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Terga-feira 25 da Maio de 1948 ‘Halon. As poblagboeMrktas ‘cotam # exemplars arnaclams gratutunecle. mandam pir em fo emprego os Fidio-miero. Decreto nt 96:885 —Determina que a educapto das faturas fantoridades gentilicas caja faita om estabolosimentos de ‘enominades tecolas de preparagio das autorida seolas om Angola, uma para o sexo mas famining, e igualmente duas em Mogambique, Portaria n.° 42:408—Abro um crddito no Estado da India para ‘eforgo da dotagio insorita no n.°2) do artigo 384°, capitulo 11. ‘da tabela de deapesa ordinaria do orpamento geral daquele Es ‘ado para o corronte ano. Portaria n.° 12:404— Abre um erddito no Estado da india para ‘reforgo da verba inscrita no n.° 1) do artigo 42, capitulo 4, a tabela de ‘ordinitia do orgamento geral do mesmo Estado para némico de 1947, Portaria n.° 12:405—Abre um orédito no Estado da india para ‘eforgo da dotagdo ioserita no n° 1) do artigo 189. eapitulo 4, a tabela de despesa ordiadria do orgamento geral do referido Estado para 1947. Portaria n° 42:400—Determina que o expurgo do gbveres ali- rnc” camara ungayao 26 pon or fetta em sgdes exjos proprietirion feshaun comunicado A fospecqto das Taduatslan' Combrcio Agricolas gintema om praca os fumigautos quo aplicam. inlstérlo das ComunlongBos portals n= nt — Oia qa pt my ceagle ma wade ns MeO ede rr oe er at angi ae le Cer Nac Exporlgie de Obrou Pablicas, da taxa de 250. MINISTERIO DA GUERRA * Direcg&o Geral (estado mal o Exército) Portaria ne 12:401 Manda o Governo da Repiiblica Portuguesa, pelo Mi- nistro da Guerra, aprovar 6 por em execugio as instra- ‘ges para o emprogo do emissor-receptor BC —1:000 — Tidio-portati. Ministério da Guerra, 25 de Maio de 1948.. nistro da Guerra, Fernando dos Santos Costa. O Mi 1 Série —Nimero 120 DIARIO 00 GOVERNO PREGO DESTE NOMERO—@60 a ‘argo 2° do decate n° 1048, > 24-194, un por canto de ebutinenie, Portaria ns 12:402 Manda 0 Governo da Repiblies Portuguesa, pelo Mi- nistro da Guerra, aprovar © por em execugio as instru- Des para o emprego do emissor-receptor BO — 611 — Ministério da Guerra, 25 de Maio de 1948.—O Mi- nistro da Guerra, Fernando doe Santos Costa. seessessoossossosscossosssscosoonsossesooot MINISTERIO DAS COLONIAS Gabinete do Ministro Decrete n° 36:885 Quando Portugal inicion a sua missio de pais coloni- zador encontron em todo o ultramar povos vivendo & sta manoira, com hierarquias politica, social e religiosa estabelocidas, com usos © costumes ditando as normas dq vida em comum; com uma organizagio, enfim, mais ‘oa menos desenvolvida, quo Ihes permitia assegarar a existéneia da comunidade. ‘A orientagio seguida logo desde o infeio da coloniza- io propriamente dita © mantida até agora foi a de pro- mover @ auxiliar a evolugio social dos netivos, aprovei- tando 20 miximo a orgénica em quo se modelaram as sociedades gentilicas, proceso talvez, mais moroso na sua evolugio para o tipo da civilizagio ocidontal, mas indubitivelmente de concopgao mais humana ¢ de resul- tados mais duradouros. ‘Para tanto temos contemporizado, como se diz no Acto Colonial, com o8 seus usos e costumes individuais, domésticos © sociais, desde que nfo sejam incompativei com a moral ¢ com os ditames de humanidade, ‘Lentamente, mas com seguranca © sem atritos, fomos introduzindo na vida das sociedades coloniais os noss0s processos de desenvolvimento econdmico © -as_nossas concepgdes morais © espirituais. Por outro lado, nko destruimos os quadros da sua rudimentar administragio, ‘antes, ao contrario, os valorizamos @ empregamos na medida das possibilidades © com o dovido respeito polas suas tradigBes, condicionando, porém, tal politica as exigéncias impostas polas necessidades de ocupagio mi- litar e administrative, ‘As autoridades ‘indigenas t8m sido para nés podero- sos ausiliares da administracdo, garantindo a exequibi- Tidade do todas as modidas destinadas # actuar na massa indigena e, simultaneamente, transmitindo com fidelidade ag Teacgdes que nas mesmas se operam. Flas tém cons- fituido 0 mais forte elo de ligagio entre 0 nativo 6 0 europou © o mais oficaz formento das ideias © dos méto- dos que temos introduzido entre as popalagtes autécto- nas. Elas so nas suas terras os factores indispensiveis 4 manutengio da ordem @ do progresso material, moral ‘6 espiritual. 454 1 SERIE —NOUERQ 120 Hoje, como sompre, as fungdes efectivamente por elas exercidas assumem, sem diivida, capital importdacia. Seria, com certeza, muito dificil conduzir as populagdes, nativas sem o concurs das autoridades tradicionais ois, sobas ou régulos. A sua intervengio nos recensea- mentos, na cobranga do imposto, na administragio d Jjustiga, na. execugio dos trabalhos de estradas © cami- nnhos, na intensificagio das culturas 0 em tudo sobre gue se exerce a nossa acgio ¢ conhecida de quantos ‘tem passado polo ultramar. ‘Em especial, o regime vigento nas zonas concessioni- rias dé algodio, de arroz © de ricino, em que o ind- gena tem do ser suffcientemente aconselhiado © acom- Panhado na sua actuagio pelos fiseais dos concessionizios @ pelas autoridades administrativas, s6 6 vidvel com a eooperagio dos chefes indigenas. A sua colaboragio nestes trabalhos @ nos atrés mencionados sera, porém, tanto mais frutuosa quanto maiores forem os sous conhe- cimentos. Nao podera ensinar quem nio souber. H, portanto, intuitive o interesse que a sua prepara- gio © educagio nos devem merecer. A Reforma Administrativa Ultramarina jé deu a este assunto um valor apreciivel, pois chegou a estabelocer 4 obrigacio do os filhos ow hordeiros daquolas autori dades, em idade escolar, froquentarem as escolas oficiais, proibindo que, em regra, exercessem as suas atribuigdes som saberem falar e escrover a Lingua Portuguesa. A execugio deste preceito nko corresponden as suas intongdes, pois nfo é raro encontrarem-se chefes gentilicos a quem as ordens 9 instrugdes tom de ser dadas através, dos intérpretes. Além disso, as escolas oficiais nfo Ihes podem ministrar os conheeimentos que o exereicio dessas fangdes oxige. A sua finalidade 6 outra, As modidas tomadas nesto decreto para a valorizagio das_autoridades gentilicas nio representam, do resto, mais do que o reatar de uma tradigio quo prineipiou com os descobrimentos. Pfectivamente, jd o cronista das Décadas diz, que Diogo Co nas terras do Congo determinou do acolher alguns negros 6 vir-so com oles para este Reino», com fandaien- tos em que assim aprenderiam a nossa lingua. D. Joko II folgou com ver gente de tio bom entendimento © no- reza_e, naturalmento, apercebeu-se das vantagens a ti- rar. Nessa ordem do ideins, foram depois trazidos a Corto © ali rodeados de grande consideragio @ carinho os cheles de maior prostigio ou sous embaixadores, como acgntecen com os reis do Congo. ‘Todas estas possoas em contacto connosco so eristiani- zayam, falavam e escroviam a Lingua, identificavam-se com os nossos costumes €, apds esta educagio pritica, regrossavam as suas terras, onde vinham a ser os grandes, ausiliares da ineipionte colonizagio portuguesa. Quanto fica exposto constitui, assim, o motivo por que se resolvé criar nas colénias de Angola © Mocambique, onde ja existe um ambiente bastante europeizado, escolas destinadas & preparagio dos presuntivos herdeitos das autoridades gontilicas, que no final do seu curso virio estagiar algam tempo na metrdpolo. E para que, depois de convenientemente preparados, nio se encontrem s6s na massa mais atrasada, fieando sem defesa contra as solicitagdes do regresso aos antigos us08 © costumes, prové-se a possibilidade do os rodear de outros elementos do cli, igualmente educados, que 08 acompanhem pela vida fora. Quanto & natareza do ensino a ministrar-hes, ha que fixi-la & face dos sorvigos quo hes sio pedidos, por isso deve sobretudo abranger os soguintes conheci- ‘mentos: 1° Ensino primério rudimentar ; 22 Nogves gerais do pritica administrativa; 38.° Nogies gerais de agricaltura, de pecudria e de cons- trugdes 5 1@ © tratamento de doengas. Usando da faculdade conferida pelo artigo 28.° do: Acto Colonial, tendo em vista 0 disposto no artigo 10.' da Carta Orginiea do Tmpério Colonial Portugués, ¢ nos termos do son § 2%, por motivo de urgéncia, o Governo decreta © eu promulgo o seguinte: Artigo 1° A edacagio das futuras autoridades genti- licas seré feita om estabelecimentos de ensino denomi- nados escolas de preparagio das autoridades gentilicas. § tinico. So eriadns desde jé duas escolas em An- gola, uma para 0 sexo masculind e outra para o feminino, @ igualmente duas em Mogambique. Art, 2.° O regime das escalas 6 0 de internato, s6 muito excepeionalmente por motivos ponderosos se per- mitindo o externato. Art. 3.° A superintondéncia superior das escolas com~ petiré is respectivas Repartigdes dos Negocios Indigenas. § iinieo. Os directores ow chefos do servigos do admi nistragio civil, de saide, de instrugto, de agrieultura,,. de pecuaria ¢ de obras piblicas serio ouvidos sobre a orientagio do ensino, na parte respectiva. Art. 4° As escolas serio dirigidas por um director ou directora, nomeado pelo governo ds coldnia, sob pro- posta do chefe da Repartigio dos Nogéeios Indigenas. ‘A constituigo dos sous corpos docentes sera regulada pelo governador das respectivas colénias. ‘Art. 5. A elaboragio dos programas, que constario de uma parte tedrica o de outra pritica, competiré aos directores @ chefes de servigo referidos no artigo 3.° seu § dinieo, neles se devendo tratar especialmente Escolas para o sexo maseulino : I) Ensino primério rudimentar : @) Lingua portuguesa ; 2) Aritmética ; e) Rudimentos da histéria de Portugal, pr cipalmente nas suas relagdes com a coldnia ‘@) Rndimentos de geografia da. colénia, prin cipalmente nas suas relages com a economia. Il) Nogbes gerais de pratica administrativa : a) Obrigagdes © competéneia das autoridades. gentilicas 5) Do cumprimonto das suas atribuigdes ; ¢) Pratica das fungies administrativas e po- ieiais. Il) Nogdes gerais de agricultura, do pecudria de construgies @) Flora e fauna da eolénia, prinéipalmente nos sous aspectos econdmicos. Pratica dos pro- cessos, do molhoramentos agricolo-pecuarios ; 2) Conhecimentos © pratica de construgdes coloniais do tipo indigena, de construgio @ con- servagio de estradas, camiohos @ obras de arte rudimentares. Aproveitamento dos materiais da regio. IV) Nogdes gerais de higiene © tratamento de doengas tropicais: @) Conhecimento e pritica de higiene; 8) Conhecimento e pritiea dos processos. curativos elementares. § tinieo, Os programas para as escolas do sexo fomi- nino devem tratar das matérias constantes do n.° T), da parte tedriea da alinea a) do n.° IIT) © da parte toorica, © prética das alineas a) 0 8) do'n.* TV) Tratario ainda, 25 DE MAIO DE 1948 455 prition © tebrieamente, da matéria respeitante a servigos doméstico Art. 6.°'O curso das escolas soré de cinco anos, de- vendo 0 ensino nelas ministrado ter um eariicter eminen- temente pritico, por forma qno os alunos fiquem aptos a aplicar @ a transmitir os conhecimentos reesbidos. _ Art, 7.° Os herdeiros dos rogedores indigenas em idade escolar serio obrigados a frequentar as escolas, até 0 limite da sua lotagio, sondo a admissio regulada pelos governos coloniais. § (nico. Com cada um dos herdeiros serio admitidos indigenas do seu elk. ° Nas escolas femininas serio admitidas rapari- fas om idade escolar, recrutadas no meio onde, segundo 08 usos e costumes locais, os herdeiros das autoridades gentilicas constituem familia, 9° As monsalidades, quando devidas, serio esta- s pelos governos coloniais e serio proporciona- ‘4 capacidade econdmica da familia dos beneficidrios. Art, 10.° Enquanto nio forem criadas escolas noutras coldnias, podem os sous natnrais que satisfagam 20 es- tabelecido nos artigos 7.° ¢ 8.° frequentar as de Angola ‘ou de Mogambiquo. Art. 11° Terminado o eurso, os alunos virio fazor uma estadia na metrépole durante trés meses. Art, 18.° Os governos das colénias de Angola e de Mo- bique tomardo as providéncias necessirias para ime- diatamente darom inicio as obras de instalagiio das eseo- Jas, para o que deverdo abrir os necessirios eréditos, procedendo & regulamentagtio do presente decreto. Publique-se © cumpra-se como nele se contém: Para ser publicado no «Boletim Oficial» de todas ‘as colémias. Pagos do Governo da sa, 25 de Maio de 1948.— AxrOio Osean be, Fanoso Gators ns Auton de Oliveira Salazar — Teéfilo Duarte. Direcedo Geral de Fazenda das Colénias 4. Repartio Seogto Portaria n° 403 Manda 0 Govern da Repiiblica Portuguese, pelo Mi- nisteo das Colénias, nos termos do artigo 8.° do decreto 11° B5:770, de 20 do Julho de 1946, abrir no Estado da India um erédito especial de Rps. 8:040:00:00, com con- trapartida nos saldos das contas de 'exercieios findos, destinado a reforgar a verba do capitulo 11.°, artigo 364.°, n° 2) cExoreicios findos — Para pagamento de despe- sas no previstas—A pagar na colonian, da tabela de despesa ordiniria do orgamento geral daquele Estado para 0 ano eorrente. Para ser pyblicada no «Boletim Oficial» do Di tado da India, Ministério dos Colonias, 25 de Maio de 1948. Ministro das Colinias, Tedjilo Duarte. ° Portaria ne 12:404 Manda o Governo da Repabliea Portuguesa, polo Mi- nistro das Coldnias, nos termos do artigo 8.° do decreto n° 35:770, de 29 do Julho do 1946, abrir no Bstado da’ India um crédito especial de Rps. 8.040:00:00, com con- trapartida no saldo das contas de exerctcios findos, des- tinado a reforgar a verba do capitulo 4.°, artigo 42.°, n.° 1) eTribunal Administrativo — Remuneragdes aciden- tais—Gratifieagtes», da tabela de despesa ordinaria do orgamento geral daquele Wstado para o ano econdmico de 1947, Para. ser publicada no «Boletim Oficial» do Es- tado da India, Ministério das Colénias, 25 de Maio do 1948.0 Mi- nistro das Colinias, Taifilo Duarte. Portaria n° 12:405 Manda o Governo da Republica Portuguesa, pelo Mi- nistro das Coldnias, nos termos do artigo 7.° do decreto 1.2 B5:770, de 29 do Julho de 1946, abrir no Estado da India um erédito especial do Rps. 3.788:08:03, com con- trapartida no excesso de cobranga sobre a respectiva provisio orguntental, destinado a reforgar’a verba do capitulo 4.°, artigo 139.%, n.° 1) eDiversos eneargos— Eneargos administrativos— Percentage sobre a reccita dos trabalhos extraordinarios ¢ particulares (artigo 42.° do regulamento aprovado pelo decreto n.° 208, de 4 de Novembro de 1913)», da tabeln de despesa ordinaria do orgamento geral daquele Estado para 1947. Para ser publicada no «Boletim Oficial» do Estado da India. Ministério das Colénias, 25 de Mai nistro das Colénias, Tedsito Duarte. rososcossesssoseussssssssossessoseSSeIoO! MINISTERIO DA ECONOMIA Inspeceao Geral das Industrias e Comercio Agricolas Soorio Adminstrativa Portarla n° 12:406 do 1948,—0 Mi- Eneontrando-se em laboracto em Portugal numerosas cimaras de fumigagio onde se pratica o expurgo de gé- neros alimenticios © carecendo tal pritica de fisealiza- gio tendente a impedir mio s6 quo dela resultem incon- Yoniontes, sob o ponto do vista higidnico, mais ow me- nos prejidiciais & satide piblica, quanto aos géneros a expurgar, mas também que seja aplicada a prodatos de- claradamente inaproveitiveis por beneficiagio: ‘Manda o Governo da Reptiblica Portaguesa, pelo Mi- nistro da Eeonomia, que: 12 © expurgo de géneros alimenticios em edmaras de fumigagio s6 poderé ser efectuado em instalagtes cujos proprietirios tenham comunicado & Inspecgio Ge- ral das Tndistrias e Coméreio Agricolas o sistema em pré- tiea 0 fumigantes quo aplieam. 2.° A fumigagio, como medida preventiva, dos géneros alimenticios considerados normais s6 poderé ser efe tuada mediante requerimento do seu possuidor, dirigido A Inspeecio Geral das Indistrias e Comércio Agricolas, directamente, ou por intermédio dos presidentes das cf maras municipais. Nesse requerimento deverd constar sempre a indieagio da eamara de fumigagio onde se pre- tonde efectuar o tratamento do produto. 8. O oxpurgo do géneros alimenticios que nfo sejam considerados normais so efectuard nas condigdes pres- crits no nimero antecedente, ¢ quando anteriormente niio tenha sido dado eumprimento ao disposto no artigo

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