You are on page 1of 4

Eutanásia

Eutanásia vem de duas palavras gregas: EU que significa bem e THANATOS


que significa morte. Isso quer dizer uma morte sem dor, trauma e serena. No
uso contemporâneo se refere a pratica de “matar sem misericórdia”, pela
qual se busca abreviar sem dor a vida do enfermo incurável.

Há quem chame de eutanásia, procurar a morte sem dor ás pessoas


considerada inúteis tanto por problemas mentais como por deformação. Nos
regimes ditatoriais como no nazismo eles consideravam essas pessoas com
uma “carga” para a sociedade e um estorvo econômico, político e social. A
luz da Bíblia isso é assassinato e, portanto, não é moralmente correto. Isso é
uma ,monstruosidade sem limites.

1-Qual a relação da Ética com esse assunto?

Existe uma série de discussões políticas relativas ao direito de grupos


particulares ou marginalizadas, as quais devem ser vistas como questão
puramente moral.

Tipos de eutanásia

Atualmente a eutanásia pode ser classificada de várias formas, de acordo


com o critério considerado.

Quanto ao tipo de ação:

 Eutanásia ativa: o ato deliberado de provocar a morte sem sofrimento


do paciente, por fins misericordiosos.
 Eutanásia passiva ou indireta: a morte do paciente ocorre, dentro de
uma situação de terminalidade, ou porque não se inicia uma ação
médica ou pela interrupção de uma medida extraordinária, com o
objetivo de minorar o sofrimento.
 Eutanásia de duplo efeito: quando a morte é acelerada como uma
conseqüencia indireta das ações médicas que são executadas visando
o alívio do sofrimento de um paciente terminal.

Quanto ao consentimento do paciente:

 Eutanásia voluntária: quando a morte é provocada atendendo a uma


vontade do paciente.
 Eutanásia involuntária: quando a morte é provocada contra a vontade
do paciente.
 Eutanásia não voluntária: quando a morte é provocada sem que o
paciente tivesse manifestado sua posição em relação a ela.
 Eutanásia súbita: morte repentina;
 Eutanásia natural: morte natural ou senil, resultante do processo
natural e progressivo do envelhecimento;
 Eutanásia teológica: morte em estado de graça;
 Eutanásia estóica: morte obtida com a exaltação das virtudes do
estoicismo;
 Eutanásia terapêutica: faculdade dada aos médicos para propiciar um
morte suave aos enfermos incuráveis e com dor;
 Eutanásia eugênica e econômica: supressão de todos os seres
degenerados ou inúteis (sic);
 Eutanásia legal: aqueles procedimentos regulamentados ou
consentidos pela lei.

Eutanásia no Brasil

 No Brasil a eutanásia é considerada como sendo homicídio.


 Está tramitando no Senado Federal, um projeto de lei 125/96,
elaborado desde 1995, estabelecendo critérios para a legalização da
"morte sem dor". O projeto prevê a possibilidade de que pessoas com
sofrimento físico ou psíquico possam solicitar que sejam realizados
procedimentos que visem a sua própria morte. A autorização para
estes procedimentos será dada por uma junta médica, composta por 5
membros, sendo dois especialistas no problema do solicitante. Caso o
paciente esteja impossibilitado de expressar a sua vontade, um
familiar ou amigo poderá solicitar à Justiça tal autorização.
 O projeto de lei é bastante falho na abordagem de algumas questões
fundamentais, tais como o estabelecimento de prazos para que o
paciente reflita sobre sua decisão, sobre quem será o médico
responsável pela realização do procedimento que irá causar a morte
do paciente, entre outros itens.
 Também está tramitando o Anteprojeto de Lei que altera os
dispositivos do Código Penal e dá outras providências, legislando sobre
a questão da eutanásia em dois itens do artigo 121.

A complexidade do tema eutanásia suscita questões(éticas, jurídicas e


religiosas) relevantes. Ele é um tema debatido na atualidade que
levanta muitos problemas éticos e o qual pode afetar profundamente
as relações familiares assim como a relação médico/doente.
Independente da forma de eutanásia praticada, seja legalizada ou não
é considerada como um assunto controverso existindo, sempre prós e
contras, tendo em conta o valor de uma vida humana.

Argumentos a favor da eutanásia

 A autonomia justifica a eutanásia: respeitar a autonomia requer


permitir aos indivíduos decidir sobre quando é melhor por fim a
sua vida.
 Beneficência: facilitar o bem- estar do individuo. Em certas
ocasiões viver é pios do que morrer.

Considera-se que no caso de recorrer á eutanásia deve-se


assegurar que:
 Há falha de todos os cuidados paliativos para
avaliar a dor e o sofrimento.
 Deve haver um período de espera para se
assegurar que o pedido do doente é estável e
sincero.

Eutanásia & Religião

A eutanásia é considerada por diferentes religiões,


como ato que atenta contra os Diretos Humanos e
contra o Caráter Sagrado da vida humana.
 Judaísmo
O doente é uma pessoa viva, logo deverá ser
tratada com a mesma consideração que
uma pessoa vivente. O médico pode ser
preso e acusado de assassinato se não
cumprir a lei.
 Cristianismo
É um crime contar a vida e um atentado
contra a humanidade. A vida humana é um
dom de Deus.
 Islamismo
Proclama, o direito a vida, proíbe o suicídio.
A vida humana é sagrada e inviolável.
[editar] Argumentos contra

Muitos são os argumentos contra a eutanásia, desde os religiosos, éticos até os políticos
e sociais. Do ponto de vista religioso a eutanásia é tida como uma usurpação do direito à
vida humana, devendo ser um exclusivo reservado ao Criador, ou seja, só Deus pode
tirar a vida de alguém. "algumas religiões, apesar de estar consciente dos motivos que
levam a um doente a pedir para morrer, defende acima de tudo o carácter sagrado da
vida,…" (Pinto, Susana; Silva, Florido,2004, p. 37).

Da perspectiva da ética médica, tendo em conta o juramento de Hipócrates, segundo o


qual considera a vida como um dom sagrado, sobre a qual o médico não pode ser juiz da
vida ou da morte de alguém, a eutanásia é considerada homicídio. Cabe assim ao
médico, cumprindo o juramento Hipocrático, assistir o paciente, fornecendo-lhe todo e
qualquer meio necessário à sua subsistência. Para além disto, pode-se verificar a
existência de muitos casos em que os indivíduos estão desenganados pela Medicina
tradicional e depois procurando alternativas conseguem curar-se. [carece  de fontes?]

"Nunca é lícito matar o outro: ainda que ele o quisesse, mesmo se ele o pedisse (…)
nem é lícito sequer quando o doente já não estivesse em condições de sobreviver"
(Santo Agostinho in Epístola)

You might also like