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1.

Definir cognição
A cognição é o conjunto de mecanismos através dos quais cada um de nós adquire, trata,
conserva e explora informação produzindo conhecimento.

2. Relacionar sensação e percepção


● Sensação - é a reação dos órgãos recetores sensoriais aos estímulos do meio.
Permite transformar a energia do estímulo (luminoso, mecânico ou químico)
num impulso elétrico, que segue, através dos neurónios, até ao cérebro.
● Perceção - processamento posterior da informação sensorial, cujo resultado
são as representações ou construções mentais dos estímulos.
Sensação e perceção são, respetivamente, o princípio e o fim de um processo relativamente
contínuo.

3. Definir memória
A memória é a habilidade de adquirir e conservar informação ou representações da
experiência passada com base nos processos mentais de codificação, retenção e
recuperação. É a nossa memória que retém conhecimentos, informações, ideias,
acontecimentos, encontros, o que nos torna únicos e constitui o nosso património e
identidade pessoal. Essencial à nossa sobrevivência, é a memória que nos permite, sempre
que precisamos, atualizar a informação necessária para dar resposta aos desafios do meio.
Sem memória não há cognição.

4. Caracterizar os processos de memória


Codificação – é a 1ª operação da memória que prepara as informações sensoriais para
serem armazenadas no cérebro. Consiste na tradução de dados num código que pode ser
acústico, visual ou semântico.
Armazenamento – cada um dos elementos que constituem as memórias está registado
em várias áreas cerebrais, registado em diferentes códigos, contribuindo cada um deles
para formar as recordações que se evocam. Para que uma informação se mantenha de
modo permanente e estável é necessário tempo.
Recuperação – recupera-se a informação. Esta etapa integra duas fases:
● Reconhecimento – quando se evoca uma informação, tem de se saber
primeiro se ela consta na nossa memória.
● Evocação – depois tem de se procurar o seu conteúdo.
Codificação, retenção e recuperação são interdependentes, pelo que o sistema de
memorização só funcionará eficazmente se todas elas estiverem operacionais.

5. Caracterizar os 3 tipos de memória


Memória sensorial: com uma capacidade muito limitada, constitui a primeira etapa no
estabelecimento de um registo duradouro das nossas experiências. Permite conservar as
características físicas de um estímulo (visual, auditivo, olfativo, tátil ou gustativo) captado
pelos órgãos sensoriais durante algumas frações de segundo.
Memória de curto prazo: A capacidade deste tipo de memória, tal como acontece com a
sua duração, é limitada, sendo da ordem de sete dígitos, palavras ou elementos distintos. A
MCP permite guardar informação durante cerca de 20 segundos. Funciona como uma
unidade processadora ativa e extremamente útil.
Memória a longo prazo: A memória a longo prazo é um tipo de memória que é
alimentada pelos materiais da memória sensorial e da memória a curto prazo que são
codificados em símbolos. A memória a longo prazo retém os materiais durante horas, meses
ou toda a vida. Distinguem-se, geralmente, dois tipos de memória a longo prazo que
dependem de estruturas cerebrais diferentes: a memória não declarativa e a memória
declarativa.
● Memória não declarativa: memória automática, que mantém as informações
subjacentes à questão “Como?” (como andar de bicicleta? Como lavas os
dentes? Como apertar as sapatilhas? Como conduzir um carro?) Quando
desenvolvemos estes comportamentos, não temos consciência de que são
capacidades que dependem da memória. O exercício, o hábito, a repetição
tornam essa atividade automática.
● Memória declarativa: implica a consciência do passado, do tempo,
reportando-se a acontecimentos, factos, pessoas. Distinguem-se, neste tipo de
memória, dois subsistemas:
● Memória episódica - envolve as recordações. Daí aparecer associada ao
termo “autobiografia”, porque se reporta a lembranças da tua vida pessoal. É
então uma memória pessoal que manifesta uma relação íntima entre quem
recorda o que se recorda.
● Memória semântica - refere-se ao conhecimento geral sobre o mundo. Neste
tipo de memória não há localização no tempo, não estando ligada a nenhum
conhecimento ou ação específicos, nem referenciado nenhum fato específico do
passado.

6. Explicar em que consiste o esquecimento


Esquecimento: incapacidade de recordar, de recuperar dados, informações, experiências
que foram memorizadas. Esta incapacidade pode ser provisória ou definitiva. Geralmente,
associa-se ao termo esquecimento um valor negativo, sendo, muitas vezes, considerado
uma falha, uma patologia da memória. Contudo, o esquecimento é essencial, é uma própria
condição da memória: é porque esquecemos que continuamos a reter informações
adquiridas e experiências vividas. Seria impossível conservar todos os materiais que
armazenamos, tendo o esquecimento a função de selecionar para podermos adquirir novos
conteúdos. O esquecimento tem, assim, uma função seletiva e adaptativa: afasta a
informação que não é útil e necessária.
7. Caracterizar os tipos de esquecimento
O esquecimento regressivo ocorre quando surgem dificuldades em reter novos
materiais e em recordar conhecimentos, factos e nomes aprendidos recentemente. Este
tipo de esquecimento é especialmente sentido por pessoas de certa idade e pode ser devido
à degenerescência dos tecidos cerebrais.
Esquecimento motivado: segundo este tipo de esquecimento nós esqueceríamos o que,
inconscientemente, nos convém esquecer. Assim os conteúdos traumatizantes, penosos, as
recordações angustiantes seriam esquecidas para evitar a angústia e a ansiedade,
assegurando assim o equilíbrio psicológico. Este processo designa-se por recalcamento.
Interferência das aprendizagens - as novas memórias interferem com a recuperação
das memórias mais antigas. Mais do que desaparecer, o que acontece ao material que não
conseguimos recordar é ter sofrido modificações, geralmente por efeito de transferências
de aprendizagens e experiências posteriores.

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