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N este manual estão reunidas informações, soluções e

problematizações de toda espécie dentro do amplo universo de possi-


bilidades que é a produção gráfica. Seria muito pretensioso afirmar
que são abordados todos os assuntos pertinentes a esta disciplina,
mas com certeza existe a preocupação em manter uma linha de
raciocínio clara e objetiva tanto para o leitor de primeira viagem

Apresentação quanto para aquele que já possui conhecimentos nessa área. Além da
exploração de assuntos elementares, como a história e desenvolvi-
••••••••••••••••••
mento da impressão, procuramos também dar noções relacionadas a
prática do profissional da área, desde o fechamento do arquivo até as
leis que regem os direitos autorais. Este manual de produção gráfica
tem como objetivo elucidar as mais diversas questões que podem se
apresentar ao leitor, bem como dar noções gerais a todos aqueles
que podem se interessar pelo assunto.
Sumário
História e Desenvolvimento da Impressão ························· pág. 7
Fundamentos básicos da Linguagem Visual ······················ pág. 13
Fluxograma da Produção Gráfica ······································· pág. 17
Bitmap vs. Vetorial ······························································ pág. 21
Cor, Luz e Pigmento ···························································· pág. 22
Gerenciamento de Cores ···················································· pág. 23
Processos de Impressão ····················································· pág. 27
Quadricromia ······································································ pág. 33
Letras, Tipos e Texto ·························································· pág. 33
Resolução de Imagens ······················································· pág. 36
Papeis e Substratos ····························································· pág. 37
Aproveitamento de Papel ·················································· pág. 39
Aspectos legais do uso de imagem ···································· pág. 41
Fechamento de Arquivos ··················································· pág. 43
Orçamento ·········································································· pág. 46
Provas de Impressão ·························································· pág. 48
Acabamentos Gráficos ······················································· pág. 50
Mídias Sociais, Portais e E-mail Marketing ························ pág. 53
Bibliografia ·········································································· pág. 55
1.
História e
Desenvolvimento
da Impressão
7
China
É comum nos referirmos à imprensa como uma invenção do ra surgiu em 221 a.C. e consistia em pressionar os sinetes contra
alemão Johannes Gutemberg, mas nem sempre lembramos o papel, usando os caracteres em relevo invertidos. Por outro
que na verdade ela já existia bem antes de seu “inventor”, e lado, os calcos eram tirados sobre inscrições epigráficas, apli-
surgiu por volta do século XI. O que acontece é que precisa- cando o papel umedecido sobre os contornos do original e
mos de um ícone para levantar como pioneiro, como tampando os relevos com a tinta.
criador. Mas fazendo uma análise mais detalhada da
história, veremos que os chineses já faziam impressões em
xilografia e até mesmo usando caracteres móveis.
Gutenberg
A impressão se difundiu com o Budismo na China, passou A secular história da impressão foi muito marcada pela
pela Coréia e pelo Japão e continua se desenvolvendo até os evolução, ora lenta, ora acelerada, dos equipamentos gráficos,
dias de hoje. O desenvolvimento foi lento: primeiro surgiu o e é a Johann Gensfleish Guntenberg (1397-1468), nascido na
papel em 105, depois a tinta em 179, então o mais antigo livro Móguncia (Alemanha), que se deve a sua grande popular-
xilográfico que se tem conhecimento em 868, e depois a ização. Em 1428, Gutenberg parte para Estrasburgo onde fez as
invenção dos caracteres móveis em 1041. Mil anos antes de primeiras tentativas de impressão com caracteres móveis e
Gutenberg, todos os pré-requisitos para o surgimento da passou a divulgar a sua ideia. Nesta cidade teria, em 1442,
imprensa estavam na China. impresso o primeiro exemplar na sua prensa original - um
Muito provavelmente, a impressão com matrizes em relevo pedaço de papel com onze linhas.
e usando tinta surgiram da união de duas técnicas muito Em 1448, Gutenberg volta para Mogúncia e em 1450 conhece
populares na antiga China: a do sinete e a do calco. A primei- Johann Fust, homem rico que lhe fizera um empréstimo de 800

História e Desenvolvimento da Impressão • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •


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Xilografia
ducados. Em troca exige-lhe a participação nos lucros da Originária da China e do Japão, a xilogravura é o método
empresa que então formaram e denominaram "Das Werk der mais antigo na ilustração de livros, sendo utilizado na
Buchei" (Fábrica de Livros). Pouco tempo depois, a sociedade Europa a partir do Séc. XIV, portanto anterior ao surgimento
ganha um novo sócio, Pedro Schoffer. Este descobriria o modo da imprensa com os tipos móveis de Gutenberg que datam
de fundir e fabricar caracteres, aliando o chumbo ao antimó- de 1455. A impressão xilográfica constitui, segundo pesqui-
nio, devendo-se a ele também a criação de uma tinta composta sadores como Edouard Rouveyre, “o primeiro passo no sen-
de negro de fumo. Mas é a Gutenberg que a história atribui o tido da descoberta da impressão em caracteres móveis”.
mérito principal da invenção da imprensa, não só pela idéia dos Conjecturas sobre os primórdios da tipografia dão conta que
tipos móveis mas também pelo aperfeiçoamento da prensa, Gutenberg associara-se a um anônimo que produzia jogos
que até então era utilizada para cunhar moedas, espremer de carta em xilogravura e teria tido, aí, a ideia de separar
uvas, fazer impressões em tecido e acetinar o papel. individualmente os caracteres.
No início da década de 1450, Gutenberg iniciou a impressão da No Séc. XV, com o aperfeiçoamento da imprensa, a xilogra-
célebre Bíblia de quarenta e duas linhas (em duas colunas). vura ganhou espaço na ilustração de livros de todos os tipos,
Com cada letra composta à mão e com cada página laboriosa- facilitando o entendimento também das classes populares.
mente colocada na impressora, tirada, seca e depois impressa Surgiram muitos livros de viagens ou de ensinamentos práti-
no verso, parece quase impossível que alguém tivesse cora- cos. Predominavam os livros religiosos sobre a história de
gem para começar. Supõe-se que Gutenberg imprimia cerca de Jesus, de Maria e dos Santos, sob influência da Igreja medie-
trezentas folhas por dia, utilizando seis impressoras. A Bíblia val.
têm 641 páginas e pensa-se que foram produzidas cerca de
trezentas cópias, das quais existem cerca de quarenta.

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4
9
Gravuras em Metal Litografia
A técnica da Gravura em Metal consiste na "gravação" de A base técnica da litografia é o princípio da repulsão entre água
uma imagem sobre uma chapa de cobre. De modo geral, o e óleo. O desenho é feito através do acúmulo de gordura sobre
artista faz o desenho com uma ponta seca, ou seja, um a superfície da matriz, e não através de fendas e sulcos na
instrumento de metal parecido com uma grande agulha que matriz.Uma litografia era atécnica usada entes do offset. O
serve de "caneta ou lápis". A ponta seca risca a chapa, termo offset indica que a impressão não é feita diretamente de
formando sulcos, pequenas concavidades, onde a tinta é pranchas de impressão. Em vez disso, a imagem é transferida
retida e transferida para o papel através de uma grande para outra superfície e dessa para o papel. Esse processo é
pressão, imprimindo assim a imagem desejada. mais frequentemente usado para impressão comercial, rara-
Além de ferir a chapa de cobre com a ponta seca, a chapa mente para arte. Impressões em larga escala, como de jornais,
também pode receber banhos de ácido, que provocam revistas e publicidade são, na maioria das vezes, litografias em
corrosão em sua superfície, criando assim outro tipo de con- offset.
cavidades. Desta forma o artista consegue uma gama de
tons que vai do mais claro, até o mais profundo escuro.
A gravura em metal é considerada a mais completa forma de
reprodução gráfica. A técnica foi utilizada por artistas como:
Durer, Callot, Rembrandt, Goya, Picasso, Matisse, Tápies,
Miró e por muitos outros artistas contemporâneos.

História e Desenvolvimento da Impressão • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •


10
Impressão China antiga

Johann Gensfleish Guntenberg


11 4

Chapa de cobre com gravura

Processo de xilogravura
12

Exemplos de impressão
em Offset
2.
Fundamentos básicos
da Linguagem Visual
15
Fundamentos Básicos
da Linguagem Visual A Linha
Os elementos visuais constituem a substância básica do que Pode ser definida como uma cadeia de pontos tão próximos
vemos. Uma das maneiras de se analisar uma obra visual, que não se pode distingui-los. A linha é o elemento visual por
consiste em decompô-la em seus elementos constituintes excelência. A linha pode adotar formas muito distintas para
para compreender melhor o conjunto. expressar intenções diferentes: a linha vertical atrai o olhar
Estes elementos podem ser classificados em: conceituais, para o alto, a horizontal provoca a impressão de repouso, a
visuais e relacionais. curva nos dá a sensação de movimento, as linhas retas pro-
duzem uma sensação de tranqüilidade, de solidez, de sereni-

O Ponto dade, as curvas, de instabilidade, graciosidade, alegria, a fina


produz impressão de delicadeza e a grossa, de energia; a carre-
É a unidade mais simples e irredutível da comunicação gada, de resolução, violência.
visual. Qualquer ponto tem uma força visual grande de
atração sobre o olho. Diversos pontos conectados são O Plano
capazes de dirigir a visão. Quanto mais próximos entre si,
maior a capacidade de guiar o olho. Em grande quantidade A trajetória de uma linha em movimento se torna um plano.
e justapostos, criam a ilusão de tom ou cor. Tem comprimento e largura, não tem espessura (geometrica-
mente falando). É limitado por linhas, define os limites exter-
nos de um volume.

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O Volume A Textura
A trajetória de um plano em movimento se torna um volume. Pode ser percebida tanto pelo tato quanto pela visão. Mas é
Tem posição no espaço e é limitado por planos. possível que uma textura não tenha nenhuma qualidade
tátil, somente ótica. Já quando há uma textura real, coex-
istem ambas as sensações. A maior parte da nossa experiên-

O Formato cia com as texturas é visual, e a maioria dessas texturas não


está realmente ali.
Qualquer coisa que pode ser vista tem um formato que propor-
ciona a identificação principal para nossa percepção.
A Cor
É a mais eficiente dimensão de discriminação. É o elemento
que tem mais afinidade com as emoções. Nas artes visuais, a
O Tamanho cor não é apenas um elemento decorativo ou estético, é o
É a grandeza relativa dos elementos visuais. É a grandeza e a fundamento da expressão. Ela exerce uma ação tríplice
pequenez, comprimento ou brevidade, os quais só podem ser sobre o indivíduo que recebe a comunicação visual: ela
estabelecidos comparativamente. Mas também é medida con- impressiona a retina quando é vista; provoca uma emoção, é
creta, mensurada em termos de comprimento, largura e pro- sentida; e é construtiva, pois, tem um significado próprio,
fundidade. tem valor de símbolo e capacidade de construir uma lingua-
gem que comunique uma idéia.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Fundamentos Básicos da Linguagem Visual


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Fluxograma

Esse fluxograma mostra a forma convencional de impressão e finalização de um produto. Essas etapas foram substitu-
idas pela etapa “Pré-impressão ou desktop publishing (DTP)” no Fluxograma que representa a Tecnologia Eletronica.

Arte final Produto acabado

Seleção de cores Aplicação de capa e refile

Retoque Costura/ colagem/ granpeação

Montagem Alceamento
Tecnologia
Exposição de chapas Dobradura Convencional
Reveleçaõ de chapas Impressão

Acerto chapas Regulagem de tinteiro

Limpeza de blanquetas Acerto de registro

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Fluxograma

Computer-To-Film (Do computador para o filme): Esse processo está baseado na produção, diretamente do computa-
dor, de filmes (fotolitos) que serão utilizados na gravação de matrizes para impressão.

Pré-impresão ou DTP Produto acabado

Aplicação de capa e refile

Costura/ colagem/ granpeação

Montagem Alceamento CTF - Computer


Exposição de chapas Dobradura
To Film
Reveleçaõ de chapas Impressão

Acerto chapas Regulagem de tinteiro

Limpeza de blanquetas Acerto de registro

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19
Fluxograma

Computer-To-Plate (Do computador para a chapa): Nessa possibilidade do processo produtivo a image setter , equipa-
mento responsável pela confecção de filme é substituída por outro equipamento, a plate setter, que grava diretamente
em chapas de impressão.

Pré-impressão ou DTP Produto acabado

Aplicação de capa e refile

Costura/ colagem/ granpeação

Alceamento CTP - Computer


Exposição de chapas Dobradura
To Plate
Reveleçaõ de chapas Impressão

Acerto chapas Regulagem de tinteiro

Limpeza de blanquetas Acerto de registro

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Fluxograma

Os processos de prova que eram utilizados no modelo convencional utilizavam um tipo de papel chamado Ozalid
para imprimir provas pográficas no processo de impressão offset monocromáco clássico.

Ideia Conceito

Fotografias
Ilustração Acabamento Convencional
Textos Impressão
Layout
Prova de máquina
Scanner
Chapas
Arte final
Regulagem de tinteiro
Prova de cor digital

CPT - Computer To Plate Ozalides digitais Fotolitos

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Fundamentos Básicos da Linguagem Visual


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Bitmap vs. Vetorial não é capaz de ver cada pixel individualmente, ficando então
Existem dois tipos de arquivos fundamentais na com- com a percepção de uma imagem com suaves gradações. O
putação gráfica: bitmap e vetorial. Alguns programas mais número de pixels necessários para obter uma boa imagem
conhecidos que criam arquivos bitmap (pixel) são: Adobe depende do uso desta imagem.
PhotoShop, Corel Photopaint, Corel Painter, Corel Paint As imagens bitmap (mapa de bits) são tal como o nome indica
Shop Pro, Gimp e outros. Já programas que criam arte veto- uma coleção de bits que formam uma imagem. A imagem con-
rial (também conhecidos como arte orientada a objeto) são siste numa matriz de pontos individuais (ou pixels) em que
CorelDRAW, Illustrator, Xara, Inkscape,R ealDraw, entre cada um tem a sua própria cor (descrita usando bits, a menor
outros. O programa Flash também trabalha com vetorial, unidade de informação para um computador). Quando tenta-
porém ele é destinado a construção de artes para a Internet. mos alargar, aumentar (em escala ou aleatoriamente) o
Um novo software está já há algum tempo nesse mercado, é bitmap, um problema acontece, o arquivo modificado em
o Microsoft Expression Design 4. Esses programas cada vez tamanho/ imagem, somente alarga o tamanho do pixel, o que
mais integram num mesmo aplicativo a manipulação dos resulta no efeito de “pixelização” da imagem.
dois tipos de arquivos.
Vetor
Bitmap A arte vetorial é diferente do procedimento da criação em
Imagens bitmap são construídas com a formação de quadra- pixels individuais, são criados objetos, como por exemplo,
dos muito pequenos chamados de pixel. O número de pixels retângulos e círculos. Mas nada de coordenadas matemáticas,
determina a resolução do arquivo. O computador registra destas formas, o programa vetorial pode criar arquivos com
este arquivo pela gravação da exata localização e cor de uma fração do espaço utilizado pelo bitmap (imagens rastrea-
cada pixel (abreviatura de picture element). O olho humano das), e mais importante, possuem a capacidade de serem

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ampliados indefinidamente sem perderem definição e detalha- serão: Red, Green e Blue, ou seja, RGB.
mento. Imagem vetorial é um tipo de imagem gerada a partir A luz branca é luz formada pela adição destas três luzes
de construções geométricas de formas, diferente das bitmap coloridas RGB, no sistema conhecido como Síntese Aditiva
(mapa de bits) construídas por uma unidade básica. ou Sistema Aditivo, que pode ser observado em qualquer
Uma imagem desenvolvida em um programa vetorial é com- monitor de computador ou televisão que possui somente
posta por curvas, elipses, polígonos, texto, entre outros fósforos destas três cores, e podem compor todas as
elementos, isto é, utilizam vetores matemáticos para sua demais cores que observamos.
descrição. Em um trecho de desenho sólido, de uma cor Ao contrário da Luz, a Tinta apresenta a Síntese Subtrativa
apenas (chapado), um programa vetorial utiliza pouca infor- ou Sistema Subtrativo, aonde a cor branca é a ausência de
mação, não tendo que armazenar dados para cada pixel. tinta, e a cor preta é a mistura de todas elas. As cores básicas
da síntese subtrativa são ciano, amarelo e magenta, que
Cor, Luz e Pigmento traduzidas para o inglês serão: Cyan, Magenta, Yellow e

A Luz é constituída de ondas eletromagnéticas. O comprimen- Black, ou seja, CMYK.

to de onda das oscilações eletromagnéticas varia entre 1000 Uma tinta é constituída basicamente de dois elementos prin-

quilômetros a frações de milicrom. As oscilações das ondas cipais: o pigmento e o aglutinante ou base. A base é o

eletromagnéticas visíveis, portanto a luz, variam de compri- elemento de ligação e fixação das partículas de pigmento;

mento entre 400 e 700nm (nanômetros) ou milimicra. Esta geralmente são usados vernizes, plásticos ou óleos. Os

parte do espectro eletromagnético, entre 400 e 700nm é pigmentos determinam a cor da tinta. São materiais colori-

chamada de espectro visível. Dividindo esse espectro em três dos que, moídos, se misturam como líquidos de fixação

partes proporcionais, teremos a predominância de três cores: (base) para formar tinta.

Vermelho, Verde e Azul-Violeta, que traduzidas para o inglês

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Fundamentos Básicos da Linguagem Visual


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Gerenciamento de Cores
Os problemas de correspondência de cores resultam do fato Como não há um único método de conversão de cores que seja
de vários dispositivos e softwares usarem espaços de cores ideal para todos os tipos de elementos gráficos, um sistema de
diferentes. Uma solução é ter um sistema que interprete e gerenciamento de cores fornece opções para métodos de apli-
converta as cores com precisão entre os dispositivos. Um cação de acabamento ou métodos de conversão, para que
sistema de gerenciamento de cores (CMS) compara o você possa aplicar um método apropriado a um elemento gráf-
espaço de cor em que a cor foi criada com o espaço de cor ico específico. Por exemplo, um método de conversão de
onde ela será utilizada e faz os ajustes necessários para cores que preserve as relações corretas entre as cores de uma
representar a cor da forma mais uniforme possível entre fotografia da vida selvagem poderá alterar as cores em um
dispositivos diferentes. logotipo que contenha tons uniformes de cores.

Um sistema de gerenciamento de cores converte as cores Nota: Não confunda gerenciamento de cores com correção de
com a ajuda de perfis de cores. Um perfil é uma descrição cores. Um sistema de gerenciamento de cores não corrigirá
matemática do espaço de cor de um dispositivo. Por exemp- uma imagem que foi salva com problemas de equilíbrio de cor
lo, um perfil de scanner informa a um sistema de gerencia- ou de tom. Ele fornece um ambiente onde você pode avaliar
mento de cores como o scanner “vê” as cores. O gerencia- imagens com precisão no contexto da saída final.
mento de cores usa perfis ICC, um formato definido pelo
International Color Consortium (ICC) como um padrão entre
plataformas.

Fundamentos Básicos da Linguagem Visual • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •


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A figura abaixo mostra bem como a falta de


controle leva à um resultado longe do esperado.
Gerenciamento
de Cores

Em ‘1’ temos a captura, em ‘2’ o tratamento e


‘3’ a impressão. Saber como controlar cada
etapa é imprescindível para evitar desvios do
resultado esperado.
254

Vetorial

Bitmap
x
26
Síntese Aditiva
Luz - RGB

Síntese Subtrativa
Pigmento - CMYK
3.

Processos de Impressão
29
Processos e tipos de
Impressão
Para executar uma impressão é necessário o uso de algum razão pela qual se convencionou a utilizar apenas a cor preta
tipo de impressora, um aparelho eletrônico que transfere as ou tons de cinza.
informações binárias para uma superfície física através de Todavia, as impressoras matriciais se mostram úteis para a
recursos variados, como o laser e a tinta. impressão de documentos baseados apenas em texto ou que
necessitam de cópias. Isso porque o impacto gerado pela
Impressoras matriciais cabeça de impressão é suficiente para que seja possível a apli-
Um dos primeiros tipos de impressora que o mercado con- cação de papel carbono, recurso útil, por exemplo, na
heceu foi a impressora matricial. Embora esteja cada vez impressão de passagens de ônibus.
mais em desuso devido ao surgimento de tecnologias de Por outro lado, as impressoras matriciais são, em geral, barul-
impressão mais sofisticadas, ainda é possível encontrar hentas e, muitas vezes, lentas, dependendo do tipo de
impressoras matriciais sendo utilizadas em vários estabeleci- impressão. Isso faz com que seu uso seja inviável em ambien-
mentos, já que se trata de um tipo bastante durável e que tes que exigem silêncio - bibliotecas, por exemplo. Além disso,
possui baixos custos em relação aos seus suprimentos. a qualidade das impressões é limitada, já que elas não conseg-
Por utilizar um esquema de impacto sobre uma fita com uem trabalhar com resoluções altas.
tinta (que são baratas e, geralmente, bastante duráveis), as
impressoras matriciais não são boas para trabalhar com Impressoras a jato de tinta
várias cores, já que, para cada cor, é necessário ter uma fita As impressoras a jato de tinta são as mais utilizadas no ambi-
exclusiva ou, ainda, uma fita que se divide em várias cores. ente doméstico e também são muito comuns nos escritórios, já
Mesmo assim, a fidelidade das cores é bastante limitada, que são capazes de oferecer impressões de excelente quali-

Processos de Impressão• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
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dade e fidelidade de cores aliadas a um custo relativamente da empresa que popularizou este tipo de dispositivo). As
baixo. Ao contrário das matriciais, as impressoras a jato de impressoras a laser contam com uma espécie de tambor (ou
tinta não são de impacto. A impressão é feita por meio da cilindro) revestido por um material que permite a aplicação
emissão de centenas de gotículas de tinta (geralmente no de uma carga eletrostática.
tamanho de 3 picolitros) emitidas a partir de minúsculas aber-
turas existentes na cabeça de impressão. Este último compo-
nente é posicionado sobre um eixo que o permite se movimen-
tar da esquerda para a direita e vice-versa muito rapidamente.
Processos de Impressão
Impressoras a laser Tipografia
As impressoras a laser também fazem parte da categoria de Método de impressão direto em alto relevo, que utiliza
não impacto e são muito utilizadas no ambiente corporativo, já como matriz tipos (peças fundidas: letras, números, carac-
que oferecem impressões de excelente qualidade, são capazes teres especiais), clichês para desenhos ou fotos.
de imprimir rapidamente, trabalham fazendo pouco barulho e As aplicações mais comuns acontecem em cartões de visita,
possibilitam volumes altos de impressões associados a custos convites, cartões comemorativos, notas fiscais, talões de
baixos. O funcionamento destas impressoras é semelhante ao pedidos. Utilizado para impressos de pequena tiragem,
das fotocopiadoras (no Brasil, também conhecidas como onde de consegue um baixo custo.
"máquinas de xerox", sendo que, na verdade, Xerox é o nome

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •Processos de Impressão
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Hot Satmping Flexografia


Processo que deposita na superfície dos diversos materiais a Método de impressão rotativo direto, que utiliza chapas de
serem impressos uma camada de pigmentos e adesivos con- borracha ou fotopolímero com a imagem em alto relevo. É
tidos em uma fita especial, que ao entrar em contato com comum ser utilizado para a impressão de rótulos, embalagens
clichês aquecidos promovem a impressão em relevo. em geral, embalagens de papelão ondulado e sacolas plásticas.
Imprime sobre qualquer tipo de substrato flexível: papel,
alumínio, filme plástico (PE, PP, PET) nylon, celofane, etc.
Offset
Processo de impressão plano gráfico no qual as áreas de
imagem e de não imagem estão no mesmo plano na chapa
de impressão. Baseia-se na repelência entre água e gordura Rotogravura
(tinta). As áreas a imprimir recebem a tinta enquanto as Processo de impressão direto, que emprega uma matriz cilín-
restantes, úmidas, a repelem drica em baixo relevo. O cilindro é imerso em tinta, o excesso
raspado por uma lâmina e a imagem transferida para o substra-

Impressão Digital
to. Utilizado para embalagens de alta tiragem e revistas de alta
tiragem. Assim como a flexografia, imprime sobre qualquer
Método de impressão no qual a imagem é gerada a partir da tipo de substrato desde que seja flexível.
entrada de dados digitais ,direto do computador para
impressoras de produção.

Processos de Impressão• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
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Serigrafia
Processo de impressão direta através de uma tela de nylon
vazada nas áreas de impressão e vedada nas áreas de não
impressão. Pode ser utilizado em diversos tipos de materiais:
papel, tecido, plástico, cerâmica, vidro, metal, couro, etc. O uso
desse processo é comum nas indústrias de eletroeletrônicos,
brinquedos, brindes em geral, embalagens, calçados e outros.
Normalmente é feito para pequena e média tiragem.

Tampografia
Processo de impressão por transferência indireta de tinta
através de um tampão de silicone, a partir de um clichê grava-
do em baixo relevo. Impressão em peças compostas de termo-
plásticos, termofixos, metais, vidros, madeiras, couro etc.
Impressões em superfícies planas, irregulares, côncavas, con-
vexas e em degraus. Ideal para média e alta tiragem.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •Processos de Impressão
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Quadricromia Letras, Tipos e Texto


O termo Quadricromia refere-se à técnica de impressão que Origem da escrita: A letra manuscrita foi criada pelos
utiliza o sistema CMYK (Cyan/Ciano, Magenta, egípcios 5.000 anos antes de Cristo. Eles utilizavam a fala que
Yellow/Amarelo e Black/Preto) para reproduzir uma gama perpetuava alguns acontecimentos, os narrando de uma
infinita de cores a partir de 4 cores básicas. Teoricamente, os geração para outras. O aparecimento da escrita foi um marco
pigmentos ciano, magenta e amarelo seriam suficientes colocado entre a pré-história e a história da civilização, e a
para produzir toda a gama cromática esperada, mas na práti- maior preocupação da civilização na época era deixar para
ca o preto deve ser acrescentado ao sistema para que a mis- futuras gerações experiências e conhecimentos adquiridos nas
tura das outras três produza um tom preto puro ou para que áreas mais diferentes.
a tinta não sature o suporte de impressão nos tons mais Evolução da escrita: A letra, símbolo visual - comuni-
escuros. O conjunto de pontos específicos de cada uma das cação humana e/ou na fixação de um pensamento – um regis-
4 cores do sistema é chamado de retícula. tro da imaginação humana. Trata-se de uma forma, um signo,
Quanto mais baixo o número de linhas da retícula, maiores que vem naturalmente evoluindo. Se os símbolos (letras) não
serão os pontos que a linha compõem. A lineatura de retícu- sofressem alterações, estaríamos ainda desenhando sinais
la mais alta é composta de pontos de tamanho menor. Há pictóricos, como sacerdotes egípcios. Na antiguidade, os
uma relação direta entre lineatura da retícula, resolução da sacerdotes a ensinaram a alguns escravos, que passavam os
impressora (dispositivo de saída) e o número de níveis de ensinamentos a conhecidos e familiares.
cinza da imagem (intervalo tonal). A retícula estocática O primeiro alfabeto criado foi pelos Fenícios que o divulgaram
possui pontos de igual tamanho. O que vai proporcionar a através do Mediterrâneo, onde desenvolviam atividades
tonalidade é a aproximação desses pontos. comerciais. A sua formulação era baseada na escrita de diver-

Processos de Impressão• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
34

A
Romanas
sos povos semitas (Hebreus, assírios, aramaicos, fenícios e Inscrições lapidárias nos
árabes). Os gregos modificam esse alfabeto inicial, atendendo arcos de triunfo romanos
a necessidades de sua linguagem. Formaram um novo alfabe- serviram de modelo às
to, de 16 letras. Mais tarde também esse seria modificado, letras maiúsculas deste
segundo os dialetos Nascendo: Dóricos, Ático, Jônico etc. Após tipo. As minúsculas (caixa
Gutenberg, cada tipógrafo, em diferentes regiões, imprimia baixa) nos chegam da “Carolina” - Escribas da época de

textos, construindo seus prelos. Carlos Magno.

Classificação dos caracteres tipográficos: os tipos, mod-


elos ou caracteres tipográficos inicialmente foram góticos. Os
gravadores foram buscar nas inscrições do Séc.1 (Coluna de

A
Trajano) estilo romano, se implantou e pouco evoluiu nos
últimos séculos. Com a introdução da litografia e os movimen-
tos artísticos de renovação estética (Art-nouveaux, Bauhaus,
Gótico
por exemplo) abrangendo a arquitetura e a pintura, os tipos Letras ligadas à arquitetura

deixaram de cultivar o estilo romano - 1554 a 1783. do seu tempo. Trata-se de


uma escrita ponderada e
elaborada.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •Processos de Impressão
35

A A
Bodoni Egípcias
Opõem a rigidez e simplici- Parece decorrer uso sobre
dade racional ao rebusca- fardos trazidos do Egito
do do Barroco-Rococó. após campanha de
Napoleão.

A
Cursiva
Classe agrupando as letras
oriundas, da forma e do
ritmo de execução rápida
da escrita manual.
A Sem Serifas
Gráfica aprimorada, funcio-
nal e simplificada dos sinais
do alfabeto. Franceses as
denominam – ANTIQUE;
Alemães - GROTESQUE.

Processos de Impressão• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
36
Resolução de Imagens
Italianas (Impressão e Monitor/Tela)

A
As letras deste tipo são de Os pixels são pontos de cores que compõe e dão vida às ima-
inspiração igual a das gens digitais. Quantos mais pixels existirem melhor é a
egípcias. A sua particulari- resolução e qualidade da imagem.
dade reside na espessura O tamanho de uma imagem no monitor depende das
das pernas que ultrapas- dimensões em pixel da imagem e também do tamanho e
sam a o corpo da letra.. resolução do monitor. Por exemplo, um monitor de 14 pole-
gadas apresenta 800 pixels na horizontal e 600 na vertical.
Uma imagem com dimensões de 800 por 600 pixels

A
preenche a área total desse monitor. Se a configuração do
monitor for de 1024 por 768 pixels, essa imagem aparecerá
com um tamanho inferior, ocupando apenas parte do moni-

Fantasia tor.
A resolução de uma imagem é medida em DPI (Dots Per
Criadas muitas vezes oca-
Inch), a unidade de medida na impressão para descrever a
sionalmente. Formas
resolução geométrica de uma imagem, que corresponde ao
fantasiosas, efêmeras,
número total de pixels verticais e horizontais existentes na
expressão quase abstrata.
imagem. De forma geral, quanto maior é a resolução de uma
imagem digital, melhor é a sua qualidade, sendo também
maior a dimensão do arquivo.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •Processos de Impressão
37

Uma imagem para ser visualizada no monitor só necessita car papéis não branqueados, ver Lignina na composição do
de 72 DPI, enquanto para papel é aconselhada uma papel.
resolução de 300 DPI para impressos até A4 e 150 DPI para Branqueamento: Os alvejantes (produtos químicos
tamanhos superiores. A resolução de uma imagem para o branqueadores) são adicionados à pasta marrom transforman-
monitor não é igual a uma imagem impressa para uma revis- do-a em polpa branqueada.
ta. Secagem e prensagem: A polpa de celulose é espalhada

Papeis e Substratos
em uma tela de metal que roda entre diversos cilindros. A
matéria é então seca e prensada até atingir a gramatura deseja-
O tipo de matéria-prima, o processo e os diferentes aditivos, da para o papel a ser produzido.
permitem fabricar os mais variados tipos de papel. Acom- Papel e Papelão: neste grupo estão os sacos e papéis de
panhe o método básico de produção deste material tão embrulho, formas simples e baratas de embalagem, as caixas e
difundido em todo o mundo. cartuchos de papelão liso e as caixas de papelão ondulado. Os
Colheita da matéria-prima: A árvore é cortada e trans- papéis não são resistentes a água; para lidar com esta desvan-
portada para o local de fabricação. Lá passa por um proces- tagem, foram desenvolvidas várias técnicas para modificar o
so de limpeza (lavagem, retirada das cascas) e só então é material.
dividida em cavacos de tamanhos pré-estabelecidos. Vidro: o vidro é um dos mais antigos materiais usados
Preparo da polpa: Os cavacos são cozidos em um para a fabricação de embalagens. Armazena alimentos e bebi-
digestor à temperatura de 160° C. Nessa etapa já se tem das, preservando-lhes o sabor e protegendo-os contra a trans-
acesso a uma pasta marrom que pode ser usada para fabri- missão de gases. As embalagens de vidro são utilizadas

Processos de Impressão• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
38

Aproveitamento de Papel
também para conter produtos químicos, impedindo o escapa- Uma etapa muito importante no desenvolvimento de um
mento de gases tóxicos. projeto gráfico é a definição do tamanho do suporte (geral-
Metal: além das tradicionais latas de folha-de-flandres, mente papel), e tão importante quanto, é usar um tamanho
são exemplos de embalagens metálicas os tambores de aço e que possibilite um bom aproveitamento de papel.
os laminados de alumínio. Inicialmente, o uso principal das Muitas vezes, por questões de um ou dois centímetros, o
latas para embalagem era a preservação de alimentos. As projeto pode acabar custando bem mais caro do que sairia
embalagens de metal aumentam o tempo de venda do conteú- se fosse construído com pequenas alterações.
do e podem resistir à pressão mecânica. A primeira coisa para se avaliar sobre o melhor aproveita-
Plásticos: Os plásticos foram introduzidos na fabricação mento de papel são os tamanhos disponíveis de mídia. Feito
de embalagens no pós-guerra e englobam, entre outros, isso você precisa pensar em qual é a área útil de impressão
filmes, sacos, tubos, engradados e os frascos. As embalagens digital
de plástico podem ser moldadas em diversos formatos e, com- Os tamanhos mais comuns de papel usados para impressão
paradas a outros materiais, são mais leves. Entretanto, são digital são o formato A4 (21cm x 29,7cm) e o formato A3 (
pouco resistentes ao calor e permitem alguma difusão de 29,7cm x 42cm ). Além destes formatos você também
gases, vapor e sabores. poderá encontrar um formato chamado super A3, que é um
pouco maior do que o A3 convencional.
A área útil de impressão digital sempre será menor do que o
formato da mídia. Você terá que sempre levar em consider-
ação um desconto de 0,5 cm em cada borda da mídia. Por

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •Processos de Impressão
39

exemplo, numa folha A3 que tem 29,7cm x 42cm de taman-


ho, você terá 28,7cm x 41 cm de área útil de impressão. Exemplo de Impressora
Com estas duas informações básicas você já consegue
começar a planejar os melhores formatos para obter o
Matricial
melhor aproveitamento de papel e assim obter o melhor
custo benefício nas suas impressões digitais.

Processos de Impressão• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
40
Quadricromia

Aproveitamento
de papel
Aspectos
Legais e
Fechamento
de Arquivo

4.
43
Aspectos legais do
uso de imagem
Noções Básicas do Direito Autoral: O Direito Autoral no sobre direito autoral faz com que até mesmo a criação de sites,
Brasil está regulamentado pela Lei 9.610, de 19 de fevereiro no que diz respeito à seleção, organização e disposição de seu
de 1998. Ele tem como principal objetivo a proteção da conteúdo, possa ser registrado na Biblioteca Nacional. Em
expressão de ideias, reservando para seus autores o direito todo o território nacional, outras instituições podem, mediante
exclusivo sobre a reprodução de seus trabalhos. Entende-se convênio com a Biblioteca Nacional, se credenciar como
por Direito Autoral a proteção de trabalhos publicados e não escritórios de representação.
publicados nas áreas de literatura, teatro, pintura, escultura, É importante saber, no entanto, que o registro na Biblioteca
filme, trabalhos visuais de arte, incluindo fotografias e os Nacional é facultativo. A proteção aos direitos do autor inde-
softwares, música e coreografias de dança. pende de registro, diferentemente do que acontece, por
exemplo, com a patente ou outros instrumentos de proprie-
Registro de Obras Literárias e Artísticas: Desde 1973, como dade industrial.
definido na Lei 5.988, a Biblioteca Nacional é a instituição

Fechamento de Arquivos
responsável pelo registro de obras literárias e artísticas,
aceitando o registro de textos dos mais diversos gêneros
literários, técnicos e científicos; como também de criações O termo “fechar” refere-se a preparar um arquivo para
musicais, teatrais, para cinema e televisão, história em impressão. O arquivo vai ser manipulado em outro computa-
quadrinhos e personagens desenhados; e outras produções dor, sendo assim, podem ocorrer imprevistos, como: proble-
publicitárias e para publicações periódicas. ma de fontes, movimento acidental de elementos do arquivo,
O espírito extremamente atual que permeia as discussões problemas de cor…

Aspectos Legais e Fechamento de Arquivo • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •


44

Modo de Cor: O que determina qual modo de cor ou espaço de externamente ao seu conteúdo. Consiste em apenas alguns
cor a se usar é onde a imagem será utilizada, por exemplo: para caracteres (3 ou 4, atualmente) no final do nome, precedi-
internet podemos usar Indexed color ou RGB; para vídeo deve- dos por um ponto. Então, padronizaram-se algumas
mos usar apenas RGB; e para impressão utilizamos o CMYK e as extensões:
cores especiais ou Spot Colors (PANTONE®). Indexed Color - JPEG (Joint Pictures Expert Group) é o melhor forma-
Possui apenas 256 cores. Como tem pouca informação de cor, to para quem quer enviar imagens por e-mail. Surigiu em
arquivos usando esse modo tendem a ser pequenos. Ideal para 1983 e acabou virando um dos padrões mais populares da
internet. Internet. Um arquivo em JPEG (ou JPG como também é
O sistema RGB (Red Green Blue) é usado pelos monitores de chamado) tem tamanho pequeno quando comparado a
vídeo, televisores, video-projetores, etc. Já o sistema CMYK é outros formatos, facilitando o seu armazenamento e a sua
utilizado para impressões OffSet e digital em Gráficas e impres- distribuição. Ele comprime os dados para ser muito menor,
soras. Portanto se você tiver uma imagem ou vetor em RGB ou mas isso gera perda na qualidade da imagem.
Indexed color, que foi criado neste padrão ou mesmo baixado PNG (Portable Network Graphics) Ao contrário do
da internet, este precisará ser convertido para CMYK para GIF, o PNG suporta mais cores. É um concorrente do GIF.
poder ser impresso na Gráfica. Surgiu em 1996 e possui características que tornaram o GIF
tão bem aceito: animação, fundo transparente e com-
Principais extensões de imagem: A noção de extensão do pressão sem perda de qualidade, mesmo com salvamentos
nome de um arquivo foi criada pelos sistemas operativos DOS constantes do arquivo. O PNG suporta milhões de cores, não
(incluindo o Windows), para diferenciar os vários ficheiros apenas 256, sendo, sendo assim, uma ótima opção para

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Aspectos Legais e Fechamento de Arquivo


45

fotos. Uma característica a mais no PNG é a transparência Oferece grande quantidade de cores e excelente qualidade de
por 24 imagens de bit RGB. imagem, fazendo com que o tamanho dos seus arquivos seja
Bitmap podem suportar milhões de cores e preser- grande. Também permite o uso de camadas (como nos arquiv-
vam os detalhes, porém deixam os arquivos extremamente os PSD originais do photoshop) que são versões diferenciadas
grandes, pois não utilizam compressão. Se você quer da imagem existentes num mesmo arquivo. Pode aparecer
mandar fotos para seus amigos, esqueça o Bitmap. O forma- com a extensão .tif ou .tiff e suporta fundo transparente.
to torna o envio de imagens na internet lento, já que esses RAW (“cru” em inglês) é um padrão em algumas
arquivos não são comprimidos. O BMP (como é abreviado) é câmeras digitais, mas não é um formato obrigatório, poden-
um formato histórico, pois surgiu com o sistema operacional do-se escolher entre os padrões JPG ou PNG. É “cru” por não
Windows. Imagens BMP podem variar de preto e branco (1 conter aplicação de efeitos ou ajustes. Por causa disso, oferece
bit por pixel) de até 24 bits de cores (16,7 milhões de cores). alta qualidade de imagem e maior profundidade de cores.
TIFF (Tagged Image File Format) é mais usado por Como os arquivos neste padrão são “puros”, o editor tem a
profissionais de imagens. É o tipo de arquivo preferido da liberdade de utilizar a imagem do jeito como foi capturada e
maioria dos designers gráficos, para edição e impressão. aplicar seus próprios efeitos ou ajustes, normalmente gerando
Têm pouca ou nenhuma compressão e não perdem quais- fotos muito boas.
quer detalhes, embora os arquivos possam ser bastante
grandes. O TIFF é o mais versátil, exceto que as páginas web,
pois alguns navegadores não mostram imagens TIFF.
Também é muito usado em digitalização (scanner e fax).

Aspectos Legais e Fechamento de Arquivo • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •


46

Orçamento
Para solicitar um orçamento correto a uma gráfica é necessário • E o fotolito, será fornecido ou deverá ser incluído no orça-
diversas informações e conhecimento de materiais e mento?
acabamentos. Quando você sabe o que esta solicitando, pode • Indique os acabamentos, que podem ser dobras, gram-
economizar no preço, no prazo e ter qualidade melhor. Veja pos, furos, picotes, cortes, bolsa para pastas ou catálogos.
abaixo o passo a passo: • Indique os acabamentos especiais, como relevo seco,
• Discrimine o nome da sua empresa, seu nome, e-mail, tele- relevo americano, verniz UV, laminação brilhante ou fosca,
fone. faca para corte especial, espiral ou wire-o
• Dê as informações a respeito do material, primeiramente Assim, fornecendo todas essas informações, você terá um
indicando a quantidade. orçamento completo e sem margem de erro ou alterações
• Descreva o que é o material: um catálogo, lâmina, folder, posteriores. Siga essas instruções e, com certeza, terá
revista, panfleto, etc. menos problemas.
• Em seguida medida, sendo que geralmente esta é passada
em milímetros. Elaboração: No intuito de contribuir para que o mercado
• Indique se é uma lâmina ou mais. gráfico apure seus preços de venda com clareza e segu-
• O tipo de papel para cada lâmina. rança, elaboramos um passo a passo para a elaboração de
• Cores de impressão. Quando é impresso só de um lado, é um orçamento. Observe as instruções abaixo e acompanhe
indicado “0 (zero) para a outra face. o orçamento modelo no final do capítulo:
• O material será sangrado? • Calcule o custo dos Materiais Diretos (MD) a serem utiliza-
• A arte fornecida? dos.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Aspectos Legais e Fechamento de Arquivo


47

• Calcule o Custo Indireto (CI), também conhecido como


Custo de Transformação.
• Calcule os Serviços Externos (Servex) a serem utilizados.
Modelo
• Para encontrar o Custo de Produção (CP), some o total do
MD, o CI e o Servex.
de orçamento
• Calcule o Custo Financeiro (CF), os Custos Especiais de
Venda (CEV) e o Lucro (L).
• Para chegar ao Preço de Venda, some o CP, CF, CEV e o L.

Aspectos Legais e Fechamento de Arquivo • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •


5.
Acabamentos
e Mídias Sociais
51
Provas de Impressão
(Analógicas e Digitais)
A prova de impressão funciona como uma ferramenta de iação do conteúdo do impresso, da imposição das páginas e
avaliação que visa simular o impresso final. Ela é usada para das cores, são geradas as provas de contrato, que devem ser
comunicar ao cliente o que será produzido, ou ainda, para consideradas aceitáveis tanto pelo cliente quanto pelo
orientar as gráficas sobre aquilo que o cliente espera obter fornecedor para fins comerciais, pois acabam formalizando o
da produção. Os sistemas de provas analógicos, baseados acordo entre essas partes. Existem ainda as provas de cor,
em fotolitos, foram usados por muito tempo como padrões essas são para analise da cor final a ser impressa e prova a ser
de mercado. As provas nesses sistemas eram geradas a enviada ao cliente.
partir dos fotolitos que seriam usados para a gravação das O tipo de tecnologia selecionada para a geração das provas
chapas, o que garantia uma equivalência maior entre a prova mencionadas acima vai depender da qualidade a ser obtida,
e os impressos produzidos. Já os digitais, utilizam os meios assim como os custos onerados. Para a produção de uma prova
de impressão digital para realizar as provas. As provas de contrato, por exemplo, são utilizadas as tecnologias digitais
podem ser classificadas dentro dos seguintes grupos: de que asseguram maior consistência e fidelidade de cores.
conteúdo; de imposição; contratual; de cor.
As provas de conteúdo, que também podem ser chamadas Acabamentos Gráficos
de provas de revisão ou de layout, servem basicamente para Acabamento gráfico é a etapa do processo em que o produto,
a revisão dos elementos do conteúdo do impresso, como já impresso, é finalizado.
textos e imagens. As provas de imposição são usadas para a Em acabamento gráfico, muitos recursos podem ser utilizados,
verificação de posicionamento de páginas, levando em con- de aplicação de verniz à dobras e cortes especiais. Esses pro-
sideração o planejamento do produto gráfico. Para a aval- cessos são tão importante e específicos que existem empresas

Acabamentos e Mídias Sociais• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •


52

gráficas especializadas nesse segmento. podem ser manuais ou automáticas. Algumas máquinas anti-
As opções de acabamento gráfico são diversas, porém as mais gas de impressão tipográfica foram adaptadas para dar
utilizadas são: acabamento de corte e vinco em impressos menores.

Laminação: Aplicação de vernizes:


O processo consiste em aplicar uma película plástica no papel. O acabamento gráfico de aplicação de vernizes também é
Essa película pode ter diversas características como ser brilhan- conhecido como "coating". Os vernizes podem ser aplica-
te ou fosca, com padrões de cores, texturas, etc. A aplicação dos em todo a superfície do material ou de modo focado,
geralmente é feita em ambos lados do impresso, para evitar a conhecido como aplicação de verniz em reserva. Existem
deformação do material. A laminação também fornece vernizes de alto brilho, texturizados, com aroma, etc. O
proteção extra ao material e dificulta rasgos que estragam a acabamento gráfico com vernizes pode ser feito na própria
apresentação do mesmo. offset, em máquinas serigráficas, offsets dedicadas, etc.

Corte e vinco: Relevo seco:


O processo de corte e vinco utiliza um tipo de faca moldado em O processo de relevo seco utiliza um conjunto de clichês
uma matriz de madeira. As facas são feitas de aço e pode-se macho-fêmea sob pressão para gravar uma imagem no
utilizar lâminas de corte, com bordas afiadas, ou lâminas de papel. Em papéis mais grossos, como papelão utilizado em
vinco, com bordas cegas ou arredondadas. O corte do papel é encadernação de capas-duras, pode-se conseguir o mesmo
feito sob pressão em máquinas específicas para corte e vinco e efeito com a utilização de apenas um clichê.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •Acabamentos e Mídias Sociais
53

Plastificação:
Encadernação: Processo de acabamento gráfico no qual se aplica um filme
Encadernar é unir ordenadamente, por meio de costura plástico sob calor ou pressão sobre uma folha impressa, a fim
sólida, os cadernos de uma obra, para formar um volume de protegê-la e melhorar-lhe a aparência.
compacto, cobrindo-o com uma capa para proteção e Os filmes plásticos (polipropileno e polietileno) aplicados neste
embelezamento. processo podem ser brilhantes ou foscos. Como alternativa
O processo de encadernação abrange vários métodos. O temos os filmes metalizados, perolizados, iridescentes,
mais comum, utilizado na produção de livros, é o sistema de holográficos etc.
colagem a quente, conhecido como "hot melt". Além do
"hot melt", ainda existem na encadernação os sistemas de
"wire-o" e espiral, comum em cadernos e apostilas, e o
grampeamento, presente em revistas e catálogos.
Mídias Sociais
Faca Gráfica: Mídias sociais se referem aos meios de interação entre pessoas
Processo no qual se aplicam cortes ou ½ corte, não lineares pelos quais elas criam, compartilham, trocam e comentam con-
ou limitados, no papel ou cartão, acompanhados ou não de teúdos em comunidades e redes virtuais. Trata-se da produção
vincos para dobras. As formas são lâminas de aço montadas de conteúdos de forma descentralizada e sem o controle edito-
sobre uma base de madeira. rial de grandes grupos.
As "ferramentas de mídias sociais" são sistemas online projeta-

Acabamentos e Mídias Sociais• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •


54

dos para permitir a interação social a partir do compartilha- cos para eles, os chamados “conteúdos verticais”. Além
mento e da criação colaborativa de informação nos mais diver- disso, um portal possui ferramentas que constroem um real
sos formatos. relacionamento entre quem produz e que consome a infor-
Tecnologias de mídias sociais podem ser classificadas por mação. Muitos sites de grandes empresas não incluem nem
grupos como: conteúdos verticais, nem ferramentas de relacionamento,
Relacionamento (Facebook, Linkedin) mas ainda assim se dizem portais.
Conversação (Skype, Whatsapp) Geralmente um portal possui uma busca com inteligência
Publicação (Wordpress, Blogger) em palavras-chave e em grande maioria, possuem registro
Jogos Sociais (World War Craft) de usuários.
Microblogging (Twitter)
Compartilhamento (Youtube, Flickr, Instagram) Email Marketing
Portais Web Email Marketing é a utilização do e-mail como ferramenta de
Um portal é um site na internet que funciona como centro marketing direto, possibilitando disparo de uma infor-
aglomerador e distribuidor de conteúdo para uma série de mação, apresentação da marca ou empresa, ofertas, comu-
outros sites ou subsites dentro, e também fora, do domínio ou nicados e até venda de produtos ou serviços.
subdomínio da empresa gestora do portal. A visualização do retorno gerado é feita através de relatóri-
A diferença entre um website e um portal web é que um portal os e análises gráficas, possibilitanto campanhas cada vez
tem 100% do foco nos seus públicos, e cria conteúdos específi- mais otimizadas.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •Acabamentos e Mídias Sociais

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