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Dto. Proc Civil III Casos Práticos Resolvidos
Dto. Proc Civil III Casos Práticos Resolvidos
Mas não é este o artigo que utilizamos porque diz “sentença que não deva ser executada
no próprio processo”. O tribunal competente para julgar este processo. 1ª situação:
Processo executivo decorre apenso ao processo declativo: O art. 85, diz que só os
tribunais 1ª instancia e os estaduais tem competência executiva. O tribunal competente
depende do titulo executivo. O art. 85 diz que em regra a ação executiva de sentença
deve ser colocada na comarca onde foi proferida a sentença. Se houver secção de
execução, vai para a respetiva seção. Se não houver secção de execução é o próprio
tribunal que tinha competência declarativa que vai executar a sua própria sentença. Na
maior parte do pais, como não há secções de execução é o tribunal que profere a ação
declarativa que executa a própria sentença (principio da coincidência entre competência
declativa e competência declativa). Assim, era competente o tribunal de 1ª instancia da
comarca onde tivesse sido proferida a decisão, 85. Assim, O art. 85 diz que a execução
de sentença decorre nos próprios autos da ação declativa. A ação executiva não é uma
ação á parte, decorre por apenso ao processo declativo, mesmo que haja um juízo de
execução, o que se faz é juntar o requerimento de execução de sentença em anexo ao
processo declativo e enviado para o juiz de execução. 2ª situação: Processo executivo
não decorre apenso ao processo declativo: O art. 550/2 a) diz que se aplica-se a forma
sumaria a sentença cuja execução não decorra dos próprios autos. Que é o oposto ao art.
85. B - Sentença executiva que é executada no próprio processo declativo: O art. 626/2
diz que, sem prejuízo do art. 550/3, o processo segue a forma sumaria. Exe. Se for
sentença estrangeira: forma sumaria, 550/2 a) Se for sentença do tribunal arbitral: forma
sumaria, 550/2 a) Se for sentença do tribunal estadual: forma sumaria, 626/2 Há expões,
Nos casos em que há intervenção de um juiz, não há forma sumaria, há uma garantia de
forma ordinária, 550/3. Em casos como incidente de liquidação, incidente de
acertamento da obrigação, incidente de comunicação da divida, execução contra o
fiador, segue sempre forma ordinária, mesmo que, em principio, devesse seguir forma
sumaria. O próprio 626/2 ressalva estas situações. Na forma sumaria: Aplicam-se os art.
855 e ss, vai diretamente para o agente de execução, não havendo em principio
despacho liminar do juiz. Quem faz o controlo do processo é o agente de execução Se o
AE verificar que não há titulo executivo deve remeter o caso ao juiz para que este
profira um despacho de indeferimento liminar. Concluindo: A competência e a forma de
processo é determinada pelo titulo executivo e pelo valor da divida.
Manteria a sua resposta se Amílcar e Bento tivessem interposto recurso da decisão
judicial (apelação)? O recurso de apelação de sentença condenatória tem ou não efeito
suspensivo da exequibilidade da sentença? O art. 704/1 – a sentença só constitui titulo
executivo depois de transito em julgado, salvo se recurso tem efeito meramente
devolutivo, ou seja se o recurso interposto não tiver efeito suspensivo da eficácia
material e condenatória. Porque se chama devolutivo? e 647 (efeito da apelação). A
apelação tem efeito meramente devolutivo, êxito nos casos presentes neste artigo. Em
Portugal temos um paradoxo, parecendo que em regra não se pode executar uma
sentença pendente de recurso, mas pode. Porque o recurso de apelação, salvo algumas
exceções, tem efeito meramente devolutivo, assim, a interposição da apelação não
suspende a exequibilidade. Quais são os casos em isto não se verifica? 647 e 704. Em
sede de recurso o recorrente (réu), provando que há o risco de prejuízo considerável,
pode dizer que se o autor avançar para a ação executiva, ele pretende prestar caução
para obter efeito suspensivo do recurso (ainda não esta na ação de excussão). Se o réu
não prestar caução, o credor ao avançar para a ação executiva, temos um titulo
executivo provisório. O art. 704 dá uma nova hipótese de escapatória à execução, pois
diz que, já em sede de execução (já com titulo executivo), podem os executados
oferecer para prestar caução e suspender a marcha do processo executivo. Se os
devedores nunca prestaram caução, por falta de dinheiro, não conseguindo suspender a
execução, o art. 704 diz que é uma execução provisória pendente de recurso, podendo ir
até ao STJ. Como a interposição de recurso tem efeito meramente devolutivo, a lei diz
que na ação executiva, uma decisão pendente de recurso, nenhum credor pode ser pago,
nem o credor executante, sem que por sua vez tenha prestado caução, 704/3. A caução
serve de garantia. Ex. ninguém consegue travar a execução, na penhora os bens já foram
vendidos e os credores pagos. Se o recurso der razão aos devedores, pode ser anulada a
venda executiva dos bens. Se depois da venda vier uma revogação da decisão
condenatória, 839/1 a), a caução prestada pelos credores pode servir para indemnizar o
devedor absolvido. Concluindo: REGIME PROVISORIO DE SENTENÇA constitui
titulo executivo a sentença pendente de recurso. Porque o recurso tem efeito meramente
devolutivo e não efeito suspensivo. Há vários possibilidades de suspensão: atribuir
efeito suspensivo, 847 suspender a própria execução, 704/3 mesmo que não seja
possível suspender o processo, os credores vão ter que dar a caução como garantia.
RESPOSTA Manteria a mesma resposta, pois não era por ter interposto recurso que não
era titulo executivo, pois havia outro vício que no era a recorribilidade da decisão.
Caso prático 5 Pedro vendeu um barco a Raquel, por 20.000,00 EUR, no dia 3 de
Abril. No dia 5 de Abril, Pedro dirigiu-se ao Banco X para apresentar a pagamento o
cheque que Raquel lhe entregara. Contudo, o pagamento foi-lhe recusado por falta de
provisão. Cheque como titulo executivo 8 dias para apresentação a pagamento, contados
a partir da data nele indicado como data de emissão (29/1 LUC). O sacado (banco) pode
paga-lo mesmo depois do prazo de 8 dias (32/2 LUC) O sacador (devedor) pode revogar
o cheque unilateralmente, obstando o pagamento depois do prazo de 8 dias (32/1 LUC)
Se o cheque apresentado no prazo de 8 dias não for pago por falta de provisão (art. 40
LUC), devera ser feito um protesto pelo credor (ato formal) indicando o dia em que o
cheque foi apresentado e não foi pago. A ausência de protesto, pela recusa de
pagamento, dentro do prazo determina que este não pode valer como titulo executivo. O
protesto deve ser feito dentro do prazo, ou no 1º dia útil, se o cheque for apresentado no
último dia para pagamento (41/2 LUC) A ação cambiaria prescreve passado 6 meses
contados a partir do dia do termo do prazo de apresentação (art. 52/2 – 2ª parte LUC),
dando-se a prescrição do cheque como titulo cambiário. Prescrevendo o titulo de
crédito, pode ainda valer como titulo executivo enquanto documento particular (mero
quirografo).
2. Poderá Fernando intentar, no final do 8.º mês, uma cação executiva contra
Mara? Determine a obrigação exequenda. Aqui estão 5 prestações em mora.
5 é metade de 10 e excede a oitava parte referida no 934 CC. Aqui já pode
executar todas as prestações. Assim, A forma de processo quando se deve 1
prestação é a sumaria, 550/2-d). O titulo executivo é a escritura publica, 879
CC (não é necessário que se prove o incumprimento), basta ter a escritura
publica do contrato de C/V, pois ela constitui a obrigação para ter força
executiva (1º penhora depois citação). A forma de processo quando se deve
5 prestações é a ordinária. Temos um titulo extrajudicial que excede o dobro
do valor da alçada do tribunal de 1ª instancia, logo excluímos a forma
sumaria, 550/1 e seguimos a ordinária (1º citação depois a penhora). Quanto
à certeza do valor: o 716/1 o titulo executivo não diz 70 000 euros mas diz
10+10+10... Imaginemos que começamos a ação executiva quando o
executado deve 1 prestação, mas depois na pendência da ação ele continua a
não cumprir, ora o valor que consta do titulo executivo é fixo, como se faz?
Não se justifica novas ações executivas. Segundo o principio da
expansividade do objeto de execução da mesma divida, art. 850 cpc, diz que
se colocarmos uma ação para cumprimento de um prestação num contrato
sucessivo, é possível colocar um novo requerimento executivo para pedir o
alargamento do objeto da execução, ou mesmo pedir a reabertura da ação
executiva de forma a executar as restantes prestações em falta. Assim se
conjugarmos com o art. 711 a lei aceita que se possa fazer cumulação de
títulos diferentes, logo também cumulação de títulos sobre a mesma divida,
apesar de não dizer expressamente.
NOTA1:
Notas prévias: Execução para entrega de coisa certa é forma única (mas
atenção que se o título for sentença há a especialidade do art. 626); se for
execução para pagamento de quantia certa a forma pode ser ordinária ou
pode ser sumária (550). Aula Prática 21/04/15 (David Reis) O requerimento
executivo corresponde ao impulso processual, 724, principio do dispositivo,
ou seja esta na dispoblidade das partes a susceptibilidade de avançar para a
ação executiva, reclamar junto do tribunal o que tem direito, que esta aliás
titulado. O requerimento executivo vem do titulo executivo e tem 3 funcoes:
configuraçãoo objetiva da instancia: esta em causa o objeto da ação
executiva, como o pedido e a causa de pedir. È no RE que eu formulo o meu
pedido e declaro o valor da causa; configuraçãoo subjetiva da instancia: está
relacionado com a identificaçãoo das partes, morada, NIF. Saber quem vai
tomar a posição de excutado e de execuente;
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Estamos perante uma situação de extemporaneidade por violação do art.
228/1, a OE apresentada no prazo de 30 dias, e não 20 dias. Em todo o caos
para ser possível a OE era necessário analisar os seus fundamentos. trata-se
de um titulo de execução baseado em sentença Conforme 703/1 a). Quanto
aos fundamentos alegados, estamos perante uma remissão de divida,
segundo art. 729/g e h), que é um facto extintivo da obrigação exequenda.
Sobre o perdão da divida, aplica-se a alínea g) do 729, estamos perante um
problema de superveniência subjetiva culposa, visto o Nuno só agora se
lembrar que anteriormente, Maria o havia perdoado de parte da divida. No
ponto ii temos o caso da compensação do 729/h e no ponto iii o caso da
nulidade da citação para a ação executiva, que não é fundamento de OE. A
nulidade da citação para a ação declarativa é fundamento de OE, porque leva
á anulação de todo o processo. Ainda assim, neste caso, como Nuno se esta a
opor, a nulidade de citação fica sanada. Se aparecer “ nulidade de citação
para a ação executiva porque não foi previa à penhora”. Aqui temos que ver
se há problemas na OE, as consequências da nulidade de citação e saber se
devia ter sido citado previamente. Ou seja, analisar a tramitação inicial da
ação executiva. Por exemplo se for processo sumário não existe qualquer
nulidade na falta de citação antes da penhora, mas mesmo que houvesse
nulidade da citação, não existia fundamento para a oposição á execução, 851
e ss, na verdade só a nulidade para a ação executiva é que é fundamento para
OE. 1. Analise a oportunidade e a admissibilidade dos fundamentos e das
provas apresentados por Nuno. 2. Considere o fundamento (ii) apresentado
por Nuno. Poderia Nuno reconvir? 3 fundamentos perdão da divida
compensação nulidade da citação quando analisamos os fundamentos para a
OE devemos fazer uma referencia à admissibilidade geral do fundamento e
depois ver, se no caso concreto, o fundamento é ou não procedente, 729/g e
h i) Perdão parcial da divida Ou remissão parcial da divida. Na alínea g
temos um titulo que é uma sentença judicial . temos 2 problemas: limitação
temporal e a exigência de prova documental. Há doutrina para os 2
problemas. Neste caso pratico não se discute se estamos perante um facto
objetivamente superveniente, porque o facto ocorreu antes da prepositura da
ação declarativa. O que se pode discutir é se estamos perante um facto
subjetivamente superveniente. Este facto, no entanto, nunca poderia ser
classificado como tal, porque o alegado desconhecimento é culposo (Nuno
conhecia o facto mas esqueceu-se). Para ser superveniência subjetiva temos
que estar perante um desconhecimento não culposo. Neste caso não temos
superveniência objetiva nem subjetiva e não aplicaríamos a alínea g) do 729,
não considerando a existência de um facto novo. Há, no entanto, autores que
entendem que, perante casos de superveniência subjetiva, a mesma deve ser
admitida na oposição à execução, segundo 729/g, esta é a posição do prof.
TEIXEIRA DE SOUSA. Que defende esta tese com base no recurso de
revisão 696/1 c). Nestes casos de superveniência subjetiva temos a
particularidade de não bastar o desconhecimento, sendo igualmente possível
as situações em que se tem conhecimento do facto, mas que não é possível a
utilização do documento probatório do facto, fazendo uma equiparação total
entre o 729/g) e o 696/1 c). Desta equiparação
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resulta que, sendo possível executar uma sentença que tem pendente um
recurso de revisão (exequibilidade provisória), o executado pode em
alternativa ou cumulativamente interpor recurso de revisão e OE, utilizando
os mesmos fundamentos. No entanto o recurso de revisão tem como
particularidade não suspender o processo de execução, 696/3. O prof.
TEIXEIRA DE SOUSA faz ainda uma leitura alargada da equiparação da
OE com o recurso de revisão, fundamentando com recurso ao 728/2, donde é
feita uma cedência à superveniência subjetiva mas apenas para alargamento
de prazos e não para alargamento de fundamentos. O prof. RUI PINTO
entende que, se há um facto superveniente subjetivo, deve ser interposto
recurso de revisão e não se deve aplicar a situação presente no 729/g. Quanto
á prova documental, Nuno não tinha um documento mas sim o testemunho
de 10 pessoas (atualmente no NCPC o numero de testemunhas não seria um
problema, ao contrario do antigo CPC donde a OE era processo sumário,
logo na poderiam ser 10 as testemunhas. Atualmente este problema do n. De
testemunhas não se coloca porque é exigido prova documental). O prof.
TEIXEIRA DE SOUSA critica a exigência de prova documental, exceto
para os casos da usucapião e prescrição porque são factos de ocorrem pelo
passar do tempo, ainda assim o prof. entende que não estamos a falar de
documentos que obrigatoriamente tenham que ser revestidos de forca
executiva. Contrariando a posição do prof. LOPES CARDOS que dizia que
o documento probatório do facto teria que revestir os mesmos requisitos que
o titulo de crédito, ora isto não faz qualquer sentido porque o âmbito da OE é
o de uma ação declarativa. De igual forma, o prof. LEBRE DE FREITAS diz
que, nestes casos, o documento a utilizar na OE não tem que ter força
executiva. Apenas salientando a necessidade de se admitir apenas prova
documental, pois estamos perante a manifestação do principio da autonomia
da obrigação exequenda face ao titulo executivo, não interessando a
obrigação exequenda mas sim a existência de titulo executivo, sendo certo
que este titulo executivo só pode ser destruído com um meio de prova igual
ao do próprio titulo, ou seja, um documento, fazendo algum sentido a
posição do prof. Lopes Cardoso, ou seja que o documento probatório tivesse
que revestir os mesmos requisitos que o titulo de crédito, no entanto, esta
exigência de forma no documento probatório do facto não faz qualquer
sentido, porque, como já referi, o âmbito da OE é um processo declativo e
não executivo. Por fim, o prof. TEIXEIRA DE SOUSA afasta a exigência da
prova documental, questionando a constitucionalidade desta norma, pelo
facto de estarmos perante uma limitação ao direito de ação que se encontra
constitucionalmente consagrado no art. 20. No entanto o prof. Faz um
acrítica dupla pois critica o 729/g e o 696/1 c), porque o 696/1 c) exige
igualmente prova documental. No entanto quando se trata de factos
instintivos da obrigação, o prof. TEIXEIRA DE SOUSA admite uma
limitação no recurso á prova testemunhal (exemplo do 395 CC em que o
cumprimento não deve ser provado com testemunhas). Por fim, no nosso
caso, o Nuno por não ter prova documental e não adotando a posição do
prof. TEIXEIRA DE SOUSA, o Nuno teria que pagar e depois recorrer a
uma ação declativa para restituição do indevido (LEBRE DE FREITAS), ou
seja, para que exista uma declaração do que foi prestado indevidamente, pois
na ação declativa já podia utilizar como prova as suas testemunhas. ii) Sobre
a compensação Segundo o prof. Rui PINTO o limite temporal da alínea g)
estende-se para a alínea h), portanto quando estamos a falar de factos novos,
temos como limite temporal o encerramento do processo de declaração. Em
relação é compensação e segundo o prof. RUI PINTO e o prof. LEBRE DE
FREITAS, a prova não tem que ser documental, nem tão pouco que o
documento tenha que revestir a forma de titulo executivo, como menciona o
caso pratico, tornando este facto irrelevante. Pelo contrario é relevante a
determinação da superveniência. A compensação não é automática, depende
de uma declaração, a declaração em sentido técnico é que é o fato extintivo,
e não o facto de haver um crédito ou um contra crédito que se compensam
automaticamente, na verdade o facto extintivo é a declaração, tal como
decorre do acórdão 16 á data da prepositura na pendência da ação declativa o
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contrato, p.e. ou que o tribunal não é competente para colocar essa ação,
logo o que se pretende quando se alega incumprimento de pressupostos
processuais o que se pretende é a extinção da ação executiva, através do
reconhecimento da falta de um pressuposto ou da inexistência de um direito
do exequente. A oposição á execução configura por parte do tribunal uma
atividade do tipo cognitivo, sendo qualificada como uma ação declativa.
Sendo uma ação declarativa ela corre por apenso à ação executiva em que o
executado poderá levantar questões que sejam de conhecimento oficioso,
poderá alegar fatos novos, poderá apresentar novos meios de prova, poderá
levantar questões de direito. A possibilidade que é dada ao executado na
oposição á execução obriga a uma apreciação cognitiva material ao tribunal,
assim já não estamos na lógica da ação executiva, mas sim uma apreciação
de uma ação declarativa com vista a aferir se a pretensão do executado tem
ou não cabimento, porque tendo culminara com a extinção da ação
executiva. A forma da oposição à execução é a forma única declarativa que
pode ser deduzida no prazo do 728/1 e 856, ou seja, no prazo de 20 dias. A
OE é formalmente uma PI e substancialmente uma contestação, constituindo
o momento oportuno para deduzir toda a defesa, 573. No caso pratico, a OE
foi deduzida fora do prazo do 728/1 tendo como consequência o
indeferimento liminar segundo 732/1-a), 590/1 e 6/2. Recebida a OE a regra
segundo o art. 733/1, é que não suspenda a marcha do procedimento
executivo, pois para que se suspenda é necessário preencher uma das alíneas
do 733/1. O exequente será notificado para contestar no prazo de 20 dias,
732/2 e 225/2 ex vi 250. Na contestação o exequente pode impugnar
exceções perentórias ou alegar os factos contraditórios. Caso não conteste,
aplica-se o art. 567/1 e 485, considerando-se confessados os factos
articulados pelo opoente. Não se tem por confessados os factos que
estiverem em oposição com os expressamente alegados pelo exequente no
requerimento executivo. Após a contestação seque-se os termos do processo
sumário sem mais articulados, 732/2. Os bens são penhorados na mesma. 4.
Sendo a oposição à execução procedente, comente as consequências dessa
procedência, considerando, em especial: (i) a natureza da sentença que
julgue a oposição à execução procedente; e (ii) a possibilidade de formação
de caso julgado material. O prazo para a sentença ser proferida é de no
máximo 3 meses, 723/1 b), sendo impugnável nos termos gerais, podendo
haver recurso de apelação segundo art 922/1 c) e 853/1. As consequências da
procedência da OE é a absolvição do executado na instancia executiva ou a
absolvição do pedido executivo inicial. 1) o exequente não é condenado no
pedido, paga as custas da execução e da oposição. 2) a execução extingue-se
total ou parcialmente, 723/4. 3) a procedência deve ser definitiva após o
transito em julgado da decisão de embargos. i) quanto á natureza: A natureza
da OE é declarativa, há doutrina que entende que se trata de um processo
declarativo constitutivo, porque a procedência da mesma determina
automaticamente a extinção de uma situação jurídica, ou seja, da própria
ação executiva. Donde, a própria sentença da procedência produz efeitos
jurídicos. O prof. LEBRE DE FREITAS entende que se trata de uma ação
decorativa de simples apreciação negativa, porque o que se reconhece é a
inexistência de um direito, neste caso de pretensão da exequenda. O prof.
RUI PINTO diz que é necessário saber qual o fundamento. Se o fundamento
for de mérito, faz sentido a posição do prof. Lebre de Freitas e igualmente
considera que estamos perante uma ação declarativa de simples apreciação
negativa, uma vez que se diz que “este direito não existe”. Mas quando a OE
se fundamenta em critérios formais, como a falta de um pressuposto
processual, o prof. RUI PINTO, diz que ainda assim pode
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haver uma sentença de simples apreciação negativa, mas que não é reportada
à exequenda é reportada à falta de pressupostos processuais. Quanto as
sentenças homologatórias, estas são títulos executivos, alínea i), existem
fundamentos próprios para a OE porque podemos aplicar todo o regime de
vícios de conteúdo, vícios de vontade e tudo o que pode levar á nulidade ou
anulabilidade do próprio acordo homologatório. Quando o titulo é
extrajudicial aplicamos o art. 731, que não tem uma limitação temporal,
porque não houve uma ação declarativa previa, assim é possível na OE
deduzir qualquer defesa que poderia ter sido deduzida no processo
declarativo, 731. Em regra, o que se faz é, se um fundamento estiver incluído
n 729 fazemos referencia ao art. 729/1 c) ex vi 731. ii) possibilidade de
produzi caso julgado: Posição positiva do prof. Castro Mendes: a sentença
de procedência por inexequibilidade do titulo executivo, por incerteza o
iliquidez da obrigação exequenda determina a absolvição da instancia
executiva. Outros fundamentos (ex. factos modificativos, impeditivos ou
extintivos) levam à absolvição do pedido executivo com valor de caso
julgado material. Posição negativa: a sentença que julgar os embargos do
executado improcedentes não pode atribuir força de caso julgado material. O
caso julgado material dos embargos diz apenas respeito à sua precedência e
não aos fundamentos (existência de crédito). Os fundamentos não fazem
caso julgado. Posição do prof. RUI PINTO: concorda com Castro Mendes no
sentido de se poder isolar alguns fundamentos, pelo que a sentença alcança
valor de caso julgado, 619/1. A decisão respetiva conhece qualidade de caso
julgado formal enquanto pronuncia sobre , se aquela execução, conhece das
condições que permitem a sua admissibilidade, sendo o executado absolvido
da instancia. A decisão sobre a existência e validade da obrigação exequenda
também pode alcançar valor de caso julgado material, caso seja declarada
inexistente a divida (o próprio objeto da decisão da divida) ganha força de
caso julgado material. A coisa julgada que se estabelece com a sentença que
julga os embargos fica restrita aquele processo (eficácia preclusiva da coisa
julgada9 não impede a discussão e apreciação das mesmas questões. Ou seja
por regra não faz caso julgado, a não ser que a lei o indique, 732/5. Porque É
uma aço acessória e tem o prazo de 3 meses, seria muito discutível que
podíamos executar o exequente em 3 meses, também por ser um processo
acessório por regra não faz caso julgado material, só vale dentro da própria
ação, logo não podíamos obter um título executivo contra o credor. A
oposição e uma ação de defesa e de contra ataque. Nem tão pouco o
exequente pode na sua contestação reconversão contra o executado. 5.
Imagine agora que Nuno não deduziu oposição à execução, apesar de
regularmente citado para o efeito. Encontra-se numa situação de revelia? A
sua resposta seria a mesma se, tendo Nuno deduzido oposição à execução,
Maria não contestasse? À decisão condenatória no pagamento de quantia
certa aplica-se a forma sumaria, 626/2. À execução sumaria aplicam-se
subsidiariamente as disposições do processo ordinário, 551/3. A principal
finalidade da OE é a extinção da execução.. a OE constitui uma verdadeira
ação declativa que corre por apenso ao processo executivo e que constitui
também uma contra- acção que visa impedir a produção dos efeitos do titulo
executivo. Por esta razão a OE corresponde formalmente a uma PI de uma
ação declarativa, pelo que a dedução da mesma não representa um ónus de
contestação ou de impugnação do réu,
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Caso prático 20 Em acção executiva proposta por Rita contra Sofia, com
base num requerimento de injunção ao qual foi aposta fórmula executória,
Sofia opõe-se à execução com base nos seguintes fundamentos: (i) Não fora
notificada em sede de processo de injunção; Fundamentos das OE injunções,
857/1 remete para 729/d. 191 (nulidade da citaçãoo) (ii) A dívida em causa
encontrava-se prescrita já antes da aposição de fórmula executória ao
requerimento de injunção. A prescrição nao é de conhecimento oficioso, 303
CC. Saber se este facto é aproveitável ao 729/g em virtude da perculsão.
Estamos num processo de injunção, desde que seja feita uma regular
citaçãoo, tem o prazo da contestaçãoo. No caso nao hove citaçãoo reguçar,
sendo um facto subjetivamente superveniente à luz do 729/g, pois nao foi
envocado na altura da deduçãoo da oposiçãoo, mas sem culpa. Acrescenta-se
o art. 857/2 e nao o 857/3 porque esta exceçãoo nao é de conhecimento
oficioso. 1.
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