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LITERATURA PARNASIANISMO!ISIMBOLISMO TT E a manifestagao poética do Realismo, embo- ra, ideologicamente, no mantenha pontos de contato com ele; mesmo assim, pode ser considerada poesia anti-romdntica. Comegou a manifestar-se no final da ada de 1870, sob influéncia francesa, O termo - Parnasianismo - relaciona-se a0 “Parnassus”, tim Itt gar mitol6gico que seria a morada das musas € onde os artistas buscariam inspiraglo, os franceses apro- veitaram o nome numa revista literiria: Le Parnaisse Contemporain (0 Parnaso contemporineo), em que iam uma nova mancira de fazer poe- sia. E curioso notar que © Parnasianismo 6 conse- guiu éxito na Franca e no Brasil. A 1m dos principios deste es- a, a concepeio de que a arte deve estar descompromissada da realidade, procurando atingir, sobretudo, a perfeicao formal. A objetividade temsti- ca surge como negagao do sentimentalismo roménti- co, buscando atingir a impassibilidade © a impessoalidade. O universalismo opde-se ao subjeti- vismo decadente, resultando numa poesia carregada de descricdes objetivas, impessoais. Os parnasianos clegeram a Antigiiidade cl a (a cultura greco-romana) como ponto de referéncia almejada perfeigio formal; retoma-se, portanio, 0 smo e as formas perfeitas. Surge a poesia de meditacio, filoséfica, mas artificial, o gosto por f2- tos, paisagens e objetos exsticos, com visio carnal do amor. trago mais caracteristico da poesia parmasia- nna € 0 culto da forma: os sonetos (por apresentarem forma fixa), versos alexandrinos perfeitos, rimas cas, raras, perfeitas, vocabulirio incomum, predomt- aio da ordem indireta No Brasil, considera-se como marco inicial do Parnasianismo a publicago da obra Fanfarras, de Teéfilo Dias, em 1882. Este estilo prolongou-se até 2 Semana de Arte Moderna, em 1922, em que foi com- batido ferozmente pelos modemnistas por seu culto excessivo & forma, quase sem contetido, © seu des- vinculamento da realidade Ew Sao os autores: Olavo Bilae, Alberto de Olivei- rae Raimundo Correia, a) Olavo Bris Martins dos Guimardes Bilac (1865 - 1918) desde o principio, buscou a perfeig formal. E, portanto, o grande representante deste esti- lo. Tinha a preocupas drinos e concluir com “chaves de ouro” seus poemas, de escrever versos ale: Quanto a temiética, é um poeta voltado para a Antigiiidade Clissica, como em Pandplias, A sesta de Nero, Lendo a Hada, entre outros. O lirismo também se evidencia em Via Léctea, e em “Nel mezzo del amin”, com seus pleonasmos e inversbes. Em “Al- ma inquieta e “Viagens”, 0 poeta (0 filossficos. Hé também paemas épicos em Viagens. E Tarde mostra no s6 0 poeta mais descri tivo © profundamente nacionalista como também n, da proximidade da mort. Ideologicamente, nio se pode atestar militin- cia politica por suas prisdes eo “exilio” em Minas Gerais. Bilac nio foge & regra, colocando-se & mar- gem de questBes sécio-politicas; mostrou-se con: vador e nacionalista ao extremo em sua campanhia a favor do servigo militar obrigatério, Mérito hana campanha pré-alfabetizagao e evidencia seu amor & Iingtnemageal pene aie sed Tiara © autor da letra do Hino & Bandeira. b) AntGnio Marciano Alberto de Otivetra (1359 - 1937) sempre permaneceu & margem dos a- contecimentos histéricos € fiel ao Parasianismo, sendo mesmo considerado mestre dessa estética. Sua temética esteve presa aos rigidos preceitos pamasia- nos: poesia descritiva da natureza e at tando-lhes a forma. Destaca-se na perfeigao formal, iétrica rigida e linguagem extremamente trabalhada, até o rebuscamento. Esereveu: Cangées romanticas, Meridionais, Sonetos ¢ poemas, Versos e rimas. Po- emas como Vaso Grego, Vaso Chings ¢ A estétua a- centuam o descritivismo do Alberto de Oliveira ©) Raimundo da Mota Azevedo Correia (1860 - 1911) estreou como romantico na obra Pri- meiros sonhos em que revela influéncia das gerag de poetas romanticos. Com o livro Sinfonias, passa a e parnasiano, formando a trfade ou trindade parnasiana. Assume a temtica da moda, cantando a nnatureza, a perfeigao formal dos objetos, a cultura clissica. E em sua poesia filossf gio marcada pela desilusio, 0 fim dos sonhos © um forte pessimismo. Hé um aspecto controvertido em sua obra, quando foi acusado de plagiador; a despeito dessa diivida, nfo se pode negar a influéneia de auto- res europeus em scu estilo. Escreveu ainda: Versos ¢ versiies e Aleluias. O poema marcante de Raimundo Correia foi As pombas, profundamente filosstico ‘Além da triade parnasiana, podemos ainda ci- tar os autores Vicente Augusto de Carvalho (1866 - 1924), conhecido como o poeta do mar, que seguiu a est parnasiana. Publicou: Ardentias, Relicario, Ro sade amor, Poemas e cangies. i em temas de consciente do fi revelar. _ ocorre a medita Eaitora Exato Francisca Jiilia (1871 - 1920). Perseguia 0 i- deal parnasiano da “impassibilidade” visivel no poe- ‘ma Musa impassivel 13. SIMBOLISMO No Brasil, inicia-se em 1893, com a publicaga0 sal (prosa) e Broquéls (poesia), ambos de Cruz ¢ Sousa. O surgimento do Simbolismo nao sig- nifica o témino do Realismo, Na verdade, pode- considerar mais uma estética paralela e concomitante as outras existentes, jé comentada Reagindo ao positivismo e ao material Epoca, © Simbolismo busca redescobrir e valorizar mundo interior do homem. A atitude do poeta é agora subjetiva, bastante semethante & dos romanticos; po- rém os simbolistas vdo mais profundamente, chegam ao subconsciente € ao inconsciente € ld se deparam com sensagdes além da explicagdo légica. Neste ca- so, 0 leitor de um texto simbolista deve-se deixar le- var pelas sugestdes que © poema provoca em vez de tentar entend-lo Lancado na Franga de Baudelaire (1821 1867), Mallarmé (1842 - 1898) © Verlaine (1844 - 1896) por Jean Moréas (1856 - 1910), em 1866, o an- tiparnasianismo é uma tentativa de volta & intimid: da pessoa, & interiorizacio do individuo. Implanta-se supremacia da intuicHo, a busca do espiritual, do ico, do subcor Tnteressam mais os esta- dos da alma e os anseios de cada um. A alma, 0 espirito, 0 infinito, 0 devaneio, as nuvens, a loucura, 0 etéreo, © sonho, as visdes das regides do além, a morte, a aflicao, 0 abandono, a peniiria de viver, o amor irrealiztivel, 0 vicio, a opo- sigao entre corpo e alma, com a libertacdo desta pela morte sio a temética do poema simbolista. A forma aprimora-se; hii uma busca incansavel da m de das palavras seguindo o tema de Verlaine “A mii- sica acima de tudo”. Analisando os significados da palavra simbolo, podemos abstrair algumas caracte- simbolistas. O simbolo: a) representa, substitui alguma coisa, geralmente abstrata; b) evoca, ow seja, traz.algo a lembranga; & imagi- mo da ©) pod d) pode admitir mais de uma interpretagéo valor magico ou mistico; Desta feita, 0 texto simbolista apresenta ambi- gilidade em que as palavras transcendem o significa do; apela para os sentidos ¢ apresenta a sinestesia qu cria uma relago entre duas percepedes pertencentes a diferentes dominios de sentidos. A linguagem figu- la ea sonoridade expressam 0 contetido do sub \consciente. Sio comuns em textos eréncias a coisas misteriosas, vagas, sticas para expressar © contetido nebuloso. A mu- alidade, quanto a forma, € reforgada por rimas in- consciente € do simbolistas as re 0 temas, ecos e alliteragdes. As sio reforgadas por sinestesias, Ma a) Joao da Cruz ¢ Sousa (1861 - 1898) siderado um dos grandes escritores do Simbolismo universal, juntamente com Mallarmé. Teve vida e o- bra mareadas pelo preconceito racial, dificuldades pessoais (sua esposa enlouqueceu e seus filhos mor- reram prematuramente) e a tuberculose, Sua temtica evidencia a dor 0 sofrimento do negro, mas evolu para o ser humano em geral. A sublimagio a anula- ‘edo da matéria para a libertagao da espiritualidade es- tao presentes a0 lado de elementos misticos, vagos, sombrios e nebulosos da realidade; © poeta abandona © plano material para vincular-se ao caréter metaf co de sua poesia. A linguagem apresenta simbolos, jogos de vogais, aliteragdes, reforgando a sonoridade sinestesias. Em vida, 0 “Cisne Negro’ ou “Dante Negro”, conhecido, publicou Broquéis, na poesia; uiltimos sonetos. Na prosa, ha: Missal e Evocaccis. sensagdes Tropos e Fanfarras, b) Alphonsus de Guimaraeng - Afonso Hen- iaraes (1870 - 1921) ficou co- solitério de Mariana” (MG). nhecido como o Misticismo, amor (por Constanca, sua noiva morta) formam o tridngulo que earacteriza sua ob: funda religiosidade atestados em. em que hd exagero inclusive na estrutura da obra, pois so 49 sonetos divididos em 7 grupos de 7 sone- tos cada, sendo os grupos dedicados a cada uma das 7 dores de Nossa Senhora. A morte aparece como G- nico meio de atingir a sublimacio e aproximar-se de Constanea e da Virgem; dai o amor aparecer sempre espiritualizado. A pro- Publicou também: Camara ardente, Dona mis- fica, Kyriale: e, na prosa; Mendigos. ESTUDO DIRIGIDO 1 Sa ave Bae Nua, de pé, sotto 0 cabelo as costas, Sorri. Na alcova perfumada e quente, Pela janela, como um rio enorme De duureas ondas trangtilas e impalpaveis Profusamente a luz. do meio-dia Entra e se espalha palpitante e viva. tapegarias, Doura os espelhos € os cristais inflama, Depois, tremendo, como a arfar, desliza Pelo chao, desenrola-se, ¢, mais leve, Faitora Exalo 2 ‘Como uma vaga preciosa e lenta, ‘Vem Ihe beijar a pequenina ponta Do pequenino pé macio e branco. Sobe... cinge-The a perna longamente; Sobe... -e que volta sensual descreve Para abranger todo o quadril! -prossegue, Lambe-Ihe o ventre, abraga-Ihe a cintura, Morde-Ihe os bicos tiimidos dos sei Corre-the a espadua, espia-Ihe 0 recGneavo Da axila, acende-Ihe © coral da boca, E antes de se ir perder na escura noite, Na densa noite dos cabelos negros, Pra confusa, a palpitar, diante Da luz mais bela dos seus grandes olhos. E aos momnos beijos, as caricias ternas Da luz, cerrando levemente os cilios, Satiinia os labios Gmidos encurva, E da boca na ptirpura sangrenta Abre um curto sorriso de vohipia. a) A imobilidade de Satdinia e do cenério em que Se encontra permitem-nos associar 0 poema como um quadro, uma pintura repleta de ero- tismo, de sensualidade. Que elementos presen- tes na FP estrofe podem justificar essa irmacio? Leia o texto a seguir: Ismailia Quando Ismilia enlougueceu, Pas-se na torre a sonhat. ‘Viu uma lua no céu, Viu outra lua no mar. No sonho em que se perdeu, Banhou-se toda em luar Queria subir a0 céu, Queria descer ao mar. E, no desvario seu, Na torre poe-se a cantar. Estava perto do céu, Estava longe do mat. E como um anjo pendeu AS asas para voar. Queria lua do céu, Queria a lua do mar... As asas que Deus the deu Ruflaram de par em par Sua alma subiu ao eéu. ‘Seu corpo descet a0 mar.. Fan racist ide cio Aa. 190.467. 2 Observe estes aspectos formais do poema: ritmo, métrica e paralelismos. 4) Por que formalmente o poema se liga 2 tradigio b) Como a entrada dessa luz destoa da referida ‘medieval? imobilidade, tanto de Satinia quando do ceni- io? b) Que outro movimento literério per ‘mesma tradigao medieval? ©) A entrada dessa luz aumenta ou diminui 0 ero- tismo do texto? Por qué 3. Todo © poema ¢ construido com base em antite- d) Esse poema € tipicamente parnasiano: ca- © por um descritivismo que se realiza por meio da impassibilidade, da auséncia do sujeito lirico perante o que descreve, Posto isso, quem a luz que entrou pela janela da alcova de Satinia poderia estar personificando? Por qué? ses. As antiteses articulam-se em tomo dos dese- jos contraditérios de Ismélia, 4a) Destaque dois pares de antiteses do texto. Eaitora Exalo 23 bb) O que deseja Ismailia? 4 Ta qual no Barroco e no Romantismo, 0 poema estabelece relagdes entre corpo ¢ alma ou matéria © espirito. Com base no desfecho do poema: a) Céu e mar relacionam-se ao universo material ou espiritual? b) Ismalia conseguiu realizar 0 desejo simbolista de transcedéncia espiritual? ©) Pode-se afirmar que, para os simbolistas, so- nho e loucura levam 8 libertagio? Justif 1 (UFPR) Considere estes versos de Raimundo Correia: "Se se pudesse, o espirito que chora, ‘Ver através da mascara da face; Quanta gente, talvez, que inveja agora Nos causa, entiio piedade nos causasse” Assinale a alternativa que exprime a oposigio fundamental desses versos: a) compo versus espi ) esséncia do ser versus ©) gente feliz versus gent 4) piedade versus falsidade. ©) dor versus falsidade. 2 Olavo Bilac ¢ Alberto de Oliveira representam um estilo de época de acordo com o qual: a) 0 valor estético deve resultar da linguagem subjetiva © espontinea que brota diretamente das emogies. b) a forma literdria nao pode afastar-se das tradi- es € das crengas populares, sem as quais nao se enrafza culturalmente. ©) a poesia deve sustentar-se enguanto forma bem lapidada, cuja matéria-prima € um vocabulério raro, numa sintaxe claborada 4) devem ser rejeitados os valores do antigo clas- sicismo, em nome da busca de formas renova- das de expressio. ©) 0s versos devem fluir segundo o ritmo irregu- lar das impressdes, para melhor atender ao fm- peto da inspiragao. (UFPB) A propésito da poesia parnasiana, é cor reto afirmar-se que ela: a) caracteriza-se como forma de evocagao de sen- timentos e emogies. ') revela-se no emprego de palavras de grande valor conotativo € ricas em sugestdes sensori- ais. ©) acentua a importincia da forma, concebendo a atividade poética como a habilidade no manejo do verso. 4) faz, alusdes a elementos evoeadores de rituais religiosos, impregnando a poesia de misticis- mo c espiritualidade €) explora intensamente a cadeia ténica da lin- guagem, procurando associar a poesia & mési- Miisica Brasileira ‘Tens, fs veres, o fogo soberano Do amor: encerras na cadéncia, acesa Em requebros e encantos de impureza, Todo o feitigo do pecado human, ‘Mas, sobre essa voltpia, erra a tristeza Dos desertos, das matas e do oceano: Barbara poracé, banzo africano, E solugos de trova portuguesa. Es samba e jongo, xiba e fado, cujos Acordes sa0 desejos e orfandades De selvagens, cativos e maryjos: E em nostalgias e paixdes consistes, Lasciva dor, beijo de trés saudades, Flor amorosa de trés racas triste. ‘avo Bilas, Obes Reunida. Rio de Tans Nova Agu, 1996, 4 Com base na leitura do poema e sabendo que O- avo Bilac ¢ um dos maiores expoentes da poesia parnasiana no Brasil, julgue os itens que se se- © Sto caracterfsticas do Parnasianismo, presentes ‘no poema: a arte pela arte, a impassibilidade, a economia vocabular, a poesia descritiva, a re- valorizagio da mitologia Masica brasileira é um exemplo de poema de forma fixa. @ Em “o fogo soberano / Do amor" (v.1-2), tem- se um exemplo de metéfora, Eaitora Bxalo 24 © 0 ritmo do verso 3 € binério, em uma alusio 20 movimento dos quadris femininos. @ A rima entre “eujos" (v9) e "marujos" (v.11) classifie: ‘como rica. 5 Leia com atengio as duas estrofes a seguir ¢ compare-as quanto ao contetido e a forma. 1 "Mas que na forma se disfarce o emprego Do esforgo; ¢ a trama viva se construa De tal modo que a ninguém fique nua Rica mas sdbria, como um templo grego.” " "Do Sonho as mais azuis diafaneidades «que fuljam, que na Estrofe se levantem as emogbes, todas as castidade Da alma do Verso, pelos versos canter. Comparando as duas estrofes, conclui-se que: a) Fé parnasiana e Il, simbolista, b) 1 simbolista e Il, romantica, ide e Il, parnasiana 10 parnasianas, ©) Te TI sao simbolist 6 (PUC-RS) “Hao de chorar por ela os cinamomos, Murchando as flores ao tombar do dia Dos laranjais hio de cair os pomos, Lembrando-se daquela que os colhia.” Uma das linhas temiticas da poesia de Al- phonsus de Guimaraens, como se observa no e- xemplo, € a: a) amada morta. b) religiosidade profunda. ©) transfiguragao do amor. 4d) atmosfera litirgica. ©) paisagem de Mariana, 7 (PUCC-SP) Cruz ¢ Sousa e Alphonsus de Gui maraens so poetas identificados com um movi- mento artistico cujas caracteristicas 2) O jogo de contrastes, o tema da fugacidade da vida e fortes inversdes sintaticas. b) A busca da transcendéncia, a preponderancia do simbolo entre as figuras e o cutive de um vocabulirio ligado as sensagoes. ©) A espontaneidade cologuial, os temas do coti- diano € 0 verso livre. 4) O jogo dos sentimentos exacerbados, 0 alarga- mento da subjetividade e a énfase na adjetiva- io. 8 (FUVEST) 'S6 incessante, um som de flauta chora, viva, gricil, na escuridio trangiila, = Perdida vor que de entre as mais se exila - Festies de som dissimulando a hora. Os versos acima sio marcados pela presenga... € pela predomindncia de imagens auditivas, © que nos sugere a sua incluso na estética, Assinale a alternativa que completa 0s espagos: a) da comparagao / roman b) da aliteragao / simbolista. ) do paralelismo / trovadoresca. 4) da antitese / barroca. ©) do polissindeto / modernista, Faitora Exalo 25 Eaitora Exalo 26

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