You are on page 1of 12
Queridas familias do nosso Jardim cS = oe y = eguimos em quai recolhidos ¢ protegidos em nossos lares, enquanto uma nova estagéo do ano se inicia: o Outono. N6és, do corpo pedagdégico da Educacao Infantil — da Escola Waldorf Michaelis, eclaboramos novamente um trabalho com muito carinho no intuito de compartilhar algumas inspiragdes para vivéncias de uma €poca repleta de belas imagens. Um maravilhoso convite para vivenciar com as criangas. Ah! Como € belo observar todas essas transformagdes da _ Naturezal Lembrando também que, nesse momento de recolhimento, a presenga dos pais é um alimento precioso, especialmente quando estes estao nutri- dos de belas imagens interiores. Dessa forma, este contetido enviado € para colaborar e somar ao repertério valioso que vocés ja trazem de suas infancias e experiéncias anteriores. Esse momento nos traz a oportunidade de re- cordar um pouco das memérias afetivas da nossa infancia, contetido riquissimo que cada pai e mée pode oferecer. Compartilhar com seus filhos aquelas historias das suas avos, as misicas de roda de quando vocés eram pequenos, as brinca- deiras preferidas do “seu tempo” e belas histérias * guardadas no nosso bat interior, pois tudo isso é _ carregado de pleno sentido! Sendo assim, as criangas contagiam-se com a alegria genuina e a imaginacéo criativa de seus pais. Cada momento dedicado com ternura ¢ qualidade se torna um alimento perfeito para alma das __criangas. Divirtam-se juntos! Desejamos uma harmoniosa Epoca de Outono para todos vocés. Com carinho, Professoras da Educacao Infantil da Escola Waldorf Michaelis “O Outono entrou, folhas vao cair, vou me agasalha frio ndo vou sentir. J ITMO ANUAL Epoca de Outono ) | —~< “4 por\sabel Santos Xs Outono € uma é€poca de interiorizacdo, introspeccéo, renovacao, resgate, reflexdo... Podemos pensar em varias formas Para definirmos esta época que chamamos de Outono. As mudangas de estagdes também nos convidam a apenas observar a natureza € suas nuances. Neste perfodo, o vento esta mais brisa, 0 sol esta mais aconchegante, as nuvens estéo mais presentes, o céu esta mais azul € no cair da “, tarde esta mais luminoso, rosado ou alaranjado, trazendo para nosso interior algo que néo ‘se explica, mas que sentimos, as vezes como melancolia, as vezes como saudade e outras tantas vezes como intuigao ou inspiragao. E neste tempo que as folhas caem - a noite chega depressa e as manhas chegam de mansinho - que sentimos em nds um recolhimento animico muito maior e presente do que em outras €pocas, ou melhor, em outras estagdes. No outono po- demos observar que os pequenos bichinhos estéo mais dentro de suas “casinhas” e que os grandes também estéo mais quietinhos do que de costume. Também observamos um fenecer na natureza, pois as folhas das rvores caem lentamente como se quisessem contar uma historia ou cantar uma cangao. E assim, 0 Outono! - RIM ANUAL Epoca de Outono \ 4 No Brasil como temos as estagdes um tanto néo definidas, podemos estar atentos entéo a ob- servar a nossa natureza neste momento e ver 0 que esta recolhido ou se recolhendo. E tudo isso tem um propésito que vai além do que pode Mos enxergar a olho nu, pois é algo tao espiri- s tual e de renovacéo interna da Terra que nem - Podemos imaginar 0 quéo grandioso é este movimento. Por isso deixemos as preocupacdes de lado (pelo menos um pouco) € nos atentemos a esta estagéo que esta chegando e que nos mostra que o recolhimento € preciso para que a fenovacéo de tudo o que é belo e bom possa florescer de forma plena e consciente. Bom Outono! ‘ 6 af O que comer no Outono? Estamos saindo do verdo, da energia de expansdo e do ar morno, muitas vezes quente. Com a chegada do outono, entramos num periodo fresco que nos conduz ao recolhimento. Tudo o que acumulamos desde o outono passado deve ter saido e agora € hora de acumular novamente para enfrentar, logo Thais, 0 inverno. Nesta época devemos comecar a refeicgéo com um pouco de sabor Acido, que podera vir daqueles alimentos azedinhos que as criancgas tanto adoram, do liméo, da tamarindo ou da salsinha. Servem para nos proteger, principalmente o figado, que € um general no comando das forgas internas. Seguimos com alimentos mais cozidos, de natureza morna, isto €: alho-poré, batata-doce, cebola, gengibre, abobrinha, folhas de mostarda, pistache, uvas, coentro, cominho e, especialmente, as sopas. Se vocé utiliza carnes na sua dieta, comece com elas devagarzinho para se aquecer profundamente. Por exemplo, no caldo da sopa pode usar galinha, peixe ou ostra. Atengéo também para o que produz fluido: o outono € seco e se néo houver umidade, os pulm6es e intestinos sofrem. Defumados? N&o se recomenda. Frutas? Melhor ir comendo as secas, especial- mente o damasco, que € Acido, € as de natureza moma, que séo raras. Magds ao forno, recheadas com mel e tahine fazem bem no outono. Observe seu corpo 4 medida que a temperatura externa vai caindo; se estiver sentindo frio, principalmente nas extremidades, comece a colocar uns pauzinhos de canela no seu mingau matinal e evite coas cruas. Coma pao de centeio, que tem sabor amargo. . Fonte: Manual do Her6l, de SOnia Hirsch. (Texto extraido da apostila Cotovia, que € uma publicacéo dirigida_a0s-educadores da Educacao Infantil da Secretaria de Educacéo e Cultura da Prefeitura da Es- ncla de Atibala e-Interessados na proposta aqui apresentada. Ano | - nel - mar¢o/2006) SBERCARIO MUSICA (escute) CARACOL (autor desconhecido) Bem devagar Caracol a se arfastar La na-sombra Quer deitar Para enfim descansar Urs Te Tore eel Reel} BRINCADEDOS(escute) (Para essa falxa etarla sugerimos que ao Invés de historias _ sejam feltas brincadelras com dedos) Colocar a crian¢a no seu colo @ a sua mao por baixo da dela, com a palma virada para cima. CARACOL (Amanda Cunha) Caracol pequenininho (com a sua outra mao, erga os dedos indicador e médio imitando um caracol com suas anteninhas) E suave 0 seu carinho (fazer um carinho com as anteninhas: na méo da crianga) Se esconde na conchinha (dobrar dedo por dedo da crianca, fechando a mao) Al, que cama mais quentinha (abragar as maos unidas no peito da crianga aproveitando para dar um abraco!) (vela 0 video) NVATERNAL (de 2 a 4 anos) *Musica da época (escute) CHUVA (Francisca Cavalcante) A chuva molha a janela As folhas estao a cair *Historia Os bichos correm logo UMA SEMENTE TAO PEQUENA Para as tocas toc toc toc (Adaptagao do conto por Ana Flavia Basso) https://youtu.be/wmfKapcKl64 Eo Jodo de barro € quem canta canoes que o vento leva Chegou o outono © vento sopra ( faz um vento com a boca, E 0 Jodo de barro é soprando de um lado para o outro) quem canta cangdes que o vento leva € levanta as sementes, as carrega pra la e pra ca. De repente 0 vento parou de soprar, € as sementes pousaram suavemente sobre a terra. Um passarinho velo voando (faz um Passarinho com as maos) e bicou uma semente. Eo vento voltou a soprar e as outras continuaram a voar no balanco do ar até o dia que na terra bem fofinha iréo descansar. *Musica da €poca (escute) O Outono (Diana Cardinot e Maria José) Outono ja chegou As folhas a cair A terra a se encolher As sementinhas véo dormir no chao Eos bichos as suas tocas vao JARDIM (de 4 a 6 anos) JOAOZINHO SEMENTE DE-MACGA- nq (lenda dos colonizados norte-americanos)* Conto extraido do livro: Conte Outra Vez: Contos ritmicos de Karin Stasch. Séo Paulo: Antropésofica 2012. Era uma vez, um menino chamado Jodozinho, ele gostava muito de comer . ‘ magas e ficava muito feliz aos ver as pequenas sementinhas marrons e £ lustrosas que dormiam 1a dentro. Um dia sua mae Ihe contou que cada uma s dessas sementinhas poderia transformar-se numa macieira, se fosse Posta na terra, aquecida pelo sol, regada pela chuva e abencoada por Deus a dodozinho, entéo, comecou a juntar as sementinhaS e todo o mundo chamava-o Jodozinho Semente de Maca. Quando Ja havia juntado uma boa porcao, pediu a sua mae: ~ Por favor, maezinha,costura uma belsinia Dara, que eu possa guardar as minhas sementtsf A mée pegou um retalhinho de pano e costurouma bolsinha onde Joaozinho pés as sementes. . Quando a bolsinha ficou chela, ele foi falar com sua mae: - Por favor maezinha, costure uma bolsa maior para minhas sementinhas! B A mae pegou um retalho maior, costurou umabolsa também,maior e Joéoz- inho p65’ as;sementinhas nela. E quando essa bolsa também ficou cheia, Jodozinho foi pedir mais uma vez a sua mae: JARDIM (de 4 a 6 anos) > o yj e Por favor, maezinha, costure uma bolsa ce Para.as minhas sementinhas! CES Depois que a bolsa ficou cheia, ele foi pedir mais uma vez a sya mae e ela, entéo, pegou um pano bem grande e costurou um grende, Saco. Quando este saco ficou cheio, Jodozinho ja era Jodo, um rere e disse a sua mae: ~ Agora irei pelo mundo e plantarei as sementes para que todas as criancas . Possam se alegrar com as.macas. E preparou-se para a viagem: sapatos ele nao tinha, mas estava acostumado _ a andar descalco e as solas dos seus pés estavam bem grossas; na cabeca, ) pds uma panela; numa mao levou um bastéo; e no ombro, 0 saco com as sementes. Mas levava também um livro chelo de oragGes e historias santas Para pedir a bencao de Deus. Assim, disse adeus 4 sua mae e saiu cantando: wa - O bom Deus cuida de mim, ee, eu vou cantando assim: ay 7 — Agradeco seus presentes. \ & A chuva, ao sol e as sementes Por onde Jodo Semente de Maga Bassava, ele plantava as Sementinhas. As vezes, el@ passava a noite numa fazenda ou ficava uns dias:ajudando por la. Quando’se despedia espalhava as sementinhas de maca em volta da casa. 3 Eles teriam um belo pomar um dia! JARDIM (de 4 a 6 anos) , até que um dia ndo pdde continuar: havia chegado Bp Tar e 0 saco “estava vazio. Durante o inverno ficou morando com uns amigos na primave- Ta, quando tomou o seu caminho para voltar para casa, a primeira plantinha de maga que encontrou ja havia crescido e ndo era maior que o seu dedo ~ mindinho. As préximas plantinhas j4 tinham o tamanho de seu,dedo anelar, J outras estavam como o dedo médio e algumas |é tinnam o tronco da grossu- ‘J 1a do seu polegar. Continuou andando e foi encontrando drvores cada vez £ maiores, primeiro do tamanho de sua mAo, depois do comprimento do seu y Zantebraco edo comprimento do braco todo. Cada vez maiores estavam, até que ele chegou em casa. Lé as érvores estavam da altura dele. Sua mée ouviu-o chegar cantando: ‘ “O bom Deus cuida de mim e vou cantando assim: “© Agradeso seus presentes. A chuva, ao sol e as sementes.” Ela correu a encontra-lo e deu-Ihe uma macé a que havia amadurecido nas suas arvores . Essa‘é a historia de Jodozinho Semente de maga. Pedagégico da Educacao Infantil Escola Waldorf Michaelis: Bergério: Prof. Michelle Vieira, auxiliar Karina de Souza e prof. Amanda Cunha, auxiliar Vitoria Guedes Maternal:prof? Thamires de Carvalho, auxiliar Ana Claudia de Castro, prof@ Mariana Serréo, auxiliar Vanessa Torquato e prof Cristiane Martins, auxiliar Camila de Lima Souza Jardim: prof. Renata Washington, auxiliar Luciana do Carmo, prof. Isabel Santos, auxiliar Fernanda Gomes; prof Leidiane Corréa; auxiliar Juliane Carvalho Ampliado (Maternal/Jardim) — prof? Gaia Sanvicente Traverso; Grazielle Rocha prof? substituta Masica: prof Marilia Felicissimo. Diagramacao: Nirvana Prem Jardim-Escola i\ MNICHAELIS Pepacocia WALDORF

You might also like