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FUNGOS

Fungos são organismos unicelulares (leveduras) ou pluricelulares (bolores),


desprovidos de pigmentos fotossintetizantes, e são encontrados nos mais
variados ambientes, preferencialmente os úmidos e ricos em matéria
orgânica.
Em sua maioria, os fungos, assim como as bactérias, atuam na natureza
como decompositores. Essa ação permite a reciclagem de matéria orgânica
morta transformando-a em matéria inorgânica, que pode ser reaproveitada
por outros seres vivos.
Embora fundamental para a vida, a ação decompositora das fungos causa
transtornos frequentemente, já que eles podem atacar qualquer material
orgânico disponível, sobretudo em ambientes úmidos. Assim, roupas,
sapatos, paredes, madeiras e alimentos podem exibir mofo ou bolor,
constituídos por colônias de fungos.

De uma forma geral, podemos dizer que há tipos diferentes de


fungos e também que eles são uma forma de vida bastante
simples. Entre suas diferenças, há aqueles que são
extremamente prejudicais para a saúde do homem,
provocando inúmeras doenças. Há ainda os que parasitam
vegetais e animais mortos. Os que servem para alimento e até
aqueles dos quais se pode extrair medicamentos importantes
para o homem, como a penicilina.

Características e tipos de fungos

Os fungos não possuem flores e se multiplicam por células


muito pequenas. Estas células são chamadas espórios e se
desenvolvem ao caírem em solo úmido, ambiente ideal para o
crescimento de um novo fungo. Por não possuir clorofila, que
é essencial para garantir a alimentação das plantas, esta forma
de vida age como parasita, se alimentando da comida de
outras formas de vida. Alguns tipos agem em seres humanos
provocando várias doenças.

O mofo é outro tipo de fungo que surge através dos espórios,


células quase microscópicas que estão sempre flutuando no
ar, este escolhe lugares escuros e úmidos para se reproduzir.
Por isso, nota-se um maior numero de mofo em ambientes
úmidos, como paredes, armários, gavetas, etc. Estas mesmas
células minúsculas também se agrupam em alimentos como
pães, frutas e vegetais, uma vez que buscam alimentos em
ambientes propícios para o seu crescimento.

As micoses, em seus mais variados tipos, são originadas por


microfungos, atingindo os seres humanos com maior
freqüência nos países tropicais, como no Brasil, por exemplo.
Na maior parte das vezes, o tratamento para este mal é difícil
por tratar-se de uma forma de vida daninha e oportunista. Mas
há estudos avançados e trabalhos importantes a respeito deste
assunto. Muitos medicamentos estão sendo desenvolvidos
com o objetivo de livrar o homem desta companhia
desagradável e prejudicial.

Classificação dos Fungos

Os fungos costumam ser classificados em três grupos taxonômicos embora


sejam considerados quatro : os ZIGOMICETOS, ASCOMICETOS,
BASIDIOMICETOS e os fungos imperfeitos. Estes últimos não são um
verdadeiros filo mas um grupo de fungos cuja estruturas sexuadas não estão
bem identificadas. Aqui se incluem o Aspergillus e o Penicillim. Os
Zigomotos são os fungos mais simples, com hifas asseptadas, aqui se
incluindo o bolor do pão e alguns fungos parasitas de animais. Os
Ascomisetos incluem fungos cujas hifas apresentam septos perfurados,
sendo o zigoto substituído por um pequeno saco, o asco. Leveduras,
morquelas e trufas são exemplos de fungos deste grupo. Os Basidiomicetos
apresentam hifas septadas, com parede quitinosa. Produzem um tipo de
esporos, basidiósporo, suportados por um esporângio característico, com
forma de dedos, o basídio. Aqui se incluem os cogumelos.

COGUMELOS

Cogumelo
Os fungos, também conhecidos como cogumelos, são organismos uni ou
pluricelulares, destituídos de pigmentos fotossintetizantes. Dotados de
parede celular, sua reprodução normalmente envolve a participação de
esporos, como ocorre entre as plantas. Mas armazenam glicogênio e
apresentam nutrição heterótrofa, como os animais. E, enquanto os animais
são heterótrofos por ingestão, os fungos são heterótrofos por absorção.
Pelas, diferenças que apresentam tanto em relação aos vegetais como aos
animais, modernamente os fungos são enquadrados num reino “somente
deles": o reino Fungi.

O ramo da Biologia que se encarrega do estudo das aproximadamente 10


000 espécies de fungos conhecidas chama-se Micologia.

Na espécie humana são conhecidas diversas micoses, doenças causadas por


fungos. Entre elas podemos considerar: o sapinho ou a candidíase, causada
pelo fungo Candida albicans; a frieira ou pé-de atleta, provocada pelo
fungo Tinea pedis; a blastomicose sul-americana, micose grave que pode
ocasionar a morte por lesões na pele e em órgãos internos, como os
pulmões; a dermatose pitiríase (do grego pityron = farelo), caracterizada
pela produção de escamas epiteliais que se esfarelam.

Os fermentativos: álcool, bebidas, pães, bolos

Na fabricação do álcool e de bebidas alcoólicas, como o vinho e a cerveja,


é fundamental a participação dos fungos do gênero Saccharomyces, que
realizam fermentação alcoólica, convertendo açúcar em álcool etílico.
Esses fungos, conhecidos também como leveduras, são anaeróbicos
facultativos, já que realizam respiração aeróbica em presença de gás
oxigênio e fermentação na ausência desse gás. Por isso, na fabricação do
vinho, por exemplo, evita-se o contato do suco de uva com o ar; assim, em
vez de realizar a respiração aeróbica, o fungo processa a fermentação
alcoólica, liberando álcool etílico e permitindo a obtenção do vinho.

Antibióticos e queijos

Na indústria de antibióticos, os fungos também têm papel de destaque.


Afinal, foi do Penicillium notatum que Alexander Fleming, em 1929,
extraiu a penicilina, antibiótico responsável pela salvação de milhares de
vidas durante a Segunda Guerra Mundial. Hoje, muitos outros antibióiicos
largamente aplicados são conseguidos a partir de culturas de fungos.

O gênero Penicillium, além de abranger espécies fornecedoras de


penicilina, compreende outras que são indispensáveis na manufatura de
queijos como o roquefort e o camembert.
Liquens

Os liquens resultam da associação entre algas unicelulares (azuis ou


verdes) e fungos (principalmente ascomicetos). Nessa interação, as algas
constituem os elementos produtores, isto é, sintetizam matéria orgânica e
fornecem para os fungos parte do alimento produzido; estes, com suas
hifas, envolvem e protegem as algas contra a desidratação, além de lhes
fornecer água e sais minerais que retiram do substrato.

Denomina-se mutualismo à interação biológica onde as duas espécies são


beneficiadas, como as algas e os fungos que constituem o líquen.

Principais doenças causadas por fungos

CANDIDÍASE
Causada por cândida aleicans, fungo encontrado frequentemente nas floras
bucal e intestinal do homem. Pode provocar uma variedade de infecções
fúngicas como candidíase oral (sapinho), vagina, dobras do períneo, mãos
etc. As pessoas submetidas a tratamento prolongado com antibióticos
torna-se mais suscetíveis de adquirir infecções fúngicas. O tratamento é a
base de nistatina topicamente ou anfotericina B, nos processos sistêmicos.

Candida Albicans
É uma das causas mais comuns de infecção do trato genital feminino. O
fungo (levedura) causador da doença pertence à flora normal do órgão
genital feminino, mas certas situações fazem com que ele aumente muito
em quantidade, tornando-se patogênico, ou seja, causando a candidíase.

Cerca de 90% das mulheres podem ser infectadas pela candidíase vaginal,
pelo menos uma vez na vida.

A candidíase aparece quando a resistência do organismo cai ou quando a


resistência vaginal está diminuída. Dentre as situações mais comuns, que
merecem cuidados especiais, podemos citar como fatores causadores desta
micose:

O que contribui para a infecção?

Gravidez - o meio vaginal fica favorável ao desenvolvimento da cândida


devido ao aumento dos níveis de estrogênio.
Anticoncepcionais - o estrogênio também fica abundante no fluxo vaginal.

Menopausa - a diminuição dos hormônios femininos faz com que a mucosa


vaginal fique menos resistente.

Corticoídes - provoca alteração no sistema imunológico.

Antibióticos - podem gerar um desequilíbrio entre a flora bacteriana do


órgão genital feminino e a micótica.

Distúrbios endócrinos - como o diabetes, que provoca alta concentração de


açúcar no meio vaginal e na urina.

Higiene pessoal - um mau hábito de higiene pode disseminar os


microorganismos do intestino para o órgão genital feminino.

Roupa íntima de material sintético - produzem uma situação de calor e


umidade sobre a pele, acúmulo de suor, favorecendo o crescimento da
cândida.

Agentes sensibilizantes de pele - a pele pode sofrer lesões ou inflamação


pela ação de sabonetes, desodorantes e nebulizações vaginais (ducha).

Relações sexuais - a mulher pode adquirir candidíase vaginal através da


auto-infestação e contaminar o seu parceiro sexual, que passa a ser uma
fonte de contágio.

Meias de nylon e calças apertadas.

Prática de esportes coletivos.

Promiscuidade sexual.

Fontes de reinfecção

Parceiros masculinos - mesmo não apresentando os sintomas, a mulher


pode passar a candidíase ao seu parceiro. Poucos homens apresentam os
sintomas, mas são fontes de reinfecção.

Pele dos genitais - a candidíase pode reaparecer a partir de lesões, como um


trauma provocado na relação sexual.

Artigos de uso pessoal - os fungos ficam em escovas de dentes, bidês,


banheiras e roupas íntimas.
Trato gastrointestinal - o intestino é um reservatório de colonização. Uma
higiene íntima inadequada pode provocar a disseminação do
microorganismo do intestino para o órgão genital feminino, causando
reinfestação.

Cuidados

Faça uma perfeita higienização durante o banho.

Prefira sabonete, absorvente e papel higiênicos neutros.

Evite banho em banheiras.

Bão use toalhas e roupas de outras pessoas.

Seque bem todo o corpo.

A higiene pessoal deve ser feita da vulva para o orifício retal, nunca ao
contrário.

Prefira calcinhas de algodão.

Lave as roupas íntimas com água fervente e sabão.

Evite meias e roupas íntimas de nylon e calças apertadas.

Passe as roupas íntimas com ferro.

Prevenção

Higienização adequada

Evitar vestimentas muito justas

Tratar doença predisponente

Camisinha

Sintomas

Coceira e sansação de ardência na vulva.

Corrimento vaginal branco espesso e aderente.


Inflamação vulvar com vermelhidão.

Algumas mulheres têm apenas uma leve irritação e coceira.

Grande desconforto durante a relação sexual.

Durante o ato sexual, a mulher com candidíase transmite-a ao homem, que


dificilmente desenvolve os sintomas - eventualmente o parceiro sexual
aparece com pequenas manchas vermelhas no órgão genital masculino, mas
acaba se tornando um reservatório da doença.

Devido a isso, o homem deverá fazer também o tratamento, para que ele
não retransmita a doença para a mulher que já estiver curada.

O diagnóstico é clínico, através de exames de laboratório e o papanicolau


(exame preventivo de câncer).

Tratamento

Por muitos anos, o tratamento da candidíase vaginal era feito com cremes e
óvulos. Devido aos inconvenientes da administração, muitas pacientes
abandonavam o tratamento.

Hoje existem tratamentos administrados por via oral, com apenas um dia de
duração. Siga corretamente a prescrição do seu médico e tome os devidos
cuidados para evitar uma reinfecção.

A candidíase pode assumir várias formas clínicas:


1. Candidíase oral: é freqüente em recém-nascidos, idosos e indivíduos
debilitados, caracterizando-se por erosões esbranquiçadas na boca (Figura
13).

2. Candidíase intertriginosa: atinge as dobras naturais, manifestando-se por


erosões, fissuras e pequenas lesões satélite arredondadas,
eritematoescamosas e, eventualmente, pústulas (Figura 14).

3. Candidíase ungueal e periungueal: provoca o descolamento e


deformação da unha, além de lesão eritematoedematosa periungueal,
denominada de paroníquia (Figura 15).

4. Perleche ou queilite angular: caracteriza-se por fissuras no canto da boca


(Figura 16), especialmente em usuários de prótese dentária com má higiene
oral, idosos, e recém-nascidos.
5. Vaginites e balanites: são erosões pruriginosas na vagina e sulco
balanoprepucial.

6. Candidíase granulomatosa: é uma afecção rara de crianças com defeito


genético e/ou imunológico, às vezes estando associada à endocrinopatia.
De início, provoca lesões orais (Figura 17) e, posteriormente, acomete o
couro cabeludo, unhas e outras áreas, sob a forma de lesões crostosas com
tendência à formação de cornos cutâneos.

7. Candidíase visceral: ocorre por disseminação hematogênica, naqueles


pacientes em uso prolongado de imunossupressores. Pode acometer, nos
casos de extrema gravidade, o coração, os pulmões e outros órgãos nobres,
levando à morte.

O diagnóstico das afecções causadas pelo gênero Candida é obtido por


meio do exame direto do material das lesões, ao serem encontrados o
pseudomicélio e os blastosporos característicos desses fungos, e da cultura
em meio de Sabouraud.

Para se conseguir a cura dessas afecções é imprescindível corrigir os


fatores predisponentes e\ou agravantes que porventura existam, como o
excesso de umidade local, além de tratar doenças subjacentes, como o
diabetes mellitus. As medicações locais preferenciais a serem utilizadas são
a nistatina e o clotrimazol. Entre as orais, destacam-se o cetoconazol,
fluconazol e itraconazol. Para os casos extremamente graves e resistentes
às drogas já mencionadas, reserva-se a anfotericina B, prescrita por via
endovenosa, que tem sérios efeitos adversos

DERMATOMICOSES

Há muitos fungos conhecidos por causar lesões na epiderme e em


estruturas anexas, como pêlos e unhas, rica em queratina. As micoses
cutâneas, de maneira geral, são denominadas tinhas: tínea captis (couro
cabeludo), tinea pedis (pés), tinea ungüis (unhas).

As duas principais micoses são o pé-de-atleta e as micoses das unhas


(onicomicoses), que partilham os mesmos factores de risco:
Andar descalço em espaços públicos e húmidos, como balneários e
piscinas;
Má higiene dos pés e do calçado (meias e sapatos);
Calçado que não permita ventilação;
Não secar adequadamente os pés;
Diabetes, alterações da circulação e alterações do sistema imunitário.

Tinea pedis ou Pé-de-atleta

É uma das micoses mais conhecidas. O pé-de-atleta deve o seu nome por
ser muito comum entre desportistas, pelo uso prolongado de calçado
favorável à acumulação de humidade e porque frequentam duches públicos
e balneários. Contudo, qualquer pessoa pode desenvolver este tipo de
micose.

A infecção pode localizar-se em qualquer zona do pé, mas é mais frequente


nas pregas entre os dedos. Causa comichão, descamação, maceração e
fissuras na pele, acompanhado de um odor desagradável. A pele da sola dos
pés engrossa, ficando irritada e causando comichão. Quando se coça, há
risco de, através do toque, a infecção passar para outras zonas do corpo,
como axilas.

Tinea capitis

É mais comum em crianças. É uma lesão circular no couro cabeludo com


uma área restrita de alopécia. Pode ser transmitida pelo contacto directo,
por escovas de cabelo, roupa ou por animais domésticos.

Tinea unguium ou Onicomicoses

É uma infecção mais comum em indivíduos com mais de 60 anos ou com


outras infecções fúngicas. A presença da infecção é denunciada primeiro
por um pequeno ponto branco ou amarelo por baixo da unha. À medida que
os fungo avançam, a unha fica descolorada, baça, mais espessa, quebradiça
e deformada, podendo haver dor. Em certos casos, a unha pode cair.

Tinea corporis

É mais frequente na puberdade e aparece nos braços, ombros, troco, cabeça


e pescoço, na pele que não tem pêlos. As lesões são ovais, eritematosas e
escamosas, com contorno inflamado, sendo o centro da lesão
hipopigmentado (branco) ou acastanhado. É transmissível por contacto
com outras pessoas ou animais e de outras zonas do corpo. O excesso de
peso e o stresse são factores predisponentes.
Tinea cruris

É comum no sexo masculino depois da puberdade. É transmissível de


pessoa para pessoa. As lesões são inflamatórias e escamosas, com uma
margem activa que se estende para baixo, desde a região inguinal até à face
interna da coxa ou múltiplas em anel. Por vezes podem afectar a região do
períneo e perianal e afectar os folículos pilosos.

Tinea versicolor ou Pitirase versicolor

É uma infecção superficial causada por Pittyrosporum orbiculare. É mais


comum em indivíduos imunodeprimidos ou com a pele excessivamente
oleosa ou com hiperhidrose. As lesões são despigmentadas e aparecem no
peito. abdómen e costas em zonas ricas em glândulas sebáceas. Ficam mais
escuras e visíveis no Inverno e mais claras no Verão.

Prevenção de futuras infecções

Perder peso para reduzir as zonas interdiginosas no caso de infecções do


corpo;
Manter a pele limpa e seca, tendo um cuidado especial em secar as zonas
interdiginosas e interdigitais depois do banho;
Usar toalhas diferentes para secar a zona afectada e o resto do corpo;
Evitar o contacto com outras pessoas ou animais a até à cura;
Preferir roupa e calçado que permita manter a pele seca, sem transpirar;
Não partilhar roupa nem sapatos;
Usar antitranspirantes nos pés;
Usar chinelos em locais públicos.

Tratamento

Tratamento não farmacológico:

Dependendo da zona a tratar deve-se:


Lavar diariamente a área infectada;
Secar muito bem sem friccionar;
Usar toalhas diferentes para limpar outras zonas do corpo;
Cortar o cabelo, pêlos e unhas envolvidos;
Trocar diariamente as meias;

Medicação:
Clotrimazol 1% creme, pó ou spray

Indicações:

Dermatomicoses das mãos, pés, corpo e zona inguinal (face interna das
coxas), pitiríase versicolor e eritrasma.

A pitiríase versicolor caracteriza-se por malhas delgadas amarelo-


esverdeadas no tórax e abdómen.

O eritrasma apresenta manchas castanho-amareladas na face interna das


coxas.

O creme pode ser, ainda, usado na vulvite da mulher (zona genital exterior)
e balanite do homem (afecta a glande prepúcio do pénis).

O Pó é usado na profilaxia de recidivas de infecções interdigitais (Pé-de-


atleta).

Contra-indicações:

Alergia ao clotrimazol ou qualquer um dos componentes do creme. Durante


a gravidez ou estando a amamentar só deve ser usado por indicação
médica.

Precauções:

Quando usado para tratamento para tratamento da vulvite ou balanite pode


reduzir a eficácia do preservativo ou espermicidas.

Posologia:

Deve ser aplicada uma pequena quantidade 2 a 3 vezes ao dia com ligeira
fricção para melhor absorção. A duração do tratamento é de:

3-4
Dermatomicoses
semanas
2-4
Eritrasma
semanas
1-3
Pitiríase versicolor
semanas
1-2
Vulvite e Balanite
semanas
O tratamento deverá prolongar-se mais 1 a 2 semanas após
desaparecimento dos sintomas para garantir que não aparecem recidivas.

O Pó deve ser aplicado nas meias e nos sapatos para evitar re-infecções.

Efeitos secundários:

Alergia, comichão e vermelhidão.

Miconazol 2% creme

Indicações:

Dermatomicoses das unhas e interdigitais e dermatite das fraldas dos bebés.

Contra-indicações:

Alergia ao miconazol ou qualquer um dos componentes do creme. Durante


a gravidez ou estando a amamentar só deve ser usado por indicação
médica.

Posologia:

Deve ser aplicada uma pequena quantidade 2 vezes ao dia com ligeira
fricção para melhor absorção na zona infectada e na área envolvente. A
duração do tratamento é de 2 a 6 semanas.

O tratamento deverá prolongar-se mais 1 a 2 semanas após


desaparecimento dos sintomas para garantir que não aparecem recidivas.

Efeitos secundários:

Vermelhidão, irritação ou sensação de queimadura que desaparece


reduzindo o número de aplicações.

Miconazol + Hidrocortizona creme

Ao medicamento anterior é adicionado uma cortisona que tem como


finalidade reduzir a comichão. Devido a este componente, este creme não
pode ser suspendido abruptamente. O número de aplicações deverá ser
reduzido lentamente e substituído por Miconazol isolado até cura completa.

Tolnaftato 1% creme

Indicações:
Para tratamento tópico de Tinea pedis, Tinea cruris, Tinea corporis, Tinea
barbae, Tinea manum causada pelos fungos dermatófitos.

Contra-indicações:

Alergia ao tolnaftato ou qualquer um dos componentes do creme. Durante a


gravidez ou estando a amamentar só deve ser usado por indicação médica.

Posologia:

Deve ser aplicada uma pequena quantidade 2 vezes ao dia com ligeira
fricção para melhor absorção. A duração do tratamento é de 2 a 3 semanas,
mas se houver espessamento da pele prolongar até 6 semanas.

Efeitos secundários:

Irritação moderada da pele.

Cetoconazol 2% champô

Indicações:

Infecções da pele por fungos ou leveduras, tanto dou couro cabeludo como
de áreas extensas do peito ou face:

Caspa;
Dermatite seborreica (Manchas castanhas e avermelhadas com
descamação branco amarelada na face e tronco);
Pitiríase versicolor (Manchas irregulares no tronco de cor branca ou
acastanhada).

Contra-indicações:

Alergia ao cetoconazol ou qualquer um dos componentes do champô.


Durante a gravidez ou estando a amamentar só deve ser usado por
indicação médica.

Posologia:

Lavar com o champô as zonas afectadas, deixando actuar 5 minutos.

Para tratamento da caspa e dermatite seborreica fazer o tratamento duas


vezes por semana durante 4 semanas. Para tratamento da pitiríase
versicolor lavar uma vez por dia durante 5 dias.
Efeitos secundários:

Sensação local de queimadura, prurido ou irritação local. O cabelo pode


ficar oleoso ou seco.

Iodopovidona solução

Piritiona Zinco creme

Indicações:

Caspa e dermatite seborreica.

Posologia:

Aplicar 1 a 3 vezes ao dia na pele afectada do corpo, da face ou couro


cabeludo.

Efeitos secundários:

Irritação cutânea e dermatite de contacto.

BLASTOMICOSE SUF – AMERICANA

Causada pelo Paracocádioides brasillienses, fungo presente no solo e


disseminado nas folhas e nos gravetos, é uma doença que apresenta maior
incidência em indivíduos que habitam a zona rural. Hábitos como mascar
talos de capim e usar gravetos para limpar os dentes provocam a
contaminação e a infecção, que geralmente inicia-se pela boca.
Ocorre localmente um processo inflamatório, granulomatoso com
abscessos piogênicos, disseminação ara a face e comprometimento dos
nódulos linfáticos. O diagnóstico é feito pela detecção do microorganismo
nos material das lesões, e o tratamento utiliza anfotericina B.

Epidemiologia

A paracoccidiomicose existe nas zonas rurais do Brasil e de outros países


da América do Sul. Afeta principalmente os agricultores que trabalham a
terra que contém os seus esporos (produzidos pela forma sexual livre). A
infecção é pela inalação desses esporos infecciosos. A infecção ocorre na
América Latina, desde o México (23° N) até a Argentina (34° S),
excetuando- se países como Chile, Guiana, Guiana Francesa, Suriname,
Nicarágua, Belize e várias ilhas da América Central que não possuem
registros de casos autóctones da doença(6). No Brasil, a maior incidência
ocorre nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande
do Sul e Goiás. Os casos relatados fora da área endêmica são de pacientes
que visitaram ou residiram por algum tempo em um país latino-americano.
A infecção pelo Paracoccidioides brasiliensis é adquirida nas duas
primeiras décadas de vida, com o pico de incidência entre 10 e 20 anos de
idade. A evolução para doença é incomum nessas décadas, ocorrendo mais
em adultos entre 30 e 50 anos, como reativação de foco endógeno
latente( 4) e depende de fatores relacionados tanto ao agente infeccioso
quanto ao hospedeiro(1). A maioria dos casos de paracoccidioidomicose
ocorre em indivíduos do sexo masculino, fumantes e etilistas crônicos,
cujas condições de higiene, nutricionais e socioeconômicas são precárias.
Esses indivíduos costumam ser trabalhadores rurais que, por sua atividade,
permanecem com mais freqüência diretamente em contato com a terra e
vegetais

Progressão e sintomas

Após inalação dos esporos, as leveduras localizam-se nos pulmões, sendo


fagocitadas pelos macrófagos, no interior dos quais sobrevivem e se
multiplicam. Na maioria dos casos a infecção é assintomática e o sistema
imunitário destroi o invasor. Há frequentemente formação de granulomas
que limitam a disseminação das leveduras. Numa minoria há sintomas de
pneumonia, com febre, sudorese, tosse e expectoração e falta de ar. Pode
haver disseminação do fungo, mesmo na ausência de sintomas pulmonares,
com infecção de órgãos e formação de granulomas levando a úlceras
vermelhas na pele e mucosas, particularmente na boca e nariz, que serão
talvez os sintomas mais comuns da doença.

Por vezes há limitação da doença ao pulmão sem resolução,


desenvolvendo-se um quadro clínico semelhante ao da tuberculose. Deve-
se notar que há outras formas de paracoccidioidomicose, além da pulmonar
(como entre outras a paracoccidioidomicose cutânea, ganglionar e
neurológica) e nem sempre a doença é adquirida por via respiratória.

Diagnóstico e Tratamento

A expectoração é observada ao microscópio, mas a cultura pode ser


necessária para a identificação.

O tratamento é farmacológico e os fármacos mais comumente


administrados são:
• Cetoconazol - 200 mg, via oral, a cada 12 horas, durante 365 dias.
• Itraconazol - 100 mg, via oral, a cada 12 horas, durante 180 dias.

Em certas ocasiões, pode apresentar lesões ulcerativas na mucosa


gastrintestinal.

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