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Quarta-feira, 20 de Abril de 2022 1Série— No 69 ARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Prego deste niimero - Kz: 1.700,00 Thi @ Sorspondenin quer ORCA quer NATURA 1 pres de cada Ta pb ica wos Dios telativa a snincio © aninalums do «Disio ‘Ano | da Repibica 1 €2? site & de Kz: 7500 e para da Repubticas, deve ser diisida & impr | As eee sree Kz: 1675 106,08] 9 3° see Kz: 95.00, acrecido do respective [Nacional - EP, an Luanda, Rua Heariue de Caentes 22 Chlede ata Caine Peacl roe, | S186 Kz 98915567 ] imposto de sel, dependendo a publicasa0 da wvwinprausmacional govao = Ein, tlep: | A2° sie Kz 51799239 } 3*sériede deposit prévioa efeswarnatesouraria dngrensan AB sie Kz: 411,003.68 } da mprensa Nacions -E P SUMARIO ASSEMBLEIA NACIONAL Assembleia Nacional 6 Lein2 9/22 hein 92 de20de Abril Sobre o Direto de Pct. Resohirto n* 2022: Aprova, para adesto,o Acero de Constiig da Agencia Sesuradoea do Comercio em Attica — ATL Resohugto n! 2022 Aprova, pra adesio da Replica de Angola, ¢Acerdo Internacional de 2006 sobre Madeira: Tropicals —ITTA- 2006, Resohigto n! 222 Aprova a substimigao dos Membres da: Comissdee Municipals licens do Andulo, Cuings, Catala, Camacupa, Comba, ho, Conta, Libolo, Qubala, Casongue, Cael, Chiat, Cuil, Cwungo, Ambula, Bembe, Buenga:, Alto Causle, da Dambs, Dange-Quitexe, Miltmga, Negage, Pur, Quimbele, Sanza Porbo, Songo.e Uigs, pelo Partido MPLA. Resolugao n# 2322 Aprora 9 substi de Alberto Lacon, membro da Comissio Provincial Eleitoral, indieado pelo Partido MPLA, por Anténio Afonso Isabel Resohugto n! 2422 Reove of mandate doe Membror da Comissto Nacional letra, de CatnissGes Provincinis Eetorais © das Comissbes Manicipaie leicornis, elios pela Assembla Nacional até tonata de pose os novos membros Despachon.* 7/22: ‘Déporfinda a comistocrdiniiadeservigo que Mpaca Mauricio Kisoka via exarcendono cargo de Chefe do Gabinete do 4° Vice Presidente a Ascmbleia Nice Despacho n-9/22 Nomia Miarel Costa Mateca para o cargo de Chefe do Gabinete do 4° Vice Presidente da Assemblein Nacional A Constituigao da Republica de Angola consagra 0 direito de peticao, denuncia, reclamagao © queixa como direitos fimdamentais; ‘Tendo em conta a assumpgao constitueional dos prin- cipios da Carta Afficana dos Direitos do Homem © dos Povos, da Declaragio Universal dos Direitos do Homem | de que Angola éparte, que consasram, ito de petigao, qualificando principios e r ‘este como direito fundamental; ‘Sendo impreseindivel 0 direito de petigo para a reali zagno efectiva dos direitos, liberdades ¢ garantias e demnis direitos ou interesses legalmente protegides, Havendo a necessidade de se consagrar na ordem juri- ica angolana os critérios objectives para 0 exercicio do direito de petigao pelos cidadaos, Considerando que para arealizagao efectiva dos direitos, liberdades e garantias e outros direitos ou interesses leaal- mente protegides ¢ imprescindivel o dteito de petigao: ‘A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos das disposigtes combinadas da alinea b) do artigo 164° ¢ alinea d) do artigo 166° da Constituicao da Republica de Angola, a seauinte LEI SOBRE 0 DIREITO DE PETICAO CAPITULO I Disposices Gerais ARTIGO 1” (Odjecto eambity 1. A presente Lei regula © garante © exercicio do direito de petigao, para defesa dos direitos dos cidadaos, dda Constituigao, das leis ou do interesse geral, mediante 2856 DIARIO DA REPUBLICA apresentagdo aos Orgaos de Soberania, ot a quaisquer auto- ridades, com excepgao dos Tribunais, depetigdes, demimcias, representacgdes, reclamacres ot queixas, 2. Ficam de fora do émnbito desta Lei 4 A impusnagio dos actos administratives, através dereclamagio ou de recursos hierarquicos, b) O dircito de queixa a0 Provedor de Justiga © a Enfidade Reguladora da Comuicagio Social Angolana; ©) O direito de petigfo das Comissies de Moradores perante as Antarquias Locais ARTIGO 2° (Detmigoes) |. Nos termos e para efeitos da presente Lei 4 Entende-se por petigio, em geral, a apresentagio de tum pedido ow de uma proposta, a um Orso de Soberania ou a qualquer autoridade, no sentido de que tome, adopte ou proponha determinadas medidas; b) Botende-se por dentincia a exposigio ou chamiadas dentengio de acgbes ou omissbeslicitas ou ile tas praticadas pelas autoridades, de forma a que estas possam exereer 0 autocontrolo, earrigit ot refletir sobre os efeitos desses actos, ©) Entende-se por represeniagio a exposigao desti- znada amanifestar opiniao contréria da perfilhada por qualquer entidade, on a chamar a atengao de ‘uma autoridade publica relativamente & cesta situagao ou acto, com vista & sua revisio ou a ponderaglo dos seus efeitos: @ Entende-se por reclamagao a impugnagao de um acto perante 0 érgio, fancionétio ou agente que © praticou, ou perante 0 seu superior hierarquico: ©) Entende-se por queixa a dentincia de qualquer inconstitucionalidade ow ilegalidade, bem como do funcionamento anémalo de qualquer servigo, com vista a adopeao de medidas de correecao da nomatia detectada 2.As petigdes, demiincias,representacgbes,reclamaceBes © queixas dizem-se colectivas quando apresentadas por um Conjunto de pessoas, através de um tinico instrumento € em nome colectivo, quando apresentadas por na ou mais pes- soas colectivas em representagiio dos respectivos membros. 3. Sempre que, nesta Lei se empregue unicamente © termo «petigao», entende-se que o mesmo se aplica a todas as modalidades referidas no presente artigo. ARTIGO 3° (Cumaagiod © direito de petigao € cummlavel com outros meios de defesa de direitos ¢ interesses previstos na Constituigao ¢ na lei e nio pode ser limitado ou restringido no seu exercicio por qualquer Orzo de Soberania ou por qualquer entidade publica ou privada, ARTIGO4 (Mitaaridade) 1. 0 diteito de petigao, enquanto instrumento de par- ticipagao politica democratica, pertence aos cidadaos: ‘angolanos, sem prejuizo de igual eapacidade juridica para Cidadaos de ontros Estados, que a reconhegam, aos angola nos, em condigdes de igualdade ¢ reciprocidade. 2. Os estrangciros € os apatridas que residam em Angola ‘gozam sempre do direito de petigto para defesa dos seus ‘ireitos ¢ interesses legalmente protegides 3.0 direito de petigto € exercido individual ou colecti- vamente, ARTIGOS* (Cniversaidade eer atitidade) A apresentagao de petigdes constitu’ direito universal © saluito enao pode, cin caso alaum, dar lugar ao pagamnento de quaisquer emolumientos, ARTIGOS* iberdade de peticao) 1, Neninuma entidade, piblica ou privada, pode proibir, ‘ou por qualquer forma impedir ou dificultar, o exercicio do Aireito de petigio, designadamente na livre recolha de assi- naturas € na pratica dos demais actos necessarios 2. © disposto no mimero anterior nfo prejudica a faculdade de verificagao, completa ou por amostragem, da autenticidade das assinaturas © da identificacdo dos subseritores 3. 08 peticiondrios devem indicar o nome completo ‘ontimero do Bilhete de Identidade ou, nao sendo portador deste, qualquer outro documento de identificagao valid. ARTIGO7* Gorantias) 1. Ninguém pode ser prejudicado, privilegiado ou pri- vvado de qualquer direito em virtude do exercicio do direito de patio. 2. 0 disposto no niimero anterior nifo exclu a respon sabilidade criminal, diseiplinar ou civil do peticionério se do seu exercicio resultar ofensa ilegitima de interesse legal- mente protegido. ARTIGOs* (ever de exam ede comumieago) 1. 0 exercicio do direito de petigo impoe a entidade destinatiria receber € examinar as petigdes, denincias, representacgGes, reclamacgSes ou queixas, bem como a ‘conmunicar as devises que forem tomadas, 2. © erro na qualificagio da modalidade do direito de peligfo, de entre as que se referem no artigo 2° da presente Lei, no justifica a recusa da sua apreciagao pela entidade destinataria 3. Os peticionatios indicam um nico enderego para cefeito das comunicacgées previstas na presente Lei 1 SERIE —N- 69 — DE 20 DE ABRIL DE 2022 2857 4 Quando 0 direito de petigao for exercido colectiva- ‘mente, as commicacgdes € notificacgoes, efectuadas nos termos do numero anterior, consideram-se vilidas quanto & totalidade dos peticionarios. CAPITULO IT Forma ¢ Tramitacio ARTIGO 9° (orwatisne) 1. 0 exervicio do dircito de petigao nao esta sujeito a qualquer formalismo excessive ou a processo especifico, devendo 0 procedimente faciltar 0 exercicio do dieito. 2. A peligdo, a representagao, a reclamagao e a queixa dlevem, porém, ser reduzidas a escrita, podendo ser em line ccm braille, e devidamente assinadas pelos tinaares, ou por outrem a seu rogo, se aqueles nao souberem ou na0 puderem asi ARTIGO 10° (apresentagioem eritertomacanal) 1. Aspetighes devem, em regra, ser apresentadas nos se vigos das entidades a quem so dirigidas 2. Aspetigbes dirigidas aos Oraios Centrais de entidades piiblicas podem ser apresentadas nos servicos dos respec tivos Orgdos Lovais, quando 0s interessados residam na respectiva area ou nela se encontrem, 3. Quando sejam dirigidas aos Orwios da Administrago Pblica que nto disponham de servigos nas areas do mumict- pio ou comuna de residéncia do interessado ou interessados ou onde eles se encontrem, as petigdes podem ser entregues na Secretaria do Govemo Provincial respectivo 4. As petigoes apresentadas, nos termos dos mimeros anteriores, so remetidas pelo resisto do correio ou entre- ues em mao com aviso de recepe¥o, aos StzHos a quem sejam dirigidas no prazo de vinte e quatro horas apés a sua entrega, com a indicagao da data desta ARTIGO 11> Copresentagione etrangeiro) 1. As petigdes podem também ser apresentadas nos serve 08 dasrepresentacedes diplomuiticas e consulares angotanas no pais em que se encontrem ou residam os interessados, 2. As representacges diplomaticas ou consulares devemn remeler os requerimentos As entidades a quem sejam dirigi- das, nos termnos fixados no n.°4 do artigo anterior, ARTIGO 12: Andeterimentotiminat) 1. A petigdo € liminarmente indeferida quando for evi- dente que: i A pretensio deduzida & manifestamente ilegal; b) Visa areapreciagio de decisGes dos tribunais, on de actos administrativos insusectiveis de recurso; ©) Visaa reapreciagie, pela mesma entidade, de casos Jj anteriormente apreciados na sequéncia do exercicio do direito de petigho, salvo se forem invocados ou tiverem ocortido novos elementos de apreciagio. 2. Aptis ¢ ainda liminannente indeferida se: @) For apresentada a coberto de anonimato © do seu exame no for possivel a identificagao da pessoa 1 pessoas ce quem proven b) Carecer de qualquer fimdamento, ARTIGO 13° (misao) 1. A petigao pode ser expedida por via postal ou alra- vvés de telearafo, telex, telefax, coreio electrinico € outros eios de telecomunicagao, 2. Os Orgdos de Soberania, da Administragao do Estado, das Autarquias Locais, onde ocorra a entrega de instrumen- tos do exercicio do direto de petigao, organizam sistemas de recepeiio de petigdes, analxicos € ou disitais 3. As entidades devem colocar disposicio dos cidadiios formmlarios impressos ou digitais para facilitar 0 exercicio do direito 4. A entidade destinataria convida 0 peticionario a come pletar o escrito apresentado quando: 4) Aquele nao se mostre correctamente identificado & nao contenha mengao do se domnicili, D) O testo seja ininteligivel ow nao especifique o objecto de petigio. 5. Para os efeitos do mimero anterior, a entidade destina- trio fixa um prazo mio superior a20 dias, com a adverténcin {de que 0 nao suprimento das deficigncins apontadas deter ‘mina o arquivamento liminar da petigao. 6. Ein caso de petigo colectiva, on em nome colectivo, suficiente a identificagtio completa de um dos sismatrios 7. Aplicam-se as petigdes dirigidas a entidades privadas ‘as mesmas disposigdes que as dirigidas aos orados piblicos, ‘com as devidas adaptacgoes. 8. A entidade que recebe a petigfo, se 80 ocorrer inde- ferimento liminar referido no artigo anterior, decide sobre ‘0 seu contenido, com a maxima brevidade compativel com a complexidade do assunto nele versado, no prazo maximo de 90 dias, 9. Se a mesma entidade se julgar incompetente para conhecer da matéria que é objecto da peticio, remete-a 4 ‘entidade para o feito competente, informando do facto © ‘autor da petigao, no prazo marimo de 30 dias, 10 Para ajuizar sobre os fundamentos invocados, a enti- dade competente pode proceder as averiauacges que se mostrem necessérias ¢, conforme os casos, tomar as provi- dencias adequadas a satisfagto da pretensto ot arquivar 0 process ARTIGO M4 {Contreloe dvulgnete da trait) Os Grwos de Soberania, das Autarquias Locais, bem ‘como os servigos da Administragao Publica onde ocorra 8 cntrega de instrumentos do exercicio do direito de petisa0, ‘organizam sistemas de controlo de petigdes, bem como de divulgagio das providéncias tomacdas, nos respectives sitios da intemet, quando os houver. 2858 DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 15° (@nqudeamentoorgiico) Sem prejuizo do disposto em Iei especial para a Assembleia Nacional, os Orgies de Soberania, das Autarquias Locais, bem como os servigos da Administraga0 Publica onde seja mais frequente a entrega de instrumen- tos do exercicio do direito de petigao, organizam esquemas adequados de recepio, tratamento e decisiio das peti¢oes recebidas ARTIGO 16° esistinciay 1. 0 peticionsrio pode, a todo o tempo, desistir da peti- 0, mediante requerimento escrito apresentado peranie a entidade que recebeu a petigto ou perante aquela que a esteja a exeminar. 2. Quando sejam varios os peticionarios, o requ deve ser assinado por todos eles, 3.A entidade competente para 0 exame da petigao decide se deve accitar © requerimento, declarar finda a petigao proceder a0 sex arquivamento ou se, dada a matéria cbjecto dda mesma, se jusifca 0 seu prosseauimento para defesa do teresse public. imento ARTIGO 17° (Adesso) 1. Qualquer cidadiio que goze de lesitimidade, nos termos do stig 4° da presente Lei, pode tomar-se peti- ciondtio por adesio a uma petigo pendente, num prazo de 30 dias @ contar da data da sua adinissao, mediante coms niicagao escrita 4 entidade cuja peticao foi dirigida em que declare aceitar os termos e a pretensio expressa nia peticlo, indicando os elementos de identificagao referidos no artigo 6.° da presente Lei. 2. A aklesto conta, para todos os efeitos legais, ¢ deve ser comunicada aos peticionarios originérios, ARTIGO 18° (Lesislacaoaplicave) As regras, procedimentas e tramitagio aplicdveis. as etigves, deniicias, representacgdes, reclamacgdes ou quei- xas dirigidas & Assembleia Nacional sio regulados pelo Regimento da Assembleia Nacional e demais lezislago arlamentar, CAPITULO IIT Disposicoes Finais ARTIGO 19: (Regulamentacvo complement) ‘No imbito das respectivas competéncias constitucionais, 08 drgaos e autoridades abrangidos pela presente Lei devem, elaborar normas ¢ outras medidas tendentes ao seu efleaz cumprimento. ARTIGO 21 (Divides e misses) As diividas e as omissbes resultantes da interpretagho & {da aplicagao da presente Lei sto resolvidas pela Assembleia Nacional ARTIGO 2 (Entrada em veer) A presente Lei entra em vigor & data da sua publicagio. ‘Vista ¢ aprovada pela Assembleia Nacional, em Landa, ‘08 24 de Fevereiro de 2022 © Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedlade Dias dos Santos. Promulgada aos 7 de Abril de 2022, Publique-se. (© Presidente da Reptiblica, JoXo Manurt. Gaxcatves LoureN¢o. Resolucao n.° 2022 be 20de Abril Havendo a necessidade de facilitr, encorajar e desen- volver apoios para o desenvolvimento € ctescimento da actividade de seewros, co-seeuras, ressezuros € outros ins trumentos e servigos financeiros destinados a promover 0 comércio, os investimentos ¢ outras actividades produtivas 0 nivel continental, completando aqueles que podem sex ‘oferecidos pelo sector piblico ou privade, Atendendo que a adesio da Repiblica de Angola a uma Agéncia Seguradora do Comercio em Affica anmenta a disponibilidade de recursos financeiros para o comércio, investimentos e outras actividades produtivas ereduz.0 custo de financiamento do comércio em Affica, através da redugao dos riscos politicos, nfo comerciais € comerciais associados; Convindo aderir a0 referido Acordo de modo a assumit @ sua recepedo no ordenamento juridico nacional; A Assembleia Nacional aprova, por mandato do Povo, nos termos da alinea k) do artigo 161: da alinea f) don’ 2 do ‘artigo 166. ambos da Constituigio da Republica de Angota, a seguinte Resolugao: 1° —Aprovar, para adesto, o Acordo de Constituigao da Agéncia Seauradora do Comércio em Affica (ATT), anexo & presente Resolugao, 2.°— A presente Resolugao entra em vigor & data da sua publicagto, ‘Vista ¢ aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, ‘08 24 de Margo de 2022 Publique-se. © Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedlade Dias dos Santos.

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