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DE DESACATO E LIBERDADE DE SAO: SAO COMPATIVEIS A LUZ DA CONVENCAO SOBRE D1REITOS Humanos? CRIME EXPRES AMERICANA LUIS CARLOS LIMA DA“ CRUZ FILHO | 259 | Vowel “Como ¢ dificil acordar calado Se na calada da noite ew me dano Quero, langar um gritodesuinano Que & uma manita de er eacutado exe. 'éncio todo me atondoa Atordoado eu permanego stento” Chico Buarque, 1978 AGRADECIMENTOS A nha familia, por two. A Universidade Federal do Pa fa, Dra, Cristina Terex pacadémica, A Pro- elas ovientagdes a esta annnuyrafla, | 260 | A Pronto 08 Dintrre Foxbanmerats ne. Derexsonia Punnca INTRODUCAO Como se sabe, os Direitos Humanos afirmaram-se ao longo do tempo na medida do sofrimento causado as pessoas. Vale dizer, que “o sofrimento como. matriz da compreensdo do mundo e dos homens, segundo a liga luminosa da sabedoria grega, veio aprofundar a afirma 1 dos direitos humanos A privagao da liberdade de expressio, por exemplo, como um dos mais intensos sofrimentos causaclos aos seres humanos, senio o mais intenso de to- dos, pode ser assim inferida a partic dit opinidio de John Milton, enunciada 1 Inglaterra, durante o século XVII, segundo a qual “dé-me a liberdade de saber, de falar e argumentar livremente de acordo com a minha consciéncia, acima de todas as liberdade: Desse modo, como forma de pris comparou-se a destruigao de ao histo as pessoas da liberdade de expresso, tos como algo pior que um homicfdio, conside rando- se a transcendéncia particular dos efeitos que pode produzir, in verbis: Quem mata um homem mata uma criatura racional, a imagem de Deus, mas quem destréi um bom livro, mata a propria razio, mata a imagem de Deus, como se fosse no oho. Homens cansados nao passam de um fardo para a terra, mas um bom livro € o precioso sangue da vida de um espirito mestre, deliberadamente embalsamado e entesourado para um viver além da vida.’ Nesse sentido, tanto a destruigio de livros, a proibigan de publicé-los, quanto a obrigaco de calar, demonstram que o siléncio imposto a alguém pode ser utilizado igualmente como um meio de infligir sofrimento as pessoas, con- forme a opiniao de John Stuart Mill, enunciada na Inglaterra, durante o século XIX, in ltteris: 1 COMPARATO, Fabio Konder, A afirmagao histor 2008, p. 36-57, dos direitos humanos. 6. ed Sto Paulo, 2 *Give me the liberty to know, to utter, and to argue freely acconfing to conscience, above all liberties” MILTON, John. Areopagitica. Carobridge: University Press, 1918, p. 57. 3 “{.] who killsa man kills a reasonable creature, God's image; but he who destroys a good esd reason itself kills the image f God, ase were inthe eye, Many wis ies aula fo he enh: ha 1 goed book is the precious life-blood of a master-spirit, embalmed ard treasured up on purpose t life heyond life’. MILTON, John. Areopagitica. Cambridge: Unive Press, 1918, 9.7. | 261 | Vouune It ico da umanidade nao teria mais dreito a impor silencio nde, se tivesse esse poder. Fosse uma opiniio um bem pessoal sem valor exceto para o dono; se Se todos os homens menos um fossem de certa opinio e um G opiniso contesri esse unt, do que ele a fazer calar a hum ser impedido no gozo desse bem constitufsse simplesmente uma injiria privada, faria diferenga que 0 dano fosse infligido a poucos ou a muitos. Maso mal especifico de impedir a expressiio de uma opinido esté em que rouba o género humano; » posteridade tanto quanto as geragoes ainda mais que os que a Presentes; aqueles que dlissentem da opin sustentam. (grifos nossos) ranscende os efeitos Como se vé, a proibigio de se expressar livremente de quem é privado da liberdade de expresso Nio 4 toa que praticamente todas as declaragdes de direito reconheceram, na liberdade de pensamento ¢ de ex pressio, um direito humano fundamental.’ Contudo, 0 abjetive deste trabalho nfo seré discutir sobre o signifi- cado de todas essas declaragdes que reconheceram tal liberdade, mas tao e somente sobre a liberdade de pensamento e expressio reconhecida na Convengado Americana sobre Direitos Humanos (art. 13), 8 luz da jurispru- déncia da Corte Interamericana de Direitos Humanos, com a finalidade de demonstrar que o crime de desacato previsto no Cédigo Penal brasileiro (art. 331) nao € compativel com esta Com tal propésito, a monografia esté dividida em 02 (duas) partes: na primeira parte, se discutird acerca do conteido e das resteigdes permitidas & liberdade de pensamento e de expressio, & luz da jurisprudéncia da Corte Inte- ramericana de Direitos Humanos. 4 “fall munkind minis one, were of one opinion, and ony one person ware ofthe conttay pink ‘mankind would be no more justified i silencing that one person. than ie it he had the powse, would be justified in silencing mankind, Were an opinion a personal posession of no vale except te the coutner; i to be obstructed in the enjoyment of were simply private injury, He would sabe some difleence whether the injury was inflicted only on afew persons or en many, Bue the pec el ofsilencing the expression ofan orinion i, thats robbing the human rice; posterity so well as he existing generation; those who dissent fam the opinion, tll more tha tose who fo i NULL, Jobn Stuart. On liberty. 4, London: Longmans, 1869, 33 A Declaroydo Ingleside Divecos de 1689 fart. 8) o rexonheceu como “lberdade de expresso Declaagio de Diteitos do boin pono de Virginia de 1776 (art. XII, com “tberdade de imprest’ 3 CConsttuigio dos Estados Unidos da América de 1797 (Emenada n. 01), com "hbedade de pala, fou de imprensa’; 2 Declaragio de Diets do Home e do Ciiskio de 1789 (art 11), coma "hte conunicag ds ideas e das opinides": a Neelaeago Universal los Dieters Humanes de 148, come “liberdide de opine expresso’ o Pacto Internacional dow Diteitos Civis¢ Politicos de 1966, por arin, como “iberdade de expresso" | 262 | A Proitcdo t¥9s Ditteios Funan sctats ania Dnvanou aoa Pree age sentido, a diseussio sobre o contetdo dod samen. expressio, iniciar’ pelo texto da Comvengio lbesdade de res pireitos Humanos, analisando-se sua interpretag 2 lecerve cane He Cana ce Direitos Humanos, bem com os Leaumahtirr er Opi Consultiva n-OS/85 ea semengy srelerids no C taragao de Cristo” (Olmedo Bustos e outros) Ns ies mG Ms jatro lado, 0 debate a respeito das t crigGes permitidas | Je pensamento € de expresso, partis Tealineres dy texto dt C bere Auf Conte Interamericana de Disses Humanon analisando-se es Pemjcos da Opiniao Consultiva n. Gayae e ae argumentos tt Tieados para decidir 95 Casos Herrera Ulloa Vs- Costa Rica, Ricardo Canese Vs. P: Palamara Iribarne V: Chile, Kimel Vs. Argentina, Tristan Bnceo Ve ela a sobre In ¢ fundamen: 50 “A Ulima era guaiy Panama e Uson Ramire Vs. Vent "Ao final, serao analisados os arguments da Comissio Interamericana de Direitos Humanes para decidir o Ieading case Verbitsky Vs. Argentina, bem: como aqueles utilizaclos no Relatdrio sobre a Compatibilidade das Leis de De- sacato e a Convens? Americana sobre Direitos Humanos. Na segunda e dftima parte do erbalho, se discutira sobre o crime de desa- riberdacle de pensanento ¢ de expresso cato propriamente dito ea violagao d pelo Direito brasileiro. “Assim, serio comparacis 08 fexta do Cédigo Penal projeto do Codigo Penal e da doutrina brasileicn com restrigGes permitidas f liberdade de pensamento © Ve expresso, para demonstrat ae aqueles textos normativos néo se compatibilizam com estas resttigoes, tendo por parimetro & jurisprudéncia do Sistema Inreramericana de Direitos ‘Humanos Jem vigor, do ante- | 2631 Voune tl 1. A LIBERDADE DE PENSAMENTO E EXPRESSAO NO SISTEMA INTERAMERICANO DE DIREITOS HUMANOS 1.1.1 ConTEUvo bo pr XPRESSAO EITO A LIBERDADE DE PENSAMENTO E DE O direito & liberdade de pensamento e expressiio esti previsto na Con- vengio Americana sobre Direitos Humanos® (art. 13.1), segundo a qual “toda Pessoa tem direito & liberdade de pensamento e de expressiio". O Ambito de protegao de tal direito esta nela igualmente previsto (art, 13.1, 28 parte), na medida em que “compreende a liberdade de buscar, receber ¢ difundir informagdes e ideias de toda indole”, A busca, 0 recebimento ¢ a difusdo de informagies ¢ de ideias de toda indole, todavia, sio apenas algumas das formas de como se pode pr Pensamento e a expresso, considerando-se que é permitido exercé-los por um sem ntimero de outras maneiras.’ A Corte Interamericana de Direitos Humanos, por meio dit Opinio Consultiva n. 5/85, pronunciou-se acerca da liberdade de pensamento & de expresso, afirmando que € 0 direito de cada pessoa de expressar suas informagoes ¢ ideias com liherdade, nesse sentido, seria correspondente av direito de todas as demais de recebé-las, pois “quando se restringe ilegal- ° 6 A Repiblica Feterativa de Brasil decidiu que "a Convengio Americana sobre Diteitos Hamanos (Pacto de Sto José da Costa Rica) (.) deverd ser cumprids io inteitanente cami nei se contém", Ccantorme disposto na Decreto n. 678/92 (art. 1°) do Preside te da Repiiblica vevicand ha weonoeido que el dmbito de protec 7 “Lajurisprudencia de la CIDH y de la Corte ai cid de bs hbertad de expresicn es lasposibildades de com personas. Ls jurispridenciaa explicado que, em consecuenca esta libertad eubre una grr. cantidad de modalidases express, tanto desde! punto de vista fal com de contenos”. ORGANI 2AGAO DOS ESTADOS AMERICANOS, Comissio lnterameticania de Ditetos Eumanos. Una ‘Agenda hemisferica para la defensa de la libertal de expresion, Washington: Relitoria spect puta a Liberdade de Expeessio, 2010 p08 8 A Repablica Federativa do Brasil eambém Jecidin obrigntéra, de pleno direito e por prazo inseterminado, a com) Dieitos Humanos em folos os casos relativos inter de Dieitos Humanos (Pacto de Si Joss", Presidente da Replica, cestava *reconbecids como | 264 | Aci nc tieo Dibnitce Depicasan ' toys nice Dee bow car kiberdude be expresses de ny individ, mente: é 0 dhrelt tn que ests sendo viokado, sendo toanhen dice de te ea rmiagoes © kleian™” 6 spp sev 0 ibe 3 Herel de pessamyente ede expressan ys pesmi iia perypoct TT perspectivi alo receptor Femara iment individual uy sob 9 perspectiv sito € bers de expres doemisor quanto uma dimen lo ermisson, compreende AV sett prdprio pensamento” ou o “direito de vo de tena ee As utes se py pan de ist"! Ean gua dimen jo social ot sob a perspectiva do receptor, compreende o direito de Meceber quxalguer informagdio e a conhecer i expres 10 dey pensamento alheio” ovo “direito de todos de conhecer opinides ¢ noticias’! Vale dizer que "para o- cimento da opin Ji comum tem tanta importincia o conbe 0 alheia ov da informagio de que dispéem os outros como o direito de difundir a propria’, de maneira que “as duas dimensdes mencionadas ‘i iberdade de expresso devem ser garantdas simultane mente” *t doutrina também reconheceu que “ninguém pode ser impedido de ma ae seu proprio pensamento; € a coletividade ndo pode ver bloqueadas as 9°30, ful Por tanto, cuando se resting ATegalmente by Herta de expresién de un individuo, 0 silo ser leche de eve individ cl que est steno viola, sino tambien el derecho de gv a 46 ares aermese kena de dance resulta que el derecho rrexio pu el arcu 1} tee am aeancs arearitereapecates.[-1". ORGANIZACAO DOS ESTADOS AMERICANOS, Cove Intera- ei paestas Hamas. A Filingao Obigatiria de Jornaists (Arts 13 ¢ 29 Converse te ire Diretes Hamanos) Opinio Const OC-585 de 13 le novembre 18S site 10 “30. fal quienes extn bajo fo proneccién de Ia Cons ci ene no sel detec y fa ibertad de cect ty pensar, su asin ct derecto W Hheral de wes et ature Fee er ena de tadn tbe. (1, ORGANIZAGAO DOS ESADOS AMTRICANCN Peo iones Seana de. Dieitos Tlumanos. A Fliagio Obrigatéria de Jornalisas, (Art Te 39 Concer Americana sobre Dieitos manos, rina nav SSS i Ve wevce 1985. 11 "32. fe] Aaf como comme ef develo de can ao trator de omnia Hos ne a fs punt ie oho en ayn cl evecio de txkm concer omnes» tm | F ORGANI ZAGAQ DOS ESTADOS AMERICANOS, Corte fnteramericna de Dies Eanes A Biliagao Obrigat6ria de Jornalistas (Arts. 13 € 29 Convengie Americana suber Direitos Humanoy). 0 ny Consultivn OC-5/85 de 1 de novembre de 1985. n “32. fo Para el cit an coma tiene tanta imparts ef cenoctunint ce a om ajena wile Ininformreoachc oe tape to cnet dtc ctr opi: $8 Las los apenas ‘mencionadas (supra 30) de la bert de expresso chen ey ge Jus simultameaiente” OR GANIZACAO DOS ESTADOS AMERICANOS. Corte Interanericana de Diteitos Hamianos. A Fillagdo Obrigatéria de Jornalistas (Arts 13 € 29 Conversa Americana sobre Direitos Huma. tos). Opinifio Comsultiva OC-5/85 de 13 de necro de 1989, | 265 | Vowwwe It posstbilidudes das informagies chegarem até ela. Trata-se de duas dimensbes do referido diteito, que clevem ser garantidas simultaneamente’ . A Conte Interamericana de Direitos Humanos, por meio do caso “A Ul tima Tentagio de Cristo” (Olmedo Bustos e outros) Vs. Chile, também se pro- nunciou sobre a liberdade de pensamento e expressio. Oceaso & aquele no qual o Chile havia censurado judicialmente a exibigio cinematogréfica do filme “A Ultima Tentagao de Cristo”, o que fez com que a Corte Interamericana de Direitos Humanos condenasse, posteriormente, 0 Es- tado chileno pela violagao do direito 3 liberdade de pensamento e de expressio. A doutrina percebeu o ineditismo do caso “A Ultima Tentagio de Cristo” (Olmedo Bustos outros) Vs. Chile, sobretudo o fato de que “o Estado Chileno modificou a propria Constituigao para dar fiel cumprimento a sentenga de um tribunal internacional de direitos humanos"!* Para cecil o caso, a Corte Interamericana de Direites Humanos repetiu 6s argumentos que havia utilizado na Opinio Consultiva n, 05/85, particular- mente sobre que a liberdade de pensamento e de expressio tanto pode ser vista sob uma perspectiva individual, quanto sob uma perspectiva social.!* Quando analisada sob uma perspectiva individual - do ponto de vista do emussor - a liberdacle de pensamento ¢ de expressiio permite utilizar qualquer meio para difundir uma mensagem, pois “compreende [..] o direito de utilizar 13 RAMOS, Aniiré de Carvalho, Direitos luumanos em juizo: comentérios aos casos contenciosos « consultivos da Corte Interamericana de Dircitos Humanos, So Pail Max Linn, 2001, p 386-387. No mesmo seutilo: ORGANIZAGAO DOS ESTADOS AMERICANOS. Comissi0 In teramericana de Diteitos Humanos, Una Agenda hemistérica para la defensa de la libertad de cexpresin, Washington: Relatoria Espectal para Libetdade de Expresso, 2010, p. 05. 14 *A referula sentenga di Corte Interamericona reveste-se, asin, de real sguiticagto histor mats de um sentador constitat um vabise e inéito precedeste, nao apenas porter sida v primeino Pronunciamento do"Tribunal em matéra contenciosa sobre o diteto a liberdade de pensamenta ede ‘expressio, mas, iqualmente, pelo cumprimenta, plena e exempl, que Ihe foidado pelo Estado Chile ‘no, com prontas repereussdes, das mais positvas, os civ jusinternacionalistas de tela » América Latina. O Estado Chileno moditicow a prpeia Consttuigo pata dar tie eunprimento 4 wontengn de ‘um tribunal internacional de dreites bumanos. Dada a transcendneia da metéria, eto: meno dover de detxar registro do desfecho histirica desse caso, que & provi period dle minha Presléncia da Corte Inter say € gu stceramente, espe sie de ns ‘ago e melo para teks os Estados Parte ns Comensio Atnrisant sib Ducts Hametec hiéreoepisitorevela qu, mo prescte dominio de putes, 1 prinado do Dice Income solve odieito interno ssa a consti mas do gus ma cunstugdeseadéncs ama eae te Diretoem nos dias, movi sek pla consi hunt” Duss sentensasparaa histia (Pre I) [50/2004 COREIO BRAZILIENSE. Diponi veT en ss Humans 17 oRGANIZAGAO pos ES Semenga Caso “La Ue reiro de 2001, paragralo 66° cexamerteann fe reitos Humane Sraacos ered teve 18 ORGANIZA\ Sentenga Caso ee ie ae oueres) > EFS Sentenga Cas? reiro de 2001. Vowel Mensagem, como a um s6 tempo proibiu-se que as demais pessoas conhecessem a mensagem que seria difundila por esse meio Note-se que tais argumentos, a respeito do contetido do diteito a liberdade de pensamento ¢ de expressfio®, foram reiterados em sucessivas sentengas da Corte Interamericana de Direitos Humanos."! 1.1.2 As RESTRICOES PERMITIDAS A LIBERDADE DE PENSAMENTO E DE EXPRESSAO A liberdade de pensamento e de expressio, entretanto, niio & um direito absoluto, pois na Convengio Americana sobre Direitos Humanos esto pre: vistas igualmente hipdteses que permitem restringi-la (art. 13.2, alineas a e b) Assim, 0 diteitu & liberdade de pensamento e de expressio seria restrin- givel quando exercido para desacteditar "0 tespeito aos direitos ou a reputagdo clos demais” ou “a protegio da seguranga nacional, ct ordem pitblica ou ch satide ou da moral pablicas” (art. 13.2, alineas a e b) conforme disposto lit mente na Convengio Americana sobre Direitos Humanos, A Corte Interamericana de Direitos Humanos, nesse sentido, por meio da Opinio Consultiva n, 05/85, pronunciou-se acerca das restrigdes petmitisas a liberdade de pensamento e expresso, com os seguintes argumentos, in verbis 39. O abuso da liberdade de expressio nao poule ser objeto de medidas de controle preventivo, mas fundamento de responsabilidade para quein o tenha cometido, Ainda neste caso, para que tal responsabilidade pose sa ser estabelecida validamente segundo a Convengio, & preciso que se retinam vérios requisitos, a saber: a) A existéneia de causas de respons lecidas, b) A definigao expressa e taxativa dessay causas pela le, ©) A legitimidade dos fins perseguidos ao estabelecé. dade previamente estabe- 20 Mellor teri si 6 Cort Intermamericana de Diets Huarans hous titulo tal eonjunco ‘de arguments de “estrutura ou forma”, em verde “eomtetdo do ditetoa hbeedsde de yorsaneotes «de exrresio® sobre o qual se pronunciata posterirmiente, como se vet. 21 ORGANIZACAO DOS ESTADOS AMERICANOS. Conte intersmetis Sentenga Caso Herrera Ulloa Vs. Costa Rica. 2 de alho de 2004, paguais 105 TI; Sentenga Caso lvcher Bronstein Vs Peru, 06 se everest 201, patos 146-48, Senter do Canese Va. Paraguai 3] de aust de 2904, purges 1780; Semtenga Cano Pal Ys Chie 2 Fe nore 20, pits 71, Setaga Caso Kine Argentina. 2. mao de 2008, parigralo 53; Sentenga Caso Trstin Donoso Vs, Pinan 27 Je janet ve 200% ai 109 le Direitos Humanos | 268 | A Provera ios Danian SAMI ISHAnS HALA Dabs nscna Ponti A 4) Que essas causas de responsabilidade sejam " assegurar” os mencionados fins. jam “necessar para Todos esses requisitos devem ser atendidos cabal a0 artigo 13.2. (grifos nossos) a que se dé cumpemento Como se véy a restrigio do direito & liberdade de pensamento e de ex pssis pence 0 feechiment deri om = mtr os quais nfo £ possivel Tesponsebilizar quem quer que seja pelo exercicio de tal direito, a nde ser de maneira incompativel com a Convengio America ctpre Direitos Humanos. A “existencia de causas de responsabilidade previamente estabelecidas” «sa definigao expressa € taxativa dessas causas pela le” sio os requisitos for- mais, semi os quitis nao € pos vel responsabilizar quem quer que seja pelo exer vrai da liberdade de pensamento ¢ de expressio Desse modo, para que se restrinja 0 ‘exercicio de tal direito a alguém, como se viu acima, € necessdrio que a hipstese restritivs preencha quatro requisitos for- wis, quais sejam: a Tegalidade, a taxatividade, # express idade e a anterioridade. ‘A “legitimidade dos fins perseguidos 10 estabeleed-las” e que “essas causas Ge responsabilidade sejam ‘necessrias pars ‘assegurar’ os mencionados fins” so os requisitos materias sem os quats nao € permitido responsabilizar quem quer {que seja pelo exercicio da liberdade de pensamento e de expressio. Desse modo, para que se possa restringir 0 exercicio de tal direito a alguém, como se viw antes, & também recessario due hipdtese restritiva preencha dois requisitos materiais, quais sejam @ hecessidade de assegurar um objetivo € leyitimidade desse objetivo rade ser objeto de mas de contr Frese sine Yoav cometh. Aum em 6546 CON ique fal tes meer, cect que 5 Fenn YAY 2 "FD. EL abuso de la libertad de exrtestén 1 edamame de responsabilidad para aed Io 00 Fala paca establecerse walanenis sexi requisitos fy Laexistencin de ens By) Ladlefinicién express y (0820 G}_Lalegitimidad de los fines Perse Q 4) Que esas causales de responabi sean "W 2 ae tts debe se tendo TASS Cp teat Fitoede Obrigatéria de Jormalisae, (An De? Hummanas), Opiniso Consultiva OS OROANIZACAD DOS ESTADOS AN eae Agenda hemisferica para lO STON OS 0 Eapecial para a Liberdade de Expense, .P saber: desde responsi rrestamente © rablecidas Fe de esas cauraates por I ios al establecet recesarins part ex ee de complimiente ia de Darestos Hi “fe 198s, pH. No mesmo seaninte ana de Duveitos Hama Ke IXNOS, Comins Inter ames Iepsa de fa bertad de extee Weashington Relatorns | 269 | joa assegurar, por meio da hipstese restritiva Todavia, o objetivo neces da liberdade de pensamento e expressio, nao é qualquer um, do mesmo modo que nao & qualquer uma a sua legitimidade. A Corte Interamericana de Direitos Humanos, por meio da Opiniao Con- 05/85, decidit que o objetivo de restringira liberdade de pensamento © expressiio, tem de estar vineulado as necessidades legitimas das sociedades & tnstituigdes democraticas, in verbis: sultiva, s representam o contexto dentro do qual devem ser » 13.2. Depreende-se da ' “democracia represen- 42. Essas disposig interpretaas as restrigdes permitidas peloart democriti mengdo reiterala 8s “institugd tativa” e “sociedades democrdticas" n.d Hiberdade de expressi imposta por um Ex ‘que a questio de saber se uma restri- ido é “ne assegurar” um dos objetivos mencionaalos nas letras a) ou b) do mesmo artigo, tem que estar vinculada com as necessidades legitimas das sociedades v instituigdes democriticas. » (grifos n0ss0s) cess para Assim, 0 objetivo do “tespeito aos direitos ou a repuragio dos demais" ou da “protegao da seguranga nacional, da ordem pablica ou da satide ou da moral pablicas", como disposto literalmente na Convengiio Americana sobre Direitos Humanos (art. 13.2, letras a e b), por si s6s, nfo esto vinculados as necessida- des legitimas das sociedades e instituiges democriticas, Com efeito, mais que isso, pois para restringir a liberdade de pensamento e expresso, nao € suficiente que o objetivo esteja vineulado as necessidades legi- timas das sociedades e instituigdes democriticas, mas também que a necessida- de de asseguri-lo esteja orientada a satisfazer um interesse pablico imperativo, Dito com outras palavras, para restringir a liberdade de pensamento ¢ nhém imprescindivel que os “objetivas coletivos fu preponderem claramente sobre a necessidade social do pleno go: do direito”™, ou seja é 23, “42. Esa disposciones representan el contento dentro del cual sedeben interpreta Las resesciones permucias por el ariculo 13.2 Se desprende de la reiterda mencion a lay “insuituiones "“democtaci represenativa” y“socedasles demactiticis” gue el ui sab a Ta libertad de expresiin impuesta por un Estado es “necesaia fata asegurar” uno ds ks ebetivee mencionados en fs literals a) 0 b} del mismo articub, tiene que inculuse co is necesudades leh. timas de las sociedadese isttaciones democritisas’. ORGANIZACAO DOS ESTADOS AMER CANOS, Cotte Interamercana de Direitos Humanos. A Figo Obrgatonia de Jornalists (Ars i una rest 13 29 Convengio Americana sobre Dreitos Humanos). Opinito Consultvs OC 388 Je D de rovembro de 1985, p. 11 24 “H6- [oJ para que sean compatibles con la Convencisn ls resrizcbmesdeben jstiicinse sein ole susimporcancia, preporsderen claramente sobre la neces social dl leno ocedel derecho que elarticulo 13 sci y no limiter ms de hoestrictamienitenecesato eld 1270] A PROT HAO DOS Diaris F impreseindivel que preponderem sobre o diteito de todos de “recet 1 ormagio ea conhecer a express’ dle todos de “reeeber qua ‘yer informas a expressao do pensa ensamento alheio".® ae" No mai m ento alhei A as restrigdes devem observar o principio da proporcionalidad ges acima se origina rFincipio da proporcionalidade 1 toa aoe originaram da Opiniao Consultiva n. 05/85, sobretw- do a partir cos S es argumentos utilizadas pela Corte Interamericana de DDareitos Humans, in verbis: americana de 46. E importante destacar x destacar que a Crete Europeia de Direitoy ao interpre tar o artigo 10 da Convengio Europ n recess ser sindnimo de concluiu que “neces indispensivels’, implica a "exist idade social imperios cia de uma’ “neces- : pata que uma restrigio se 6 sufictente demonstrat que seja “él”, (Eur, Court H. R,, The Sunday Times ease, judument of 26 A Series A no. 30, parr, no. 59, pags. 35-36). Esta conchisio, que € mente aplicdvel & Convengao Americana, sugere que a “neces ¢, por fim, a legalidade das restrigoes 8 liberdade de expressiio Fun- dadas sobre o artigo 13.2, dependera de que estejam orientadas 2 satisfazer um interesse pablico imperativo. Entre as varias opsoes para alcangar esse objetivo desse ser escolhida aquela due restrinja par menor eacala 0 direito protegide. Dado este padrio, iio ¢ sufi- ciente que se demonstre, por exemplo, que a Tei cumpre um Prope Sito util ou oportuno; para que sejam compativels com a Convens io wy restrigdes dever ser justificadas segundo abjetivoy coletivos 30 * preponderem claramente sobre a necessidade por sua importan social do pleno gozo do dircito que © artigo 13 garante ¢ nao limi- tem mais do que o estritamente necessdrio o direito proclamado no artigo 13. £ dizer, a restrigao deve ser proporcional ao interesse que fa justifiea ¢ deve se ajustar estritamente 2° ogra desse legitimo ob- jetivo.2 (grifos nosso) Froclamado-en etarticulo 13. bol OR Pameticana de Direitos Humanos. AF ‘Americana sobre Direitos Humane) 25 25°30. ful En efecto, data ree tad gue naienen 25 ssa meters jena pensnmeentd YE aia ea Ta cava ec ks MTS waver le ree ae, ome SES IACAO. DOS ESTADOS AMERICANS. Tove necramericana de Diteitos Humanes: A ‘Gorgatoeia de Jornaiaras (Arte 13 « 29 Comeee wes Americana sobre Diteitos Humanos) 01! eConsultiva OC-S8S eens 7 sano de Devesos Hanes etervela so ° pees laspensables",umpltc. Lt rigat6ria de Jormalistas (A en Cenwulion OC-F85 de 13 de Jembro de LSS. axle sen aritratiamente menoscaadeso 1m mrecho de cada indiviive 26 "46. Es importante destacar que It COR! de la Convensidn Earopea, conclu a" jam! Vous tl ringit 0 exercicio de tal dreito Em suma, para que se possa res \“ reito a alguém, de maneira compativel com a Convengio Americana sobre Direitos Humanos, aalém dos requisitos formais (« legalidade, a taxauividade, a expressuidade edan- terioridade), como vistos anteriormente, € necessirio que a hipétese restritiva também preencha quatro requisitos materiais (0 objetivo, a necessidade para a democracia, a preponderincia sobre a dimensiio social do direitoé liberdade de ‘pen- samento e expressao ea proporcionalidadd Vale dlizer que sem os requisitos formais ou materiais nfo & posstvel res- tring o direito 3 lberdade dle pensamento e de expressio de quem quer que Se)a, a ni ser de modo invlido, ou seja, de maneira incompativel com a Con. vencao Americana sobre Direitos Humanos e com a jurisprudéncia da Corte Interamericana de Direitos Humano: A seguir, serio analisadas seis decisies da Corte Interamericana de Dj- reitos Humanos nas quais as restrigdes do diteito a liberdade de pensamento & de expresso foram julgadas incompativeis com a Convengéio Americana sobre Direitos Humanos, pois nao preenchiam ora os requisites formais ou os requisi- tos materiais, ora ambos esses requisitos. 1.2 JurispRupENciAa DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS Até 0 ano de 2010, a Corte Interamericana de Direitos Humanos havia proferido onze decisies sobre o direito a liberdade de pensamento e de ex: Dressiio, seis das quais diziam respeito a pessoas que haviam sido condenadk ut H.R, The Sunday Times 36). Esta conchaskn, que ‘ue para ge una sufictente Jemostrar gue sea “iil, “eazonable” u “oportuna’, (Eu C case jdgment of 26 Apu 1973, Series Ao. 30, pir. no. 59, pg, igualmence olicable ala Convenciin Americana, sugiee que la” neces "y por nde la slide 4 ls recone a ibertad de expres urladas sobre lai 13.2, depended uc eaten ‘rientadasasatislcer wn interés pico inperatvo Ente itis pciones ja leaneaenc chavo Ashe escogerse aquilla que restrinja en menor escla el derecho pote Dink este eaten meee suficlente que se demucste, pot ep, que fa ey cnn wn pops tlw opontanespte sean compatibles con la Connecti lv esticchnes debe jstficase sei objeies cokers <,porsu importa, prepondetenclarament shel ecesdd sexi delpenorsve el deve ns ee aruculo 13 garantzay nw lien mis deb estictamenteneceseris el derecho posture ened articlo 13. Es dsci la resrichin debe set propocionaa al tera qc la json s shuns ecttechamente al logro dees legtno objetivo, (The Sunday Times case spt, pe no 82 p38 ver cabién Eur. Court H.R Baath! judgment of 25 March I985, Setes ho. 9) paren 3% nig. 26)" ORGANIZAGAO DOS ESTADOS AMERICANOS. Corte lnteramericana de Dict Humanos. A Filiagio Obrigatéria de Jornalistas (Arts: 13 ¢ 29 Convengaw Americana sobre Direitos Humanos). Opinido Consultiva OC-5/35 de [de naventbrade 198s a2) A Proregao oes Divinos Foxoas 1415 HHA Div exsonia Potwnca enalmente, por terem manifesta opinides criicas a respel Mrios piblicos ou candliatos a ocupar cargos pblcos.” repelitide; Kinel © primeito caso € aquele no qual a Costa Rica conde aris Heren Ulloa peo cime de diag, porque ee rey jamie virvente no jotnal “La Nacién, eportagens ca lorena anaes spe atribuaty aui diplomata costariqueno a ri ‘hosted Vara decidir 0 cato, a Corte Interamericana de Diretos Hamano mentout que 0 contetilo da mensagem um critério utilizado para eiferenciar Mictes do dieto i ihendade de pensamento ede expresso wis“ ee “Fatinguit entre as Testriges que sio aplicveis quando o objeto ‘th pre Le se refere a tum particular e, por outro Fro, quando & una pessoa pili acomo, por exemplo, um politico’ (gos nosso) , © conreido da mensagern ou “objeto da express” — que se efere a um partial por exempo no pide ser interpreta de maria igual We ge rarfre gunna pessoa publica, porguc esta escohe smeter-se um contale dh opinito publica, enquanto que o particule ha." fez essa e 129, Assim, a énfase no limite diferente de protegio no se basen na quate do sujeito, mas no carer de ntereseplico que emslbeny ae atividades ou condutas de ura pessoa deverminadn, Agusas pesos (que influenciam em quests de Itersse pulico se expe volun samente a-um escrutinio pblico mats exigente ¢, consedventementey vreemse expostas a-um maior risco de soferexteas jue suas NE “Tades saem do dominio da sf pivada para inseirse na EES do debate piiblico.” 1 de Datos Has Relator TW ORGANIZAGAO Os ESTADOS AMERICANOS. Comissio Interameric ‘os. Uma agenda hemi jsferica para a defesa do Tiberdade de expresso. Tena ama Liber de Express, 200 72 x 7 GA 3S ESTADOS AMERICANOS. Corte Tnteramericant de Dircitos Huma- 2 ORGANTAC OES Es cae 2 NS ea Sens ESTADUS AMERICANOS, Com eh io gaa Diets Hamas Rep ZAGAO DO lcd Ta stad etree ‘cm Teramericane, Winter tacone Pr ciara bende de Exess 2127 0s. 29 ORGANIZAGAO DOSESTADOS "AMERICANOS. Corte Intramerisa sag enga Caso Herrera Ulloa Ve Coss Hc ve jah de 2008, 70 30 ORGANIZAGAO DOS ESTADOS. ATI oa a Caso Herrera Ulloa Vs, Costs Riss? dew 31129, Beast que dacentode eteambrl erent de prtesein 1 re Bp carieer de fterés lien ae coe Tas actividades o actusciones de sno pels persons ee eh HEN” ide interes pblico han. expuesto dete ae um ecrtiiepblice mis evens & Teonweveriemente, St 8 EXPUESEOSS ana de Diritos Huma 5, AMERICANOS. Covte Tener de Ueon Hama: iho de 2004, parigrao 12 clén no seasienta em la cada el sje, ws persona (23) Vote Il 'ss¢ modo, a pessoa ptiblica deve demonstrar um maior grau de tolerin- cia acerca do conteiido das mensagens referentes a si, ndo somente quando sejam interpretadas como lhe sendo favoriivels, inofensivas ou indiferentes, mas também quando sejam interpretadas como Ihe sendo ofensivas, chocantes ¢ Perturbadoras, pois quaisquer que sejam as interpretagdes que se figam, todas estardo protegidlas pelo direite A liherdade de pens que as restrigdes a este devem ser menotes quando as mensigens contiverem assuntos referentes ao Estado ou de interesse piiblico. Alem de a pessoa piblica escolher se sujeitar a um controle da opiniéo publica, ha outros motivos pelos quais as restrigdes do direito a liberdade de Pensamento e de expresso devem ser diminutidas em tais hipsteses, pois o con- trole da sociedade exercido pela opinido piblica no somente estimula a trans. paréncia das atividades estatais, como também promove a responsabilidade dos fancionérios piblicos. mento ede expressio', por- 128, Neste contexto ¢ l6gico e apropriado que as expresses referents a funcionsrios piblicos ou a outras pessoas que exercem fungses piblicas devem gozar, nos termos do artigo 13.2 da Convengao, de uma margem dle abertura para um debare arplo a respeito de assuntos de interesse cessencial para o funcionamento de um sistema verdadei- piiblico, q ramente democritico."* lv eter prvala para TADOS AMERICANUS, Rica. ? de ‘un mayer riesgo de sufrr erica, a que sus vetividales salen insertarse en li esfera del dehate publica” ORGANIZAGAQ DOS Conte Interamericana de Dieitos Humanos Sentenga Caso Herrera Ulloa Ys. C ho de 2004. 32 ORGANIZAGAO DOS ESTADOS AMERICANOS nos Sentenga Caso Herrera Ulloa Vs, Costa Rica 2dejullu de 2004, SIZAGA STADOS s le Direitos: Hum 33 ORGANIZAGAO DOS FSTADOS AMERICANOS. Corte {ntetamerieana de Di aeSeetnge Cu Herrera Ulloa Vs. Costa Rica, 2 dejulho de 2004, parigrato STADOS AMERICANOS. Corte Interamericans de Direitos Hi 2004, pusigcafo 126 Corte Interamericana de Diretes Huma: gra 125, 34 ORGANIZAGAO DOS E! een tae lbs Vs Cota 2a FADOS AMERICANOS, Corte Interamericana de Direitos Hume 2 de lia de 2904, paris 35 ORGANIZAGAO DOS A ‘nos Sentenga Caso Herrera Ulloa Vs. Costa Ric exto es ico y apropiado que ls x resins concesientesa funciona pico funcesde anata be bergen snd a Tem arene petra. au cs smplepecto de sun pai el cal es ent ps funcnamint de i amy it me se pve, de md alg, toms de friar public obs pros I Fata rent pote do ina out deat de anes ace ct ow nla) 1 eh ti et ORGANIZAGAO DOS ESTADOS AMERICANOS. Core an eng Cou Hers los Vi Cnt ioe 24 36 “18. Eneste eon otras personas que ejete Jo 13.2de la Convenctin | 274 | nau tats ata Dazassown POH’ ‘A Dwouncanons Daan enE Assim, quando a Costa Rica conslenou o joralista Mauricio Hertea tg pelo crime de ditmagio, porque este reprxdsis patcalmente no jon Nacién’, reportagens da imprensa escrita da Belgica, qu 0 el plomata costarriquenho a pritica de atos ilfeitos, aquele Estado violow 0 dren A Wiberdade de pensamento e de exjressio, prev sto no art, B da Convengse Americana sobre Ditetos Humane, porgue as mensagens referiam-se a am funciondtio pablico - um diplomata — e continham assuntos de interesse pabli- co apritica de vatribu (0s ilicitos no exterior. . Note-se que tais argumentos, a respeito “das restrigies pernnitidas liber- clade de pensamenti e de expresso em uma socieshade democritica’ foram repe- tidos em sucessivassertergas da Corte Irteramericana de Ditetos Humans. segundo caso € aquele no qual o Paraguii condenou 0 engenbeito Ri- cardo Nicolés Canese Krivoshein pelo crime de difamagio, porque este publi Cou em varios jornais paraguaios que o presidente ticipou do desenvolvimento do complexo hidroelétrice binacional de Iraipu, entio candidato 3 presidéncia do Paragui, era um “esta de ferro” da famflia do excditador Stroessnes." Para decidir o caso, a Corte Intermaricana de Direitos Humanos argu- mentou que o Direito Penal nio é compativel com a Convengao Americana so- bre Direitos Humanos, para restringir 0 direito a liberdade de pensamento ¢ de expresso, porque “é 0 meio mais restritivo e severo para estabelecer responsa- 37 ORGANIZAGAO POSESTADOS AMERICANOS. Camte Intetamericany de Diretos Hum: tw Sentenga Cato Herrera Ulloa Vi. Csta Rica? le jul de 2904, pret 138 6 2071 38 ORGANIZAGAO DOS ESTADOS AMERICANOS, Cove: Inetamiricama de Diretos Humanos. Sentenga Caso Ricardo Canese Vs. Paraguai. 31 de agosio de 2004, parigrais 8-96; Senterga (Caso Palamara Iribarne Vs. Chile 22 de noverbno de 305, patigras 79-85, Semtenca Caso Kimel Vs, Anpentina. 2 de maio de 2008, prdgrabs 54, 6, 83 e 87-88; Sentenga Caso Tristan Donoso Vs. Panamé,27e janine 200%, paras 15,1 ‘Venezuela 20.de novembro de 2003, pargratos79¢ 83 39 No Caso Ricardo Canese VO Paraguay, por exemply, a Coct ake de agumertar sabe as testes iterdade de pensar rent ede espresso (parigrafos 95-96), en sore a“mpartdncia da liberi de yensanentoe de exptessi no mae de tumnacampanha ekitra” (pargeas 88-9), Conta, consdcrando-se que tal frlamento da set tenga -impurtinca da liberia de pensamento ede exyressio nu mateo de uma campana eletoral ‘no ineress dretaments 0 tema deste trabalho, somente serio analisa tentriir pra o que ona au se dscute, ORGANIZAGAO NOSESTADOS AMERICANOS Cov {e Interameticana de Ditetos Humans Sentonga Caso Ricardo Cancse Vs. Paroguai te ps de 2004, pargratos 8-98 nteramen ans de Diteitos Han 1275 | sito dha necessidade, ake anteresse sox tal imperative nen da proporcionan Rewistte-se que «Jute Sergio Gateia Rammite: i havia utiizade gue gtimentos no votes sepatadks que proferit no Caso Hertea Ulloa Vs. Costa Rie analisaahy antes, ne sennide de que 6 Diteito Penal &0 Instrumente mits ya A disposigo do Estado e que por isso ¢ inadequado para coibir ofensas 4 hopp,, toy a0 bom nome ou A reputagio das pessoas.” A Corte Interamericana de Dire io os havia utilizado expressamente como funda Hamanos, contudo, ainda mento para suas decisses Assim, quando o Paraguai condenou o engenheito Ricardo Nicolés Cane se Krivoshein pelo crime de difamagio, violou a Convengio Americana sobre Direitos Humanos, pois utilizou o Direito Penal para restringir 0 direito a liber. dade de pensamento e de expresso, 0 que nio era necessatio, nao era propor- cional, nem satisfazia a interesse social imperativo.* Note-se que tais argumentos, a respeito da utilizagao do Direito Penal para restringir o direito a liberdade de pensamento e de expresso e sua incompatibi- 40° Serd que, de fato, Ricardo Canese praticau uma conduta ilfeita? 41 “104. Con base en las anteriores consideraciones, cortesponde al Tribunal determinar si, en este caso, la aplicacién de responsabilidades penales ulteriores respecto del supuesto ejercicio abusivo del derecho a la libertad de pensamiento y de expresién a través de declaraciones relativas a asuntos de interés piblico, puede considerarse que cumple con el requisito de necesariedad en una sociedad democratica. Al respecto, es preciso recordar que el Derecho Penal es el med severo para establecer responsabilidades respecto de una conducta ilicita. [..] 106. El proceso pe nal, la consecuente condena impuesta al sefior Canese durante mids de ocho aftos y la restr salir del pais aplicada durante ocho afi y casi cuatro meses, hechos que sustentan el presente caso, constituyeron una sancién innecesaria y excesiva por las declaraciones que emitié la presunta victima en el marco de la campafia electoral, respecto de otto candidato a la Presidencia de la Repiiblica y sobre asuntos de interés pablico; asf como también limitaron el debate abierto sobre temas de interés 0 preocupacién piblica y restringieron el ejercicio de la libertad dle pensamiento y de expresién del setor Canese de emitir sus opiniones durante el resto de la campaita electoral. De acuerdo con las circunstancias del presente caso, no existia un interés social imperative que justi- ficara la sancién penal, pues se limité desproporcionadamente la libertad de pensamiento y de expresién de la presunta victima sin tomar en consideracién que sus declaraciones se referian a cuestiones de interés publico. Lo anterior constituyé una restriecién o limitacién excesiva en una sociedad democrética al derecho a la libertad de pensamiento y de expresién del seftor Ricar- do Canese, incompatible con el articulo 13 de ki Convencién Americana’. ORGANIZAGAO DOS ESTADOS AMERICANOS. Corte Interamericana de Direitos Humanos. Sentenga Caso Ricardo Canese Vs. Paraguai. 31 de agosto de 2004. (grifos nossos} 42. Voto proferido na sentenga da Corte Interamericana de Direitos Humanos no Caso Hererera Ulloa B Vs, Costa Rica, de 2 de julho de 2004, pardgrafos 15-18. ORGANIZAGAO DOS ESTADOS AMERICANOS, Corte Interamericana de Direitos Huma Sentenca Caso Ricardo Canese Vs. Paraguai. 31 de agosto de 2004, pardgratos 108 ¢ 2231 Ila com me Dyeiton Hunmanos, fam repetihes nay Americana sobte Sen aicoetivie ven 4 Humane. oO aigas da Corte Interamerscana de Direlt ducsal ret wrrmade € eHLEHY Can & 180 6 aquele no qual o Chile condenon Palamara functonstie pull ieee f in ices civil das Forgas Armadas, Humberto: Ant ‘ieee pels rime de desobediéneia e de ¢ que este publ nn intituliado “Etiea e Servigos de Int tos relacionados . , rarkmetn naxlos com a anteligéncia militar e a necessilae dead aime *p, os éticas®* Para decidir o caso, a Corte Interamericans de Diets Jo Presidente da Republica ji legitima comparivel aM, f cin”, nes qual abvtdava aspe lequé-la a certos cone esa apesentas pe dla Uibendade te ode que o crime de desacato nijo era um: ares com a Comven mee ede expressio - vale dizer, no er io pants aes Anes sobre Diteitos Humanos -, na medida em que of a aos cidadfios o desenvolvimento livre de um debate pleno sobre juncionarios publics, sobretudo a respeito daqueles que exercem atividades de decisio e de condugio politica, pois thes incutia medo diante do risco da aplicagao de uma pena. Registre-se que 0 Chile revogou o erime de desacato do Cisdigo Penal durante a pendéncia do Caso Palamara Iribarne Vs. Chile na Corte Interame- ricana de Direitos Humanos. ‘A Corte Interamericana de Direitos Humanos, contudo, observou que 0 Estado chileno, mesmo com a revogagio do crime de desacato do Codigo Penal, Fe ORGANIZAGAO DOS ESTADOS AMERICANOS, Corte Ineramerians de Duets Huma on Gentenga Caso PalamaraIribarne Vs Chile. 22 de nove 2005. ria Des Sentenga Caro Kimel Vs. Argentina, esi de 2008 pina 16 Nese sentido: RAMIREZ, Sere Care (Org) Lalita de expesin en la jurisrodencia de a Core Interamericana de ree e Humanos Son for: Cte Interamercan de Diets Humans 207 304. 45 ORGANIZAGAO DOS ESTADOS AMERICANOS. Cots In nercana de Diets Humans coven Cato FamaraIribarne Vs hile 22 Je nvembro de 10) Ns ORGANE SReRS OS ESTADOS AMERICANOS. Comin Pv ts Humans Rep ea por a vilacion de a beta de exresin en el Stes Interameriane Washington Timmons Especial para Liberdage de Expres, 2012, 46. °R6 A espect, el mere NP 2H del Prsere ta Reps de Civ lative 4b proerc dl pede pe aN! 20OHE an ta fg el desacato [1 reece consti na reste etna ei eb Tbertades de persamient opin aoa an camo aura pesenia de exas nnn UT ven um pte 3 inetd nor de cet facia rls ee eka elm" Tapenn que pair, qvesedesare Re sven ellive dbste | eunbec} cote tae tel gine ean as evn y cml ORGARNIZAGAD A FSTADOS AMERICANOS. Conte Intetamencana de Dawn Hlmans Seatensa Caso Palamara lebarne Vs, Chile 22 Je noverntz de 208 47 ORGANIZACAODOSESTADOS AMERICANS ‘Gave fneramercana le Dizits Humans encase Caso Palamara elksrne Vs Chil. 22 de every de 2005, ar sao 0 (2771 vowne Hl « de “ameaga” fs mesmas autoridade 15 eis um crime de “ameag es Jigo Penal, o sujeito passivo do crime havia mantido em st i ‘ onstituiam, antes da reforma do ae de ee le quaker modo, também ndo 0 compare Direitos Humanos, para resting pois no preenchia os reqy, desacato, cuja descrigio ambigua, lizava com a Convengio Americana sobre 1 die Heda de samen ee exes, ~formais la tavatividade e da expressividade. see ee rae Ce conden oficial rermado funclon seo ph ‘Armadas, Humberto Antonio Palamara Iribarne, pelos havia publicado um livre cocivil das Forga crimes de desobedigneia ¢ de desacato, porque este 9 «ve Servigos de Inteligéncia’, ayuele Estado violou a Convengig intiulade “Et e 2 Gon Americana sobre Direitos Humanos, pois utilizou o Direito Penal em geral e o crime de desacato, em particular, para restringir o direito a liberdade de pensa- mento e de expresso, o que no era necessério, no era proporcional, nem satisfazia a interesse social imperativo.” O quarto caso é aquele no qual a Argentina condenou o jornalista e escri- tor Eduardo Gabriel Kimel pelo crime de caliinia, porque este publicou um livro intitulado “O massacre de San Patricio", no qual expds 0 resultado da investi- gagio sobre o assassinato de cinco religiosos e criticou a atuagao de um juiz.® Em ober dictum, a Corte Interamericana de Direitos Humanos reiterou que toda restrigio do diteito a liberdade de pensamento e de expressio deve preencher os requisitos formais da legalidade, da expressividade, da taxativida- de e da anterioridade, na medida em que argumentou nao somente que “qual- quer [...] restri¢do deve estar prevista em lei, tanto em sentido formal como material”, como também, quando utilizado o Direito Penal para esse fim, que deve “ser formulada de forma expressa, detalhada, taxativa e prévia"** 48 ORGANIZACAO DOS ESTADOS AMERICANOS, Conte Interameriana de Diretos Huma Sentenga Caso PalamaraIribarne Vs. Chile. 22 de novemibro de 2005, page 92 49. ORGANIZAGAO DOS ESTADOS AMERICANOS. Corte Interamericana de Ditetos Hamano. ‘Sentenga Caso Palamara Iribarne Vs. Chile, 22 de novembro de 2005, pardgrafos 95 ¢ 269.1. ORGANIZACAO DOS ESTADOS AMERICANOS. Corte Interamericana de Dis ‘Sentenga Caso Kimel Vs. Argentina. 02 de maio de 2008. Nesse sent ‘ ESTADOS AMERICANOS. Comissio Imeramericana de Ditcitos Humans, Reparaciones por la violacién de la libertad de expresién en el Sistema Interameticano. Washington’ Reletcris Especial para a Liberdade de Expressio, 2012, p. 4. 3163, La Corte ha sefalado que esta ley ln que debe establecer las rstrcciones a la lihertad de in formacién’ En este sero, cualquier limitacign o restriccién debe esta prevsta en la ley, tanto en ‘enti formal como material, Anora bien, sila estriccién olimitacin proviene del derecho penal és sci ere los. deg acne catateriticos dela tpiactn penal para sats om jit el principio de legal. Ast, deben formularse en forma expresa, precisa, taxativa y ris. lol“ ORGANIZAGAO DOS ESTADOS AMERICANOS., Corte lnrromercane fe Disses Hamanos, Sentensa Caso Kimel Vs. Argentina. 02 de maio de 2008, (gies unson 50 | 278 | A Phasing a1 00S DIRIL1S FUNDAMEN AIS PELA DEFENSORIA PUBLICA Igualmente, que a utilisag honra © da te contorme me Hie Uerame ys Humanos argumentou . eit Penal seria um meio idoneo para a protege da diseetnn das pessonts, as quitis, por suas vezes, sitio fins legitimos “Tn ateste 4 Convengin Ameneana sobre Direitos Humanos Penal para waite iu, argumentou, porém, que a utilizagio do Direito ve sere comme ego Liberace de pensamento ¢ de expresso somen- medida cette Convene Americana sobre Direitos Humanos, “na dos ataques wvais gr neces ‘aria para proteger os bens juridicos fundamentats Operas pa ervet ques lesionem ou ponham et perigo" de acordo com Assim . rengaio minima e de ultima ratio". as saracietbricas tte gravidade da conduta do emissor, 0 dolo do emissor € cuntedaiey i ano, seriam alguns dos ritérios para aferit a necessidade ireito Penal para restringir 0 direito 2 liberdade de pensa- mento e de expressiio." Os argumentos utilizados na sentenga proferida no Caso Kimel Vs. Ar- gentna neste ponto, pode-se dizer que sio um retrocesso na jurisprudéncia da rte Interamericana de Direitos Humanos, pois suas diltimas decisdes sinaliza- vam a falta de idoneidade do Direito Penal para restringir 0 direito & liberdade de pensamento ¢ de expresso, porque, como se disse antes, nao era necessirio, proporcional nem satisfazia a interesse social imperativo. FD “7h. [ed En consecueneia, la proteccis de la honra yreputacin de toa persona es un fin Feito seorde con la ConvenciSn, Asimismo, el instrument penal es kéneo porque sive el fn de sav rndan a ravés de lo conminaci depen, bien jrten ae segue teste Secs PDS cay en capackad de contribu la realzacién de dicho objetivo, [-l" ORGANIZAGAO DOS Ser NGS AMERICANOS. Cort Interamericana de iritos Humanos Senna Caso Kimel Vs- “Argentina, 02 de maio de 2008. 53. “76, La Corte ha sefalado que el ‘Derecho Penal es el medio mis restrictivo y severo pata establecer responsabiidades respecto de una condueta eta, La iiicacn oe? ale deitos de cahumia € injuries pucde resulta contraia al principio deaterencn wisi ¥ de ultima ratio del derecho Fea En una sciedaldemoxtéia el poder punitive des «8 tn medula estrictamente ne- erin para protege kos bienesjurdcas fundamentals de los egies ms graves que Tos daien tC pongan en peligro: Lo conta conduits die busivo del poder punitive del Estado" ORGANIZAGAO DOS ESTADOS AMERICANOS Corte Ineramerisna de Diteitos Humatos Sentenga Caso Kimmel Vs. Argentina. O2 de maio de 2008 v7 La Corte no estima contraia a Ia Convencion cualquier media penal propsito de la expresin * infomacsnes oniiones, pero esa posible be anal con ees cet anes ST respecta In extrema gravedad ce ln conducta desler aie save bs cl boon ie se seers del dafiosnustamente causa ts site me sere uizr, en forma verdaderamente ceronal medidas penal. (.1", ORGANI- lata neces " : ORGAN! slats a ng ESTADOS AMERICANOS, Corte Interamericans ile Diteitos Humanos, Sentenga Ao Dt oe kind ‘We. Argentina. 02 de maio de 2008. 1279] Vouune It P cia ace sejam ambe pertur estard que a assunt ible ens pole arét inci Von th 2 nue premissa da leitimidade dos fins ~ de proteger hong Rete se i ramp eee a 3 conc ig y Fepunoge das pesioas sito Penal como restrigio do direitg 3%: dade do meto — de utilizar o Direito Penal Herd. le pensaments e de expressio. 5 on fara, ci © Juiz Sergio Ramirez, por exemplo, em DiradO,critcoU os erg 1 de Diteitos Humanos para yy ‘orte Interamerical rios escoThides pela Corte Interame nanc fe Direito Penal com tal objetivo, pois argumentou que este nao & o Meio ade cb ara restringir odieto 3 herd de pensamento e de expresso, ya i nerial do necesidade, considerandose 'S80 das pes, que nao preenche o requisito ma Civil, com 6 Possfvel alcangar os mesmos fins — de proteger a honra e a Teputa “oas = Por meios diversos, como, por exemplo, mediante o direito 5 as, etc, dlireito de retificagao, de resposta, sangdes pecuniiirias, etc. Curioso notar que a Argentina confessou os fatos objeto da sentenga® Posteriormente, publicou a Lei n. 26.551, em 29 de novembro de 2009, segunda @ qual nao configuram crimes contra a honra as expresses eferentes a assun. tos de interesse piiblico. Seja como for, os argumentos da Corte Interamericana de Direitos Huma. os, sobre a finalidade de proteyer a reputagéo das Pessoas, a idoneidade e a ne. cessidade do Direito Penal Para tanto, foram repetidos em Sentencas sucessivas 7 Para decidir © Caso Kimel Vs, Argentina, contudo, a Corte Interamerica- Ou que o Livro “O massacre de San Patri 55 Voto profevido na Sentence da Cort Imeramericana de Dine aso Ki tn de dea 208, pga et de Diets Humanos no Coa Kil Atgen 56 SROANIZACAO Dos ESTADOS AMERICANOs, Corte Interamericana de Diteitos Humanos. “ntenga Caso Kimel Vs. Argentina, 02 de malo de 2008, parserafos 18, 25, 36, 40 € 95. 37 sea ZACAO Dos ETADOS AMERICANOs Corte Interamericana de Ditetos Humanos Caso isn Rama D200 Ve. Panamd 7 dese cle 2009, parigratos 117-120; Sentenga a! ‘nite: Vs. Venezuela. 20 Interamerieana de Direitos Huma: oa gens erisfrin para defensa de a beta deexpesion, Washington Relatoria Especial para a Liberdade de Expresso, 2010, p21. G2. “Tl- fa Las eyes de desaeato son una clase de enslck’n a van rspaan aun funcionario pice en el deserapen desis funclonss cial. Estas leyes tienen una Tanga historia, habindosepromulgad en demos de Jos romanos para defender el honor del empe dar ore fas leyes de dvacato que susie eh his Tstados miembros se justifcan prevexto de la necesilad de proteze s Jecuado funcionamniento de la adeunsstracion pala’; OR PANIZAGAO DOS ESTADOS AMERICANS Camissio Tnteramericana de Diteitos Humanos- Terme Anual 1994. Capitulo V: Tnforae str ls ‘Compatibilidad entre las Leyes de Desacato ya Convencién Americana sobre Derechos Hurnanos, 17 de fveriro de 1995. Aprovaio no 88° perfodo ordindrio de sessoes 43} "La aplicacfn de leyes de desteato para okt tho encardctr oficial les otongainjustficadameny: ‘im derecho a poten del aque no dspones ls “Tens integrates de l sociedad” ORGANIZACAO DOS ESTADOS AMERICANOS, Comsssio Tteramericana de Direitos Hamano Infor: “Anal 1994. Capitulo V: Informe sobre la Compa riscdad entre Las Leyes de Desacao y la Conven ‘én Americana sobre Derechos Humanos, 17 Je fevereto de 1995. Aprovado no 86° period ordindio de sess Jaexpresién que ofende, insulta anor de los funcionarios piiblicos que actéan | 289 | eno © fornam objeto de contro, ne e ornar objeto de controle g .° * p, como instrumento eg, funciona” na medida em que privam eg," h Stas ay jos publicos formam 0 gover W, ih neioonte 0s fuRctonaies bly, Pry , no democritico, COMO se she ay . ver! gema de 80 crates n ane ede controlar as agoes € condutas dos fy Py abla, logo nf Se odes Ting. cr “ fere a funga0 jas demais Pess0as, Com a fing) ao, desse modo, deveria permitit um tipo de hy Ogos erfficoS € @ SeMSAAO, SObretudh dy. “fe que foram ofenclidlos.* te alizam o discurso que critica a af. afetam a esséncia € 0 contetido da liber, vo pelo qual ib de difundir ideias de toda indole.” istragdo publica, moti § de expressio, sobretudo a liberdade jandamental de un sistema democtiticn ye nio de la ciudadanta, para prevenic ocr Fane ye av poder coactve™. ORGANIZAGAO DOS ESTADOS AMERICANOS, Cinss Interamericana de Direitos Humanos. Informe ‘Anual 1994. Capitulo Vs Informe sobre Cas bildad entre ls Lees de Desacatoy ln Convencion ‘Americana sobre Derechos Hic cae everia de 1995, Aprovado no 88° period ordinrio de ses 5 Siseconslera que ls funcionarios pal cen caricter oficial son, todos ks es obiemo,esenfonces precisamente el dered in itcary et = cians acttudes de eos funcionarios en ko que atafe a la funcisn pablica’ ORGANIZACAONS ESTADOS AMERICANOS. Comisséo Interamericana de Direitos Humanos. Informe Anal Capitulo V Informe sbre la Compatibilidad entre las Leyes de Desacato y la Convencion Amt tavobre Derechos Homanos, 17 de evereito de 1995. Aprovacko no 88% peiodo oninito de ra inevitabe™™ ee a que da lugar el derecho a la libertad de expresiOn gene! - cero nh afenvos par quienes acu ces pilbicoso stn sti ee 7 icién de la politica pil ORGANIZAGAO DOS ESTADN oe soos cate letamericam ce Dicetosamanes, Informe Anual 19%. Capitle VT Humanoy Te entre las Leyes de Desacato y la Convenciém Americans sobre De io de 1995, Aprovado no 88° periodo ordindrio de sessSes inst “De ello se des aI ‘desprende pia nip Sealey cus arog el dicurso que se considerarie> dela acta de een ra be dees expresin afecta an eseneis BA yale ies se silencia dine limitaciones a la lil eden ac DOSESTADOS AMERICANS Ga are al re erat” OF Cito VS nome sabe fe ea erameriana de Dirsitos Homanos. tem ‘ompatbilidad entre las Leyes de Desa"? GF Baa inc vite tetaniente principio fi Pet obj de cons, ene lls el eS cos que acti tho de los indivicuos y de la ciudadans in. inti posavt {estes macs Bogert 24 DatEssektA POMC Fireito 4 liberdade de pens ual e nvliretamente aletam amente na sua dlimenszio inci temor a sangdes penais necessariamente des ihc As leis de Ske lesacato, dessa mani mento e de expr es na stia dimens Huo, cig ms » social, pois" oraja'o eiddadio a expressat sti fe, em consequéne’ pede etek produzem um efeito dissuasérie perante todas ebetpng ‘e “ vl um efeito geral de silenciamento (‘ehilling effec aga de no fazer, de ni fo dep azer, de nie querer saber, de no eriticar, de cabar”* que ase i ' ‘omissiio Interamericana de Direitos Humanos detxou claro s leis de desac gue as Ils nas 0 resguardam criticas, pois profbem que. frios pal Q pois prothem que, por intermédio dos funciondrios pablicos, © governo seja criticado.® Alias, as leis de fi ot se de desacato no podem ser justificadas pel oteger 0 abi we get ou de garantir a ondem piblica, pois ao restringitem a Wher pensamento e de expresso, paradoxalmente, vulneram-na.” en 1s opinides sabre problemas de interesse pr dem ), uma 10 nao somente protegem 6 Zoverno, la finalidade de lade de Gln Americans ste Dahos Homans 1 eevee de 1995, Apowado mo 86 pin inio de sessbes, Ness sentido: ORGANIZAGAO DOS ESTADOS AMERICANOS: Comistt Tneramericaa de Diets Humanos. Uno Agenda hemisrica para In defen de a libertad de expresion, Washington: Relator Especial para» Liberdade de Exressio, 2010 p20 8 *Dichas imtacones aa iberad de eresin pueden afectar no slo a ulenes sen eects Mlle soviedad, |.) Adem de hs restricciones directa, as Teves de ihertad de expresiin porque tacn consign Tt amenasa enden awn funcionario public, [.] Eltemor a sanciones ndadanos aexpresar ss opiniones sabre problemas de inte- ite ent os hechos ys jucios de valor”, OR- so tnteramericans de Diretos Humans. dad entre las Leyes de Desacato mente, sino también al conjunto desacato restringen inditectaments la li de circelo multas para quienes insultan penales necesariamente desalienta als ci és piblico, en especial caro a leislackin no GANIZACAO DOS ESTADOS AMERICANOS. Con Pep ntne Anal 1994. Capitulo Vs Informe sabre la Compatibi 1 ls Convencin Americana sobre Derechos Humanos. ok Kreis de 1995, Aprovado no 88? periodo ordindrio de sessbes. Ness sent ORGANIZACAO DOS ESTADOS AMERICANOS. Pergo Ineramericana de Dieitos Humanos. Una Agenia hhemisfrica para ta defensa de la Iibertad de expresin. Washington: Relaoria Especial pra Liberdade de Expresso, 2010 p22 xs ain al protege a fos fancinavos contra expresones tes Ins leyes ce desaeato estab ee actructra que, em cia stant prove PT been de las erticas ORGANIZA, GAO DOS ESTADOS AMERICANOS. Comte Tnrerrmericana de Diretos Hamanos: Informe Kal 1994. Capitulo V: Toforme sobre la ‘Compatbiidad entre las Leyes de Desacato y la Cone aencién Americana sobre Derechos Humanos, Je 1995, Aprovado no 88 periodo 17 de feveteito dl crdindrio de sess6es. 89 5, conceitaot inido Consultiva n o pnd ser atiiado a mane impos ab goat fat onlem publica 1105, por meio it Opi ica” e deci que tal conccito in nome de interesses coketvos. Des jevlade demoeritica em mse pa gan io se caracten ina de Direitos Hi 90 A Corte Interameriea der por “ordem pl ‘oque se deveria enter justificar limita vel jurdicamente assegurat® paso respeito 2 berdade de pe ouvesse a necessidade de restringit arnnrsociedade democrética sen uma soced mt edade na. qual se fesse Jependeh E804 2 endade de pensamenro ede exmresie ‘ordem pailica em uma so ramento e de expressio. Assit ws lherdade de pensamento © dX Ht aetéia, Portaoto deaonster-sei atone Sane fem pac, pura snesmente dares Teo vfeto, una actin poste det orden publics | 291 | 91 Vives tt unten a orden pribhy iti » protegem ou 4 Com eteito, as feis de desi Anculam ds “pustits EXIBeNCHS” € ‘mente hiarmdnico © normal ds instituigies sobre a ste ale valores € princtpios", na medida em que restrin, I esto estruturaclas sociedade de Ca puts he 9 nv permitem "w func frase ale um sistema cor gen a liberdade de pensamento ¢ de expressiio, sobre a qual as sociedades demoeriticas.” Por dltimo, ¢ & isto o que maior importincia reveste, a Comissio obser. de desacato contradiz 0 principio de va que o fundamento das que uma democracia devidamente funcional € por certo a maxima garantia da ordem publica. As leis de desacato pretendem preservar a ordem pablica precisamente limitando um direito humano fun- damental que & também internacionalmente reconhecido como a pedra angular na qual se funda a sociedade democratica. As leis de desacato, quando se aplicam, tem efeito direto sobre o debate aberto rigoroso sobre a politica pablica que o artigo 13 garante © que é essencial para a existéncia de uma sociedade democratica. = que eeprom el fncionamento a coherente de valores principio fraco los conceptos deno del marco de la Convencisn, hace referencia la condi armonico y normal de las instituciones sobre a base de un sister {..1 67, No escapa a la Corte, sin embargo, la dificultad de precisar de modo 1 de “onen pablico” y “bien comcin’, ni que ambos conceptos pueden ser usados tanto para stirma los derechos de la persona frente al poder pablico, como para justficar limitaciones a esos derechos en nombre de los interesses coluetivos, A este tespecto debe sub por la Convencidn 0 para desnaturalizarlo o privarlo de contenido real (ver el art. 29.4) de la Con vencién), Esos conceptos, en cuanto se invoquen como fundamento de limieaciones a los derechos humanos, deben ser objeto de una interpretacién estrictamente ceftida a las “justas exigencias” de “ana sociedad democritica” que tenga en cuenta el equilibrio entre los listintosinteresses en juego la necesidad de preservar el objeto y fin de lu Convencin, [| 62. Considera la Corte, sin embargo, vncepto de onden piblco reclama que, dentio de una sociedad Jemocratica, se garan lndes de circulacin de noticias, ideas y opiniones, asf como el mis amo acceso ala informacion por parte de la sociedad en su conjunto. La libertad de expresién se inserta nel onden pablico primatio y radical de la dermocracia, que no es concebible sin el debate libre y sin «que la disdenca tenga pleno derecho de manifestarse, ORGANIZACAO DOS ESTADOS AMERI- CANOS, Conte Interameticana de Direitos Humanos. A Filiagio Obrigatéria de Jornalistas (Arts. 13 e 29 Convengao Americana sobre Direitos Humanos). Opinio Consultiva OC-5/85 de 13 de novembwo de 1985 ORGANIZACAO DOS ESTADOS AMERICANOS. Corte Inveramericana de Direitos Humanos, A Filiago Obrigatéria de Jornalistas (Arts. 13 ¢ 29 Convengio Americana sobre Dircitos Hu- manos), Opinio Consultiva OC-5/85 de 13 de novembco de 1985, pardgrafo 67. que el misn ticen las mayores posi Asn, (oun Ditain Bon rile pes sata bere Aceste respeito, invocaro canceite de “arch liretamente 6 de de expres vet peso e pensamento coma na Conver agent (gris rose) ale lesacato se ops jynclu que esi, Humanos, portant, nto € expe que o8 A Comissiio I ‘io Interameriea ees nteramericana de Direitos anes desea sin incompativeis com a berdade pei na evento Americana sobre Direitos F staudo-partes deveriam c« . er gs dee ccompatilibizar suas leis interta disposigt ‘io Interamer é aaarena pli Mareen Je Direitos Humanos conclut também, que manent se mite para a intervengiio do Estado na Tiberdade de expres _ aoe mente mat alto devido a fungi critica do didlogo politico em soi ; lemocritica’? Ou seja, as restrigoes do ireito & liberdade de rato e de expressio devem ser tanto menores dt " to maior for 0 inte ico contido nas mensagens emits ao exere lamanos conclu, atm dlssos ‘inrervengio do Estado m9 lie ado o Estado impoe 0 POdet ws lberdade de expresso.” ingir o direito liber- ccepcional ssi ” ade pensam fumanos (art, DD). fies desta pensam: resse publ ‘A Comissao Interamericana de Direitos dle uma maneira particular, que tal limite para berdade de expressdo incrementarse mais ainda qui coativo do sistema da justiga penal para restringit Vale dizer, 0 Direito Penal nao’ deve ser utilizado para restr dade de pensamento e de expresso, ‘salvo em situagies &X [DOS ESTADOS AMERICANOS. Comin Inyeramericana oe Informe Anual 1994, Captlo ¥: Taflorme sobre la Compaiiidad ent ran la Convencn Americana ste ‘Derechos Humanes. 17 Je Sage? period ordinaro de sess (2) (3) recomoeen 92 ORGANTZACAO! jt dE comueencoande vg derechos cde fos dems 0 OS pag, cn fa aren politi jibertad deexpresin esc vied democrtiea™ OR Direitos Huamanos- Leyes de Desacate 0 88" race interven jctamente 0 a Sin em quelaz0: ig o una idea interfere cits or evigente para ven soe vinervencin del Estado co respecto al oni cra del logo relies 61 ‘Comisséo Interamericana J DOS AMERICANOS. Aa eme sabre a Compatbiidl eD* las de 1995. Aprovad Thos Humanos, 17 de fevercie 93 “Losarttulos 13 Ia expresién de una on tina amenaza ie cituye cf umbral paral particular GANIZAGAO DOS ESTA Informe An la Convenci6n Ai feriooorndio de sess ce que ete ub imeTemente mis tama para esting 1 sea impone el poset eral de expres" ORGANIZAS ee tits Haanos Informe xin cuando 4 « el siera de Ia stilt ; GAO DOS ESTADOS AY ERICANOS. Comissio Intent Seana 1994. Capitulo Ve Infor sabre la Compatiilidad eo Ins Leyes de Desacato y la Cone ‘encién Americana sODFE Derechos Hesmanos, 17 Se fevers M1998. Aprovaso no 8S" resiole cordinsrio de sessdes 5 jones penales yet eet? snevitablemente * ere cukier tipo de exseson silo ie ina amenaa evident» ieera de iss Interameica- MERICANOS.Com pede aplicerse en tiolencia andrquic 9 98 i= nN sous por meio do diteita civil conto direito de retificagio ou de resposta = con- Js sangies penais provocam,; ites, a Comissio Interameri- sileranda seo etetty mevitavelmente inthider que Consilerande: se as consequdnctas qu cana conclim que o Direita Penal nae é compativel com a Convengao America- vrestringir o direito a liberdade de pensamento na sobre Diteitas Humuanos, ps Wy preenche reypectivamente 0s requisitos materiais da PeXpresst, pois ni necessudate, do imperative mteresse sociale dh proporcionalidade.” As leis que penalizam a expressio de ideias que néo incitam & violéncia andrquica sido incompativeis com a liberdade de expresso € pensamento, consagrada no artigo 13 ¢ com © propésito fundamental da Convengio antira forma pluralista e democratica de vida.” Americana de proteger e Note-se, por tiltimo, que a Comissio Interamericana de Direitos Humanos criow a Relatoria Especial para a Liberdace de Expressio e aprovou uma De- claragao de Princfpios sobre a Liberdade de Expresso, segundo a qual “as leis que penalizam a expressio ofensiva dirigida a funcionarios pablicos getalmente conhecidas como ‘leis de desacato’ atentam contra a liberdade de expressio e 0 direito & informagéo” (art. 11)?" na de Direitos Humanos. Informe Anual 1994. Capitulo V: Informe sobre {a Compatibilidad en- tre las Leyes de Desacato y la Convencién Americana sobre Derechos Humanos, 17 de fevereiro de 1995, Aprovado no 88° perfoo ordindrio de sessies. 96 “La Comisién considera que la obligacion del Estado de proteger los derechos de los dems se curmple estableciendo una proteccién estatutaria contra los ataques intencionales al honor y a a reputacion mediante acciones cviles y promugando leyes que garanticen el derecho de rectficacin o respuesta, En este sentido, el Estado garantiza la proteccicn de la vida privada de todos los indivduos sin hacer un uso abusive de sus poderes coactivos para reprimir la libertad individual de formarse opinién y expresarla’. ORGANIZACAO DOS ESTADOS AMERICANOS. Comissio Interamericana de Direitos Humanos. Informe Anual 1994. Capitulo V: Informe sobre la Compatibilidad entre las Leyes de Desacato y la Convencién Americana sobre Derechos Hurmanos, 17 de fevereirode 1995. Aprovado no 88” perfodo ordindrio de sessies. pr 7 “Las leyes que penalizan la expresién de ideas que no incitan a la violencia andrquica son incompatibles con la libertad de expresién y pensamiento consagrada en el articulo 13 y con el propésito fundamental de la ConvenciGn Americana de proteger y garantizar In forma pluralista yy democrdtica de vida, ORGANIZAGAO DOS ESTADOS AMERICANOS. Comissio Interamer canade Dircitos Humanos. Informe Anual 1994. Capitulo V: Informe sobre la Compatibilidad entre las Leyes de Desacato y Ia Convencién Americana sobre Derechos Humanos, 17 de fevereito de 1995, Aprovado no 88° perfodo ordindtio de sessbes. ORGANIZACAO DOS ESTADOS AMERICANOS. Declaragio de de Expressio, 2000. cipios sobre Liberdade | 294 | AProii aston Dnet A douttina, nes: © sentido, come i cmH fun dentro do Sistema Tnter ane que tal "DiecLaragby constitute Humental pata detess ds herd Reta om tamer verpetay hat como UNL instru gu B da Convengin He sua parte, tanto a CDH conus a Rel Lassies solve o tema, em i enkicana ne ests Henle e g t Rta ces de desma exe responsabilidades ulteriote F ertétios de proporciwalitade para fay ce que Possum surgi a partir de sew exer ke conformte 68 princion He Hale Deck, ahustvo, ag de Priaipns (grits hy att Jon sse wv crime de desacato, ‘O crime de ‘desacate i autoridad « 4 de Mesacato a autoridade’ (desacatar tuncionatio public no exercicio de Penal, deve ser abolido”.""! fote-se, por fim, que a Ong expressamente ay Estado anizagiiy das Nagies Unidas recome brasil sileito que abi medida em que declanon que "0 crime suit fungao), 0 artigo 331 do Codign Sendo as end vine ss analisado seguit © Diteito brasileiro, em particular 0 crime de descato previso no Ciign Pena eo amtepeto de Cis » Penal, ccomparando-os com os argumentos desenvolvides no Sistema Interamericano de Direitos Humanos. 99 "La Declaacién sea constituido como un insteument fundamental para la defers de a ibertad 2 liberdade de pensamento e de expressio, soja pelos tipos penais de calénia, injéiria, difamagao ou desacato, bastante que se refiram a funciondrios péblicos ou a questdes de interesse piblico, ndo satisfazem a interesse social imperativo, nem observam o principio da proporcionalidade.” 107 Note se que © Decteto Federal n, 705772008, que apovou » Program acral de Dieitos Hema- nos - PNDE3, stualmente em vigor, io repetia om ees oe necessdade de “revisit” & legislagdo sobre desacato. Ci: BRASIL sec ttarade Direitos Hurmaios do Presidécia da Repti Frograma Nacional de Direits Humanos (PNDH3) =e. atl Brasilia: SDH/PR, 2010 ses emaceitr os fndamentos politicos, soeiolOsicos ‘cea receptividae passiva com que douerina po, 2 cofiguagio as hipSteses comer a flagrant nega de cidadania 2 protes0 “Por formagio, sempre tivemos grandes fica «¢ jicos da usifcativa abt prepare, furisprudéncia em conterspado, ao Tonge do te vee do eve de desacto,Parece-nos, antes de tuo, qrieses do pesto, donee e probe da Administra Publica, atributos que deverian ser dae jusifcado pc cus tos pols resiaden se ofeece coletividne, a0 conto Fea pnw arog ede, coll eimpeds de chat saudével ities demoerd enindoo atermento de sas srmpre Ome ¢ mS “tendidas expectaivas funciona Fume certamente, as traonas pists em las que normalmente ocorrem em “cece” as aaa, eventalete, em tec Fo Ft “Jalcri’ gros do ate) BITENCOURT. cee bert. Tratado de dirio penal.» 5.4 6 ‘Sio Paub Saraiva, 2010, p26 asso vides toda vee ques cede el pode vista deum andlisis dogmt- ee rtimaria injaria en el qu el ue pasvpes rec (0 les de 108 109 “Las canclusiones apurta sgcato es simplemente copenal, el de fancionéxio pablico). Sa troscontne enon nent alepeciala: | J Lostipos penal tov genetal en fa fala impunacion de elitos en eshe> penales tienen alamias, njurias ydifamacibn, consist orde una persona. Puede af siones que afectan el hone a protege derechos grands porla pois Coe eto I, po le qucdudosamente podria armas 46 Tos tipos penales de canis eas aret ye todos casos vloean fa Convene ‘in entharg, cumndo la sancidn penal que Se persgue po a aplcacén de estos tos nals se dri egresies be cuestione dee Fain se puede ara, prs Anes eRPUET ve wulnera el derecho consagradoven elart ie 13 de la Convencin, sea porque Reese gents social imperative qe jstfigue fa saasiin porque la restrcciOn €8 “kepropecionaa o porge consi Un restrccion indirect Fat INTERAMERICANO DE DIREITOS HUMANOS, Libertad de expresién en las 1 700 | Firmarse sn dda, que estos tipos mein El bien jriico honor est consagrade ef penal 0 INSTIT| ino Pe sn peli Siste tor de C8 ite, anteprerets senvuh srr tehag i aos pualroes : Po nan sane Cok Penal sens gon 1.2.0 awtienone to pr COPE PENAL a No Especia = Ciadigny Penal apresentade pec , at re Some to Fealeral, em 27 de julho de 2012, nao preten snastas ae Presalente do Sena ii aherameutlmente a situagiie problematica do Cédigo Penal brasil, © citos Humanos. fo Americana sobre Direi aera ge se pretense substitu crime de desacato por uma cays, eae erin “até odbeo", para todas as hipoteses eta que qualquer do. deena yeaa honta sea supostamente praticado "contra servidor piblico, em, razio das suas fungdes” (art. 140, inciso IV). re Jesse sentido, eis a exposigao de motives do anteprojeto de lei, verbis: wna Con E oferecida tutela a at \:20 funcional dlos servidores piblicos, anterior. mente objeto do crime de desacato, determinando-se a aplicagio em do. las penas dos crimes contra a honra, nestas condigies. [..] O desa. transformado em injéria qualificada, afastando a critica de que existiria um vigs autoritdrio nesta protecio especial ao servidor pail sem deixar, todavia, de manter como crime a ofensa a eles realizada em razio da fungao." Dessa maneira, nio se afastara critica alguma ao crime de desacato. Pelo contrério, pois a partir da apresentagao do anteprojeto de Cédigo Penal, com sua exposigéo de motives, surgiram muito mais motivos para criticd-lo, sobre- tudo devido & transformagao do desacato em crime contra a honra qualificado, agora com o aumento substancialmente da pena, “até o dobro”. Com efeito, é como se o anteprojeto de Cédigo Penal pretendesse repristi- nar a legislaco penal do império, pois “nosso cédigo imperial considerava agra- $$ informes de la Relatoria para la Libertad de Expresion. San José, ‘americana de Derechos Humanos, 2003, p. 117-119, ‘ADO FEDERAL. Comissdo de Juristas para elaboragdo de latério final que inclui o histérico dos trabalhos, sigdo de motivos das propostas efetuadas. CR: Instituto Inte: Ho anteprojeto de Cédigo Penal. Re- © anteprojeto de novo Cédigo Penal e a expo- Dispontvel em: < hutp:/uww!2.senado.goube/notic aterias/2012/06/27/enado-recebe-a woe cally peach aie eed iteprojeto-do-novo-codigo- penal-elaborado-por-juristas >. Aces- 50 em: 30 nov 2012, p, 288 ¢ 367, Nesse sentido: BR. J ASIL. Superior Tribunal de Justiga. Desacato: cma in da falta de educacto, Disgonivl em: . Acesso em: 30 nov 2012. 7 | 300 | AA Prono Dstt Fa p aan nts Dyvansonta PURI walang ini (att. 231) © a injure, 287, 82 quer depositio 182°) se fonsemn pi fualquerepositrio ou agente da autora pai he Conde ‘A doutrina interamerie oe os crimes de © Jay “contra em razio de seu offcic . eat ca pena nat txlavi, comentou que linia, inj mer eae wie ini difamagio sin “formas sutis € sofst lade de expressio”, ay “nel as de silencame rr ej st “praticas mas sl i de sence da th ani ier aioe (Ora, nfo somente contin Nee ee cial ; a existiro vies autoritario nesta protegao & cial ao servidor pal " sritdrio nesta protegao espe suese see bends tno anteprojeto de Codigo a ee be penalizando a ofensa ah as leis brasileiras para pior, pois melas se 64 ontinuari pee agra com soa hen Udo funeiondris pblios realizacia em ro2i0 io, a a de aumento de pena, “até o dobro” ‘Como se sabe, “a poss pena, “até o dobro”. pfooagsd a a bese do abuso de tas leis (sobre cali, anni € ee ac i funciondtios pablicos para silenc ras opinides criticas g peat lestas leis como no das leis de desacato"!” Logo se vé que a 0 Espe . oe que a Comissio Especial de Juristas, com tals argumentos de avisados ia a 7 savis em sua exposigao de motivos, nao demonstrou senao desconhecer {iL HUNGRIA, Nelson, Comentros a0 Cio Fea a2 u ros «Penal v9 2c Rin cde Jn: Foner, 1B Fe peamo setae FRAGOSO, Cli ene Lisbesd Le Su Ps: J Bort, 195, p96 NORONHA, Ear Meets et nal... So Pale: 2. IT ENGOURT, Gen Roberto. Tata de dso real aed Sao Pak prdctica drigidas & ala libertad de expesin en as Américas sl oxen de lees ica woe ge a etic de la administra ple, 1) Ios Amica muchas des Fan sunvizado pero al smo tempo fates de crcenamiento de 9 aad de eres. Quince rates todavia mane Toesde descato, un veto de os Eero Meas, Sim emabar,ea ees 8 6 tests en pectcn ue Bat slo condenals rersalmente por isintat orgie see derechos humans: En ca jones internacional ral presente, os Estados etn recur Jenciamiento de a veda a pefeticas ms solapadas de seizacn de a clumois nr¥ sei en in manera 1s eS como cansecuencia, en muchs ¢ ie uz han surgi formas stiles bi critica, Lari de desacato tene (gue informan desfavrablementé sobre ene ex el so de mecanismes ERAT vr remlacin utlizados en forma dite Fremiaro castgar 2 0s pein Py To que exriben’ INSTITUTO INT "ERAMERICANO DE PARELTOS HUMANOS, Libertad de npn en las Ameren: Los cinco Br Rr para Libertad de Exar Son José, C= Insti eran ‘ano de Derechos Humanos, 2003, p- 24 codel hecho de que los fr fea las criticas ¥ sos, el ist10 mciar alos peviodistas Frat de oe fonionsie blo 91s tendencia mas minatoria para LI}. “Elreconocimient cionarios pbc estan sets am MEV n mayor eran pico sisi a8 18 distineidn entte kas grado de proteccion fent ra rt abecnar oe as sobre difamacion, iurias Patumnas La pstbildad del abuse Me ales leyes por pate de los fancionéros pbicos pata sie. iar Las opiniones criicas nde er yes como en ideas ees de desacato”. INSIUTO INTERAMERICANO SDE DIREITOS HUMANCS. ‘Libertad de expresion en [as “Américas. Los cinco primel sMfoemes de fa Relaori P™ Libertad de Expresion. Son José, Ci Inaitato Ieramericane de Teretns Humane, 2008 1.14 } 301 | - particlarmente, © Diretto Penal que ou gnoraro Sistema Interamericane de Direttos Huts 615 (quince) a devises dle seus Orgdos, proteridlas ham ileal serua que sequer se utilizasse expression, de tal mane Com ete, 1a hberdlate de pensament e ¢ priblicos fossem descriminal pow te pressies erittcas de funei ficerany outns membros da Ongantzagaio dos Estados Americanos. dns. ( 3, CONCLUSAO € que a liberdade dle pensamento e de an do emissor, do receptor ou analisads (o primeito capitulo, demonstrod pect expressio pode ser vista sob a pers quanto a0 meio ou quanto ao contetido. Nele também se verificou que para restringir a liberdade de Pensamentg ¢ de expressio, ce maneira compativel com a Convengio Americana sobre Di, reitos Humanos, necessirio o preenchimento de requisitos formais e Materiais, Dessa maneira, para aferir a compatibilidade ou nao, com a Convengao, Americana sobre Direitos Humanos, das restrigdes 4 liberdade de Pensamento e 114 “Para asegura la adecuada defensa de alberta de expres, los Estados deher adecuat sus leyes sobre difamacién injuia ycahianias en. forma tal que solo pueda aplicarse sanchnescivies eo) «aso de ofensas a funcionarios pins (Tao ello plntea ls neces de revise as lees que tienen como objetivo proteer el honor de ls personas (comment conocidas como calamniaec injuris) [J] Las lye de calumniaseijutias son, en muchas ocasiones, lye qu en lugar de ve ser el honor de las personas son utilizadas para atacar o silencio, el discurso que se considera cites de la administracién publica. [J No resulta relevante si se tata de la imposci de una pena come consecuencia de la figura de “celuranias"o de “injurias’o de “difamacién” o de “desacato” Una de {as cicunstancias determinantes dels concasiones de los Grganos det sntema interameriato pare dectarar la lees de “esacato” como leyes conttariasa la Convencién, consist en la natutaleza dela sancin penal, estos en los efectos que para la libertad de expresién produce una sancién decarictet represivo. Este efecto también lo pueden produce las sanciones a consecuencia de la aplicacin del derecho penal comin. En otras palabras: de acuerdo con la doctrina de los érganos del sistema interamericano de proteccién de los derechos humanos, resulta necesaria la despenalizacisn de expresiones criticas a funcionarios pablicos, figuras piblicas o, en general, asuntos de interés Pblico; ello es asf dado el efecto paralizante o la posibildad de auto censura que produce la sola enistencia de lees que prevén sanciones penales a quienes hacen ejrcicio del derecho a la libertad de expresién en este contexto”, INSTITUTO INTERAMERICANO DE DIREITOS HUMANOS Libertad de expresin en las Américas. Los cinco primeiros informes de la Relatoria para a Libertad de Expresién. San José, C.R.: Institute Interamericano de Derechos Humanos, 2003, p. 115-117. (grifos nossos) 115. “Argentina, Paraguay, Costa Rica, Perd, Panam, El Salvador, Honduras, Guatemala, entre ottos, han erogado el delta de dlesacato de su legislacién. Argentina, México y Panam, entre otto, han de- ‘ogado la cifamacién criminal (0 deltos similares) cuando se trata de expresiones sobre funcionatos publics” ORGANIZACAO DOS ESTADOS AMERICANOS, Comissio Interamericana de Dire- fos Humanos. Una Agenda hemisférica para la defensa de la libertad de expresién. Washington Relororia Especial para a Liberdade de Expressio, 2010, p. 2, | 302 | Ate spycam f de expression, irtelevante saber o que fi : ape fit ou dete nk eMC ona we 7 ade fazer wemiona se dese ico civil as Forgas Arma, ile oficial militar teformade, funcen’e IM er qua © meio wad py se Vo wa expe advogada. Dev mest med, televat ines, jottas, vt, coe Sm pensar ve for tet sets liv, coetva de mens, ene is inner arene que a rece entrevista na televise =, ptor sepa um f ‘i sro da Suprema Corte funciondrio paiblice — come urn Dt i Sans Ci side \ } Sadie ni um alate Presi Rc, eed Mi Se bMnbvio Fabia: mbros das Forgas Arma [mportante também & “ P mbém & que 0 contéudo da mensagem seja ce inte’ tos, ser ou nia ser um “testa de ferro” da fa a certos sse pi juico - a suposta pica de atos i fla de um exditador a recessidade de adaptar a inteligéncia militar a éticos, 0 resultado da inwestigagdo de um crime, etc sim, segundo a jurisprucéncia do Sistema Interamericano, a expresso ea ‘il te a um furcionstrio pablico,respeitante a assunto de interesse pablico, referer ao Americana ree esting de mania compat cam 2 CON m4 Pts Humanos sbzetao pr meio tio Penal Os argumentos utilizados pela Corte Interamericana de Direitos Huma- nos, todavia, demonstram sua proximidade ao que se poderia denominar de um Direito Penal rafnimo. Os pronunciament son po an ves demons su. afi 294 ve am Direito Penal abolicionis, Pa larmente em teria “eis de desacato” No segundo capitulo, observou'se o cos de desacato propriamente dito, sto no Cdigo Penal brasileiro fart. 331), comparando-o com eS pardime- tos desenvolvidos pelos drgaos do Sistema Interamericano de Direitos Huma- mos até aqui, o que permitit elu que a crmainaicagio coniduta de “de- Tacatar furcionétio pablico no vvercicio da fungo ou em 1280 dela", nao é um ‘meio compativel com @ -e Direitos Humanos, part a sobre ide de pensament ipo penal em que Convengio American’ restringir a liberdai 0-e de expressio, pois NO ti esté prevista, além de nao preenche os requisitos materials mencionados aci- ‘ma, também no preenche 0s requisites formals da legalidade, da taxatividade, da expressividade, nem da anterioridate. Por dltimo, analisou-se © anteprojet também com os padrdes desenvolvidos pelos drgiios do Sist de Direitos Humanos, © igualmente, QUE crime de desacato e 2 criagio “Fe uma causa de amente de pena, “até 0 dobro”, para toda ofensa @ hhonra praticada “cont? servidor pablico, em raziio das suas tos da Comissao Interamericana de Direitos Huma- 1ue se poderia denominar das chamadas 0 de Codigo Penal, comparando-o ‘ema Interamericano iu concloit a revogagio do yooes Girt HO Sincise TV) nas lets brastleiras, nfio muc Lard subs 1b stance, em uma teforma | venalisand mars severamente a expressio ofensiva d slice tal qual o previ Em suma,o crime de de 34D alem de outtos pos pe Delo Contnine, pots a “inawagde” resultar Pary a it honra de fun) v fepistagiio dor Impéri. > previsto no ( enal brasilene tis assemelhados compativel es hiberdade de pensamento e expressio prevista na Convengio Amero Direitos Humanos (art. 13), 3 luz da jurisprudéncia da Corte Inte Direitos Humanos. rameric 4. 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CDD 342.81085, lorry CL ol Peng ey VANE R NE ein) APROTECAODOS IREITOS FUNDAMENTAIS DMN TNSO MT ULOSIN(Or Sony ete Breno Lur Morais en eee by eer ere Deira) ed kbd sana Pee ct at Cee aut Saat Prot et ee atau on relaghes nom diruiton, Lee ene ee nner dr a dad PRO ec OU a Fo cua Pee Or) PR gee Mae ed ee Arte a nd AYR et eC al Ne UPA nd trabathos finals do Curso de Bapeclalizagho em Direitow Fundamen Pee iae ne a ne ee ee Me CPLR nua ar Pen nic ee cd Ce Pern eee a rein ELD re rug re ee sony te coe ce atu Dea eer ae Tee eau ae Pelt coe td Mirah Rau eura baer Pee ot cle ace eet non Se neon eee Pen yors) Dr's Visite nossa loja viral De eae

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