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we | Fiscalidade rene aprscendo aa oe fun conde © Feciie Pt. p= smote pbs Federan erwens e Puot caricter kidico, e quase sempre no Jempresarial, das actividades des- portivas em geral, e do futebol em, particular nio so pressupostos suficientes, ou sequer necessarios, pari a sua exchusio Estamos convictos de que tais obrigagoes nito slo necessariamente um encango. Podem an- tes encararse como uma opomtunidade de credibilizar ¢ tever uma transp: cida a esta ja nobre actividade. IRC: implicacdes na actividede desportiva - O caso particular w futebol 0 trtemento hibutério diterenciado dos “clubes-empresa’ e dos “clubes-colec- lividade” jusifica-se pelo abjecta social principal de cada uma dessas enlida- des. A acividade empresatial pode ser exercids nos dois casos, mas os “Ciu- bes-coleciividade’ fezem-na sempre de forma acessiria, do complexo de obsigacdes inerente a figu- 1a de sujeito passivo da relagio tributira. Nom mundo incerto, a5 obrigagdes fiscais s20 para todos uma certeza Os resultados, independentemente da sua designagio ~Iuero ou rendimento Kquido — sto objecto de tibutagio, salvo algumas e cepcées, fundamentadas sobretudo m0 ca- ricer de um certo bem comum para & €O- munidade ~ a promogio da actividade des- porta, a qual esta isenta ou excluida de te Iputacao. E relevante a destringa entre entidades que exercem a actividade despontiva como uma actividade empresarial, onde se enquadram as sociedades anonimas desportivas, das en- tides que a exercem fora desse contexto ‘empresatial — as colectividades despostivas As primeinas, aplicam-se as regras relativas aos residentes que exercem a titulo princi pal actividade comercial ~ portanto, 4 pro» posite destas, por se engtadrirem no regi ‘me das demais sociedades, apenas nos refe- riremos aos aspectos especificos da sua tri. nado, As segundas, aplicam-se regras distintas das anteriores que sero objecto de oportuna re- feréncia ox Serio Portes Incidéncia © Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (doravante apenas IRC) incide so- bre todos os rendimentos (ineidéncia objee- tiva) obtidos pelos respectivos sujeitos pas- sivos, independentemente do caricter em presatial da actividace desenvolvicla. © IRC incide igualmente Gncidéneia subjectiva) s0- bre todas as entidades coleetivas que pos- suam sede ou direccao efectiva em tertitério portugués, ou nele obtenham rendimentos ‘nao sujeitos a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (adiante somente IRS), quer sejam sociedades ou demais pes- soas colectivas de direito piblico ou priva- do, quer possuam personalidade juridica quer se encontrem desprovidas dela, As sociedades andnimas desportivas (cha- memos-Ihes “clubes-empresa’), slo sujeitos passivos de IRC), porquanta se enquadram no conceito de sociedade comercial, Por motivos diferentes ~ sao demais pessoas co- lectivas de direito privado — as colectivida- des cujo objecto social seja a promocio da actividade desportiva (chamemos-Ihes "clu- bes-colectividade”, por oposigao a “elubes- empresa’), independentemente da sua qua- NED af 118 ORC + Puce: * betes de qaique ome de tania. ‘Bore inéves fendineio ¢ eisvalst- * Apketesfrenesas fens & Shoo *Olins es tins, Determinacto de metéie colecével faxes de hibulecéo ConsideragSes gerais - Apesar ca matéria co- lectivel das “clubes-colectividade”, dada a sua condicto de sujeito passivo que nio ‘exerce titulo principal actividade “empre- arial’, assentar numa logic diferente do lu- cro fiscal, cxtério de referéncia para 0 apt- ramento da matéria colectivel dos sujitos passivos que exercem a titulo prineipal uma actividade “empresaria”, ainda assim, o seu cilculo partlha determinados principio es- tuturantes do imposto. Contexto em que deve ser entendido o principio da indispen- sabilidade dos custos sujeito passivo, que exerce a titulo princi- pal actividade “empresarial", pocle, no de- senvolvimento da mesma, suportar 0s €us- tos que entenda por adequados a sua pros secugo. Nao obstante, apenas sto fiscal mente relevantes 0s que comprovadamente forem indispensiveis para a realizacio dos proveitos ou ganhos sujeitos a imposto ou para a manutengio da fonte produtora(. © sujeito cuja actividade “empresarial” € meramente acess6ria da actividade despor- tiva ~ ‘clubes-colectividade” — estao sujeitos a idéntica regra(. Se quanto 2 indispensabilidade dos custos as regras sio convergentes, quanto 4 dedu- tibilidade de prejuizos fscais, divergem. Os sujeitos passivos que exercem a titulo prin cipal actividade “empresarial” ~ ‘clubes-em- presa’— deduzem os prejuizos fiscais aos lu- 105 tibutivels, havendo-os de wm ou m dos seis exercicios posteriores. Os que exer cem essa actividade de forma acessbria, 08 “clubes-colectividade”, veer limitada a de- ugaio dos mesmos em virtude da sua inco- municabilidade. Como se verifica em matéria de deduttbili dade de prejuizos, também nas restantes re- “nenenis pabnorias © Hula gluta Ieesiradas 3 ns esis, gras de determinacio da matéria colectivel, © regime dos “clubes-colectividade” é parti- cular, podendo os rendimentos, apenas no que respeita 3 sua actividade acesséria ~ a empresaial — ser determinados por cilculo directo ou indirecto. Gilculo directo - Os referiddos rendimentos sujeitos © nao isentos devem ser enquadra- dos nas diversas categorias consideradas pa- a efeitos de Imposto sobre 0 Rendimento das Pessoas Singulares(*) (IRS) para se pro~ ceder 2 determinagio do rendimento global bruto(®). Perflham-se assim quatro tipolo- aias de rendimentos: 1, Empresariais, que abarcam a publicidade, 08 direitos de qualquer forma de trans- missio, 0 bingo, e todos os demais rela- cionados com as actividades empresariais tals como bares ¢ lojas jtais, que incluem sobretudo 0 rendi- ‘mento de aplicagoes financeira 3, Prediais, no seio dlos quais estarlo os ren- dimentos de bens iméveis; 4, Incrementos. patrimoniais, que registam as mais-valias dos bens imoveis ¢ das aplicagdes financeiras Esta inclusio de rendimentos nas tipologias de capitais, prediais ou incrementos patri- ‘moniais, no sera rigorosamente conforme descrto, verificado que esteja o principio da atracgio de rendimentos & categoria BC). ‘Tais rendimentos, se imputiveis a activida- des geradoras de rendimentos empresariais, deverio set igualmente considerados como it. licntar, co relevdncia para os “clubes-colectividade”, o preceito de remisstia constante do Codigo do IRS, que estabelece que os rendimentos cm- presariais() devem ser determinados adoptando as regras estabelecidas no Co- digo do IRC, com as adaptagées resultan- tes do Cédigo do IRSC*) TOC Abt 2006 £73 6! Fiscalidade Repartigio de custos comuns - Admitindo © cileulo directo aos rendimentos de cada ca- {egoria slo subtraidos os encargos relativos 208 mesmos ~ dedugio especifica — que apresentem uma relagio directa com os pro. veitos, Aos rendimentos empresariais Sto deduzidos os respectivos gastos indispensa- veis 2 obtengao desses rendimentos@), ¢ aos rendimentos prediais, igualmente, os respectivos gastos indispensaveis & sua ob- tenct0@). Alguns gastos nao apresentam, com toda a certeza, uma relagio directa, e logo exclusiva, ‘com cada tum dos referidos rendimentos. Por isso, no Slo considerados nas dedugdes es- pecificas, pelo que, mio estando especifica- mente ligados com a obtencio dos rendi- A diferenca positive enhe as mais e as menos-valias ieali- zadas com alienacbes de direitos sobre jogadores, vulgo “passes’, é libuleds em 50 por cento do seu valor desde que 0 monfante de realizacdo seja reinvestido ale 30 fim do terceiia exercicio sequinte 8 allenacdo, na aquisicao de outos jogadores ou de activos afecios a fins desporivos mentos nao sujeitos ou isentos, que neste ca- so si0 negligenciados para efeitos de céleulo do imposto, constituem encargos comuns ~ designadas na lei por custos comuns(*) (Os referides custos comuns se directamente relacionados com a obtengao de rendimen- {0S sujeitos € nfo isenios, nao de forma di- recta ¢ exclusiva com cada tipo de rendi- -mentos ~ pois nessa ciscunstincia sio ob- jecto de deducao especifica ~ devem set de- duzidos na sua totalidade a0 rendimento global para efeitos da obtencao da matéria ccolectivel. Se, simultaneamente, se encon- trarem relacionados com os referidos rend- ‘mentos ~ sujeitos € nao isentos ~ e com to- dos os demais nao sujeitos ou isentos, sto deduzidos na_proporcio dos rendimentos Drutos sujeltos € no isentos na totalidade dos rendimentos brutes. CAlculo indirecto - Os rendimentos empre- sariais podem ser determinados com base ‘8a contabilidade, ou com base no regime simplificado, o qual se consubstancia numa avaliagio indltecta do rendimento. A hu deste regime a matéria colectivel resulta da aplicacao do coeficiente de 0,20 a0 valor das vendas de mercadorias e de produtos € do Coeficiente de 0,65 a0s restantes rendimen- tos provenientes desta categoria, Ficum abrangidas pelo regime simplificado as entidades que mio tenbam ultrapassado ‘no perfodo anterior um volume de vendas superior 149 739 euros, ou valor iliquido dos restantes rendimentos desta categoria supe- siot 99 756 euros, ¢ no tenham optado pe- lo regime de contabilidade organizada, Excluem-se os sujeitos passivos que, por cexigéncia legal, sejam obrigados a possuir contabilidade organizada(). Especicliades dos “cubes-empreso” Resultado da Lei 103/97, de 13 de Setembro, que estabelece 0 regime fiscal proprio das sociedades anonimas clesportivas, a tudo se aplica as disposicdes previstas no Codigo do IRC, com as excepedes consagradas na lei supra. A particularidade do regime das mais e me- nos-valias merece adequada referéncia. Par- ticularidade que se concretiza num regime ‘mais favorivel, essencialmente no que res- peita ao prazo para reinvestimento dos va- lores de realizacao de activos alienados que em citcunstincia usuais € de dois exercicios econémicos, € no caso em aprego & de wesc) A diferenca positiva entre as mais e as menos- ~valias realizidas com alienaybes de direitos sobre jogadores, vulgo “passes”, & tibutada «1m. 50 por cento do seu valor deste que 0 montante de realizacto set reinvestido até-20 fim do terceiso exercicio seguinte &alienacio, nna aquisicio de outros jogadores ou de acti- ‘vos afectos a fins desportvost. Qual © tratamento desta mesma situacdo quando ocorre nos *clubes-colectividacde”? A referida lei nfo se aplica nesses €2s0s, ha vendo desde logo que enquadar esse ren- dimento, Resulta directamente do exercicio da actividade desportiva, € logo, verificados 6 condicionalismos de isengaio, esto isen- tos de imposto? Ou, diversamente, conside- ram-se rendimentos da actividade acess6ria, ‘empresarial, enquadrando-se como direitos respeitantes a qualquer forma de trans- iissdo € logo sujeitos a imposto? A verificar- se este tiltimo caso, sio igualmente tributa- das a 50 por cento? Outra particularidade da lei supra referida respeita as regras de reconhecimento conta- Dilistico e de depreciacio dos direitos pagos peli contratacio de jogadotes profissionais, que sto considerados como activo imobili zado incorpéreo, actives intangiveis, xendo amortizados pelo método das quotas cons- tantes, pela taxa equivalemte ao petiodo do contrato, Toxos. ‘Também no que respeita a taxas € de sax lentar que © legiskador efectua uma dliseri- minagio positiva, aplicando uma taxa cinco pontos percentuais mais baixa (20 por cen- to) aos “clubes-colectividade” relative mente 2 aplicada aos “clubes-empresa" 25 por cento(). Note-se que a estas taxas acresce ainda 0 imposto municipal de des- Ao contririo, qui¢4 em virtude da maior sus- ceptbilidade dos sujeitos que no exercem actividade “empresarial’ a titulo. principal para a indevida documentagte das despe- sas, ou mesmo para a exist@ncia de despe- ‘sas confidenciais@), estas sto autonoma- mente tibutadas & taxa de 70 por cento(", enquanto 0s outtos sujeitos ora em andlise, os que desenvolvem a titulo principal acti- vidade “empresarial”, vém as suas despesas confidenciais tributadas @ taxa de 50 por cento@). LUguidacBo & pagamenta Liquidagao - As regras de liquidacio, desig- nadamente quanto a quem a efectua, S10 uuniversais, ou sea, idénticas para todos os tipos de sujeitos passives. A liquidagao é efectuada pelo priprio sujeito passivo na declaracio periédica de rendimentos(”) Atendendo uma vez mais is particularidades cespecificas dos sujeitos que no exercem a titulo principal uma actividade “empresa- rial’, interessam-nos neste dominio os “clu- s-colectividade”, nao se considerou qual- quer limite minimo pars © resultado da li- quidaglo. Diversamente, 0s sujeitos que exercem essa actividade a titulo principal, mo podem liquidar um montante de im- posto inferior a 60 por cento do montante {que seria apurado se 0 sujeito usuftuisse de heneficios fiscais(. Para os “clubes-colectividude” esta matéria € particularmente sensivel atendendo a ci ‘cunstincia destes avferirem de uma redugio a0 rendimento global de 90 por cento dos readimentos liquidos, se tais montantes fo- rem investidos em novas infra-estruturas ou ‘gastos em actividades despontivas de recre- agao e no desporto de rendimento(*). Pagumento - Tamibém no que respeita 40 p gamento se verifica uma dliseriminacao fa~ ‘vortvel para 0s sujeitos que nao exercem a ‘itulo principal actividade "empresarial”, que liquicam @ totalidade do imposto que ten- ham determinado até ao tltimo dia do pra- 20 estabelecido para o envio da declaragao de rendimentos(*). 5 “clubes-colectividade” nao tém pois obi- gacto de efectuar qualquer adiantamento 4405 cofres do Estado, 20 contratio dos de- mais sujeitos passivos referidos, designada- mente 03 “clubes-empresa” que, conforme € sabido, esto obrigados aos adiantamentos relativos aos pagamentos por conta(*) © a0 Pagamento especial por conta) Obigacbes acessdies ObrigagSes declarativas - As obrigapdes de- clasativas a cumprir pelos sujeitos passivos de IRC respeitam 8 apresentacao de decla- ragho de inscricio, de alteracoes ou de ces- S220; de declaragao anual de infor- ‘miagao comtabilistica ¢ fiscal("), ¢ de decla- igio periddica de rendimentos( “Fambém aqui, e apenas no que respeita A de- laragio periddica ce rendimentos, as enticla- ides que mio exercem a titulo principal activi: dade “empresarial’, desde que mio estejain sujeltas a tributagio auténoma no exetcicio econGmico em causa, estio dispensadas da ‘st apresentagao se ni tiverem obtido ren- dmentos, ou estes, a existirem, beneficiarem de isencio definitiva, ou ainda apenas aufi- ram rendimentos de capitas cuja taxa de re- tengo na fonte seja de 20 por centoc. oC att 2006 #73. | 47 Fiscalidade Obrigacdes contabilisticas - Tal como antes se referiu, apenas os sujeitos que exercem a silo principal uma actividace “empresarial” “clubes-empresa” = s20 obi dispor de contabilidade organizada nos termos da fei comercial e fiscal(. Os sujeitos que no exercem a titulo prince pal essa actividade empresarial —“clubes-co- lectividade” — sio obsigados a dispor de es crituragao dos rendimentos € encargos por categoria de rendimentos e do inventitio dos bens susceptiveis de gerarem ganhos tributiveis(*). No entanto, esses rendimen- 108 sao objecto de tratamento nos termos do estabelecido no Cédigo do TRSC), que exi- ge para a aplicagio do regime normal de ti- Dutaclo a existéncia de contabilidade orga- nizadaC*). Parece-nos que a existéncia de contabilidade organizada determina a possi- billdade de oprao pelo regime normal de ibutagio. Caso ndo se exerga essa opgio, haven gualmente que atender ao Decreto-Lei 413/87, de 31 de Dezembro, que exige 3s entidades regularmente constinuidas que se dediquem a pritica do desporto federado, a claboragio de contabilidade regularmente onganizada, desde que a receita liquida do exercicio anterior seja igual ou superior a 124 699 euros. traindo-nos das exigenctas legais mais se diré que a contabilidade € sempre um ins- trumento de elevada utilidade para 0 con- hecimento da posicio financeina, alteragdes desta e performance da organizacao. Doutra forma, como saber, por exemplo, quais as idas a liquidar, valores a receber, patti- meénio liquido, entradas (origens) ¢ saidas de dinheiro, entre outras questoes? Conclusties © teatamento uibutirio diferenciado dos “clubes-empresa” e dos “clubes-colectivia- dle" jusiica-se pelo objecto social principal de cada um desses sujestos, Ambos podem exercer actividades empresarias, mas os Sdubes-colectvidade’, exercem-na sempre de forma acess6xi, Dai decore 0 earicter excepcional das me- dias fiscais a que se sujetam,auferindo de verthdeiros beneficos Fiscais() legalmente plasmados através de isengdes, de redugoes de taxas, ¢ de nao limitacoes as deduces 2 materia cotectivel Medidas como a isengio de determinados rendimentos nao empresas, a isengio de dutros, ainda quc empresariais, desde que fnferiores a determinado limite, isengio, em determinadas cicunstancis, de subst dios incrementos patrim cde uma taxa reduzida, a ndc Jor liquidado, 0 pagimento xinico do im- posto, a possbildade de dispensa de decla- ragio dle rendimentos, consitzem verdadei- tas excepgves tibutirins Contudo, varias prescrigdes tibutirias, pa- rece-nos, cirecem de menor abertura inter pretativa, reforcando dessa forma a seg tanga juridico-fiscal destes sujeitos passvos. [A semelhanga do que se veriica quanto ouiros rendimentos, 08 sujeitos © nao isen {os € 06 nao syjeitos, também relativamente 5s ixentos, ov directamente derivados do exercicio da acividacle despontiva deveriam ser tipficados, ainda que de forma exempl- ficativa Por fim, refirase que a existéncia de uma contabilidade devidamente organizada, © eventualmente certiicads, garni alguna Seguranga ma justiicagan a. proveniencia dos fundos 4 dsposigzo dos elubest, (Texto recebido pela GTOC em Nowembro de 2005) (© Bs soca um seine Bisel pips comes ‘Seaplane uliente. cots devils adapta eo ‘tipo (a dat 10897, de 13 Sete), «pala esr a 940899, de 6 de Agosto), 4.) tne “sejor ota dept pene abet de ties prt “bem fe de soca annie eo tac paicpecte mime mohdads em oanptisies deer ties de cance prio. sar wo ca das sciedees Sarna gn do aig 10° prewodo eon ntl species esi font a ae Ino de wetedadeertacoon com piion depoea prisons da mate (0 esto dn oleae de ue pbc spo co pin Dose tet 167. 7 de Nove de 197, Tne queens cob deta pa as ‘andres rostgam is de itera el. comunidad nacional us i a rc ‘ran, emponed cm dina do Genre a st ‘nace lca om erm cde merecrom dap deca edt Finale deat pica. = Gorisonn) Ete ealcancrt coupes do Gover rears reqcrnentn deviant naar, (oe uber clea de to reads nent eo ‘Sphere de pet (Aino rte ers comer a comer as penton pe ver tne, elo que lla expi 8 ‘hat 8c CNC se ck) nurs comer ttl in be aes soa r= tan te ert sconomtca de career, ‘ht as presen de ete ta tng deve Soca x0 porn ees socal tc, sami de a Gh igi 16 41S do gn Ca {Seu ao primo press ncaa ~ mao usu rev dow elie da athe parce m0 se ssc uae (ger sv, jt quana 0 Seqund~ suse de imerese a {Bowen indie tno cpl = ins a oven, aap exandn desino, legal eu doaralnente. 0 qoe [Semen por cree does indo edo do plana. sags de ume raters Memo {i dred costtal fers nn eld (0, 08 pe {Sete quar ante comemt aoe? {© Confers dr aries 1156 172m do Chg {saa pris vide Piet Conabiliis °18,que ean intact con o DsrtorLe 3/208 de 7 de Fesereo c+ lahetce 0 quai de reer ume etbsece ‘el de memulzaso coma eut Pr (MT do hg do BE (0) Bonn kon Ge ala unidde monaties e ‘ono (Ns dasca pea gad not ata pa “stare deena de ners, redundan em se {panasonic aber lin ple “cols” cn 3 he os ke pes doves sr conde rend uo (09 Na er fo, 2 5b ago 11° da ado bo IC, 8 “Co prmenee de alque setae conte da ‘ava (6 Tetris poe ser coco de doe tmenog ‘endend di entdade que 0 eplorReparese na F = 40 INE 5°38 DE De de 9 de Sees de 189, fein poe se {ear de rendimentos en exp sob og (Ge xploraindenre dom csi) on terme scan {6 nb decd IRC tan se Se ogo fon de ‘nen » asi cm cu i et ea 4 np esa ae oop somo nn ee IC, como (0 te ne cscs a ncente pti DE KET Ht ZKE-D| Zo08 Miso qu hls por focsee WAJe Aor ¢ ah Go erp cbiburp a RAGE Uk ade Pllc wipes, fer doen mas nguanin os pcos respi “Geren tii, endo spt geet im emetteem ee (hare Bs. ho Caio do IG, com a daogo que Ihe foi da pelo Derren” 2972008, de 12 de Novenro (Sie Despac do SDGCT IR de 2 e Jan de 280, {oar tne ne $d Co do OA 28° do Gn do RC Spon bo acs oe sos component nde Sense dor rondnntoe (© Pcedanet a eenprcres penn 0 ae eR ge eX thn Bea han, Ane 2, do Osi do BS. (6) Emo noe» emt ene ce rensimentie spss ‘aivands genannten 8 Olean “tad geradors de rnd {reads ques aang el ee smpltieao, a teeter (6a 32 do Cig 4S, (©) Gases om + pula, 0 ne ere mui os {Deter amo pos mina ve CVn 49" do Cg do (©) Ae 31° do Codigo de S| (0) at 28° do Cig do RS {Cs ows Sgro rete mo Sain ie avec ener, pr noe solder emer despots 0 [Riese pe cour an exer anterx(a”1do a {Br do igo do, pose que now parse alo co Sgn part ae scitaden deportes ‘© Go seta dase conus cn as. 4 a 10877, 213 desu, com oar do Cisigs Jo (Gp arcade 4 do Cain do Gas. 90% ne Lo Codigo do (©) Aun eet ts, ss encar Perci AacHts ne do Cio do (Gas At me do Codigo do (Ch 82° do Cen co RC (pA Rie de Cg do RC {Ars 524 2 do Fast dos Rents Ps (© AR 100 do Caio do IRC 1) 97 Citgo do RC (6) Aa. 98° do go do I (6 No een dosage 10+ © 1 (©) Not es do ag 18" de Citgo 1) Nex ts ato 112° do Gig do RC (At 1098) m6 do Cnt do RC. (i 158 17" anon Clin do RC. (6) Ae oye do (BAM 3% a Lal 8, do Cogs do RG 1 At 28 de gs do 8S. (Chane dfs an at. 2° do Beato ds Bento Fs (CY Fnbors fos do dns desta mua, tee ate a Li Ia, de 27 de Narco, que etabelese @ reine de re coe especiis i entuades que lena ov aie ‘ie se proses de setdades despots pis sos Cg to ‘oc At 2006 £73 ‘SOGIEDADE DE ADVOAADOS, AL ROGERIO FERNANDES FERREIRA &ASSOCIADOS N°08/17 OS CLUBES E AS SOCIEDADES DESPORTIVAS: REGIMES APLICAVEIS E TRIBUTAGAO INTRODUGAO ‘A complexidade do fenmeno desportivo no panorama actual leva a que a estruturacao de uma organizagao desportiva seja um tema com crescente relevo, na medida em. que existem importantes diferencas no quadro legal da tributacao, por um lado, dos clubes desportivos e, por outro lado, das sociedades desportivas. A legislagao fiscal em vigor consagra algumas diferengas no _tratamento conferido a clubes e a desportivas e, especificamente em relacao 2 estas iiltimas, estabelece um conjunto de regras especificas, designadamente, em matéria de dedugio de gastos, de amortizagdes, de exclusdo parcial de sociedades tributagao de mais-valias realizadas com a transmisso onerosa de direltos de contratacdo de jogadores protissionais, bem como isengSes fiscais em operacées de reorganizacéio e um regime proprio de responsabilidade pelo pagamento de oud ‘SOCIEDADE DE ADVOGADOS, RL ROGERIO FERNANDES FERREIRA & ASSOCIADOS dividas a Administragao tributaria e a ‘Seguranga Social. QUALIFICAGAO COMO CLUBE OU SOCIEDADE DESPORTIVAS. Na realidade desportiva, existem duas entidades que assumem maior relevancia e que, ndo obstante serem ambas pessoas colectivas, tém estruturas e escopos diferentes, designadamente, de acordo com a Lei de Bases da Actividade Fisica e socledades do Desporto: clubes e desportivas. Pessoas colectivas de direito_privado, constituidas sob a forma de associagao sem fins lucrativos, que tém como escope © formento © @ | prion recta de modoldedes desportives. | Pessoas colectivas de diteito _privad, | constituldas sob a forma de sociedade anérima, | cujo oblecto é a partieipacso em competicoes desportivas, a promago © a organizacto de especticulos desportives e © fomento ou dosenvolvimento de actividades relacionadas ‘com a pritica desportiva proflssionalizada no ambito de uma modalicade. © Decreto-Lei_n.° 10/2013, de 25 de Janeiro (Regime Juridico das Sociedades Desportivas) prevé que uma sociedade desportiva deve ser constituida sob a forma de: A sociedade constituida de trés formas: (i) de raiz: (il) desportiva. pode ser pela transformagao de um clube Gesportivo: (ii) pela personalizacéo juridica de uma equipa (ie., quando 0 clube transfere para uma sociedade desportiva a totalidade ou parte dos direitos e obrigacdes de que é titular e que esto afectos 2 participagao em competigses desportivas profissionais situagao em que o clube fundador deve deter, directamente, urn minimo de 10% do capital social da sociedade). E, também, permitida a transformagao de uma sociedade —desportiva_ numa sociedade desportiva de tipo societario diferente (v.g. uma SUDQ pode transformar-se em SAD). Este proceso de transformacao assume cardcter irreversivel, na medida em um clube que se transforme numa sociedade desportiva ou que personalize a sua equipa s6 pode participar em competigdes desportivas de cardcter profissional desde que tenha o estatuto juridico de sociedade desportiva, profissional © objecto de uma sociedade desportiva deve consistir na participacdo numa ou ‘SOGIEDADE DE ADVOGADOS. Ri. ROGERIO FERNANDES FERREIRA & ASSOCIADOS mais modalidades, em competicoes desportivas, na promogao e organizacao de espectaculos desportivos e no fomento ou desenvolvimento de actividades relacionadas com a pratica desportiva da modalidade ou modalidades que a sociedade tenha por objecto. OREGIME JURIDICO DAS SOCIEDADES DESPORTIVAS I) CAPITAL SOCIAL MiNIMO As sociedades desportivas devem ser constituidas com um determinado capital social minimo, consoante as modalidades e competigoes em que participem: Participagao na liga 1.000.000 | 250.000 profissional de e € | tutebor Participagao na liga 200.000 | 50.000 profissional de € € |___futebo! Outas. 250.000 | 50,000 ‘competigies £ € profissionais Competicoes | 50.000€ | 5.000€ | néo profissionais Caso uma sociedade desportiva tenha por objecto a pratica de varias modalidades, 0 capital social minimo tem de ser o correspondente ao capital social minimo exigido para a modalidade que requer o capital social mais elevado. A realizacdo, em dinheiro, de 50% do capital social pode ser diferida por um prazo maximo de 2 anos. I) Tipos DE AcgOES ‘As SAD tém acgdes de categoria A (destinadas a serem subscritas pelo respectivo clube fundador quando a sociedade se tenha constituido por personalizagdo juridica de uma equipa) e acodes de categoria B (nos restantes casos), ambas nominativas A quota indivisivel ¢ intransmissivel representativa do capital da SUDQ deve pertencer integralmente ao clube fundador, podendo, no entanto, uma associagdo desportiva ser titular de mais do que uma SUDQ. desde que respeitantes a modalidades distintas. III) TRANSFERENCIA DE DIREITOS DESPORTIVOS De acordo com o regime juridico das sociedades desportivas, quando hd lugar & personalizagao juridica de uma eguipa desportiva, so automaticamente transferidos para a sociedade desportiva constituida os direitos de participagao nas competigées em que estava inserido 0 oa ‘SO0iEDADE DE ADVOGADOS, RL ROGERIO FERNANDES FERREIRA & ASSOCIADOS clube fundador, bem como os contractos de trabalho e de formag3o desportiva relativos a —praticantes-—da(s) modalidade(s) que constitui(em) o objecto, da sociedade, ATRIBUTACAO DO RENDIMENTO OU LUCRO 1) CLupes DesPoRTIVos Os clubes desportivos, enquanto pessoas colectivas, so considerados sujeitos, passives de IRC. © imposto incide sobre o rendimento global do clube, isto é, 0 correspondente a soma algébrica dos rendimentos liquidos das diversas categorias consideradas para efeitos de IRS e, bem assim, dos incrementos patrimoniais obtidos a titulo gratuito. ‘Ao rendimento global sujeito a imposto 40 dedutiveis os gastos comuns e outros gastos (desde que nao estejam especificamente ligados @ obtengto de rendimentos nao sujeitos ou isentos de IRC), bem como eventuais beneficios fiscais. Destaque para a possibilidade de os clubes desportivos poderem deduzir & matéria colectavel (do proprio exercicio fiscal ou do exercicio seguinte) 50% do montante investido em novas infra-estruturas, desde que esses montantes nao provenham de subsidi No que diz respeito a taxa, é aplicdvel a ‘taxa geral de IRC (actualmente, de 21%), sem prejuizo da eventual aplicagao da derrama estadual e de taxas de tributagao auténoma a certos encargos. De acordo com 0 Cédigo do IRC, estéo Isentos de imposto os rendimentos directamente derivados do exercicio de actividades desportivas, quando obtidos por associagdes legalmente constituidas para o exercicio destas actividades ¢ sejam cumpridos os seguintes requisitos ‘cumulativos: — inexisténcia de distribuicao de resultados; inexisténcia de interesse, directo ou indirecto, dos membros dos Orgdos socials da associagao nos resultados de exploracdo das actividades prosseguidas; e ~ contabilidade ou escrituracao que abranja todas as actividades e que a mesma seja posta 8 disposicao dos servicos fiscais. Para efeitos de IRC, em especial da Isengao referida, nado se rendimentos directamente derivados do exercicio de actividades desportivas os consideram onl ‘SOCIEDADE DE ADVOGADOS, Ri ROGERIO FERNANDES FERREIRA & ASSOCIADOS provenientes de qualquer actividade comercial, industrial ou agricola exercida fem ligacdo com estas actividades e, nomeadamente, 0s provenientes de publicidade, direitos respeitantes 2 qualquer forma de transmisséo, bens iméveis, aplicagées financeiras e jogo do bingo. Quando esteja em causa tributagao de tais rendimentos, 0 apuramento da matéria colectével ¢ feito nos moldes supra referidos. Ficam sempre isentos de IRC os rendimentos das_—_colectividades desportivas, desde que a totalidade dos seus rendimentos brutos sujeitos a tributagdo (e nao isentos) seja igual ou inferior a7.500€. II) SOCIEDADES DESPORTIVAS. As sociedades desportivas também sao consideradas sujeitos passivos de IRC. Difere, no entanto, 0 método de determinacao da matéria tributavel, visto em que, neste caso, a mesma é afer relag3o ao lucro tributdvel, como sucede com a generalidade das sociedades comerciais sujeitas ao regime normal de IRC © lucro tributavel corresponde a soma algébrica do resultado lfquido do perfodo e das variagdes patrimoniais positivas € negativas verificadas no mesmo perfodo (¢ nao reflectidas naquele resultado), determinados com base na contabilidade. Similarmente, 6 aplicdvel a taxa geral de IRC (21%). Porém, caso a sociedade desportiva seja uma pequena ou média ‘empresa, ¢ aplicével uma a taxa de IRC mais reduzida (de 1796) aos primeiros 15,000€ de materia colectavel (20 remanescente, aplica-se 2 taxa normal de 21%). © espectro temporal para a dedugdo ao lucro tributével de prejulzos fiscais (sempre limitada a 70% do lucro tributavel do perfodo) pode ser de 12 ou 5 perfodos de tributacéo, respectivamente, 0 sujeito passivo de IRC possa ou nao ser qualificado como uma micro, pequena ou média empresa, de acordo com o Decreto-Lei n.° 372/2007, de 6 de Novembro: consoante, | 2.000.000€ | periovos ve = TRIBUTAGA <50 | 10.000.000 |" € os ‘SOQIEDADE DE ADVOGADOS, RL ROGERIO FERNANDES FERREIRA & ASSOCIADOS 50.000.000 € (voLUME) ou 43,000,000 | € (BALANGO) 5 IauaL ou suPERIOR eRIODOS aosvatores | TR RELATIVOS A MEDIA "6 | TRIBUTAGA EMPRESA e Ao lucro tributavel sao, ainda, dedutiveis, 0s gastos, perdas suportadas pelo sujeito passivo para obter ou garantir os rendimentos tributaveis. incorridos e as Segundo a Lei n° 103/97, de 13 de Setembro, republicada pela Lei n° 56/2013, de 14 de Agosto (Regime Fiscal das Sociedades Desportivas), as quantias atribuidas ao clube fundador que goze de estatuto de utilidade publica sejam por este investidas em InstalagSes ou formagao desportiva so, na esfera da sociedade desportiva, consideradas como gastos do exercicio na sua totalidade. Também os montantes pagos pela sociedade desportiva a titulo de exploracdo dos direitos de imagem dos agentes desportivos (jogadores treinadores por si contratados) sao considerados fiscalmente dedutiveis, mas apenas em 20% do respectivo montante total. expressamente gastos Em matéria de dedugao de gastos relacionados com a exploragao de direitos de imagens, 9 —_entendimento jurisprudencial e da Administragao tributdria (cfr. Circular n° 17/2011 da Direcgdo-Geral dos Impostos) parte da concepgao do artigo 23.° do Cédigo do IRC ‘como crive ultimo 4 dedutibilidade, como gastos, dos montantes pagos a titulo de exploracao de direitos de imagens. © critério presente no artigo 23° do Cédigo do IRC reconduz-se a aceitagdo da dedutibilidade de um custo quando este puder ser considerado, em abstracto, adequado obtengao ou manutengao de rendimentos sujeitos a IRC. De forma a que a Administragéo tributaria nao se imiscua na gestao da empresa e nao sejam derrogados relevantes, como os da propriedade privada e da iberdade de iniciativa econémica, a dedutibilidade fiscal de um gasto depende da existéncia de uma relacéo causal e justificada com a actividade produtiva da sociedade, sendo principios _ constitucionais irvelevante se, em concreto, 0 mesmo contribuiu para efectiva obtengao de um proveito. seatmoices ‘SOCIEDADE DE ADVOGADOS, Ri ROGERIO FERNANDES FERREIRA &ASSOCIADOS: = No Acérd8o do Tribunal Arbitral Tributério AS AMORTIZAGOES NO AMBITO DAS do CAAD n° 347/2016-T, foi entendido ‘SOCIEDADES DESPORTIVAS que a mera titularidade de direitos de imagem - ainda que, directamente, destes no resultasse um incremento nos rendimentos do respectivo titular -, constituia uma vantagem na negociagao de contractos de patrocinio e na obtengao de patrocinadores, algo. que, indubitavelmente, concorria para a cobtencao de rendimentos e, portanto. justificava 2 dedutibilidade fiscal dos gastos associados. © —respectiva exploracdo. Ainda a propésito das operagées realizadas entre 0 clube fundador e a sociedade desportiva, cumpre realgar que, existindo entre eles relagdes especiais (tal como definidas no Cédigo do IRC e que, em geral, se verificam quando uma entidade tem o poder de exercer, directa ou indirectamente, influéncia significativa nas decisbes de gestdo da outra), deve ser observado 0 chamado prego de plena concorréncia, isto é, termos e condigoes (vg. prego, taxa de juro) substancialmente idénticos aos que seriam contratados praticados entre entidades independentes em operagdes comparaveis, aplicando-se, assim, 0 regime de pregos de transferéncia, conforme decidiy 0 Tribunal ‘Arbitral Tributdrio do CAAD no referido Acérdao n.° 347/2016-T. O Regime Fiscal das Sociedades Desportivas estabelece que os direitos de contratagao dos jogadores profissionais - quando inscritos em —competigtes desportivas de carécter profissional ao servigo de uma sociedade desportiva - sao considerados actives intangfveis cuja amortizagao pode ser aceite como gasto fiscal. © valor amortizavel destes direitos € 0 valor do custo de aquisiciio ou, nao o havendo, 0 custo de formagao do atleta, 0 que incl — as quantias pagas pela sociedade desportiva aos detentores dos direitos _econémico-desportivos como contrapartida pela transferéncia: = as quantias pagas ao préprio jogador pelo facto de celebrar ou renovar contrato (ditos “prémios de assinatura”): € — 05 montantes pagos a agentes ou mandatérios relatives «=a transferéncia de atletas. A quota anual de amortizagéo que pode ser aceite como gasto fiscalmente dedutivel é a que corresponde a aplicagao o7l ‘SCOIEDADE DE ADVOGADOS. Ri. ROGERIO FERNANDES FERREIRA & ASSOCIADOS das taxas de amortizagao determinadas em fungao da duragao do contrato celebrado com a sociedade desportiva, utilizando 0 método das quotas constantes. Os valores que sejam pagos ou atribuidos a entidades no residentes submetidas a um regime _fiscal__claramente_mais considerados favorével nfo sto amortizdveis. MAIS-VALIAS REALIZADAS COM A TRANSMISSAO ‘ONEROSA DE DIREITOS DE CONTRATAGAO DE JOGADORES PROFISSIONAIS Para efeitos de IRC, as eventuais mais- valias resultantes da transmissao onerosa de direitos de contratagdo de jogadores profissionais so consideradas em apenas 50% do seu valor - ou seja, hd uma exclusto parcial de tributagao - quando o valor de realizagao (grosso modo, o valor de venda) for reinvestido na contratacao de jogadores ou na aquisi¢ao de bens do activo tangivel afectos a fins desportivos, até ao término do terceiro exercicio seguinte ao da realizacao (venda). BENEFICIOS FISCAIS APLICAVEIS AO PROCESSO DE REORGANIZACAO_ Para sociedades que se reorganizarem nos termos do Decreto-Lei_n.° 10/2013 (Regime Juridico das Sociedades estabelecida uma Desportivas), esta sence do Imposto de Selo, dos emolumentos e de outros encargos legais que sejam devidos pela pratica dos actos inseridos neste processo de reorganizacao (vg. constituigao de — sociedade(s) desportiva(s), incorporagao por sociedade desportiva da totalidade ou parte dos actives de clubes desportivos, entre outros). Prevé-se, igualmente, uma isencao (total ou parcial) de IMT para as transmissées de iméveis necessaries a esta reorganizacao, ‘a qual deve ser aprovada pelo orgao autarquico competente apés ter reconhecido o interesse municipal da operacdo. Tals beneficios ndo séo automaticos € S40 concedidos por despacho do membro do Governo _responsavel finangas, a pedido dos clubes desportivos, mediante pareceresprévios. da Administragao tributaria, da entidade piiblica que tutela o desporto e do Instituto dos Registos e do Notariado. pela rea das NEUTRALIDADE NA TRANSMISSAO DE ELEMENTOS DO ACTIVO DO CLUBE DESPORTIVO PARA SOCIEDADE DESPORTIVA Quando sejam transmitidos elementos do activo do clube desportivo para a socledade desportiva (ou para outra oad SOCIEDADE DE ADVOGADOS. RL ROGERIO FERNANDES FERREIRA & ASSOCIADOS sociedade maioritariamente detida pela sociedade desportiva ou pelo clube fundador), 6 aplicdvel, por remissao do Regime Fiscal das_—_‘Sociedades Desportivas. 0 regime de neutralidade fiscal estabelecido pelo Cédigo do IRC para as fusées, cistes e entrada de actives, de acordo com o qual (i) nao é considerado qualquer resultado derivado da transferénciadestes elementos patrimoniais no lucro tributavel da sociedade contribuidora e (li) € diferida para o momento da sua efectiva realizacaio a tributacdo dos ganhos obtidos com esta transferéncia de elementos, Para que tal regime seja aplicavel, a sociedade beneficidria tem a obrigacao de manter, para efeitos fiscals, os elementos patrimoniais objecto de transferéncia pelos mesmos valores que tinham na sociedade contribuidora_ antes da realizagdo das operagdes, Por sua vez, na determinagao do lucro tributavel da sociedade beneficiéria, deve terse em conta que o apuramento dos resultados respeitantes aos elementos patrimoniais transteridos 6 feito como se nao tivesse havido entrada de activos, Para além da observancia, com as necessérias adaptac6es, dos requisites estipulados pelo artigo 74.° do Cédigo do IRC, cumpre sublinhar que, nas sociedades desportivas, este regime de neutralidade fiscal é aplicavel apenas durante os primeiros 5 anos a contar do inicio da idade. ARESPONSABILIDADE SOLIDARIA PELO. PAGAMENTO DE DIVIDAS FISCAIS © Regime Fiscal das Sociedades Desportivas determina que a sociedade desportiva é solidariamente responsavel com o clube fundador por quaisquer dividas fiscais e & Seguranga Social relativas a0 perfodo anterior & data da operacao de reorganizacdo. Assim. em caso de incumprimento por parte do clube fundador. a sociedade desportiva pode ser chamada pela Administragéo tributdria. ou pela Seguranca Social a pagar a totalidade da divida, embora a sua responsabilidade esteja limitada 2o valor dos activos que Ihe tenham sido transferidos pelo clube. Lisboa, 16 de Maio de 2017 Rogério M. Fernandes Ferreira Jorge Lopes de Sousa Michel Veloso Vieira

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