You are on page 1of 62
\ CMDR Demat ey a SY ee ee ee ee ee Re ee eee ee ee ee ee ee eee eae sobretudo de seu componente primordial, a percussdo, € que Guilherme Goncalves ¢ Odilon Costa fazem neste Ne ea ee ci Ts 7 a eo Ce a ee ee ee) Haier See ene PET teeta Ee eT ee ET ees Muito obrigado e que meu Pai hes abencoe. SULA LN LSS a ene eee a aR a aT Cee ee ee ee eae eee eee Ce aC ae ee nee ae et eee ieee ON aR ee ete Ca Oe aa a a Cerne ae ee eee ee ideas INTO Sst mi 1 i : DS NS ee ee eee eee CO ne ee eee ee eee eee Ce ee a eT) Ooo ne ee ee ae eee eee pallia HELINHO DE OLIVEIRA Presidente do C.R.ES. Académicos do Grande Rio ma Cee ee eee ee ee eee eee eee eee ea Cee a ee ee ee ee ee eee Ec eee ee ie a eee eee CO Ca Me ae ee eee ee eee eae) Deen ae eae ee ee ee ee ec ee ee Oe eet ee eee ee ee eee ee eee een Ge ed a eee eee ee ee ee nea cee eee eee ne eee en Conservatério de MP8 de Curitiba, do qual é Diretor Artistico e Pedagdgico ij i ae i ete \" “ ge 6 ) pit o be " O BATUQUE CARIOCA AS BATERIAS DAS ESCOLAS DE SAMBA DO RIO DE JANEIRO aprendendo a tocar THE CARIOCA GROOVE THE RIO DE JANEIRO" Asauea SCHOOLS DRUM SECTIONS we we learning how to play se” yor yp a ww’ We CF Qe GUILHERME GONCALVES \ MESTRE ODILON COSTA Copyright © by Guilherme Goncalves e Odilon Costa, 2000 Editoracao: Maria Isabel Lacerda Fotos: Vania Laranjelra i Editoragdo Musical: Groove Produgdes e Edicoes Capa: Bel Augusta Verso para o inglés: Afonso Mello Franco e Fernando Carneiro Revisao de texto: Roberto Gnatalll, Aloisio Campelo Revisao de musica: Eduardo Tullio, Pascoal Méirelles e Rocyr Abbud Fotolito: CMYK Grafica: Eximpre Informacdes e pedidos pelo telefone: 205-0105 ou pelo e-mail: gsg@rio.com.br Agradecemos a todos que nos ajudaram diretamente neste livro: (Os Mestres e Diretores das baterias das Escolas de Samba do Rio de Janeiro » Os Presidentes das Escolas de Samba do Rio de Janeiro » Alexel Bueno = Alceo Bocchino = Aloisio Campelo Jr. « Bel Augusta » Débora Sada Costa + Delisa José de Souza » Leoni Jodo da Costa» Eduardo Tullo» Fablana Scherer Fernado Carneiro » Glauton e Cida Campello » Guto Goffi « Helinho de Oliveira « José Mauro Goncalves = Julio Fado « Maria Isabel Lacerda » Os 20 de Ouro » Paulo da Portela + Pascoal Meirelles » Roberto Guarilha » Roberto Gnatalll = Rocyr Abbud » Sonia Maria Strutt » Vania Laranjelra » Vé Morena » Wilson das Neves « os rtmistas da Mangueira: “Joao Carlos Donato, Valtinho A, ‘Ricardo da Silava, Macalé, Cuiney e Jorge-Ni. € aos amigos: ‘Alan Dawson (in memoriam) « Alceu Maia » Alexandre Lousada » Alfredo Rosa da Luz » Almir da tha « inisio Abrado David » Arlindo, Marcela e Carmem Coutinho « Balanas da Uniao da tha do Governdor » Eaiano = Beto Maia » Bia Pontes » Bicudo = Bira Haval » Brito tricampeao Celso de Araruama + 0 pessoal do Conservatério de Mi ‘Popular Brasileira de Curitiba » Cleber » Chope » ‘Claudio e Tania Diegues » Carlinhos Bago Velho « ‘Cezar Morcego » Dean Anderson « Djalma Falcao » Didi «Dense da Grande Rio « Dudu da llha= Edgard Nunat Rocca, o Bituca (in memoriam) » Edgar Kawasaki » Emilio Gama « Fernando de Araruama » Franco » Fumaca » Gato, Ménica e Ursula « Garotinho (in memorlam) « Gary Choffee = Georgia Camara » Genaro » Geovani Riente » Grupo Fundo de Quintal » Grupo Moleio « Guilherme Nobrega Gustavo Baeta Neves (in memoriam) » Hamiltom « Haroldo Melodia Ivan Paulo » Jader Soares » . Brito « JP = ‘Jadir Francisco de Paula » Janyr « Jean Marce José Carlos Machado » José Carlos Neto « José Carlos Rego = Mestre Jorjao » Jorge Cardoso » Laila » Leandro da Grande Rio » Lucia Franco » Luis Augusto, Gracinha, Ceorge € Camila Nascife » Luis Roberto, o Tatd + Luizinho Drumond » Mangano » Maninho » Maninho e Robson Azeredo ‘Maninho daha » Mancel Alves » Marcia Leite » Marcio Alexandre « Marcio Andre « Marcos Azevedo » Marcos Leite Maria Augusta » Maria Luiza Macedo » Mario Borrielo » Mario Jorge » Marvio Ciribell » Max Lopes » Mazinho = ‘Miltom Cunha » Minguau » Mila Schiavo = Miltom Manhdes » Moura » Nequinho da Beija-Flor » Nego da Grande Rio Neocau « Neto + Nilsinho Neon » Os Morenos « Orlando da Tilde « Pauldo da ltha » Paulo Amargoso » Paulo Cuapiassu = Paulo Renato » Philipe Galdino Davis » Peraco » Pedroca + Peixinho da Ilha » Pipa = Quinho » Renata Corada Costa » Rivaldo (in memoriam) » Roberta + Riko » Roberto Ramos Cases » Robertinho Devagar {in memoriam) » Ronaldo Maiatto + Ronaldo Ribeiro dos Santos « Roterdam Salomdo Samuel Mucas Sirley » Sombra da Mocidade Alegre * Tancredi + Teteu » Tio Gato » Trico » Véinho » Zé Bombinha, INDICE «© CONTENTS Sobre 0s autores = About the Authors Introducao » Introduction... O samba * The Samba ... . As escolas de samba « The Samba Schools 0 samba-enredo « The Samba-enredo.. A bateria « The Drum Section .. . . Exemplo de armacao de uma bateria « Example of a Drum Section Set-up. Notacao « Notation . INSTRUMENTS « INSTRUMENTS, Surdo Caixa/Tarol Repinique Tamborim| Agogd Cuca... Pandeiro... Chocalho... Reco-rec CCONVENGOES = RIFFS Breques » Break Patterns .. Paradinhas « Rhythm Breaks... ESCOLAS DE SAMBA = SAMBA SCHOOLS G.RES. Académicos da Grande Rio. G.R.ES, Académicos do Salgueiro G.RES. Beija-Flor G.RES. Caprichosos de Pilares G.RES. Estagdo Primeira de Mangueira G.RES. Estacio de Sa G.RES. Imperatriz Leopoldinense . G.RES. Império Serrano . G.R.ES. Mocidade Independente de Padre Miguel... GRES. POFEA eornen . G.RES. Tradicao GRES. Unido da Ilha de Governador G.RES. Unidos do Porto da Pedra... G.RES. Unidos da Tijuca G.R.ES. Unidos de Vila Isabel... G.RES. Unidos do Viradouro SOBRE OS AUTORES ABOUT THE AUTHORS MESTRE ODILON COSTA Nascido no Rie de janeiro, comecou sua carrelraatstica como riumista na Escola de Samba Unigo da ilha onde, mats tarde, se {ormara Mestre de Batera. Deli, depots de uma breve passagem pela Escola de Samba Académicos do Salguelfo, fol convidado ara comandar a bateria da Escola de Samba Belja Flor de Rilapots. onde permaneceu por tr anos. ‘Conavistou o'Trofeu TV Nanchete em 1991 come melhor Mes: twee Sater da Marques de Sapucal- Winistrou diversos cursos de percussio na Faculdade UNERIO ‘enasclcades de Curitiba, Antonina e Londtna. ‘Coma misica crow 9 Crupo Os 20 de Ouro do Mestre Odiion” « parteipou de gravagdes com anstas braslelros eIntemaclo- fais tas como: Caetano Veloso, Simone, Ultraje Rigor, Dionne Warwick Sergio Mendes ‘htualmente ¢ Mestre de Bateria da Escola de Samba Académi os do Grande Rio, onde, em 1999, conqulstou o premio Estan- ‘dare de Ouro do Jornal 6 Globo. form mo de Janeiro, Mestre Odifon started his artistic career ‘asarhythnstin the Unidada lina samba schoo, wher, later, he would become head of the drum section. After @ brief passage Through the Acodémices. do Salguero drum section, he was Inuted o head the drum section of Beja For samba school where hhe remained for three years. n 1991, he wom the TV Manchete ‘Trophy for best head of drum section in the Rio's samba school Pore Te has taught several courses on percussion at UNL-RIO, ond in the eties of Curitiba, Anthina and Londrina, As @ musician, he Created the group “The Golden 20 of Mesire Odin’, and has participated In recordings with several local and international facts and stars such as Caetano Veloso, Simone, Ulraje @ Rigor, Dionne Warwick, and Sergio Mendes fies currenty the head of the drum section of the Grande Rio samba school where, in 1999, he garnered the Colden Standard {trophy from the O GLOBO newspaper. GUILHERME GONGALVES Nascido no Rio de Janelro,Inciou seus estudos musicals em 1977, na Eecola de Musica vila-tobos, com Edgard Rocca, Em 1889 obteve bolsa de estudos para o Berslee College of Music em flosten, EUA, onde graduou'se em “Professional Music” no fano.de1986, Nos EUA tocou com diversos grupos musicals de Jazze misle atina. ‘De volta a0 Brasil, como percussionistaatuou com as Orques tras sinfénicas Nacional, Jovern do Teatro Municipal Pr-Musica ido. Rio de Janeiro e sinfoniea do Parand. Apresentou-se nas Bienals de Masiea Contemporinea de 1989 e 1993. Como bate Feta tem atua do a0 lado de diversos grupos e atstas da masica Dopulartals como a Orquestra Tabajras, Rio azz Orchestra, Rio Dinieland Jaze Band, Orquestra do Conservatorio de MPE de Curtiba, Idres oudrious,Pascoal Melrlles, Garganta Profunda, Easel Gomes, Marvio Cirbell, Leo Jaime, Bibi Ferrera, tc. ‘Desde 1986 ¢ professor de percussio da Escola de Musica Vila thos do Rlo de Janeiro eem 1994 implantou o curso de bateria © percusst0 no Conservator de Musica Popular Brasea de Cur {iba Alnda ma Area edicaconal tem ministrado cursos eoficinas fem varlas cdades do Brasil, com destaque para o Esto Opera ‘de Marings eas Oficnas de MUstca de Cur tba onde vem partic pando desde 1994 como professor de batera eda itmos brasil fos e. no ana de 199, caordenou o'* Encontro de Percussao Fo ular de Cuntba. € diretor musi do CRIP ~ Grupo Rio de Pereussio, e co-autor do metodo O itmos plas subdiisces. Born in lode Jnetr, he started his musical studiesin 1977, at the Vila Labor Musle School under Elgar Rocco. In 1983, he ‘obtained a scholarship tothe Berklee College of Music, n Boston, Sa, where he majored in professionel music in 1986. nthe USA, he played with several groups of zz ond atin mus ‘pan returning to Braz he played with the National Symphony orchestra, Young Orchestra of the Municipal Theater, the Prd Mista Orchestra and atthe Symphony Orchestra of Parana. He Played atthe Contemporary Musie annual Festival 1989 and 1993.5 a drummer, he has played with several musicians and groups such as Orquestra Tabajara, Rio Jazz Orchestra, Rio Binietand Jazz Band, the Brazen Popular Musle Conservatory Orchestra of Curtba,Idriss Boudrloua, Poscool Merete, Gar (genta Profunda, Edsel Comes, MarvioCiibel. ad with singers {co Jaime and Bibi Ferreira, among others. THe has been a percusion professor ot the Villa Lobes Music ‘School im Rio de Janeiro since 1986, ond in 1998 he implemented the percussion and drum course atthe Sraziian Popular Bsc Contervatoryof Curtib, where he has been teaching since. nthe ‘educational field, he has beer meted to carryout Masterclasses “ind clinics throughout severat Brazilian cies. n 1299, he mos the Coordinator of the First Popular Percussion Meeting In Curitiba. He {Foo the music director of CRIP (Grupo Rio de Percussdo) and ‘author ofa method book Os Ritmas pela Subdivisdes, INTRODUCAO Hoje no Rio de Janeiro existem cerca de cingenta escolas de samba. Este livro é 0 re- sultado de pesquisas realizadas nas quadras daquelas que representam a elite do carnaval carioca. ‘Tem como objetivo mostrar ndo 6 0s ins- trumentos e a maneira de tocé-los, mas tam- bém as caracteristicas e peculiaridades de suas baterias. E.uma proposta de organizacao formal de um modo de tocar que, diferente da tradi¢ao académica européia na qual se baseiam a maio- ria das escolas de miisica no Brasil, sobrevive e evolui hé quase um século sendo transmitida de geracao em geracao oral e visualmente. Foi possivel notar musicalmente todos os instrumentos e maneira correta de tocé-los. Po- rém & impossivel, através da escrita musical, transmitir 0 suingue o balanco ea energia que existe numa bateria de escola de samba. € pre- ciso vivenciar. Como em qualquer estilo musi- cal, 36 mesmo ouvindo, ou melhor ainda, parti cipando é possivel ter a completa nocio deste estilo musical. As diferentes maneiras que as baterias ‘mostradas aqui tocam, representa o momento. A misica esta sujeita a influéncias e, por isso, sujeita a mudancas. Mas esperamos que estas mudangas nunca afetem a tradi¢ao do nosso samba. Rio de Janeiro, 29 de Fevereiro de 2000 INTRODUCTION Today, there are approximately 50 samba schools in Rio de Janeiro. This book is the fruit of research carried out in the rehearsal yards of the samba schools that represent the elite of Rio's Car- rival. ts objective is to show not only the pertinent percussive instruments utilized in the parades, but also their characteristics and peculiarities as part of the drum section. It is in fact a proposal to formally organize a way of playing that, in contrast to the European aca- demic tradition, in which most of the music schools Jn Brazil are based, has survived and grown of over 4a century, being passed along from generation to generation both in an oral and visual fashion. twas possible to musically notate all instru- ‘ments and the correct way of playing them. Regard- less, itis Impossible, through music writing, to trans- ‘mit the swing, the groove, and energy that are part of ‘a samba school drum section. One needs to live the experience. As with any other musical style only through listening, or, better yet, participating In the process, one can understand the notion of this musi- cal style. The different ways in which drum sections shown here play, represent the moment. The music is subject to influences, and as a consequence, changes. We hope that these changes will never affect the trad- ton of samba. Rio de Janeiro, February 29% 2000 Penna O SAMBA Dentre os géneros que compéem a rica misica brasileira, o samba se destaca como 0 mais caracteristico e conhecido, tanto no Brasil como no exterior. Sua origem remonta ao século XVIl, na Bahia, onde escravos originarios de Angola e do Congo aportaram, difundindo suas rodas de semba (cuja traducdo seria umbigada). No final do século XIX, a cidade do Rio de Janeiro —en- to Distrito Federal — se tornaria o grande cen- tro cultural do pats, onde um caldeirdo de rit- mos de origens diversas, como a polca, 0 lundu, a habanera e o maxixe, se misturaria aquele ve- tho ritmo africané para formarem o samba. No inicio do século XX, os bairros pré: ‘mos ao centro do Rio — Estaclo, Saiide e Praga Onze — se tornariam o berco definitive deste ritmo genuinamente brasileiro. Foi ai que se es- tabeleceram as baianas — carinhosamente apelidadas de ‘tias” pela populacdo — num mo- vimento migratério que fez acelerar 0 proces- so de fusdo daqueles estilos, culminando na criagao do samba. ‘Além dos tradicionais doces e quitutes, as “tias" baianas trouxeram consigo 0 costume das festas de fundo de quintal, de espirito sincrético, colocando lado a lado tradicoes pro: fanas e religiosas, sempre embaladas por boa misica. ‘A mais famosa dessas festas era a de Tia Giata, ponto de encontro de jovens e talento- SAMBA ‘Among the different styles that make up what is known as Brazilian music, samba stands out as the most characteristic and popular, both in Brazil and abroad. Its origins can be traced back to 17" century Bahia, where slaves captured in Angola dnd Congo landed, divulging their semba gatherings (at that time called umbigada, or belly bumping). At the clos- ing of the 19 century, the city of Rio de Janeiro —at that time the country’s capital —became Brazit's ma- Jor cultural center, where a melting pot of rhythms of diverse origins, such as the Polka, the Lundu, the Habanera, the Maxixe, would blend with the old Afri- can rhythm from the semba gatherings, generating the samba in the process. In the beginning of the 20" century, the neigh- borhoods adjacent to downtown Rio —Estacio, Saide, and Praca Onze, became the ultimate bastion of this genuinely Brazilian rhythm. That was where the ‘baianas’, affectionately called “aunts” by the people, settled, They were based on the traditional figure cut bby heavy-set women from the state of Bahia. Wearing their wide, white garbs, swaying to their own rhythms, they contributed to this ‘migratory movement," which hastened the blending of those styles, culminating in the creation of samba. In addition to carrying traditional sweets and ‘goodies, the “aunts” from Bahia brought along the tradition of religious syncretism in their back yard celebrations, aligning profane and religious tradl- tions, always swayed by great music. The most famous of those celebrations were held at Aunt Ciata’s, where young and talented mu- sos misicos e compositores da época tals co- mo Pixinguinha, Joao da Baiana e Donga. Este timo, freaiientador assiduo das festas e filho da famosa Tia Amélia, registraria, em 1917, 0 que muitos afirmam ser o "primeiro samba gra- vado": Pelo telefone. ‘A masica gerada no quintal de Tia Ciata era uma espécie de cria¢ao coletiva onde a pri- meira parte tinha uma letra fixa (geralmente de autoria desconhecida), e a segunda parte ver- sos improvisados na hora. Apresentada em ro- das de batuque no Rio de Janeiro, foram cunha- dos intimeros termos para defini-la: caxambui, jongo, partido alto e, mais tarde, samba e batu- cada, Espalhando-se a partir do Estacio para 0 resto da cidade, diversos tipos de samba foram surgindo, tals como: samba-cancao, samba- exaltagdo, samba de breque, samba de terrei- ro, samba de partido alto, samba-enredo etc. AS ESCOLAS DE SAMBA © carnaval brasileiro teve sua origem na brincadeira do Enfrudo, trazida em meados do século XVI pelos imigrantes portugueses. Des- crito como porca e brutal, a principal brincadei- ra do Entrudo consistia em se jogar todo tipo de liquidos e pés nos passantes “desavisados”. No século XIX, a burguesia carioca co- megou a buscar um outro modo de brincar 0 carnaval. Da Europa foram importados 0s bai- les de mascaras e 0s desfiles de alegorias. Para~ lelamente, © povo comecava a organizar sua folia na forma dos agrupamentos denomina- dos Zé Pereiras, que desfilavam ao som de bumbos e outros instrumentos de percussao. carnaval do povo e 0 carnaval da elite iriam, pouco a pouco, se fundir e se confundir ‘num processo tipico da cidade do Rio de Janei- sicians and composers of that period, among them Pixinguinha, Jodo da Balana and Donga, would get together. The latter, a habitué in those celebrations and son of famous Aunt Amélia, recorded in 1917 what many believe to have been “the first samba to be recorded’: Pelo Telefone. The music contrived in ‘Aunt Ciata's back yard was sort of a collective cre: ation, the first part of which had permanent lyrics (usually by an unknown author) and the second part ‘made up of verses improvised on the spot. Performed at batuque gatherings in Rio de Janeiro, several names were used to define it: ‘caxambi, jongo, partido alto, and, later, samba and batucada. Disseminated from Estdcio to the rest of the city, different kinds of sambas emerged, such as samba-canco, samba-exaltagao, samba de bre: que, samba de terreiro, samba de partido alto, samba-enredo, etc. SAMBA SCHOOLS The Brazilian Carnival originated from the Entrudo, a tradition brought and maintained by Por- tuguese immigrants in the middle of the 16 cen tury. Described as being filthy and brutal, the main feature of the play consisted in tossing all kinds of liquids and powders at unaware passerbies. In the 19% century, the Carioca bourgeoisie started to search for a new way to play Carni- val. From Europe came the mask balls and the alle- gory parades. Meanwhile, the people started to or- ganize its follies in the form of groups entitled Zé Pereiras that paraded under the sound of bass drums and other percussion Instruments. Gradually, the people's and the elite's Carnival would merge and converge in a typically Carioca manner. Thus, you had the cordoned off blocks, the rancho blocks and the samba blocks, and finally the samba schools \ \ ag O SAMBA Dentre os géneros que compéem a rica miisica brasileira, 0 samba se destaca como o mais caracteristico e conhecido, tanto no Brasil como no exterior. Sua origem remonta ao século XVII, na Bahia, onde escravos originarios de Angola e do Congo aportaram, difundindo suas rodas de semba (cuja traducdo seria umbigada). No final do século XIX, a cidade do Rio de Janeiro — en- to Distrito Federal — se tornaria 0 grande cen- tro cultural do pais, onde um caldeirao de rit- mos de origens diversas, como a polca, 0 lundu, a habanera eo maxixe, se misturaria aquele ve- Iho ritmo africané para formarem 0 samba. No inicio do século XX, os bairros préxi- mos ao centro do Rio — Estacio, Satide e Praca ‘Onze — se tornariam o berco definitivo deste ritmo genuinamente brasileiro. Foi ai que se es- tabeleceram as baianas — carinhosamente apelidadas de “tias” pela populagdo— num mo- vimento migratério que fez acelerar o proces- so de fuso daqueles estilos, culminando na criago do samba. Além dos tradicionais doces e quitutes, as jas" baianas trouxeram consigo 0 costume das festas de fundo de quintal, de espirito sincrético, colocando lado a lado tradigSes pro- fanas e religiosas, sempre embaladas por boa masica. ‘A mais famosa dessas festas era a de Tia Ciata, ponto de encontro de jovens e talento- SAMBA ‘Among the different styles that make up what is known as Brazilian music, samba stands out as the most characteristic and popular, both in Brazil and abroad. Its origins can be traced back to 17 century Bahia, where slaves captured in Angola dnd Congo landed, divulging their semba gatherings (at that time called umbigada, or belly bumping). At the clos- ing of the 19 century, the city of Rio de Janeiro — at that time the country's capital — became Brazis ma jor cultural center, where a melting pot of rhythms of, diverse origins, such as the Polka, the Lundu, the Habanera, the Maxixe, would blend with the old Afri Can rhythm from the semba gatherings, generating the samba in the process. In the beginning of the 20 century, the nelgh- borhoods adjacent to downtown Rio —Estacio, Saude, and Praca Onze, became the ultimate bastion of this genuinely Brazilian rhythm. That was where the “baianas’, affectionately caled “aunts” by the people, settled. They were based on the traditional figure cut by heavy-set women from the state of Bahia. Wearing thelr wide, white garbs, swaying to thelr own rhythms, they contributed to this ‘migratory movement,” which hastened the blending of those styles, culminating in the creation of samba. In addition to carrying traditional sweets and ‘goodies, the “aunts” from Bahia brought along the tradition of religious syncretism in their back yard celebrations, aligning profane and religious tradi- tions, always swayed by great music. The most famous of those celebrations were held at Aunt Ciata's, where young and talented mu- ro. Surgiram 0s cordées, 05 ranchos, os blocos €, por fim, as escolas de samba. Tendo sofrido influéncia de praticamente todas as diferentes manifestagdes carnavales- cas anteriores, as escolas de samba iriam se tor- nar uma espécie de sintese da popularidade dos blocos e cordées — conjuntos formados por fo- lies das comunidades mais humildes —, com a beleza dos ranchos e das grandes sociedades. As escolas de samba nasceram da neces: sidade dos blocos se organizarem, acabando com as freqiientes brigas e arruacas que ocor- riam quando saiam as ruas. Um grupo de sambistas cariocas, integra- do, entre outros, por Ismael Silva, Nilton Bastos, ‘Armando Marcal e Alcebiades Barcelos, o Bide, resolveu se unir formando uma agremiacdo que pudesse impor respeito e pér fim a repressao policial aos blocos de rua. Assim, no dia 12 de agosto de 1928, no bairro do Estacio, foi funda- daa primeira escola de samba, a Deixa Falar. Por haver, nas imediacGes, uma Escola Normal, Ismael resolveu batizar 0 seu grupo de “escola de samba", deixando implicito que este forma- professores de samba”. Seguindo o$ passos da Deixa Falar, diver- sas escolas surgiram: Mangueira, Unidos da Tijuca, Vai Como Pode (que depois se tornaria Portela), Vizinha Faladeira, entre outras. As primeiras escolas reuniam de 70 a 100 pessoas, com numa estrutura bem simples: Abre-alas - Tabuleta com o simbolo, o nome e oenredo da escola, além de agradecimen- tos a imprensa e autoridades. Comissao de Frente - Formada pelas pes- soas mais importantes da escola. Mestre-sala e Porta-bandeira ~ Levavam a bandeira da escola. 1° Puxador e 1° Versador - 0 puxador coman- dava o samba na primeira parte e o versa- dor improvisava versos na segunda parte. Influenced by practically all the various Carni- val manifestations that preceded them, the samba schools became a synthesis. it had the popularity of the several blocks — made up by revelers from the poorer communities — and the beauty of the ranchos and of the grandes sociedades. The Samba schools evolved out of the block's need for organization, putting an end to the fre quent brawls and riots that occurred when they pa- raded in the streets. A group of Carioca Samba composers, among them Ismael Silva, Nilton Bastos, Armando Marcal and Alcebiades Barcelos, alias Bide, decided to form an association capable of demanding respect and putting an end to police repression against the samba blocks. Accordingly, on August 12" 1928, the first samba school, Deixa Falar (Let Them Talk) was founded in the Estdcio neighborhood. Since there was a teacher's school nearby, Ismael decided to name this association “samba school", implying that it would graduate “samba professors.” Many Samba schools emerged, following Deixa Falar’s steps: Mangueira, Unidos da Tijuca, Vai Como Pode (which later became Portela), Vizi- ‘ha Faladeira, among others The first Samba schools congregated an aver- age of 70 to 100 people, distributed in a very simple structure: Abre-alas ~ A sign with the samba school’s logo, and the theme written on it, in addition to acknowledgements addressed to the press and authorities. Comissao de Frente - Made up by all the impor- tant members of the school. Mestre-sala e Porta-bandeira ~ The ballroom ‘master and the flag bearer that carry the schoo! flag. 1 Puxador and 1 Versador ~The puxador sang the first part of the Samba and the versador improvised the verses on the second part. Caramanchéo — Onde ficavam as pessoas im portantes, convidadas da escola. © Coro - Geralmente composto por vozes femi- ninas evoluindo em torno do caramanchao. 2° Puxador e 2° Versador - Funcées idénti- cas as dos primeiros. Bateria - Composta unicamente por instru- mentos de percussao. Baianas da linha ~ As baianas desfilavam la- deando a escola e cercadas por homens —geralmente armados com navalhas nas pernas — que protegiam a agremiacao. Em 1932 ocorreu a primeira competicao extraoficial entre as escolas de samba, ven- cida pela Mangueira, Em 1935 houve o primei- ro concurso oficial e, a partir dai, elas se esta- beleceram oficialmente e passaram a fazer parte do calendario do carnaval carioca. Ga- nharam a sigla G.R.E.S. ( Grémio Recreativo Es- cola de Samba ), ¢ 0 direito do recebimento de uma verba publica para ajudar na preparacéo de seus desfiles. ‘A década de 30 foi a de formagao e pro- cura de identidade das escolas de samba. Era tempo de criacdo. Mirando-se nos ranchos car- navalescos e nas grandes sociedades, a Portela introduziu nos desfiles a comissao de frente uniformizada, as priineiras alegorias, o primetro enredo e samba-enredo. A Deixa Falar inovou na percussao, com as invencées do surdo e do tamborim. A Mangueira introduziu 0 pandeiro oltavado (até entao era quadrado), e a ilumina: Gao elétrica. A Vizinha Faladeira colocou cavalos e limusines na comissao de frente e introdu: no desfile a ala das damas com sombrinhas. Os anos 40 e 50 completam este ciclo de formacao, tornando-as uma instituicéo a parte, Ja bastante diferenciadas dos blocos, ranchos e Caramanchao ~ Place reserved for important school guests. Choir - Usually made up of female singers dancing around the caramanchao. 2 Puxador and 2~4 Versador - The same attribu- tions as I" Puxador and I” Versador Bateria— The drum section, made up exclusively by percussion instruments. Baianas da linha - Thebaianas paraded beside the Samba school surrounded by men ~ usually carrying razors strapped to their legs ~ giving protection to the Samba school. In 1932, the first unofficial competition be: tween the Samba schools took place and was won by Mangueira. In 1935, the first official competition took place, and from then on the Samba schools were officially instituted. The parades became a art of the Carioca Carnival calendar. The Samba schools earned the title G.R.E.S. (Grémio Recreativo Escola de Samba,) roughly ‘Recreational Samba ‘School Group,” and the right to.a certain sum in gov- ernment funds to help in the preparation of their parades. The 30's were a decade the Samba schools dedicated to create their own identities. It was a pe- riod of creativity. Inspired by the ranchos and the grandes sociedades, Portela incorporated the comissao de frente (front committee) dressed in uni- forms, the first allegories, the first enredo (theme) and samba-enredo (theme song), to the parades. Deixa Falar innovated the percussion section intro- ducing the surdo and the tamborim. Mangueira in: troduced the eight-sided pandeiro (up till then the pandeiro used to be square) and electrical lighting. Vizinha Faladeira added horses and limousines to the comissio de frente and incorporated the “Dames Carrying Parasols” wing to the parade. The 40's and 50's bring an end the develop- ‘ment period, when the samba schools attained very unique characteristics, which distinguished them grandes sociedades. Cada uma com sua carac- teristica propria, tornou-se possivel identificé- las, principalmente pelas levadas das baterias que, de longe, permitiam saber qual escola se aproximava. No final dos anos 50 terminaria este periodo romantico das escolas de samba ‘Arpida modernizagao do Rio, sem cuida- dos de preservacao cultural, a continua imigra- 40 de pessoas de outras regides do pais ea penetracdo da classe média no samba, substi tuiram costumes e tradigdes locais por modis- mos passageiros. Este cosmopolitismo influenciou o samba € as escolas de samba. Os primeiros sintomas foram vistos no desfile do Académicos do Sal- gueiro em 1959, iniciando uma revolucdo na tematica € no visual. Novos materiais passa ram a ser utilizados na confeccao das fanta- sias, alegorias e aderecos. Aos poucos, os ar- tesdos da comunidade foram substituidos por artistas e trabalhadores especializados. Como 0 piimero de desfilantes aumenta- va ano apés ano, em 1971 foi estabelecido o limite de tempo para as apresentacdes de cada escola, levando muitos a afirmarem que isso obrigou as baterias a tocarem num andamento mais rapido. Seria este o real motivo? Nos anos seguintes as alas se compacta ram, os destaques passaram a subir nos carros alegoricos e os sambas-enredo se encurtaram. Os desfiles se sofisticaram, buscaram o cami nho das grandes produgGes teatrais, atingindo, no final dos anos 70, 0 formato dos grandes espetaculos que vemos hoje. O SAMBA-ENREDO O samba-enredo é a “ilustragao postica e melédica do tema desenvolvido pelas escolas from Carnival blocks, ranchos and grandes socie- dades. Since each samba school bore a unique char- acteristic, it was possible to identify them as they were approaching, particularly due to the kinds of rhythms played by the drum sections. The end of the 50's also put an end to the Samba schools’ romantic period. The fast modernization of Rio de Janeiro, ‘marked by a lack of concern for cultural preserva- tion, incessant immigration of people from other re- gions of the country, and the increasing participa- tion of the middle class in the Samba, replaced local customs with ephemeral and non-traditional forms of expression. This cosmopolitan approach deeply affected the samba and the samba schools. The first symp- toms were noticed in Académicos do Salgueiro's pa rade in 1959, which revolutionized the parade's the- ‘matic and visual aspects. New materials were ‘employed in making the costumes, allegories and adornments. Gradually, artists and specialists re- placed the community artisans. In 1971, as every year more and more people paraded, a time limit was set for the schools' pa- rades, making many people believe that to be the reason the drum section needed to play in a faster tempo. Could that be the real reason? In the years that followed, the wings became ‘more compact, the destaques (VIPs) now paraded on top of floats and the samba-enredos (theme songs) became shorter. The parades became more sophisticated, resembling elaborate theatrical pro- ductions, incorporating, in the end of the 70's, the format of the grandiloquent spectacles we see to- day. SONG THEME The samba-enredo (song theme) is the poetic and melodic portrayal of the theme created by the de samba para os desfiles carnavalescos". Pos- suindo um estilo préprio de carater popular que © diferencia dos outros tipos de samba, ele ndo precisa ter um esquema fixo de métrica e rima. Na maioria das escolas, 6 05 composito- res ligados a ala dos compositores podem es- crever os sambas-enredo. De um modo geral os autores recebem uma sinopse do enredo para que possam estudar e conhecer o tema e, a par- tir dai, compor a misica. Isso ocorre geralmen- te entre julho e agosto. Todos os sambas com- postos em uma escola concorrem entre si num sistema de eliminacao que acontece durante os ensaios nas quadras. Por volta de outubro é es- colhido 0 samba-enredo vencedor que seré 0 representante oficial da escola no carnaval. Se somarmos todos, mais de mil sambas- enredo so compostos por ano no Rio de Janei- ro. E apenas um por escola chega ao desfile no carnaval. Nao € obrigatério que os sambas-enredo tenham uma forma musical fixa. Porém, nota- se que, na maioria, eles tém duas partes e, cada uma delas, um refrdo. £ comum também ‘0s sambas serem construidos em tonalidade maior na primeira parte e menor na segunda. Porém, existem sambas compostos em uma tinica tonalidade. A BATERIA Sempre pulsando no compasso binario, a bateria de uma escola de samba hoje uma or- questra de aproximadamente 300 pessoas, formada exclusivamente por instrumentos de Percussao. No inicio, as escolas de samba tinham na sua bateria tamborins, latas de manteiga, cuicas e pandeiros. Alcebiades Barcelos, 0 samba schools for the carnival parades. With a unique popular character that distinguishes it from the other categories of samba, it doesn't require lim: ited metrics and rhyme structure. In most of the samba schools, only the com posers affiliated to the composers’ wing can write the samba-enredos. Usually the authors are handed 4 synopsis of the theme so they can study and be come familiar with it, in order to write the music score. That usually takes place in July or August. A contest among all the sambas composed by each samba school takes place at the samba school’s quadra (court) during rehearsal periods. Around October, the winning samba-enredo is announced. It will then officially represent the samba school dur- ing Carnival. ‘Adding them up, over a thousand samba- ‘enredos are composed throughout the year in Rio de Janeiro, but each schoo! plays only one samba- ‘enredo during the Carnival parade. The samba-enredos don't necessarily have to follow a certain musical structure, but usually they ‘are made up of two parts with a chorus in each one of them. The first part of samba-enredos is also usu ally written in major keys and the second part in ‘minor keys. But there are also samba-enredos writ: ten in only one tonality. DRUM SECTION Always playing in 2/4 time, the samba school drum section is currently an orchestra with 300 components, who play only percussion instruments, In the early days, the samba school drum sec tions were made up of tamborins, butter cans, cuicas, and pandeiros. Alcebiades Barcelos, alias Bide, who introduced the tamborim in Delxa Falar’s drum section, decided to improve the sound the big Bide, que trouxera o tamborim para a Deixa Fa- lar, observando 0 som das grandes latas de manteiga, resolveu melhoré-las adaptando ne- las uma pele animal presa em cima da lata, Es- tava criado o surdo, instrumento que se tornou responsavel pela marcacao, dando mais sus- tentagao ao desfile, Na década de 30, a Vizinha Faladeira en: comendou barricas francesas para confeccio- nar seus surdos. Com 0 passar do tempo, o me- tal substituiu a madeira e a fabricacdo dos instrumentos passou a ser industrializada. Com excecéo dos surdos e das cuicas que, até hoje, por motivos de timbre, conti- nuam sendo tocados com peles de animais, os outros instrumentos — como caixas de guerra, tardis, repiniques, tamborins e pandeiros — usam, na maioria das vezes, peles sintéticas. s instrumentos de uma bateria de escola de samba sao: Surdos de 14 ou marcagao - Tocam no se- gundo tempo do compasso (tempo forte no samba). E a partir deles que toda bate- ria é formada. Surdos de 2* ou resposta - Tocam no pri meiro tempo do compasso e, como o nome ja diz, responde ao surdo de 1%. Surdos de 3* ou corte -Tocam a mesma nota do surdo de marca¢ao além de executar sincopes. Ele é um dos maiores responsa- veis pelo balanco na bateria. Repiniques - Também chamados de repiques ou surdo de repiques, tem a funcdo de apoiar os surdos, se posicionam, geral- mente, junto a eles. Caixas de guerra e Tarois - Executam dese- nhos ritmicos que, em geral, permitem a identificacao das diferentes baterias. Sao também instrumentos de grande impor- tancia no suingue da bateria butter cans made, adapting skin heads on them, creating what currently is known as the surdo, the instrument in charge of keeping the beat. In the 30's, Vizinha Faladeira ordered French kegs to build its surdos. With the passing of time, the wood was replaced by metal and the instru- ‘ments began to be manufactured in industrial scale. Excluding the surdos and cuicas, which up till today, for timbre purposes, still employ skin heads, the other instruments including caixas de guerra, tardis, repiniques, tamborins, and pandelros, often ‘employ synthetic heads. 4 Samba school drum section instruments: Surdos de 1* or de marcag&o ~ Play the 2" beat of the bar (samba strong beat). tt is the foun- dation of the entire drum section. ‘Surdos de 2* or de resposta - play the I" beat of the bar and, just like its name says, respond to the surdos de 1%, Surdos de 3* or de corte - Play the same notes as the surdos de marcagao in addition to impro- visational fills. The drum section swing relies ‘on their performance. Repiniques ~ Also called repiques or surdos de repique. Their assignments is to back up the surdos and are usually located next to them. Caixas de guerra and Tarois - Carry out rhyth- ‘ic figures that usually enable the identifica- tion of the different kinds of rhythms played by the drum sections of the various samba schools. The drum section groove also relies on their performance. Chocalhos - Help the caixas to sustain the rhythm in the 1” part of the samba and in the cho- ruses, ‘Tamborins - Help sustain the rhythm along with the caixas, taréis and repiniques, in addition Chocalhos - Auxiliam as caixas na sustenta- ‘gio do ritmo na primeira parte do samba e nos refroes. Tamborins — Sao usados para sustentar 0 ri mo junto as caixas, taréis e repiniques, assim como para executar convencbes & desenhos ritmicos, muitas vezes pon- tuando a melodia do samba enredo. Pande os, Cuicas, Agogds, Reco-recos, Frigideiras e Pratos ~ Instrumentos le- ves, usados tanto na fungdo ritmica como na improvisacao de diferentes frases du- rante a execucao do samba-enredo. {A distribuicao geogréfica dos instrumen- tos de uma bateria varia de escola para escola, mas algumas regras parecem ser seguidas pela maioria delas. Os instrumentos leves (pandei- ros, tamborins, chocalhos, cuicas, etc.), por exemplo, costumam vir na frente da bateria (exemplo na pagina 17). Os ritmistas, também conhecidos como batuqueiros, sdo geralmente pessoas das comu- nidades das escolas de samba. Eles sio coman- dados pelo mestre de bateria, que € 0 maestro do conjunto e o responsavel pela bateria. Este, além de saber togar todos os instrumentos e co- nhecer a técnica de “encourar” as pecas, é res- ponsavel pelos ensaios, afinacdo, confeccao, manutencao do ritmo, e criagdo das convencées. (O mestre de Bateria é auxiliado pelos seus diretores que variam de quatro a nove elemen- tos, dependendo da escola. A regéncia da bate- rla é feita por sinais sonoros (apitos) e visuals (gestos). Como numa orquestra, os instrumen tos so agrupados por naipes. Nem todos tocam simultaneamente. As convencdes mais conheci- das, como paradinhas ou bossas, séo utilizadas por algumas baterlas como um artificio para ‘empolgar 0 pablico e os desfilantes, além de ajudar a manter o andamento da bateria. to playing riffs and rhythmic figures often highlighting the samba-enredo's melody. Pandeiros, Cuicas, Agogés, Reco-recos, frying pans and cymbals ~ Lightweight instru- ‘ments employed both in sustaining the rhythm and in improvising phrases. The positioning of the instruments within the drum section varies from samba school to samba ‘school, but most of them seem to observe certain rules. The lightweight instruments (pandeiros, tamborins, chocalhos, culcas, etc.,) for instance, are usually positioned in the front (see page 17). The ritmistas (percussion musicians), also called batuqueiros, are usually people who belong to the communities where the samba schools are lo- cated. They are conducted by the Mestre da Bateria, the maestro of the drum section. He, in addition to knowing how to play all the instruments and how to “encourar” (fix the heads on the intruments), is also in charge of rehearsals, tuning and preparing the instruments, keeping the rhythm and creating riffs. ‘The mestre de bateria is assisted by his direc- tors, who can add up to 9 people, depending on the school. The mestre de bateria and his directors conduct the drum section blowing whistles and making gestures, Just like in orchestras, the instru ments are grouped in sections. The most common riffs, such as the paradinhas or bossas, are ent ployed by some drum sections to stir up the crowds ‘and paraders, in addition to help keep the drum section's tempo. When the parade is about to begin, the drum section positions itself inside the recuo, also called box, located in the area where preparations for the parade are made. The sound car, where the puxador de samba stays, sided by percussion in- ‘struments, cavaquinhos (similar to ukuleles) and acoustic guitars, is placed next to the drum section and the samba starts being sang. On the second or third time the samba is sung by the puxador, the drum section is usually cued in by a fill played by the repiniques. The drum section play throughout the Na hora do desfile a bateria se posiciona no “recuo”, também chamado de "box", locali- zado na area de armagao. O carro de som, onde fica 0 puxador de samba, acompanhado por instrumentos de percussdo, cavaquinhos e violdes, se posiciona junto a bateria e inicia a “puxada do samba’. Na segunda ou terceira vez que 0 samba é cantado, entra a bateria, ge- ralmente com a chamada de um repinique. Esta toca durante todo o desfile dando sustentacao escola. De um modo geral, quando o primeiro tergo da escola passa, a bateria sai do “recuo' ocupando o seu lugar na pista. ‘Atrés dela vem o carro de som. Mais ou menos trezentos metros depois de iniciado seu desfile, a bateria entra no segundo “recuo", ‘onde permanece até a passagem total ou quase total da escola, voltando 4 pista para terminar odesfile. A entrada e saida da bateria no segundo “recuo” exige técnica e experiéncia. £ um mo- mento onde ode ocorrer desarrumacio dos ritmistas, ocasionando a inversao do tempo no ritmo (atravessamento), além de buracos entre as alas, o que prejudicaa evolucao da escola na pista. A entrada'da bateria no “recuo" néo obrigatéria. © mais surpreendente num desfile é que, por mais que as escolas ensaiem durante qua- se 0 ano todo, nunca conseguem reunir mais de um quarto do total de seus componentes, que hoje em dia gira em torno de quatro mil pessoas. £ um grande mistério como tantas pessoas conseguem se reunir apenas algumas horas antes do desfile e realizar um espetculo desta magnitude, com tamanha perfeicio. eae whole parade, sustaining the samba school. Usu- ally, when one third of the samba school is already parading, the percussion section leaves the recuo, taking its place in the parade. The drum section is followed by the sound car. After parading for approximately three hundred ‘meters, the drum section enters the second recuo, where it remains until the entire school, or most of it, has passed, then it returns to the “avenue” to con- clude the parade. Entering the second recuo requires technique and expertise of the drum section. At that moment the ritmistas may get disorganized and loose the beat, and gaps between the wings may occur, nega- tively affecting the samba school's performance. It is not imperative for the drum section to enter the The most astonishing fact about the parade is that, even though rehearsals take place throughout the whole year, you never get to gather more than one fourth of the total of the samba school's compo- nents, which currently add up to approximately four thousand people. It's a big mystery how so ‘many people manage to get together only a few hours before the parade begins and perform such a grandiloquent spectacle with such perfection. EXEMPLO DE FORMACAO DE UMA BATERIA EXEMPLE OF A DRUM SECTION SET-UP Surdo de 1* & Chocatho & Surdo de a® Tamborim A Surdo de 3" & Pandeiro Q) Repinique © Cuica & Caixa yw Agogé # Tarot g Reco-reco ve S ODSOGG GOGOGSOG GHEE VISSRw BB DD DBD DDB BDPPPRV°QOO DPBLLQLLHQLLHD VLOGS? ZVHS* BD DDD DD DB DD OPPS SVOOO BHGP GHG GH GG GG IFO RVWHqy % % % % % DOD BHD PHD D DEPPRVWOE DBDBSGSG SGGHH GH GH HPF VISH®N DPD DDD DD DD. PP PLVVBSO 22 PP QLLLDDXD DD SOR VRGy BS PD DDD DD DDD PPPRVVSOH SOSOG SOS GGBOHG FPP LVVOOO — ae pie NOTACAO nota acentuada tocar simultaneamente na pele (perto do centro) e no aro ‘tocar simultaneamente na pele (perto do aro) e no aro tocar no corpo do instrumento virada da mao esquerda (pandeiro e tamborim) movimento para frente (chocalho e recoreco) movimento para tras (chocalho e reco-reco) é ‘som metalico (agog6) aperta-se uma campana contra a outra toque pres toque solto nota executada com a ponta dos dedos (tamborim) Roe ey d NOTATION accented note rim shot (close to the center ofthe head) rim shot (close to de edge of the head) play on the shell of the drum turn of the left hand down (pandeiro and tamborim) forward movernent (chocalho e reco-reco) backward movement (chocalho e reco-reco) metallic sound (agog6) palying one bell against the other closed stroke open stroke note played softly with fingertips tamborim) 4 At SURDO Os surdos — tambores mais graves da bate- ria de uma escola de samba — sdo feitos de alumi- nio com peles animais em ambos os lados. Com excecdo da bateria da Mangueira, que ndo usa 0 surdo de resposta, todas as demais utilizam trés tipos de surdo: surdos de 1 ou marcacéo - 0 mais grave de todos, que tem em média 24 pole- gadas e tocam no segundo tempo do compasso (tempo forte no samba). £ partir deles que a ba- teria é formada. Surdos de 2* ou resposta - com em média 22 polegadas, tocam no primeiro tem- po do compasso. Como o nome ja diz, respondem ao surdo de 1*. Surdos de 3* ou corte ou centrador - tem em média 20 polegadas. Tocam Junto com o surdo de marcacdo além de executar diversas sincopes. Ele é um dos principais res- ponsaveis pelo “balanco” na bateria. Estes instru- mentos sao tocados com uma maceta na mao di- reita (foto 1), enquanto que a mao esquerda, nua, abafa as pausas (foto 2). Note-se que na bateria da Vila Isabel ha uma inversao de sonoridades nos surdos: os de 1 mais agudos do que os do de 2%. SURDO The lowest pitch drums in a samba school drum section — they are made out of aluminum with skin heads on both sides. Excluding Mangueira, which doesn't employ the surdo de resposta, all the other drum sections employ three kinds of surdos: surdos de 1* ou marcacéo (1* surdos) - with the lowest pitch of all drums and a 24” head, plays the 2 beat of the bar (samba's strong beat.) It is the drum section's foundation. Surdos de 2* ou resposta (2 surdos)- with a 22” head, plays the 1* beat of the bar. As its name says, it responds to the surdo de 1+. Surdos de 3% ou corte ou centrador (3 surdos) ~ have an ap- -proximately 20" head. They play the same notes as the surdo de marca¢ao, in addition to improvi- sational fills. The drum section swing relies on their performance. These instruments are played with a mallet held in the right hand (photo 1,) and the left hand, bare, muffles the pauses (photo 2.) The surdos in Vila Isabel's drum section are in- verted: the surdos de 1* have a higher pitch than the surdos de 2+. (foto 1) (foto 2) SURDOS DE 17 (MARCACAO) SURDOS DE 2* (RESPOSTA) SURDO DE 3° (CORTE OU CENTRADOR) Ls) Aas e-—2—4.3_} = sa | 4 6 i . oe a = ko a3 ‘> 7, aheOn z Hd : # h yo ow by bop he yoo. a ee a Dy By ry A By rams. A, Q___ CAIXA / TAROL Esses instrumentos, executam os desenhos ritmicos que, na maioria das vezes, identifica as baterias. Sao também instrumentos de grande im- porténcia no suingue das referidas baterias. As caixas tem em média 12 x 8 polegadas e os tardis 12x 4, Ambas sam peles sintéticas. Geralmente, as caixas séo penduradas no ombro por um talabarte e posicionadas na frente do corpo (foto 1), J4 0s tar6is sdo presos a um talabarte curto no braco esquerdo (foto 2). Algumas baterias usam ainda caixas que sdo tocadas como se fossem tardfs, "caixa em cima". Neste caso as caixas so apoiadas no anti-braco esquerdo (foto 3). Esses ins- trumentos sao tocados com baquetas de madeira. (foto 1) CAIXAS Império Serrano Portela CAIXA / TAROL These instruments play the rhythmic figures that most often distinguish the drum sections. They are also very important to the drum section's swing. The caixas measure approximately 12"x 8" and the tardis 12" by 4". Both of them bear syn thetic heads. Usually the caixas are held by a ‘Strap that goes around the shoulder and are posi- tioned in front of the ritmista's body (photo 1.) The tar6is are held by a short strap tied to the left arm (photo 2.) Some drum sections play the caixas as if they were taréis, caixas de cima, in which case the caixas are supported on the left forearm (photo 3.) These instruments are played with wooden drum sticks (foto 2) (oto 3) minim, Any DEDEDDED DEDEDDED DEDDED £ DEDDED € Unido da tha / Grande Rio / Beija Flor (19 F ® Mocidade Independente (antiga) ( L DEDEDEDE DEDEDEDE Mocidade Independente (atual) ) DEEDEEDE © DEEDEE Mangueira (antiga) 2 » DOEDEDDE DEDDEDDE Manguetra tua np Sy © DOEDEDDE DEDDED € Vila Isabel 4 DEDEDEDE DEDEDEDE TAROIS & = > > ie tae Salgueiro EDOEDE DEDED € Vila isabel {9 A a a Sy ® DEDD ED DEDEDDED D EDD ED DEDEDDE CAIXAS "EM CIMA" Estacio de SA / Unidos da Tijuca / it F701 FT Sy T Viradouro DEDEDEDE DEDEDDED Grande Rio / Caprichosos / Beija Flor/ in JT FET) ST) hy & Imperatriz Leopoldinense /Tradigao/ "45 tooeoe oeoeo Porto da Pedra REPINIQUE ‘Também conhecidos como repique ou sur- do de repique, servem para apoiar os surdos sao posicionados, geralmente, proximos a eles. Os repiniques dao as entradas em quase todas as baterias. Medem em média 12 x 11 polegadas. Geralmente usam peles sintéticas em ambos os lados com uma afinacao aguda. Sao pendurados no ombro por um talabarte e tocados com uma baqueta na mao direita e com a esquerda nua. Sua execucao exige quatro toques: no primeiro, a baqueta d4 a primeira nota no centro da pele (foto 1); no segundo toca, simultaneamente, na pele e no aro (foto 2); no terceiro, ainda na pele e no aro, s6 que mais perto da borda (foto 3); e, finalmente, 0 quarto toque tocado com a mao esquerda nua (foto 4). REPINIQUE Also called repiques or surdos de repique, they back up the surdos and are usually positioned next to them. The repiniques cue in most of the drum sections. They measure approximately 12" by 11", They usually feature synthetic heads on both sides and produce a high pitch sound. They hang from the shoulder held by straps and are played with a drum stick in the right hand and the bare left hand. It requires four strokes: on the first stroke the drumstick hits the first note in the center of the head (photo 1.)On the second stroke, the drumstick hits the head and the rim simultaneously (photo 2.) On the third stroke, the drumstick still hits the head and the rim, but this time closer to the edge (photo 3.) And finally, the fourth stroke is carried out with the left hand bare (photo 4.) {foto 4) + LEVADA BASICA (easic pattern) DDDEDDDE DDDEDODE SOLOS 1 pen ENTRADAS (FiLL 1n)1 Repinique |} Mm i I Todos = —t+—-1+-+ ‘ 2 Repinique Peeler) 1) Fy Sy Todos se 3 Repinique| 2 PALA Fy aa Todos = =} 7 tbe—+ 4 ‘Repinique| i aa Todos 7) Re ME} LEVADAS (ratTeRNs) PLEA Ay EOE Sep ee ENTRADAS (entry) 1 bpo000 opD000 0 sc Ui Soi SAE Ace 0p 000 D DD DoD o 8985 P8484 P8484 P8484 2 93 DT ST | denooa| bond BDDaDD| DDD0DD' o eeek ot 1 oo 'o o BD DDD 0' pp DDD | man 84 mana 1 L 3 boo00D 000000 5 21 00 0 0D ° ct oe - Lt ARRANJO PARA O NAIPE DE TAMBORINS ARRANGEMENT FOR SET OF TAMBORINS 34 r8ar3n r3ara4 WMH AOD Aon ay at ob 2a ad 2 2 . 2 | #1} oF A ME (extraido da Escola de Samba Académicos do Grande Rio, para o desfile do carnaval 2000) | (from Escola de Samba Académicos do Grande Rio, for the 2000 carnival parade) nl mas aca AGOGO Feito de duas campanas de metal ligadas por um cabo, os agogés, além do ritmo, dao um colorido todo especial as baterias das escolas de samba, Os agogés devem ser seguros de lado. Normalmente tocados com uma baqueta de ma- deira grossa, tem uma campana aguda (foto 1) € uma grave (foto 2), & possivel, também extrair de- les um som mais "seco" e metalico, apertando uma campana contra a outra (foto 3). Existem ain- da 0s agogés com quatro campanas (foto 4) usado pela Escola de Samba Império Serrano. Estes agogés formam um arpejo, do qual possivel ex- trair melodias. AGOGO BELL Made with two metal bells joined by a handle, the agogds, in addition to sustaining the rhythm, add a very special timbre to the samba school drum sections. The agogés must be held sideways. Usually played with a thick wooden drumstick, it features a high pitch bell (photo 1,) and a low pitch bell (photo 2.) You can also get a “dry” and metallic sound out of it by squeezing the bells against each other (photo 3.) There are also agogés with four bells (photo 4,) which are employed by Império Serrano. These agogds produce an arpeggio from which melodies can be created. (oto 2) (foto 3) (foto 4) I i () AGOGOS DE 2 CAMPANAS (two setts acoco) » pp LTR ALR, wey f 5 ame ODI ATL «poy 3 pp STL) Fy 7 gy We THY pp OO A AGOGOS DO IMPERIO SERRANO (4 CAMPANAS) (rour seuts acocoy 1 2S Say re aa Q—__—___ es CUICA Accuica é feita de um cilindro de metal, com pele de couro em um dos lados e nela fixada, a0 centro, uma vareta de bambi, com a qual se ex- trai o som. Pode ter diversos tamanhos, de 8 a 14 polegadas. Para ser tocada, a cuica 6 pendurada no ombro ou no pescoco por um talabarte e segu- ra contra 0 corpo. O som é extraido pela mao di- reita, que fricciona levemente a vareta de bambi para frente e para trés, com um pano umido (foto 1). Para se obter 0 som agudo, os dedos da mao esquerda apertam a pele por fora, proximo a vareta, sem entretanto encostar nela (foto 2). 0 som grave é obtido simplesmente pela friccao da vareta sem apertar a pele por fora (foto 3). Além de ajudar na sustentacao ritimica, a Cuica é um instrumento que auxilia no balango das baterias. CuiCcA The cuica is built out of a metal cylinder, fea- turing on one side a skin head with a bamboo stick attached to its center, which produces the sound. It comes in various sizes, from 8" to 14". To play it, the cuica is attached to a strap that goes around the shoulder or the neck and leans against one’s body. The sound is extracted from the right hand, which gently moves the bamboo stick in a foward motion with a wet cloth (photo 1). To get the high tone pitch, the left hand's fingers squeeze the skin from outside, next to the stick, without, however, touching it (photo 2). The low pitch sound is obtained through the stick's friction, without squeezing the skin outside (photo 3). Be sides helping in the rhythm support, the cuica sus- tains both the section's groove and swing. (foto 2) (oto 3) a ET LEVADAS (patterns) eye So ey mR, 3 Foes FF ry ‘mPa ay 5 ORS PRY nay 8 ape eS a4 aad Q—_ eee PANDEIRO Feito de madeira, o pandeiro mede de 10a 14 polegadas. Ele pode ter pele sintética ou ani- mal, que é fixada na madeira por um aro de metal. E seguro pela mao esquerda e tocado pela mao direita. Nas escolas de samba séo usados dois rit- mos: 0 samba e o samba de partido alto. So qua- tro 0s movimentos basicos para se tocar o pandei- : com 0 polegar (foto 1); com a ponta dos dedos 0 mesmo tempo que a mao esquerda faz uma tor io semelhante ao da virada do tamborim (foto 2); com 0 punho (foto 3); de novo com as pontas dos dedos, mas nesse caso sem a torcio da mao es querda (foto 4). E ainda, abafe a primeira nota do primeiro tempo com o dedo médio da mao es- querda, encostando-o na pele, no fundo do pan- deiro ou com 0 polegar da mao esquerda por cima dele. Atencao na pagina sequinte esta escrito em- baixo de cada nota o numero dos movimentos. (foto 3) PANDEIRO Made out of wood, the pandeiro measures from 10"to 14". It can feature a synthetic or a skin head, that is attached to the wood by a metal rim. It is held with the left hand and played with the right hand. The samba schools play two rhythms on them: samba and samba de partido alto. Four basic movements are employed to play the pan- deiro: use the thumb (photo 1;) with the tip of the fingers, as the left hand whirls similar to the move- ‘ment when playing the tamborim (photo 2;) with the wrist (photo 3;) now again with the tip of the fingers, but this time without whirling the left hand (photo 4.) Adding to that, you muffle the first note on the first beat with the left hand middle finger, touching the skin head with it on the inside of the pandeiro, or with the left hand thumb on its top. Note: on the next page you will find the number of the movement written underneath each note. (foto 2) (foto 4) 4 L L 4 thee obese Edad o tee SAMBA nT Ty Sy 12341234°12341234 PARTIDO ALTO gz yJ JI) 4) hy QO CHOCALHO Os chocalhos servem para apoiar as caixas e taréis na sustenta¢io do ritmo. Os mais usados nas escolas de samba sao 0s feitos de platinela. 0 chocalho & feito por um pedago de madeira ou metal, onde sdo presas as platinelas. A maneira de se tocar é muito simples, apenas dois movi- mentos. O primeiro para frente (foto 1), 0 segun- do para tras (foto 2). E assim sucessivamente. Na maioria das escolas usa-se tocar 0 chocalho na primeira parte do samba-enredo e nos refroes. CHOCALHO The chocalhos back up the caixas and the taréis in sustaining the rhythm. The samba schools employ mostly the ones containing jingles. The chocalho is made out of a wooden or metal frame that holds the jingles. It is played in a very basic manner, requiring only two movements: the first movement is forward (photo 1,) and the sec- ond movement is backwards (photo 2.) The move- ‘ments are then repeated. Most of the samba schools play the chocalhos throughout the first part of the samba-enredo and then during the choruses. (foto 1) é g-tedeeeae {foto 2) aA me RECO-RECO Existem diversos tipos de reco-reco. Nas es- colas de samba sao usados os de molas, porque produzem um maior volume sonoro. Eles tém fungao semelhante a dos chocalhos, isto é, a de apoiar as caixas e tardis. S40 dois os movimentos basicos: no primeiro segura-se 0 reco-reco na a mao esquerda com o polegar abafando as molas, ecom a direita esfrega-se uma vareta de metal nas molas para frente (foto 1), € no segundo esfrega- se a vareta para trés com a mao direita sem abafar as molas com a esquerda (foto 2). S40 os mesmos movimentos usados nos chocalhos, porém com uma acentuacdo diferente. (foto 1) RECO-RECO There are several types of reco-recos. The samba schools employ the ones made with metal springs because they are louder. They have the same function as the chocalhos, that is, to back up the caixas and the tarbis. There are two basic ‘movements: in the first movement, the reco-reco| is held in the, left hand, the thumb muffling the springs, while the right hand rubs a metal stick forward on the springs (photo 1,) and the second movement consists in rubbing the springs back- wards with the metal stick without muffling the springs with the left hand (photo 2.) They are the same movements employed in playing the chocalho, but with a different accentuation. BREQUES Os breques s4o muito utilizados pelas esco- las de samba, embora de maneiras e em lugares diferentes. Servem para destacar as partes do samba-enredo. Como ja vimos, na maioria das ve- zes 0 repinique é 0 instrumento que dé a entrada da bateria. A partir dai o samba passa a ser acom- panhado pela bateria durante uma hora e vinte minutos, 0 que representa cerca de quarenta re- peti¢des da mesma misica. Geralmente os bre- ques aparecem no final da primeira parte, no final da segunda para retornar ao inicio do samba e as vezes precedem as paradinhas. BREQUE (1* PARA 2 PARTE) Apito Todos ger fe DDD Ly 4 BREAK PATTERNS The samba schools often make use of breques, but in different occasions. They high- light parts of the samba-enredo. As we've seen earlier, it is the repinique which usually cues in the drum section. From then on, the drum section backs up the samba for an hour and twenty min- utes, totaling approximately forty repetitions of the same song. Usually the breques occur at the end of the first part of the samba, and at the end of the second part of the samba, marking the re- turn to the beginning of the song. Sometimes they precede fills called paradinhas. MO a4 ‘Surdos de 2+ ie d a ‘Surdos de 1" v BREQUE (2¢ PARA 1? PARTE) 7 “yt a a EXEMPLO 1 pr dL A Apito ro Ty py ee Surdos de 2 a. tpt tt ae BREQUE (2* PARA 1* PARTE) EXEMPLO 2 Apito Heep ADO - fe i Todos eee Cente Surdos de 2* tg ppt fs Surdos de 1* BREQUE (27 PARA 1* PARTE) EXEMPLO 3 a pd TL, Ape Todos MOA tote sud A aH vl 5 d ryttrgtty HoH Surdos de t BREQUE FINAL Apito | RA tt dO + wat ete Pee mn, sans ro pp p og g Surdos de 1” PARADINHAS As paradinhas também conhecidas como bossas, além de empolgar o piblico que assiste ao desfile e os desfilantes, tém a funcdo de ajudar na sustentacdo do ritmo durante 0 desfile. Elas, dao uma sensacao de descanco ao ritmista que, ao retomar o ritmo, o fazem com uma vibracao ainda maior. Todos os anos, diferentes parac nhas surgem nos desfiles das escolas de samba. O importante € que essas bossas destaquem 0 samba-enredo sem levar os sambistas a perder 0 tempo do ritmo (atravessar). Algumas paradinhas ocorrem apés um breque, outras emendam direto no ritmo. PARADINHA 1 RHYTHM BREAKS The paradinha, also known as bossas, in ad- dition to stirring up the audience watching the parade and the samba school components, help sustain the rhythm throughout the parade. They ‘make the ritmista feel renewed, enabling him to pick up the rhythm with even more excitement. Every year new kinds of paradinhas can be heard at the samba school parades. It is important that these bossas accentuate the samba-enredo with- out making the components lose the beat. Some paradinhas are performed after the breque and others start within the rhythm. AMAs Repinique |} Todos |} RY - Repinigve t t { mos QOL OL bo PARADINHA 2 P84r89 P84r84 P8485 Repiniquel LF AULD 89 85 P84r85 P84r84 P8484 Todos pd GIS [}—~— rr PARADINHA 3 topic Ty, yO Bis dD, todo 1B TE aphasia mee aa, Toor PAL jee PARADINHA 4 eee P8484 34 snsien ALY pg TI hs tote ae f= ed GTS poe PARADINHA.S 8 et tin po HO RY todos |Z MOL. { Se seg AAT RTD ee Todos det eres Qe PARADINHA 6 — Repinique |} + MD 4 2 5 b | tate ep TL [yy yd wom WD tt ‘ot A Ty} pe te PARADINHA 7 Repinique| | 7 HOO 2 Fy 2 JO a4 ttn rete HOI ad rl coi 9 TODA T Ly g ATID 12 PY re p44 pete PARADINHA 8 hie 7 DD A UM ras BES edetfe t | dG Ce PRL a toto fy IIT, ETT TTL SH ee PARADINHA 9 tee PL Ad AA I, 2 Todos | Roe MDW 9 dh Repinique! PARADINHA 10 1° Repinique |} 2 be Dy Ly do J Aa rate ee fe oe TU 4d 9 repqus| EA Oy ly ly ly dd Surdos de # lino} + ds 7 » > 1,2) writ rete pl Op i A dy 1 nepiil 9d TM Pott | rombors af 9 STI et es Caras ho r+ TD de ee te : swrtnte eA py Fy jad rete i Surdos de 2+ py PP Jad Dee te PARADINHA I1 => ~ Pmt ott fo gree GE anoris JR mm cain |p J Repiniques| Surdos de. Le eet Ee 3 Sern te 2p bt i 1° Repinique| eta Tamborins |} fovea TT Caras Repiniques| Surdos de 3 ‘Surdos de 2* ‘Surdos de 1" 1° Repinique| Tamborins Caixas Repiniques| Surdos de 3" wm PARADINHA 12 1° Repini Tamborins Caixas Renin ix + li~—+ O_O G.R.E.S. ACADEMICOS DO GRANDE RIO IMESTRE DE BATERIA + CONDUCTOR: Odilon Costa DireToRes * DiREcToRS: Do Gas, Chula, Alfredo, Mumuca @ Russo COMPONENTES + COMPONENTS: 300 A bateria da Grande Rio vem se destacando nos Ultimos carnavais com um ritmo seguro e ousa- das convengSes, e empolgando 0 puiblico em seus desfiles. Ela utiliza duas levadas de caixa diferen- tes perfeitamente entrosadas, e surdos de 3* que dio um balanco todo especial. The drum section of Grande Rio samba school has been exhibiting in the latest Carnival parades a mixture of firm rhythm and daring variations that has piqued the public's curiosity. They utilize two different snare drum patterns that mesh well together, while the surdo de 3* gives it a special groove altogether. ae fees [Bt nnane 0 I PT cinco 2 TIT Ta gett ese Aeuay beeePreelre=Prrsl eure Presltrestiesl son te 34 cas od 4 2 PP 4, fF surdosde 23-1 3, yy, _» Sunds de #1 93-4. —}t pap | ME G.R.E.S. ACADEMICOS DO SALGUEIRO MESTRE DE BATERIA » CONDUCTOR: Louro DineTORES » DinecToRs: Vinicius, Roger, Marco, Zé Papagalo, Sapo e Pastor COMPONENTES » COMPONENTS: 300 A bateria do Salgueiro tem como marca registrada a sua levada de tarol, dispensando 0 uso das cai xas de guerra. Foi também a primeira bateria a to- car virando os tamborins, o que permite executar todas as semicolcheias do compasso. Nela, a en: trada do samba enredo é feita pelos tardis e nao pelos repiniques como na maioria das escolas. Pandeiros, Cuicas e Salgueiro's drum section is easily identified by the pattern of the taréis, which makes unneces- sary the use of caixas de guerra. It was also the first drum section to whirl the tamborins while playing, allowing it to execute all the sixteenth notes within the bar. At Salgueiro, the entrance of the theme song is carried out by tardis not by repiniques as is the case in the majority of samba schools. Agogos Tamborins Chocalhos e| Reco-recos Taréis Repiniques Surdos de 34 Surdos de 24 Surdos de |} ¢-2 J. p— J aes be doi | | | G.R.E.S. CAPRICHOSOS DE PILARES MESTRE DE BATERIA = ConbuCToR: Alexandre Dinerores « Dinecrors: Mauricio, Hélio, Felipe, Zumbi, Pacheco, Wantuiu, Adriano, Cleber e Luis COMPONENTES + COMPONENTS: 250 ‘A Caprichosos de Pilares tem um ritmo forte que Caprichosos de Pilares have a strong rhythm sempre contagia 0 piiblico. Nos anos 80 lancou that is contagious. In the 80's, it instituted the uma “maquina de tamborins’, que permitia um “tamborim machine’, allowing the musician to Unico ritmista tocar varios tamborins ao mesmo play severaltamborins at the same time. tempo. Pandeiros, Cuicas e Agogés Tamborins, Caixas G.R.E.S. ESTACAO PRIM MesrRe DE BATERIA » CONDUCTOR: Russo DiReTORES » DiREcToRS: Ailton, Zé Campos, Taranta Comronentes « Components: 280 ‘Abateria da Mangueira é sem diivida a mais facil de se reconhecer: é a Unica a nao utilizar 0 surdo de resposta. Esta maneira de tocar, criada por Lu- cio Pato e pela primeira vez executada por Mestre Waldomiro, ¢ mantida até hoje. Tem também uma forma prépria de tocar os surdos de corte, que, na Mangueira, so menores, tém as peles bem frou- xas e sdo chamados de surdos-mor (m6). Toca os chocalhos na segunda parte do samba-enredo e ndo na primeira como a maioria das escolas. EIRA DE MANGUEIRA , Wesley e Marrom Mangueira’s drum section is undoubtedly the easiest to recognize: it is the only section that eschews the surdo de resposta. This way of play ing, created by Lucio Pato, was executed for the first time under the guidance of Mestre Waldo- miro. It also features its own way of playing the surdo de corte. At Mangueira, these are smaller and called surdos-mor (m6). It also plays the chocalho in the second part of the theme, not in the first, as in the majority of drum sections. eat Agogés Loot og + onto |] SD TD Sd *—7—-Al ooo Bb 00 DDD oD Goalies oa ATT a. + I coins |g STL, 0 A A A, sures M6} 32 Macase (1}2——-—2 Marcagao EE) G.R.E.S. ESTACIO DE SA MesTre DE BATERIA « CONDUCTOR: Marquinhos Dinerores « Dikectors: Serginho; Ricardinho, Adilson, Wanderlei e Beloba COMPONENTES « COMPONENTS: 250 Abateria da Estacio de Sa é firme na sua levada de caixa que é tocada “em cima” e sempre com mui- tas variagdes. Destacam-se também os repit ques, que sustentam com maestria os surdos. Pandeiros, The drum section of Estdcio de Sd is firm in its snare pattern, which is played “above” (on the percussionist’s shoulder), featuring several varia tions. The repiniques in this section masterfully sustain the surdos. Cuicase Re Agogos a bow be sane ITD ITN PTI es Te oo ooo oloo choca me pte * cxias pe FTE Ey FE SE Sy 4 ant Repiniques sures dog pp een TD surdon de 12 J gp td Surdos de} 3p Jd Q———_____ Ee G.R.E.S. IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE MesTRE DE BATERIA « CONDUCTOR: Beto DineToRES » DIRECTORS: Sérgio, Pato, Jairo, Jodo e Adenilson COMPONENTES « COMPONENTS: 300 A baterla da Imperatriz chama a atencao por seu Imperatriz Leopoldinense's drum section fea- naipe de tamborins, que todos os anos cria novas tures a unique group of tamborins, creating new convencées. Esta escola foi a ultima a comecar a melodic fills each year. This was the last samba tocar os tamborins virando. Os repiniques apare- school to whirl the tamborins while playing. The ‘cem aqui em grande némero. repiniques are featured in great numbers. Pandeiros, Cuicase |} % } + + 4 Agogos ratetn 9 TELE ATED cm | OR AR Fay oi aay remcima"|"4io co DE DE DEDED E'D EDDEDE DEDED EF Repiniques Surdos de 34 surdos de 2) i a | surdos der} ——d »— »—1 1] G.R.E.S. IMPERIO SERRANO MESTRE DE BATERIA » CONDUCTOR: Macarro Direrores » Directors: André, Bejota, Ati, Pai COMPONENTES + COMPONENTS: 250 A lmpério Serrano foi a primeira escola a apresen- tar os integrantes da bateria fantasiados, ainda no final dos anos 40. Foi também a primeira a utilizar pratos. Hoje tem como principals caracteristicas sua levada de caixa e um naipe de agogés de qua- tro campanas que propiciam a execucao de melo- dias e convengGes, que dio um colorido todo es- pecial ao conjunto. iho do Agogs, Jodo, Madrugada e Katia In the 40's, Império Serrano was the first school to feature members of the section donning carnival attires. It was also the first section to uti- lize cymbals. Today, it is distinctly known for its Share pattern and a section of agog6s of four bells that allow the execution of variations and melodic fills, giving the whole drum section a very special flavor. pandeiros cca” |OF + ranborins 192 -FT TI ITT FT ET Chocalhos e| Reco-recos os Hf =, Agogos fs Csi ee ereePrrslereelrrslPrrePrrsle rr: 1 snenee of 2) 2D, 1 surdos de 2|f}- J Surdos de 1* © : G.R.E.S. MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL Mestre De BATERIA * CONDUCTOR: Coé DineToRes = DiRecTors: Jonas, Celso, Roberto, Barriga e Parram COMPONENTES » COMPONENTS: 280 A bateria da Mocidade tem como caracteristica basica 0 toque diferente do surdo de 3°, inventa- do por Sebastido Estevao e hoje incorporado por outras escolas. Até 1984 trazia o naipe de tambo- rins no final da bateria mas, com o crescimento do numero de integrantes, passou a posicioné-los a frente. O legendario Mestre André — inventor dos chocalhos de platinelas — criou as paradi- nhas que a tornaram famosa a partir dos anos 60. Pandeiros, Cuicas e Mocidade Independente’s drum section fea- tures a different pattern for the surdo de 3%, cre- ated by Sebastido Estevdo, and now used by other schools. Till 1984, it would bring the tamborins at the end of the section. With the growth on the number of players, it has brought them up front. The legendary Mestre André, creator of the chocalhos de platinelas, instituted the rhythm breaks that made this section famous in the 60s. Agogés Tamborins crooning Fad STA Se et Surdos de 3*) sindos de 92 -d__p J pl —__» 41 34 Surdos de 1+} 3} 21 »—J— 4 —1+-—} Woe ie G.R.E.S. PORTELA Mestre DE BATERIA « CONDUCTOR: Mug Dinerorés + Directors: Paulo Marino, Bombeiro, Dinamite, Arcénio, Carlinhos € Rogério COMPONENTES » COMPONENTS: 320 A bateria da Portela, conhecida como a Tabajara do samba — alusao a famosa orquestra do maes- tro Severino Aratijo —, tem como caracteristica, marcante um intervalo maior entre os surdos (os de primeirajgrave e os de segunda mais agudos que nas demais baterias). Eles ficam em lados opostos e nao intercalados como acontece na maioria das baterias. 9 ’ vantons|g? STL ST, Reco-recos Portela's drum section, known as samba’s Tabajara, in an allusion to the famous orchestra led by Maestro Severino Araujo, features, as its ‘main style, a greater interval between the surdos (the first surdos tuned lower, and the second surdos tuned higher than in the majority of samba schools). They parade in opposite wings and not intercalated, as in most of the other drum sections. G.R.E.S. TRADICAO MestRE DE BATERIA « CONDUCTOR: Dacopé Dinerores « DikecToRs: Moreno,Penha, Alex, Buzunga, Pelé da Solteira. COMPONENTES * COMPONENTS: 300 A Tradicdo, uma discidéncia da Portela, mantém The drum section of Tradicdo, a school that alguns tracos da escola de Oswaldo Cruz, por was spur-off Portela in a dissent move, keeps exemplo o surdo de 3°, porém apresenta uma le- some of the characteristics of the traditional vada de caixa diferente ¢ costuma executar con- schoo! from Oswaldo Cruz, such as the surdo de vengées em seus desfiles. 38, Its snare patterns are different, and it also ex- ecutes fills and breaks in its parades. andres, Caras 7 iz + t~ vantre J Sod TO SL be 1 "em cima" Epoene DEDED ED EDDEDE DEDED F&F | 1 1 I 1 | 1 Repiniques maser oy» I, Oy, suisde2 pd 1 31 4-3] Surdos de |} 2 4 2 a 2 1 Le J G.R.E.S. UNIAO DA ILHA DO GOVERNADOR (MesTRE DE BATERIA = CONDUCTOR: Bira Dinerores « DIRECTORS: Felicio, Tinico, Ratinho, Riquinho, Edinho COMPONENTES « COMPONENTS: 300 A Unido da Ilha teve seu auge nos anos 80. Suas convencées de tamborins e suas “paradinhas” le- vantam 0 publico nos desfiles. Outra caracteristi- ca desta bateria é a maneira de tocar 0 surdo de 3%. Vale a pena destacar também a ‘levada" de cai- xa desta escola, hoje utilizada por outras Baterias. Unido da Wha’s drum section has been mak- ing a lot of waves since the beginning of the 80s. It is known for its tamborim fills, and its rhythm breaks get the public off their seats in its parades. It also plays unorthodox patterns in its surdo de 3%. Moreover, its snare pattern is also being uti- lized by other schools. TT, pee TTY» i ST oy Deboeo E'DEDOEDOE DEDDED E 1 7 2 ¢ ¢ ¢ poofoo0f o00EDODE OOD EODDE G.R.E.S. UNIDOS DO PORTO DA PEDRA IMesTRE DE BATERIA » CONDUCTOR: Cosme DiRETORES » DinEcTORS: Marcao, Paulinho, Robson, Esteves, Eduardo, Carlinhos, Isaac. CoMPONENTES * COMPONENTS: 300 Uma das escolas mais novas no grupo de elite do One of the newest schools in the elite group carnaval carioca, a bateria da Porto da Pedra tem of Rio's Carnival, Porto da Pedra, features a very se apresentado sempre com equilibrio entre os well-balanced drum section across the board. It is diversos naipes. € uma das poucas a tocar os cho- one of the few to play the chocalho in the second calhos na segunda parte do samba-enredo, e to- part of the theme song, and comes out with sev: dos 0s anos apresenta diversas convengées nos eral variations and fills while parading. desfiles. Panderos, Curcas Agogés Tamborins Chocalhos e| Recorecos repinigues yi TA TR FT Pern noofooof oo0fov0f ovnfov0t vootovot Surdos de 33-2 I), Ay Ap, i 24 Surdos de 2+}. 2 Jy J J 4 l Sordos de 1*\} 2-2 a | 3—1 2 J G.R.E.S. UNIDOS DA TIJUCA MESTRE DE BATERIA » CONDUCTOR: Celinho Dinerores « DiRecTOoRS: Romildo, Daniel, Ivan, Casdo, Mauro, Ricardinho, Nado COMPONENTES « ComPONENTs: 300 ‘A Unidos da Tijuca, uma das escolas mais tradi- Unidos da Tijuca's section tunes its surdos cionais do Rio, tem como caracteristicas princi way up compared to other schools. Its section is pais a afinacao mais aguda dos surdos, um equili- also very balanced, and the snares are played brio entre os diversos naipes e uma levada de above, with a lot of swing. caixa “em cima" com muito balango. Cutcne Re " fase 4 i Anat aot = t ot — ot ranting? ETD TT A Chocalhos Reco-recos Repiniques IT i 19 a a od Hl op0fon0f onofvont oontoove oootnooe Surdos de 3+ 2 yp fT pe Fy FT - Surdos de 218 J + 4 + d 3 Liege + Surdos de} 3 = — J ge gat PB pba) G.R.E.S. UNIDOS DE VILA MESTRE DE BATERIA » CONDUCTOR: Mug ISABEL Diretores « Directors: Pery, Jorge Pedro, Bolo, Bahia, Paulinho e Zuca COMPONENTES » COMPONENTS: 280 A bateria da Vila Isabel tem uma levada de caixae tarol que se encaixam com perfeicao, fazendo dela uma das mais balangadas. Ela tinha um modo de tocar que a diferenciava quando, na 2% parte do samba, emudeciam os chocalhos, reco-recos, agogés e cuicas, e ficava a sustentacao do ritmo a cargo das caixas, taréis, repiniques e surdos, dei- xando 0s tamborins fazerem as convencdes. Isto hoje deixou de ser um diferencial porque quase todas as escolas incorporaram esta forma de to- car. Atualmente a Vila Isabel é uma das poucas baterias que afina o surdo de 1" mais agudo que o de 2%, Vila Isabel has patterns for caixa and tarol that mingle together perfectly, making it one of the most interesting sections. It features a very unique characteristic in the second part of the theme song, when chocalhos, reco-recos, agogos and cuicas go mute, while caixas, tardis, repini- ques and surdos take care of the rhythm. This al- lows greater liberty for tamborins to create me- lodic fills and variations. This also pioneers a way of playing that is now copied by other schools. Vila Isabel is one of the few schools to tune the surdo de 1* higher than the surdo de 2%. Pandeiros, Cua 3 xe 4 aaa at = t aot i tanborins 3 0dd STIL ATT EET 1 do 000 v'oe 000 0 gm U4 eaetoas foes d Te? +—r— arbi oF ae ; =F 5p - 7 - = a re a Bl Oy o £00 foloroeooeo a foo folotoroD £ Caicas ETT, FIT TT AT ATT) FT Sy Deoeoror oeoevevE DEDEDE DE DEDEDE DE sepniges Re) OS A TFS, “" oovfoont vn0fo0nF nonfovok nook oov’ surdos dea FTI FT Sendosde24/ 3-2 — pd ——_J 421 4 surds de |} 3-4 2 d 2 td t 4 + H Pee CD G.R.E.S. UNIDOS DO VIRADOURO MESTRE DE BATERIA » CONDUCTOR: Cica DIRETORES » DIRECTORS: Marcinho, Luls Fernando, Ulisses, Zezé, Marquinhos, Serginho, Aridio, DalmieRusso COMPONENTES « ComPONENTS: 300 Aboateria da Viradouro incorporou a levada de cai- Viradouro's drum section has incorporated 2a da Estaclo de Si desde 1999, Apresenta um the snare pattern of Estaclo de sa since 1999. It dos maiores naipes de tamborim entre todas as presents one of the largest tamborim sections fea- escolas de samba: aproximadamente cingdenta. turing approximately 50 Of them. It is also known Chama também a aten¢4o no uso das caixas em for its variations and snare fills. suas convencoes. TOCANDO COM VOCE SAO PAULO - BRASIL | INSTRUMENTOS MUSICAIS . DE PERCUSSAO COM QUALIDADE TEL: RUA GENERAL OSORIO, 46 SANTA EFIGENIA - SAO PAULO (O11) 221.8477

You might also like