Professional Documents
Culture Documents
Niterói, RJ
2005
II
DEDICATÓRIA
À Deus por sempre estar presente e ser responsável por me guiar nos passos que
devem ser tomados no decorrer da estrada da vida.
Aos meus pais, pela paciência, confiança, incentivo e constante presença em minha
vida sempre me apoiando em todos os momentos.
III
AGRADECIMENTOS
À Dra. Maria do Céu L.R. Monteiro e toda equipe do Hospital Getúlio Vargas
Filho – HGVF, pelo fornecimento das amostras utilizadas.
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA I
AGRADECIMENTOS II
LISTA DE FIGURAS V
LISTA DE TABELAS VI
RESUMO VII
ABSTRACT VIII
1. INTRODUÇÃO 1
1.1 Histórico 2
1.2 Características dos vírus 2
1.3 Proteínas virais, Genoma e Classificação dos RV 5
1.3.1 Proteínas estruturais 5
1.3.2 Proteínas não-estruturais 7
1.3.3 Genoma viral 7
1.4 Replicação dos RV 10
1.5 Transmissão 11
1.6 Patogênese e manifestações clínicas 12
1.7 Imunidade 13
1.8 Diagnóstico Laboratorial 15
1.9 Epidemiologia 16
1.10 Profilaxia 17
2. RELEVÂNCIA DO ESTUDO 20
3. OBJETIVOS 23
2
4. MATERIAL E MÉTODOS 24
4.1 MATERIAL 24
4.1.1 Amostras clínicas 24
4.1.2 Reagentes e Soluções 29
4.2 MÉTODOS 33
4.2.1 Suspensão fecal a 10% 33
4.2.2 Extração do dsRNA Viral 33
4.2.3 Eletroforese em gel de poliacrilamida 33
4.2.4 RT- PCR para amplificação de VP7(G) e VP4(P) do RV do gp A 34
4.2.5 Nested – PCR para caracterização dos genótipos G e P de RV do 36
gp A
4.2.6 Análise Estatística 37
5. RESULTADOS 38
6. DISCUSSÃO 50
7. CONCLUSÕES 61
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 63
9. ANEXO 1 80
10. ANEXO 2
3
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
RESUMO
5
época mais fria e seca do período estudado. Febre, vômito e anorexia foram sinais
clínicos comuns tanto em crianças positivas para RV (51) quanto em crianças negativas
(85). Entretanto, a combinação de febre + anorexia (p=0,039) e vômito + febre +
anorexia (p=0,00726) em crianças positivas para RV apresentou significância estatística
quando comparada com crianças negativas. O genótipo G dos RV do grupo A foi
determinado em 42/51 amostras (82,4%), sendo 32/51 (62,7%) amostras
caracterizadas como G1 e 10/51 (19,6%) como G9. Somente 6 amostras foram
genotipadas para P e todas foram caracterizadas como P[8]. Nas amostras coletadas
de 10 crianças hospitalizadas de 0-2 anos de idade com pneumonia (5 do sexo
masculino e 5 do sexo feminino), que desenvolveram diarréia após 3 dias de internação
na CM, também pode-se detectar por EGPA RV grupo A com perfil eletroforético longo,
sugerindo a ocorrência de infecção nosocomial. Entre estas 10 amostras, 5 foram
caracterizadas como genótipo G1, 1 como G9 e para outras 4 amostras o genótipo G
não pode ser determinado. O dsRNA característico dos RV do grupo A também pode
ser detectado por EGPA em 7/8 amostras fecais de crianças de 3-6 anos com diarréia e
1 amostra foi caracterizada como RV grupo C. Os resultados deste estudo objetivam
complementar as informações sobre os RV neste Estado.
7
ABSTRACT
months of the studied period. Fever, vomiting and anorexia were common symptoms in
RV-positive (51) and RV-negative (85) children, but the combination of fever + anorexia
(p=0.039) and vomiting + fever + anorexia (p=0.00726) in RV-positive children were
statistical significant when compared with RV-negative children. It was possible to
characterize the G genotype for 42/51 group A RV positive samples (82.4%) and 32/51
(67.7%) were genotype G1 and 10/51 (19.6%) genotype G9. Only 6 samples were
characterized for P genotype and all of them were P[8]. Group A RV genome with long
electropherotype could also be detected in fecal samples of 10 patients (5 male and 5
female) at PW, admitted to hospital with pneumonia and that developed diarrhea at least
3 days after admission. From these 10 samples, 5 were characterized as G1 genotype,
1 as G9 and 4 could not be typed. Group A RV dsRNA could also be detected by PAGE
in 7/8 fecal samples of 3-6 years old diarrheic children (6 male and 2 female). One
sample showed the characteristic group C RV migration pattern. The results of this
study add information about RV in this State.
9
1. INTRODUÇÃO
1.1 Histórico
Poucos anos após a descoberta destes vírus, Linhares et al. (1977) observaram,
através da ME, partículas semelhantes aos RV em fezes diarréicas de crianças em
Belém do Pará, Brasil, sendo este o primeiro relato de detecção de RV na América
Latina.
Desde então, inúmeros aspectos da infecção por esses vírus têm sido objeto de
estudo, integrando desde os primeiros achados à ME até a caracterização molecular
das cepas circulantes e os ensaios de campo com vacinas experimentais (Gouveia et
al., 1990; Alfieri et al., 1996; Leite et al., 1996; Mascarenhas et al., 2002).
cloro, betapropiolactona e o etanol (95%) que exerce seu efeito através da remoção do
capsídeo externo (Sattar et al., 1983, Vaughn et al., 1986).
As proteínas VP1, VP2 e VP3 que constituem o core são codificadas pelos genes
1, 2 e 3, respectivamente. As proteínas VP1 e VP3 ligam-se diretamente ao RNA e
apresentam, respectivamente, as atividades de RNA polimerase - RNA dependente e
guanililtransferase. A proteína VP2 está envolvida na organização do genoma viral
(Kapikian et al., 2001).
Enquanto que para VP7 foi observada uma concordância entre a diferenciação
antigênica (sorotipagem) e análise do genoma (genotipagem), para VP4, a
diferenciação antigênica por sorologia mostrou-se difícil devido a ocorrência de reações
cruzadas induzidas pelo peptídeo VP5*. Por isso, atualmente a diferenciação entre os
tipos Gs e Ps tem sido realizada por genotipagem (Hoshino et al., 1985; Offit et al.,
1986). Até o momento foram encontrados 25 genótipos diferentes de VP4 (P), sendo
quatro em humanos: P[4], P[6], P[8] e P[9] (Castelo et al., 2004; Gentsch et al., 2005;
Rahman et al., 2005; Santos & Hoshino, 2005).
Neste grupo estão presentes as cinco proteínas que são codificadas pelos
segmentos genômicos: 5, 7, 8, 10,11 e denominadas respectivamente de: NSP1, NSP2,
NSP3, NSP4 e NSP5 (Kapikian et al., 2001).
Foi descrito, recentemente, que a NSP4 pode atuar como uma enterotoxina viral,
exercendo papel semelhante a enterotoxina lábel da Escherichia coli, responsável por
produzir uma diarréia de natureza secretória (Ball et al., 1996).
A análise dos perfis eletroforéticos tem sido utilizada para caracterizar amostras
de RV isoladas de surtos e determinar o eletroferogrupo predominante em uma região
num determinado período de tempo.
1.5 Transmissão
1.7 Imunidade
Apesar da VP6 ser reconhecida como a proteína viral mais imunogênica, alguns
estudos mostram que anticorpos séricos contra VP4 ou VP7 são capazes de neutralizar
os RV e proteger os hospedeiros susceptíveis (Offit et al., 1986; Hoshino et al., 1988;
Ward et al., 1996). Outros estudos mostram que a VP4 parece ser mais efetiva na
14
Vários estudos sugerem que a infecção natural por RV confere proteção contra a
doença severa durante uma reinfecção (Bishop et al., 1983; Bhan et al., 1993). Cada
infecção nova por RV aumenta a proteção natural e reduz a ocorrência da doença
grave por RV (Velázquez et al., 1996). Sustenta-se que a infecção primária por RV
induza, em geral, resposta imunológica de caráter homotípico (Ward, 1996). Processos
infecciosos posteriores ocasionariam uma imunidade com espectro mais amplo,
decorrendo daí uma expressiva proteção cruzada (Gerna et al., 1990; Arias et al.,
1994).
Os anticorpos das classes IgM, IgG e IgA são detectáveis no soro, saliva e
secreções intestinais após infecções primária ou secundária por RV (Offit, 1996). A
imunidade protetora parece estar relacionada com os níveis de IgA sérica e intestinal,
todavia o exato papel dos anticorpos neutralizantes sorotipo-específicos ainda não está
bem elucidado (Bishop et al., 1996; Offit, 1996). A imunidade mediada por células
também parece contribuir para a resolução da infecção (Offit, 1996; Ward, 1996).
1.9 Epidemiologia
Profilaxia
prevenir a gastroenterite na sua forma grave nos primeiros dois anos de vida (Bresee,
et al., 2005; Glass et al., 2005).
Durante a década de 80, duas amostras de origem bovina G6 (RIT 4237 e WC3)
e uma de origem símia G3 (MMU 18006 ou RRV) foram testadas a fim de verificar se o
desenvolvimento de imunidade heteropítica protegeria crianças da infecção natural por
RV (Vesikari, 1997). Como os níveis de proteção induzidos pelas vacinas eram
variáveis nos diferentes estudos e as evidëncias sugeriam que a imunidade homotípica
proporcionaria uma melhor proteção contra a diarréia por este agente, novas
estratégias de desenvolvimento de vacinas foram implementadas (Bresee, et al., 2005).
2. RELEVÂNCIA DO ESTUDO
No Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho, que atende a população carente (até
18 anos de idade) do município de Niterói e outros municípios vizinhos (Itaboraí, Magé,
Maricá, Rio Bonito, São Gonçalo e Saquarema), a gastrenterite foi a segunda causa
mais freqüente de consulta e internação nos anos de 2000-2001, sendo que no ano de
2002 o número de atendimentos devido a gastrenterite ultrapassou até mesmo o
número de casos de infecções respiratórias (Tabela 1).
Sabe-se que o efetivo controle das gastrenterites por este agente se condiciona
ao advento de uma vacina eficaz para uso corrente ao longo do primeiro semestre de
vida (Linhares, 2000). Estudos anteriores demonstraram que a diversidade das
amostras de RV que circulam no Rio de Janeiro é maior que a encontrada em outros
países, corroborando a necessidade do diagnóstico laboratorial para a caracterização
genômica dos vírus em circulação e que as candidatas a “vacinas” para o nosso país
podem requerer a presença de antígenos adicionais (Araújo et al., 2002).
22
3. OBJETIVOS
3.1. Geral:
3.2. Específicos:
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1 MATERIAL
As amostras foram coletadas, por raspagem das fraldas, a partir de material fecal
evacuado espontaneamente pela criança. Cada amostra era coletada somente após o
consentimento assinado pelo responsável do menor (Figura 4). Cada paciente foi
cadastrado em uma ficha própria contendo dados de identificação do paciente (nome,
endereço, sexo, idade) e sinais clínicos (Figura 5).
Parasitologia _____________
Data: __/___/___
Bacteriologia _____________
Coleta: ___/___/___ Registro:
Virologia _____________
Nome: _____________________________________________________________________
Endereço: __________________________________________________________________
2-F _____meses
Presença de:
Sim Não Sim Não
3- Muco: 8- Inapetência:
4- Sangue: 9- Coriza:
7-Dor abdominal:
Tipo de alimentação:
Observações:_________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________
________________________
____________________________
(ass. e carimbo)
4-con3 (+) TGG CTT CGC TCA TTT ATA GAC A 11-32 876 Wa
4-con2 (-) ATT TCG GAC CAT TTA TAA CC 887-868 - Wa
1T1 P[8] (-) TCT ACT TGG GAT AAC GTG C 339-356 345 Wa
2T1 P[4] (-) CTA TTG TTA GAG GTT AGA GTC 474-494 483 RV5
3T1 P[6] (-) TGT TGA TTA GTT GGA TTC AA 259-278 267 1076
4T1 P[9] (-) TGA GAC ATG CAA TTG GAC 385-402 391 K8
HT8 (G8)(-) CGG TTC CGG ATT AGA CAC 273-256 274 B37
ET10(G10)(-) TTC AGC CGT TGC GAC TTC 714-697 715 B223
Ajustar o pH com HCl concentrado para 7,2 antes de completar o volume final
com água Milli-Q. Filtar em membrana Millipore (0,22u), aliquotar e conservar a 20ºC.
Tampão L2
Tampão L6
Sílica
Dióxido de Sílica.....................................................................................................60,0 g
Água destilada q.s.p. ...........................................................................................500,0 mL
Homogeneizar a sílica e deixar sedimentar por 24h. Aspirar por sucção 430mL e
desprezar. Completar o volume para 500 mL com água destilada, homogeneizar e
deixar sedimentar por 5h. Aspirar por sucção 440 mL do sobrenadante e desprezar.
Ajustar o sedimento a pH 2,0 pela adição de 600uL de HCl 37 %. Aliquotar 10 mL da
solução em frascos de cor âmbar, autoclavar e estocar à temperatura ambiente (TA).
Ajustar o pH 8,2 com HCl P.A., antes de completar o volume final. Diluir a
solução 10X para uso 1X.
Tris (hidroxi-metil-tris-aminometano)....................………………………..................6,34 g
H2O destilada q.s.p.............................................................................................200,00 mL
Tris (hidroxi-metil-tris-aminometano)……………………………............................12,12 g
H2O destilada q.s.p.............................................................................................200,00 mL
Acrilamida/Bisacrilamida
Bisacrilamida............................................................................................................0,8 g
Acrilamida ..............................................................................................................30,0 g
Água Milli-Q q.s.p.................................................................................................100,0 mL
Persulfato de amônio a 10 %
Água destilada........................................................................................................5,72 mL
Tampão 4X Lower-Tris pH 8,8.................................................................….……...2,50 mL
Acrilamida/bisacrilamida.........................................................................................1,50 mL
31
Gel concentrador
Água destilada........................................................................................................1,24 mL
Upper-tris................................................................................................................0,50 mL
Acrilamida/bisacrilamida.........................................................................................0,16 mL
Persulfato de amônia..............................................................................................0,12 mL
TEMED....................................................................................................................3,00 µL
Solução fixadora
Etanol P.A..................................................................................................................10 %
Ácido acético PA......................................................................................................0,5 mL
Água Milli-Q q.s.p. ...............................................................................................100,0 mL
Solução reveladora
NaOH .....................................................................................................................3,00 g
Formaldeído ..........................................................................................................0,75 mL
Borohidreto de sódio............................................................................................20,00 mg
Água Milli-Q q.s.p. .............................................................................................100,00 mL
Metanol...................................................................................................................65,0 mL
Glicerina ...............................................................................................................500,0 µL
Água Milli-Q q.s.p. ...............................................................................................100,0 mL
32
Agarose ...................................................................................................................1,5 g
Tampão TBE 1X pH 8,4 ......................................................................................100,0 mL
4.2 MÉTODOS
Esta técnica foi desenvolvida conforme descrito por Gouvea et al. (1990) e
Gentsch et al. (1992) com modificações introduzidas por Leite et al. (1996), sendo
realizada em duas etapas: a reação de transcrição reversa (RT) e a reação de
amplificação (PCR). Inicialmente, 10µL do dsRNA foi incubado com 2µL de DMSO (di-
metil sulfóxido) a 97ºC por 7 minutos seguido de resfriamento em banho de gelo por 2
minutos. Para obtenção do cDNA adicionava-se a cada tubo 38µL da mistura de
reação da RT (Tabela 3), totalizando um volume final de 50µL. A mistura foi incubada
em termociclador a 42°C por 1 hora e o cDNA era estocado a –20°C.
35
* Invitrogen
** random primer
* Invitrogen
** G tipo: 9con1 + 9con2; P tipo: 4con2 + 4 con3
5. RESULTADOS
Niterói 83 26
São Gonçalo 37 16
Maricá 6 5
Itaboraí 2 0
Angra dos Reis 1 0
Araruama 1 0
Arraial do Cabo 1 0
Magé 1 1
Rio de Janeiro 1 0
ND* 3 3
Total 136 51
Sessenta e nove das 136 (50,7%) amostras fecais foram coletadas de crianças
nos primeiros 6 meses de vida (Tabela 7). Entretanto, a diferença na positividade para
RV em relação a faixa etária das crianças atendidas no hospital não foi estatisticamente
significativa (p=0,5669).
40
Tabela 8: Distribuição dos casos positivos para RV de acordo com a faixa etária
das crianças atendidas no HGVF e aleitamento.
00-06 13 15 28 14 27 41 0,3046
07-12 2 7 9 10 18 28 0,4519
13-18 0 2 2 8 6 14 0,0777
19-24 0 0 0 4 10 14 1,000
41
Total 15 24 39 36 61 97
25
RV negativo
20
20 RV positivo
18 18
17
No. de amostras
15
15 14
10
10 8
7
5
5 4
0 0 0 0 0 0 0
0
nov
set
out
abr
jun
ago
jul
dez
mai
Meses
42
250 60
200 50
40
150
30
mm3
100
20
50
10
0 0
set
out
nov
jun
abr
ago
jul
dez
mar
mai
Meses
Tabela 9 : Sinais clínicos das 136 crianças com diarréia atendidas no HGVF em
Niterói, Rio de Janeiro, Brasil de abril a dezembro de 2003.
43
RV positivo RV negativo
Sinais Clínicos p*
(n=51) (n=85)
Tabela 10: Associação dos sinais clínicos apresentados por 136 crianças de 0-2
anos com diarréia atendidas no HGVF em Niterói durante 2003.
RV positivo RV negativo p*
Sinais clínicos
44
(n=51) (n=85)
Vômito + Febre 31 (60.8%) 39 (45.9%) 0,0923
Vômito + Anorexia 28 (54.9%) 34 (40.0%) 0,0912
Febre + Anorexia 28 (54.9%) 27 (31.8%) 0,0039
Vômito + Febre + Anorexia 25 (49.0%) 24 (28.3%) 0,00726
Todas as 51/136 amostras positivas para RV, de crianças de 0-2 anos de idade,
testadas por EGPA, apresentaram o eletroferotipo característico de RV do grupo A
(distribuição 4-2-3-2) com perfil de migração longo (Figura 8a).
A B
A B C D E
4
4
2
2
(a) (b)
grupo A (nosocomial); Coluna E: amostra positiva para RV grupo A ( > 2 anos); Coluna
D: amostra negativa para RV. (b) Coluna A: amostra positiva para RV grupo A; Coluna
B: amostra positiva para RV grupo C.
1 2 3 4 5 6 7 8 9
1 2 3 4 5 6 7 8 9
← 906 pb ← 876 pb
(a) (b)
1 2 3 4 5 6 7
1 2 3 4 5 6
46
158pb G1 → ← 180 pb G9
← 345 pb P[8]
(a) (b)
A distribuição dos genótipos de acordo com a faixa etária das crianças atendidas
e o local de coleta das amostras no HGVF está demonstrada na Tabela 11. Observa-se
a predominância do genótipo G1 em relação ao G9 em crianças de 0-6 meses.
Tabela 11: Distribuição dos genótipos detectados de acordo com a faixa etária e
local de coleta das amostras.
A distribuição mensal dos genótipos G está demonstrada na Figura 11. Não foi
possível observar a predominância de um genótipo em relação a outro.
12
G1
10 G9
G?
No. de amostras
8
0
abr mai jun jul ago set out nov dez
Meses
O genoma viral extraído das 51 amostras positivas também foi amplificado com o
par de iniciador consensual 4con2/4con3, entretanto somente 6 amostras foram
genotipadas até o momento, e todas foram caracterizadas como P[8]. Portanto, a
classificação binária completa só pode ser determinada para 6 amostras: P[8]G1.
6. DISCUSSÃO
Através da EGPA foi possível detectar o genoma dos RV em 51 (37,5%) das 136
amostras fecais testadas. A escolha deste método para o diagnóstico laboratorial
baseou-se no fato que esta técnica permite a separação do genoma viral de outros
ácidos nucléicos nas fezes e a análise do perfil de migração dos segmentos de dsRNA
viral (Pereira et al., 1983a). Enquanto que os métodos imunológicos (ensaio
imunoenzimático, aglutinação em látex) são capazes de detectar somente os RV do gp
A, através da EGPA é possível detectar também os RV considerados atípicos (não
pertencentes ao gp A) ou RV do gp A que sofreram rearranjo genömico, como também
a ocorrência de infecções mistas (Pereira et al., 1983a).
aguda, com solicitação médica para pesquisa de RV, encontraram 155 amostras
positivas para RV do grupo A pela EGPA e todas apresentaram perfil eletroforético
longo.
Santos et al. (1998) ao analisarem 685 amostras fecais de crianças até 5 anos
de idade provenientes de laboratórios das cidades do Rio de Janeiro e Niterói,
encontraram um total de 100 amostras positivas para RV grupo A pela EGPA, sendo 78
com perfil eletroforético longo.
Vaz et al. (1999) e Araújo et al. (2002) estudando amostras fecais de crianças
com diarréia hospitalizadas na cidade do Rio de Janeiro, observaram, respectivamente,
que 70% e 81% das amostras de RV gp A caracterizadas pela EGPA apresentavam
perfil eletroforético longo. Resultados semelhantes (87% RV grupo A - perfil longo)
foram descritos por Teixeira et al. (1991) no Distrito Federal, ao testarem amostras
coletadas de crianças com diarréia atendidas no setor de emergência de dois hospitais
públicos da região.
Costa et al. (2004) na cidade de Goiânia, GO, com 207 amostras de crianças
com gastrenterite aguda atendidas em pronto-socorros e enfermarias da região
relataram uma positividade para infecção por RV de 32,7%.
Mata et al. (1983) relatam que a diarréia causada por RV ocorre mais
comumente em crianças menores de 2 anos de idade atingindo principalmente a faixa
etária de 9 – 12 meses. Um estudo realizado em Porto Alegre, Região Sul do país,
mostrou que as crianças de 7-18 meses foram as mais atingidas (Bittencourt et al.,
2000). Em Minas Gerais, Silva et al. (2001) ao analisarem 53 amostras positivas
observaram que 27,8% eram de crianças na faixa etária de 6-24 meses.
Dados da literatura mostram que crianças com diarréia por RV apresentam com
maior freqüência outros sintomas como febre e vômito que crianças com diarréia
causada por outros patógenos. Estes sintomas podem ocorrer sozinhos ou em
combinação, resultando na hospitalização das crianças para tratamento (Mangia et al.,
1993; Araújo et al., 2002; Souza et al., 2002; Nguyen et al., 2004).
Nossos resultados mostram que vômito, febre e anorexia foram observados tanto
em crianças positivas como negativas para RV. Outros estudos realizados com
crianças hospitalizadas no Brasil já relatavam que a presença desses sinais clínicos
podem não ser indicativos da diarréia por RV (Mangia et al., 1993; Vaz et al., 1999;
Costa, 2004). Entretanto, a associação dos sinais clínicos (febre + anorexia e vômito +
febre + anorexia) foi observada em maior proporção em crianças positivas para RV do
que em crianças negativas. Mangia et al. (1983) também relataram que vômito e febre
associados estavam presentes em 50% das crianças hospitalizadas com diarréia por
RV no Rio de Janeiro. Nguyen et al. (2004) ao estudarem crianças hospitalizadas no
Vietnam também observaram que a combinação destes sinais era mais freqüente em
crianças com RV.
54
Souza et al. (2003), estudando amostras obtidas de crianças até 5 anos de idade
em Goiânia durante 1998-2000, relataram a detecção do genótipo G1 em 76,6% das
amostras, G2 e G9 em 5% das amostras e G3 foi detectado em apenas 0,8%.
Relatos prévios de Pacini et al. (1987) e Welliver & McLaughlin (1984) tem
documentado que RV e adenovírus são as causas mais comuns de diarréia nosocomial
em crianças. No Norte do país, Gusmão et al. (1999) verificaram que entre 237 crianças
admitidas em um hospital público da região, 1/3 das GE desenvolvidas no curso da
internação era causada por RV, mostrando a transmissibilidade desses agentes no
ambiente hospitalar. Alguns estudos mostram casos de infecção nosocomial por RV
concomitante ao aumento do número de casos de diarréia por RV na comunidade,
sendo que as cepas virais circulantes nas enfermarias refletem aquelas encontradas no
meio externo ao hospital (Gusmão et al., 1995, 1999; Linhares et al., 2002; Costa,
2004).
Neste estudo, uma das seis amostras positivas para RV, obtida de crianças
maiores de dois anos de idade, foi caracterizada como pertencente ao grupo C pela
EGPA. Esta amostra foi obtida de uma criança em setembro de 2003 residente em
Niterói. Na mesma época foram observados RV do gp C em 7 amostras no Rio de
Janeiro e da Bahia, coletadas também em 2003. Desde 1992, não se descrevia a
detecção de RV do gp C no Rio de Janeiro (Leite, J.P.G. comunicação pessoal).
7. CONCLUSÔES
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAUJO, I.T.; FERREIRA, .S.R.; FIALHO, A.M. et al. Rotavirus genotypes P[4]G9,
P[6]G9, and P[8]G9 in hospitalized children with acute gastroenteritis in Rio de Janeiro,
Brazil. J. Clin. Microbiol. 39(5):1999-2001, 2001.
ARAUJO, I.T.; FIALHO, A.M.; DE ASSIS, R.M. et al. Rotavirus strain diversity in Rio de
Janeiro, Brazil: characterization of VP4 and VP7 genotypes in hospitalized children. J
Trop. Pediatr. 48(4):214-218, 2002.
ARIAS, C.F.; LOPEZ, S.; MASCARENHAS, J.D.P. et al. Neutralizing antibody immune
response in children with primary and secondary rotavirus infections. Clin. Diagn. Lab.
Immunol. 1:89-94, 1994.
BALL, J.M.; TIAN, P.; ZENG, C.Q.W. et al. Age-dependent diarrhea induced by a
rotaviral nonstructural glycoprotein. Science 272:101-104, 1996.
BANYAI, K.; GENTSCH, J.R. GLASS, R.I. et al. Molecular epidemiology of human
P[8],G9 rotaviruses in Hungary between 1998 and 2001. J. Med. Microbiol. 53:791-801,
2004.
BARNES, G.L., UREN, E., BISHOP, R.F. Etiology of acute gastroenteritis in hospitalized
children in Australia, from April 1980 to Marc 1993. J. Clin. Microbiol. 36(1):133-138,
1998.
BARREIROS, M.A.; ALFIERI, A.A.; MÉDICI, K.C. et al. G and P genotypes of group A
rotavirus from diarrhoeic calves born to cows vaccinated against the NCDV (P[1],G6)
rotavirus strain J. Vet. Med. B. 51:104-109, 2004.
BHAN, M.K.; LEW, J.F.; GENTSCH, J.R. et al. Protection conferred by nenonatal
rotavirus infection against subsequent rotavirus diarrhea. J. Infect. Dis.168(2): 282-
287,1993.
BICAN, P.; COHEN, J.; SCHERRER, R. et al. Purification and characterization of bovine
rotavirus cores. J. Virol. 43: 1113-1117, 1982.
BINES, J.E. Rotavirus vaccines and intussusception risk. Curr. Opin. Gastroenterol. 21
(1):20-25, 2005.
BISHOP, R.F.; DAVIDSON, G.P.; HOLMES, I.H. et al. Virus particles in epithelial cells of
duodenal mucosa from children with acute non-bacterial gastroenteritis. Lancet 2:1281-
1283,1973.
BISHOP, R.F.; BARNES, G.L.; CIPRIANI, E. et al. Clinical immunity after neonatal
rotavirus infection: a prospective, longitudinal study in young children. N. Engl. J. Med.
309:72-76, 1983.
BISHOP, R.F.; BUGG, H.C.; BARNES, G.L. Serum, fecal, and breast milk rotavirus
antibodies as indices of infection in mother-infant pairs. J. Infect. Dis. 174 (1), S22-S29,
1996.
64
BITTENCOURT., J.A.F., ARBO, E.; MALYSZ, A.S. Seasonal and age distribution of
rotavirus infection in Porto Alegre, Brazil. Braz. J. Infect. Dis. 4 (6): 279-283, 2000.
BLACKLOW, N.R. & GREENBERG, H.B. Viral gastroenteritis. N. Engl. J. Med. 325:252-
264, 1991.
BOOM, R.; SOL. C.J.A. ; SALIMANS, M.M.M. et al. Rapid and simple method for
purification of nucleic acids. J. Clin. Microbiol. 26: 495-503, 1990.
BRESEE, J.S; GLASS, R.I.; PARASHAR, U.D. et al. Rotavirus vaccines: targeting the
developing world. J. Infect. Dis. 1;192 (1):S160-s166, 2005.
BRIGDER, J.C.; PEDLEY, S.; MCCRAE, M.A. Group C rotaviruses in humans. J. Clin.
Microbiol. 23:760-763, 1986.
BRIDGER, J.C. Novel rotaviruses in animals and man. In: Novel diarrheal viruses. Ciba
Foundation Symposium, Chichester,UK. Wiley & Sons,128:5-23, 1987.
CASTELLO, A.A.; ARVAY, M.L.; GLASS, R.L. et al., Rotavirus strain surveillance in
Latin America: a review of the last nine years. Pediatr. Infect. Dis. J. 23:S168-S172,
2004.
CHASEY, D. & BANKS,J. The commonest rotaviruses from neonatal lamb diarrhea in
England and Wales have atypical eletropherotypes. Vet. Rec. 115: 326-327, 1984.
CLARK, H.F.; HOSHINO, Y.; BELL, L.M. et al. Rotaviruses isolate W161 representing a
presumptive new human serotype. J. Clin. Microbiol. 25:1757-1762, 1987.
COIRO, J.R.R.; BENDATI, M.M.A.; ALMEIDA NETO, A.J. et al. Rotavirus infection in
brazilian children with acute enteritis: a seasonal variation study. Am .J. Hyg.,
32(5):1186-1188, 1983.
65
CONNER, M.E. & RAMIG, R.F. Viral Enteric Diseases. In: NATHANSON, N. et al. Viral
Pathogenesis. Lippincott-Raven Publishers, Philadelphia, pp.713-743, 1997.
COOK, S.M.; GLASS, R.I.; LeBARON, C.H. et al. Global seasonality of rotavirus
infections. Bull. WHO, 68:171-177, 1990.
COSTA, P.S.S.; CARDOSO, D.D.P.; GRISI, S.J.F.E. et al. Infecções e reinfecções por
rotavírus A: genotipagem e implicações vacinais. J. Pediatr., 80 (2):119-122, 2004.
DENISOVA, E.; DOWLING, W.; LAMONICA, R. et al. Rotavirus capsid protein VP5
permeabilizes membranes. J. Virol. 73 (4): 3147-3153, 1999.
DE ZOYSA, I. & FEACHEM , R.G. Interventions for the control of diarrhoeal disease
among young children: rotavirus and cholera immunization. Bull. WHO 63:569–583,
1985.
ESTES, M.K.; GRAHAM, D.Y. & DIMITROV, D.H. The molecular epidemiology of
rotavirus gastroenteritis. Prog. Med.Virol. 29:1-22, 1984
ESTES, K. & COHEN, J. Rotavirus gene structure and function. Microb. Rev. 53(4):
410-449, 1989.
ESTES, K. Rotaviruses and their replication. In: FIELDS, B.N.; KNIPE, D.M.; HOWLEY,
P.M. et al. Virology. 3rd Ed. Lippincott-Raven Press, pp.1625-1656, 1996.
FOSTER, S.O.; PALMER ,E.L.; GARY J.R. et al. Gastroenteritis due to rotavirus in an
isolated Pacific Island group: an epidemic of 3439 cases. J. Infect. Dis. 141(1): 32-39,
1980.
GABBAY, Y.B, JIANG, B.; OLIVEIRA, C.S. et al. An outbreak of group C rotavirus
gastroenteritis among children attending a day-care center in Belém, Brazil. J.
Diarrhoael Dis. Res: 17(2): 69-74, 1999.
GENTSCH, J.R., GLASS, R.I.; WOODS, PA. et al. Identification of group A rotavirus
gene 4 types by polymerase chain reaction assay. J. Clin. Microbiol. 30: 1365-1373,
1992.
GENTSCH, J.R.; LAIRD, A.R. ; BIELFELT, B. et al. Serotype diversity and reassortment
between human and animal rotavirus strains: implications for rotavirus vaccine
programs. J. Infect. Dis. 192: S146-S159, 2005.
GERNA, G.; SARASINI, A.; TORSELLINI, N. et al. Group - and type-especific serologic
response in infants and children with primary rotavirus infections and gastroenteritis
caused by a strain of known serotype. J. Infect. Dis. 161:1105-1111,1990.
GLASS, R.I. ; BRESEE, J.S. ; PARASHAR, U. et al. Rotavirus vaccines: past, present
and future. Arch. Pediatr., 12:844-847, 2005.
GOMES, T.A.T., RASSI, V.; MacDONALD, K.L. et al. Enteropathogens associated with
acute diarrheal disease in urban infants in São Paulo, Brazil. J. Infect. Dis. 164: 331-
337, 1991.
67
GOUVEA, V.; GLASS, R.I. ; WOODS, P. et al. Polymerase chain reaction amplification
and typing of rotavirus nucleic acid from stool specimens. J. Clin. Microbiol. 28: 276-282,
1990.
GOUVEA, V.; SANTOS, N.; TIMENETSKY, M.C. Identification of bovine and porcine G
types by PCR. J. Clin. Microbiol. 32: 1338-1340, 1994.
HAFFAJEE, I.E. Neonatal rotavirus infections. Rev. Inf. Dis. 13:957-962, 1991.
HERRING, A.J.; INGLIS, N.F.; OJHE, C. K. et al.. Rapid diagnosis of rotavirus infection
by direct detection of a viral nucleic acid in silver-stained polyacrylamide gels. J. Clin.
Microbiol. 16:473-7, 1982.
HOSHINO, Y.; SAIF, L.J.; SERENO, M.M. et al. Infection immunity of piglets to either
VP3 or VP7 outer capsid protein confers resistence to challenge with a virulent rotavirus
bearing the corresponding antigen. J. Virol. 62:744-748, 1988.
HOSHINO,Y. & KAPIKIAN, A.Z. Rotavirus vaccine development for the prevention of
severe diarrhea in infants and young children. Trends. Microbiol. 2:242-249, 1994.
HUILAN, S.; ZHEN, L.G.; MATHAN, M.M et al., Etiology of acute diarrhoea among
children in developing countries: a multicentre study in five countries. Bull. WHO
69(5):549-555, 1991.
HUNG, T.; CHEN, P.H.; WANG, C.G. et al. Waterborn outbreak of rotavirus diarrhoea in
adults in China by a novel rotavirus. Lancet 1(8387):1139-1142, 1984.
JIANG, B.; DENNEHY, P.H.; GLASS, R.I. First detection of group C rotavirus in fecal
specimens of children with diarrhea in the United States. J. Infect. Dis. 172:45-50, 1995.
KRISHNAN, T.; SEN, A.; CHOUDHURY, J.S. et al. Emergence of adult diarrhoea
rotavirus in Calcutta, India. Lancet 353 (9150):380-381, 1999.
LEITE, J.P.G.; ALFIERI, A.A.; WOODS, P.A. et al. Rotavirus G and P types circulating in
Brazil: Characterization by RT-PCR, probe hybridization and sequence analysis. Arch.
Virol. 14 (1) 912: 2365-2374, 1996.
LINHARES, A.C.; MONÇÃO, H.C., GABBAY, Y.B. et al. Acute diarrhoea associated
with rotavirus among children living in Belém, Brazil. Trans. R. Soc. Trop. Med. Hyg. 77:
384-390, 1983.
LINHARES, A.C.; GABBAY, Y.B.; FREITAS, R.B. et al. Longitudinal study of rotavirus
infections among children from Belém, Brazil. Epidemiol. Infect. 102(1):129-45, 1989.
LINHARES, A.C. Epidemiologia das infecções por rotavirus no Brasil e os desafios para
o seu controle. Cad. Saúde Pública 16(3):629-646, 2000.
LOURENÇO, M.H.; NICOLAS, J.C.; COHEN, J. et al. Study of human rotavirus genome
by eletrophoresis: attempt of classification among strains isolated in France. Ann. Virol.
(Inst. Pasteur) 132, E:161-173, 1981.
MACROMICHALIS, J.; EVANS, N.; McNEISH, A.S. et al. Intestinal damage in rotavirus
and adenovirus gastroenteritis assessed by d-xylose malabsorption. Arch. Dis. Child.
52:589-591, 1977.
MARTELLA, V.; TERIO, V.; DEL GAUDIO, G. et al. Detection of the emerging rotavirus
G9 serotype at high frequency in Italy. J. Clin. Microbiol. 41(8):3960-3963, 2003.
MATA, L.; SIMHON, A.; URRATIA, J.. et al. Epidemiology of rotaviruses in a cohort of
45 Guatemalan Mayan Indian children observed from birth to the age of three years. J.
Infect. Dis. 148:452-461, 1983.
70
MATSUI, S.M.; OFFIT, P.A.; GREENBERG, H.B. et al. Passive protection against
rotavirus-induced diarrhea by monoclonal antibodies to the heterotypic neutralization
domain of VP7 and the VP8 fragment of VP4. J. Clin. Microbiol. 27 (4): 780-782, 1989.
McCRAE, M.A. Nucleic Acid-based analysis of non group A rotaviruses. In: Ciba Found.
Symp. Novel Diarrhea Viruses. Chichesters, UK, Wiley & Sons, 128:24-48, 1987.
McNABB, P.C. & TOMASI, T.B. Host defense mechanisms at mucosal surfaces. Annu.
Rev. Microbiol. 35:477-196, 1981.
MOE, K. & SHIRLEY, J.A. The effects of relative humididy and temperature on tge
survival of human rotavirus in faeces. Arch. Virol., 72:179-186, 1982.
MOE, K. & HARPER, G.J. The effect of relative humidity and temperature on the
survival of bovine rotavirus in aerosol. Arch. Virol. 76:211-216, 1983.
OFFIT, P.A.; SHAW, R.D.; GREENBERG, H.B. Passive protection against rotavirus-
induced diarrhea by monoclonal antibodies to surface proteins VP3 and VP7. J. Virol.
58:700-703, 1986.
OFFIT, P.A. Host factors associated with protection against rotavirus disease. The skies
are clearing. J. Infect. Dis. 174 (1): S59-64, 1996.
71
PACINI, D.L.; BRADY, .T.; BUDDE, C.T. et al. Nosocomial rotavirus diarrhea: pattern of
spread on wards in a children´s hospital. J. Med. Virol. 23:359-366, 1987
PALOMBO, E.A.; BISHOP, R.F.; COTTON, R.G.H. Intra and Inter season genetic
variability in the VP7 gene serotype 1 (monotype 1a)rotavirus clinical isolates. Arch.
Virol. 130:57-69, 1993.
PARASHAR, U.D.; HUMMELMAN, E.G.; BREESE, J.S. et al. Global illness and deaths
caused by rotavirus disease in children. Emerg. Infect. Dis. 9 (5):565-572, 2003.
PEDLEY, S.; BRIDGER, J.C.; McCRAE, M.A. et al. Definition of two new groups of
atypical rotaviruses. J. Gen. Virol. 67:131-137, 1986.
PEREIRA, H.G.; AZEREDO, R.S.; LEITE J.P. et al. Comparison of Polyacrylamide gel
eletrophoresis (PAGE), Immuno-electron microscopy (IEM) and enzyme immunoassay
(EIA) for the rapid diagnosis of rotavirus infection in children. Mem. Inst. Oswaldo Cruz
78(4):483-490, 1983a.
PEREIRA, H.G.; AZEREDO, R.S.; LEITE J.P. et al. Electrophoretic study of the genome
of human rotaviruses from Rio de Janeiro, São Paulo e Belém, Brazil. J. Hyg. (Camb.)
90:117-125, 1983b.
PEREIRA, H.G.; LINHARES, A.C.; CANDEIAS, J.A.N. et al. Vigilancia de los virus de la
gastroenteritis en los laboratorios nacionales del Brasil. Bol. Sanit. Panam. 116:27-36,
1994.
72
RAMACHANDRAN, M.; DAS, B.K.A. ; VIJ, A. et al. Unusual diversity of human rotavirus
G and P types in India. J. Clin. Microbiol. 34 (2): 436-439,1996.
SAIF, L.J. & THEIL, K.W. Antigenically distinct rotaviruses of human and animal origin.
In: TZIPORI, S. Infectious diarrhea in the young: strategies for control in humans and
animals. Elsevier Science, Amsterdam, p.208-214, 1985.
SAIF, L.J. Nongroup A rotaviruses. In: SAIF, L.J.& THEIL,K.W. Viral diarrheas of man
and animals. CRC Press, Boca Raton, p.73-95, 1990.
SANTOS, N.; LIMA, R.C.C..; PEREIRA, C.F et al. Detection of rotavirus types G8 and
G10 among brazilian children with diarrhea. J. Clin. Microbiol. 36 (9): 2727-2729, 1998.
SANTOS, N.; VOLOTAO, E.M.; SOARES, C.C. et al. Rotavirus strains bearing genotype
G9 or P[9] recovered from Brazilian children with diarrhea from 1997 to 1999. J. Clin.
Microbiol. 39(3):1157-1160, 2001.
73
SATTAR, S.A.; IJAZ, M.K.; JOHNSON LUSSENBURG, C.M. et al. Effect of relative
humidity on the airborne of survival of rotavirus SA11. Appl. Environ. Microbiol. 47(4):
879-881, 1984.
SOUZA, E.C.; MARTINEZ, M.B.; TADDEI, C.R. et al. Perfil etiológico das diarréias
agudas de crianças atendidas em São Paulo. J. Pediatr. 78(1):31-38, 2002.
SOUZA, M.B.; RACZ, M.L.; LEITE, J.P. et al. Molecular and serological characterization
of group a rotavirus isolates obtained from hospitalized children in Goiania, Brazil, 1998-
2000. Eur. J. Clin. Microbiol. Infect. Dis. 22(7):441-443, 2003.
74
STEWIEN, K.E.; DA CUNHA, L.C.; ALVIM, A.C. et al. Rotavirus associated diarrhea
during infancy in the city of S.Luis (MA), Brazil: a two-year longitudinal study. Rev. Inst.
Med. Trop. São Paulo, 33: 459-464,1991.
STEWIEN, K. E.; MOS, E.N.; YANAGUITA, R.M. et al. Viral, bacterial and parasitic
pathogens associated with severe diarrhea in the city of São Paulo, Brazil. J. Diarrhoeal
Dis. Res. 11:148-152, 1993.
SUZUKI, H.; AMANO, Y.; KONNO, T. et al. Rotavirus infection in children with acute
gastroenteritis in Equador. Am. J. Trop. Med. Hyg. 30:293-294, 1981.
TIAN, P.; HU, Y.; EIDEN, J. et al. The nonstructural glycoprotein of rotavirus affects
intracellular calcium levels. J. Virol. 68:251-257, 1994.
VAUGHN, J.M.; CHEN, Y.S.; THOMAS, M.Z. Inactivation of human and simian
rotaviruses by chlorine. Appl. Environ. Microbiol. 51:391-394, 1986.
VELAZQUEZ, F.R.; MATSON, D.O.; CALVA, J.J. et al., Rotavirus infection in infants as
protection against subsequent infections. N. Engl. J. Med. 335(14):1022-1028,1996.
VESIKARI, T.; ISOLAURI, E. DELEM, A. et al. Immunogenicity and safety of live oral
attenuated bovine rotavirus vaccine strain – RIT4237 in adults and young children.
Lancet 11:807-881, 1983.
VESIKARI, T., Rotavirus vaccines against diarrhoeal disease. Lancet. 22; 350
(9090):1538-1541, 1997.
WARD, R.L.; BERNSTEIN, D.I.; YOUNG, E.C. et al., Human rotavirus studies in
volunteers: determination of infections dose and serological response to infection. J.
Infect. Dis. 154:871-880, 1986.
ZARATE, S.; ESPINOSA, R.; ROMERO, P. et al. The VP5 domain of VP4 can mediate
attachment of rotaviruses to cell. J. Virol. 74(2):593-599, 2000.
ZHENG, B.J; CHANG, R.X.; MA, G.Z. et al. Rotavirus infection of the oropharynx and
respiratory tract in young children. J. Med. Virol. 34 (1):29-37, 1991.
76
9. ANEXO 1
77
78
10. Anexo 2