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Determinação das tensões nas paredes de concreto armado moldadas

in loco em edifícios altos


Determination of tensions in reinforced concrete walls molded in loco in tall buildings

Fabiana Ziegler (1); Sílvio Maurício Beck (2)

(1) Graduada em Engenharia Civil, Departamento das Engenharias e Ciência da Computação,


Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões. Email: fabyziegler@gmail.com
(2) Professor Mestre em Engenharia Civil, Departamento das Engenharias e Ciência da Computação,
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões. E-mail: beck.sm@hotmail.com
Rua Carlos Werri, 431, Jardim das Acácias, Três de Maio, RS.

Resumo
Este trabalho tange a análise das tensões nas paredes de concreto armado moldadas “in
loco”, quando solicitadas a carregamentos distintos e dimensionadas conforme os
fundamentos contidos na NBR 16055/2012. Inicialmente foi realizada uma revisão
bibliográfica, com as principais características, histórico e parâmetros envolvidos no
método construtivo paredes de concreto. Em seguida, fez-se o estudo dos critérios de
dimensionamento das paredes de concreto seguindo as prescrições da NBR 16055/2012,
bem como as ações e tensões a considerar neste tipo de estrutura, quando utilizado em
um edifício de 5 e outro de 10 pavimentos. Com a utilização do software Ansys, 04
paredes com diferentes carregamentos foram analisadas. Os resultados das análises
dessas paredes mostraram que os resultados das tensões e deformações não são
elevadas e assim pouco significativas para causar algum problema à estrutura.
Palavra-Chave: paredes de concreto, tensões, Ansys

Abstract
This work deals with the analysis of the tensions in reinforced concrete walls molded "in loco", when
requested for different loads and dimensioned according to the fundamentals contained in NBR 16055/2012.
Initially a bibliographical review was carried out, with the main characteristics, history and parameters
involved in the concrete walls construction method. Afterwards, the study of the criteria of dimensioning of
the concrete walls following the prescriptions of NBR 16055/2012, as well as the actions and tensions to be
considered in this type of structure, when used in a building of 5 and another of 10 pavements . With the use
of Ansys software, 04 walls with different loads were analyzed. The results of the analyzes of these walls
showed that the results of the tensions and deformations are not high and thus not very significant to cause
some problem to the structure.
Keywords: Concrete walls, Tensions, Ansys

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1 Introdução
A intensa atividade imobiliária que presenciamos em nosso país em anos anteriores, foi
ocasionada, em parte, pelos créditos e financiamentos oferecidos pelo governo para
suprir o déficit habitacional das parcelas mais pobres da população. Diante dessa grande
demanda por habitações, as construtoras brasileiras viram a necessidade de absorver e
desenvolver novas tecnologias, com o objetivo de utilizar métodos construtivos mais
rápidos e econômicos, sem deixar de garantir a qualidade e o bom desempenho das
edificações (SACHT, 2008). Nesse processo de industrialização da construção civil, o
sistema paredes de concreto armado moldadas in loco começou a ganhar notoriedade
nos canteiros de obras do país. O sistema paredes de concreto é uma técnica construtiva
bem antiga no Brasil, porém, somente nos últimos anos tem se tornado mais conhecida.
De acordo com Missureli e Massuda (2009), esse sistema construtivo é influenciado por
construções industrializadas em concreto celular (sistema Gethal) e concreto
convencional (sistema Outinord), que foram mundialmente conhecidas nas décadas de 70
e 80. No entanto, devido às limitações financeiras da época e da falta de escala e
continuidade deste tipo de obra, essas tecnologias não se consolidaram no Brasil. Nas
edificações que utilizam as paredes em concreto armado, o elemento estrutural e de
vedação são os mesmos e funcionam de forma simultânea. Esse sistema apresenta seu
processo executivo diferenciado, pois em cada ciclo construtivo todas as paredes são
concretadas com todos os elementos que farão parte da edificação, como vãos de portas,
janelas e tubulações. A Associação Brasileira de Cimento Portland (2007) afirma que o
sistema construtivo em paredes de concreto “é recomendável para empreendimentos que
têm alta repetitividade, como condomínios e edifícios residenciais. Obras que, nas
grandes cidades exigem das construtoras prazos de entrega exíguos, economia e
otimização da mão-de-obra”. O sistema basicamente utiliza um conjunto de fôrmas, tela
soldada e concreto. Inicialmente a aplicação dessa técnica gera um custo elevado pela
necessidade da compra de todas as fôrmas. Porém, ao longo do tempo, esse alto
investimento é compensando nas inúmeras vezes que estas fôrmas podem ser utilizadas
em obras de mesma tipologia, permitindo a padronização e produção em grande escala.
Diante da transformação da indústria da construção civil no país e com o aumento
gradativo da utilização das paredes de concreto, iniciou-se uma gama de pesquisas e
análises sobre esse sistema construtivo, com o objetivo de proporcionar maior
conhecimento técnico-cientifico ao mercado. Assim, em 10 de maio de 2012, entrou em
vigor a primeira norma destinada às paredes de concreto no Brasil, a ABNT NBR 16055 –
Parede de Concreto Moldada no Local para a Construção de Edificações – Requisitos e
Procedimentos. Segundo Corsini (2012), este documento “normatiza o dimensionamento
e a execução do sistema, que ainda não era normatizado, apesar de ser usado há cerca
de 30 anos no Brasil”. No entanto, mesmo com a criação de uma norma destinada às
paredes de concreto, existem algumas questões que permanecem semeando dúvidas
entre os engenheiros. Questões estas relacionadas às tensões atuantes nas paredes de
concreto, as quais não estão especificadas na norma em estudo, como também os
motivos que limitam a norma ABNT NBR 16055/2012 a edifícios de no máximo 05
pavimentos. Portanto, esse trabalho tem como objetivo estudar as tensões atuantes
nestas paredes, quando submetidas a carregamentos verticais e horizontais em um

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edifício com mais de 5 pavimentos, bem como analisar se a limitação da norma à edifícios
de até 5 pavimentos está relacionada com as tensões presentes.

1.1 Referencial teórico


1.1.1 Histórico das paredes de concreto
O sistema construtivo paredes de concreto é um sistema racional e bastante
industrializado atualmente. Segundo Sacht (2008) o primeiro registro da utilização das
paredes de concreto no Brasil foi em 1979, utilizado pela COHAB, na cidade de Santa
Luzia – MG, na construção de 46 unidades do Conjunto Habitacional Carreira Comprida.
Nesse complexo habitacional foram utilizadas fôrmas metálicas, concreto celular e o peso
final da obra foi consideravelmente menor do que a alvenaria convencional, garantindo
economia nas fundações. O sistema construtivo paredes de concreto é muito utilizado em
alguns países da América do Sul, como Colômbia, Chile e México, por apresentar
vantagens em termos de custos, prazos e qualidade, além de ser um sistema estrutural
monolítico rígido e eficaz a cenários de abalos sísmicos contidos nestas regiões
(SANTOS, 2013). De acordo com a Associação Brasileira de Cimento Portland (2007), foi
com a necessidade de moradias e incentivos fiscais oferecidos pelo governo, que o
sistema construtivo em paredes de concreto moldadas in loco ganhou notoriedade e
ambiente propício para seu desenvolvimento no país, principalmente com a criação do
programa “Minha Casa Minha Vida” da Caixa Econômica Federal em 2009, destinado ao
acesso a casa por famílias de baixa renda (RIBEIRO, 2010). Portanto o sistema Paredes
de Concreto é um dos processos construtivos mais indicados, não somente como uma
forma rápida de suprir a necessidade de moradias para a população de baixa renda, mas
também como forma alternativa de construir edificações de maneira sustentável e
econômica.

2 Características do sistema
As paredes de concreto, produzidas pela combinação de concreto e aço, formam um
conjunto que desempenha função autoportante em um sistema estrutural, além de servir
como vedação de uma edificação (KACZYNSKI, 2014). De acordo com a Associação
Brasileira de Cimento Portland (2007), as paredes de concreto, por se tratarem de um
sistema racionalizado, tem sua utilização recomendada a produção de edificações em
larga escala, fato este explicado por estas obras exigirem limitados prazos de entrega,
economia e otimização da produção. Segundo Misurelli e Massuda (2009), “a metodologia
é baseada em processos industrializados, onde a rapidez e a quantidade devem ser
monitoradas constantemente para garantir os prazos e custos projetados”. Segundo a
ABNT NBR 16055 (2012), no sistema paredes de concreto “todas as paredes de cada
ciclo construtivo de uma edificação são moldadas em uma única etapa de concretagem,
permitindo que, após a desforma, as paredes já contenham, em seu interior, vãos para
portas e janelas, tubulações ou eletrodutos de pequeno porte”.

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2.1 Ações sobre as paredes de concreto
2.1.1 Cargas verticais
Em um edifício residencial em paredes de concreto armado, as ações verticais que devem
ser consideradas pelo projetista no dimensionamento de um edifício é o peso próprio dos
elementos estruturais, como as lajes e paredes, classificadas como cargas permanentes,
juntamente com as cargas variáveis da estrutura, conforme a ABNT NBR 6120/1980 –
Cargas para o cálculo de estruturas de edificações.

2.1.2 Cargas horizontais


As ações horizontais e sua distribuição constituem uma importante etapa para análise e
posterior dimensionamento de uma estrutura em paredes de concreto. De acordo com a
ABNT NBR 16055/2012, ”as ações horizontais que devem ser obrigatoriamente
consideradas são as originadas pelo vento e pelo desaprumo. As ações do vento são
consideradas como forças que atuam perpendicularmente ao plano da parede. Paredes
estas que transportam as cargas para as lajes, que as distribui aos painéis de
contraventamento, funcionando com um diafragma rígido. Para transformar as ações de
vento em forças estáticas, deve ser seguido o dimensionamento proposto na ABNT NBR
6123/1988 – Forças devidas ao vento em edificações.

2.2 Interações entre paredes


Os grupos isolados de paredes, foi o procedimento de cálculo adotado para a distribuição
das cargas nas paredes de concreto deste estudo. Esse procedimento considera que as
paredes são totalmente solidárias entre si, formadas pela delimitação de grupos. Esses
grupos são formados pela ligação entre paredes e definidos pela adoção de portas e
janelas como limitadores. Assim, esses grupos não interagem entre si, ou seja, não
ocorrem forças de interação. Nesse método, as cargas das lajes aplicadas em qualquer
parede do grupo são redistribuídas pelo comprimento total das paredes que formam esse
grupo, ocasionando a homogeneização das cargas verticais e consequentemente um
único valor de tensão normal média para cada grupo.

2.3 Dimensionamento conforme ABNT NBR 16055/2012


A norma ABNT NBR 16055/2012, destinada às paredes de concreto armado moldadas in
loco com fôrmas removíveis, tem seu escopo voltado às paredes submetidas à carga
axial, com ou sem flexão, concretadas com todos os elementos que farão parte da
construção final do elemento. Para utilização do sistema paredes de concreto, a ABNT
NBR 16055/2012 considera um edifício simplificado de até cinco pavimentos e que atenda
os critérios abaixo estabelecidos: lajes de vão livre máximo de 4 m e sobrecarga máxima
de 300 kgf/m². Não são admitidas lajes pré-moldadas; piso a piso máximo da construção
de 3 m; dimensões em planta de no mínimo 8 m. A norma determina que as paredes
devem ser construídas monoliticamente e com armadura de ligação, seja na ligação
parede com parede, seja na ligação parede com laje, em todas as suas bordas. Qualquer
elemento pré-moldado não pode invadir a seção da parede e deve ser consolidado com
esta, com a finalidade de preservar o efeito de diafragma rígido e garantir a continuidade
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das paredes (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2012, p. 12).

2.3.1 Armadura mínima


A ABNT NBR 16055/2012 recomenda que a seção do aço das armaduras verticais, com
aço CA-60 para paredes de concreto devem ser no mínimo 0,09% da seção do concreto.
Para construções de até dois pavimentos, admite-se como armadura mínima 66% deste
valor. Para as armaduras horizontais, a seção mínima de aço deve ser de 0,15% da
seção do concreto. Nos casos em que as paredes externas com até 6 metros de
comprimento entre as juntas de controle, ou paredes internas de qualquer comprimento,
permite-se a utilização de 60% deste valor como armadura mínima. Para edificações de
até dois pavimentos, permite-se a utilização de armadura mínima o equivalente a 40%
destes valores. Nas continuidades das paredes entre pavimentos, deve ser respeitado a
armadura mínima estabelecida nas armaduras verticais. No caso de armaduras de ligação
nos cruzamentos de paredes, deve ser obedecido o mínimo especificado para as
armaduras horizontais. Conforme a ABNT NBR 16055/2012, o espaçamento máximo
vertical e horizontal das armaduras de aço, não pode ser maior que duas vezes a
espessura da parede, ou seja, ser de no máximo 30 centímetros. Referente a quantidade
de telas de aço, a ABNT NBR 16055/2012 menciona que as paredes de concreto podem
ter apenas uma tela soldada disposta longitudinalmente e próxima ao centro geométrico
da seção horizontal da parede. Entretanto, devem ser usadas telas soldadas nas duas
faces das paredes quando: a espessura da parede for superior a 15 centímetros; as
paredes no andar térreo das edificações estejam sujeitas a choques de veículos ou;
quando engastam marquises e terraços em balanço.

2.3.2 Reforços horizontais


Em paredes que possuam borda superior livre, deve-se dispor de armadura horizontal em
toda sua extensão, com valor mínimo de 0,5 cm², armada na seção transversal junto à
borda livre, com uma distância máxima de duas vezes a espessura da referida parede. Da
mesma forma, as aberturas que possuírem vão maior ou igual que 40 cm, devem receber
reforços com armaduras horizontais em suas faces superiores e inferiores. De acordo
com a ABNT NBR 16055/2012, a seção da armadura a ser utilizada neste reforço deve
ser determinada por modelo elástico ou biela-tirante, respeitando o mínimo de 0,5 cm² em
cada face, e comprimento que ultrapasse a face lateral da abertura em no mínimo o
comprimento da ancoragem da barra, acrescido de ¼ do vão horizontal da abertura.

2.3.3 Resistência-limite sob solicitação normal de compressão


O dimensionamento é atendido se os esforços solicitantes por metro linear obtidos pelo
modelo de cálculo forem menores que a normal resistente de cálculo em cada um de seus
trechos (NBR 16055, 2012).

2.3.4 Dimensionamento à tração devido a momentos no plano da parede


A presença de momentos no plano da parede acontece devido a integração do bloco de
tensões, que resulta em uma força total de tração. Para o correto dimensionamento à
tração, devem ser considerados todos os carregamentos e combinações que ocorrem em
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cada trecho da parede. A ABNT NBR 16055/2012, ainda salienta que “deve ser tomado
cuidado no dimensionamento das armaduras, visando à manutenção precisa da força
resultante das tensões de tração resistente na armadura”.

2.3.5 Dimensionamento ao cisalhamento


A ABNT NBR 16055/2012, cita os três principais pontos que devem ser considerados no
dimensionamento ao cisalhamento e que serão descritos as seguir: forças convencionais
de cisalhamento, verificação da resistência e armadura de cisalhamento. De acordo com
o primeiro ponto, os esforços horizontais aplicados em uma direção são distribuídos por
toda a alma das paredes resistentes na mesma direção. Já ao segundo ponto, na
verificação da resistência, a força cortante solicitante de cálculo em cada parede não
pode superar a força cortante resistente de cálculo, se estre critério não for atendido, a
armadura ao cisalhamento deve ser calculada.

3 Metodologia
Para a analisar o comportamento das tensões nas paredes de concreto armado moldadas
no local, será utilizado um edifício residencial de 05 pavimentos, situado na cidade de
Santo Ângelo – RS, o qual pode ter sua planta baixa observada na Figura 1:

Figura 1: Planta baixa do edifício. Construtora Leal (2016)

Para este edifício de 05 pavimentos, uma parede do térreo foi escolhida, onde então
foram determinadas as tensões atuantes. Posteriormente, uma análise no mesmo
elemento estrutural (parede) para um edifício de 10 pavimentos foi feita, com a
elaboração de um perfil de tensões resultantes entre estes dois edifícios. Por fim, foram
verificadas as limitações dos requisitos e procedimentos da ABNT NBR 16055/2012 em
relação as tensões presentes no edifício de 10 pavimentos. Para a obtenção dos esforços
e deslocamentos da estrutura em estudo, foi utilizado o Método dos Elementos Finitos
(MEF), mediante o emprego do software Ansys. Neste modelo de cálculo, o elemento foi
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discretizado em uma malha, formada por pequenas regiões ligadas por nós, que
forneceram os deslocamentos nodais (uni, bi ou tridimensional) e então solucionaram as
equações de equilíbrio em cada ponto.

3.1 Características e modelagem das paredes em estudo


Para o estudo e análise dessas limitações da Norma anteriormente citada, 04 paredes
distintas foram projetadas e analisadas pelo Método dos Elementos Finitos, através da
utilização do software Ansys. Destas 04 paredes, 02 foram submetidas a um
carregamento equivalente a um edifício de 05 pavimentos, sendo que uma delas foi
solicitada a força do vento. Da mesma forma, as outras 02 paredes foram submetidas a
um carregamento de um edifício de 10 pavimentos, onde apenas uma foi sujeita a força
do vento. Seguindo as limitações impostas pela ABNT NBR 16055/2012, as dimensões e
características da parede que foi usada como referência para as análises são: altura: 2,8
metros; comprimento da parede: 4,00 metros; espessura da parede: 0,15 metros. Para o
concreto, definido como isotrópico, o Fck (resistência característica do concreto à
compressão) utilizado foi de 25 MPa, com um Módulo de Elasticidade de 28 MPa e
Coeficiente de Poisson de 0,2. O carregamento encontrado no térreo do edifício de 5
pavimentos é igual a 169,5 KN/m, da mesma forma, o carregamento vertical presente no
térreo do edifício de 10 pavimentos é de 339 KN/m. Cabe ressaltar que foi utilizado o
método de grupo isolado de paredes para encontrar os carregamentos presentes nas
mesmas. Estes procedimentos de cálculo podem ser visualizados na Tabela 1 abaixo:

Tabela 1: Carregamento na parede


TIPO EQUAÇÃO RESULTADO
Parede espessura*pé direito*pes.esp.concreto 10,5 (KN/m)
Revestimento espessura*peso específico laje 3,75 (KN/m²)
Piso espessura*peso específico piso 0,75 (KN/m²)
Peso próprio 2 (KN/m²)
Sobrecarga 1,5 (KN/m²)

*peso específico concreto armado 25KN/m³


espessura parede= 0,15m
pé direito= 2,8m
espessura laje= 0,15m
espessura piso= 0,05m

Tabela 2: Reação na laje


Área Carga Comp.parede Reação laje
Laje
(m²) (KN) (m) (KN/m)
1 7,35 8 4 14,70

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Tabela 3 e 4: Distribuição das cargas
Comp. Grupo Área (m²)
Grupo Paredes
(m) (comp*esp)
1 Px1,Py1,Px2 8,26 1,24

Reação laje Reação paredes Total (KN/m)


Grupo
(r.laje*comp.parede) (r.parede*comp.parede) (r.laje+r.parede)
1 121,42 86,73 208,15

Tabela 5: Tensões atuantes no edifícios de 5 e 10 pavimentos


CARGA
ÁREA TENSÃO TENSÃO CARGA
NÍVEL ACUMULADA
(m²) (MPa) (KN/m²) (KN/m)
(KN/m)
10 208,15 1,24 0,168 168,00 33,90
9 416,30 1,24 0,336 336,00 67,80
8 624,46 1,24 0,504 504,00 101,69
7 832,61 1,24 0,672 672,00 135,59
6 1040,76 1,24 0,840 840,00 169,5
5 1248,91 1,24 1,008 1008,00 203,39
4 1457,06 1,24 1,18 1180,00 237,29
3 1665,22 1,24 1,34 1344,00 271,2
2 1873,37 1,24 1,51 1510,00 305,08
1 2081,52 1,24 1,68 1680,00 338,98

A intensidade da força do vento ao longo da altura de um edifício de 05 e outro de 10


pavimentos foi calculada de acordo com a ABNT NBR 6123/88:

Tabela 6: Ações devidas ao vento em um edifício de 05 pavimentos


Alt. Edifício (m) Dimensões
Pavimentos Vento em X Vento em Y
(pé.direito.*nºpav.) edifício (m)
L1= 18,4 L1/L2= 0,69 L2/L1= 1,44
5 14
L2= 26,55 H/L1= 0,76 H/L2= 0,53

De acordo com a ABNT NBR 6123/88, o coeficiente de arrasto para o edifício de 05


pavimentos é igual a:
Cax: 1,1
Cay: 1

Para o cálculo da intensidade do vento em cada pavimento, deve-se estabelecer alguns


parâmetros, que estão especificados abaixo, utilizando a ABNT NBR 6123/88:

FA = CA ∗ q ∗ A
Onde
q = 0,613 ∗ VK²
Em que

VK = V0 ∗ S1 ∗ S2 ∗ S3
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Onde:
Ca = coeficiente de arrasto
Ae =área frontal efetiva
q= pressão dinâmica
Vo= vel. Básica do vento - 30m/s
s1= fator topográfico - terreno plano=1
s3= grau de segurança e vida útil da edificação - residencial=1
s2= rugosidade do terreno - categoria IV- classe B (20-50m)
z
S2 = b ∗ Fr (10) ^𝑝
Onde:
b= 0,85
Fr= 0,98 (em relação a classe II)
p= 0,125
z= altura em cada pavimento

Assim, pode-se determinar a intensidade da força do vento em cada nível de um edifício


de 05 e 10 pavimentos, conforme Tabela 10 abaixo:

Tabela 7: Intensidade do vento por nível

Cota Fx Fy
Nível S1 S2 S3 Vk q
(m) (KN) (KN)
5 14 1 0,87 1 26,06 0,42 23,60 30,96
4 11,2 1 0,84 1 25,35 0,39 22,32 29,28
3 8,4 1 0,82 1 24,45 0,37 20,77 27,24
2 5,6 1 0,77 1 23,24 0,33 18,77 24,62
1 2,8 1 0,71 1 21,31 0,28 15,78 20,70

Seguindo o mesmo método imposto pela ABNT NBR 6123/88, calcula-se a intensidade da
força do vento exercida em um edifício de 10 pavimentos.

Tabela 8: Ações devidas ao vento em um edifício de 10 pavimentos


Alt. Edifício (m) Dimensões
Pavimentos Vento em X Vento em Y
(pé.direito.*nºpav.) edifício (m)
L1= L1/L2= L2/L1=
18,4 0,69 1,44
10 28
L2= H/L1= H/L2=
26,55 1,52 1,05

De acordo com a ABNT NBR 6123/88, o coeficiente de arrasto para o edifício de 10


pavimentos é igual a:
Cax: 1
Cay: 1,2
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Para o cálculo da intensidade do vento em cada pavimento, deve-se estabelecer alguns
parâmetros, que estão especificados abaixo, utilizando a ABNT NBR 6123/88:

FA = CA ∗ q ∗ A
Onde
q = 0,613 ∗ VK²
Em que
VK = V0 ∗ S1 ∗ S2 ∗ S3
Onde:
Ca = coeficiente de arrasto
Ae =área frontal efetiva
q= pressão dinâmica
Vo= vel. Básica do vento - 30m/s
s1= fator topográfico - terreno plano=1
s3= grau de segurança e vida útil da edificação - residencial=1
s2= rugosidade do terreno - categoria IV- classe B (20-50m)
z
S2 = b ∗ Fr ( ) ^𝑝
10
Onde:
b= 0,85
Fr= 0,98 (em relação a classe II)
p= 0,125
z= altura em cada pavimento

Assim, pode-se determinar a intensidade da força do vento em cada nível de um edifício


de 10 pavimentos, conforme Tabela 12 abaixo:

Tabela 9: Intensidade do vento por nível


Cota
Nível S1 S2 S3 Vk q Fx (KN) Fy (KN)
(m)
10 28 1 0,95 1 28,42 0,89 45,92 79,52
9 25,2 1 0,94 1 28,05 0,48 24,85 43,03
8 22,4 1 0,92 1 27,64 0,47 24,13 41,78
7 19,6 1 0,91 1 27,18 0,45 23,34 40,41
6 16,8 1 0,89 1 26,66 0,44 22,45 38,88
5 14 1 0,87 1 26,06 0,42 21,45 37,15
4 11,2 1 0,84 1 25,35 0,39 20,29 35,13
3 8,4 1 0,82 1 24,45 0,37 18,88 32,69
2 5,6 1 0,77 1 23,24 0,33 17,06 29,54
1 2,8 1 0,71 1 21,31 0,28 14,35 24,84

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4 Resultados obtidos
Com auxílio do software Ansys, os resultados foram obtidos seguindo as categorias
apresentadas no esquema abaixo:

As quatro distintas configurações de carregamentos exercidas sobre as paredes foram


analisadas pelo método dos elementos finitos e obtiveram-se os resultados máximos
mostrados na Tabela 4 abaixo. As distribuições dos carregamentos presentes nas
paredes P1 e P2, sem a ação horizontal de vento, podem ser observadas na sequência
da Figura 2 até Figura 9 abaixo:

Tabela 4: Máximos valores encontrados de tensões


Tensões de
Tensões de Deslocamentos Cisalhamento
Parede compressão
tração (MPa) (m) (MPa)
(MPa)
05 pavimentos
(sem vento) P1 0,79 0,11 0,023 0,23

10 pavimentos
(sem vento) P2 1,58 0,22 0,045 0,45

05 pavimentos
(com vento) P3 0,79 0,11 0,023 0,23

10 pavimentos
(com vento) 1,58 0,22 0,045 0,45
P4

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Figura 2: Deformação na parede P1 Figura 3: Cisalhamento na parede P1

Figura 4: Tração na parede P1 Figura 5: Compressão na parede P1

Figura 6: Deformação na parede P2 Figura 7: Cisalhamento na parede P2

Figura 8: Tração na parede P2 Figura 9: Compressão na parede P2

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As figuras 10, 11, 12 e 13 mostradas abaixo ilustram a situação da parede referente a um
edifício de 05 pavimentos quando solicitada a ação do vento. Conforme calculado, a
intensidade da força do vento aplicado nesta parede, com valor igual a 20,70 KN não
causou a menor diferença nos esforços atuantes da mesma, quando comparado aos
resultados obtidos na parede P1 com as mesmas configurações mas sem ação do vento,
como pode ser verificado na Tabela 4 anteriormente ilustrada. Em análise do causador de
tal fato, pode-se afirmar que a grande inércia da parede tenha sido o principal agente a
proporcionar tanta resistência ao elemento estrutural, visto que a força do vento foi
aplicada perpendicularmente no topo da parede, especificamente na região de sua
espessura, como também devido a própria parede de concreto em si ser muito rígida. As
figuras são ilustradas a seguir para visualização de tais resultados referentes ao
deslocamento, tensão de cisalhamento, tração e compressão.

Figura 10: Deformação na parede P3 Figura 11: Cisalhamento na parede P3

Figura 12: Tração na parede P3 Figura 13: Compressão na parede P3

O mesmo conteúdo escrito para a parede P3 pode ser aplicado a parede P4 do edifício de
10 pavimentos solicitado a ação do vento, visto que os resultados para os edifícios de 10
pavimentos com ou sem ação do vento foram os mesmos, conforme pode ser verificado
na Tabela 4. Da mesma forma, para fins de visualização, as figuras 14, 15, 16 e 17 a
seguir ilustram os resultados de deslocamento, cisalhamento, tração e compressão da
parede com carregamento referente ao edifício de 10 pavimentos, quando solicitado a
ação do vento.

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Figura 14: Deformação na parede P4 Figura 15: Cisalhamento na parede P4

Figura 16: Tração na parede P4 Figura 17: Compressão na parede P4

4.1 Análise dos resultados


Com a análise dessas 04 configurações de paredes em concreto, percebe-se que o
número de pavimentos para um edifício com esse método construtivo influencia
diretamente na variação das tensões de compressão, tração, cisalhamento e na
deformação, porém não torna o método construtivo inviável de ser utilizado, e que devido
a grande rigidez desse tipo de estrutura, a força horizontal do vento não alterou de modo
significativo os valores de tensão nestas paredes.

4.2 Deformação nas paredes de concreto


Para todas as relações de paredes, o deslocamento seguiu com um valor nulo na base da
parede e máximo na metade superior. A distribuição da deformação ocorreu dessa forma
devido a continuidade e simetria do carregamento aplicado no topo da parede, visto que
esta foi engastada na base e laterais, e sua borda superior não possuía restrição à
movimentos. Os valores de deformações encontrados foram relativamente baixos, no
entanto, a norma ABNT NBR 16055/2012 nada menciona a respeito de valores limites de
flechas, deixando por conta da ABNT NBR 6118/2014 tratar de tal assunto. Admitindo
então como exemplo um limite de flecha máxima para uma parede que tenha 3 metros de
comprimento e usando a relação L/300, teríamos 3 centímetros como resultado dessa
flecha para esta parede. Nos estudos realizados, as paredes não possuem
descontinuidades em sua configuração, o que proporciona à estrutura uma maior
resistência às deformações, do que se comparado a uma parede com janelas e portas.
Na presença dessas descontinuidades, continuariam ocorrendo deformações na borda

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superior livre da parede, mas também surgiriam faixas de deslocamentos ao redor das
aberturas. Diante dessas situação, a norma ABNT NBR 16055/2012 propõe a utilização
de armadura de reforço nas laterais das aberturas, com o intuito de reduzir o surgimento
de patologias como fissuras e trincas.

4.3 Tensões de cisalhamento nas paredes de concreto


Para os esforços de cisalhamento, verificou-se em todas as paredes estudadas uma
configuração de tensões semelhantes, com valores mais elevados nos vértices superiores
da parede, distribuindo-se em valores menores das laterais para o centro. Essa forma de
propagação do cisalhamento deve-se ao fato de que em concreto armado, um
carregamento sendo distribuído ou concentrado, assume um caminhamento em 45º ao
longo da estrutura, atingindo paredes vizinhas e criando forças de interação
(cisalhamento) entre elas. A ABNT NBR 16055/2012 pouco trata sobre tensões de
cisalhamento, apenas determina que as paredes devem possuir travamento em suas
extremidades de no mínimo três vezes a sua espessura, ou então, sempre que o
comprimento da parede entre os travamentos ultrapassar duas vezes a sua altura. No
caso de não ser possível esse travamento, a parede deve ser dimensionada como pilar ou
pilar-parede conforme a ABNT NBR 6118/2014.

4.4 Tensões de tração nas paredes de concreto


Na análise das tensões de tração presentes nas paredes estudadas, pode-se notar que os
cantos superiores foram os mais solicitados, sendo os valores encontrados proporcionais
ao carregamento aplicado na parede. Essa configuração de tensões é explicado pelo fato
das paredes analisadas não possuírem descontinuidades, e pela borda superior da
parede ter sido considerada livre e as demais engastadas, o que torna os vértices
superiores mais frágeis à tração. Com a presença desse tipo de tensão, especialmente
em locais propícios como os cantos das paredes e de aberturas, geralmente surgem
patologias como fissuras e trincas. A norma ABNT NBR 16055/2012 estabelece que
devem ser usadas armaduras de transição entre parede-parede e parede-laje a fim de
justamente combater esse tipo de patologia. Ainda, a mesma norma indica a utilização de
travamento nas extremidades das paredes, como também malhas de aço dispostas
verticalmente ao longo de toda a parede. Caso seja feita uma estimativa da resistência à
tração do concreto, onde uma porcentagem na ordem de 10% da resistência à
compressão seja considerada, que neste estudo utilizou-se 25 MPa, teríamos como
resultado um valor em torno de 2,5 MPa para a resistência a tração. Os valores
encontrados na análise das paredes aqui estudadas não atingiram este valores, no
entanto, caso tensões de tração iguais ou superiores a 2,5 MPa fossem encontradas,
seria necessária a utilização de armadura ao longo destas paredes.

4.5 Tensões de compressão nas paredes de concreto


Na análise das tensões de compressão nas paredes de concreto, os valores encontrados
foram baixos quando comparados à valores de tração. Fato esse explicado principalmente
pelo concreto, por natureza, resistir mais à compressão, deixando a tração por conta das

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armaduras. Outro ponto a ser analisado nesses baixos valores de compressão é a
continuidade da parede, que proporciona uma melhor distribuição dos esforços. Para a
configuração de parede estudada, um carregamento equivalente a um edifício de 05
pavimentos e outro de 10 pavimentos foi aplicado, e as regiões onde os esforços de
compressão foram mais significativos foram praticamente os mesmos, em valores
crescentes do centro para as bordas. Na presença de solicitações de compressão
superiores que às de tração, com a influência do tamanho da parede, bem como da
presença de solicitações, a norma ABNT NBR 16055/2012 indica o dimensionamento
destas paredes como pilar, seguindo o dimensionamento proposto na ABNT NBR
6118/2014.

5 Conclusões
Este trabalho expos a análise das tensões presentes em paredes de concreto armado
moldadas no local, quando sujeitas a diferentes configurações de carregamentos e
dimensionadas seguindo os critérios da norma ABNT NBR 16055/2012. Para tal, duas
paredes de mesmas dimensões foram submetidas a carregamentos verticais equivalentes
a um edifício de 05 pavimentos, onde uma delas foi solicitada a ação horizontal do vento.
Da mesma forma, outras duas paredes foram verticalmente carregadas, por uma força
distribuída equivalente a um edifício de 10 pavimentos, sendo uma solicitada a ação
horizontal do vento. A partir deste grupo de paredes de diferentes configurações, foi
realizada a verificação das tensões resultantes, pelo método dos elementos finitos através
do emprego do software Ansys. Com a análise das tensões de tração, compressão e
cisalhamento atuantes nas paredes de concreto, foi possível averiguar os locais de
maiores solicitações desses esforços, e analisar se a norma ABNT NBR 16055/2012 trata
de tais parâmetros. Diante disso, pode-se afirmar que o caminho percorrido pelas tensões
estudadas foram semelhantes em todas as situações, como também a propagação do
deslocamento nas paredes. Fato este explicado pela simetria da aplicação do
carregamento aplicado nas paredes estudadas, como também a inexistência de
descontinuidades nas paredes, tornando-as mais resistentes. O estudo realizado com as
paredes submetidas ao carregamento horizontal do vento trouxe resultados muito
semelhantes as paredes que foram somente submetidas ao carregamento vertical, fato
este explicado principalmente pela elevada inércia das paredes, e consequentemente,
elevada rigidez. Com este estudo, certificou-se que as instruções contidas na norma
ABNT NBR 16055/2012 são necessárias ao dimensionamento das paredes de concreto.
No entanto, trata de uma forma mais simplificada os assuntos relacionados a análise de
tensões, deixando à cargo de outras normas muitos parâmetros que poderiam constar na
norma em estudo, visto que esta trata especificamente das paredes de concreto. Com os
resultados deste estudo, nota-se que as paredes de concreto moldadas no local são uma
boa prática construtiva, no que diz respeito à agilidade dos processos, tornado sem
dúvida alguma a obra um processo industrializado e dinâmico como um todo. No entanto,
o sucesso deste método construtivo não cabe somente ao modo como é aplicado, mas
principalmente às interações estruturais presentes. Assim, um adequado estudo dos
locais onde atuam os esforços e como solucioná-los, poderia ser sugerido pela ABNT

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NBR 16055/2012 de uma forma mais específica, a fim de conter futuras patologias em
toda a estrutura e tornar o sistema mais confiante.

6 Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND (ABCP) – Paredes de
concreto: Coletânea de ativos. São Paulo, 2007 - 2008.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16.055: Paredes de


concreto moldada no local para a construção de edificações – Requisitos e
procedimentos. Rio de Janeiro, 2012.

CORSINI, R. Paredes Normatizadas. Revista Téchne, Ed.183, 2012

KACZYNSKI, R. S. Sistemas parede de concreto armado moldada no local: alternativa


construtiva para empreendimentos. Trabalho de conclusão de curso – Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014.

MISURELLI, H.; MASSUDA, C. Como construir paredes de concreto. Revista Téchne,


Pini, ano 17, jun. 2009. Disponível em:
<http://www.engemix.com.br/cserie/attach/manual/revista_techne.pdf>.

RIBEIRO, M. D. Desempenho estrutural do sistema de paredes em concreto armado:


análise comparativa com o sistema aporticado convencional. Trabalho de conclusão de
curso – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010.

SACHT, H. M. Painéis de vedação de concreto moldado in loco: avaliação


de desempenho térmico e desenvolvimento de concretos. Dissertação – Universidade de
São Paulo, São Carlos, 2008.

SANTOS, E. B. Estudo comparativo de viabilidade entre alvenaria de blocos cerâmicos e


paredes de concreto moldadas no local com formas metálicas em habitações populares.
Trabalho de conclusão de curso – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campo
Mourão, 2013.

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