You are on page 1of 37
ej ~ REAGAO DE FIXACAO EM SUPERFTCTE COMO METODO DIAGNOSTICO LABORATORTAL DA FEBRE TIFOIDE. ESTUDO COMPARATIVO COM A REACAO DE WIDAL. CELSO SOARES HABERBECK BRANDAO Tese apresentada & Faculdade de Odontologia de $40 José dos Cam pos, para obtengao do titulo de "Doutor em Cigneias - Microbio~ logia e LImunclogia". S80 José dos Campos - 1.971 - Estado de Sao Paulo o ye 3 cama 2 cy, oa AGRADECIMENTO Aos prezados colegas do Instituto Adolfo Lutz: Professor Doutor Auguste de Eecragnolle Tausay, Diretor Ge- ral, nZo sd por nos ter concedido tédas as facilidades para a execugdo déste trabalho, como também, e especiaimente, pe~ la orientagdo precisa com que nos guiow ne realizacao de nog eas pesquisas e pelos conselhos que nos deu na elaboragao des ta tese, desde seus primordios até a redacao final. a ca, pelo paciente, cuidadoso e minucioso trabalho de revisao Doutor José Lopes Netto, Diretor da Divis&o de Biologia do original, permitindo-nos apresentassemos esta Tese com a feigao de que Sra se reveste. Doutor José Roberto Carneiro Novaes, ex-Chefe da Secdo de Bac teriologia, onde ste trabalho foi totalmente realizado, pe- la prestimosa ajuda que nos deu quando de sua execucio. Senhorita Maria Elisa Fernandes Figueiredo, estatfstica do Instituto, pela execugdo dos trabalhos de astatistica e, no- tadamente, pelos esclarecedores e oportunos debates que co- nosco travou, quando da andlise dos resultados por nés obti- dos. Senor Técnico de Laboratério José Carlos Faraco pela inesti mavel ajuda que nos emprestpu nado sd na preparacao dos anti- genos de fixagao em superficie como também na execucao das reagdes de fixacao. Senhores Técnicos de Laboratério Maria Gonceigao Moreira Val le @ Luiz Paulo Faraco pela prestimosa colaboragdo nas obser, vagoes das reagoes de fixacdo em superficie. Ao Professor Doutor Arary da Cruz Tiriba, Diretor da Divisdo do Hos pital de Isolamento Emilio Ribas, pelo apoio que nos deu quando ini ciamos a aplicagdo do método de fixagio om superficie no diagnésti co dos seus pacientes febris e pelas facilidades que nos concedev no estudo dos casos clinicos disses doentes. A Senhorita Declinda Saes Franca Arquivista do Hospital de Isolamen to Emilio Ribas, pela eficiente ajuda que nos amprestou no manuseio das fichas de observacgdes clinicas. Ao Senhor Roberto Gelli pela caprichosa execugao do cliché. A Senhorita Wilma Naressi, pelos eficientes trabalhos de datilogra- fia. CONTEODO Le Introdugao 2. Histdrico 3 Material e Métodos at SSros teetados 3.2 Ancigenos 3.2.1 Antigeno para reagao de Fixagao em 3.2.2 Antigencs para reagao de Widel 362.261 antigeno somitico 3.24242 Antigeno flagelar 3.3 Reagdo de Fixagdo em Superficie 363d Técnica 33.2 Interpretagao 364 Reagdo de Widal 364d Técnica 34.2 Interpretagao a8 Hemocultura 3.6 Andlise eetatietica Ae Resultados Se Concluades 6 Bibliografia Superficte 1 INTRODUGKO © diagnéstico da Febre Tifdide em nosso meio conti- nua sendo um dos problemas que os Laboratérios de Saide Piblica tém de enfrentar. Em 1969, 0 Instituto Adolfo Lutz, em Sao Paulo, foi so licitado a elucidar 1129 casos suspeitos de febre tiféide, revelando de Wi dal. Em 1970, maiores ainda foram as solicitagdes, 1717 casos, dos 85 casos positives por hemocultura e muitos outros pela reag. quais 192 foram confirmados por hemocultura e muitos outros, também, pela reagdo de Widal. Tratando-se de meio onde as condicgdes epidemio légicas, tanto na Capital quanto no Interior, sao ainda precdrias, ju tificam-se, pois, as cautelas habituais de nossos clfnicos, lembran~ do-se da febre tifSide tSda vez que deparam com casos de doenca fe- bril de etiologia obscura. A natureza septicémica da doenga, determi, nando abundancia de sintomas, bem como o fato inconteste da sua exis téncia endémica no Estado de Sao Paulo, levam muitos clinicos a soli citarem 2 ajuda do laboratério para esclarecimento do diagndstico. Baseia-se o diagndstico de laboratdrio da febre ti- fide no isolamento e identifica do agente infeccioso ~ Salmonella typhi - ou na verificagdo, no sangue dos pacientes, de anticorpos es pecificos para o bacilo tffico. 0 ideal seria o isolamento e identi- ficagdo do agente infeccioso, o que nem sempre & possivel uma véz que © germe, em certas fases da doenga, desaparece da corrente sanguinea, ov, como hoje em dia & frequente, o paciente @ precocemente medicado com agentes antimicrobianos. Fica, portanto, reservado ao diagndstico soroldgico uma fungdo muito importante, c, uma véz utilizado em condicgdes ade ~ quades, @ de grande valia va orientagao diagndstica. De tédas as provas sorolégicas, descritas acé hoje para diagnéstico da infecgao tifica, sdmente a reagdo de aglutinagao - reagao de Widal - tem sido largamente usada. Mas, embora um bom meio diagndstico, apresenta falhas.e, portanto, seria de grande sig~ nificagao, para evidenciagado rapida da febre tifdide, o estudo de ou tra reagdo soroldgica que satisfizesse os objetivos colimados ~ sen- sibilidade, especificidade, rapidez de execugéo e modicidade de cus~ to - © que nos propuzemos a fazer © & o assunto do presente trab 2 lho: estudo da reagdo de Fixacao em Superficie de Castaiieda como mé- todo diagnéstico da febre tifdide, em confronto com hemoculturae rea gao de Widal. 2. HIsTORICO Ql Generalidades ~ Nao h@ negar que a propriedade de certos séros, provenientes de animais vacinados, mostrarem-se capa — zes de promoverem "in vitro” a aglomeragao dos germes inoculados,foi evidenciada pela primeira véz por CHARRIN © ROGER!, quando pesquisa- vam a “agdo dos humores sanguineos, nao 8 sSbre a vitalidade, como fe também, no que respeite Bs diversas propriedades dos micrdbio: se trabalho dos citados autores revelou, na realidade, o fendmeno da Vaglutinagao", que "consistia na aglomeragio dos micrébios em ajunta mentos ou grumos mais ou menos volumosos", Embora tivessem deserito © fendmeno com notavel exatidaoy nao se preocuparam em denomiar essa propriedade, observada nos sdros de animais vecinados com Pseudomo ~ nas acruginosa. Goube a GRUBER? qualificd-los de “aglutinina" e,com efeito, deve-se a ésse autor a demonstragao de que sdros de indivi - duos convalescentes de febre tifSide continham tais anticorpos, pois com aguéles era possivel aglutinar Salmonella typhi. Note~se, porém, que GRUBER e DURHAN? diziam que as aglutininas antitificas eram en- contradas em individuos "que conseguiam sobreviver da infecgao tifi- ca", nada acrescentando sébre a possibilidade de as referidas agluti ninae existirem no edro dos qua ainda eatavam em pleno perfodo de in fecgao. . Evidencia-se, pois, o mérito de WIDAL4 ao demonatrar que os anticorpos aglutinantes do bacilo t{ifico podiam ser encontra- dos no sangue dos pacientes até mesmo no terceiro dia da doenga, sex, vindo, portanto, ndo apenas como evidéncia da imunidade, como referi am Gruber e Durhan, mas, seguramente, como prova de infecgao. 0 pro~ prio WIDALS, de parceria com Sicard, esmiugou devidamente o assunto ~ a distingao entre "reagdo de imunizagao” e "reacao de infecgdo",es clarecendo com precisao a diferenga que entendiam existir entre ume outro conceitos. 3 Evidentemente, o "sorodiagndstico de Widal" @ prove sorolégica em que agem as aglutininas tificas, assim como sao agluti ninas os anticorpos que revelam um passado de febre tifdide; Widal, contudo, insistia néste ponto, que & capita 1 "o sorodiagnéstico evi dencia infecga’o e nao imunidade”. Alias, & por assim pensar que médi de cos e sanitaristas solicitam do laboratério o auxflio da rea: Widal, quando suspeitam de infecgéo pelo bacilo t{fico. Sem preten — der entrar, ager no mérito da questa, cumpre-nos assinalar que,de. » tinha WI- pat® razgo quando proclamava: "£ mostrando que o fendmeno existe,nio corridos quase oitenta anos de sua ininterrupta aplicag. apenas no sdro de individuos tornados refratarios & febre tigdide. , mas aos sSros dos enfermos em plena evolugio, que o sorodiagnéstico se transforma num processo de exploragéo clinica, permitindo o diag ndstico da doeng Com referéncia a nosso meio, embora o “Brazil Médi~ co", em 22 de setembro de 1896, na pagina 322, tranorevesse quase na Integra a comunicagéo de Widel & Sociedade Médica dos Hospicais (Pax ris), datada de 26 de junho désea ano, nao conseguimos apurar, com certeza, quem tenha sido o pioneiro da aplicagao do sorodiagnéstico no Brasil, A primeira referéncia ao sorodiagnéstico dé Widel, reali- zado pot autor brasileiro, encontramo-la no ano seguinte, quando no “Beagtl ico", de 8 de julho de 1897, Puppio e Ottoni inseriram um trabalho denominado "Da aglutinagao como meio diagndstico do bacilo tffieo", radigido em portugués, mas que ¢Sra realizado no Inetituso- de Higiene «Experimental de Montevideo, Uruguay, o segundo dos auto~ res declarando~se preparador da cadeira de Histologia Normal da Fa - culdade de Medicina do Rio de Janeiro. Nade estranhavel essa demora na aplicagio da reagéo de Widal, porquanto perduravam divides, até entio, quanto & extatén- ofa, no Brasil, da febre tigéide como entidade mérbide, embora, $8 © demonstrado, pelo i em 1894, LUTZ, apds ingentes esforgos, houve solamento ¢ identificacao da Selmonalla typhi, que as chamadas "fe~ bres paulistas" nade mais aram que febte tifSide, o qua provava, de vex, a exist@ncia andamica da doenga am nosso meio. # natural, pois, que 86 a partir de entéo « reagdo de Widal pas. e@ a ser solicitada como método propedéutico indispansavel 4 elucidagdo de doengas fe- brie com antecedentes suspeitos. 4 2.2 A reagdo de Widal - A reagio de Widal, originaria~ mente, realizava~se com germes vivos: num tubo de ensaio, a 10 gotas de cultura jovem, suficientemente rica em germes, adicionava-se uma gota do séro suspeito. Podia a proporgao cultura/sdro reduzir ee 1:5, com resultados semelhantes. Para Widal, citado por DIEULAFOY®, o importante re- sidia na juventude da cultura, pois, digia @le: "L'usage dune cultu-~ re jeune, datant d'un ou deux jours, est preferable. Je divai méme que si le developpement d'une culture est suffisement riche, plus elle est jeune, meilleure elle est" (grifo do autor).Como cuidade es pecial, recomendave Widal que a mistura fGsse mantida em repouso, du rante 15 a 30 minutos, para formagao dos grumos; a seguir, uma gota da mistura era colocada em lamina de vidro e examinada ao microscd- pio. Como se vé, 0 método era extremamente rapido, donde a denominaga&o de “extemporaneo", que lhe deu Widal. Havendo dividas quanto ao aspecto dos aglutinados, isto &, se persistisse a presenga de bacilos méveis ou isolados, ou se os aglutinados, apesar de evi- dentes, nao s¢ mostrassem muito confluentes, Widal renovava a leitu ta passadas algumas horas, primeiro com vista desarmada e depois com 0 auxflio de microscépio, firmando o diagnéstico se os aglutinados a presentassem o aspecto de "ilhotas de um arquipélago". No caso de sultado negativo com persist@ncia dos sintomas suspeitos, reitereva 0 exame seguidamente, durante varios dias. Aseinala gsse autor ter encontrado reagdes positivas tao precocemente como no terceiro dia de doenca e bastante freqllente no quinto ¢ sétimo dias da infecgio. Entretanto, como de se ver, 0 uso de germes vi- vos, além de constituir-se em sério perigo para os laboratoristas, a carretava uma série de incovenientes quando a reagdo deveria aplicar se em grande niimero de doentes e, ainda mais, limitava sua aplicagao @ laboratérios especializados. A remogio dessa dificuldade @ atribui a por ZINSSER® a NEISSER, cuja idéia de empregar emulsdes de baci- los tifieos mortos pelo formol resolveria de vez o problema do anti- geno, j4 que tornar-se-ia possivel executar 0 sorodiagnéstico sem mai ores entraves. No entanto, em que pese @ opiniao de Zinsser, ha que ponderar que, bem antes de Neisser, j@ em 1897, WIDAL!® sugeria a a- dogo de antigeno constituido por gerses mortos pelo formol,assin se oxpressando ~ "A reagdo aglutinante sdbre os bacilos mortos nioé rea 5 gio vital por parte dos micrébios; ela mais parece ser uma reagéo passive por parte da substancia protoplasmatica" - e recomendando u~ Sassem-se germes mortos pelo formol na proporgao de "uma géta de for mol comercial para 150 gotas de cultura". Acrescentava ainda ~ "Eesa emulsio conserva-se bem por 5 méses, em armario de laboratério, com sensibilidade fixa, servindo admiravelmente para medir poder agluti- nante do sdro de um mesmo doente, durante varias semanas". Apenas pa ta og casos de aglutinagado fraca ou duvidosa, julgava Widel indispen savel vecorrer "A contra-prova, reelizada com cultura viva e rejuve- necida”. Também, no laboratério de bacteriologia uédica da U niversidade de Copenhagen, preven’! buia, a quem as solicitasse, enuledes de bacilos tificos mortos pelo formol a 1%. recomendava o emprégo, e distri- © achado de WEIL e FELIX! que o Proteus e outros germes, inclusive os bacilos tfficos e paratificos, possuiam dois ti pos de antfgenos - somiticos e flagelares - designados "0" e “H" res pectivamente, introduziu um nove problema na reagao de Widal, tornan do-se necessario substituir a técnica classica pela aglutinagao qua- litetiva de FELTX!?, hoje vigente em todos os laboratdrios. Essa mo- diftcagdo, contudo, alterou sua interpretagéo, até entéo bem sim- ples. Com efeito, ja nfo basta que o sdro de um individuc suspeito clinicamente de febre tifdide aglutine uma suspensdo de bacilos mor- tos ou vivos; torna-se necessirio saber quais os titulos das agluti~ ninas somaticas e flagelares existentes no séro. Consequentemente,a interpretagao da reagao de Widal nos novos moldes depende do conhecimento da distribuigao das agluti- nines "0" e "H" na poptlagao local, para avaliar-se de sua significa gao assim como para permitir a distin, entre reagdes positivas de~ correntes de infecgao das de vacinagao. Gom referSncia a Gases dois pontos capitais da ava- 1iagio da reagio de Widal, parece-nos importante referir observagoes relativas ao nosso meio ambiente. LEME © CARRIJO™", pesquisando aglutinines somativas e flegelares em 321 indivfduos internados no Hospital do Juquerf,sen paseado de vacinagao TAB ou de infecgao tifica, verificaram, para as primeiras, tftuloe de 1:20 em 18,69% dos casos, 1:40 em apenas 4, 36% e, pare as segundas, 1:20 em 7,78% © 1:40 em 5,29%; quanto a t{tulo 0 com ambas as agiutininas a mais elevado, encontraram apenas um c| 1:80. (0,342). AMARAL e LACERDA!5 dosaram as aglutininas "0" de 23 doentes mentais, internados no Hospital do Juqueri, encontrando 4 in dividvos com titulo de aglutininas "0" de 1:80 e, com titulos superi ores, apenas um, com taxa de 1:640; nao pesquisaram anticorpos anti HT, TAUNAY6, verificando o teor de aglutininas " e "H" em pessoas aparentemente sadias, residentes no municipio de 3a0 Paulo, encontrou a seguinte distribuicado: Agluti- | INDIVEDUOS | TT TUL OS (reciprocas} ninas EXAMINADOS |< 50. 50 100 200 400 7 800 Niimero 833; 99 35 13 4 L | z 89,4 110,6 | 3,8 1.4 0,4 | 0,1 | | ee + 1 Nimero | 900 32 wy | 3 L | ° | i z [66 | 34] 4&4 | oa | on) 0 | | | | A andlise dos dados referidos por @sses autores re~ vela que os titulos de aglutininas considerados entre nds como signi ficativos de infecgao tifica ,isto €, 1:100 para "oO" e¢ 1:200 para ge ™W" como no que concerne a aglutinina "0", Jo relativamente baixos, nao sd no que respeita as aglutininas No que respeita ao problema do aumento das agiutini nas "0" apos vacinagdo, LEME, PIRES e BRANDAO!8 verificaram que, em sdros de individuos inoculados com vacinas de boa qualidade, ou se- ja, nas quais o antigeno "0" nao foi lesado por agentes qufmicos co- mo o fenol ou aublimado, @ bastante significative a alta dos titulos aglutinantes contra ésee antigeno. Assim & que, em 66 individuos re- colhidos & Penitenciaria Zetadual de Sio Paulo, que haviam sido veci, nados ha dois anos ov mais, encontraram, uma semana apds a terceira dose da vacinagao por @les efetuada, titulos bastante elevados e em Porcentagens significativas tais como: 3 com 1:40, 13 com 1:80, 19 com 1:160, 17 com 1:320, 9 com 1:640 e $ com 1:1280, quando _— antes predominavam titulos baixos, 36 com 1:20, 19 com 1:40 e 11 com 1:80. Poderia parecer, polo anteriormente expSsto, que as aglutininas "H" prestar-se-iam melhor pare o -diagnéstico de infecgao suspeita de tifica, pois os respectivos titulos encontrados em pes- LBA OBS, eS ; 2 2 sawies 2 %, 7 soas normais foram muito mais baixos e em menor numero que os das a~ glutininas “o". Na realidade verifica-se 0 contraério, porquanto os anticorpos podem surgir independentemente de infeccao por Salmo— Rella typhi, to sdmente como resposta anamnéstica a infecgées diver sas, ndo sendo, como concluiu FELIX), dignas de confianca para indi car a presenga de uma infec: jo especifica por bacilos t{ficos ow pax ratfficos, Outro problema na interpretagdo da reagio de Widal @ 0 das reagdes cruzadas. Como & sobejamente conhecido, a Salmonella typhi, de acSrdo com o esquema de White e Kauffmann, pertence ao gru Po D, cujos componentes contém sempre o antigeno 1X ¢ muitos o anti- geno XII, que pode estar pre po D. Nessas condigées, deve-se admitir que infecgdes por ésses ger- te em outras salmonelas que nao do gry mes possam provocar elevagao de aglutininas "0" nos sdros dos pacien, tes, embora seja provavelmente baixa a frequancia de titulos anto - atifiea, como "0" devida a infecgdes por salmoneles outras que n assinala SCHROEDER2°. fisse autor € muito severo na analise que faz do valor da reagao de Widal como método diagnéstico de febre tifdide concluindo que "as provae sorolégicas para diagndstico da febre ti- fSide sao inespecificas, pobremente padronizadas, freqlentemente e- quivocantes e de dificil interpretagdo. Se forem usadas pare diagn: ticar a febre tifSide, o tftule de anticorpo "0" devera ser o Gnico de valor expressivo" Conteatando, inclusive, o valor do anticorpo "0" co mo prova diagndstica da febre tifdide, REYNOLDS, CARPENTER e SIMon2? monella typhimurium oca - "oO", ge~ rando desea forma confusdo diagndstica sd resolvida com o isolamento estudaram um caso em que a infecgao por Sal sionou uma elevagao significative do titulo das aglutinin. do germe em questao. Embora FELIX2? tenha insistentemente debatido o pro blema da padronizagao da reagao de Widal, chegando até .a preparer e- mulsdes de antigenos e amostras de sdros aglutinantes "0" e "x" tos, se ao rarissimos, os laboratérios oficiais que os utilizan. Sa bemos que sdmente na Inglaterra & que @sse trabalho de Felix teve re percusaao, havendo facilidade para obtengao tanto de antigenos como de sSros-padrao. Bm nosso meio, reina ainda grande heterogeneidade de ancigenos, bem como ndo & usual o contrdle das reagdes por sSros-pa- dro, 0 que seria de grande import@ncia, tanto no ponto de vista di. 8 gndstico, como para cotejamento dos resultados obtidos por pesquisa- dores em diferentes pontos do pais. No Estado de Sao Paulo ha que res saltar o significade do trabalho que vem sendo desenvolvido, ha mui- tos anos, na Secao de Bacteriologia do Instituto Adolfo Lutz, para uniformizagao da interpretagdo dos resultados e padronizagao des an- tigenos da reagao de Widal. em uso na sua réde laboratoriel em todo 0 Estado e em outros laboratorios. 2.3 Reagdes de precipitagdo - Embora KRAUS?3 tenha de~ monstrado @ possibilidade de identificar a febre tifdide mediante a evidenciagao de precipitinas existentes no sdro de pacientes, ésse método diagndstico nao teve difusZo, talvez em virtude da inespecifi cidade dos antigenos empregados. TULASNE ¢ KUULMANN?4 renovaram as tentativas anteriores, passando a utilizar antfgenos completos, se- gundo a técnica de Boivin, de Salmonella typhi em fase lisa; referem julgaro processo muito bom especialmente no que respeita 4 possibi- lidade de diferenciar uma infecgo tiféide de uma paratiféide. Em Sao Paulo, BARACCHINI25 estudou o assunto, concluindo que a reagao de precipitagao utilizando o antigeno de Boivin apresenta elevada e: pecificidade, além de permitir, em certo grau, a distingao entre an~ ticorpos oriundo de infecgéo e 06 provenientes de vacinagéo TAB. 0 trabalho de Baracchini, acima citado, foi inico , pelo que sabemos, realizado em nosso pals, nao se registrendo, ape- sar dos bons resultados referidos pelo autor, novas tentativas da u- tilizagao das precipitinas no diagndstico da febre tifdide. 2.4 Reacao de fixagdo em superficie - 0 emprégo do mato do da denominada "aglutinagao seletiv. descrito por castafmpa2® destinado a doferenciagao dos anticorpos de Brucell. de Brucella abortus, levou seu autor @ interessante observagéo se - las depressées hemisféricas das placas de porcelana, das melitensis dos guinte: que se usam para determinagao de grupos sangufneos, onde realizava a reagao, ae mieturas de anticorpo e antigeno, Sere constituldo por e- muleSes bacterianas em partes iguais de Brucella abortus coradas pe- lo azul de metileno e Brucella melitensis corada pela aafranina 0, aderiam de tal forma a superffcie da placa que era necessario empre- 9 gar energia para remover os anéis coloridos formados". "Era pois", dugiu CASTAREDA?’, "uma fixagdo do complexo antigeno-anticorpo sdbre a superficie da porcelana". Prosseguindo diz ésse autor: baseados nessa observagado, passamos a colocar misturas de antigeno colorido e seu correspondente anticorpo sébre papel de filtro, submetendo éste a uma corrente de solucgio isoténica, com a idéia de lavar a mistura per acao hidrodinamica e mobilizar o 1fquido com a absorgac. Observa mos notavel afinidade do complexo antigeno-anticorpo com o papel,con trastando com misturas de sSro normal e antigeno". Essa "fixagéo em superficie", assim CASTAREDA?® denominow o fendmeno, "é instantanea come pudemos comprovar, depositando uma gota de sdro imune sdbre 0 papel, mo qual se formou um circulo de aproximadamente 2 centimetros, aplicando-se entao no centro do referido circulo uma géta de antige- no colorido e imediatamente agregando-se solugao saline isoténica , com uma pipeta capitar, tratando-se de forgar o antigeno @ correr a~ té a periferia. Para contraste, empregou-se sro normal como base 60 bre a qual depositou-se o antigeno. Enguanto que no séro negativo o antigeno foi f&cilmente desloceds até a periferia, ac sdre positive permaneceu fixo no local onde foi colocado apesar de haver-se proce- dido com téda rapidez possivel, Esta diferenga na maneira de manifes tar-se a reagdo antigeno-anticorpo, com o que sucede quando emprega~ mos sdro normal, serviu-nos de base para desenvolver o método rapido para investigar a presenga de anticorpos contra Brucella, tifo e pam A Gate interessante retrospecto ratifo, Proeeus 0X19 e Proteus OXI do desenvolvimento da reagao de fixagao em superficie, segue-se no trabalho citado, a explicagao que Castanede sugere ao mecanismo de sua descoberta: “expusemos a mandira de reagit de uma suspeneao de bact@rias expostas ac correspondente anticorpo de uma placa de pores, lana, ¢ de como o antigeno se fixa no papel por influéencia do anti - corpo. No primeizo caso ocorrem fenémenos de aglutinagéo em que as pareZculas agrupadas mediante o anticorpo correm até a periferia on- de aderem @ porcelan aderéncia. No papel, o antigeno se colocou sob a forma de uma gota Resta por investigar a causa que determina tal colorida, de maneira que ao agregar um sro com grande proporgao de anticorpos, nao havera movimento que permita aglutinagdes, ¢ tao e3- mente o antigeno manter-se-a fixe no local onde foi posto. Se no pri meiro caso pode-se aceiter que, para aglutinar o antigeno, os anti - ecorpos atuam como intermediarios que ligam as bactérias umas as ou~ tras, que eventualmente se acumulam na periferia, aderindo & porcela 10 na por contacto e dessecagao, no segundo nao se pode deduair recipro. ca reagao nas particulas antigénicas, j@ que o sdro; ao aplicar~se - sdbre a mancha antigénica nada mais faz do que sujeitd-1e ao papel , como se fGsse uma aderéncia suficientemente ativa para impedir sua separagao pela influéncia da corrente de solugao salina. Como se po- de supor, nao se trata de reagdo em quo os anticorpos atuam como am- boceptor, sendo que o verdadeiro mecanismo ga fixagdo tem que ocor - yer entre o anticorpo e o papel. Pelo que parece, ao reagirem os an~ gragas a aderéncie da globu- ticorpos com o antigeno, @ste se fixara lina sdbre a superficie do papel. Bem conhecida & @ explicago, con~ siderada factivel, no fenSmeno de uniao de um antigeno com o seu cor respondente anticorpo e que, resumidamente, consiste em supor um mo- vimento dos campos polares do anticorpo, os que se ajustam aos recep tores do antigeno, deixando exposts a parte hidréfoba da globulina , com o que esta ao perder sua afinidade pela Agua por neutralizagao & seus elementos polares, transforma~se em material insolivel e, por - tante, expulso do meio 1iquido. £ evidente que, ao perder sua afini-~ dade pelo 1fquido, os elementos hidréfobos expostos aderem fortemen~ te & superficie sdlida disponivel, tal como acorre sdbre a placa de porcelna ou sdbre o papel". Desde a primeira descrigdo do fendmeno, em 1950,pro curou GaSTANEDA?? "aperfeigo-1o até converté-1o em método pratico que nos permita diagnostico rapido das infecgoes que comumente se in vestigam pela presenga de anticorpos no sangue. Tais infecgdes sao as tificas e paretificas, o tifo exantematico e a brucelose, doencas ainda freqlentes, relativamente, em nosso meio”. De fato, o emprégo da fixagao em superficie tornou- se extremamente difundido na RepGblica Mexicana, conforme nos foi da do verificar quando frequentmos o Instituto de Investigaciones Medi cas, da cidade do México, dirigido por Gastafiieda, onde se preparam , constantemente, grande némero de-papeis reativos, que se destinam ao uso nes Centros de Saiide, hospitais, laboratérios de analises clini- cas e outras instituigdes. LL MATERIAL £ M@ropos 3.1 Foram testados, pelas reagoes de fixagac em superfi cie e de Widal: a) b) ©) a) 2) £) 8) cem sdros de pacientes com diagndstico eli- nico de febre tifSide e hemocultura positi- va para Salmonella typhi; cinguenta sdros positives nas reagoes de V.D.R.L. ¢ de Wassermann; cinquenta séros positivos na reagao de agly tinagdo para leptospiras; cinguente sSros com reagao de imunifluores~ céncia e/ou reagdo de Sabin-Feldman positi~ va para toxoplasmose; cinquenta sSros com reagées de aglutinagdo (reagdo de Wright); "spot-test" e fixagéo em superficie positivas para brucelose; cento e sessenta sSros de pacientes com dig gnéstico clinico de febre tifdide e hemocul tura negativa; trezentos ¢ quarenta sdros de pacientes cu- jo diagnSstico clinico final foi de motéstia febril indeterminada. 3.2 Antigenos 3.201 Antigenc para reago de fixagao om superficie - Foi preparado como segue: a) Em 20 tubos, de 16 x 160mm, cultivar Salmo~ nella typhi 0 901, em fase lisa comprovada pelas provas de aspecto de colénias em pla~ ca de agar e inaglutinabilidade com salinge com solug’o aquosa de tripaflavine a 0,5%5 b) ) d) e) £) 8) a) 12 emulsionar o cresimento de cada tubo em Sml de solugdo fisiolégica e semear em uma gar- rafa de Roux com agar ligeiramente alcalino, PH 7,4, (Tryptone-Soy-Agar, "Oxoid"), da qual havia sido retirada préviamente a agua de condensagao; incubagdo durante 24 horas, a 379C, com a superf{cie do @gar voltada para cima duran- te 30 minutos, e, em seguida, inverter a po sigdo da garrafa; retirar o excesso de liquido e resuspendero crescimento em 20ml de saline, com o auxi lo de 4 cilindros de vidro de aproximadanente 3 em que 9%0 dedlocados edbre a superficie do Sgar por movimentagao em bascula da gar- rafai exame bacterfoscdpio de cada garrafa; juntar os crescimentos das garrafas filtr. rn do-os, emidupla camada de gaze esterilizada, em um baldo de fundo chato; deitar na emulsdo bacteriana, para cada 100 ml, Sm1 de solugdo aquosa a 1%, esteriliza~ da a 120%¢ por 5 minutos, do corante vitai 2-3-5- cloreto de trifenil~tetrazdlio que, reduzido, cora os germes de vermelho. Pode~ se usar, também, outro corante, o tetrazd - lio azul: 3:3 dianigol-bis 4:4 - (3:5 dife nil) cloreto de tetrazdlio; @ste, quando rg @uzido, cora os germes de azul. Tanto faz um ou outros os resultados sao idénticos Gerelmente, dentro de 60 minutos, consegue~ se o colorido mais intenso, j&@ que, depois disso, @ tonelidade permanece inalteravel; juntar & emile@o colorida, acool puro, abso luto, na proporgdo de 100% do volume da sug pensaos guardar o balao por 24 horas, em temperatu- ravambiente; executar prova de esterilidade, i) k) 1) m) 13 semeando-se tubo de agar com uma gota = da suspensaos Proceder & lavagem da emulsao, centrifugan- do-a fortemente, 4.000 a 5.000 rotagdes por minuto, durante 30 minutos; desprezar a.sa- lina alcoolizada. Repetir a centrifugagao — tantas vézes quantas necessarias, até que o. liquide sobrenadante saia incolor; colher com espatula o sediments, pesar em balanca de precisa, sensivel ao centigramay © puré bacteriano pesado & deitado em gral de vidro ou porcelana, e a seguir, junta-se lhe, pouco @ pouco, misturando-se enérgic mente, sacarose pro-andlise finamente pulve rizada, até que a massa da sacarose adicio- nada iguale o dobro do paso do puré bacte - riano. Deixar o gral, coberto, por uma noite, em. banho-Maria a 529C; no dia seguinte, colher o 1iquido sobrenadante, por inversao do gral, despejando o sedimento, quase sSlido, formado por excesse de sacarose que nao incorporou aos germes. Ac sobrenadante jun- tar duas g3tas de solugao de mertiolato a 1%, correspondentes a cada grama do purébac teriano que se obteve. A impregnagéo das folhas do papel, faz~seda seguinte forma: toma-se uma agulha n? 20 - (calibre americano) seccionada perpendicu ~ de um centimetro da @ canhio larmente, na distanci ingersdo ne canhaéo, e enche-se @ com algumas gétas do antigenos em geral, 3 bastam. A seguir, con a ponta da agulha en- costada & superficie do papel, procura-se , com movimentos circulares, impregné-lo de maneira a formar u'a mancha circular que me ga 2 milf{metros de diimetro. Distancia-se a mancha da borda do papel, aproximadamente , 14 cinco milfmetros. Deixa-se secar o papel,ia pregnado com as gdtas do antigeno, em tempa vatura ambiente, por I hora; depois guard se em envelopes, também em temperatura am- biencte. A duragdo do antigeno, de 60 dias, aproximadamente, Para que @sse tempo de va- lidade fSsse maior, 12 méses, e até mais , tornar-se-ia necessrio que, logo apés a se cagem em temperatura ambiente, fossem os pa peis ensacados em sacos de papel de plasti-~ co impermedvel, e fechados herméticamente , para impedir contacto com a umidade ambien- te. 3.2.2 Antigenos para reagao de Widal Prepararam-se os antigenos de Salmonella typhi “sor matico ¢. flagelaz” da seguinte maneira 342.261 Antigeno somatico a) ») Bmpregou-se a técnica de Bien?! >» ligeiramen te modificada: em garrafas de Roux, com &- gar nutritivo ligeiramente alcalino, de pH 7.4, de preferéncia “Tryptone-Soy~Agar-Oxo* id", des quaie colheu~se préviamente 2 agua de condensagdo, semeou-se a raga 0 901, com provadamente liea, mediante as seguintes ve rificagdes; produgdo de colénias perfeita - mente Lieas em placas do mesmo meio nutriti, vo, inaglucinabilidade em solugdo salina fi sioldgica e em solugio aquosa de Tripaflavi na a 0,52. A sementeira & feita déste modo: cultiva-se port 18 horas @ raga 0 901 em tubos de 16 x 160mm com agar nutritive; colhe-se o cresci mento com solugo salina isotSnica a 0,852, 3.2.2.2 ec) 4a) e) £) 8) a) 1s Sml para cada tubo, o que fornece a emuledo necessiria para semear uma gerzafa de Roux. Tncubam-se as garrafas a 37°C, com @ super- fieie de Ggar voltada para cima, durante 24 horas. Colhe-se o liquido que serviu para semeadu- Tae lavam-se as garrafas com 10m1 de sali- naj a emulsdo resultante & entdo deitede em balao de fundo chato. De tédae as garrafas faa-se um esfregago e cora-se pelo Gram, pa ra descartar possiveis garrafas contamina - @as, antes de se proceder & mistura final no balao. Deita-se no balo Glcool etilico puro, abso luto na proporgao de 200% do volume da emul so bacteriana e deixa-se em contacto 24 ho ras. Centrifuga-se a emulsdo, durante meia hora 2 3.000 rotagdes por minuto; descarta-se 0 @lcool emulsiona-se com salina isoténica e repete-se a operagaéo trés vézes; deita-se rao lfquido sobrenadente final e emulsions se o centrifugado em salina com 20% de Zlco ol. Por tentativas, usando~se a salina alcooli- zada a 20% como diluente, procura-se conse- guir que a emulsao bacteriana figue com con centragao tal que, diluida a 12, tenha opa- cidade igual ao tubo n? 1 da escala de Mac Farland. Essa @ a concentracgao final, pron- ta para ser envazada, e que fof por nds em- e 0 Pregade nas reacoes de Widal. Guard, antigeno pronto na geladeira Antigeno flagelar Empregamos a técnica preconizada por Gilbert, b) ce) a) e) f) 16 COLEMAN e LAVIANO32; usa-se a raga H 901 ,, perfeitamente lisa ¢ mével, comprovando-se essa condicdo mediante semeadura em agar nu tritivo e verificando-se o aspecto das co- Snias e¢ a inaglucinabilidade pela Tripafla ving, como se desereveu a raga 0 901. Em cada garrafa de Roux, da qual nao se re- tirou a agua de condensagao, semeia-se 0 erescimento de 24 horas, em tubos de 16 x 160mm de Agar nutritivo, ou "Tryptone-Soy - Agar Oxoid" e que se colheu com 10 ml de sa lina isotdnica. Incubam-se as garrafas de Roux, com a cama- da de Agar voltada para baixo, durante 24 horas a 379¢. Colhe-se o crescimento mediante lavagem das garrafas com 10 ml de salina isoténica, for molada a 0,2%, por garrafe, com o auxfliode cilindros de vidro, de aproximadamente 3em, que sao deslocados sobre a superficie do a- gat por movimentagao em béscula da garrafa; junta-se tudo em balao de fundo chato. Antes de se fazer a mistura final, 8 neces- sario examinar, pelo método de Gram, o er cimente de cada garrafa, pare afastar possi veis contaminagdes 0 antfgeno, concentrado, con erva-se em ge ladeira mais ou menos 59C, e dilui-se a iz no momento de usar. A concentragdo déase an tigeno, & igual, aproximadamente, ao tubo ~ nO 1 da escala de Mac Farland conseguerse a concentragao ideal do antigeno procedendo - se por tentativa, usando-se salina formola~ da a 0,2%. Reacho de Fixagao em Superficie a7 3.3.1 Técnica ~ Executa-se a reegio da Fixagao em Superfi, cie (que por brevidade, no decorrer d@ste trabalho, denominaremos F. 8.) da seguinte maneira:com alga de niquel-cromo, de 3 milfmetros de diametro, deitamos sébre a manche do antigeno, uma gota do sGro a e- xaminar, Toma-se o cuidado de sempre usar cowo testemunha, um sdro seguramente negativo. A seguir prende-se o papel pela parte superior mum suporte e mergulha-se a borda inferior do papel em solucio sali- na isotdnica e aguarda-se que a fdrga da capilaridade faga subir a salina at@ ao extremo superior do papel; nesse momento, reagdo es~ t@ terminada e os resultados podem ser lidos. 3.362 Interpretagao - Interpretam-se os resultados da se~ guinte maneira: em primeiro luger, verifica-se se a mancha do antige no‘onde se depositou o séro negativo foi arrastada totalmente pelas2 lina, deixando, apenas, em seu trajeto ascencional, um rastro leve - mente colorido concentrando-se na borde superior. Em seguida, compa~ rativamente 3 marca que deixa o sdro negativo na sua subida, qual o gréu de fixacdo havida: sera de 100% se a mancha colorida nao se mom veu do lugar; de 50% se a coluna colorida resultante do deslocamento do antigeno atingir & metade da extensio do papel. Os valores inter~ mediarios, 60% - 70% - 80% e 90% medem-se mediante @ aplicagao de ua régua feite do mesmo papel de filtro, onde se desenharam, espacada - mente, riscos de tinta indelével, que representam as diferentes alty ras que a coluna do antigeno pode atingir em sua marcha ascendente. 4 figura 1 esclarece perfeitamente o que acabsmos de dizer, pois ne- la encontramos todos os diferentes valores de fixagdo que se descre- veram. Fig. 1 ~ Reprodugao de reagao com fixagao de 100% até reagdo negativa, 18 Nao s30 todos os papeis de filtro que se prestam & prat? af F.S.50 inicialmente empregado, com Gtimos resultados, de fabricagdo Eaton- Dickeman NO 609 teve de ser substituido, em vista das irregularide- des que posteriormente passou a apresentar, substituigéo nada facil de realizar, alias, pois que se tornou necessario experimentar, apro ximadamente, 50 tipos diferentes, até recair a eecolhs sdbre o papel "Rderol", n@ 20, fabricade por J.C. Binzer, de Hatzfeld/Eder, Alema- nha Ocidental. Em nossas pesquisas, adotamos como valor minimo diag- néstico a fixagdo de 50%; consideramos como negativa téda fixagdo de percentagem inferior a @sse valor, tendo em vista que, todos og s6- ros de casos com hemocultura positiva testados, acusaram valores im guais ou acima de tal porcentagem. Alias, essa & a opinido de CASTA~ Wepa33, particularmente no que se refere a pessoas de menos de 15 a~ nos. a Reagdo de Widal 3.4.1 BBenica - As reagdes de Widal, tanto somaticas quan to flagelares, executavam-se de acérdo com a técnica em uso ha va: trios anos na-Secgdo de Bacteriologia do Institute Adolfo Lutz34, e que € a seguinte: Usa-se série de 5 tubos, de 12 x 120mm, para cada antigeno (somatico e flagelar). Do segundo ao quinto tubos, distribuem-se 0,5ml de solugao fisioldgica em cada. Adiciona-se 0,5m1 de sdro, dilufdo a 1/ 25, aos primeiro e segundo tubos. Misturam-se o- sdro diluido e a s0- lugao fisioldgica do segundo tubo, a transferem-se 0,5mi da mietura para o terceiro tubo, repetindo-se essa operagao até o quinto tubo , do qual, apés misturar, retiram-se 0,5ml desprezando-os. 0 séro sim diluido, ficara com os seguintes titulos: 1:25, 1:50,,1:100, i: 200, 1:400. Juntam-se 0,5m1 da emulsdo de antigeno a cada tubo, fi- cando, pois, dobradas as respectivas diluigoes. Essa juncgao @ feica 1) para reagdes somaticas imediatamente apés a diluigao, agitando-se 0s tubos @ levando-os @ estufa a 3797C, onde permenecem até o dia se guinte (18 a 24 horas); 2) para as reagdes flagelares os tubos comas diluigdes de séro sao colocados em geladeira até o dia seguinte,quan do sera feita a jungao de 0,5m1 de ane{geno flagelar, indo os tubos 1 para banho-Maria a 529C, onde permanecem por 2 horas. Ao fim désse tempo fazer a leitura de todos os tubos, tanto os que ficaram na ea- tufa como os retirados do banho-Meria. Usar testemunho de cada anti- geno (0,5m1 de solucéo fisioldgica a 0,5m1 de antYgeno dilufdo). A leitura deve ser feita de preferéncia com lupa, anotando-se a Gltima diluigde na qual sa visfveis grupos. 3.4.2 Interpretacdo 0s titulos considerados positives, segundo essa téc nica, e por nds adotados, sao os seguintes: Antigeno somatico igual 00 ou maior. a 1:100 ou maior; antigeno flagelar igual a 365 Hemocultura: As hemoculturas foram realizadas de acérdo com téc~ 35 nica vigorante na Secgéo de Bacteriologia do Instituto Adolfo Lutz e que @ a seguinte: Além da colheita em celdo glicosado citratado, ass. typhi e paratyphi podem ser satiefatdriamente isoladas do proprio coagulo de sangue. Uma vez retirado o sdro, coloca-se, com pipeta es téril, ao mesmo recipiente onde ficou o coagulo, ¢@rca de 10 ml de bile-nutrose. Incubar @ 379C por 24 horas, Apds 24 horas, com pipeta ou alga de plating, retirar algumas gotas do meio e semed-las em pla cas de Bgar-Acido rosdlico ou do meio de Holt-Harris~Teague,espalhan do~as com bastao de vidro. Nao havendo crescimento microbiano a. placas, repetir as mesmas operagces epds 48 horas e aps 5 dias parm tindo sempre da cultura original, que permanecer’ na estufa. Trés para dar resultado negativo. sub-culturas negativas sio suficient Havendo colénias suspeitas, pase las para triplice agicar e depois identifica-las, Se o comportamento em triplice-agi - car fSr id@atico ao de 3. typhi, submecer imediatamente essa cultura as proves de aglutinagdo com scros tificos somatico IX e flagelar"d". A prova de aglutinagdo ser& feita em lamina enulsio nando-se, com alga de platina, o crescimento da parte inclinada do triplice-aciicar diretamente com as gotes de sdro préviamente coloc das na lamina, tendo-se o cuidado de fazer testemunho da emulsdo em 20 solugado salina, para controlar poselveis auto-aghutinagces. 3.6 Anglise estathetica Og resultados obtides, constantes de quadros adiante apresentados, foram analizados em fungao dos diagndsticos Laborato - feitos pelp métoda em estudo compavativamente coma reagdo de ria Widal. Bm eatudos nos quais se pretende escolher, entre do. is métodos experimentais, aquéle capaz de acugar a maior positivida- de, o mesmo indiyiduo ou material & usado comp. peu préprio conerale. Assim sendoy em tais experimentos, o problema de colocar em prova & hipdtese dg nulidade (Hp), de que 8 dole métodos apresentam propor~ Ses iguais de positividade, contra a hipdtese alternativa (Hi), de que diferem taie proporgses, envolve comparagogs de amostrag nao int dependentes, Em tais casos & indicado o empréga do “test das mudan ~ gas de Nc NEMAR?®", que evita a consideragdo da correlagio entre as duas amogtrag. © test de Me Nemar consiste no cdleulp de: x2 » Bote, que oe distribue aproximadamente gegundo a distribuigio com um grau de liberdade, Considevando-se a natureze doa dados obtidos no pre sente tuabalho a op objetivos # que Gle ea propia, feg-se necessirie a adogip dq referide teste, que, no intuito de ter veforgads sus efi eténgie, fot ampregado com # corregin de continuidada de Yates (x2), x? 4.0 RESULTADOS Aol Regultados obtidos pelo emprégo da yeagao de fixa ~ gao pm 100 sdrga de pacientes com diagndstico ¢i{nico de febre vitss de ¢ hemocultura positiva pare Salmonelle typhi. 21 As reagoes de fixagao em superffcie realizadas nes- ses casos sempre foram positivas, mostrando as seguintes porcentagens de fixacao; 50% 2 casos 60% "7 casos 70% 27 casos B0z 31 casos 902% 23 casos 100% 10 casos Verifica-se, @ simples inspegao, que a grande maio- tia dos casos (91) situou-se na faixe de maior positividade (70 a 100%) « 4.2 Apreciagao dos valdres médios da reagao de fixagado em superficie em 98 casos com diagnéstico clinico de febre tifdide © hemocultura positiva para Salmonella typhi, em relacdo as idades dos pacientes. Eases valdres distribufram-se como segue: Idade n? de casos Valéres médios de porcentagem de fi- xagio 0-5 9 78,82 6 - 10 12 80,02 qi - 15 14 77,64% 16 - 20 19 80,02 > 20 44 79,82 Verifica-se que, contrariamente ao que foi assinala do por CASTANEDA?? © GUTIERREZ, BENAVIDES, KUMATE e RANGEL?8, no Mé- xico, onde @ poss{vel encontrar em criangas de menos de 15 anos va~ léres diagndsticos de fixagao tao baixos como 50% e mesmo 25%, entre nds situaram-se sempre @sses nfiveis acima de 70%, nao havendo dife ~ rengas com os dos demais grupos etarios. 22 4.3 Comparagao entre os resultados das reagées de fixa- gHo em superficie e de Widal (somitica e fiagelar), executados simul, tneamente em 100 sdros de pacientes com diagndstico clinico de fe~ bre tiféide e hemocultura positiva para Salmonella typhi. Submetidos os dados constantes dos quadros I e If & anilise estatistica abaixo transerita (quadros III e IV), verificou- se, de acGrdo com os valores X2 encontrados, que diferem significan- temente as proporgdes de positividade encontradas nas reagdes de fi- xagdo em superficie e de Widal,o que permite concluir pela maior sen sibilidade da primeira, QUADRO Te IT - Resultados das reagées de fixagio en superficie e de Widal (so: te em 100 sdros de pacientes com diagnéstico ctinico de febre tifé: ica e flagelar) realizadas simultaneamen de e hemocultura para Salmonella typhi. eee Reacao de Fixagao em Superficie QUA- wider: "0" [50x ] 60% [7 90%] 100% | N- DRO T t ritoo | 8] 1 1 ~ riz00 | 12} - | 2 4 3 a) 2 - 1:400 | 21 | - 2 7 | 10 2 - | - t + goo fai b= |= 8, 9 | 1 Negatival ze | 1 | 2 | 5 | ‘ ; oral |100;2 | 7 | 27 | 31 | 23 | 10 | ~ Reagho de | Fixagdo em Superficie Widal: "ge" _|50%| 60% | 702 | 80% | 90% | 100% yas L qua- + DRO | 1 | | t gative | 23] - | | al woo [2 | 7 [a7 | a | 23 | 10 23 QUADRO III e IV - Comparagao dos resultados das rea gSes de Fixagao em Superficie (¥.5.) Widel "Oo" e "H" (W"O" e W"HY). ' [SRS 7 + - Total | + sz 9 a2 { . + 7 | 0 77 | - va | o |e = 23/0 | 23 ' iforal 100 0 100 Total 100 | 100 i 2 2 Xf 2 16,05 xp 21,04 P< 0,001 P< 0,001 Ab Comparagao entre os resultados das reagdes de fixe gao em superficie e de Widal (somatica e flagelar), execuradas simul taneamente em; a) 50 sdros positivos nas reagdes de Wassermann de V.D.R.L. (quadros V a VIIL b) 50 sdros com reagao de aglutinagdo positiva para leptospiras (quadros IX a XII); c) 50 sdros com reagao positiva de imunofluorescien cia e/ou de Sabin-Feldman para toxoplagmose (qua dros KIII a XVI); e, 4) 50 sdros positivos nas reacdes de aglutinagio , “spot-test" e fixagao em superficie para brucelo se (quadros XVII a XX). Verificou-se, usando simulta@neamente as reagdes de fixagio em superficie e de Widal (somatica e flagelar) em casos de outras moléstias que nao febre tifdide, a existéncia de diferengas significativas em tédas as comparagdes entre a F.$. e Widal “O", nao tendo sido encontrada essa diferenga apenas entre F.S. e Widal "H" realigadas em séros de casos de sifilis e toxoplal Pode-se, assim, concluir serem as duas reagdee di- one. ferentes no que tange 4 positividade, e que ha maior especifidade por parte da reagao de fixagao em superficie. 24 quapro Vv QUADRO VI Resultado dag reagoes de fixagao em superffcie e de Widal (somatica @ flagelar) realizadas simult@neamente em 50 sdros positives n. ges de Wassermann ¢ V.D.R.L. rea Weages de Fixagye ow Reagao de Fixagio em aidal: 10 Superéfcte Widal: TH Superficie a:100 19 | T?26T 7 2] T:z00 _|6 Tr500 | = T4500 |= Tre00 |= ° 17800 Wegatival 487 we egativi Total sor S* WWoeat + QUADRO VIT Qquapro vrrr Gomparagao dos resultados das reagdes de F,S. e Widal "O' ST T 7 “FS wie [= | teenl , 1 + T oO | 5 15 ——j - [oo | 38 35 frotal [oe | 50 50 x2 = 13,06 x2 = "0,5 Nao significative QUADRO Ix 25 QUADRO X Resultado das reagdes de fixagao em superficie e de Widal (somatica e flagelar) realizadas simuit@neamente em 50 sdros positives na rea~ gao de aglutinagao para Leptospiras. QUADRO. XI om | Reagdo de |Fixagao em Widal: TH Sed Widal: 10 |SuperfZcie i _|superticie d:t00 | 1200 | 6! 22200 jir4o0 | 2: 400 [2:80 2 ot 1:800 Negatival41, yee Negativa Total 50 Total QUADRO XIT Comparagao dos resultados das reagées de Fixagéo em Superficie e de Widal (somatica e flagelar). ' a T + | - | recat . - | v0 W:T0 ~ Total | T + o [35 40 + ° 5 at - o |15 10 - oO aL 17 | Potal o {5 50 Total 0 | 50 50 ' 2. 2. : x2 = 33,02 ca au P< 0,001 ! P< 6,002 QUADRO XIII 26 QUADRO XIV Resultados das reagdes de fixagao em superficie e de Widal (somatica e flagelar) realizadas simultaneamente em 50 sGros com reagdes posi- tivas para Toxoplasmose. Reagao de [Pixagao em WIDAL:TO. superficie ast00 fis 15200 3 17400 = oe 17800 rh we Negativa 29 Toral (50 QUADRO XV Re wr agao de Fixagao .em DAL: TH superficie qt 1: 400 = 200 Tr We ts gativals7 | got Fo a tal 30 La al eo | 2 QUADRO XVI Comperagao dos resultados das reagdes de Fixacao em Superffcie e de Widal (somatica e flagelar). coe , oS T wt WTR | + o [at 21 + pol 3 | 3 ~ 0 las 29 - po | 47 | 47 — Total o [so | 50 Total o | so | 50 4 x? 19,04 xe 1,3 P< 0,001 Nao significativo QUADRO XVII QUADRO XVIII 27 Resultados das reagoes de fixagao em superficie e de Widai (somatica e flageler) realizadas em 50 séros com reagées positivas para Bruce- lose. Reagao de Fixa en | Reagao de Fixagao em Widal: TO Superficie | Widal:TH Superficie 1100 far | Trz00 ri | T2036 | To pizoo 136 i 1400. | 26 [a:400 3 eo tH oe | 11800 ee 14800 2 ge? Negatival| 18 Total |50 QUADRO XIX Gomparagao dos resultados das reagoes de Fixagao em Widal (somatice e flagelar). QUADRO Xx Negativa|35 | Total [50 Superficie e de +] oe Total + | - | Totat { o | 32 32 o}is | 1s - o | 18 18 0} 35] 35 Total 0 | 50 50 0 | 50 50 x2 = 33,3 x? = 13,06 P< 0,001 P< 0,001 2 uc o 28 4.8 Comportamento da reagao de fixagaéo en superficie,em 160 sSros de pacientes com diagnéstico clinico de febre tifdide e he mocultura negativa, comparativamente com a reagao de Widal. Essa série de resultados, que constam dos quadros XXI e XXII, apesar de provenientes de indivfduos com diagndstico elf nico de febre tifdide, nao comporta entretanto apreciagao definitiva, pelo fata de serem negatives as respectivas hemoculturas. Pareceu-nos, porém, interessante cotejar @sses re sultados com os da reagaéo de Widal, que, em casos dessa natureza, @ @ base do diagndstico. As duas reagées comportaram-se, aproximadamente, dé mesma maneira, acusando porcentagens de positividade de 88,12 para fixagfo em superficie, 89,3% para reagio de Widal somatica e 71,22 para a reacto de Widal flagelar. QUADRO XXI e QUADRO XII - Diagndstico clinico de Febre TifSide - Hemoculturas Negativas. Reaga@o de Fixagao em Superficie wiaar: no |50%]60%] 70% [80x | FOR) 100z W y t vitoo fia) - [2 >4f;al-)- 15) QuapRo arent 4 4 1:200 | 30 éjzfs il- fe xx | 7 — i400 | 32,2] 5 [7 10/4] 3 [2 | 17800 - [14 [24 |13 |15 - 4 Negatival 17 {| -/2/2/5j)21/1 |6 tatar [160 | 2 |is jae far fia [19 pe 29 | Reagio de Fixagio em Superficie - QuanRo Widal: TH 50% | 60% | Fox | Box | 90K | TOOK HH XXII 1rz00 | 19 ~[afefeis i 2fa a:400 [20 | - i243 48 Pot, feb rigoo 175 | 1 | 4 fue [2s fas 9 9 + t — Negatival4o | 1 | 6 fio {is [a 4 [9 Total so | 2 [as 39 | 47) 19 19 | 19 —_{| 4.6 Comportamento da reagdo de fixagdo em superficie,em 340 sSros de pacientes, com classificagao final de “moléstias inde - terminadas". Também nates casoe (quadros XXIII ¢ XXIV) a amos ~ tragem nao parmite conclusdes definitivas. Comparativamente 4 rea - gao de Widal, a F.S. apresentou, aproximadamente, a mesma porcenta — gem de positividade: 23,2%, enquanto que @ reagao de Widal somatica revelou 21,5% € a flagelar 18,2%, QUADRO XIII e QUADRO XXIV - Moléstias Indetermina ~ eas - Hemoculturas Negativ Reagao de Fixagdo em Superficie wiaal: to [SOE [SOR [VOR] BOF [90% [TOOK | NH T t {= quapzo ri100 [33 | 10 | 3 im | 19 XXIII 1200 fir | - 6) 4a 3 2 1 | 4 {_ a400 | 4 ~ fee 2 - - 2 a:a00 ]19 | - - [6 3 7 3 - - | 8 lia 4 L 5 | 236 | 4 = | 24 | 23 12 any} 9 | 261 QuaDRO XXIV 30 Reagio de | Fixagio em Superffcie T wigar: ™m [SOX] OX] 70%] SOR] 90 [TOOT] R= 1200) 2if- | 3) # | 2] - ~ [a 1:400 | al te] als 1 [et 11800 2ei- | 4] - I ale 3.7 egative |[27a[- [16 | a7 | 4 | 2 3 [234 feral ago] - [24 | 23 faa | 9 |26r cCONCLUSOES K vista do que foi explanado, & licito deduzir que: 1) A sensibilidade da reacao de fixagao em s 2) A reagio de fixagao em superficie @ mais perficie S bem mais acentuada do que a da reagao de Widal. pecifica do que a de Widal no diagndstico - sorolégico da febre tifdide. 3) Pata maior seguranca do diagndstico sorold- gico da febre tifdide, o emprégo da reagao de fixagio em superficie € aconselhavel ne rotina dos laboratdrios que se encarregam de trabalhos dessa natureza. 1) 2) 3) 4) 3) 6) n 8) 9) 10) iy 12) 31 BIBLIOGRAPFIA Charrin et Roger: Note sur le developpement des microbes dans le sGrum des animaux vaccinés. Soc. de Biol., 1889 - in Nouveau Traité de Pathologie Genérale, publié par Cha. Bouchard et G. H. Roger - Tome I, pag. 514 - Masson et Cie, Editeurs - Paris, 1912. Widal, F. et Sieard, M.a.: Etudes sur le serodiagnostic et sur la reaction agglutinante chez les Thyphiques, - Ann. de 1'Inst. Pasteur, pag. 358, 1897 ~ Vol. XI . 1897. Gruber e Durhan, in : Widal, F. et Sicard, M.A.: Etudes sur le serodiagnostic et sur 1a reaction agglutinante chez les Thyphi- ques ; Ann. de 1'Inst. Pasteur, pag. 359; Vol. XI, 1897. widal, F Bull, et Mm. de le Soc. Mad. des hOpit., 26 juin 1896, in : Nouveau Traité de Pathologie Genérale, plubié par Ch. Bouchard et G.H. Roger. Tome L, pag. 523 ~ Masson et Cie. fditeurs - Paris, 1912. Widel, F. et Sicard, M.A. - Etudes sur le serodiagnostic et sur la reaction agglutinante chez les Thyphiques - ann. de L'Inst. Pasteur, Vol XT - pag. 359, 1897. Widal, F.: in - Précis de Bactériclogie Médicale, par Pierre Gastinel, pag. 392 - Masson et Cie. Editeurs, Paris, 1949. Lutz, Adolpho: Relatério apresentado a0 Diretor do Servigo San nitrile, relativo eos trabalhos realizados em 1894; pag. 37 - Imprensa Oficial do Estado - marco de 1895. Dieulafoy, Georges + Manuel de Pathologie Interne : Quinziéme ediction, Tome quatriéme, pag. 181 - Masson et Cie. Sditeurs - Paris - 1908. Zinsser, Hane e Bayne - Jones, & : Tratado de Bacteriologia - Tradugio brasileira da 8a, edigao americana - pag. 213 - Im prensa Nacional, Rio de Janeiro, 1947. Widal, F, et Sicard, M.A.: Etudes sur le serodiagnostic et sur ‘ins ¢: la reaction agglutinante chez les Typhiques. Ann. de tute Pasteur, Tome XI, pag. 369 - 370, 1897. Dreyer, George: Widal's reaction with sterilized cultures - J. of Path. and Bact. Vol. 13 - pag. 331, 1909. Felix, Avi The qualitative receptor analysis and its applica~ tion to Typhoide Feber. ~ J. Immunology, T-IX - pag.119,1924. 13) 14) 15) 18) 17) 18) 19) 20) 21) 22) 23) 24) 32 Felix, A. The qualitative serum diagnosis of enteric fever ~ The Lancet - Merch, 8, 1930 - pag. 505 - Vol. I. Lema, J.S. de Macedo e Cartijo, Lindorf Nogueira. Nivel médio de aglutininas tificas em S40 Paulo. Memdrias do Inetituto Bucantan, Tomo 17, pag. 123, 1943. Amaral, Jandyta P. &@ Lacerda Jr., P.M.G. de ~ Betudos sébre a vacinagao antitffica - I - Vacinagae pelo métédo de Félix ~ Memdvias do Instituto Butantan ~ Tomo 20: 227-232, 1947. Taunay, A. de E.i Reagdo de Widal em 932 pessoas aparentemente sadias no munic{pio de $0 Paulo, em 1959'- in: Gontribuigéo pa rao conmhecimento da epidemiologia da Febre Tifdide através da pesquisa de doadores - Tese, por Ary Walter Schmid - 1966 - pag. 88 - Sao Paulo. TiAwL 37. Garrijo, Lindorf Nogueira, Pires, C.D'Avila e Brandao, C.H.: Vacinagio TAB: formagao de aglutinina de vacina formolada. Memérias do Instituto Butantan, Tomo 18, pag. 45 - 54, 1944 ~ 1945. Félix, A, citade por: Topley, W.W. e Wilson, G.S. - Bacte - Boletim do Instituto Adolfo Lutz - Vol. t, N@ 1 - pag. 0" no homem pelo emprégo Lon gia _e tnmunidad - Traduction de 1a tercere edicton inglesa, pox José Hatellés Salarich - Tomo TI, pag. 1519 ~ Salvat Editores S.A. - Barcelona, 1953. Schroder, Steven A.: Interpretation of Serologic Tests for Tiphoid Fever. - J.A.M.A. Oct. 21 - 1968 ~ Vol. 206, NP 4-- pag. 839. Reynolds, David W; Carpenter, Le Roy R.; Simon, Wallin H. Diagnostic Speficity of Widal's Reation for Typhoid Fever - JAMA. ~ Dec. 21, 1970 - Vol. 214, NO 12, pag. 2192. Felix, A; Standardisation des @preuves d‘agglutination servant au diagnostic de Fiavre Typhotde et fievres paratyphoides - Bull. Org. Mondiale Santé ~ Tom.2, pag. 685-691, 1950. Kraus, Rudolph; citado por: Tulasne, Robert et Kuhlmenn Mlle. tudes des précipitines dane 1a Fivre Typhoide a l'aid antigé- nes purifiés. Revue d'Immunologie - Tome 5- pag. 299- 1939. Tulasne, Robert et Kuhlmann, Mile. Etudes des precipitines dens la Fidvre Typhoide @ l'aide d'antigénes purifiés: Revue d'Immunologie, Tome 5, pag. 304, 1939. 25) 26) 27) 28) 29) 30) 31) 32) 33) a3 Barachini, Octavio - Eatude com de aglutin gao de Gruber - Widal e de Precipita gico da Febre Tifoi Tese ~ Ribeivdo Préto - pag. 71, 1951. Castaneda, M.Ruiz: Selective agglutination. A possible subseita te for the absorption test in the classification of Brucella, Salmonella or their antisera. 3. Tmmunol. 43, pag. 203, 1942. Castafieda, M. Ruiz - Surface Fixation. A new method of detec- agnostico eorol ting certain immunologic reactions. Proc. Soc. Exp. Biol. and Med. 73; 46 - 1950. Castaieda, M, Ruiz - Reacciones inmunologicas sobre papel fil~ tro. Fijacton en Superficte. Libro Conmemoratiyo del Primer Centenario ~ Academia Nacional de Medicina - 1864 7 1964 - Mexico, DF, MCMLXIV - Tomo II,pag. 200 ~ 207. Gastafieda, M. Ruiz ~ Reacciones inmunologic tro. Pijacion en Superficie. Bibro Conmemorativo del Primer Centenario - Academia Nacional sobre papel fil- ied 1864 = 1964 - Mexico, DF. MCMLXIV - Tomo IT, pag. 199, Castgheda, M, Ruiz - Reacciones inmunologicas sobre papel fil- tro, Fijacton en Superficie, Libro Conmemorativo del Primer Gentenario ~ Academia Nacional de Medicina - 1864 - 1964 Mexico, DF. MCMLXIV ~ Tomo IT, pag. 208. Bien, Z. - Uber des alkool flekfieber - Diagnosticum - Central- blett fur Baketeztologte 1 - ab - orig, bd 93 ~ 1924 - int Gilbert, Ruth, Coleman, K.B. and Laviano, A: A dtudy of the @tanular and Flocular types of agglutination with B.typhosum.- Jour, Lab. and Clin. Med. Vol. 19, pag. 228 ~ 1933 Gilbert, Ruth, Coleman, M.B. and Laviano, Ai A Study of the Granular and Flocular types of agglutination of B. typhosum. Jour, Labs and Clin, Med. Vol. KIX, pag. 225, 1933, Castaneda, M. Ruiz: Reacciones Inmunologioas sobre papel fil~ tro, Fijacton em Superficie, Libro Conmamorativo del Primer Centenario - Academia Nacional de Medicina 7 1864 = 1964 = Mexico, DF. MCMLXIV = Tomo IZ, pag. 204, 34) 35) 36) 37) 38) 34 L.A.L. Boletim do Instituto Adolfo Lutz - Vol. I - NO 1 - pag. 36. T.A.L. Boletim do Institute Adolfo Lutz - Vol. 1 - NO 2 ~ pag. t Me Nemar, A ~ Note on the sampling error of the difference between correlated propotions. of percentages. Psychometrika, 12: 153 ~ 157, 1947. Castaheda, M. Ruiz - Reacciones scrologicas para el Diagnosti- co de las reacciones Febriles. Bol. Med. Hosp. Infant. (Mexico) Vol. XVIII, pag. 74 ~ 75 - 1961. Gutierrez, T.; Benavides, Lazaro; Kumate, Jesus y Rangel, Luiz Encuesta inmunologica en la poblecion infantil. I - Investigation de anticuerpos contra S.typhosa por medio de la reacion de fijacion en superficie. Bol, Med. Hosp. Infant. (Mexico) Vol. XIX: 107 - 1962. 9-0-0-0-0-0-0-0-0~0=0~0-0-00-0-0 0-0-0-0-0-0-0-0~0~0~9-0-0-0-0-0 070-0-0~0~0-0-0-0-0-0~0~0-0-0° 9-0-0-0-0-0-0-0-0-0~0-0-0-0 0-0-0-0-0-0~0-0~0-0~0-0-0 0-0-0-0-0~0-0-0-0-0-0-0 0*0-9-0-0-0-0~0~0-0-0 0-0-0-0-0-0-0-0-0-0 0-0-0-0-0-0~0-0-0 0-0-0-0-0-0-0-0 0~0~9-0-0-0-0 0-0-0-0-0~0 9-0-0-0-0 e~0-0-0

You might also like