessou-se Deus pela sua via redentora, pondo
nela tôdas as suas complacências: por isso, apesar das
humilhações da sua Paixáo e Morte, foi semelhante à
árvore plan tada à beira da água cuja folh ag em Jam ais
se fa n a porque, quando parecia extinto, e a sua obra
com Êle, reapareceu ao terceiio dia, ressuscitado e glo
rioso, constituído 0 Juiz Supremo ante quem se tem de
dobrar todo o joelho no céu, na terra e no próprio
inferno, firmando assim em inabalável base a sua divina
obra, Com razão, pois, dÊle canta a Igreja, na festa da
Ressurreição — (Antif. 1 de Mat.): — Eu sou ' Aquele
que é a e 0 meu conselho não é com impios, m as na
Lei do Senhor está todo o meu prazer.
Nas festas da Invenção e Exaltação da Santa Cruz,
(1 Noct. antif. 1), é esta, ou melhor, Jesus que nela mor
reu, a árvore que no tempo próprio da sua Paixão nos
deu 0 fruto da Redenção; e na festa do Corpus Christi
é ainda a mesma divina árvore a dar-nos todos os dias
0 fruto suavíssimo da sua carne e sangue.
Dos trabalhos, dos sofrimentos e da santidade de
Cristo, da sua fome e sêde de justiça, participaram os
santos, principalmente os mártires, pela constância em
confessá-lo no meio dos tormentos até á morte, e os
confessores, cujo maior empenho durante a. vida foi
investigar a cada momento qual a vontade de Deus e
segui-la. Por tanto a todos aplica a Santa Igreja êste
salmo, na Festa de Todos os Santos, no Comum dum
Mártir e de Muitos Mártires, e no Comum dos Confes
sores. (1 Noct. antif. 1).
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SALMO 2
Introdução: Salmo messiânico. 0 Salmisla descreve profè-
licamenie a constante mas inútil revolta dos povos e dos seus chefes
contra o Rei-Messias. (\ ) — Deus, começando por nâo dar-lhes
Imporlância, acaba por aterrá-los lembrando-lhes que fo i Ele quem
0 estabeleceu como Rei. ( I I ) — 0 próprio Messias mostra o seu
direito fundado sôbre a sua natureza de Filho Unigénito de Deus.
( I II)— 0 Salmista conclui exorlando-os a qiie se submetam, no seu
próprio interêsse.
II — A resposta de Deus.
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III — 0 M essias expõe os seus drKritos.
! : - T u és meu filho!
eu mesmo te gero hoje! ( 1 )
Pede-me e dar-le-ei,
as naçOes por herança,
os confins da terra por domínio.
Quebrá-las-ás com seetro de ferro,
despedaçá-las-ás como um vaso de barro. ( 2 )
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consumação dos séculos, por intermédio dos seus após
tolos e sucessores.
Deus, 0 Pai, autenticou e confirmou esta proclama
ção com estrondosos milagres, principalmente ressusci-
tando-0 dentre os mortos e sentando-0 à sua direita.
Tem pois êste decreto tôdas as garantias de publicidade
e autenticidade para dever ser acatado.
Cristo é portanto Rei. Governa em Sião, na Sião
espiritual que é a Igreja, e, por intermédio dela, deve
reinar em todos os povos. Deve reinar nos estados, nas
corporações e famílias; deve reinar nos costumes e nas
leis, na vida pública como na particular, na sociedade
como nos indivíduos; deve reinar pela observância em
tudo da sua doutrina e da sua Lei.
Mas os povos e os seus chefes suportam mal o jugo
suave do Rei do Amor, e estão em perpétua conspira
ção, em constante revolta contra Cristo e contra a sua
Igreja, repelindo-lhe a doutrina, perseguindo-a, e não
querendo reconhecer-lhe autoridade, nenhum direito de
intervir na sua vida. Assim tem sido através dos sécu
los, e assim será até ao fim do mundo ..
M a s ... baldado i n t e n t o D e ü s deixa fazer até
certa altura, o que lhe dá por vezes uma aparência de
vitória, mas intervém no momento preciso, fazendo com
que a sua igreja saia da crise sempre mais vigorosa e
remoçada, na sua vida interior e na sua acção, ao passo
que as potências contrárias acabam sempre por cair mise-
ràvelmente. E assim vai atravessando impávida atra
vés dos séculos, cumprindo, lenta mas irresistivelmente,
a missão de fazer reinar Jesus no mundo, como um
fermento que, embora desproporcionado para a massa.
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acaba infalivelmente por convertê-la na sua própria
substância.
Eis. a profecia contida neste salmo e que temos
visto realizar-se sempre em todos os tempos.
Confiemos pois nós os cristãos I — 0 reino de Cristo
avançará I
Implantemos porém duma forma absoluta o seu rei
nado no nosso coração, e Ele o implantará por meio de
nós no mundo inteiro. Felizes de nós se, quando che
gar 0 dia do juizo último, em que esmagará as potên
cias contrárias, despedaçando-as com o um vaso de barro,
nEle houvermos procurado o nosso refúgio por uma
vida sinceramente cristã.
A Santa Igreja aplica êste salmo, — como não podia
deixar de ser—, a N. Senhor Jesus Cristo, chamando-
-nos a atenção, tanto no Ofício dominical como no
festivo, para a sua realeza absoluta.
No Ofício dominical ensina-nos que devemos come
çar por implantar em pós mesmo o reinado dc Cristo
pela obediência exacta à sua Lei: — 5eruí ao Senhor
com temor e com tremor prestai-lhe homenagem ao
Filho.
Na Festa do N atal, ao contemplar o Deus Menino,
0 Rei do Amor, reclinado nas palhinhas do presépio,
faz incidir a nossa atenção sôbre a sua filiação divina,
pondo na bôca do Pai estas palavras: — Tu és mcii
F ilh o ! Eu te gero h oje!
Nos Ofícios em que se comemora a Paixão dc
Cristo, como são os de S exta-feira Santa, da Santa
Cruz, do Preciosíssim o Sangue, das Dores de N ossa
Senhora, põe-nos ante os olhos a revolta constante dos
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povos e dos seus chefes contra Cristo — Revoltam-se os
reis da terra e aliam -se os príncipes contra Deus e
conira o seu Ungido. (1 Noct.; Antif. 1).
Na Festa da Páscoa, ao contrário, comemorando a
vitória de Cristo sôbre a morte, início da vitória sôbre
tôdas as potências inimigas, que só estará completa no
dia do Juízo Final, põe em destaque a origem e razão
da mesma, que é o poder absoluto que o Pai lhe deu
sôbre todos os seres: Pedi a meu P ai . . a lelu ia! e
e Ele deu-m e. ■ . alelu ia ! as nações da terra p or
herança. . aleluia.
Nas festas dos Santos, a Santa Igreja aplica êste
salmo àqueles que foram particularmente os arautos de
Cristo-Rei e vitimas das revoltas perseguidoras dos seus
inimigos, — os mártires e os confessores.
tiLNOl
InIroduçSo: Oraçüo que proferiu David, ao despertar da
primeira noite que dormiu no deserto, fugindo de Absaldo revol
tado. (1)
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Yahweh, quio numerosos sâo os meus inimigos,
numerosos os que se ievantam contra mim.
Numerosos os que dizem a meu respeito;
- Não há salvação para êie em Deus!
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Co nside raçõ e s e aplicações lilúrgicas: — Magní
fico salmo, repassado todo êle de encantadora simplici
dade, confiança e abandôno nas máos de Deusl
Na difícil situação de David, neste passo, podemos
nós ver a situação constante da alma cristã e da Igreja,
sempre rodeada de inimigos apostados em perdê-la.
Também nós podemos dizer com o Santo Rei David : —
Quão numerosos são, Senhor, os meus inim igos!
Mas, como o Real Profeta, podemos ter a absoluta
certeza de que não seremos vencidos, se o nâo quiser
mos, porque o Senhor é um escudo que nos envolve
com a sua protecção, e sempre nos ouve quando o
invocamos, com as devidas condições.
0 que é necessário é que justifiquemos a nossa
confiança clamando sem cessar: — Levantai-vos, Senhor!
Salvai-m e, ó meu D eus!
A Santa Igreja aplica êste salmo a Nosso Senhor
Jesus Cristo rtas festas em que se comemora a sua
Paixão, como Preciosíssim o Sangue, Santa Cruz, Dores
de N ossa Senhora, porque o que se diz de cada alma
cristã e da Igreja, com mais razão se deve dizer de
Cristo.
Na Festa da Ressurreição, porém, porque Cristo
clamou a seu Eterno Pai, que O ouviu, ressuscitando-0,
depois de ter dormido por um pouco no seio da morte:
— Deitei-me, dormi, e acordei, porque Deus é o meu
am paro. Aleluia, a le lu ia !
Aplica ainda a Santa Igreja êste salmo aos Márti
res, ( Com. Mart.) porque êstes clamando foram ouvidos
do Senhor que lhes concedeu a vitória sôbre os perse
guidores da sua fé, e aos Confessores, (Com. Conf.)
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porque, por meio da oração, souberam conciliar aquela
protecção constante e eficaz de Deus, com que derrota
ram todos os inimigos da sua alma.
II Nocturno
SILMO I
Infrodução: O salmista canta a grandeza de Deus manifes
tada na obra da criação, com a qual põe em contraste a pequenez
do homem. Mas considerando a dignidade a que Deus elevou este
homem, tão insignificante po r natureza, toma novo alento para
proclamar a grandeza de Deus.
quem os cilou. Esta linguagem é tao clara e evidente que até a criancinha
ainda nos braços da mie, com s alegria que manilesta em seus gcstcs e
bsibiiclos, à vista do céu estrelado, e o menino com suas preguntas e consl-
deraçUes InísnUs, mostram compreendé-Ia, confundindo os soberbos impios
que náo querem reconhecer na obra da cilaçflo a necessidade dum criidor.
Ora êste facto, que poeticamente se pode dizer, - o louvor de Deus
:o dos lábios ds criança, (Vulg.) - é que é a lôrça (T. Hebr.)
o dc Idrça que confunde os inimigos.
N. S. Jesus Cristo aplicou a si mesmo êste versículo iio senlido de
que o esplendor ds sua santidade, do seu poder manifestado em milagres, e da
sua bondade éri tio grande que alé ns criancinhas O proclamavam o Messias
prometido como se esUva vendo para coolusSo dos inimigos fariseus.
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a lua e as estréias que formastes,
(exclam o :) - Que é o mortal, para que vos lembreis dêle,
0 filho do homem, para que dêle cuideis?!
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0 ver face a face e de entrar no gôzo da sua própria
felicidade.
E, se somos sacerdotes, a nossa dignidade tem algo
de estupendo, porque até ao próprio Deus se estendem
os nossos poderes — o de perdoar pecados que só dEle
é próprio, e o de 0 tornar presente, o Deus-Humanado,
sôbre os nossos altares, no sacrifício da Missa,
Mas é em Jesus Cristo, na sua Humanidade unida
hipostàticamente ao Verbo, que a dignidade humana
atinge tôdá a sua grandeza e elevação, e em que teem
cabal sentido as palavras dêste salmo: — Colocastes-lo
apenas abaixo de Deus, xoroastes-io de giória e
m ajestade.
Saibamos pois estimar a nossa dignidade de homens
e de cristãos não nos deixando tiranizar pelas paixões,
nem manchar pela satisfação dos baixos apetites sen
suais.
Este salmo entra na composição de grandíssimo
número de ofícios, e é um dos que mais aplicação tem
na Liturgia.
Na composição dos ofícios cujo objecto é Deus,
sem designação de mistério, como o dominicai, e no da
Santíssim a Trindade entra êste salmo, por nele se lou
var expressamente o Nome ou Glória de Deus manifes
tada nas obras das suas mãos — os astros e o homem.
Nos ofícios das festas de Jesus Cristo, porque
sendo Ele o homem por excelência, o chefe da humani
dade regenerada, dEle se deve eminentemente entender
0 que no salmo se diz do homem em geral; e particu
larmente.
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Na Festa do Santo Nome de Jesu s, por ser êste o
nome admirável e m agnifico por excelência:
Na F esia da invenção da Santa Cruz, porque o
Homem-Deus que nos braços dela morreu, pareceu na
verdade inferior aos anjos (Liç. da Vulg.), mas em
paga dessa humilhação ex alto u -0 Deus coroan d o-0 de
glória e m ajestade e pondo-o a presidir à obra das
suas mãos.
Na Festa da Transfiguração, da magnificência da
cena no Tabor e da apresentação que de Jesus faz
então ao mundo o Eterno Pai são digno comentário as
palavras; — Coroastes-lo de glória e majestade, puses-
tes-lo a presidir à obra das vossas mãos.
Na Fesia da Ascensão, porque entáo a Humanidade
Santíssima de Jesus, revestida de todos os esplendores
da Divindade, foi solenemente entronizada no seu reino,
sentada à direita do Altíssimo, e exposta à contempla
ção beatifica dos justos: — Pases/es em exposição nos
céus 0 vosso esplendor, ô Deus. Outros traduzindo a an
tífona tal como sôa dizem: — Elevou-se a vossa magni
ficência ... t entendem da própria ascensão ou acção de
subir do Senhor.
Entra ainda êste salmo na composição dos ofícios
dos santos, dos anjos, de Nossa Senhora, porque dum
modo geral os santos e anjos, quais outros astros do
firmamento sobrenatural, são, mais do que as estréias, o
esplendor de Deus, e porque nos santos se realiza, mais
do que na restante humanidade, a verdade destas pala
vras : — Colocastes-lo apenas abaixo de Deus, coroas
tes-lo de glória e majestade.
Nos ofícios da Santíssima Virgem, em especial.
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porque foi ela a criatura puramente humana que mais se
acercou, pela sua perfeição e santidade, ao trono do
Altíssimo, porque a ela mais do que a outra pode caber
0 nome de esplendor de Deus. e porque, tendo o salmo
a sua mais cabal aplicação a Jesus seu Divino Filho,
tudo 0 que é louvor dEle redunda em louvor seu,
S A LH O B
tes as n ações...
fizestes perecer o impio...
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Apagastes-lhe o nome para todo o sem pre. . .
0 inimigo. . . (ficou aniquilado).
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Porque, como vingador do sangue, lembrou-se do que fôra der
ramado ( 1 )
e não esqueceu o clamor dos oprimidos.
( I I Deus, recomendando (Qcn. IX, 4-6' a Noc c aos seus (illios que
náo derramassem sangue humano, prometeu-lhes multo soleiienicnie que
pediria coutas do sangue derramado até ás próprias feras. É a essa passa
gem que alude o salmista quando chama a Deus o vingador do sangue der
ramado, afirmando que nBo .se esquecera do prometido.
(2) O salmista no transe por que passara e dc que Deus o livrara
estlvera como soi dizer-se, - às portas da morte.
(3) A filha dc SIBo é a cidade de Jerusalém. As portas da cidade
eram o lugar mais público dela. onde ae tratavam os negócios, onde se reu
niam os desocupados e cavaqueadores, c o sítio que naturalmente buscavam
os que tinham uma grande alegria, a qual é essencialmente comunicativa.
a aqui de metáforas tiradas dos u
iue escapara, as traições do inlmlg
, ra caçar lc ra s ,-a profunda cova
disfarçada com ramagens e verdura, em que elas vBo cair na fuga, os laçoa
e redes em que ficam présas, etc... Deus laz muilas veies com que os maoa
sejam vítimas do mal que procuravam causar, o que sucederá muito espccial-
mcnlc após a grande perseguIçBo que sofreram os justos no fim do mundo.
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Porque nem sempre será esquecido o pob.e,
nem a esperança dos afligidos perecerá para sempre.
Lcvantai-vos, Yahweh! — Que o mortal nio prevaleça!
Que as nações sejam julgadas ante a vossa face!
III Nocturno
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Diz no seu coraçSo: — « Nâo me irei a b a ix o !»
Jura: - • Nunca me sucederá mal algum! > ( I )
............................................................................. ( 4 )
Por isso 0 malvado gloria-se dos seus apetites satisfeitos,
0 bandido felicita-se. ( 5 )
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Espia, curva-se, agacha-se,
e os desgraçados caem-lhes nas garras.
Diz no seu coração: — « Deus logo se esqu ece!»
«Ele estava a olhar para outro lado! - Ele não vê nadai» (I)
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C o nside ra çõ e s e a plicações l i l ú r g i c a s Segundo
S. Belarmino que resume a interpretação tradicional, êste
salmo pode entender-se, em sentido místico, de Cristo
e da Igreja, por um lado agradecendo as vitórias alcan
çadas, e pelo outro queixando-se e implorando o auxílio
do Eterno Pai contra as insídias sempre renascentes do
inimigo, 0 demônio e seus sequazes, que os Santos
Padres viram retratado naquele impio de que tanto se
queixa o Salmista.
Cada alma cristã pode fazer seu êste salmo colo-
çando-se no lugar do Salmista, vendo nas perseguições
de que êle se queixa as suas próprias tentações, e nos
inimigos traiçoeiros e crueis de que fala os inimigos da
sua alma, cujo incitador é o demônio. Encarado sob
êste aspecto, êste salmo oferece-nos esplêndidas fór
mulas de oração tódas repassadas de encantadora con
fiança filial.
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Ei-los aí, já de arco retezado,
com as flechas pousadas na corda,
Para as disparar na sombra,
contra os de coração recto 1
(I) NBo hBTendo ordem nem govérno Jnsto nam pata é lontil tenlar o
bomcm recto opôr-se ao mal.
({) Provévelmente o Salmista alode ao castigo de Sodoma e Oomona-
«Vento abrasador»:-o terrtvel suBo palestinense qne tudo aeca. A Imagem
ê «rada do ritual da hospitalidade em qne o dono da casa devta de encher
éle mesmo o copo de vinho com que obseqnlava o amigo em sinal de ami
zade e bom acolhimento.
(S) Em mela profundo aenFdo éates úlHmos versos, sob a imagem dos
carvOes ardentes, do eoxAfre e do vento abrasador indicam as graviaalmas
penas dos condenados, e a cootemplaçlo da lace de Deua, a eterna felicidade
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deixemos de opor à onda do mal, pelo menos o obstá
culo do nosso exemplar comportamento, preguntando-
-nos desanimadamente: — Que pode fa z e r o ju s to ? —,
nem deixemos por isso de seguir o caminho traçado no
cumprimento dos nossos deveres, porque Deus a todos
fará justiça. Tal é a liçâo dêste salmo que a Igreja põe
em destaque no Ofício dominical.
Deus pode permitir o mal, deixar que os seus fiéis
servos sejam desprezados e perseguidos peia causa da
justiça e da santidade, sua e dos seus semelhantes, mas
do seu trono tudo vê, tudo considera, e a seu tempo
castigará os maus com terríveis penas, e os bons admiti-
-los-á à contemplação da sua face na eterna glótia.
Na F esta da exaltação da Santa Cruz, (II Noct.
Salm. II) aplica-se êste salmo a N. S. Jesus Cristo por
que, a-pesar de saber que «os maus tinham na sombra»
das suas conspirações disposto contra E le a s flech a s
dos tormentos da sua Paixão, n ão fa g ia , mas abando
nando-se nas mãos de’ seu Eterno Pai, avançou ao
encontro dos seus perseguidores, deixando-se prender,
condenar à morte e pregar na Cruz.
Na F esta das D ores d a Santíssim a Virgem, porque
foi visada traiçoeiramente, Ela a alma mais perfeitamente
justa e inocente, pelas flechas dos maus, as flec h a s das
suas dores, causadas pelos tormentos que infligiam
a Jesus.
Na F esta da Ascensão, — porque foi então colo
cado e entronizado Jesus à direita de seu Etemo Pái,
— Deus está no seu p alá cio santo. Deus tem no céu o
sea trono, donde observa o justo e o ímpio, fazendo a
todos justiça.
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Nas Festas dos Mártires (Com um dum M ártir),
porque sendo Deus justo e am igo de fa z e r justiça, viu-
-Ihes a equidade. (III Noct. Antif. I, traduzida tal como
sôa), e por isso os premiou com a glória.
Nas F estas dos Anjos, porque sâo êstes os princi
pais cortezâos do palácio de Deus, ladeiam-lhe o trono,
e até na expressão da Escritura sáo o próprio trono:—
Deus está no seu p alá cio santo. Deus tem no céu o seu
trono. (I NocL Antif. II).
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Laudes I
S A L M O 92
0 de subllThidadel
Yahweh está revestido de poder,
está cingldo de (magniticênda). (2)
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(P or isso) a terra ficou firme... nâo cambaleia!
Desde então o vosso trono perhianece estável,
mas Vós... existis desde a eternidade. (1)
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Contra ela, contra Cristo seu chefe, contra o pró
prio Deus que nela reside como em seu trono, não ces
sam de levantar-se como vagas dum mar em fúria, as
perseguições dos maus. Mas debalde I — As portas do
inferno nâo prevalecerão I
O reinado de Cristo ir-se-á estendendo e intensifi
cando até que terminado o tempo de prova para a hu
manidade, transformados os justos em bem-aventurados,
atingirá o estado de absoluto e perfeito, isto é, sem con
tradição de criatura alguma.
Antecipemo-nos a celebrar desde já êsse esplêndido
triunfo do nosso Rei Jesus, e de todos os justos com
Êle, — triunfo de que a sua ressurreição foi um prelú
dio—, e, ao recitar êste salmo, digamos-lhe com grande
ânsia de O ver aparecer vitorioso e cheio de glória à
face de tõda a humanidade: — R eina Deus l
Resume-se no exposto o sentido litúrgico que a
Igreja dá a êste salmo na Festa da Ressurreição e no
Oficio Dominical, em que celebra a como que entroni-
zação de Cristo no seu reino, dizendo Reina Deus, re
vestido de sublim idade / — ( Da sublimidade do seu
corpo glorioso). (Antif. I ad Laud.)
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Reconhecei que Yahweh é Deus:
foi Ele que nos criou e somos dêle, (1)
somos 0 seu povo, o rebanho das suas pastagens.
Botrai aos portais (do seu templo) com acções de graças (2)
entrai nos átrios seus com cânticos de louvor,
dal-lhe graças, bem-dizei-lhe o nome,
(1 ) Vnlí.: Foi Êle que nos lêz, e nBo nós a nós mesmoa.
(2) Entrai com acções de graças, quere dizer: trazei como oferta,
como presente, acções de graças.
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E, num desejo ardente de fazer participar dos mes
mos bens a todos os povos, continuemos a anunciar aos
que ainda estão sentados nas trevas do paganismo, —
ou pessoalmente ou por meio dos missionários a quem
para isso ajudemos, — o jubiloso convite: — A clam ai a
Deus, vós todos habitantes da terra . . . Reconhecei que
o Senhor é D eu s. . . Servi a Deus ju b ilo s o s !
SilM O 81
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III— Sente-se seguro com a protecção de Deus.
eaV ó s,
e amparou-se à Vossa direita. (3)
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arrebois da manhã. O primeiro versículo, — Ó Deus,
Deus meu, desde o rom per da aurora que vos procuro,
— como traduzem muitos o texto hebraico, segundo a
lição da Vulgata e não sem probabilidades de acêrto—,
e em geral os sentimentos expressos em todo o salmo,
— um fervoroso desejo de união com Deus, um entu
siástico propósito de 0 louvar por todo o sempre, uma
admirável confiança na sua protecção contra os inimi
gos, confiança que vai até à sensação da absoluta segu
rança, são muito apropriados para uma oração ao rom
per da alva, tal a de Laudes.
Oh quem nos dera que também nós tivéssemos
sêde de Deus, que bebêssemos a sua graça como a terra
ressequida bebe as chuvas do outono, que com tanto
fervor o procurássemos que até ao despertar p ela noite
nos brotasse logo do coração um ímpeto de amor, que
tivéssemos como o m elhor e m ais saboroso da nossa
vida, pensar nHIe, conversar com Ele, louvá-lo p o r todo
0 sempre, e buscar a cada momento da nossa existência
qual a sua santíssima vontade para a cumprir I Ahl en
tão sumir-se-iam nas profundas os inimigos da nossa
alma, e desapareceriam muitas das tentações que nos
avassalam na nossa vida tíbia. . .
Apropriemo-nos ao recitar êste salmo dos sentimen
tos do Santo Rei David, e esforcemo-nos por que cor
respondam em nós cada vez mais à realidade.
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CAITIOO IBII DIOITB
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C A N T IC O B E N E D IC IT E -6 3
(I) Servos do Senbor iSo todos os qne nlo olo sscerdotee, teto k, o
povo llel. 0 Antor Segredo pirece dividir o conjunto de Israel em trts claa-
ses: Jastos, os qne observam simplesmente a lel de Dens; tantos, oa qne
se notabilizam nesta abaeiranda - os piedosos j hamiláts de eoraçõo, os
perscgDidos e atribnlados.
(3) Êste verso é acrescentado ao cónttco pcls Santa Ipcja.
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D O M IN G O -L A U D E S I
t l L i e 148
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Louvai-0 reis da terra e povos todos,
príncipes, e todos os chefes da terra;
Louvai-0 jóvens e donzelas,
velhos e crianças.
( 1 ) 0 Measlis.
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0 trono do Pai, as homenagens e louvores que pòr
todos lhe são devidas.
A santa Igreja põe estes cânticos nos lábios do
sacerdote no Oficio dom inicai em memória de ter sido
ao domingo começada a obra da criação. Também
quere que o mesmo sacerdote ao descer os degraus do
altar após o Santo Sacrifício da Missa venha recitando
0 Cântico dos Três Jovens, porque acabando de ofere
cer a Cristo, — ou antes de servir de instrumento a
Jesus Cristo que por seu intermédio se ofereceu ao Pai,
— deve oferecer com Êle as homenagens de tõdas essas
criaturas.
A semelhança entre os três jovens que, iançados
num forn o ardente não temeram as chamas, mas delas
sairam ilesos bem-dizendo a Deus, e Nosso Senhor
Jesus Cristo, que se entregou aos tormentos e à morte,
mas que dêsse transe saiu ressuscitado e glorioso, faz
com que a Santa Igreja lhe atribua também êste cântico
na Festa da Ressurreição.
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Laudes II
Nota — As Laudes II esquema apenas tem de estrictamente
próprio 0 cântico, porque os salmos, ou são de Laudes I esquema,
ou de outros dias e horas, e dêles trataremos nos seus lugares
próprios.
CAITIOO DOS TRtS J0TBN8 (I)
s es)
Introdução: Louva-se neste cântico a Deus, aclamando-o de
várias formas, as quais tôdas põem em destaque a sua infinita
grandeza e majestade.
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Prima
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/— O heroi do salm o salvo p o r Deus.
Do seio da minha angústia invoquei a Yahweh:
Yahweh ouviu-me e tirou-me do apèrto.
Yahweh é por mim! nada tem o!
Que mal me pode fazer o homem ? I
Yahweh é o meu grande socôrro,
e por isso quero ver o que fazem os que me odeiam.
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Já não morrerei mas hei-de viver,
e hei-de narrar as obras de Yahweh. . -r -
Yahweh cash'gou-me duramente,
mas não me entregou à morte,
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— O h ! Yahweh dá então a salvação!
Yahweh dá então a prosperidade!
-Y a h w e h é O e u s!
Foi Ele que nos iluminou !
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nas palavras como nos personagens e na enscenação,
delineia-se-nos no espírito como que um esbôço do que
seria essa grandiosa e indiscritível scena.
Parece-nos estar vendo apresentar-se Jesus ressus
citado, glorioso e triunfante, às portas do céu, à frente
da imensa multidão de escolhidos que libertara do seio
de Abraão, e, que — ao recordar o grande apêrto e an
gústia que fôra a sua vida mortal por ver-se carregado
com os pecados de todos os homens, e aqueles nume
rosos inimigos que 0 rodearam e atacaram com encar
niçada sanha até dar-lhe morte, e os assaltos em que o
demónu), em tentações as mais violentas que jamais se
puderam suportar, O empurrou para fa z ê-lo cair, — nâo
pode conter o imenso júbilo que lhe inunda a alma, e
deixa-o expandir-se num canto magnífico: — Deus cas-
tigou-me duramente, vingando em mim os pecados dos
homens, m as nâo me entregou à morte, não permitiu
que ela me detivesse por muito tempo I — Já nâo mor
rerei mas hei-de viver I — Ressoem p ois gritos de ale
gria nas m oradas dos Justos, porque eu venci a morte
e 0 inferno. — Abri-me as portas da justiça porque vou
entrar e vou tomar posse do reino que adquiri com o
meu sangue. . . E a estas efusões do Coração jubiloso
de Jesus responde o trovão imenso das aclamações dos
Patriarcas, dos profetas, dos reis e de todos os santos
do seu séquito glorioso.
Acorrem os anjos a abrir, espantados dum espec
táculo tão novo, — apresentar-se a triste humanidade a
tomar posse do palácio de Oeus e a sentar-se no seu
mesmo trono, — e, estupefactos de tão inaudita ousadia,
dizem: — E sta é a porta de D eu s; Só aos justos é
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dado entrar p or ela. Mas !ogo reserenados rompem
em aclamações: — Bem -dito seja o que vem em nome
do Senhor!
E por sua vez os justos, entrando após Jesus, como
que julgando sonhar ainda, tantos séculos durara o seu
destêrro, não sabem como exprimir a sua felicidade: —
O h ! Deus dá então a salvação. Deus dá então a Feli
cidade! lAas logo certos da realidade, avançam dan
çando em místicos transportes, cantando jubilosos; —
Sois 0 meu Deus e quero louvar-vos! Sois o meu Deus
e quero exaltar-vos!
— Sonho ? I — Sonho, sim, vago e pálido sonho,
porque a realidade excedeu tudo o que é imaginável.
E 0 que será a nossa própria entrada no céu ?l
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Prima, Tércia, Sexía e Noa
SUMO lU
Inlrodução: Este longo mas muito poético salmo, é, todo
êle, 0 elogio da Lei de Deus tomada no sentido lato de doutrina ou
revelaçdo, entremeado de orações jaculatórias em que o Salmista
pede a graça de bem a observar. (1)
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I I — O cumprimento da vossa Lei é o meu prazer
e os meus cuidados.
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Afastai de mim a vergonha e a confusão, (1)
porque observo as vossas promulgações.
Bem se podem reunir os príncipes e falar contra mim,
o vosso servo medita as vossas leis.
Sim, as vossas promulgações são as minhas delicias,
são os meus conselheiros.
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Tércia
V — Tornai-me bem instruido e firm e no cumpri
mento da vossa Lei.
Mostrai-me, Yahweh, a via das vossas leis,
para que sempre as observe.
Dai-me inteligência para que observe a vossa lei,
e a guarde de todo o coração.
Conduzi-me pela vereda dos vossos mandamentos,
porque nela encontro sumo prazer.
Tornai-me o coração inclinado às vossas promulgações,
e não ao ganho.
Desviai-me os olhos do espectáculo da vaidade,
fazei que viva na vossa senda.
Mantende para com o vosso servo a vossa promessa,
a que fizestes aos que vos temem.
Afastai de mim o opróbrio que temo,
porque as vossas prescrições são boas.
Vêde como amo ardentemente os vossos preceitos,
pela vossa justiça fazei que viva.
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Andarei à larga, (I)
porquê investigo os vossos preceitos,
Falarei das vossas promulgações diante dos reis,
e nSo me envergonharei.
Ponho as minhas delicias nos vossos mandamentos,
am o-os!
Elevo as mãos para vossos mandamentos,
e medito nas vossas leis.
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V II I— o meu quinhão na partilha da vida é fazer
a vossa vontade.
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Eles teem a inteligência embotada pela gordura;
quanto a mim, as minhas delícias são a vossa lei.
Bom foi para mim ter sofrido,
para aprender as vossas leis.
Para mim, vale mais a lei proferida pela vossa bôca,
do que montões de ouro e prata.
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SexIa
X I — Senhor, apressai-vos em socorrer-me, porque
me põem em grande aperto os inimigos, p o r cumprir a
vossa lei.
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0 permanece de geração em geração,
como a terra que estabelecestes e continua firme.
Ainda hoje as vossas prescrições permanecem firmes,
porque todos os seres estão às vossas ordens.
Se a vossa lei não fôsse as minhas delícias,
já teria perecido na minha miséria.
Não esquecerei jámais os vossos mandamentos,
porque é por meio deles que me tendes conservado a vida.
Sou vosso; salvai-me,
porque procuro cumprir os vossos preceitos.
Os maus esperam-me para matar-me,
mas estou atento às vossas promulgações.
Tenho visto limites a tôda a perfeição:
Só a vossa lei não tem limites.
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X I V — Em m eio dos perigos e aflições constantes
a vossa lei é a m inha luz.
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e segundo a vossa promessa para que viva,
e poupai-me a confusão de iludirdes a minha esperança.
Amparai-me para que seja salvo,
e que tenha eu sempre os olhos postos ná vossa lei.
Rejeitais todos os que se afastam das vossas leis,
porque o seu pensar não é senão mentira. (()
Rejeitais como escórias todos os maus da te rrá ;
eis porque amo os vossos decretos.
A minha carne treme de terror na vossa presença,
e temo os vossos juizos.
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Noa
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Estabelecestes as vossas promulgações com justiça,
e com absoluta fidelidade.
Sinto-me consumir de indignaç2o,
porque os meus inimigos esquecem as vossas palavras.
O vosso ensinamento é perfeitamente puro,
e o vosso servo ama-o.
Sou de humilde condição e tido em pouca conta,
mas não esqueço os vossos preceitos.
A vossa justiça é um direito eterno,
e a vossa lei é verdade.
Fui atingido pela miséria e angústia,
mas os vossòs ensinamentos são as minhas delícias.
As vossas promulgações constituem um direito eterno;
dai-me inteligência para que viva.
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Acercam-se a mim, com suas traças criminosas, os que me
perseguem.
e afastaram -se da vossa lei.
Mas vós, Yahweh, estais comigo,
e tôdas as vossas proih essas são a própria verdade.
Acêrca dos vossos decretos sei desde há. muito
que os estabelecestes para sempre.
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Abomino a mentira,
mas amo a vossa lei.
Sete vezes ao dia celebro os vossos louvores,
pelas vossas justas prescrições.
Há grande paz para os que amam a vossa lei,
e nada lhes será ocasião de tropeçar.
Espero, Senhor, no vosso socôrro,
porque tenho praticado os vossos n
A minha alma observa as vossas promulgações,
am a-as desmedidamente.
Observo os vossos decretos e preceitos,
porque tôdas as minhas vias estão na vossa presença.
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Aplicaçõ e s lilúrgica s : — Destinou a Igreja êste
longo salmo, — dividido eth perícopas de duas estrofes
cada uma, no fim das quais se repete o Glória Patri, —
para as chamadas horas menores do ofício dominical e
das festas mais solenes do ano.
As horas menores, — Prima, Tércia, Sexta e Noa,
— destinam-se, na intenção da Igreja, a santificar pela
oração cada uma das quatro partes ou quartéis em que
os activos monges dos antigos tempos, como ainda hoje
os nossos trabalhadores rurais, dividiam o dia solar, ou
0 dia do trabalho.
Em Prima, que. sempre na intenção da Santa
Igreja, é, — e devia sê-lo efectivamente para nós, —
a oração da manhã, pede-se a Deus as graças neces
sárias para bem passar o nascente dia, tendo em vista
os deveres que nele temos a cumprir, e os prováveis
obstáculos que iremos encontrar, e sobretudo a graça
de evitar o pecado,— í// in diurnis actibus—N cs servet
a nocentibus,— (1) o que se consegue pela guarda dos
sentidos, — Linguam refrenans tem peret,— Visum f o -
vendo contegat, — (2) e pela repressão dos apetites
corrompidos da carne e afectos desordenados do cora
ção, — Sint pura cordis intima, — Carnis terat super-
biam. (3)
Em Tércia destinada a santificar o início do segund»
quartel, ai pelas nove horas, à hora que começa a sen
tir-se 0 calor do sol — símbolo da caridade — ; em que
( 1) Que nas acçOes dêste dia nos livre de tudo o que é nocivo.
(2) Que nos refreie e governe a lingua, e por favor nos guarde os olhos
(3) Que nos sejam puros os afectos íntimos do coraçSo, e eamagad»
a soberha da carne...
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Jesus Cristo sofreu por nosso amor o tormento dos
açoutes, da coroação dos espinhos, e foi condenado à
morte, em que o Espírito Santo, o Espírito de amor
desceu a vez primeira sõbre os Apóstolos:. pede-se de
uma forma especial a caridade, o ardente amor. para
com Deus e para com o próximo. — Flam m escat igne
caritas, — Accendat ardor proximos, (1) — uma caridade
que se transfunda em obras.
Em Sexta, destinada a santificar o início do ter
ceiro quartel ai pelo meio dia, hora a que aperta o calor
e a fadiga, — pondas diei et aestus, — fadiga e calor
que muitas vezes nos enervam e põem de mau humor,
dando-nos para implicar com tudo e com todos, hora
propícia ao desânimo, à impaciência, às tentações da
carne que o Demônio, aproveitando-se da ocasião, não
deixa de atiçar, lembra-nos a Santá Igreja que a essa
mesma hora foi crucificado Jesus Cristo, cheio de pa
ciência e mansidão, aceitando plenamente a vontade do
Pai e rogando pelos que O atormentavam, e faz-nos pe
dir a boa disposição do corpo e da alma tão necessária
para o cumprimento dos nossos deveres, — Extingue
flam m as litium,—Aufer calorem noxium,— C onfer saiu-
tem corporum, — Veramque pacem cordium (2).
Finalmente em Noa, no início do último quartel,
pela meia tarde, quando já o sol declina ràpídamente
para o horizonte, e se aproxima a noite, imagem da
morte, lembra-nos a Santa Igreja o declinar constahte
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da nossa própria vida; a necessidade de perdurarmos
no esfôrço até aò fim; e, apontando-nos para Jesus
Cristo que à mesma hora exalava o último suspiro, —
mais do que nunca abraçado à sua Cruz —, faz-nos
pedir luz que nos guie os passos no entardecer da
nossa vida, para que não vá terminar ná escuridão do
pecado, a perseverança final e uma boa morte, sem a
qiial não poderemos obter a coroa da glória eterna. —
Largire lumen vespere, — Quo vitam nusquam decidat,
— sed proem iam mortis sacrae, — Perennis instet g lo
ria (1).
Ora 0 Salmo 118 harmoniza-se admiràvelmente
com estas intenções da Santa Igreja, porque é uma
série de sentenças em que das mais variadas formas e
maneiras se afirma a excelência da Lei de Oeus, entre
meadas de jaculatórias, ora exprimindo um profundo
amor e dedicação ao cumprimento da sua santíssima
vontade, ora suplicando ardentemente a graça de ser-
-Ihe fiel.
Entremos no pensamento da Santa Igreja e êste
longo salmo, que para os irreflectidos e dissipados é
causa de fadiga pela aparente, falta de ligação entre os
pensamentos e enfadonha repetição da mesma ideia,
tornar-se-á para nós uma fonte de reflexões e de afec
tos com que entreter a nossa devoção ao longo do dia.
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Vésperas
SALMO 100
Jesus Cristo que se senta no trono de Deus, à direita de Deus, t pois Igual
a Deus, é Deus tambím. Demais David dá-lhe o nome de Senhor,-nome
próprio de Deus; Senhor seu, a-pesar de seu descendente, o que nBo faz
sentido se David o náo reconhece por um ente superior a sl e seu Deus.
Jesus Cristo serviu-se dgste argumento para provar a sua divindade aos
fariseus. (Conf. Math.XXII-41, Marc. XII-35, Luc. XX-4t eseg.).
• Oráculo* slgnlllca aqui uma alIrmaçBo solene e peremptória, uma
resoluçBo definitivamente assente. Os reis do Oriente pousavam ás vezes os
pés sóbre um escabelo sustldo pelas cabeças dos prisioneiros de guerra como
ae yé pintado em Thebas no Egipto. Pór uma coisa a servir de escabelo aos
pés de alguém é dar-lhe domfnio sóbre essa coisa. A palavra enquanto
designa o tempo que medeia entre a RessuireIçBo de Jesus e a sua vitória
definitiva no llm do mundo.
(2) 0 seetro do poder slgnlllca o próprio poder segundo o génio da
lingua hebraica. SIBo é a capital do Rel-Mesalas e o ponto donde irradiará
o seu domínio. E’ uma (Igura da Igreja.
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A vossa gente acorre, tôda generosidade,
no dia da formação do vosso exército,
nas montanhas santas. ( 1 )
Oo sei da aurora vem. a vós
0 orvalho dos vossos moços guerreiros. ( 2 )
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Esmaga os cabeÇas por tóda a terra,
até às longínquas paragens. ( I )
Bebe da torrente na beira do caminho,
e por isso alteia a cabeça. ( 2 )
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a Divindade — Tu és Sacerdote para sempre à maneira
de Melquisedec.
Como Sacerdote ofereceu a Deus o único sacri
fício cabalmente digno dEle, pela dignidade tanto do
oferente como da vítima— a sua própria Pessoa Divino-
-Humana.
Este sacrifício é perpétuo. A todos os momentos
Jesus 0 está renovando, e renovará até ao fim dos sécu
los, sôbre os altares da terra, por meio dos seus minis
tro s:— és sacerdote para sempre. Ainda, quando
houver cessado o tempo, na terra se haja feito perpétuo
silêncio, e pela amplidão dos céus reboe o eterno ale
luia da Humanidade bemaventurada, Jesus continuará
de algum modo oferecendo-se ao Pai, porque, segundo
a grandiosa visão do apóstolo S. João, o Cordeiro dç
Deus permanecerá sôbre o altar do Altissimo na quali
dade de vítima: — tamquam occisum.
E foi até por êste sacrifício, foi bebendo a pleno
hausto na profunda torrente dos tormentos da sua pai
xão e morte dolorosíssima, que Ele venceu os seus
inimigos, e adquiriu direito de conquista sôbre tôda a
humanidade:— B ebe da torrente na beira do caminho,
e p or isso alteia a cabeça.
Desde a cruz que os seus inimigos ficaram virtual
mente vencidos e o homem virtualmente pertença sua,
mas no entanto quis que o seu dominio se implantasse
suavemente e fôsse aceite com amor. E’ para esta con
quista pacífica que Ele forma e concentra nas monta
nhas do Sião, isto é, na Igreja, o seu glorioso exército,
a alistar-se no qual acorrem, inumeráveis e tôdas gene
rosidade, as almas apóstolas e as almas reparadoras:
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— Do seio da aurora vem a Vós o orvalho dos vossos
m oços guerreiros.
Esta amorosa conquista ir-se-á acentuando através
dos séculos até que no fim dos tempos, completado o
número dos escolhidos, os inimigos, já vencidos na
cruz, serão definitivamente submetidos e esmagados:
— O cam po fica juncado de cadáveres.
Felizes de nós, sc também nos houvermos alistado
no vencedor exército de Cristo, e combatido o bom
combate.
Salmo cristológico por excelência, êste, — e sendo
0 ofício vespertino uma hora caracterizadamente euca-
rística, pois tem por fim render culto de louvor e agra
decimento a adorável Pessoa de Jesus Cristo, por todos
os benefícios que nos trouxe com a sua Incarnação e
Redenção, e em especial pela Eucaristia, compêndio e
memorial de todos êles, — entra, como é natural, na
composição de muitas e das mais festivas Vésperas.
Assim, além das do Ofício dominical, tôdas as das
festas de Jesus Cristo, da Virgem, dos Anjos, e, do san-
toral, as das festas chamadas clássicas, que tomam
como suas as Vésperas do Domingo, o incluem logo
em primeiro lugar.
Embora em todos estes Ofícios se deva conside
rá-lo no seu sentido geral, contudo, segundo a pessoa
ou mistério celebrado, assim o podemos encarar ora
mais num, ora mais noutro aspecto. As próprias antí
fonas nos servem nisto muitas vezes de guia.
No Ofício dominical, por exemplo, comemorativo
da Ressurreição e Glorificação de Jesus Cristo, a antí
fona é 0 primeiro verso, em que essa glorificação estava
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anunciada: — o oráculo de Deus ao meu S en hor:
-S e n t a - t e à minha direita. (Antif. I ad Vesp.).
Mas já na festa do Corpus Christi, a chamar-nos a
atenção para o sacerdócio único e eterno de Jesus, que
exerce constantemente sôbre os nossos altares por meio
dos seus ministros, a antífona é : — Sacerdote p ara sem
p te à m aneira de M elqulsedec que ofereceu p ã o e vinho.
Tendo-se presente o sentido geral do salmo e o
pensamento litúrgico do Ofício de cujas Vésperas faz
parte, as aplicações particulares são facílimas.
SALHO 110
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II — G raças a Deus p or alguns benefícios em que
particularmente mostrou a sua fidelidade.
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Cristo, e nEle todos os inapreciáveis bens da graça, de
que aqueles outros eram apenas uma fígura.
0 cristão piedoso saberá rememorá-los ao recitar
êste salmo, cujas expressões de louvor e agradeci
mento, referidas agora a mais nobre objecto, mais ade
quadas e cheias de sentido são ainda.
Como é de supor nâo esquecerá o inefável bene
fício da Redenção. — O libertamento que Deus enviou
00 seu povo, a nova aliança qüe com êle estabeleceu
p ara sempre, e o estupendo favor da Eucaristia, figu
rado pcio Maná depositado outrora na Arca da Aliança
no qual o nosso Divino Redentor, muito mais cabal
mente, — nos assegurou a memória das suas maravi
lhas e deu um alim ento aos que o temem.
0 caráter tão eminentemente eucaristico dêste salmo
torna-o admirávelmente apropriado para a hora de Vés
peras.
SALNO 111
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a posteridade do homem recto será abençoada. (1)
nfio podia Deus prometer bens de natureza superior, porque nSo os com
preenderia nem os seria capaz de apreciar. Mas nós podemos e devemos ver
nestes bens temporais, entendendo-os em sentido místico, os bens espirituais
e eternos. Este sentido lol querido lambém, e até principalmente pelo Espi
rito Santo, porque, se nfio, como crer qne tanto Insistisse nos preceitos da
jusUça e santidade! sòmente para ae ter uma forte e numerosa posteri
dade, uma casa rica e opulenta, vencer os adversários em juizo, e ver seca-
rem-ae os contrários de Impotente inveja 71 - Francamente que... nfio mere
ceria a pena... sobretudo vendo-se todos os dias qne os maus, procedendo
exactamente ao contrário, também e até com mais facilidade, conseguem o
mesmo Hm.
(1) Por descendência e posteridade entende-se misticamente, nfio só
os entes gerados, segundo a carne, mas também os gerados segundo o espi
rito : — os que se houver ilustrado, convertido, tornado melhores, etc., e até
as boas obras e InstitulçOes que se tiver deixado, todo o bem que se tiver
feito enilm.
(2) Por casa entende-se nfio só a material, senfio também, mistica
mente, a vida, a alma, etc.
(3) Segundo a ll«Bo que adoptamos, o justo é uma luz para os ho
mens rectos, pelo bom exemplo que dé.
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NSo tem que temer novas sinistras;
o seu coração está firme confiando em Yahweh. (1)
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Por isso, porque deu a própria vida pela redenção
da pobre humanidade, o seu poder f o i gloriosam ente
exaltado, obtendo vitória sôbre todos os seus inimigos
e domínio sôbre o Universo, e a sua obra, a sua p os
teridade, a Igreja, será também poderosa não só no
p a ís dêste mundo, mas sobretudo na verdadeira Terra
da Promissão que é o céu, — apesar da raiva impotente
dos seus inimigos.
0 que se diz de Jesus Cristo pode dizer-se, na
sua medida, dos santos seus imitadores.
SALIO 112
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Quem há como Yahweh nosso Deus,
Que habita nos altos c é u s?l
(1) Maneira poética de dizer que Deus está superior a tudo. A nada
tem de elevar olhos, mas para ver, qualquer que seja a coisa ou pessoa, tem
de Inclinar-se.
(2 ) A’ entrada das pequenas povoaçSes do Oriente havia quási sem
pre, entao como hoje, um montão de lixo e detritoa de tOda a espécie, qne
os moradores all Iam lançando e a qne deitavam o fogo de quando em quando,
deixando arder lentamente. Era a monturelra pública e (ambém o lugar favo
rito dos pobres, dos d
IS ascorosas, qui
dia, e o morno cnlor das cinzas contra o Irlo cortante durante a noite. Eram
a escória da sociedade, o que demais abjecto se podia conceber entSo. Eis
onde o salmista tol buscar a imagem para pór em contraste a baixeza natural
do homem, e a grandeza do sen destino sobrenatural.
(3 ) A mulher estéril vlvla numa condlçSo multo bumllhaute no seio da
família, onde qnásl sempre havia outras mulheres que sendo fecundas eram
as preferidas. Estava sujeita a cada momento a ser expulsa pelo marido por
Inútil, visto nao corresponder á sua missSo de mBe. Em sentido místico, a
estéril da casa era a gentllidade, que o foi durante multoa séculos uBo pres
tando culto a Deus, mas que depois, convertida em grande parte à relIglBo
crista, se transformou na Igreja, a mae feliz rodeada de filhos.
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Considerações: Quem se não sentirá impelido a
louvar a inefável Benevolência de Deus, considerando
como, sendo Ele infinitamente santo, e possuindo em si
mesmo no seio da sua Trindade de Pessoas uma felici
dade igualmente infinita, que nenhum acréscimo pode
receber das criaturas, se digna incIinar-se para a mon-
tureira infecta em que se tornou o mundo após a queda
original, para dêle nos extrair e nos fa z e r sentar com
os seus nobres, com os seus anjos, no gózo da sua pró
pria felicidade, na Pátria celeste ?
Sobretudo lembrando-nos que as Vésperas são, em
especial, louvor a Jesus, e especialissimamente a Jesus
Sacramentado, quem não admirará e louvará com terno
reconhecimento o inefável amor com que, apesar da
montureira de defeitos, pecados e fraquezas em que
todos mais ou menos vivemos, nos senta à sua mesa
dando-nos em alimento a sua própria carne e sangue ?
E se somos sacerdotes, com que humilde gratidão
não devemos recitar o versículo — que para nós tem
tão particular sentido: Exalta o pobre da estrumeira
p ara o sentar com os nobres, com os nobres do sea povo?
SALHO I13-I
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Tornou-se Judá o santuário dEle, (I)
Israei o Seu domínio.
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I — Que Deus intervenha, dando assim giória t
seu Nome.
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Os que temem a Yahweh ponham nEle a sua confiança
Ele é 0 seu socôrro e escudo. (1)
(2) —Os antigos Judeus sabiam que as almas dos mortos, nSo podendo
entrar no céu, desciam a um lugar chamado o shtol, a mansSo dos mortos,
a esperar a sua ressurreição, mas supunham que essas almas viviam aí numa
espécie de inconsciência, nnma mela vida em que era Impossível louvar a
Deus.
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Considerbções: Assim como Deus retirou outrora
os israelistas do cativeiro do Egito, fazendo-os passar
tão maravilhosamente através do Mar Vermelho e do
Jordão, e conduzindo-os por entre muitos outros pro
dígios, até os estabelecer na Terra de Promissão, para
fazer dêles o povo seu por excelência, assim nos retira
do cativeiro do demônio fazendo-nos passar pelas águas
do baptismo, constitui-nos em povo seu, e vai-nos con
duzindo com não menores prodígios de graça até à
verdadeira Terra da Promissão que é o céu.
E' pois com sentimentos de intensa e agradecida
admiração que o devemos recitar.
0 nosso Deus está no céu e f a z tudo o que quere.
Resolveu tornar-nos participantes da sua própria felici
dade, e consegui-lo-á, ainda que seja necessário nâo
pou par 0 seu próprio Filho Unigénito, m as entregá-lo
p o r todos nós à m orte; cpnsegui-lo-á, se nós mesmos
0 quisermos, se não lhe opusermos pela frente os ídolos
vãos das nossas paixões, dos nossos interêsses materiais,
ou dos nossos prazeres inconfessáveis.
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Complefas
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Mas a oração litúrgica é uma oração social. 0 cris
tão que reza a hora de Completas não pede só para si
uma boa noite e uma boa morte, mas para tôda a comu
nidade cristã, para muitos que nessa mesmq hora estão
agonizando, para todos os que nessa mesma noite te
nham de comparecer ante o Divino Juiz. A sua oração
torna-se pois a oração da Igreja encomendando a Deus
a alma dos seus filhos que a tôda a hora estão partindo
dêste mundo.
Que responsabilidade não temos os que estamos
obrigados a recitar esta hora, e com que cuidado o não
devemos fazer.
Eis 0 que é necessário ter presente para aprender
devidamente o sentido litúrgico dos salmos de Completas.
SALMO 4
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I — Cessai, descontentes, de me desonrar.
Ficai sabendo que Yahweh faz prodígios eni favor do seu servo:
Yahweh ouve-me quando O invoco. (3)
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U I— Porque Deus é que dá a alegria e a felicidade.
( I ) « Qoeni nos taiã gozar, elc. >; - palavras que o salmista pSe na
bóea dos qoe estavam hesitantes sôbre por quem tomar partido e dos sens
próprios partidários descontentes, que duvidavam da vitória, ou a quem laK-
gava a duraçlo da campanha, e que o tornavam responsável dos perigos qne
corriam, etc. A «luz da tua lace», é aqui a prosperidade de que David
estava despojado e que portanto nBo podia dar aos seus súbditos.
(3) David contrapOe aos Insofrlmentos dos seus partidários a sua
própria alegria, segurança, presença de espirito, etc., dons estes que slrlbne
uolramenle s Deus.
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E se a alma, num movimento, bem natural a quem
acaba de constatar mais uma vez, a milionéssima vez
quiçá, as suas faltas sempre renascentes e a sua misé
ria sempre mais profunda, se sente tentada a dizer, com
os fatigados israelitas doulrora: — «Quando se acabará
Senhor esta canseira ? I Quando nos fa r e is gozar da
felicidade?!*, no mesmo salmo encontra a resposta e
0 remédio: — 0 abandôno confiante nas máos de Deus:
— Em paz me deito e logo adormeço, porque Vós, Se
nhor, me fazeis estar em segurança; - a consolação da
esperança certa dos bens futuros, os não sonhados
prazeres da vida eterna: - á í í j í s alegria do que em
iempo de. abundância. . , ; - a omnipotência da oração,
finalmente, à qual se comprometeu Deus a atender,
sempre que lhe peçamos, coin as devidas condições, o
que é necessário à santificação da nossa alma, —
Quando vos invoco Deus da minha Justiça, etc.
Além disso, êste salmo entra na composição de
numerosos ofícios festivos. Nos ofícios de Sábado
Sanio (I Noct. I Salm.), da Invenção e da Exaltação
da Santa Cruz (II Noct. 1 Salm.) chama-nos a Igreja a
atenção para a confiança e absoluta paz com que Jesus
Cristo se entregou aos tormentos c à morte, aquela
confiança com que descansou na paz do sepulcro
seguro da sua Ressurreição; na festa do Corpus
Christi (I Noct. I Salm.) lembra as alegrias e as delí
cias que 0 Augusto Sacramento derrama no coração
dos fiéis qu2 o recebem com as devidas disposições;
no Comum dos Confessores (II Noct. I Salm.) põe em
destaque sobretudo o grande uso que estes fizeram da
oração, e o partido que dela tiraram para a santificação
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da sua alma; no Comum dos Márlires (I Noct. II Salm.)
faz-nos ver que realmente Deus operou prodígios em
favor dos seus servos, ou, se se prefere a interpretação
tradicional, os sublimou na glória, após os sofrimentos
e trabalhos da vida; e o mesmo na festa de Todos os
Santos (I Noct. II Salm.).
SALNO 00
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S A L M O 9Ô - tl?
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Quando me invocar liei-de ouví-lo,
estarei com êle na tribulaçâo,
hei-de livrá-lo e glorificá-lo.
Hei-de saciá-lo de dias de vida,
hei-de fazer-ihe ver o que é a minha salvaçáo.
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SALMO 133 - liy
SALNO 133
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vor é também —; e são ainda os anjos e santos do céu
que constantemente entoam o lausperene da glória.
A alma forçada a interromper por sua parte êste
concerto universal, para tomar o indispensável des,
canso, une-sc aos louvores de todos os outros, e fá-Ios
seus, depondo assim, num acto de amor suavíssimo-
um louvor perpétuo ante o trono de Deus,
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SEGUNDA-FEIRA
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MdHnas
I Nocturno
SAUIO 13'62
/ — Corrução universal.
Todos apostataram,
Estão pervertidos.. . Todos!
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Nao há uin que pratique o bem,
nem sequer um! (1)
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SALMO 13-52 -125
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que se complete depressa a restauração de Israel, ou o
número dos escolhidos.
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Por vias duras tem sido o meu caminho,
seguindo as vossas regras de vida
não me tem vacilado os pés.
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Arremetem como um IcSo,
como um leão esfaimado,
como um leSosinho das cavernas.
Levantai-Vos, Yahweh,
ide ao encontro dêlc,
prostrai-o por terra:
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Introdução: Este magnifico salmo é uma espécie de ode
guerreira em que David, reinando finalmente em paz sôbre os
seus vaslos estados, e lançando um olliar reirospeciivo sôbre a sua
vida e lutas passadas, ao recordar os perigos extremos que correra
e a form a maravilhosa como Deus o libertara, as vitórias que lhe
concedera e a grandeza a que o elevara, agradecido, conta os lou
vores do Divino Libertador.
David era porém uma figura de Jesus Cristo a quem mais
cabalmente se aplica êste salmo em sentido tlpico-messiánico.
São palavras que o Espirito Santo põe na bôca de Jesus vitorioso
de iodos os seus inimigos. ( 1 )
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Rodeavam-me as vagas da morte,
e as torrentes de Belial
ndiam-me os laços da mansSo dos mortos,
Estavam armadas diante de mim as redes da morte. (1)
s da morte,
le ia angúeUas
da ana vida mortal, sobretudo às da Peix&o e Morte, em especial o tempo
qae eaieve no aepnicro, em qoe, à letra, esUvt aos laços da Mansão dos
mortos, —e ia qae vai sofrendo através dos séculos no seu corpo mistico.
(2) Começa a descriçlo da intervenção de Deua sob a iorma de ter-
rivel tempestade, sobrenatural pelo modo e pelos efeitos, semelhante a tantas
outras pelas quais Deus se faavia maniieslado a lavor dos israelitas, aobre-
tndo na saída do Egito e conquista da PalesHna. No caso presente parece
nao se traUr dnm real, mas apenas dnm aitiifcio lileririo do shimisla, a qnem
aprenve exprimtr por estas loioas patéticas a maneira inesperada e mara
vilhosa como Deua o aalvara nos perigos e protegera nas empresas.
As bases dos céus, sSo os montes que parecem susti-los.
(3 ) Estas e outras meUtoras nsadas pelo salmisti neste salmo,-poro
artlUclo llttrirto para indicar a Hiça e a malratade das intarvençSe* divinas.
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Voava montado nos querubins, (1)
pairava nas asas do vento.
Fizera das trevas um esconderijo,
envolvia-se ria escuridão como num manto.
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EntSo apareceu o leito do mar,
fôram postos a nú os alicerces da terra,
Ante a vossa reprimenda, Yahweh,
pelo sApro impetuoso da vossa respiração.
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V — Deus procede p ara com os homens segundo
estes procedem para com Ele.
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VII — Rememorando os triunfos devido à assis
tência de Deus.
Destes-rae por escudo o vosso socorro,
e a vossa direita me amparou:
a minha docilidade para convosco me fêz subir. (1)
Alargastes-me o caminho sob os passos,
e não me resvalaram os pés.
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SALMO 1?
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E nas tentações e perigos, nas mais desesperadas
situações da nossa vida espiritual, não deixemos jàmais
de confiar. Ainda que se enfrentem connosco inimigos
mais fortes do qae nós, ainda que nos rodeiem as vagas
da morte espiritual, ainda que nos assaltem as torrentes
de B elial ou do irremediável, se invocarmos a Deus, se
por Ele clamarmos, fará tremer e cam balear a própria
ierra, antes que abandonar-nos.
Ainda que envolto na escuridão do mistério dos
seus desígnios sôbre cada um de nós, Ele estender-
-nos-á a m ão e nos segurará, Ele nos retirará do seio
das profundas águas da perdição.
Não esqueçamos, porém, que Deus é dedicado para
quem lhe é dedicado. Procederá para connosco segundo
a nossa generosidade em sacrificarmo-nos para Lhe
agradar. Ele é o Deus que salva os humildes. Só a
nossa docilidade à sua SS."'" Vontade, qualquer que seja
a pessoa ou coisa de que se sirva para no-la dar a
conhecer, é que nos fará subir até reinar com Ele.
Por fim, só a Ele devemos atribuir as nossas vitó
rias porque só Ele nos adextra as m ãosrpara o com
bate e nos arranca das m ãos do inimigo, e só a Ele
devemos dar a devida glória.
III Nocturno
SALIHO 19
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e angúrios podemos dirigi-los a N. S. Jesus Cristo pelo cada vez
melhor êxito na sua emprêsa, — a salvaçüo das almas.
/— Votos de felicidade.
II — Augúrios de vitória
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Yahweh, salvai o rei,
e ouvi-nos no dia em que v
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In irod u çio: Este salmo, segundo a opinião mais provável e
eomum, é directamente messiânico, e celebra sob uma form a leve
mente alegórica a vitória de Crislo sôbre iodos os seus inimigos. (1)
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// — Esperanças de vitórias futuras.
18 tormentOB do Inferno.
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SALHO 20
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Porque a sua cólera dura um momento,
e 0 seu favor tôda uma vida.
À noite envia, como hóspedes, os choros,
mas logo de manha, os arrebatamentos de alegria.
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V — Outra vez acção de graças p ela cara.
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Laudes I
SALHO 46
(Dêste Salmo tratar-se-á quando do Salmo 45).
SALMO 6
Introdução t Oração em que o salmista pede a Deus que o
guie em conformidade com a sua justiça e santidade, e o defenda
dos seus inimigos. Em sentido mistico esta oração convém à Igreja
e à alma cristã pedindo a Deus que a guie, a livre dos escolhos
espirituais, e lhe reprima os inimigos.
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Nem os fanfarrões o direito de permanecer (1)
ante a vossa face.
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Que caiam por causa das suas tramas,
destruí-os por causa dos seus muitos crimes,
porque se revoltaram contra vós. (1)
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que verdadeiramente O amam sôbre tôdas as coisas, e
para os gozos e bênçãos eternas de que inundará a sua
alma na glória, o que muito claramente nos é permitido
na última estrofe deste salmo.
No Oficio de Defuntos (I Noct. Antif. e Salm. I),
faz-nos pedir a Deus que guie a alma e lhe aplane o
caminho nas regiões de terrível incerteza e mistério
onde se entra após a morte e a faça chegar segura à
sua presença beatífica.
SALHO 28
Introd u ção: Canta-se a majestade de Deus manifestada
numa tempestade. (I)
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II— A m ajestade de Deus na tem pestade e seus
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III— O iaçõo p elo povo.
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GAinOO DE DAYID
(I PARALIP. XXlX, 10-14)
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agradecer e louvar a Deus pelas imensas riquezas,
favores e dons espirituais de que nos tem cumulado.
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Laudes II
CAITICO DB I8AIA8
(CONFITEBOR TIBI...)
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Haurireis com alegria água das fontes da salvação, e direis
nesse d ia: (1)
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Aí temos a fonte do Baptismo que nos dá, como
em gérmen, a graça santificante, os dons do Espírito
Santo e as virtudes sobrenaturais, tornando-nos filhos
de Deus; aí temos a Confirmação que nos desenvolvo
e fortalece êsse gérmen, tornando-nos mais fortes e
abundantes aqueles dons e virtudes; ai temos a Peni
tência ou Confissão qué no-lo restaura, quando extinto,
e faz reverdecer, quando definhado, combatendo ao
mesmo tempo as doenças que o atacam; aí temos a
Comunhão em que recebemos o próprio Autor da graça
que no-lo alimenta, faz crescer e desabrochar em florem
e frutos, até ao seu completo desenvolvimento na vida
eterna : aí temos, numa palavra o manancial inexgo-
tável do amor imenso do Coração do nosso Deus jor
rando nestas fontes, brotando por fora delas, por tôda
a parte nos envolvendo e deificando.
Compreende-se então o entusiasmo do profeta
dizendo: — Grita, clama sem cessar os louvores de
Deusl Exulta, salta de amor e entusiasmo, gente de
Sião, gente da Igreja, porque é grande em ti o Santo
de Israel! — Grande por tudo, mas principalmente pelo
seu amor misericordioso.
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Prima
SALHO 23
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II — 0 inocente e fiel a Deus.
O de mãos inocentes e coração puro,
' que não é dado a fraudes,
nem jura falso.
Esse obterá a bênção de Yahweh.
e a justiça do Deus sua salvação.
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SALMO 14
( de MATí H. I NOCT.)
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Considerações e aplicações litúrgicas: Quem
será digno de subir ao Monte de Deus?
— Quem será digno de hospedar-se na sua tenda ?
0 Monte de Deus, a Tenda de Deus, é a Igreja
Católica, — a militante dêste mundo e a bem-aventu
rada do outro; — são os templos onde lhe prestamos
culto, onde Ele está presente e nos ouve, mais do que
outrora em Sião, onde nos hospeda servindo-nos o deí-
fíco pábulo dos seus sacramentos, em especial a sua
própria carne e sangue; é, finalmente, o céu onde nos
será dado fruir perenemente dEle e de todos os seus
bens.
Quem, pois, será digno? - Quem será bom cató
lico, digno fiel que preste a Deus um culto aceitável?
— Quem será digno ministro seu, que ofereça digna
mente a Hóstia Sacrossanta? Quem entrará após os
trabalhos desta vida, no gôzo do seu Senhor?
Atentemos bem na divina resposta : — 0 de m ãos
inocentes, o de coração puro, o perfeito em sua vida, o
que pratica a ju stiça. , .
. Santidade nas obras, pureza nos pensamentos e
intenções, suma honestidade em todo o viver, a maior
perfeição possível em todos os actos e, cobrindo e
informando tudo isto, uma ardente caridade, eis as
qualidades que deve possuir o que, se proponha subir
ao Monte de Deus e morar no seu Lugar Santo. Dêstes
é que é a verdadeira raça dos que procuram a fa c e do
Deus de Ja c o b e que obterão a bênção do Senhor, êstes
os que jàmais trepidarão ante a face do Supremo Juiz.
Este salmo é dos que mais largo uso e aplicação
teem na Sagrada Liturgia. No Oficio Feriai^ ou apli
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cado à Santíssima Virgem e aos Santos, nos seus res
pectivos ofícios, parece mais consentâneo entendê-lo
no sentido em que acabamos de o considerar.
Aplicado a Jesu s Cristo, entende-se particularmente
da sua entrada majestosa, ora no Templo (Circuncisão),
ora no Limbo (S ábado Santo), ora no céu (A scensão);
da sua realeza gloriosa (Cristo-Rei), etc.; da posse
que toma dos templos (Of. da D edicação) t das pes
soas (R ito da im posição da prim a tonsura) especial
mente consagradas ao seu culto e serviço, etc.
Aos Anjos nos ofícios das suas festas, aplica-se
como aos príncipes e guardas das portas celestiais (Lic.
da Vulg.)
SALMO 18
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Não é uma noticia, não são palavras.
cujo som se não possa ouvir:
O som delas espraia-se por toda a terra. (1)
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o temor de Yahweh é santo,
e para sempre estável. (I)
Os decretos de Yahweh são verdade,
e inteiramente conformes com a justiça.
(I) 0 temor dc Dcu.s ensinado e incutido pcla Lei parece ser aqui
tomado como sinônimo da mesma Lei. É estável para sempre, porque náo
contém em si mesma nada que a faça caducar, ou porque venha a necessitar
de
te reforma. ' .
(2) Reflexão
keiiex dolorosa provocada p c k i palavijís anlerioresl Sjíndo a
Lei de dIus U9 (So perfeita, ninguém a óbservrf pírfeitairienfe. )0 sal
__ e. ,,..............,
Uo boa
ta súplica ardenie,
mista, niinla ap#lA
náa n arla a nana nariiBn H
pede aaaaa (aUae inarluarlS#4ae
e devidas á Iraqueza
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V — Que Deus me livre de todo o pecado e das
ocasiões do mesmo.
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suave jugo da sua Lei, mais doce que o mei, que o
puro mel dos favos.
Se 0 preferirmos, podemos antes insistir na inter
pretação mística e alegórica, tão do gosto dos nossos
pais na fé, e admirar a maravilha da prègação e pro
pagação da fé através dos tempos e dos espaços, essa
fôrça irresistível com que vai lenta mas seguramente
avassalando os povos e levedando a massa da huma
nidade até a transformar no bom pão de Cristo. Admi
raremos então esses astros de primeira grandeza que
vão pelo mundo difundindo a luz da fé — os apósto
los. (Fest. Apost.)
Semelhantemente se aplica aos anjos considerados
como luzeiros do firmamento dos céus. (Fest. Angel.)
Temos ainda a explorar o rico filão da alegoria
solar, — o Verbo Divino que, vindo do extremo que é
o seio da Divindade e surgindo-nos dessa tenda magní
fica que é a Virgem sua mãe, — tenda ricamente ornada
de todos os dons da natureza e da graça onde Ele rea
lizou 0 seu noivado místico com a natureza humana,—
aparece no mundo em carne mortal, e, radiante de amor
e entusiasmo pela glória de seu Pai e pela salvação dos
homens, derramando sobre todos eies o calor benéfico
da sua graça, avança como um heroi para o sacrifício
da própria vida na Cruz, — o zenite da profundidade,
— para logo subir gloriosamente a sentar-se à Direita
do Altíssimo. Neste último sentido aplica-se a Jesus
Cristo, à Santíssima Virgem sua mãe e às virgens e
não virgens suas espôsas, nas suas respectivas festas
em geral: — Como um noivo ao sair da alcova nupcial
com o um heroi, surge jubiloso para percorrer o seu curso.
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Tércia
SILNO 26
Introdução: O salmisia, ao pedir a Deus socorro conira os
inimigos, começa po r agradecer os triunfos j á obtidos, — os quais
atribui à intima uniáo em que se mantém com Ele, e por fazer um
acto de confiança de que será, mais uma vez, atendido. (1)
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II — Vantagens da fam iliaridade com Deus.
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IV — Salvai-m e dos inimigos.
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No entanto, imitando o santo rei David, não dei
xemos de acompanhar a nossa confiança de generosos
esforços e de muita oração. — N ão me abandoneis, ô
Deus meu Salvador, não me oculteis a vossa face, mos
trai-me, Senhor, a vossa via, dirigi-me pelo caminho
plano, por causa dos que estão de em boscada contra
mim, e não me entregueis á sanha dos meus inim igos!...
«Áquele que faz o que pode não nega Deus a sua
graça!»
Do mesmo direito não é excluído o simples fiel,
porque, se não habita, tão pròpriamente, na casa de
Deus todos os dias da sua vida, nem por isso deixa de
cuidar do seu santuário, do seu santuário predilecto, —
que é a própria alma. — Cuidar da nossa alma, puri
ficá-la cada vez mais, é também cuidar do santuário de
Deus. . .
Confiança, pois I — Se há pais que enjeitem os
filhos, Ele não nos enjeitará. Ele o diz: Sejamos pois
fortes e revistamos de firm eza o coraçã o!
Nas tentações, nas contradições, nos fracassos da
nossa pobre vida. . . quando o pêso dela nos acabru-
nhar, quando o tédio nos invadir... digamos cheios de
confiança: — Creio-o ! — Hei-de ver o bem de Deüs na
terra dos vivos !
A Santa Igreja canta este saimo nas Matinas de
Sexta-feira Santa (I Noct. Salm. 3 ), sobretudo pelos
versículos 3 e 4 da 4.» estrofe, tradução da Vulgata,
que toma para antífona e que aplica ao que Jesus teve
a sofrer dos falsos testemunhos contra si proferidos
nos diversos tribunais em que foi julgado e que mu
tuamente se destruíam.
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Canta-O ainda no ofício de Sábado Santo, tomando
para antífona o penúltimo verso desta mesma estrofe:
— Creio-o, etc., que pOe na boca de Jesus como um
brado de esperança na sua ressurreição.
No mesmo sentido o aplica aos fiéis defuntos no
seu respectivo ofício.
SiUIO 27
In lrod u ção: Prece pedindo socorro contra os inimigos,
seguida de acçõo de graças por ter sido atendida. (1)
(t) Era sentido misllco, este prece pode pôr-se na bôca dc N. Senhos
Jesus Cristo on de qnalquer ilel atribulado.
(2) NSo me envolvais no castigo dos impios-matando-me com eles...
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T ratai-os segundo as suas obras,
segundo a malicia do seu proceder.
Tratai-os segundo as obras das suas mãos,
dai-lhes a paga que merecem.
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C o nside ra çõ e s e a plicações lilúrgicas ; Neste
salmo encontramos ainda uma bela oração, toda repas
sada de filial confiança, a que podemos recorrer nos
transes aflitivos da nossa vida, e mesmo nas circuns
tâncias normais, contra os inimigos da nossa alma.
A ela recorre a Santa Igreja, no Ofício dos Fiéis
Defuntos, (ad Prim.) intercedendo ante o Divino Esposo
por aqueles filhos queridos, e dizendo em nome deles:
— P ara Vós a p e lo . . . Não fiqueis afastado e silencioso
para que não seja contado no número dos que baixam
00 ab is m o . . .
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Sexta
SIUNIO
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Nas vossas mãos ponho a minha vida:
haveis de salvar-me, Yahweh.
Sendo o Deus da verdade, odiais
todos os que se entregam a mentirc
e no coraçao de Dens
a aoa própria piedade e confiança, pois que muito ao contrário dos idólatras
s idoios vlos ou nos homens de
as, —ele entrega-se, abandona-se
: confiado de que nlo será por Ele abando-
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sou esquecido como um morto de que já se perdeu a lem
brança,
como um vaso quebrado. (1)
os tribunais e até
vaias e insultos.
(2) «Terror a ele por todos os lados!» Frase da II
tória. Que seja espantado e acossado por todos os lados como ferá que se
quere exterminar.
(3) O rcsplendor da face de Deus é um olhar de simpatia porladof
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Que se tornem silenciosos
os lábios mentirosos,
Que vomitam insultos contra o justo,
com orgulho e com desprezo.
Amai a Yahweh,
vós todos, devotos seusl
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Yahweh é fiel,
e paga com juro,
ao que procede orgulhosamente.
Sêde fortes e armai de firmeza o coração,
vós todos os que pondes em Yahweh a vossa esperança.
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mentos. Nas nossas próprias tributações, tanto espiri
tuais como corporais, imitemos o seu amoroso abandono
à vontade de Deus. E ante o encarniçamento dos nos
sos inimigos não deixemos de clamar com Ele cheios
de filial confiança: Senhor, em Vós me refugio! Nos
vossos m ãos ponho a minha vida! Que não seja con
fundido ! Não, não haveis de eniregar-me nas m ãos do
inim igo!
Assim 0 entende lambém a Santa Igreja extraindo
deste salmo vários elementos litúrgicos que aplica à
Paixão do Senhor e á de sua Santíssima Mãe na Festa
das Dores, do mês de Setembro.
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Noa
SALMO 31
. (1) « ... a que se tira a falta»Com pare-se esta loeuçlo com estas
outras;-Tirar uma dor; tirar um cuidado; tirar um defeito. Espírito sem
artificio é o que nSo dissimula nenhuma ialia i sua própria consciSocla ou
aos outros, nem a pretende apresentar diminuída ou com aura simpática.
(2) As grandes dores morais produzem por acçSo reflexa sAbre o
organismo uma Impressio nervosa como de se ter os ossos desfeitos.
(3) Deus torna muitas vezes amarga a vida do pecador para que
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0 meu viço ia-se convertendo
numa secura como de estio, (1)
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Não sejas como o cavalo,
como o estúpido muar!
Dominas-lhes os queixos com o freio e bridão,
porque doutra maneira não se chegam. (1)
(1) «N«o sejas com o...»: - NSo sejas contumaz no pecado, mas
obedece prontamente à voz da consciência, sem esperar pela acçlo violenta
de Deus ou pelo seu castigo, como um irracional que só por meloa violentos
entra na ordem.
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Introdução: Simples cântico de louvor a Deus, pela sua
fidelidade. Justiça e benevolência; por velar pelo seu povo, e frus
trar os traiçoeiros ardis do inimigo.
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Que toda a terra tema a Yahweh,
que diante dele tremam todos os habitantes do universo.
Porque disse e tudo foi feito,
ordenou e tudo ficou existindo.
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A nossa nima espern em Yahweh:
Ele é o nosso auxílio e o nosso escudo.
Sim, neie se nos alegra o coração:
sim, temos confiança no seu Nome Santo,
Que sobre nós actuc a vossa benevolência,
assim como o esperamos de Vós.
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Nao lhe falta justiça e conhecimento de causa para
dar a cada uin o que lhe merecerem suas obras.
Ele vê . . . Ele observa do alio dos céus iodos os
hom ens! Ele form ou os corações de to d os. . . Conhece-
-lhes a fundo as obras, e am a a justiça e a rectidão.
Exultai, pois, justos em Deus.
Exultemos nós todos os que Ele se dignou revestir
no Baptismo de justiça e santidade pelos merecimentos
de Jesus Cristo, Exultemos e louvemo-lo, porque nos
compete verdadeiramente louvá-lo. . .
Aplicado aos Mártires, (Com. Mart. 3 Noct. Salm.
1), este salmo é como que um eco daquelas palavras
de Jesus Cristo: — «Não temais! Todos os cabelos da
vossa cabeça estão contados . . . Nem um só se per
derá I* Apesar das aparências, Deus inutilizou os pla
nos dos seus inimigos, livrou-lhes ao s Mártires a alm a
da morie, e agora vivem e reinam com Ele na eterna
felicidade.
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Vésperas
Yahweh, salvai-mel
Sim, Yahweh é compassivo e justo...
O nosso Deus há-de ter misericórdia...
(E eu invoco o nome de Yahweh). (1)
(1) Este hemlstíqalo que se repete trés vezes por Inteiro e qne ilndt
deixou vestígios noutros lugares, tem lodo o aspecto de ser nm estribilho
repelido em cada grupo de versos, mss que os copistaa deixariam atráa,
como tantas vezes sucedia. Restauramo-loa segundo as conjectoraa de
Hugueny e ontroa autores,
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U — Devido ao socorro divino o saim ista está salvo
Yahweh toma a seu cuidado os desamparados...
Eu estava na última mas Ele valeu-me...
Volta, minha alma, à tua paz,
(e eu invocarei o nome de Yahweh),'
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NSo é coisa de somenos aos olhos de Yahweh
a morte dos seus servos.
Yahweh, sou vosso servo,
(e invoco o nome de Yahweh).
C o n s id e r a ç õ e s S a lm o eminentemente próprio
para a acçSo de graças, qualquer que seja o benefício
obtido.
Optimo para depois da comunhão, da confissão,
etc., mas sobretudo para agradecer o socorro obtido
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em qualquer aflição, como a vitória duma tentação
obsidiante, por exemplo.
Sente-se circular no ámago destas frases simples
um entusiasmo, uma gratidão, um amor tão vivos, que
parece quererem estalar o invólucro das palavras e ex
plodirem nos grandes arrebatamentos. Mas a proximi
dade da angústia, mal passada ainda, e a experiência
da própria miséria, tornam-nas discretas, comedidas,
tímidas quase.
Não se harmonizam igualmente bem estes senti
mentos com a nossa situação de culpados ante as con
seqüências fatais das nossas faltas e o amor misericor
dioso de Jesus que delas nos vem salvar?
Na Sagrada Liturgia apIica-se este salmo na sua
primeira parte (Salmo 114) às almas do Purgatório no
seu respectivo Ofício. 0 y .: — Envolviam-me os laços
da morte, estava nos brqços da mansão dos mortos, e
este outro:— Andarei diante de Deus na ierra dos vivos,
exprimem adequadamente os sentimentos das Santas
Prisioneiras do Purgatório, por um lado, sofrendo indi-
zlvelmente, mas pelo outro, agradecendo a Deus, cheias
de amor, de resignação e duma alegria calma pela cer
teza da Salvação, o tê-las retirado dos perigos do mundo
e posto em lugar seguro.
A segunda parte do mesmo salmo, ou seja o sal
mo 115, tem mais larga aplicação. 0 ^ — Com que
retribuirei ao Senhor todos os benefícios que me tem
feito? Tomarei o càlis da Salvação e invocarei o nome
do Senhor, foi escolhido, com muita felicidade e acerto,
para exprimir os sentimentos do sacerdote na missa,
naquele momento psicológico em que, tomada a hóstia
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sacrossanta, ao medir o abismo de indignidade que
medeia'entre a excelência e sublimidade do beneficio
recebido e a sua própria miséria e absoluta impotência
de corresponder ou até de agradecer condignamente,
sente-se como que atônito, perplexo, tentado a dizer com
S. Pedro: - «Retirai-vos de mim, que sou homem pe-
cadorl»; e outro partido não vê senão tomar também
0 cális do sangue divino com tanto mais amor e humil
dade, quanto mais pobre e indigno se reconhece.
Nos Ofícios das festas de Cristo, — Quinta e Sexta-
-feira Santa, Corpus Christi, S. Coração, S. Nome de
Jesus, — na das Dores de Maria durante a Quaresma,
e nas dos Santos, — Com. Apost., Com. Mart., Omnium
Sanctorum, — a aplicação ao Mistério celebrado gravita
toda em volta da palavra calis, e da sua significação
mística — 0 cális da Paixão em Jesus Cristo e sua San
tíssima Mãe, cális de que os Santos tomaram parte pe
los seus trabalhos e sofrimentos no mundo, e o cális
de felicidade que gozam agora com Ele no céu.
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Que salário e gratificação te será dado,
língua pérfida?!
As frechas aceradas do Omnipotente,
e abrasadores carvões de giesta. (1)
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0 que Jesus sentiu no seu coraçSo e nSo deixou
de exprimir naquela frase, sente-o, na sua medida, e
discípulo de Cristo, — sobretudo se é dotado de senti
mentos nobres e delicada natureza, — obrigado, como
se vê, a viver no mundo e a suportá-lo. Mas tudo isso,
sofrido com resignação e conformidade com a vontade
de Deus nos ajudará a desapegar das coisas terrenas
e anelar mais fortemente pela Pátria Celeste. — Al de
mim que moro em M eschek!
Recita-se este salmo, além de no ofício feriai, no
de Quinta e Sexta-feira Santa e no das Dores'de Maria
no tempo quaresmal., A Igreja tomando para antífona
0 versículo final, — Sou a própria paz m as eles logo
que lhes falo fazem -me guerra, chama-nos sobretudo a
atenção para a mansidão e humildade com que Jesus
se entregou nas mãos dos seus inimigos.
No Ofício de defuntos a Igreja põe na bôca das
benditas almas do purgatório ‘aquela queixa: — Ai de
mim, que muito se me prolonga o meu desterro! (Liç.
da Vulg.)
SALN02120
Inlrod u ção: Espécie de solilóquio em que o salmista se
anima a esperar e a sofrerlcom resignação, considerando que Deus
de ninguém se esquece e a'jilnguém abandona.
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— N3o, não permitirá que te vacile o pé.
0 teu guarda não dorme.
Não, não cabeceia nem dorme,
0 guarda de Israel.
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Leiamos então este salmo com vagar e a nossa
alma sentir-se-á reconfortada.
Recita-se este salmo no Oficio de defuntos como
uma prece para que o Senhor acompanhe e guarde a
alma nessa terra desconhecida e de terrível mistério em
que se entra após a morte. — Que o Senhor ie guarde
de todo 0 mal, que ie guarde a tua pessoa, que guarde
a tua entrada e a tua saida, agora e por iodo o sempre.
(Liç. da Vulg.)
SiLNO 121
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II— Prece pela prosperidade de Jerusalém .
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Compleíaâ
SALMO 6 6 1 ^ ( 1 )
(J) Segundo Hontelm, Zenner e outros, estes dois salmos aSo apenas
duas partes do mesmo salmo. O coleccionador encontrando as duas p a rta,
correspondentes aos dois coros, escritas separadamente, como estavam para
uso dos cantores, InserIu-as também separadamente na colecçfio, dando um
número a cada uma, como se fossem dois salmos. A hipótese é engenhosa.
Como o facto dos dois salmos, assim juntos e
0 todo nm sentido mais harmônico e
toma bastante plausível, e como por ontro lado o sentido em nada flea pre
judicado, sendo fàcilmente distinguível e separável o que ê dum e doutro,
aceltámo-ia pela autoridade dos autores e padrinhos.
(2) Esle salmo pode apllcar-se tanto a J. Cristo sofrendo pelos nossos
pecados e pedindo a seu PsI a sua ressurreição e glorlflcaçBo, como á alma
pecadora e penitente, que geme a sua miséria e pede a Deus que a cure ou
emende.
(3) Pensamento delicad oPed e-se a Deus, nSo que nfio casilgue,
porque se tem consciência de merecer., castigo, e se acellsm os castigos
SBlutares como coslumam ser as dores e penas desta vida, mas que nfio
castigue Indignado, encolerlzado, como quando castiga com a subtracçfio de
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II — (Salm. 12). Até quando me abandonareis ?
Esgoto-me a gemer,
todas as noites banho o leito em prantos,
inundo a cama de lágrimas.
Consumiu-se-me a vista de mágoa,
está obscurecida por causa de todos os meus inimigos.
dados ainda, no tempo de David, pela Revelaçào, julgavam que ela, antes
da ressurrelçlo finalj jazeria numa espécie de letargo incoiiscienie, num
estado de trevas e esquecimento, numa mela vida, que a todos causava
horror. Daqui o dizer o aalmisla qne nào poderia louvar a Deus no estado
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■ IV — (Salm. 12). Continuai a dispensar-m e a luz
da vida para que n ão triunfem os meus inimigos.
Dai-me luz aos olhos para que não adormeça na morte, (1)
nâo diga o meu inimigo: «Levei a melhor dele.»
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rando nas agonias da ascese, se vai purificando, mais
ou menos lentamente, daquele fluido de pecado de que
se sente embebida ainda alé ao âmago.
Lembrar-se de que tanta vez e com tanta malícia
ofendeu o seu Deus, esmaga-llie o coraçSo; ver que
muito tem ainda que 0 desgoste, desassocega-a e
aflige-a; saber que é muito provável que venha a
ofendê-10 gravemente alguma vez mais, aterroriza-a;
ter de lutar constantemente contra as suas faltas e de
feitos, sem cessar renascentes, fatiga-a, e a inabalável
continuidade da sua miséria, ao parecer jamais dimi
nuída e tantas vezes acrescida, deprime-lhe o ânimo e
enche-a dum tédio insuportável. É entáo que bem pode
compreend.er e apreciar este salmo — primeiro dos pe
nitenciais. Nele encontrará acentos divinamente inspi
rados com que exaltar no coração de Deus as suas
mágoas e arrependimento, e sentidas súplicas com que
atrair-Lhe a incansável misericórdia.
Algo de semelhante deve ser o estágio da alma no
Purgatório, e por isso a Igreja lhe aplica o mesmo
salmo, por antífona, no Ofício de Defuntos, com a
ardente súplica: — Mais uma vez, Senhor, libertai-me,
porque na morte não sereis lembrado.
Aplicado à Santíssima Virgem na festa das Dores
exprime a angústia imensa da sua alma nos vários
transes dolorosos da sua vida mortal.
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SALNO 7
II — Estou inocente.
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III — Senhor fa z e i púbiica justiça à minha ino
cência caluniada.
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Elohim éu m juiz justo;
está sempre disposto a punir o mal. (1)
Sini, mais uma vez afia a espada,
retesa e prepara o arco,
Prepara contra o impio armas mortíferas,
envia flechas incendiárias. (2)
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Considerações e aplicações litúrgicas • Outro
salmo eminentemente próprio para a hora de Comple
tas, — a oração da noite I
A alma penitente, acabando de medir, no seu exa
me de consciência diário, o terrivelmente precário da
sua situação espiritual, — encarniçadamente combatida
a toda a hora pelos seus inimigos, e, duma forma espe
cial, pelos demônios, insufladores de todas as tentações
— sente necessidade de clamar angustiadamente pelo
seu Deus, a sua única esperança de salvação, e um
clamor angustiado contra os inimigos é todo este
salmo.
Oxalá possamos protestar também, ao pedir o au
xílio divino: — Senhor, não fiz isso, se alguma iniqüi
dade se me a p e g o u ..., e dizer com segurança:—yu/ga/-
~me segundo a vossa jusiiça'J
Na estrofe V abre-se-nos uma reconfortante visão
de esperança augurando-nos,— o que mais tarde diriam
S. Paulo e S. Agostinho: — «Que aos que amam a Deus,
tudo ajuda para bem, até os p ecados!» y' ,
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TERÇA-FEIRA
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Mah
SALHO 34
(1) Coiil. Joan. XV, 25: Acl. I, 30; Rnin. II. 7 a 10. Todas catas
ciladas e pcrscgiiiçOes dc que se queixa o salmista, sc referem cm geral aos
soirimcntos de N. S. Jesus Cristo sendo porém difícil estabelecer pormenori
zadamente a corrcspondíiicia.
(2) Mctálorn tirada dos usos guerreiros do tempo. Como se vê, o Sal
mista representa-nos Deus sob a tigiira dum guerreiro, e cada gueneir.Q,t(fifa
dois escudos, —um pequeno que levava no braço « com quej^fjíX-ya os gol
pes, outro grande que o escudeiro levava, e cjynjfjé' sc abrigava naigum
combate mais renhido.
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Que recutm cobertos de opróbrio,
os que tramam a minha desgraça.
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E eu, quando êles estavam doentes, vestia-me de cilicio,
morfificava-me com jejuns, (1)
e a minlia oração recaia-me sem cessar no seio. (2)
Como se fôsse por amigo ou por irmão, andava pesaroso,
como se trouxesse luto de mãe, andava atlito, cabisbaixo. (3)
>rque o Sal-
nSo 0 acu
sava a sua consciência porque nenhum crime havia cometido.
(5) «Grande assembleia . . . numeroso povo*. . . : — Os que desejavam
viver em paz com todos, os pacíficos habitantes do pais, como o Salmista se
expressa pouco depois, e que eram a maioria do povo, ainda que de sua
natureza, maioria sempre inerte. É com estes que o Salmista, salvo por Deus,
e apossado do poder, segundo a promessa divina, promete dar graçaa. Mlstl-
camente porém esta grande assembleia é a dos qrentes, a Igreja, na qnal e
como seu chefe, Jeaus dará graças ao Pal por todos os séculos dos séculos.
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Porque não é de paz que tratam,
a respeito dos pacíficos habitantes do pais.
Perfidias, é o que êles meditam!
. . . E fazem-me visagens.
D iz e n d o :-« A h ... a h . . . !
Regala-nos vê-lo!»
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Que sem cessar digam:
- Glória a Yahweh,
que é favorável à paz do seu servo!
E a minha língua há de publicar a vossa justiça,
0 vosso louvor todo o dia.
II Nocturno
SAllO 36
Introdução: Salmo sapiencial, alfabético, versando o pro
blema da felicidade e prosperidade dos maus em contraste, quase
sempre, com os sofrimentos e sorte adversa dos Justos neste mundo.
0 salmista procura precaver os fiéis contra a tentaçüo permanente
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que este fa d o constitui para as almas de f é pouco firm e, insistindo
sobretudo neste argum ento: — Que a prosperidade dos maus é
transitória, que a sua posteridade não se manterá, e que são os
mansos e justos os que virão a possuir a terra. (I)
Delxa*te de arrebates,
não te irrites: isso só te serviria para tua desgraça.
Porque os maus serão exterminados,
e os que esperam em Yahweh é que hão-de possuir o país.
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Ainda um pouco e já o mau não existirá,
Se oihares para o lugar onde estava terá desaparecido.
Mas os humildes possuirão o país,
gozarão as delícias de uma profunda paz.
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O ímpio pede emprestado e não paga:
mas 0 justo gosta de fazer bem e dá esmolas.
Sim, os que bendizem a Deus possuirão o país,
e os que o maldizem serão exterminados. (1)
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Tem a Lei de Deus no seu coraçio,
e os seus pés jamais trepidam.
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devemos ver aquela outra muito mais perfeita que do
mesmo nos dá a nossa fé.
N ão te irrites por causa dos m au s!
Bem se sabe que o ímpio conspira constantemente
conira o Justo, que desem bainha a espada das suas vio
lências, e retesa o arco da sua malvadez para disparar
as setas das suas mentiras e calúnias contra a Igreja e
os seus fiéis, para imolar os que seguem o recto cami
nho. — Mas 0 Senhor ri-se do impio, e todos os seus
manejos serão baldados, pois nada será capaz de nos
separar da Caridade de Cristo se o não quisermos,
antes tudo nos ajudará a conseguir o Sumo Bem.
A eles, porém, a sua maldade apenas lhe servirá
para perda eterna, porque a espada do ímpio há-de
trespassar-lhes o próprio coração.
N ão invejes os fabricantes de iniqüidade, aqueles
que só vivem para a carne e suas concupiscências,
nem todos os seus prazeres e delícias!
Este mundo é deles. . . e nós não somos deste
mundo! A eles basta-lhes «viver a sua vida», com
todo 0 realismo que esta expressão encerra, contanto
que a um prazer se suceda logo outro, e o tempo lhes
vá decorrendo num redopio febril, gozando e buscando
que gozar. A nós, só nos basta viver a vida do pró
prio Deus com todas as delícias que nela se conteem.
Eles têm, apesar de tudo, as suas bondades para
recompensar. Essa recompensa têm de recebê-la aqui,
visto que prescindem da felicidade eterna, e Deus prevê
que efectivamente a não hão-de merecer. E nós temos
as nossas faltas que é necessário purificar, as nossas
aderências aos bens falazes que é necessário cortar
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para que adiramos única e exclusivamente ao Sumo
Bem. Ora 0 grande elemento purificador das almas é
0 sofrimento.
Não invejemos pois a sorte dos gozadores e videi
ros, porque nos aguarda uma felicidade eterna e supe
rior a tudo 0 que podem ambicionar os nossos desejos
os mais pictóricos.
Diligenciemos, isso sim, conservarmo-nos afastados
do m al e praticar 0 bem. Quanto ao mais, entreguemos
a Deus 0 cuidado da nossa sorte, até mesmo espiritual.
Deixemo-nos conduzir por Ele, aquiescendo à sua San
tíssima vontade, porque Deus dirige os p assos do homem
justo. Se cair não se estenderá por terra, porque Deus
0 sustém com a mão.
Ele fa r á brilhar a nossa justiça m ais que 0 pleno
meio-dia e gozarem os das delicias de uma profunda paz.
III Nocturno
S U M O S7
In iro d u çio : David, perseguido pelos inimigos, abandonado
dos amigos, reduzido à última miséria pela doença e pelo desgOsto,
reconhece nos seus males ama conseqüência dos seus pecados,
aceita-os com resignação, mas pede a Deus que dele tenha mtsert-
córdta.
Davtd representava N. S . J . Crtsto sofrendo petos pecados
dos homens, e po r tsso lhe põe a Santa Igreja este salmo nos lábios,
sobretudo na sua Paixão.
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Porque se me cravaram na carne as vossas setas,
e se torna pesada sôbre mim a vossa mJo.
er que esta
doença fosse apenas a doença moral do pecado e coiruçBo da natureza, c que
todas as ezpressSes que parecem referir-ae a uma doença real, se devam
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E eu sou como um surdo que nSo ouve,
como um mudo que não abre a bõea:
Sim, sou como um homem que nada ouve,
em cuja bôca não há réplica.
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havíamos merecido com os nossos pecados, — sentido
que a Igreja adopta, sobretudo no Ofício da Paixão,
(Fer. VI in Parasceve II Noct.) — este salmo pode tam
bém aplicar*se a cada um de nós, e entender-se dos
nossos males espirituais.
Com ele confessamos as nossas culpas e deplora
mos diante de Deus as desordens da nossa natureza,
conseqüência do pecado original, pedindo-lhe remédio
para os nossos males. Por isso a Igreja o incluiu no
número dos penitenciais.
Os Santos Padres, em geral, insistem bastante
sôbre este sentido místico. Assim, as chagas fétidas e
purulenias são as feridas da natureza humana, isto é,
aquelas degenerescênciás e deformações do ser moral
de que o homem ficou sofrendo desde a queda origi
nal; 0 fogo ardente que consome os rins, é o fogo da
concupiscência; os que me querem tirar a vida e me
armam ciladas, são os nossos inimigos espirituais, etc.
Uma aplicação flagrantemente apropriada é a que
se faz às almas do Purgatório gemendo e expiando as
suas faltas ho meio das chamas. (Of. Def. ad Tert.)
SALMO 38
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I — David, tentado a queixar-se de Deus, resiste
meditando no nada da vida humana.
Calei-me... inclinando-me...,
guardei silêncio, m as... sem o bem ...
e a minha dor exacerbou-se-m e!
0 coração abrasou-se-me no peito,
lavrou nele um incêndio enquanto reflectia,
e as palavras vieram pôr-se-m e sôbre a lingua.
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Calo-m e... Nâo abro a bôca,
porque é obra vossa. (1)
Com castigos merecidos pela ii
destruis-lhe ã beleza como a tra ça ...
Um sôpro apenas, eis o que é o homem!
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Invade-nos então às vezes um tédio e um despeito
mortais, e sentimo-nos levados à revolta, talvez até à
blasfêmia.
É a ocasião de dizer: — Calo-me porque é obra
vossa 1
Os juízos de Deus são incompreensíveis e as suas
vias imprescruláveis! — Delas nada mais sabemos que
0 princípio — o seu inefável amor para connosco, e o
fim^— a superabundante felicidade a que nos quere
conduzir. E nunca esta máxima é tão verdadeira como
quando se trata da nossa vida espiritual.
Quando, pois, desanimados, nos ócorra perguntar
com 0 salmista: — £ agora qué posso ea esperar?!,
respondamos logo reagindo: — iMas não está em Vós,
Senhor, a minha esperança ? !
Sim a nossa esperança está em Deus sòmente!
E enquanto nos restar um alento de vida, enquanto
pudermos elevar para Ele um simples olhar de con
fiada súplica com sincero arrependimento dos passa
dos desvarios e decidida vontade de fazer o que em
nós está presentemente para não os repetir, nada está
perdido. Quando nos julgamos mais pobres e destituí
dos de todo 0 humano recurso é quando estamos mais
perto de ser revestidos das suas inefáveis riquezas.
É então que como meninos nos devemos arrojar nos
braços de Deus com amoroso c cego abandono.
É 0 Se não vos fizerdes como m eninos... do Evan
gelho, que Santa Teresa do Menino Jesus tão bem
soube compreender e pór em destaque.
Um menino nada tem e nada pode. A sua única
riqueza, a sua irresistível fôrça, são sorrisos e beijos.
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O seu Único recurso nas necessidades é levantar cho
ramingando os bracinhos para os pais. Por isso mes
mo nada se lhe exige. Por isso mesmo — por essa sua
impotência, fragilidade e indigência — é que mais se
guro e rico vive, nada lhe faltando e nada tendo a rc-
ceíar, no brando ninho, no abrigo couraçado do amo
roso carinho e terna solicitude de seus pais.
É pois como meninos — embora não perdendo de
vista que o não fomos talvez para pecar, e que com
castigos m erecidos pela iniqüidade corrige Deus o ho
mem — que nos insucessos, desastres e várias tribula-
çOes da vida, devemos elevar ao nosso Pai do Céu os
nossos braços suplicantes dizendo: — A fastai de mim,
Senhor, os vossos açouíes. (Antif.)
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Laudes I
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:S e vinde aos átrios seus,
prostrai-vos ante Yahweh com vestes sagradas
tremei ante Ele habitantes todos da terra.
e os céus,
exulte a terra,
solte 0 mar e tudo o que contém os seus bramidos.
Alegrem-se os campos e tudo o que neles há,
exultem todas as árvores das florestas em seu devido
tempo, (I)
ante a face de Yahweh, porque vem.
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vir aos átrios seus irazer-lhe oferendas, mas todas as
fam ílias das nações, — a terra inteira.
Por isso os Santos Padres viram nele uma profecia
da extensão universal do reino do Messias, — da cato-
licidade, se assim se pode dizer, geográfica e etnográ
fica da Igreja.
0 que era para eles profecia, é para nós, já hoje,
uma radiosa realidade. Integremo-nos pois neste con-
cêrto universal de louvores, que de toda a terra e a
toda a hora se elevam até ao trono do Altíssimo, ver
dadeiramente gratos por ter feito brilhar também sóbre
nós a luz da Fé. Supliquemos a Jesus, o Rei Imortal
dos séculos, que intensifique o seu reinado em todas e
cada uma das almas, de forma que nenhuma deixe de
conhecer-lhe o nome, nenhuma fique sem experimentar
a suave atracção do seu amor. Que o fermento divino
da sua doutrina, sempre mais conhecida e praticada,
acabe de levedar toda a massa do Gênero Humano.
Que possa Ele vir depressa transferWo do estado de
viador ao de bem-aventurado.
Vinde, Senhor Jesus, vinde 1 — Que a terra da Hu
manidade//gue/frme e não m ais cam baleie t
Então entoaremos esse cântico novo que não mais
terá fim 1
Devido ao seu carácter, este salmo entra na com
posição de numerosos ofícios festivos.
ApIica-se em primeiro lugar à Santíssima Trindade
porque é um convite a louvá-lA. (Fest. SS. Trin. III
Noct. Salm. 1). Aplica-se a N. S. Jesus Cristo em quáse
todas as suas festas: — No Natal e Circuncisão, pondo
em destaque a alegria que veio trazer à terra (Nat,
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Dom. 111 Noct. Salm. 11. Circunc. Dom, 11 Noct. Salm. 111);
na da Epifania, a adoração de que foi objecto por pas
tores e reis (Epiph. Dom. 111 Noct. Salm. 11); na do
seu Santo Nome, a glória deste mesmo nome (SS. Nom.
Jesu 111 Noct. Salm. 1); na da Invenção e Exaltação da
Santa Cruz, o seu reinado que, desde o trono da Cruz
(segundo a lição de S. Justino e outros Padres), se vai
estendendo à terra inteira. — Reza-se também na Festa
da Dedicação das igrejas (III Noct. Salm. II), pois
<0 poder e a m ajestade moram no seu santuário». —
ApIica-se ainda à Santíssima Virgem, porque, como Mãe
de Deus, é o Santuário do Altíssimo, que Ele preparou
desde toda a eternidade, e onde moram o esplendor e
a magnificência de excepcionalíssimos dons e virtudes.
(Com. Fest; B. M. V. 111 Noct. Salm. I, Fest. Imac. Con-
cept. 111 Noct. Salm. 4). Etc.
SALMOS 41 e 42 (1)
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I — Saudades do templo e do culto divino. Anseios
de ali voltar.
(1) 0 verdadeiro Deua ê o Deus vivo, por oposicKo aos falses deuses,
os deuses sem vida.
(2) «Ver a face de E lo h im » v e r a Deus no sentido de ir ao templo,
assistir às funções religiosas. Em sentido místico, gozar da presença de
Deus no céu.
(3 ) À letra; - Porque ralhas tu dentro de mim ?
(4) À letra:-Salvador da minba face e meu Deue. Hebraismo.
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II — O salm ista queixa-se amorosamente das tri
bulações porque está passando.
Quebrem-se-m e os ossos,
quando os meus perseguidores me insultam
Dizendo-me todo o dia:
— Onde está o teu D eus?!
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/// — (Salm o 42) Cheio de confiança pede poder
voliar a frequeniar o templo.
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car da Sagrada Eucaristia, principalmente para celebrar
ou comungar. As aspirações ou afectos em que esses
sentimentos se exprimem são uma óptima preparação
próxima para esses actos venerandos.
Por isso a Santa Igreja faz recitar este salmo por
todos os sacerdotes antes de subirem ao altar (Salm. 42)
recomenda-o a todos os fiéis sempre que tenham de
comungar, e inclui-o no oficio da Festa do Corpus
Christi. A analogia do estado de alma que se nos
pinta neste salmo com o da Virgem dolorosa, por um
lado, e com os das santas prisioneiras do purgatório
.pelo outro, — guardadas as devidas diferenças — faz
com que a Santa Igreja o inclua no ofício da Festa das
Dores (II Noct. Salm. 3 ) e no dos Fiéis Defuntos
(111 Noct. Salm. 3 ).
Estas amorosas queixas e preces são dardos infla
mados com que substituindo-nos a essas benditas almas
podemos ferir o coração de Deus a seu favor.
SALHO 66
ln»roduç3o: Ardente anseio pelo total cumprimento das
promessas messiânicas com o completo e perfeito estabelecimento
do reinado de Deus sõbre todos os povos.
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Louvem-vos os povos, Elohim,
louvem-vos os povos todos.
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quantos rezam o Ofício Divino. A F ace de Deus, o seu
Salutar Auxilio, designam, segundo a tradição mística,
0 próprio Jesus Cristo com as graças de redenção que
veio trazer-nos.
Que Deus faça, pois, resplandecer sôbre nós esta
Divina Face, e sôbre todos os povos, para que todos
venham a conhecer prontaiqente o seu Salutar Auxílio
e se alegrem de serem governados por Deus abraçando
gostosamente a sua doutrina.
E ao fazer esta prece lembremo-nos especialmente
dos povos infiéis, herejes e scismáticos, e de todos os
missionários que por lá andam tornando conhecido o
Salutar Auxílio do nosso Deus. O Senhor se amercie
de todos esses povos, que abençoe os trabalhos dos
seus apóstolos, e sôbre todos fa ç a resplandecer a luz
da sua Divina Face.
OAITIGO D l TOMAS
9 à paite do cântico ir
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Grande sois, Senhor, nas admiráveis vias da vossa
Providência.
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que 0 ignoram, para que publiquemos as suas maravi
lhas, e lhes manifestemos que não há outro Deus Omni-
potente senão Ele.
Que honra! — Mas também que responsabilidade i
Este cântico deve sugerir-nos um exame de cons
ciência . . . — Como cumprimos a missSo de que fomos
encarregados por Jesus Cristo de sermos sal da terra e
luz do mundo?! Exercemos o apostolado que está ao
nosso alcance, segundo o estado e posição social em
que Deus nos colocou, ou estamos sepultados num vil
egoismo que de nada mais cuida que do seu próprio
interêsse I
Considerai como procedeu para convosco e com
temor e tremor b em -d izei-0 . . . — Quanto a mim, quero
bem-dizê-lO nesta terra onde estou cap íiv o. . .
SAUO 134
Inlrodução: Simples cântico de louvor a Deus po r vários
dos seus benefícios, gerais alguns, particulares outros, a Israel.
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Yahweh, tudo o que quere, faz,
no céu e na terra,
nos mares e em todos os oceanos.
Faz elevarem-se as nuvens dos confins da terra,
forma os relâmpagos para produzir chuva,
Tira 0 vento dos seus armazéns.
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Têm boca e n io falam,
têm olhos e não vêm.
Têm ouvidos e não ouvem.
e nem mesmo têm fôlego de vida na bôca.
Que se lhes tomem semelhantes os que os fazem,
e todos 08 que neles confiam.
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Laudes II — CânMco de Ezequias
In trod u ção: O santo rei Ezequios, curado de uma grave
doença que o tinha ds portas da morte, pelo profeta Isaias, em
atenção às suas orações, dá graças num canto em que descreve
como às angústias da iminência de uma morte prematura se suce
deram no seu espirito a paz e a alegria da cura. "
Eu d i z i a :- V o u - m e ...!
A meio dos meus dias I
Ás portas da m o rte ... I
Perco 0 resto dos meus a n os!
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Eu Ia urdindo, como um tecelão, a minha vida,
mas antes que remate corta-m e ela o fio I
I I — Curado p or Deus.
mesmo para quem lhe tenha aprendido bem o sentido exacto. Uma traduçáo
-nSo dizemos já-palavra por pslavra, mas simplesmente literal náo nos
dá nem a f«rça nem a graça, nem sequer um sentido aceitável dos dizeres do
Autor. É preciso Interpretar. Mas aqui está outra dificuldade: os intérpre
tes divergem entre sl enormemente quanto à exprcsaSo e qusnto ao conceito.
Depois de ler e comparar um bom número dêles, apresentamos o sentido
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CÂNTICO DE EZEQUIAS
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Com ele nos chama a Santa Igreja a atenção para
a tristeza que é viver sob o império da morte espiri
tual no estado de pecado mortal, — tristeza que muito
bem pode (é o que mais é de esperar I) acrescer a
angústia horrenda da própria morte corporal que virá
tornar definitiva e irremediável a da alma — a contras
tar com a alegria de renascer para a vida da graça por
meio de uma confissão humilde e contrita das faltas
cometidas.
Mas ainda que tal não seja sempre o nosso caso,
este cântico aplica-se bem ao nosso estado de cristãos
viadores, sempre em guerra com as nossas enfermida
des espirituais, ora suplicando a Deus misericórdia,
ora agradecendo o socôrro obtido.
Os acentos doloridos da primeira parte deste cân
tico e as expressões tão entusiastas e agradecidas da
segunda adaptam-se ainda flagrantemente à situação
das almas do Purgatório implorando de Deus, e depois
agradecendo, a sua libertação. Por isso a Igreja lho
aplica nas Laudes do respectivo Ofício.
Aplicado a N. S. Jesus Cristo nas Laudes de Sá
bado Santo lembra-nos as angústias da agonia do Re
dentor, e é ura brado de vitória contra a morle que
por tão pouco tempo póde retê-lo.
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Prima
(I) V. 5 c. da Vulg. «Et te auatinui tota dle>. Sendo êste aalmo alfa-
bétleo, vt-se fàcllmente que o hemisUquIo c. do V. 5 está deslocado e desem-
paielhado. Como no V. 1 falta tambim um hemislíqulo, alguns autores empa-
relham-nos, o que di um sentido multo plausível e aceitável.
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11 — Benevolência de Deus para com os que o
temem.
Yahweh é recto e b om :
por isso ensina aos p
Conduz os h
ensina aos dóceis as suas vias.
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Guaídai-mé e livrai-me:
que não seja confundido porque em Vós me abrigo.
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serranias?! Aqui tens um cêsto e um alviSo: anda,
transporta-as para outro lado!»
Será então para nós uma felicidade ter gravados
na memória e no coração as palavras e sentimentos
deste salmo inspirado pelo Espírito Santo. Voltando
com desprêzo as costas ao inimigo, diremos a Jesus: —
Senhor, em Vós confio, e nenhum dos que esperam em
Vós seró confundido. Confundidos serão, sim, os meus
pérfidos inim igos. . .
Dai-me Vós a conhecer as vossas vias, e não o ini
migo. Ensinai-me Vós as vossas sendas, conduzi-me pela
verdade, e instruí-me, porque Vós é que sois o meu Sal
vador. Vós é que me haveis de livrar os pés do laço.
Por Vós e em Vós reverdecerão no último dia as fana-
das flores dos meus «baldados esforços» e aparecerão
transformados em sazonados frutos <os meus constan
tes insucessos». Porque nenhum dos que esperam em
Vós seró confundido. . . etc., etc.
Além de no Oticio feriai, recita-se este salmo no
Oficio de defuntos, porque, como é fácil de ver, ficam
muito bem às almas do Purgatório os seus sentimentos
e expressões.
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Tércia
SALMO 39
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Vfiem-no muitos e enchem-se de respeito
e confiam em Yahweh.
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No livro da Lei estão escritas coisas que me dizem resp eito;
(Pois) apraz-me cumprir a vossa vontade, ó meu Deus,
e tenho a vossa lei no Intimo do meu coração.
Anunciei a vossa justiça na grande assem b lela: (1)
vêde, não contive os meus láb ios;
Yahweh, bem o sabeis.
D salmista em
sentido próprio, mas Jesus Crislo sòmente em sentido impróprio podia cha
mar Buas óa Iniquidades de todoa os homens que havia tomado á sui conta
para expiar.
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V — Im precações contra os maus, votos da fe lic i
dade p elos bons.
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e Identificando-se com ele, o novo Adão, em primeiro
lugar, dá graças ao Pai por tê-lo libertado de tantos
perigos como os que correra através dos séculos, e
sobretudo do cativeiro do pecado, — o funesto abismo,
0 iamacenio sorvedouro, — pela Redenção encetada;
oferece-lhe como sacrifício, — visto os holocaustos e
oblaçOes de até então 0 não terem logrado satisfazer,
— a obediência pronta, generosa e total à Sua Santís
sima Vontade, obediência que em si, pessoalmente, irá
até à morte, e nos seus membros, se perpetuará até ao
fim dos séculos; finalmente suplica que o livre de todos
os males que através dos tempos o hão de assaltar, —
sobretudo que leve a bom têrmo a obra da Redenção.
Como vemos, êste salmo é e continuará a ser ora
ção de Jesus vivendo na sua Igreja. Como membros
que somos do seu corpo místico, assocíemo-nos de bom
grado.
No Ofício da Paixão (Fer. VI in Parasceve II Noct.
Salm. 2) podemos entender êste salmo no sentido mais
particular de uma prece em que Jesus implora a sua
Ressurreição. Também, nas suas três partes — Acção
de graças, pelo passado; aceitação da vontade de Deus,
pelo presente; súplica, pelo futuro — se adapta exce
lentemente à situação das Almas do Purgatório. Por
isso a Santa Igreja, implorando para elas e em seu
nome a libertação das suas penas, o emprega no Ofício
de Defuntos (II Noct. salm. I).
Em qualquer ocasião, e qualquer que seja o nosso
estado de alma, este salmo constitui sempre para nós
um excelente modêlo de oração, que podemos adaptar
às nossas necessidades particulares.
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Sexta
SAM O 4B
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Os meus inimigos falam malignamente contra mim:
— Quando morrerá ele ? ! — Quando !he perecerá o nome ? 1
Se a!guém me vem visitar faia com hipocrisia,
0 seu espírito acumuia maiícia,
e togo que sai faia contra mim. (1)
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Considerações e aplicações litúrgicas; Este sal
mo oferece-nos um excelente comentário daquelas pa
lavras de N. S. Jesus Cristo: <FeIizes os misericordio
sos porque alcançarão misericórdia!» e daquelas outras
do Arcanjo S. Rafael a Tobias; — «A esmola livra da
morte. É que ela apaga o pecado e faz alcançar mise
ricórdia e vida eterna».
A pessoa caridosa, amiga de fazer bem e servir aos
seus irmãos, — e muito mais, se disso faz a ocupação
única de toda a sua vida, — pode dirigir-se a Deus com
a absoluta confiança de que não a abandonará nas suas
próprias necessidades, — in die mala — e de muitos
pecados Iho levará em desconto.
Por isso convém que, a exemplo dos santos, apoie
mos as nossas oraçOes na prática da caridade para com
0 próximo em qualquer das suas formas, espiritual ou
corporal, e procuremos remir as nossas faltas á fôrça
de bem-fazer.
0 primeiro dos misericordiosos e seu modêlo su
periormente acabado foi o próprio Jesus Cristo que
«passou fazendo o bem e curando a todos, e levou a
sua caridade ao extrêmo de dar a vida pelos seus
irmãos. Por isso, a-pesar da traição de Judas,— aquele
falso amigo que com revoltante perfídia levantou contra
Ele 0 calcanhar, — e de todos os seus inimigos que se
regozijavam dos seus tormentos e morte, Deus o Pai,
0 restabeleceu e tornou firme na sua presença para sem
pre, ressuscitando-0 e sentando-0 à sua direita na
glória.
Como das feridas e amargura do Coração Santís
simo de Jesus participou sua Mãe, a Igreja apllca-lhe
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também este salmo na festa das suas dôres no tempo
da PaixSo. (II Noct. Salm. 1).
De todos os necessitados, os de mais angustiosa
situação são de certo as almas do Purgatório. Para
que o não esquèçamos nos faz a Santa Igreja recitar
este salmo no Ofício de Defuntos (III Noct. Salm. 2).
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Noa
S A H O 43
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Por Vós aventamos com os n
em vosso nome espezinhamos os que se levantam contra
nós. (1)
Porque não é no meu arco que tenho confiança,
nem é a minha espada a que me pode salvar,
Mas Vós é que nos havels salvo dos nossos Inimigos,
Vós é que haveis confundido os que nos odeiam.
Em Elohim é que cada dia n«s temos coberto de glória.
E ao vosso nome damos eterno louvor.
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Sem que o nosso coração vos tenha lançado para trás das costas,
sem que nos tenhamos afastado das vossas vias.
Sfm, rechaçastes-nos para as covas dos chacais,
cobristes-nos de espessas trevas. (1)
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do seu Protector no meio das continuas derrotas e de
predações sofridas nos últimos tempos, e implora o au
xilio divino com novo e maior ardor, protestando não
ter dado causa a semelhante abandôno.
Semelhante é a situação da alma fiel obsidiadá de
contínuas tentações e deprimida por invencíveis desâ-
nimos. Este salmo oferece um modêlo de oração emi
nentemente apropriado ao seu estado.
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Vesperas
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In trod u ção; Israel dá graças a Deus por, devido à sua pro
tecção, ter escapado de um grande perigo de maravilhosa e inespe
rada maneira. 0 )
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Introd u ção: Cântico de louvor e prece, celebrando a segu
rança de quem confia em Deus, e pedindo-lhe a sua benevolência.
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se realizaria eom a vinda dos restantes cativos - e pede a Deus que
a realize.
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áA L M Õ lè 6 -iè l
SALIO ISO
dcspeii em que vai comprometido (odo o seu luturo, mas que depois, obtida
uma boa colheita, carreia alegre as pavelas da lua seara, refere-se à sltua-
ÇSo dos primeiros repatriados após o cativeiro de Babilônia. Também eles,
tendo encontrado ao voltar apenas ruinas e um campo devastada e agreste,
uma natureza Inóspita e agressiva, obrigados a tudo levantar de nove, traba
lhando de mais a tnals de espada á cinta e de lança ao alcance da mio para
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Feliz do homem que encher
dessas flechas a sua aljava.
Não será confundido quando falar
aos inimigos às portas ( da cidade). ( 1 )
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Completas
SALMO 11
Introdução : 0 salmista nüopodendo adaptar-se á vida numa
cidade ou pais cheio de corrupção e velhacaria, do que nos faz uma
descrição desoladora — pede a Deus que o livre desses que consi
dera inimigos seus, e do povo oprimido.
Palavras n
eis 0 que cada um diz ao próximo.
Com lábios aduladores,
e com duplicidade de coração, eis como se fala.
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Vou levantar-me já,
diz Y ah w eh :
Vou tratar de salvá-los,
e fá-Io-el com um sôpro,
lançando ( o s Implos) p tr terra. ( 1 )
As palavras de Yahweh
são palavras puras,
São prata refinada.
SAllO 12
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sua ressurreição fuiura e imensa felicidade de que gozará em união
com 0 mesmo Deus. Este salmo é messiânico, e mais provável-
mente messiânico em sentido literal e directo, isto é, o Messias
Nosso Senhor Jesus Cristo é o herói exclusivo desie poema, e a
pessoa que nele fala.
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II — Bem-digo-vos, Senhor, porque me haveis de
ressuscitar e saciar de felicidade.
Bem-dlgo a Yahweh que me Inspirou ( na escolh a) :
até de noite o meu coração me convida a bem dlzè-lo! ( 1 )
Trago Yahweh constantemente p resente:
como o tenho ã minha direita não vacilo.
de Deus e em uniao C(
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QUARTA-FEIRA
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HaMnas
I Nocturno
SiLM O 44
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I — Elogio do noivo real e divino.
á a tua dêxtera.
as tuas flechas aceradas.
£la s farão cáir-tc os povos aos pés,
traspassarão o coração dos inimigos do rei.
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Tam bém . . . Elohim, o teu Deus ungiu-te
com o óleo da alegria, mais que outro rei.
M irra, só, e aloés e cássia,
São os teus vestidos. (1)
IH — Exortação à espôsa.
Escuta, fiTha, olha,
inclina o ouvjdo.
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IV — Magnificência dos vestidos da noiva e do seu
cortejo.
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Considerações e aplicações litúrgicas: É com o
coração a trasbordar de amor e gozo, de humildade e
gratidão, que devemos recitar este salmo, nós os filhos
de Jesus, o Rei Divino, e da Igreja.
Oxalá honremos tão santa progenitura fazendo
reviver em nós as virtudes dos nossos antepassados,
os Patriarcas, os Profetas e todos os Santos da Nova
Lei que nos precederam. Êste deve ser todo o nosso
fito nesta vida mortal.
Encarando este salmo sob outro aspecto, nunca
é demais todo o esforço que fizermos para estudar e
conhecer melhor a Pessoa Santíssima de Jesus, o mais
belo dos filhos dos homens, Rei de Amor, ungido pelo
Pai com a benção de todas as graças e perfeiçOes.
Deste estudo e contemplação nascerá em nós um amor
intenso e um desejo irresistível de sob o seu comando
tomarmos parte nas incruentas pelejas pelo reino da
verdade e da justiça.
Considerando a nossa alma como esposa do Rei
Divino, não nos esqueçamos de nos ornarmos do matiz
de todas as virtudes, e de tudo coroarmos com o ouro
da caridade.
A grande riqueza doutrinai deste salmo faz com
que a Santa Igreja tenha feito dele largo uso na sua
Liturgia.
ApIicando-o a Jesus Cristo chama-nos a Igreja a
atenção para a graça de .que nos aparece revestido no
seu nascimento: — Tens a graça derram ada nos lábios!
Também, Deus abençoou-Te para sem pre! (Nativit.
Dom. III Noct. Antif, 3 Salm. 3 ) e — É s o m ais belo
dos filhos dos hom ens! Tens a graça derram ada nos
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láb io s! (Circuncis. Dom. II Noct. Antif. I Salm. 1). -
O mesmo pensamento ainda na Festa da Transfigura
ção do Senhor (I Noct. Antif. I Salm. 1).
Não podia a Igreja deixar de aplicá-lo também à
Santíssima Virgem — a primeira das almas esposas, —
e às Virgens e não Virgens suas imitadoras, e por isso
se recita nos seus respectivos Comuns, e duma forma
particular na festa da Imaculada Conceição.
Aplica-o ainda a Igreja aos Apóstolos como àque
les filhos em que verdadeiramente reviveram os pais e
foram constituídos príncipes sobre ioda a terra.
(1) Esta Intervenção poderia ter sido a destniiçSo dos assírios diante
de Jerusalém pelo anjo, no tempo de Ezequias, ou a dos Amooltas, Moabitas
e Edomitas confederados, no tempo de Josalat.
(2) VId. ConalderaçOes.
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I — Quem confia em Deus nada tem a temer dos
u balos sísmicos.
Elohim é para nós um refúgio e uma fortaleza,
um socorro sempre à mâo nas angústias.
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III— Convite a admirar a poderosa acção de Deus,
Submeteu-nos os povos,
pôs-nos aos pés as nações.
Escolheu para nós, sua herança,
0 orgulho de Jacob, seu predilecto. (2)
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Elohim sobe por entre aclamações,
Yahweh sobe ao som da trombeta. (1)
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próprio Jesus Cristo, extinta toda a guerra, toda a per
seguição, toda a espécie de mal, proclamada solene
mente a inauguração do reinado absoluto e majestoso
de Jesus sobre todo o Gênero Humano, Êle subirá glo
rioso ao céu após a sentença final, por entre as acla
mações dos anjos e dos justos.
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Antif. 2. Salm. 2) — Deus veio em socorro deia ao rom
per da aurora (da vidaj. O Aitíssimo tornou a sua m o
radia invioiávei. (In Concept. Im. B. M, V., Salm. 2 ) ;
— Deus é um socorro sempre à mão nas angústias.
(Fest. Sept. Dolorum mense Sep. III Noct. Salm, 3)^
No Comum dos Mártires (III Noct. Salm. 3 ) este
salmo lembra-nos a especial protecção de que Deus os
rodeou no meio dos seus tormentos, e a vitória da
Igreja na pessoa de seus filhos.
No Comum das Virgens e das não Virgens come
moramos duma forma especial o dom da fortaleza cristã
de que foram modelo.
II Nociàrno
SALHO 47
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//— Deus detém o avance dos inimigos.
Com respeito aos edifícios dela, Elohim
fez ver que era uma muralha.
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A vossa dextera é cbeia de ju stiça:
a montanha de Sião regozija-se.
As filhas de Sláo exultam,
por causa dos vossos juizos. (1)
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Assim 0 entende a mesma Igreja na sua liturgia
saudando, no ofício do Natal, a vinda ao mundo do
Grande R ei para fundá-la, (Nativ. Dom., II Noct. Antif. I,'
Salm. 1) o que melhor se aprecia traduzindo à letra o
texto da Vulgata: — ó Deu$, a vossa Mise-
côrdia (incarnada) no m eio do vosso templo (o mundo);
assim igualmente no ofício de Pentecostes, lembrando-
-nos, a propósito daquele venio leste com que Deus
despedaça as naus de Tarsis, aquele outro vento impe
tuoso, símbolo do Espírito Santo, que então viera dar-
-Ihe vida e movimento (I Noct., Salm. I, Antif. 1); assim
ainda, na Festa da Dedicação das Igrejas, símbolos,
come se sabe, da Unica Igreja cujas pedras são as almas
fiéis (1 Noct. Antif. 3, Salm. 3).
No Ofício das Santas Virgens e não Virgens toma-
-se 0 mesmo salmo num sentido místico algo diferente
aplicando à alma humana, templo do Espirito Santo, o
que nele se diz de Jerusalém e do templo, sua parte
principal. (II Noct., Antif. 3, Salm. 3).
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Prelúdio: — Prestai atenção vós todos f
Escutai, povoa todoa,
preatal ouvidos, vós todos, habitantes do mundo,
Pequenos e grandes da terra,
os ricos como os pobres.
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SIm, túmulos serão a mansão eterna,
dos que davam o nome a p a íse s!
0 homem (rico e mau) não perdura na sua prosperidade:
Sucede-lhe o que aos animais que acabam por ser imola
dos!
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C o nside raçõ e s e a plicações liiúrgicas: Os ricos
também morrem... Toda a gente o sabe, menos, mui
tas vezes. . . eles mesmos 1
Fecham os olhos a essa evidência iniiudível, pro
curam desviar a atenção de tudo o que lhes lembre
esse transe, para que essa lembrança lhes não venha
estragar o prazer... o vil prazer de gozar desalmada
mente 0 fruto da riqueza na satisfação de todos os ins
tintos da carne. . . até que, inopinadamente para eles,
lhes sucede o que aos animais de engorda, agravados
com a perspectiva duma eternidade horrorosa.
Nem chorados são tantas vezes I
Quanto a morte do que para ela se soube preparar
pelo cumprimento de todos os seus deveres individuais
e sociais tem de grande, de belo, e sempre de conso
lador, pela esperança duma eternidade feliz, tanto a do
rico gozador tem de ridículo, de vil, e sobretudo de
horrendamente angustioso, pela apreensão cobarde —
naquela hora, visão nítida — duma sobrevivência des
graçada.
N ão pode o homem remir-se, não pode comprar a
Deus uma vida eterna ?!
Jesus Cristo a todos remiu, ricos e pobres, só fal
tando que cada um ponha a sua pequena quota parte
de boa vontade para que essa Redenção lhe aproveite.
Ele mesmo ensinou aos ricos como o deviam fazer. —
«Grangeai am igos com essas riquezas, fonte de iniqui
d a d e s ! * — Tornai amigos, em primeiro lugar, porque é
de justiça, os vossos dependentes, os vossos emprega
dos, fazendo com que, dos bens que Deus pôs na vossa
mão~e que dEle s3o, também eles tirem o fruto neces
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sário ao seu bem-estar razoável, bem-estar que não seja
revoltantemente inferior ao vosso. Tornai depois ami
gos os pobres, todos os pobres que Deus puser no
vosso caminho, na medida em que o puderdes. Assim
tomareis grato Aquele que prometeu receber como feito
a Si 0 bem que fizerdes ao mínimo dos seus irmãos, o
qual vos receberá, após uma morte honrosa e confor
tada, na mansão da eterna e perene felicidade.
III Nocturno
SALMO 4B
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Do alto convoca os céus
e a terra, para julgar o seu povo.
(1) Os Israelitas.
(2) Bstas palavras s9o exactamente as do inicio do salmo, - Deus deo-
rum —, que alguns Intérpretes transpSem para íste lugar por encontrarem que
no outro eslBo a mais, sobrecarregando o verso, destruindo-lhe o equilí
brio. etc., e que pelo conlrárlo aqui ficam muito bem, porque falta aqui mcic-
tamenle um hemlstlqulo.
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Oferece a Elohim sacrifícios de louvor (1)
e cumpre assim os teus votos ao Altíssimo.
Invoca-me no dia da aflição:
Eu te livrarei, e tu me darás glória.
Se tu odeias a disciplina
e lanças para trás das costas as minhas p alavras.. .
Se tu quando encontras um ladrão acamaradas com ele
e fazes causa comum com os adúlteros. .
IV — Tende cu id a d o. . . !
Compreeadel-o bem, vós os que esqueceis a Deus,
não vos rasgue eu sem que ninguém vos livre I
Só me honra, o que me oferece um sacrifício de louvor,
e segue o recto caminho.
A esse far-lhe-ei ver o que é o socorro de Deus.
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Considerações e aplicações litúrgicas: Os ver
dadeiros adoradores são os que adoram o P a i em espí
rito e verdade, dizia Jesus à Samaritana.
As fórmulas e gestos cyltuais não são nada, ou são
condenável hipocrisia se não forem a exteriorização ve
rídica de um estado de alma. Prègar, ensinar, fazer
apostoiado, promover de qualquer forma o reino de
Jesus nas almas, é bom, é óptimo, mas não devem
esquecer os que a tal se dedicam, — ainda que não
sejam pròpriamente hipócritas e como tais dignos de
castigo — , que não tirarão fruto algum e podem até
escandalizar, se a sua conduta se não conformar com a
do Divino Modelo, do Qual está escrito que começou a
fa z er e a ensinar.
Primeiro fazer, praticar...: depois ensinar, incul-
car aos outros o bem que se pratica. Esta a ordem
divina e a única eficáz.
Somos verdadeiros adoradores?!
Este salmo deve provocar-nos a um pequeno exame
de consciência... Quanta falta de verdade se não in
filtra por vezes, sem darmos por isso, na nossa con
duta religiosa I Sobretudo devemos temer não esteja
mos a apontar aos outros uma perfeição ou santidade
que não só se atingiu ainda, — o que é infelizmente
bastante normal — , mas que nem sequer se pensa
seriamente alcançar.
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nele derrama a sua dor e arrependimenlo em termos admiráveis de
humildade, sinceridade e bom propósito.
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Que eu ouça de Vós uma palavra de gozo e alegria,
que exultem estes ossos que haveis triturado!
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Sêde. em vossa bondade, favorável a Siãol
Reediflcai os muros de Jerusalém!
Então aceítarels de bom grado justos sacrifícios,
o holocausto e a oferta com pleta:
então oferecer-se-âo touros sobre o vosso altar (2).
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prometendo nSo só não mais pecar, mas esforçar-se por
converter os pecadores (estrofe terceira e quarta).
Mas para este último fim pede ainda a Deus que o
livre das conseqüências do pecado e do sangue derra
mado injustamente, que lhe abra os lábios, quer dizer,
que lhe dê as graças e disposições necessárias para bem
se desempenhar dessa missão, e dignamente louvar a
Deus, confessando que outra coisa não tem nem pode
dar, que possa compensar a Deus da ofensa que fez,
senão o arrependimento, porque Deus não necessita de
sacrifícios nem de obra alguma do homem, nem este
pode pagar o seu pecado com dádivas materiais.
(Quinta estrofe).
Este salmo é largamente usado na liturgia. A Igreja
põe-no na boca de seus filhos sempre que as circuns
tâncias exijam deles um especial arrependimento, como
nas Vigílias de preparação para as festas, no Advento,
na Quaresma e nas Têmporas, excepto as férias do
tempo pascal e Têmporas do Pentecostes por serem
tempo de alegria.
No Ofício de defuntos somos nós que nos substi
tuímos às bemdítas almas exprimindo por elas o arre
pendimento dos seus pecados que tanto alívio lhes
pode valer nas suas penas.
A Igreja aplica-o também a Jesus Cristo no oficio
de Quinta, Sexta e Sábado Santos, como ao represen
tante de todos os pecadores, expiando com seus tor
mentos os pecados de todo o mundo.
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Laudes I
SALHO 06
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II — Derrota dos falsos deuses e confusão dos seus
adoradores.
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no de Todos os Santos; e sempre nele se comemora
alguma das modalidades do Reino de Cristo.
Ora é Jesus que se faz adorar pelos grandes da
terra, como na festa da Epifania; descobre a Sua Gló
ria, como na festa da Transfiguração; mostra o cará-
cter do seu domínio — um domínio todo fundado no
sacrifício e na imolaçSo, como na Festa da Circuncisão
e Exaltação da Santa Cruz, todo suavidade, todo amor,
como na Festa do Sagrado Coração; ora é a Santís
sima Virgem, Sua Mãe, Rainha dos céus e da terra, e
misticamente a Sua Esposa, protótipo das almas espo
sas que são, de uma forma especial, as Santas Virgens
e não Virgens; os Anjos, que são os primeiros digna-
tários da Sua Corte; Todos os Santos, que a consti
tuem ; e os Apóstolos, que foram os seus arautos neste
mundo.
Possamos nós, ao recitá-lo, suspirar pelo estabe
lecimento, cada vez mais profundo e mais intenso, do
reino de Jesus sobre nós e sobre toda a terra, para que
tenhamos a felicidade de fazer parte da sua corte celes
tial louvando-0 e bem-dizendo*0 por toda a eternidade.
SALMO 64
In trodução: Êsla salmo parece ter sido composto para acom
panhar um sacrifício de acção de graças, oferecido em cumpri
mento de um voto público, po r se ter obtido uma abundante chuva
que fertilizou os campos. O salmista celebra, em um canto repas
sado do mais poético lirismo, a misericórdia de Deus que atende
às preces e perdoa os pecados; o seu poder infinito com que
domina os elementos da natureza em revolta e tanto atemoriza os
homens como os socorre e consola; finalmente a sua bondosa pro
vidência manifestada no beneficio agradecido.
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I — Israel vem louvar a Deus e cumprir os seus
votos porque f o i ouvido apesar dos seus pecados.
(1) «Toda a carnè», isto é, toda a criatura humana. Era o povo lodo
que oferecia o sacrifício e cumpria o volo. A causa da falia de chuva eram
os pecados dc Israel.
(2) E' frequenlando a casa dc Deus e prestando-lhe assíduo culto que
Israel obtém o perdão dos seus pecados, origem dc todos 08 demais bens.
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Ó V6s que, com o vobso poder,
dais bases firmes às montanhas; (1)
Que, ciglndo de valentia,
aplacais o bramir dos mares,
0 mugir das ondas, o tumultuar dos povos ( 2 );
Que, com os vossos prodiglos, atemorizals os homens,'
até aos confins da terra,
E com eles os deleitais,
do Nascente ao Poente (3)
Visitnstes a terra, inebrláste-la,
cumulaste-la de riquezas I
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Os plainos do Deserto estão a escorrer,
e as encostas cingem-se de alegria:
Os prados revestem-se de rebanhos,
e os vales enfeitam-se de espigas I
Tudo rejubila, tudo canta I
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deza do divino amor; mas que será quando a contem
plarmos do alto, quando a virmos como Deus a vè?
A Deus se devem pois- hinos, para Ele deve subir
constantemente o nosso louvor e agradecimento por
tantas maravilhas do seu amor para conosco.
Aplicações particulares deste salmo, apenas no Ofí
cio de Defuntos, por causa do versículo 2 segundo a
Vulgata:— Oüví a minha oração, a Vós vem toda a
carne, prece que a Santa Igreja coloca na boca das
Bemditas Almas.
SALHO 100
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Odeio a transgressão da L e i:
jamais me deixarei contagiar por ela,
Coração perverso, jamais será o meu :
com 0 mal nem tomar conhecimento.
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todos que também necessitamos de formar um pro
grama de vida a que obedeça toda a nossa actividade,
se quisermos agradar a Deus e nSo perder o tempo na
grande obra da nossa santificação. Pode até mostrar-
-nos as linhas gerais a que deve obedecer esse pro
grama.
Nenhum de nós terá decerto de governar uma
nação, mas muitos temos que dirigir uma família ou
uma comunidade, temos encargos de almas num sen
tido ou noutro, e todo o nosso esforço se’deve dirigir
a exterminar cada m anhã os ímpios todos do país,
transformando os nossos subordinados em outros tan
tos santos, teremos pelo menos o encargo da nossa
própria santificação com o bom exemplo a dar, e a
súmula dos nossos propósitos a esse respeito deve ser
sempre: —Ja m a is porei os oihos (da intenção) em acção
criminosa algurftb.
Enfim todos nos esforçaremos por sermos benevo
lentes e justos em tudo, não só justos, para com Deus
e para com o próximo, cumprindo todos os nossos
deveres, mas também benevolentes, abrindo largamente
0 coração à bondade. E como remate diremos: — Tudo
isto ... s ê-lo -eip o r Vós, Senhor, sòmente por vosso amor.
Em tudo seguiremos as pisadas do nosso Divino
Rei Jesus, cujo programa de vida o Rei Profeta con
densou nas primeiras palavras deste salmo: — 5erc/
benevolente e j u s t o . . .
Jesus é a Justiça e a Misericórdia personificadas.
É a Justiça dando a Deus a glória que é devida pelas
criaturas, e é a Misericórdia estendendo a todos os que
0 não repelem, o suave influxo da sua Redenção.
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C A N T I C O DÉ J Ü D I T -309
OAITIOO BE JDBIT
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VÍ8itá-la-áno dia do Juizo,
dará a carne dela em pasto ao fogo e aos vermes
para que arda e sofra eternamente (1).
S & M O 14S
(I) Judit manifesta a siia crença na eternidade das penas dos conde
nadas, penas que constam de fogo c outros lorincnios que acliiani à maneira
de um verme que roi. Jesus Cristo serviu se destas mesmas palavras para
lalar das penas eternas.
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Val-se-lhes o sopro da vida, voltam ao pó,
c logo se desvanecem seus pensamentos.
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com 0 coração a sangrar. Os pecadores gemendo sob
0 peso da sua miséria não são exceptuados-
Que grande motivo de confiança!
Deus vê os nossos sofrimentos, e com eles nos
está tecendo a coroa de felicidade. Sustem-nos em seus
braços, como a mais terna das mães ao seu doentinho,
e quanto mais sofremos mais nos achega ao Coração.
E o que se diz de Deus diz-se de uma forma muito
particular do Coração Amantissimo de Jesus.
Só os que por pura malícia desprezam o seu amor
é que nada de bom teem a esperar dEle, porque Deus
entorta o caminho dos im p io s... A sua Bondade não
é fraqueza. . .
Portanto, como nos diz o Apóstolo S. João, ame
mos a Deus que primeiro nos amou Ele a nós.
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Laudes II
OARTIGO DB AMA
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I — D eixai-vos de arrogâncias porque a fortuna dos
homens está na m ão de Deus que a muda quando
quere.
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I I I — Sim, D eas vai enviar o seu M essias a im
plan tar 0 reino da justiça.
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de Samuel, contra os nossos inimigos espirituais, Ainda
que se envaíenteçam e tornem arrogantes contra nós,
ainda que algumas vezes sejamos submergidos pela onda
do pecado, nSo devemos desanimar, porque, por Deus,
0 arco dos fortes é quebrado, e os que fraquejavam são
cingidos de força.
Deus guia os passos dos qa e buscam ser-ihe fiéis,
e só os maus impenitentes é que perecem na escuridão.
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Prima
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Lavo as mãos com toda a Inocência,
c dou a volta ao vosso altar, Yahweh (1).
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misla anuncia-lhe que Deus o prostará com terrível desgraça tdo
súbita como irreparável (1).
(1) Este inimigo toi Doeg, ollclal de Saul, que denunciou os sacerdo
tes de Nobè de haverem dado guarida e auxilio a David tngitivo. Saúl, num
acesso de cólera, condenou à morte os sacerdotes, em número de oitenta e cinco,
c mandou destruir a cidade em que habitavam passando à espada todos os
seus moradores, sem exceptuar as crianças nem os próprios animais. Como
ninguém quisesse executar a sentença, o próprio Doeg se encarregou da fa
çanha. Foi ao' ter conhecimento da deplorável carnificina, que David compôs
este salmo em que deixa transparecer toda a sua justa Indignação.
(2) A tenda é algumas vezes na Sagrada Escritura tomada como um
símbolo da vida ou permanência neste mundo, ou ainda do corpo cm que a
alma habita. Arrancar alguém da sua tenda, 'significa pois dai^lhe morte
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Háo-de vêl-o os justos e encher-se de veneração (1 ):
hão-de rlr-se dele dizendo:
SALHO B2
Vid. Salm. 13
(1) 0 leriível e justo castigo dos maus há-de produzir nos bons duas
.tnpressO es sucessivas : — Primeiro um respeitoso temor: depois uma acnsa-
çáo de alívio e alegria pela justiça Icita.
(2) A oliveira viçosa 6 o símbolo da prosperidade. Plantada na pró.
pria casa de Deus, eslava duplamente garantida contra os ultrages do tempo e
as vicissitudes da sorte. Era uma prosperidade inabalável qual a de Davld
que tinha posto a sua confiança em Deus.
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Terei a
SiUIO 53
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Fazei recair o mal sobre os que me espiam I
Exterminai-os pela vossa fidelidade.
SILHO 54
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Tenho o coração em convulsões,
mortais terrores caíram sobre mim.
Sobre mim vieram o temor e o tremor,
e um arrepio de horror me envolve todo.
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O ra . . . se fosse um Inimigo o que me u ltra ja ...
Suportá-lo-ia 1
Se fosse ura dos que me odeiam o que se torna Insolente contra
m i m ...
Esconder-me-ia delel
8ALN0 64
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Pois não há neles emenda,
nem teem temor de Elohim.
(3) Esta profecia cumprIu-se á letro tanto com Architophel, como coi;
a sua reencamaçBobllLdas. Ambos puseram têrmo à vida, peto mesmo pro
cesso, c ír S r c ü iS íC ^ n a s coosnmada a tralcBo.
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Nosso Senhor Jesus Cristo e dos seus sentimentos ao
aproximar-se a sua Paixão.
0 facto que nele domina é a traição de Judas, e as
suas imprecações veementes deixam-nos ver qual não
seria a mágoa indignada, a ferida profunda do Cora
ção fidelíssimo de Jesus, ante a perfídia de um dos que
escolhera para seu apóstolo, que cumulara de tantas
graças, e tanto distinguira com a sua amizade...
Mas Judas, por sua vez, era um tipo. Jesus via
nele todos os pérfidos traidores do futuro, todos os que,
regenerados pela sua graça, cumulados dos seus dons,
nutridos com a Sua Carne e Sangue, chamados talvez
até a desempenhar na sua Igreja lugares proeminentes,
administradores dos tesouros da sua Redenção, se ban-
deiam com o inimigo, pelo mau exemplo da sua vida,
ou quiçá pela sua satânica impiedade.
Que tremenda lição para nósl — Quanto nos deve
mos esforçar por desagravar com a nossa correspon
dência e fidelidade o Coração magoado de Jesus, c quão
ardentemente suplicar por todos aqueles infelizes I
Pode ainda entender-se este salmo da Igreja e de
cada fiel em parlicular em luta com os seus inimigos
espirituais, e tomar-se como uma oração cheia de con
fiança implorando o auxílio do Senhor.
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Sexra
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Cora Elohlm hei-de fazer triunfar a minha causa.
Confio em Elohim. Nada tenho a temer.
Que mal poderá fazer a carne ?
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IniroduçSo: David, escondido com os seus numa caverna e
cercado por Saúl que o perseguia, pede a Deus que o socorra, e
socorrido dá graças (1).
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Tinham cavado um fosso à minha frente,
e eles mesmos cairam nele (1).
SALMO 67
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/ — Invectiva contra os m aus juizes.
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O justo alegrar-se-á áo ver a vingança:
banhará os pés no sangue dós impios (1).
Então d ir-se-á: - «Na verdade há uma recompensa para o ju sto!
Na verdade há um Deus que julga sobre a terra 1>
gens que empregaiA, é no entanto o mesmo: —Que antes que os impios vejam
realizados todos os seus malignos desígnios, cairá sobre eles, reduzindo-os à
impotência, a cólera de Deus. A Imagem do T. M. é tirada dos usos da vida
nômada em qne a comida se tazia ao ar livre, suspensas as caldeiras de qual-
üuer espeque ou ramo de árvore, sendo entao passível a umfuraefio arrebata,
fogo e mato com que se ateava.
(1) O sangue da chacina dos ímpios, sob cuja imagem o salmista lhes
anuncia o castigo futuro, será tanto que os justos para qualquer parte que ca
minhem nele molharáo os pés.
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E se essas serpentes pertencem às classes directo-
ras da sociedade, quer tenham funções de mando, quer
sejam simplesmente as naturais condutoras do seu se*^
melhante pela sua ilustração e influência social, de que
peçonha mortifera n3o infectam a sociedade, e que
grande matança não fazem todos os dias de almas rege
neradas pelo sangue de Jesus ?
Compreende-se então as indignadas objurgatórras
deste salmo, as veementes imprecaçOes desta invectiva.
Motivo muito sério para refletirmos e temermos nós sobre
tudo os que temos missão de governar oü dirigir os nos
sos irmãos, ou se simplesmente para isso nos tenha fa
dado a Providência concedendo-nos talento e ilustraçãõr
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Noa
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II — É grande o seu ódio contra mim, mas eu
tenho confiança em Deus.
P orq u e. . . dizem :
- .Q u e m nos ouve ( 2 ) ? !»
Mas Vós, Yawheh, rides-vos deles,
escarneceis de todas as nações.
enbora em pequeno n
sraelislas. Talvez que o salmista chamasse assim aos da d
que se portavam como se fossem das taças malditas. Também podia ser e
e multo provivel que o salmo teoba sofrido mais tarde remodelaçSes para o
adoptar a qualquer caso do povo de Israel.
(I) «No Oriente os cSes dormem todo o dia: ao anoitecer porém pre-
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Por causa dos pecados da sua bfica,
pelas palavras dos seus lábios,
Que, vitimas do seu orgulho,
sejam atingidos pelas suas próprias maldições e mentiras.
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InlroduçSo: 0 salmista, queixando-se, em nome do povo,
de uma cruel derrota, e lembrando a Deus as promessas de vitória,
pede que o auxilie na campanha a recdmeçar (1).
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JII — Deus prom etera submeter a o seu domínio
toda a terra...
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Considerações e aplicações litúrgicas: Algumas
vezes Deus deixa que os seus predilectos passem por
tão rudes provas espirituais, e até mesmo que caiam
em tão humilhantes faltas, que bem pode a alma atri
bulada dizer com o Salmista: - Ó Deus, rejeitastes-
-nos, esm agasies-n os...
A tentação é o tal vinho que dá vertigens e Deus
dá-o muitas vezes a beber ainda aos seus mais fiéis
amigos.
Mas como o Santo Rei não percamos a coragem,
e sabendo, por no-lo dizer S. Paulo, que, para aqueles
que amam a Deus, tudo contribue para o bom êxito
final, até mesmo os pecados, clamemos logo ao Pai de
Misericórdia e apontando-lhe a nossa alma doente di
g a m o s C u r a i-/ A c as feridas porque anda cam ba-
teando de fraqueza e m iséria*, e como ele estejamos
certos de que com o auxltio divino praticarem os fa ç a
nhas.
Pode aplicar-se este salmo à Igreja que apesar de
ter promessas de vida eterna, e de vir a sujeitar ao
jugo de amor de Cristo todos os povos, tão perseguida
e aparentemente derrotada se nos apresenta por vezes.
Peçamos para ela a vitória, seguros de a apressarmos
com as nossas preces.
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Vésperas
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Considerações e aplicações liiúrgicas: A lição
mais comezinha deste salmo é que, do temor de Deus,
isto é, do integral cumprimento da sua Lei, vem ao
homem, não só a sua felicidade eterna, mas até o
máximo de ventura que é possível neste mundo.
É óbvio, mas, por isso mesmo, bastante geral
mente incompreendido. A nossa felicidade terrena —
que jamais será perfeita e completa — só pode resultar
da satisfação estável e tranqüila de todas as nossas
tendências vitais. Mas nenhum ser pode satisfazer de
maneira estável e tranqüila as suas tendências vitais,
se não permanecer na ordem da sua natureza, a ordem
estabelecida e querida por Deus. A violação desta
ordem, isto é, o pecado, por grande que seja a satisfa
ção momentânea que ofereça, gera sempre maiores e
mais duradouros males.
Aos israelistas carnais e de coração fardo para crer
e compreender, esta felicidade terrena bastava. Nós
porém devemos elevar-nos a mais altas coisas — aos
bens espirituais e etérnos.
. Ora, num sentido ainda mais elevado e espiritual,
.0 homem que, por excelência, teme a Deus e caminha
nas suas vias, é Nosso Senhor Jesus Cristo- Sua es-
pôsa, a Igreja, é como fecunda videira, apresentando-
-Lhe todos os dias nova e numerosa prole de aimas
regeneradas pelo baptismo. E o Senhor vê gozoso
acumularem-se-Lhe os filhos, cada vez mais numerosos,
— como rebentos de oiiveira em redor de um tronco
anoso—, em volta da mesa onde a mesma Igreja
serve o tríplice pábulo da doutrina, da direcção e dos
sacramentos, fruto das suas m ãos, isto é, dos seus so-
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frimentos redentores, e sobretudo o sacramento da Eu
caristia.
É neste último sentido que a Igreja entende este
salmo na Festa do Corpus Christi.
SILHO 128
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II — Im precações conira os agressores.
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Igreja, sempre perseguida e sempre vexada desde a sua
origem. Cada alma cristã pode dizer de si o mesmo.
Mas tenhamos confiança. Assim como nâo preva
leceram contra Israel, não prevalecerão contra a Igreja
— 0 Senhor o disse — nem contra nós, pessoalmente,
se nos soubermos acolher à protecção de Deus, porque
Ele confunde todos os que odeiam Sião.
SALHO 120
Introdução: Brado de socorro, cheio de humildade e con
fiança, dirigido a Deus po r uma alma que está num abismo de
humilhação e angústia causada pelo pecado. Palavras divinamente
aptas para exprimir os nossos sentimentos de pecadores (1).
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A miRha alma suspira por Yahweh,
mais que a nocturna sentinela pela a u r o r a ...
— Mais que a nocturna sentinela pela aurora!
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Introdução: Sincero protesto de humildade e desprendl-
menlo das grandezas e bens terrenos.
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SALHO 131
Introdução: Cântico de louvor e prece, composto, segundo
a opinião mais provável para a inauguração do templo de Jerusa
lém. 0 salmista rememora o desígnio que concebera David de
construir um templo ao Altissimo, e a promessa que a esse propó
sito Deus lhe fizera, pela bdca do profeta Nathan de descendência
eterna no seu trono. Suplicando pois a Deus que venha iomar
posse do templo, finalmente acabado de construir, pede-lhe que não
olvide a promessa feita a David. Divinamente Inspirado apresenta
imedlalamenle a resposta de D eus: — Sim, Deus habitará eterna
mente em Sião e cumulá-la-á de bens. All suscitará a descendência
prometida, o Messias. Este salmo é pois directamente mes-
siânicoU).
de versicnlos proposta por Zenner e outros, sobretudo por nos parecer que o
discurso avança assim com mais clareza, naturalidade e lógica, dando um sen
tido mais verossímil. Zenner (citado por Perennés) diz que a ordem tradicio
nal dos versículos ter-se-la formado do seguinte modo: —Primeiramente o
versículo I teria sido arrancado do seu lugar e trazido para a frente do salmo
para servir como que dc antífona. Depois o coleccionador dos salmos teria
Inserido as duas partes, correspondentes aos dois córos, uma epós outra,
o as houve i mAo, sem ter em conta que os córos Ci
tudo leva a crer que assim tenha sido, porque no lugar paralelo, - II Par.
VI, 41-42 - , é citada toda a 4.» estrofe quási ipsis verbis e lú se encontra o
t . I deste salmo ocupando o lugar que aqui lhe damos.
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Enquanto não encontrar uma residência para o Senhor,
uma morada para o Poderoso Jacob (I)>.
dada para o tlllio de David que reinasse após ele. Ao mesmo tempo prome
teu Deus a David pela boca do mesmo profeta que a realeza seria perpétua
na sua família, o que se realiza em Cristo fllbo de David.
(2) Versículos II e 12.
(3) Versículoi 6 e 7. - Efrata e Yaliar sSo dnas localidades,dc Israel
mencionadas aqui por toda a nlensao do reino onde chegou • pregBo do rei
anunciando o Um da construção do templo e convidando para a lesta da
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I V — Vinde tomar posse do novo templo, e nele
cumular-nos de bens.
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a vinda do nosso Divino Salvador ao mundo, muito
especialmente na Festa do Natai em que comemoramos
este fausto acontecimento.
Os benéficos frutos desta vinda, temo-los patentes
na Igreja, a Sião espiritual de que Deus se enamorou e
escoiheu p ara sua m orada, onde derram a quotidiana
mente a bênção da abundância das suas graças, onde
sacia de p ã o — o Páo Vivo que desceu do céu — os
pobres humanos famintos, e assim reveste de feiicidade
os sacerdotes, e de ategria os fiéis. Agradeçamos, pois,
e peçamos que derrame sobre nós pessoalmente e sobre
a sua Igreja, cada vez mais abundante, a bençSo dos
frutos da sua Redenção.
Nas festas, além de se recitar na do Natal, no sen
tido explicado, recita-se na dos Confessores Pontífices
porque neles, de uma forma especial, se realiza a pro
messa divina: — /?cves//rc/ de feiicidade os sacerdotes.
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Compleras
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Temei a Yahweh, vó s fiéis seus,
porque nada falta aos que os temem.
Leões moços estão em penúria e passam fome,
mas aos que procuram a Deus nenhum bem falia (1)
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V — Muitas são as tributações dos justos, m as de
todas os tivra Deus.
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teem o coração esm agado, e salva os que íeem o espi
rito abatido.
Todos nós o experimentaremos igualmente, se
nEle buscarmos o nosso refúgio.
Como todos os bem-aventurados sSo exemplos
vivos desta especial bondade e prolecçSo do Senhor,
recita-se este salmo na Festa de Todos os Santos (III
Noct., Salm. 1), na dos Apóstolos (Com. Apost. I Noct.,
Salm. 2), na dos Mártires (Com. Plurim. Mart., III
Noct., Salm. 2), e ainda na do Nascimento de S. João
Baptista (11 Noct., Salm. 3).
Aquelas palavras — 0 Anjo do Senhor acam pa em
redor dos que O temem, sugeriu também a recitação
deste salmo nas festas dos Santos Anjos.
SALIO 60
In trod u ção: David pede a Deus que o reconduza ao trono
de onde fô ra expulso por Absalão, e nele o conserve para sempre
na pessoa dos seus descendentes sobretudo do mais ilustre de todos,
o Messias, cujo reinado seria eterno.
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Conduzl-me ao rochedo que não posso atingir (1),
porque sois para mim um refúgio,
uma torre forte contra o Inimigo.
eniao nesse caso, Rochedo será sinônimo de «refúgio», «Torre forte», quer
dizer — Deus, a quem multas vezes a Sagrada Escritura chama Rochedo.
David pediria entao que o elevaase até Ele, pois por suas próprias lórças
0 nao podia atingir.
(2) Estas palavras têm algo de excessivo para David, mesmo com
metálora, e moslram-nos que o Santo Rei falando de sl tinha presente o
Messias seu descendente.
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0 que David pedia, para si e para o seu descen
dente 0 Messias, não distinguindo muito bem a sua
pessoa da dEle, podemos pedi-lo para nós, pois, como
filhos adoptivos de Deus e incorporados em Cristo,
também dEle nos não distinguimos quanto a participar
dos bens paternos.
Façamos pois deste salmo uma oração nossa, — e
é esse o seu sentido litúrgico, recitada á hora de Com
pletas —, pedindo a Deus os bens prometidos aos que
temem o Seu Nome, em especial, que seja para nós,
durante a noite, um refúgio, uma tôrre forte conira o
inimigo.
Recita-se este salmo na Festa de Todos os Santos
(III Noct., Salm. 2) e na dos Apóstolos (II Noct.,
Salm. 2), porque para eles foi Deus verdadeiramente
uma iôrre forte, um refúgio contra o inimigo, e deu-lhes
em abundância os bens prometidos aos que 0 temem.
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QUINTA-FEIRA
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MaFinas
I Noctwno
M IN O 61
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Não projectam senão derrubar-me!
Comprazem-se na m entira!
Abençoam com os lábios,
amaldiçoam com o coração I
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•
— De Elohim é que é próprio o poder;
de Vós, Adonai, é que é própria a bondade 1
Só Vós dais a cada um segundo as suas obras (1).
8ANL0 (»
In trod u ção: 0 salmisia convida a todos a louvar a Deus
pelo seu poder e previdência, sobretudo por ter libertado o povo
duma grande tribulacão.
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A vossa acção revela a pleim\de do vosso poder,
os vossos inimigos adulam-vos,
Toda a terra se prosta diante de Vós
e com um salmo vos celebra,
celebra o vosso nome (I).
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Fizestes-nos entrar em prisão,
passastes-nos uma peia à cintura (I).
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Bendito seja Elohim,
que não desviou de si a minha súplica,
nem de mim a sua benevolCncIa.
II Nocturno
SALMO 07
In trod u ção; Cântico triunfal celebrando a maravilhosa
acção de Deus em vários transes da história de Israel em que a Arca
da Aliança — simbolo e penhor da Sua presença e protecção — tinha
exercido papel primacial, como a travessia do Deserto, o estabele
cimento do povo na Palestina, a inauguração do templo de /erusa-
lém, etc. (1).
(I) Este caniQ teria sido composto para ser cantado na proclasBo em
que a Arca da Aliança foi reconduzida em triunfo do campo da batalha para
o templo após uma vitória, ou talvez mesmo na InauguraçSo do templo. NSo
será antes uma composlçfio da época do cativeiro de Babilônia, nm cântico
profético, anunciando e deacrevendo à maneira dos profetas a tutura restau-
raçBo de Israel, a qual no espirito do salmista se projectava sobre a grande
restaoraçao messiânica, de forma que muitos traços se aplicariam antes a
esta do que àquela? - Nesse caso o salmista teria empregado na sua descri
ção Ideal traços Já familiares, extraídos de vários passos da história dc Israel.
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I — Que se dissipem os inimigos de Deus e se re
gozigem os seus amigos.
ir ao começar a marcha da
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A terra tremeu, e até os céus se fundiram,
as montanhas cambalearam à vista do Senhor,
à vista de Elohim, Deus de Israel (1).
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Quando nela a Omnipotente dispersava os reis,
nevava no monte Selmon (1),
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V — Deus é que dá a Israel as suas vitórias.
Bendito seja Adonai em cada d ia!
Ele traz-nos nos braços o Deus da nossa salvação I
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VII — Qúe Deus torne firm e a vitória trazendo os
tempos messiânicos.
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Co nside ra çõ é s e aplicações liiúrgicas; S. Paulo
aplicou este salmo à subida de N. S. Jesus Cristo
aos céus e conseqüente descida do Espirito Santo, e
parece ser este, de todos os sentidos místicos, o de
mais frutuosa consideração para nós. Há mesmo quem
faça dele uma aplicação minuciosa à Pessoa de N. S. Je
sus Cristo, comprazendo-se em considerá-lo atraves
sando 0 deserto da vida mortal, como outrora a Arca o
do Sinai, derramando na sua passagem uma chuva de
beneficios, vencendo os seus inimigos no alto do Cal
vário, estabelecendo a sua morada na Igreja, e subindo
depois ao céu, quer se trate da primeira quer da segunda
Ascensáo, levando como despojos a Humanidade re
mida e arrancada às mãos do inimigo.
Amagestade, a solenidade, o som de vitória e ale
gria do cortejo descrito pelo Salmista adapta-se melhor
à segunda do que à primeira subida ao céu.
Noutro sentido, a marcha vitoriosa de Israel atra.
vés do Deserto para a terra da Promissão indo à frente
0 próprio Deusé imagem da marcha triunfante e mages-
tosa da Igreja através dos séculos para a sua Pátria
feliz — 0 Céu, animada e comandada pelo Divino Es
pirito Santo, marcha que começou precisamente no dia
de Pentecostes.
De aqui se vê por que razão a Igreja faz tanto uso
deste salmo nas Festas da Ascençâo e Pentecostes,
tanto no oficio como na missa e em que sentido o de
vemos tomar.
Recitando-o, pois, não nos esqueçamos de suplicar
A’quele Deus que é P ai dos orfãozinhos, que dá um.
lar aos engeitados, que livra os cativos, que confirme o
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que por nós ieni feito, que dê a vitoria à sua Igreja na
obra de cristianízação dos povos, pãra que depressa
venham mensageiros do Egito e eleve a s m õos a Deus
a Etiópia.
U I-N o ctu r n o
SUMO 88
Salvai-m e, Elohim,
porque as águas me estão pondo a vida em risco.
Afundo-me em profundo lôdo,
e . . . nada de firme.
Entrei num abismo de águ a,'
e a torrente submerge-me (2).
(1) Segundo a opinifio mais geral este justo seria o próprio Messias
sendo assim este salmo directamente messiânico. Se porém o Salmista se
refere a si-mesmo em qualquer transe da sua vida, era nesse caso uma figura
do Messias, e por Isso os Evangelhos e escritos dos Apóstolos apresentam-
-nos muitas passagens como cumprindo-se em Jesus e a Ele se referindo
(2) A torrente emhravecida e Irashordada, o sorvedouro onde os pés
se enterram e se está em riaco de desaparecer, sSo alegorias para Indicar a
grandeza da angústia.
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São muitos. . . m uitos. . .
mais que os cabelos da minha cabeça,
os que me odeiam sem motivo.
a os meus perseguidores.
os meus pérfidos inimigos,
0 que não roubei. . . tenho de o restituir (I).
.................................... (3).
Porque é por Vós que sofro opróbrio
que a vergonha me cobre as faces.
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Porque me devora o zelo da vossa causa,
e recaiem sobre mim os opróbrios que vos lançam.
Livrai-me do sorvedouro I
Que nele me não afunde!
Que seja livre dos meus inimigos,
e do abismo das águas I
Que me não submerja a torrente,
que me não engula o profundo algar,
que se não feche sobre mim a bôca do poço (2).
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Voltai-vos para mim,
segundo a vossa grande misericórdia.
Esperava consoladores,
mas não os encontrei.
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Derramai sobr/e eles a vossa ira,
eq u e os apanhe o ardor da vossa cóleraI
Que as suas moradas sejam devastadas,
e não restem habitantes nss suas tendas I
)0 adorivel Sal-
no Juiz e dirigi
das aos rcprovos. Exprimem, sim, uma grande IndIgnnçlo, e é decerto este
todo 0 seu sentido na bdca do salmista.
(2) O Salmista diz que o hino de louvor agrada mais a Deus do qne
um boi e nSo um vitelo qualquer mos um boi Ji feito e dos grandes. É pre
ciso nio esquecer que o culto Israelitico constava de sacrifícios de animais,
e que, destes, o de maior valia era decerto o boi, mas melhor do que todos
08 sacrifícios de coisas materiais e externas, era o culto Interno, o culto do
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Porque Yahweh escuta os pobres,
e não despreza os seus cativos (1).
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Laudes
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Solte 0 mar com tudo o que contém os seus mugidos,
rcsponda-lhe a terra com todos os seus habitantes.
Dêem palmas aos rios,
enquanto saltam de alegria as montanhas (I).
(2) Estes ultimes versículos que nlo sSo mais do que a repetição do
iinal do salmo são considerados por muitos como ums espécie de doxo-
logla Independente do salmo.
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Cruz, e dá-nos dele toda a medida manifestando as
inexauríveis riquezas do seu Coração. Maria Santís
sima, como Mãe do Redentor, é parte integrante sua, e
0 seu mais excelente fruto, pelo especialíssimo privilé
gio de ser preservada da mancha original. As Santas
são maravilhoso efeito seu, por havê-las elevado ao
heroismo da santidade não obstante a fragilidade lábil
do sexo.
S iLN O 89
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Levais;Iosl. . . Sáo como um sonho matutino I
. . . como a transitória erva I
. . . De manhã b r o t a ... dá f l o r ...
à tarde murcha e seca I
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Sacial-no8 sem demora da vossa benevolência,
c que toda a vida exultemos de alegria!
8A1N0 36
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/ - Malícia do pecador.
Sentença do p ecador:
— «Tenho resolvido em meu coraçáo ser Impio» 1
Nenhum temor de Deus
tem jamais presente I
Porque, a seu ver. Deus fecha os olhos,
quanto a tomar-lhe contas da sua iniqüidade (l).
II — Bondade de Deus.
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III — Que Deus defenda os que são fiéis.
Mantende a vossa benevolência aos que vos conhecem,
e a vossa justiça aos de co ra çlo recto.
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natural como muito principalmente a sobrenatural, ou
da Graça.
Ele é a luz com que veremos a L uz; porque, sendo
para nós ao mesmo tempo princípio, meio e fim, não
só se constitue o nosso Sumo Bem, mas dEle vem que
o busquemos, dEle vem que o alcancemos, e dEIe vem
ainda que sejamos capazes de o gozar. Ele nos dá,
para isso, o impulso inicial; Ele nos vai solicitando e
impelindo ao longo da vida, servindo-nos, suposta a
nossa aquiescência, de motor, amparo e guia, connosco
colaborando como parte principalíssima; Ele nos trans
forma num ser divino capaz de o vêi face a face, e de
a Ele se unir; Ele é o nosso tudo, numa palavra.
Quem 0 não amará.
CAHTIOO DE JEREMIAS
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II — 0 povo disperso volta triunfante a Jerusalém.
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ceu cotn o seu sangue — , que devemos recitar este
cântico.
SALHOl 146 fi 147 (1)
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É Ele que cobre o céu de nuvens,
que prepara a chuva para a terra,
Que faz germinar a relva nos montes,
e as plantas para uso do homem.
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V — Como na ordem física assim na ordem moral.
Envia a sua palavra e tudo isto se funde:
faz soprar o seu vento e as águas correm.
GAITIOO DB MOISÉS (D
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l l — R ep e ie s e o mesmo têma, m as com mais pre
cisão.
Do alto da vossa sublimidade lançais por terra os inimigos;
desencadeais a vossa cólera que os consome como palha,
e ao sopro da vossa respiração amontuaram-se as águas.
As vagas empinaram-se como uma trincheira,
as ondas endureceram no fundo do mar.
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Todos os habitantes de Canaan perderam a coragem I
Cairam sobre eles o pânico e o terror I
Pela força do vosso braço hão-de tornar-se imóveis como
um penedo1
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C a N T Í C Ò DÉ M O I S É S -393
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Prima
S U M O 22
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q u in t a - f e ir a - PRIMA
(1) o bácdio era uma vara recurva no cimo que servia pira guiar e
sobretudo para agarrar as ovelhas. O cajado era um pau mais curto que ser
via de arma ofensiva e defensiva.
(2) Depois de nos apresentar a Deus sob a figura de um bom pastor,
o salmista apresenta-no-Io sob a figura de um bom amigo que oferece ao seu
amigo uma óptima e magnânima hospedagem de que sBo sinais o óleo abun-
o copo a trasbordar. Era das boas regras da hi
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acampam as suas ovelhas sSo a Igreja; as águas repou
santes, as do baptismo, ou as da graça que brotam
para a vida eterna; a mesa posta aos amigos, a Euca
ristia; 0 óleo que lhes derrama na cabeça, o Espírito
Santo e os seus d o n s... Assim também o vale das
sombras mortíferas é a vida presente, a qual vamos
atravessando rodeados de tanta escuridão e cercados
de tantos inimigos que estamos em perigo constante de
morte espiritual.
No Oficio da Festa de Corpus Christi a Igreja
chama-nos particularmente a atenção para o banquete
eucarístico: — prepara-se-nos (na eucaristia) a m esa do
Senhor contra todos os que nos atribulam. (II Noct.
Salm. e Antif. 2).
Aplicado às almas do Purgatório - Em verdejan-
tes prados me colocou (Of. Def. II Noct. Antif. et
Salm. 2) — refere-se em especial à paz e segurança de
que gozam aquelas benditas almas, as quais sairam já
da zona perigosa da existência e aguardam cheias de
esperança e resignação o fim do seu exílio.
Façamos pois deste salmo um acto de amor, de
confiança e agradecimento pelos inumeráveis dons que
nele estão alegòricamente mencionados.
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1 - 0 reinado do Messias será o reinado da jus
tiça.
(1) As montanhas e colinas sBo tomadas por todo o país porque sBo
as partes mais proeminentes. Será tBo feliz o reinado do Meaalaa que a paz
e a juatiça brotarSo do solo como a relva.
(2) Este rei descerá do céu, Isto é, terá uma origem celeste, e a sua
instalaçao na teira será tBo suave e benéfica como a chuva que cal de man
sinho.
(3) O RIe, por excelência, era o Eufrates.
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III — Dominará sobre os povos.
Diante dEle os adversários dobrarSo o joelho,
e os inimigos morderáo o pó.
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0 seu nome subsistirá eternam ente:
durará tanto como o sol.
Por Ele serão abençoadas todas as familias da terra,
todas as gerações o proclamarão feliz.
(1) Estes versículos nBo fazem propriamente parte do salmo, mas são
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Reino de Cristo em harmonia com o espirito de cada
uma. E assim, na festa do Natal convida-nos a con
templar a suavidade do nascimento do Rei Jesús e a
abundância de verdadeira paz que veio trazer ao
mundo; — N ascerá nos dias do Senhor abundância de
p a z : e Ele dominará. (II Noct. antif. e salm. 2); na da
Epifania, a extensão universal do mesmo reino: - Os
reis de Tarsis e das Ilhas trarão presentes ao Rei-Deus.
(II Noct. Antif. e Salm. 2 ); em Quinta-feira Santa, a
Redenção que trouxe à pobre Humanidade indigente,
desamparada, e oprimida sob o jugo do Demônio: —
Libertará o Senhor o oprimido do seu opressor, e o po
bre desam parado. (II Noct., Antif. e Salm. I); na da
Santíssima Trindade, o grande amor do Deus Uno e
Trino manifestado na obra da Redenção e na institui
ção da Igreja com todos os bens de que é administra
dora.
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Tércia
SALHO 72
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I I — A prosperidade e arrogância dos m a u s ,—
forte escândalo para as gentes Ignaras.
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Se eu tivesse d ito : — «Vou falar também assim» I
teria traido a raça dos vossos filhos (1).
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E stava estúpido e sem inteligência,
estava como um bruto na vossa presença (1).
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foi tão violento o contraste, entre a malícia afortunada
dos ímpios, e a desventurada integridade moral dos
jusios.
Nós sabemos porém a que ater-nos neste preten
dido escândalo,— o escândalo da Cruz. Era neces
sário que Cristo entrasse na sua glória, — como Ele
mesmo declarou aos discípulos de Emmaús, — por meio
dos atrozes sofrimentos da sua vida mortal. Mas, diz-
-nos S. Paulo, porque se humilhou até à morte e à morte
de cruz, 0 exaltou Deus até ao seu trono, e quis que
ao Nome Seu se dobrasse todo o joelho, no céu, na
terra, e nos próprios infernos.
Por isso saibamos nós, os discípulos do Divino
Mestre, deixar aos indiferentes e irreligiosos os gros
seiros gozos da sua mais ou menos afortunada vida
terrena — que é tudo quanto lhes cabe em sorte,— e
abracemos jubilosos, com Jesus, a cruz do sofrimento
e da pouca sorte nas coisas deste mundo, para com Ele
obtermos a imarcescível glória junto do Pai.
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Sexra
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Despedaçando ao desafio as esculturas,
a machado e a martelo (1). ‘
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Fo stes V ós que fizestes brotar a fonte e a torrente,
fostes Vós que secastes rios Inexgotávela (1).
(1) o salmista r.
rael cm que ae bavla B
Deus e o seu favor para com o povo, -- a passagem através do mar Verme
lho, a aubmersio dos egípcios — o OragSo e o Leviathan ou crocodilo - no
mesmo mar, cujos cadáveres dando à costa serviram de pasto aos chacais ;
a torrente que Moisés fez brotar da rocha no Deserto; finalmente a travessia
do Jordão a pé enxuto.
(2) O salmista dá ao povo o nome de róla, nome gracioso e de cari
nho. A Vulg. diz: «A alma dos que vos louvam».
3) <0s homens orgulhosos»: Ilt., os homens gordos.
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Náo esqueçais o clamor dos vossos adversários,
0 tumulto sempre crescente dos vossos Inimigos.
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Noa
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I I — Deus é que governa a todos, e fará justiça a
uns e outros.
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É, que a violência nSo terá a última palavra.
0 próprio Deus no*Io garante neste salmo. Pode levar
seu tempo, mas fará justiça recta, e é terrível o copo da
ira divina que os ímpios opressores hão-de beber alé
às fezes.
Não é este de resto o grito espontâneo da alma
cristã ao contemplar indignada as atrozes sevícias infli
gidas ao inocente Cordeiro que tira os pecados do
mundo, que a Igreja desenrola ante os olhos magoados
da nossa alma, na liturgia da Quinta-feira Santa ?
0 mesmo sentimento nos brota da alma ao lermos, na
vida dos mártires, as atrocidades que sofreram por
amor de Jesus. Por isso, com muita oportunidade se
recita este salmo nos Ofícios da Quinta-feira Santa e
dos Apóstolos, que todos a Igreja venera como már
tires.
SALHO 76
Introdução: Celebra-se a augusta majestade de Deus como
juiz de toda a terra. A ocasido deste salmo joi, mais provàvel
mente, a derrota dos assírios exterminados pelo anjo sob os muros
de Jerusalém no tempo de Ezequias.
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Foi aqui que quebrou os faiscantes projéctels do arco,
0 escudo, a espada e a guerra.
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Co nside raçõ e s e aplicações litúrgicas : Récita*se
este salmo nos Ofícios festivos de Quinta-feira Santa,
Sábado Santo e Transfiguração do Senhor.
Ora sendo ele um cântico de triunfo, todo repas
sado de entusiástica admiração pelas vitórias do Senhor,
pela magnificência das suas intervenções extraordiná
rias nos destinos da Humanidade, compieende-se que
se recite no Ofício da Transfiguração em que Jesus
deixou transparecer um pouco da glória que tem no
seio do P a i; mas que a igreja o haja escolhido para o
tempo da paixão, tempo de luto em que a alma não
pode furtar-se a uma certa mágoa depressiva à vista do
atroz extermínio do Salvador, eis o que pode parecer
extranho. Mas é que a obra da nossa Redenção, que
naqueles dias se operava, é precisamente a mais gran
diosa manifestação da magnificência divina, e a hora
da humilhação de Jesus até ao aniquilamento do sepul
cro, a hora do seu maior triunfo, a hora em que o
príncipe deste mundo, o Demônio, f o i iançado fora, foi
desapossado do seu império tirânico sobre o gênero
humano.
Tenhamos isto bem presente ao recitá-lo e tam
bém aquela hora grandiosa do Juizo Final em que o
triunfo de Jesus receberá o seu último complemento.
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Vésperas
SALHO 1S2
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C o nside ra çõ e s e aplicações lilúrgicas: Se os
piedosos israelistas exclamavam cheios de santo entu
siasmo: — «Aht como é bom, como é delicioso...», só
por se verem reunidos em Jerusalém na celebração do
mesmo culto — elementos pobres que só valiam pelo
que anunciavam — que diremos nós das nossas reu
niões litúrgicas?) Como não devemos sentir uma sin
cera alegria, um fundo gôzo, nós que constituímos,
mais do que uma família, um corpo místico tendo por
cabeça a Cristo — o que não é uma figura de retórica
mas uma profunda realidade sobrenatural onde circula
uma vida que é a vida do próprio Deus, — por nos
juntarmos no mesmo convivio da Santa Missa, no
mesmo banquete da Sagrada Comunhão ?
Pensemos na realidade profunda que é a Comu
nhão dos Santos, e as palavras deste salmo sair-nos-ão
dos lábios cheias de verdade e vida.
SALHO ISS
Introdução: Espécie de iadainha de acção de graças a Deus
peios seus benefícios, uns gerais, outros particulares a Israel.
D ai graças a D eu s...
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l — . . . Criador do céu e da terra,
I I — . . . Libertador de Israei.
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Que matou reis nobres...
— Porque a sua benevolência é eterna.
Sehon, rei dos Am orreus. . .
— Porque a sua benevolência é eterna.
E Og, rei de B asan . . .
— Porque a sua benevolência é eterna.
Que deu a terra deles como h eran ça. . .
— Porque a sua benevolência é eterna.
Como herança a Israel seu s e rv o . . .
— Porque a sua benevolência é eterna.
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Introdução: Neste, ora delicado ora veemente, mas sempre
belo salmo, dlz-nos o salmista, que estlvera cativo em Babilônia, as
saudades que tinham os cativos naquela terra de exílio, pratesta o
seu amor por Jerusalém, e termina regozijando-se com es castigos
preditos aos povos opressores.
H — As saudades da pátria.
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111— Ruina a Edom e B ab iió n ia!
(1) «Dia de Jerusalém.: - dia era que lhe coube a vez de ser casli-
fbda.
(2) A letra: —Filha de Babilônia destruidora. Hebraisrao.
(3) Eata acena, de uma barbaridade extréma, era Infelizmente muito
Ireqnente naqueles tempos, e passava por uma represália legitima.
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/ — Graças a Deus pelo seu pronto socorro numa
aflição.
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II I — Confiança na bondade de Deus.
Quando estou à míngua de recursos, Vós me conservais a vida,
dai-me a mão contra a raiva dos meus inimigos,
e a vossa direita assegura-me a salvação.
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Completas
SALMO 30
SALHO 70
(1) Todo o liei pode fazer suas as expressões deste salmo nas várias
tributações da vida.
(2) O salmista alude aqui a certo rito do Oriente segundo o qual o
pai quando queria reconhecer por seu um Ilibo e dar-lhe direito de vida, re
cebia-o no regaço ao nascer, entregando-o depois á mie.
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II — Não me desam pares agora na velhice!
Em Vós continua a firmar-se a minha esperança.
Vós sois 0 meu poderoso refúgio (1).
Tenho sido como que um prodígio para muitos,
a minha bOca anda cheia do vosso bom nome (2).
Entoo portanto um salmo à vossa glória,
ao vosso esplendor, todo o dia.
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IV — E assim poderei publicar ainda a vossa
glória.
Eu porém esperarei sempre,
e mais e mais farei crescer o vosso bom nome.
A minha bôca narrará a vossa justiça,
o vosso salutar auxilio todo o dia.
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Restaurareis a minha grandeza,
e de nove me consolarels (I).
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pelo socorro do Salvador. — Se/iÁor, não Vos conserveis
longe de mim, fazendo com que não sinta a vossa assis
tência nesta tentação... N ão me abandoneis, porque
sinio esgotarem-se-me as fo r ç a s ... Apressai-vos em
socorrer-me, porque em Ws me refu g io... Que não
seja confundido até ao f i m . . . Etc.
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SEXTA-FEIRA
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MaMnas
I e II Nocturno
SALHO 77
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II — Deus ordenou que, d e geração em geração, se
fosse narrando. ..
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Abriu uma fenda no mar para lhes franquear passagem,
e fez com que se aprumassem as águas como um dique (I).
Quiou-os de dia por meio da nuvem,
e à noite à claridade do fogo.
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Porque não tinham tido fé em Elohim
e não tinham confiado no seu salutar auxilio (1).
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Enquanto matava neles, procuravam-no,
c mais uma vez se informavam de Deus,
Lembravam-se de que Elohim era o seu rochedo,
0 Deus Altíssimo o seu libertador.
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Quando lhes entregou as colheitas ao gafanhoto,
e 0 produto do seu trabalho ao saltão (1).
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Tornaram ao de antes, e procederam perfldamente comoseus pais,
viraram as costas como um arco falso.
Provocaram-no com seus lugares altos (1),
excitaram-lhe o ciume com os seus idoios.
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Mas escolheu a tribu de Judá,
a montanha de Sião que amava,
Edificou o seu santuário semelhante ás alturas do céu,
semelhante à terra que edificou para sempre.
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desedenta-nos na torrente das suas inumeráveis graças
gerais e particulares. Até os castigos salutares nos
náo poupa.
Nós porém vamos prosseguindo nas nossas alter
nativas de fervores insubsistentes e tibiezas prolonga
das, quedas vergonhosas e conversões incompletas,
esforços insuficientes e recaidas profundas, num desa
fio constante à grande Misericórdia e Longanimidade
divina. Somos um arco falso que frustra o tiro e fere
a mão do archeiro, como era o fogoso Efraím, porque
frustramos a acção de Deus sobre nós e sobre a Igreja,
e oxalá não mereçamos como ele sermos definitiva
mente reprovados.
É pois com fervorosos sentimentos de humildade e
confusão pelas nossas repetidas faltas, e amoroso agra
decimento pela Magnanimidade misericordiosa do Se
nhor que nos tolera que devemos recitar este salmo.
IJI — hociarn o
8 U H 0 78
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Deram os cadáveres dos vossos servos
em pasto às aves do céu,
e a carne dos vossos fiéis às feras da terra.
Não vos lembreis mais das nossas iniquidades dos tempos idos,
apressai-vos a fazer-nos encontrar pela vossa misericórdia,
porque somos bem desgraçados.
Vinde em nosso auxill®, ó Deus nosso Salvador,
pela glória do vosso nome.
Yahweh, libertai-nos e apagai os nossos pecados,
por causa do vosso nome.
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Que subam até à vossa presença os gemidos dos cativo s!
Segundo a grandeza do vosso braço,
poupai a vida aos que estão condenados a m orrer!
SALMO 80
In trod ução: Viva exortação dirigida ao povo para que ce
lebre com grande regozijo uma das festas solenes de Israel. O sal
mista relembra os principais beneficias em cuja memória fô ra
instituida essa festa, e a ingratidão com que Israel tem sempre
correspondido, para o que dá a palavra ao próprio Deus. Ter
mina exortando os israelitas a que não imitem seus pais na infide
lidade, assegurando-lhes, se assim o fizerem , a continuação dos
antigos favores.
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I — Convite a celebrar alegremente am a fe s ia ins
tituída por Deus.
Exulta! de alegria em honra de Elohim nossa força,
Aplaudi jubilosos 0 Deus de Jacob I
( 1) Pcla lua nova, a anunciar a lesta : pela lua cheia, no dia da pró
pria iesU, a qual seria a da Páscoa ou a dos Tsbernáciilos.
(2) A festa da Páscoa comemorava a saída do Egito, e a dos Taber-
náculos a morada no Deserto. Eram pois testas-monumentos. José está aqui
por Israel: - a parte pelo todo.
(3) « ... Que nao conhecia, isto é : - a que nao esUva habituado
Deus nao se manifestara a Israel desde os tempos dos Patriarcas.
(4) Os israelitas no Egito haviam caído na escravidão. Trabalhavam
nas construções civis. O cesto da carga é o símbolo dessa escravidão.
(5) A nuvem temerosa que se interpôs entre os Israelitas e os egípcios
que lhes vinham no encalço, a quando da travessia do Mar Vermelho,
(6) Meribah, onde fez brotar a água do Rochedo.
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Escuta, meu povo, eu to adjuro I
oxalá me ouças, Israel 1
— Que não haja para tl Deus estranho,
não te prostres ante outros deuses
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alcance não mais que temporal. Com quanto mais
entusiasmo, alegria e devoção, não devemos nós cele
brar as nossas festas litúrgicas, em que sempre se
celebra, sob algum aspecto, a realidade sempre viva,
sempre actual, e de alcance eterno que é a grande obra
da nossa Redenção ? !
Mas queixa-se Deus neste salmo da indocilidade
do povo, afirmando não ser outra a causa das suas
derrotas e dissabores: — Aft / se o meu povo me escu
ta s s e... bem depressa faria vergar os seus inimigos f
Não se dirigem estas queixas também a nós? - Não
será esta também a causa das nossas derrotas espiri
tuais? Queixamo-nos da demora do Reino de Deus
em estender-se a toda a terra, dos seus recuos aqui e
além, dos insucessos da nossa mãe a Igreja... E não
será 0 maior obstáculo à sua vitória completa a nossa
indocilidade ao espírito do próprio Evangelho ? 1
Recita-se este salmo em especial no Ofício de Cor
pus Christi, e a razão é tão bem se adaptar o seu úl
timo versículo — que serve de antífona — à Eucaristia
como Comunhão: — Alimentaste-nos, Senhor, da fior do
trigo e saciaste-nos com o mel das rochas.
SALHO 82
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I — Senhor, não vos conserveis neutral na guerra
que nos fazem .
Elohim, que nisto não haja tréguas para Vós I
Não vos conserveis silencioso e inactivo, ó Deusl
P o rq u e .. . Védel — Os nossos inimigos agitam-se com grande
alarde,
e os que vos odeiam levantam a cabeça.
Concebem astuciosos designios contra o vosso povo.
conspiram contra os vassos protegidos.
I I — A coiigação inimiga.
SIm, combinaram-se estreitamente,
aliaram-se contra Vós,
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E stes foram aniquilados em Endor,
e serviram de estrume à terra.
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Que sejam para sempre confundidos e cheios de espanto,
que pereçam cobertos de opróbrio,
E que saibam que o vosso nome é Yahweh
e que só vós sois o Altissimo superior a toda a terra H)-
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Laudes
Prelúdio.
— Reina Yahweh I
- T r e m a m os povosI
— Reina O que está sentado sobre os Querubins (2)!
— Estremeça a t e r r a !
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- Vós sois 0 sustentáculo da rectidáo I
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festa da sua Circuncisão, oitava do Natal, que marca
0 inicio do seu reino de paz e de amor sobre a terra.
De novo se recita na festa da Ascenção porque nela se
comemora a inauguração gloriosa do seu reinado sobre
os bem-aventurados no céu. .
Recita-se também nas festas dos Apóstolos porque
não são eles menos gloriosos nem menos poderosos em
palavras e em obras do que outrora Moisés, Aarão e
Samuel.
Recita-se ainda na festa da Dedicação das igrejas,
mais veneráveis do que outrora a Arca da Aliança —
escabelo dos pés de D e u s - , ou do que a Montanha
Santa do Templo, porque nelas reside mais verdadei
ramente Deus, 0 Deus Sacramentado, Jesus nosso Di
vino Salvador.
SALHO 142
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Obriga-me a habitar na região das.trevas (1)
camo os que já morreram há muito,
e em mim o espirito desfalece,
0 coração entorpece-se-me no peito.
II — Perdoai-me e salvaim e.
Yahweh, o meu espirito está-se-me consumindo 1
Não me oculteis a vossa face 1
Senão, tornar-rae-ei como os que baixam ao poço (2).
Fazel-me ouvir sem demora uma palavra de benevolência,
porque a Vós me confio.
Dai-me a conhecer o caminho que devo seguir,
porque a Vós eleve a minha alma.
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Co nside raçõ e s e aplicações litúrgicas: Esta
prece angustiada e humilde de uma alma cOnscia da
sua falta, que pede a Oeus, não justiça estrita, mas
misericórdia e benevolência, socorro contra os inimi
gos, amparo e luz para seguir o bom caminho, é uma
óptima oração da manhã. Por isso a recitamos no
Ofício de Laudes, Ofício matinal por excelência. Mas
mais acertadamente ainda o inclue a Igreja no número
dos penitenciais.
Nas festas, recita-se nas Laudes de Sexta-Feira
Santa, porque bem traduz a angústia da alma santís
sima de Jesus perseguido e espezinhado pelos seus
inimigos, e no Ofício da comemoração dos Fiéis Defun
tos como prece em que substituindo-nos às bem-ditas
almas, suspiramos por Deus como terra resequida pelo
orvalho do céu e pedimos que não entre em julgamento
com os seus servos, não exija deles justiça estrita, não
lhes oculte mais a sua fa c e , mas os restitua depressa à
vida na sua ditosa presença.
8ILH0 84
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Perdoastes a Iniqüidade ao vosso povo,
abafastes todos os seus pecados,
Depusestes toda a vossa Ira,
Acalmastes o ardor da vossa cólera.
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e a Paz seguir-Ihe-é os passos (1).
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Num sentido ainda mais aiegórico, a terra é a Vir
gem Maria donde brotou a Fidelidade incarnada, o
Divino Fruto, Jesus-
Deixemo-nos impregnar de um profundo sentimento
de gozo, amor e gratidão peia vinda do Redentor que
este salmo nos recorda-
É este o espítito com que a Igreja nos convida a
recitá-lo no Ofício feriai ordinário com a antífona: —
Abençoastes, Senhor, a vossa terra, perdoastes a iniqüi
dade ao vosso p o v o ; ou ainda na festa do Natal (II
Noct. Antif. e Salm. 3) dizendo:— A Fidelidade brotou
da terra e a Justiça olhou do alto dos céus.
No tempo de penitência é antes uma prece para
que 0 Senhor complete a obra de misericórdia, e insis
te-se sobretudo na primeira estrofe do salmo.
No Oficio de Defuntos é bem aproveitada a espé
cie de contradição da mesma primeira estrofe, em que,
por um lado, o salmista louva a Deus porque perdoou
a iniqüidade do seu povo e depôs toda a sua ira, para
logo a seguir bradar ao mesmo Senhor: Ponde fim ao
vosso ressentimento contra n ós! Ficareis eternamente
indisposto contra n ós?, para exprimir os sentimentos
daquelas benditas almas, já perdoadas e seguras da
sua salvação, mas ainda afastadas de Deus e privadas
da Sua visão beatífica.
G A IT IM l E ISAl&S
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(a — Os sobreviventes dos gentios, segundo a pro
fecia , proclamam m aravilhados que só é verdadeiro e
salvador o Deus de Israel.
- Eu sou Yahweh I
. . . e n ão há outroI
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c) — Deus cumprHo-à porque é sumamente verí
dico.
Não tenho falado a «cultas,
em qualquer lugar obscuro da terra (1).
Não disse à posteridade de Ja co b :
— Procurai-me em vão 1
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Porque eu sou Deus,
e nâo há outro.
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mundo. Mas nessa última hora restará sempre uma
grande multidão de incrédulos devida sobretudo à
grande apostasia predita pelo próprio Jesus Cristo. Des
tes, muitos, por um favor da Misericórdia divina serão
iluminados pelos últimos acontecimentos — cumprimento
evidente das profecias — e hão-de converter-se.
• Ora é na boca destes operários da última hora —
entusiasmados com a manifestação clara e iniludivel da
grandeza e Majestade de Deus, e a justificação da Sua
Providência no governo do mundo, e também da divin
dade e realeza de Jesus Cristo, Senhor absoluto de
toda a criatura—, que podem colocar-se, em toda a
força da expressão, as palavras deste cântico: — Na
verdade sois um Deus escondido! — Com o nos pudemos
iludir durante tanto tempo?! Afinal, Israel é que está
salvo com uma salvação etern a!— Os filhos da Igreja,
que considerávamos os mais infelizes e desprezíveis
dos homens é que tinham razão. . .
IALNO 147
CAITIGO BB BABAGDC
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a) — Deus vai repetir uma das suas terríveis mani
festações de oalrora.
b) — A teofania.
la para os lados do
ás de epidc-
mias. Esla porím tinha um earácier eapeclal C(
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c) — Efeitos da teofania na natureza.
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Quando montais nos vossos corseis
nos vossos carros vitoriosos (1).
Eis que o vosso arco aparece a descoberto,
segundo o jurado outrora às vossas tribus (2).
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Ouvi e transiram-se-me de susto as entranhas,
tremeram-me os lábios ao ouvir o ruido.
A cárie invadiu-me os ossos,
vacilaram-me os joelhos ao pêso do corpo,
A mim que espero com firmeza o dia da angústia,
que Ele se levante contra um povo que nos oprime.
C o n s i d e r a ç õ e s e a p l i c a ç õ e s lil ú r g i c a s : A ve
emência deste cântico, e as suas imagens arrojadas,
devem incutir-nos um grande respeito pela grandeza e
majestade de Deus, e um santo terror dos seus juizos .
contra os inimigos.
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Deixemo-nos possuir de um salutar temor que nos
incite a mais e mais nos esforçarmos por servi-lo com
exactidão, sentimento que muito convém num ofício
penitencial, como aquele em que este cântico será
recitado.
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Prima
SALMO 21
Prelúdio.
Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes? I
Porque se perde o meu bradar longe do meu S alvad or?!
tar, a nlo ser Jesus Cristo. Ele mesmo deu testemunho de que este salmo s<
lhe aplicava entoando-o sobre a cruz, e chamando assim a atençBo para umi
prolecla que tanto á letra se estava cumprindo.
(2) «E no entanto habitais no santuário». . . - Isto é, existis da ver
dade e nBo estais longe para que me nBo ouçals.
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Fo r Vós clamaram e foram salvos,
em Vós confiaram e nSo foram confundidos (1).
os pecidos de todos os homens para por eles dar a Deus a devida reparaçBo.
(2) Profecia cumprida à letra na paIxBo de Jesus eristo.
(3) Estas palavras respiram uma amarga ironia. SIm. o Cristo era
realmente o Filho de Deus apesar das suas humIlhaçSes presentes, o que os
seus Inimigos Ignoravam ou recusavam acreditar. Era costume, quando o pai
queria reconhecer o tecem-nascido por seu e que lhe fosse poupada a vida,
recebí-lo no regaço, e depois cntrcgá-Io á mBe. As palavras que o salmista
pOe na boca do Messias significam portanto que ele se dizia e afirmava filho
de Deue por natureza e nBo somente por adopçBo. A notar as expressões
que tBo bem se coadunam com a virgindade dc Maria e ate a implicam.
(4) «Manada de touros» - Os fariseus, os saduceus, o povo que pe
dia em altos grilos a morte de Jesus, e lhe rodeavam a cruz escarnecendo-o
e Inautlando-o. Toda esta eslrole alude, com estupenda clareza, visto tra-
tar-se de uma profecia feita séculos antes, aos tormentos da crucifIxBo, Os
touros de Bssan eram notáveis por sua corpulência e bravura.
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Estou como água derramada,
todos os meus ossos estão desconjuntados.
O meu coração está como cera a d erreter-se. . .
Funde-se nas minhas entranhas.
E éles contemplam-me,
eles estão encantados de me ver.
Repartem entre si os meus vestidos,
e deitam sortes sobre a minha túnica.
Mas Vós, Yahweh, não vos conserveis afastado,
ó minha força, vinde depressa em meu auxílio.
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GIorificai-0 reverentes,
vós todos, raça de Israel (1).
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Publicar-se-á as maravilhas do Senhor à geração futura,.
anunciar-se-á a sua justiça ao povo que há-de nascer.
Foi Yahweh que o fez (1!).
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Tércia
SALMO 70
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Até quando nos fareis um objecto de disputa para os nossos
vizinhos,
de modo que escarneçam de nós os inimigos ( I ) ? !
(2) Parece mais provável que o eslribllho tenha sido omitido, aqui e na
penúltima estrofe' e transcrito sã a meias na antepenúlilma. por algum
copista, ou pelo coleccionador dos salmos.
(3) Limites dc Israel nos dias do sen maior esplendor: - as monta
nhas da Edumea e a regiío sinailica, ao sul; os cedros do Líbano, ao norte;
o Mar Mediterrâneo, ao poente; o rio Eulrates, ao nascente.
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Elohim, Deus dos Exércitos, restaurai-nos t
(Fazei resplandecer a vossa face e seremos salvos I)
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pelos homens, deu força, é N. S. Jesus Cristo, e nós,
a sua Igreja, somos a frondaçõo da mesma vara.
Esta frondação, pela acção misericordiosa e omni-
potente de Deus, já hoje enche o mundo. A sua som
bra cobre as montanhas dos grandes povos, e os seus
ramos sobem aos cedros de Deus ostentando-se nos
tronos e supremas magistraturas.
E no entanto a frondação da Divina Videira é
constantemente desvastada por inimigos — uns, os que
vão passando pelo caminho da vida todos entregues à
satisfação dos seus desejos terrenais, porque é do seu
interesse arruiná-la e se lhes figura isso fácil empresa,
pois a vêem sem vedação de humanas artes, nem de
fesa de àrmas materiais; outro^'— o jav a li da floresta
porque o seu ódio violento às coisas de Deus os leva
brutalmente a empenhar-se em exterminá-la com sanha
ferina; outros ainda,— o porco-espinho dissimulado
e astuto, que debaixo dos seus ramos se acouta, — os
que juntando ao ódio a traição e o ardil, com o nome
de católicos se acobertam, e do próprio seio da Igreja
lhe vão fazendo guerra, roendo-a pelo interior nas suas
fibras mais vitais.
Contra estes inimigos devemos clamar constante
mente:— Pastor de Israel escutai, despertai o vosso
valor e vinde salvar-nos, fa z e i resplandecer a vossa
face e seremos salvos.
Já se vê como é apropriado este salmo para a
Sexta-feira, dia dedicado à Paixão de Jesus, a vinha
exterminada não só na sua Humanidade Santíssima,
mas também na Igreja seu corpo místico. Não o é
menos para o tempo do Advento pelos seus constantes
apelos à vinda do Messias.
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Introdução: 0 salmisia repreende os maus Juizes ou gover
nadores de Israel, pelas prevaricações do exercido do seu munus,
causa de ruina para a nação, pondo as suas palavras na boca do
próprio Deus.
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No entanto morrereis como homens,
caireis como qualquer miserável ( I ) ! »
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Sexfa
uuo n
In lrod u ção; Cântico de peregrinação com que os peregrinos
exprimiam a alegria de se encontrarem finalmente no templo, e de,
após uma viagem que Deus tornara feliz, ai poderem entoar louvo
res a Deus, expor as suas preces, etc.
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I I — Que bom ter vindo!— Com o auxílio de Deus,
nem a viagem custou.
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Porque é ameia e escudo,
Yahweh Eiohim (1).
Yahweh dá graça e giória,
não recusa bem algum,
aos que caminham com rectidão.
Yahweh Sabaoth,
feliz de quem a Vós se confia!
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e sòmente Nele pusermos a nossa confiança, esse vale
de desolação e aridez transformar-se-á para nós em
regadio, pululando virtude e santidade. Sem o sentir
mos, caminharemos cada vez mais vigorosos, até à
união mística com Deus na terra, e à sua posse perene
na felicidade do céu.
0 ter por objecto o encanto da casa de Deus e da
seu altar explica o emprego que a Santa Igreja faz
dele nas duas festas da Dedicação das igrejas e do
Corpus Christi. Recita-se ainda na festa da Transfi
guração porque as palavras que então proferiu S. Pe
d r o :— SenAor, que bom é estarmos aqui, são como
que' um eco de todo este salmo.
SALHO 86
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Yahweh áma
as portas de Sião
mais que todas as moradas de Jacob (1)1
Gloriosas coisas diz de ti,
cidade de Deus!
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Considerações e aplicações lifúrgicas: Este
salmo em que com tanta poesia se canta a glória da
Igreja, e com tanto entusiasmo se exprime o legítimo
orgulho de ser-se contado no número dos seus filhos,
entra na composição, além do ofício feriai, dos das fes
tas da Circuncisão, Santo Nome de Jesus, Epifania,
Transfiguração, Dedicação das Igrejas e da Santíssima
Virgem. Nos das três primeiras festas chama-se-nos a
atenção para a vocação — predita neste salmo — dos
gentios, entre os quais se veio a recrutar principalmente
a Igreja; e no da Transfiguração alude-se à mesma
Igreja, mas gloriosa da glória beatificfinte do seu Divino
Fundador, então pela vez primeira manifestada. Nas
festas da Santíssima Virgem aplica-se à glóriosa Mãe
de Deus e Mãe nossa o que directamente se refere à
Igreja e à sua maternidade espiritua|.
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Nôa
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É um Deus tcmivel na assembleia dos santos,
grande e augusto para todos os que o rodeiam.
Yahweh Deus dos Exércitos, quem, portanto, é como Vós?
Poderoso sois, Yahweh, sempre revestido da vossa fide
lidade.
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IV — De como D eus escolheu David para rei.
Um dia faiastes numa visão.
ao vosso servo, e dissestes:
Ponho uma coroa sobre a fronte de um herói,
efevo um eleito de entre o meu povo.
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S e seus filhos abandonarem a minha lei,
e não caminharem segundo as minhas determinações,
Se violarem as minhas leis,
e não observarem os meus mandamentos.
Arrasastes-lhe as muralhas,
arruinastes-lhe as fortalezas.
Todos os que passam o despojam:
está feito um opróbrio para os vizinhos (2).
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Exaltastes a dêxtera dos seus adversários,
regozijastes todos os seus inimigos.
Fizestes virar o fio da sua espada,
e náo sustivestes no combate.
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dade é um desmentido catègórico ao ideal entrevisto?!
Já assim parecia aos Apóstolos e primeiros fiéis, as
compararem o ideal profético das Escrituras com a
realidade trágica do Calvário. « 0 ’ estultos e morosos
em compreender as escrituras dos profetas» I Ibes dizia
Jesus na tarde gloriosa da sua Ressurreição.
Enganamo-nos sempre com a natureza da vitória
prometida à Igreja. Temos uma tendência incoercível,
repululamento vivaz daquele messianismo falsificado
dos tempos evangélicos, a figurarnio-nos a prosperidade
da Igreja ã maneira da dum partido político, dum sis*
tema filosófico, duma instituição temporal qualquer,
quando a vitória da Igreja deve ser como a do seu
Divino Fundador que atingiu o seu zenit no momento
em que Ele desceu ao mais profundo do abismo de
humilhação e aniquilamento da Cruz.
Tenhamos confiança em Deus, na sua infinita
sabedoria, no seu infinito poder, na sua infinita bon
dade, na sua absoluta fidelidade ao prometido. Creia-
mos inabalável mente na vitória da Igreja, o Reino de
Jesus, mas não nos figuremos um reino temporal, por
que Ele mesmo disse: « — 0 meu reino não é deste
mundo».
Jesus como herdeiro de todas as promessas mes
siânicas na sua pessoa e na sua Igreja, apesar muitas
vezes das aparências, eis o pensamento deste salmo,
segundo a Liturgia, tanto no Ofício feriai como no das
festas do Natal (111 Noct. Salm. 1). e no da Transfigu
ração (III Noct. salm. 1). A menção do Tabor neste
salmo terá talvez dado origãm à sua insersão no Ofí
cio desta última festa.
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Vésperas
IALHO 138
e conheceis-m e. . .
Sabeis quando me sento e quando me levanto,
penetrais, mesmo de longe, nos meus pensamentos.
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Bem poderia tomar aa asas da aurora (1)
e ir habitar nos confins dos mares
Que'ainda lá me guiaria a vossa mão,
que ainda lá me apanharia a vossa direita.
o Salmista dá-lhe ai
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IV—Importância dos pensamentos divinos os quais
0 ímpio despreza.
Quão importantes são para mim, Senhor, os vossos desígnios!
Quão múltipla a soma deles I
Poderia por ventura con tá-los? I — São mais numerosos que as
areias...
. . . Ao acordar ainda estou pensando em Vós (1 )!
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estrofe, segundo a variante da Vulgata s — D emasiado
honrados são, para mim, os vossos amigos, dem asiado
se fortaleceu o seu principado.
Esta lição, porém, que de forma alguma se pode
fazer concordar com o T . M., haverá provàvelmente
resultado de uma má interpretação do texto primitivo.
Mas este salmo pode encarar-se sob o aspecto de
como que um comentário antecipado daquelas palavras
do Evangelho: — Tende con fia n ça!— Todos os cabelos
da vossa cabeça estão contados! — Nem um só cairá
sem que o permita o vosso P ai do Céu I e neste sentido,
a ninguém melhor do que aos apóstolos se pode apli
car, porque eles foram objecto muito especial da Pro
vidência e solicitudes divinas.
Quanto a nós recitemo-lo com confiante e amoroso
abandono nas mãos de Deus.
SALHO 130
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Orgulhosos que me preparam armadilhas,
que me armam laços no caminho,
e me estendem redes à beira da estrada (1).
(I) A pesar do sentido geral destes dois últimos versos ser bastante
claro tanto no T. M. como na Vnig., o airanjo da Iraae e o sentido do por
menor é bastante confuso e os eruditos constroem de diferentes modos.
Apresentamos o que Jios afigura mais provável.
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Considerações e aplicações litúrgicas: Esta
angustiada prece pôe*na a Santa Igreja na boca de
Nosso Senhor Jesus Cristo no aflictivo transe da sua
Paixão (Fer. V. in Coen. Dom. et Fer. VI in Parasceve,
Ad Vesp. Salm. 3).
Associada à Paixão do Filho, como Coredentora,
está a Virgem dolorosíssima sua Mãe. Por isso se
recita ainda este salmo no Ofício da Festa das Dores
M. V, tempore Passionis (Vesp. Salm. 3).
’ Nós mesmos podemos fazer dele uma prece nossa
contra os inimigos da nossa alma, os demônios e todos
os seus fautores, verdadeiros caçadores de almas de
laço sempre armado.
SALMO 140
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H — Livrai-me da convivência dos maus e das suas
insídias.
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Co nside ra çõ e s e a plicações lifúrgicas: 0 sen
tido espiritual e litúrgico deste salmo é sensivelmente
idêntico ao do anterior. A igreja aplica-o ainda à
Paixão e às Dores de Maria nos seus respectivos Ofí
cios. Pode resumir-se e condensar-se este salmo nas
últimas palavras do Padre N o sso ;— Aíão nos deixeis
cair em tentação, livrai-nos do m al. . . Recitemo-lo pois
com 0 mesmo espírito com que endereçamos a Deus
aquelas palavras da oração dominical.
8&LN0 141
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II— Valei-me porque Vós é que sois o meu defensor.
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A Santa Igreja aplica este salmo, como os dois
precedentes e nos mesmos ofícios, a Cristo na sua Pai
xão e à Virgem Santíssima nas suas Dores. ApIica-o
ainda às benditas almas do Purgatório, que estão no
cárcere da justiça divina implorando o nosso auxilio.
(Compl. Salm. 3).
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Compleras
SILHO 70
In troduçSo: Consternado p o r qualquer calamidade nacio
nal, 0 Salmista exala a sua do r na presen ça de D eus. Com
pa ra os tempos presentes com os antigos, e, p a ra de algum
modo excitar a misericórdia de D eus em fa v o r da nação, fin g e
duvidar dela numa série pergu nta s e hipóteses arrojadas. Acal-
mando-se pouco a pouco vem a rem em orar os prodígios que
D eus operava outrora em favor do seu povo, esperando que a
bondade e po d e r de D eus não se desmentirá agora.
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Penso nos antigos dias,
Lembro-me dos anos de o u tro ra:
Reflito em meu coração,
medito e prescruto o meu espirito.
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VI — . - e a prova é, por exemplo, a m ajestosa
travessia do Mar-Vermelho.
Vlram-te as águas, ó Elohim,
viram-te as águas e tre m e ra m ...
sim, as ondas ficaram trêmulas.
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€ 0 que dEle se esperava, atentos os seus antigos pro
dígios e benemerências, com a mesquinhez dos resulta
dos obtidos, encarados à luz de um messianismo tem
poral e grosseiro. F icarão de nada as suas prom essas
p ara as idades fu tu ras? — pergunta. Mas esta atitude
de espírito durou apenas um momento, e logo se desfez
numa admirável profissão de fè e confiança no poder,
bondade e fidelidade de Deus.
Também nós sofremos algumas vezes uma espécie
de desilusão, de escândalo ou revolta de espírito, ao
•cair na conta do vivo contraste havido entre as coisas
vistas através dos livros ou da história, e as mesmas
observadas no descolorido viver quotidiano, ou entre o
deslumbramento do ideal e a baixa realidade. Também
somos algumas vezes vitimas de um grosseiro messia
nismo com que vemos nas palavras de Deus, não o que
íla s contêm realmente, segiindo os seus divinos desí
gnios, mas 0 que a nós sc nos antolha, quase sempre
perspectivas de domínio, de desforra para a sua Igreja,
ou então de consolação e bem estar para as nossas
almas, e de aí o escândalo e a desilusão.' Se alguma vez
atravessarmos esta situação psicológica, pondo imedia
tamente de parte toda a discussão interna, clamemos
com o salmista: Senhor, as vossas obras são san tasí
A seu tempo se desfarão os mistérios, e Vós aparece-
reis infinitamente sábio, santo, justo e misericordioso
em todas as vossas obras. A igreja aplica este salmo
à situação de N. S. Jesus Cristo na sua Paixão.
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gos e salve do perigo em que se encontra, lem brando-lhe a sua
Omnipotência, Bondade e Clemência.
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Dar-Vos-ei graças de todo o meu coração, Adonai meu Deus,
e gloríficarei o vosso nome eternamente.
■Porque a vossa benevolência é grande para comigo,
e livraU-me a alma da subterrânea morada nos mortos.
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SABADO
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MaMnas
I Nocturno
SALMO 104 •
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Ele que contraiu aliança cem Abraão,
que jurou a Isaac.
Que erigiu este juramento em Lei para Jacob,
em aliança eterna para Israel.
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V — Poder de José no Egito. Ja co b emigra.
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Fêz chover sobre eles granizo,
e por todo o pais um fogo devorador.
Enviou-lhes o mal às vinhas e figueiras,
quebrou-lhes as árvores em toda a regiáo.
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Considerações e aplicações lilúrgicas: 0 que
neste salmo se diz do povo de Israel deve entender-se
em sentido espiritual e analógico do povo cristão. Tam
bém 0 Deus-Humanado fêz aliança conosco, — aliança
tão íntima coiço a que existe entre a cabeça e os mem
bros de um mesmo organismo, aliança tão solene e
tão firme que foi selada com o seu sangue redentor,—
e constituindo-nos em Igreja sua prometeu que jamais
nos abandonaria até à consumação dos séculos.
E, se outra prova não tivéssemos da sua fidelidade
à palavra dada, bastaria considerar na história da
mesma Igreja a maravilhosa maneira como a tem man
tido através de tantas vicissitudes, enquanto instituições
mais consentâneas com a natureza humana, e mais
apoiadas na força, na razão, no saber e até nas pai
xões terrenas, têm ruído no pó dos çéculos.
Na verdade a Igreja tem atravessado longos perío
dos de decadência, tem sofrido fortemente a usura dos
tempos, tem sido conspurcada às vezes pela malícia dos
homens, mas, no mais profundo das suas crises, a
paternal Providência de Deus tem feito surgir do seu
seio, aparentemente exausto, por meios tanto mais ma
ravilhosos quanto mais desproporcionados ao fim a
atingir, a inesperada salvação.
É lembrando-nos de tudo isto que devemos recitar
este salmo endereçando os louvores nele contidos ao
nosso Divino Redentor e ao Espírito Paráclito pela
cnaravilhosa assistência dispensada à sua Igreja.
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II Nocturno
SALHO 106
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Revoltaram-se contra o Altíssimo junto do Mar das Algas.
Salvou-os contudo para honra do seu nome,
para manifestar o seu poder.
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Ateou*se um fogo contra os partidários deles,
e as chamas consumiram os impios ( 1 ) .
Pensava em exterminá-los
se Moisés seu eleito
Se não tivesse aguentado na brecha diante dEle,
para desviar a sua cólera de os destruir.
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Disseminá-los por entre as nações,
dispersá-los por outras regiões.
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E Imolaram seus filhos e filhas
aos demônios.
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Salvai-nos, Yahweh, nosso Deus,
e reuní-nos de entre as nações,
P ara que possamos louvar o vosso santo nome,
e façamos consistir nossa honra em glorilicar-ves.
8ÍLN0 106
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I — A caravana perdida no Deserto.
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Que louvem a Yahweh pela sua benevolência,
pelas suas maravilhas em favor dos filhos dos homens.
Porque quebrou as portas de bronze,
e despedaçou as barras de ferro.
IV — Um naufrágio.
Tinham descido ao mar em navios,
para negociar nas vastas águas.
Viram as obras de Yahweh
e as suas maravilhas nas águas profundas.
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Mudou 0 furacão em brisa suave.
e as vagas apazlguaram-se.
Itegozijaram-se eles com a calma estabelecida,
e Ele conduziu-os ao porto desejado.
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Considerações e aplicações lilúrgicas: . . . E na
sua aflição clamaram por Deus, e Deus liberlou os das
suas angústias. Que louvem pois a Deus pela sua
ben evolência... Estas palavras repetidas tantas vezes
neste salmo, à maneira de estribilho, conteem toda a
lição que dele havemos de tirar.
Qualquer que seja a necessidade, a dor, a aflição,
que se sofra, se se recorrer a Deus com as devidas
disposições de humildade, de fé e de confiança; se se
recorrer com insistência e perseverança sem contudo
estabelecer prazos à Divina Clemência nem deixarmos
de, em princípio, nos conformarmos com o seu beneplá
cito quanto ao resultado a obter, sobretudo se se tratar
de necessidades e angústias da nossa alma, estejamos
seguros que de todas nos libertará. Nisto estão con.
cordes o Antigo e o Novo Testamento com a experiên
cia multi-secular dos santos e de todas as almas since
ramente amantes da santidade.
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Laudes I
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Co nside raçõ e s e a plicações litúrgicas: Este
salmo é o simbolo da luta moral que todo o cristão
deve travar contra o mal. É por isso que S. Paulo
recomenda aos fiéis que se revistam das armas espiri-
tuaiSi que são principalmente a oração e a penitência,
essa espada de dois fios que vence os inimigos espiri
tuais.
Essa luta do cristão fará triunfar o reino de Cristo
que, depois do jaizo final será a herança dos fiéis, o
repouso dos lutadores, a glória de todos os santos.
Por causa da sua alusão à luta e ao triunfo a Santa
Igreja emprega-o frequentemente, tanto no Breviário
como no Missal, nas festas dos apóstolos e dos már
tires.
liLNO 91
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Que grandes são, Yahweh, as vossas ob ra s: (1)
Que misteriosos os vossos pensamentos 1
O estúpido não o reconhece,
e 0 estuitn não o compreende.
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Na velhice ainda darão fruto,
e estarão cheios de vcrdejante selva,
Para proclamar que é recto, Yahweh,
0 meu rochedo, em que não há injustiça.
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/ — Perfídia do mau para com o justo.
Escutai, Elohlm, a mtnha voz lastim osa,
arrancai a minha vida das mãos do terrível Inimigo,
Ponde-me a salvo das conspirações dos maus,
a salvo da multidão dos fabricantes de iniqüidade.
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De todos se apodera o temor,
e publicam a obra de Elohim reconhecendo a Sua a c çío .
0 justo regozlja-se em Yahweh e nele se refugia,
e todos os de coração recto se felicitam.
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cíosíssimo Sangue (II Noct. Saim. 3) e nas duas Festas
das Deres de Maria SS.”‘ (III Noct. Saim. 1). A flecha
que feriu o Filho,.atravessou também o coraçSo da
Mãe. Outra aplicação especial é feita aos Apóstolos
no seu respectivo Comum (II Noct. Saim. 3), parece
que por causa do versículo que serve de antífona:
Publicam a obra de Deus reconhecendo a sua acção.
De resto, com o seu Divino Mestre muito tiveram os
Apóstolos que sofrer das línguas pervertidas.
SALMO 150
Introdução i Este salmo é um hino magniflco a Deus e ao
mesmo tempo a conclusão de todo o sallério.
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vivo que Deus em nós insuflou — que deve proromper
em hinos continuos de adoraçSo, louvor e reconheci
mento ao Criador.
Por isso a Santa Igreja o põe na boca do sacer
dote como 0 melhor hino de acç3o de graças depois
da celebração da missa.
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Que aprendam, como nós aprendemos,
que não há outro Deus senão Vós, Senhor.
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Tende piedade da cidade que possue o vesso santuário,
de Jerusalém, lugar do vosso repouso.
Enchei Slão do vosso esplendor,
e 0 templo da vossa glória.
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Laudes II
OABTICO DB HOISiS
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O Rochedo I (1) A sua obra é perfeita,
e todas as suas vias são justas.
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Manteve-o no Deserto,
na*8êde ardente, na terra sem água (1).
Rodeou-o de desvelos, cuidou dele,
guardou-o como a pupila dos olhos.
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fixcitaram-lhe o ciume com deuses estranhos,
irrltaram-no com abominações.
Ofereceram sacrifícios a demônios que não sSo Deus (1),
(deuses desconhecidos, novos, recem-vindos),
ante os quais não tremeram os vossos pais.
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Acumularei males sobre eles,
sobre eles esgotarei as minhas flechas.
Serâo extenuados peia fome, devorados pela sêde.
(1) Os que eBtlverem fóra dos muros da ddadt, nos campos de baU-
lha, serao Wllmas da espada, e os que esUverem a dentro dos mesmos muros
sotrerBo todos os borrores do slllo.
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VIII — Corrução dos inimigos de Israel.
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Eu é que faço m orrer, eu é que faço viver,
eu é que feri, eu é que hei-de curar,
e não há ninguém que se possa livrar da minha mão.
(1) NBo se estranhe este tSo grosseiro antropomorflsmo. NBo foi este
cântico escrito para as sensibilidades dos séculos XX depois de Cristo, mas
para as do século XX antes de Cristo. Deus é-nos aqui apresentado sob a
figura de um rei vitorioso dos seus Inimigos, como podiam sB-lo por entBo os
da Assirla. SBo analogias exprimindo o quanto de terrível terá o Juízo de
Deus sobre os seus Inimigos.
(2 ) LIçBo dos LXX. O T. M. e a Vulgata sBo bastante mais curtos.
Mas a llçBo dos LXX harmonlza-se meibor com o contexto e dá uma conclu-
slo mais solene ao cBnUco. No Texto dos LXX mesmo, a aceitarmos como
boa a dIvIsBo das estrofes e versículos. faltarBo dois bemlstíqulos.
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Porque Deus vingou o sangue dos seus servos,
tirou vingança dos seus adversários.
Retribuiu aos que 0 odeavam,
e purificou a terra do seu povo.
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mente ná memória e o transmitisse às gerações vin
douras, sob a forma de uma canção que desse ao
mesmo tempo testemunho contra eles. Para isso com
pôs 0 presente cântico que a Santa Igreja quer que
recitemos também nós nos dias de penitência.
Não é a história de Israel, quanto a correspondên
cia à graça, a história de cada um de nós, e até em
certo modo a história do povo cristão?
Não merecemos também nós a apóstrofe do Pro
feta — * É assim que correspondes a Deus. povo sem ver
gonha e sem ju iz o *?
Cumulados, eles, — não seus filhos m as sua ver
g o n h a —i de tantos beneficios, tornaram-se gordos,
nédios, cheios, saturados e insensíveis à Divina Bene
volência, e abandonaram o seu Criador, desprezaram o
seu Salvador, forçando-0 assim a abandoná-los por sua
vez nas m'ãos dos seus inimigos. Cumulados nós, e
muito mais, dos inapreciáveis benefícios da nossa
Redenção, enriquecidos sobremaneira dos maravilhosos
meios de salvação que Cristo instituiu e deixou no seio
da sua Igreja, não é verdade que também nós, e muitas
vezes, nos tornamos gordos, nédios, cheios, e começa
mos a recalcitrar, não lhes dando apreço, nem nos
sujeitando ao suave jugo do Divino Amor?
Então Deus abandona-nos momentâneamente aos
nossos inimigos, e, se persistimos, faz-nos ver quSo
terrível é cair nas mãos do Deus Vivo, cuja cólera
4jueima até no fundo da m ansão dos mortos. Não é
outra a causa de tantos insucessos da Igreja, tantos
desaires do povp cristão, e até da extinção do cristia
nismo em tantos países.
Os inimigos de Israel, ainda que instrumentos da
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justiça divina eram bastante piores do que os israeli
tas. Quanto aos inimigos da Ig re ja ... não têm com
paração. Por isso a estes, aos que não vierem por fim
a converter-se e a ovacionar a Deus com o povo seu,
mais rigoroso castigo os aguarda.
Recitemos pois este cântico com espírito de arre
pendimento e humilde confissão das nossas faltas e
ingratidão a tantos benefícios que temos recebido.
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Prima
(1) o s
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I I — Sim, Deus vela pelos justos e castigará o s
maus.
Pois então fazei-o vós, ó estúpidos entre os estúpidos do povo t
Loucos, quando é que ganhareis ju izo? I
Então 0 que fez os ouvidos não o u v irá ?!
Quem formou os ólhos não verá ? !
Quem dá o ensino aos povos não poderá corrigir?!
Quem instrue os homens não terá saber? I
Deus sabe que os pensamentos do homem não são mais
que um sopro t
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Nas minhas muitas ansiedades,
as vossas consoiações vêm :
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Entretanto ouçamos o apelo ansioso e decidido que
0 nosso Divino Chefe nos faz; — *Quem se levantará
por mim contra os m aus? — Quem comigo se porá em
campo contra os fabricantes de iniqüidade ?>, e sigamos
resolutos após Ele, adiramos a Ele de todo o coraçSo,
pondo-nos no campo do apostolado pela salvação das
almas, nesta ingente luta que vem travada desde o
alvorecer das idades contra as potências do mal, e que
só findará, acabando em vitória estrondosa e decisiva,
quando estiver completo o número dos escolhidos, no
dia do julgamento final. Nesse dia, sim, que o Deus-
-Vingador ostentará toda a sua majestade rodeado de
todos os que houverem sido perseguidos e espèzi-
nhados.
A Santa Igreja aplica' este salmo à arrogância e
ferocidade, aparentemente invingada e irreprimida dos
inimigos de Jesus na sua Paixão e Morte, nos Ofícios
da Sexta-Feira Santa e Precioso Sangue (III Noct.
Saim.. 3).
SALHO 107
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Tércia
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Passo as noites de vela,
e tornei-me como a ave solitária sobre um tecto (1).
Todos os dias os meus inimigos me cobrem de opróbrios,
os furiosos contra mim servem-se do meu nome para pra
guejar (2).
Porque a minha comida é cinza em vez de pão,
e a minha bebida é misturada com lágrimas (3),
Por causa da vossa cólera e da vossa indignação,
porque me havels agarrado e arremessado para longe.
Os meus anos declinam como uma sombra,
e vou-me secando como a erva do campo.
antiga na ordem dos Vv. (vid. Hugueny). Os Vv. 24 a 28, parecem constituir
um bloco, e tCm todo o aspecto de ser a estrofe Intermediária do salmo.
Colocando-a pois no lugar devido, isto é : entre a segunda e a quarta estrofe
obtém-se um sentido mais compreensível e lógico. 0 v. 13, primeiro da IV
estrote segundo nós, e que é como que uma síntese de toda a eslrole intermé
dia, serve de ponte para passar sem salto á segunda parte do salmo, a que se
refere a SIBo. O autor sagrado desta segunda parte, quer seja o mesmo que
da primeira, quer seja um outro que tenha aproveitado um salmo preexistente
para e aplicar ao caso de SISo acrescentandc-lhe alguns versículos, serve-se
da mesma razlo invocada na prece pelo doente, isto é: a eternidade de Deus,
para pedir também a reedilIcaçBo de SIBo. Em vista disto, após o v. 12, inse-
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Há muito tempo já que fundastes a terra,
que os céus foram feitos pela vossa mão.
Eles hão-de perecer, mas Vós, permaneceis.
Sim, eles hão-de cair a pedaços como um vestido velho.
Como um vestido haveis de os mudar, e serão mudados,
mas Vós permaneceis sempre o mesmo, e vossos anos não
terão fim.
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■Quando Yahweh tiver olhado das suas alturas santas,
quando dos céus se tiver inclinado para a terra,
Para escutar os gemidos dos cativos,
para libertar os votados à morte.
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Sexta
SALHO 103
(1) A cflmara alta era o aposento de bonra na casa oriental. Era edt-
llcada no alto, sobre o terraço das casas, e às vezes sobre quatro ou mais
postes. Deus edificou a sua morada, — os céus —, sobre as águas superio
res, nome dado á maléria cósmica que está para além da atmosfera.
(2) «O próprio Deus é conhecido como realmente presente na natu
reza, envolvendo-se em luz, levantando a tenda no céu, usando as nuvens
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II — Glória a Deus que criou a ierra e a se
do mar.
Firmou a terra em seus alicerces,
e ela ficou inabalável para sempre.
Cubria-a o Oceano como um manto,
e as águas ultrapassavam o cume das montanhas.
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O pão que fortalece o coração do homem (1),
0 vinho que alegra o coração do homem,
que lhe torna a face nédia mais que azeite.
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P or ele passeiam os navios,
e 0 leviathan que formastcs para brincar nas ondas.
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ticos do saltcrio. Façamos-lhe uma rápida aná
lise.
0 Salmista, de começo, apresenta-nos o Criador,—
um ser transcendente, cujo vesiido é feito de majestade
e esplendor, cujo manto é tecido de luz. Dentre as
criaturas, a primeira são os céus. Deus estendeu-os —
a abóbada celeste — por sobre a terra, como os panos
de uma tenda. De permeio correm as nuvens — o carro
de Deus sopram os ventos, rugem os furacões,
faiscam os relâmpagos, e tudo isto são mensageiros,
são ministros de Deus. Por debaixo fica a terra. Esta
estava a princípio coberta pelas águas, que tudo inva
diam, tudo sepultavam. Mas Deus am eaça-as, assus
ta-as com trovões, e elas fogem , correm a recluir-se no
seu lugar, que é o mar, e não mais lêm o atrevimento,
por maior que seja a sua fúria, de ultrapassar os limi
tes que Deus lhes estabeleceu e invadir de novo a terra.
Na sua fuga, e de caminho, cavam os vales, avaliam as
montanhas. Mas Deus tão-pouco quer que a terra
fique sem água, e. por isso faz brotar as nascentes do
seio da terra, alimenta-as regando as montanhas, e elas
vão-se escoando, serpenteando pelo fundo dos vales,
que logo se cobrem de denso arvoredo, em cujas rama-
rias soltam as aves seus gorgeios.
Sobre a terra assim ornada e preparada, faz Deus
surgir os animais, e, por fim, o Gênero Humano, a cujo
alimento provê, fazendo germinar dela a erva para os
rebanhos e o pão que fortalece o homem, o vinho que
lhe alegra o coração,
Mas sobre a terra é preciso ainda que tudo se faça
com ordem. Por isso Deus cria o sol, e cria a lua:
divide 0 tempo em dias e noites; destina esta para os
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animais bravios — paro os leõezinhos que rugem cm
pós da p resa —, e aqueles para o homem — para a sua
tarefa de extrair o pão do seio da terra, para o seu
trabalho a lé à noite. E não só, mas Deus destina a
cada espécie o seu alimento, a sua morada, o seu
habitat,— fls montanhas para as camursas, os roche
dos para as cabras mcnteses, os ciprestes para as
cegonhas.
Nem dos mares se esquece, e logo dos fundos
abissais surge a imensa multidão dos pequenos c gran
des animais aquáticos, os quais esperam. dEle o seu
alimento, que jamais falta, porque a mão de Deus é
pródiga, rt superfície velejam os navios, e brincam nas
ondas, em redor deles, os golfinlios.
E tudo está preso dc um gesto carinhoso da mão
de Deus, tudo csfá pendente da benevolência do seu
olhar. Se Ele desvia por um momento os olhos, tudo
se perturba e transtorna, e, quando Ele quer, a tudo
retoma o fôleg o da vida, e nem os monstros mais temí
veis lhe resistem um segundo. A vida é dEle. Ele a
distribui como quer, dando-a a uns, a outros rctiraiido-a
— umas espécies definham e desaparecem, outras esten
dem-se e progridem, — e assim vai renovando constan
temente a fa c e da terra.
Que grande é o Senhor nas suas obras, como as
fez todas com sab ed oria!
A única nota discordante é o pecado. Por isso o
Salmista pede que desapareçam da terra os pecadores,
que nela não m ais haja ímpios.
A única nota discordante? — Será, mas é essa nota
que vai dar a Deus ocasião de mostrar uma grandeza
•nais munificente, uma sabedoria mais infinitamente
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rica, porque a acção de Deus sobre a natureza material
não é mais do que uma pálida analogia, um ténue vis
lumbre das maravilhas que Deus opera no mundo das
almas, rcmindo-as, santificando-as, elevande-as até Ele.
É com este último pensamento que a Igreja aplica este
salmo ao Divino Espírito Santo na Festa do Pentecos-
les, e ao próprio Cristo — o Deus revestido de m ajes
tade e de esplendor, envolto em luz como num manto, —
na Festa da Transfiguração.
Apreendamos pois bem o pensamento deste salmo
para o recitarmos como convém.
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Noa
SALMO 108
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Estabelecei-lhes como juiz um ímpio,
e que seja um adversário o que esteja à sua direita (1).
Quando for julgado saia condenado,
e que as suas súplicas se tornem um pecado (2).
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Amou a maldição. . . Que ela caia sobre e le !
Não gostou de ab en ço ar. . .
que a bênção permaneça longe dele!
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V — Confundi os meus inimigos e eu Vos louvarei
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toda de benemerências, muito tem tido que sofrer, atra
vés dos séculos, da odienta perfídia e negra ingratidão
dos seus inimigos, quase todos filhos degenerados que
rasgam o seio da própria mãe. Quantos povos que
ela formou, civilizou, amparou nos seus primeiros
passos de nação, e que depois a repudiam fazendo
menção de desconhecê-la, esbulliam-na dos seus bens,
derrubam as suas instituições, rejeitam o influxo da
sua doutrina, impedem a sua missão, perseguem-na na
pessoa da sua hierarquia e dos seus fiéis mais dedica
dos, e se esforçam, numa palavra, por estrangulá-la ?
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Vésperas
SALHO 143
1 — E fasões de amor.
tr£s estrofes —, ligados entre si por uma prece, que se repele em cada estrote,
à maneira de refrém. A primeira estrofe com seu retrcm podemos chamá-la
um acto de amor de Deus. A segunda será antes nm acto de humildade; o
salmista compara a pequenez Insignilicante do homem com a grandeza de
Deus. A terceira sáo promessas de acção de graças, o que acção de graças
é já. A partir da última repéliçâo do relrém segue-se um retalho de aalmo,
— uma efusão de alegria e contentamento cujo nexo lógico com a parte
anterior é difícil dc estabelecer.
(2) Sendo este v. a citação do primeiro cmistiquio do v. 47. aalm.
XVII, convém complelá-la com o segundo.
(3) No texto primitivo devia exislir neste lugar o refrém que ae
repete na segunda c nn terceira cstrole. Convém pola rcstaurú-lo.
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II — Aclo de humildade.
I V — Efusões de alegria.
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Os nossos celeiros estão cheios,
abarrotando de provisões de toda a espécie.
As nossas ovelhas iimitiplicam-se aos milhares,
c por miriadcs, nos nossos campos.
As nossas vacas são fecu nd as...
SALHO 144
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/ — Celebra se a grandeza de Deus.
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Ynhweh é fiel cm todas as suas palavras,
benevolente em todas as suas obras.
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nós, ouvindo benévolo todos os que 0 invocam, reali
zando complacente os desejos de todos os que 0 temem,
guardando carinhoso todos os que 0 amam, a todos
alimentando, não só com o pão material, mas mais com
0 pão da doutrina, da graça, e, sobretudo com a sua
própria carne e sangue.
Óptimo para a acçSo de graças após a comunhão.
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Completas
IALHO 87
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Lançastes-me no poço das profundas,
nas trevas, na sombra da morte (1).
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Por sobre mim vSo passando as explosões da vossa cólera,
e os espantos que me causais me exterminam.
Eles rodeiam-me todo o dia como um mar de água.
envolvem-me por todos os lados ao mesmo tempo.
Afastastes de mim amigo e companheiro,
quem comigo vive são as trevas (1).
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mergulhado como num mar dc água —. sofreu o Cora
ção Santíssimo de Jesus desde o primeiro instante da
sua conceição, — sou desgraçado e moribundo desde a
infância mas especialmente na sua agonia no Horto
e enquanto esteve pendente da Cruz. Òuem avaliará
jamais a grandeza deste sofrimento? Seria preciso ter
um coração delicado e afectuoso como Ele, compreen
der como Ele a infinita perfeição de seu Eterno Pai e a
incomensurável malícia do pecado, ver como Ele ao
mesmo tempo o presente, o passado e o futuro, — a
inutilidade do seu sacrifício para tantas almas, a ingra
tidão de t a n ta s ...— , e tudo sofrer ao mesmo tempo e
com a máxima intensidade.
É nisto que a Santa Igreja nos convida a meditar
ao fazer-nos recitar este salmo nos Ofícios das festas
em que se comemora a Paixão do Senhor, como Sexta-
-Feira Santa (III Noct. Saim. 2 ); Sábado Santo (III
Noct. Salm. 3 ); Preciosíssimo Sangue (III Noct. Saim. 3);
Dores da Santíssima Virgem no tempo quaresmal (III
Noct. Salm. 2). No Ofício da Festa da Dedicação das
igrejas convida-nos a meditar ainda na Paixão do
Senhor, mas prolongada no seu Corpo místico até ao
fim dos séculos.
Recita-se ainda no Ofício de Defuntos (Prima,
Salm. 1) e fàcilmente se compreende pela simples lei
tura do salmo, que bem aplicado está às Benditas
almas do Purgatório, cujo sentir e angústias perante a
Divina Justiça nos descreve.
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In trod u ção: Hino de acçOo de graças, de mui simples e
suave contextura, que no entanto é chamado po r distintos escrito
res eclesiásticos (1) — «o cântico das misericórdias do Senhor* e
<0 mais belo cântico de acção de graças do tesouro da Igreja*.
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III — Bendito seja Deus pela sua bondade para
com os que O veneram.
Mas quanto o céu está superior à terra,
tanto a sua benevolência actua com força nos que O
veneram.
Quanto o Oriente está distante do Ocidente,
tanto afasta de nós as nossas iniquídades.
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Bem-dizei a Yahweh, vós todas, obras suas,
em todos os lugares do seu dominio.
Minha alma bem-dlze a Yahweh.
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céu e 0 seu império estende-se a tudo —, o qual é emi
nentemente apropriado ao mistério do dia. Do mesmo
modo, e por causa do V. seguinte: — Bem -dlzei a Deus,
vós, anjos seus, valorosos herois que cumpris as suas
ordens—, recita-se na Festa dos santos Anjos da
Guarda, e em geral nas várias festas dos anjos.
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índices
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Introdução
Ordinário
Invitatórlò
Cântico de Zacarias
Cântico Magniflcat
Cântico de Sim eão
S«sunda-|eirb
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T é rc ia ................................... 321 II Nocturno
S e x t a ................................... 327 III Nocturno
N o a , ................................... 335 Laudes. 453
i V ésp eras............................ 341 Prima . 471
I Completas . . . . 354 T é rc ia . 477
Sexta .
N *a. .
Vésperas
Cumpietas
Mstlnas .
I Nocturno
, II Nocturno
III Nocturno
' U u d es .
. Prima . . Matlnas
I T é rc ia . . I Nocturno
Sexta . . II Nocturno
i Noa . . III Nocturr.
j V ésp eras. Laudes I .
. Completas Laudes I I .
Prima . 549
T é rc ia . 553
Stsxta-feirs . Sexta . 557
Noa
U a tin a s , Vésperas .
|1 Nocturno Completas
t8 V
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141 I 77.
7 8 ......................
79 .......................................
8 0 .......................................... 445
81 . . . . . . . . 481
3 4 ....................... 82 .......................................... 448
3 5 ........................................ ........ 8 3 .......................................... 483
3 6 ............................................... 213 84 .......................................... 457
3 7 ...............................................219 83 .......................................... 508
38 ........................................... 222 86 .......................................... 486
39 ........................................... 249 87 .......................................... 569
40 ........................................... 256 88 .......................................... 489
4 1 ...............................................230 8 9 .......................................... 381
42 ........................................... 230 o o .............................................. 116
43 ........................................... 259 9 1 ..............................................530
44 ........................................... 275 92 ....................................... 55
45 ........................................... 280 9 3 .......................................... 54^
46 ........................................... 282 9 4 ....................................... 15
47 ........................................... 285 9 5 ..............................................227
48 ....................... 9 6 .......................................... 300
4 9 ....................... 97 ........................................... 379
50 ........................................... 295 98 .......................................... 453
5 1 ...............................................318 9 9 ....................................... 57
5 2 ............................................... 123 100 ........................................... 306
53 ............................................ 321 10 1 ..............................................553
5 i ...............................................322 102 .......................................... 581
55 ........................................... 327 103 .......................................... 557
56 ............................................ 329 104 ..............................................513
57 ........................................... 330 105 ..............................................513
58 ........................................... 335 106 ..............................................5 ^
59 ............................................ 338 107 .......................................... 552
60 ........................................... 356 108 .......................................... 565
6 1 ...............................................361 109 ....................................... ^
6 2 ........................................ 59 110 ....................................... 99
63 ........................................... 532 111 101
64 ............................................ 302 112 .............................................. 104
65 ........................................... 363 113 106
66 ............................................ 234 114 .............................................. 189
67 ............................................ 366 115 ..............................................190
68 ............................................ 373 116 ..............................................152
69 ............................................ 251 117 ....................................... 69
70 ............................................ 427 118 ....................................... 75
7 1 ........................................ 119 .............................................. 193
7 2 ........................................ 120 ..............................................195
73 ........................................ 12 1 ..............................................197
7 4 ........................................ 122 .......................................... 263
75 ........................................ 123 .......................................... 264
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590 - Í N D I C E DOS C Â N T I C O S
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