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dg ‘ ‘ f “A : | ee ie 5 ee fla Zz. ite ay ga em fase de concretagem. 0 extraordinério volume de 6 mi thes de metros cabicos de escavaco em rocha, ndmero raramente atingido em obra ‘de qualquer tipo, marca 2 construcdo da usina hidrelétrica de Sal 10 Osério, em que atua como conces- siongria a Eletrosul-Centrais Elétricas do Sul do Brasil e como executora 8 Copel-Companhia Paranaense de Ener: gia Elétrica, Situada no Rio Iguacu, entre os mu nicfpios de Quedas do iguagd e So Jorge d’Oeste, no sudoeste paranaen- se, essa obra apresenta outras caracte risticas que a tornam singular, tanto do ponto de vista do projeto, com um ‘dcleo inclinado na barragem de enro- ‘camento, como pelo aspecto construti ¥o, em que avultam obstéculos execu tivos, entre os quais a dificuldade de ‘obtengao de material em condigdes de aplicagio, na regido. Além da elevada Pluviosidade que a caracteriza, Dados gerais Por apresentar as melhores condi- bes de desenvolvimento dentro do 2 Vista aérea das obras da usina de Salto Osério. A partir da esquerda, barragem de enrocamento, barragem de conereto, vertedouro 1, tomada d’égua, com a rampa dos condutos foreados e, a seu pé, 2 casa de for- SA. OBRA DE CARACT Programa de expansio do sistema ge rador do sul do Brasil, Selto Osério foi recomendado pelo Comité Coorde- nador de Estudos Energéticos da Re igo Sul do Brasil (Enersul) como pri Meiro grande aproveitamento do Rio Iguagu. Criado com 0 objetivo de ar rolar e analisar os recursos energéticos dos Estados do Parand, Santa Catarina @ Rio Grande do Sul, © Enersul consi derou, depois de concluir o estudo do otencial energético da bacia do Igua- (4, mais dois locas, além de Salto Os6- rio, vidveis para estudos complements es" imediatos: Salto Segredo e Salto Santiago. ft ‘A usina de Salto Os6rio serd insta lada em duas etapas, estando prevista RIC S$ SINGULA PICTIC A 5 Cam ‘em junho de 1975, ‘Arranjogeral day usina de Salto Osorio | poténcia nominal de 175.000kW. Nu- fa segunda etapa, serdo gerados mais '350.000kW, totaizando a pot instalada final de 1.060.000 ‘Sua barragem dispe de dois verte- tdouros, 1 2, com comprimentos d 113 073m, respectivamente, situan- ‘do-se nas margens esquerda e dieita, O Volume previsto de concreto para essas estruturas & de 256.500m?. Ambos ‘0. do tipo superficial ¢ possuem 9 ‘0s equipados com comportas de se- tor. A descarga maxima dos vertedou- ros é de 28.000m?/s. (0 vertedouro 1 € dotado de 10 adu- fas de 5,50m de largura por 14m de al- tra, para parmitir 0 desvio do rio. Uma barrage de concreto com 45m. de comprimento e volume de 78.000m> de concreto faz a ligago do ‘ertedouro 1 com a barragem de enro- ‘camento, que possui niicleo de argila, bastante esbolto e inclinado, quase co: mo se estivesse repousando sobre 0 tenrocamento de jusante. Esta barragem "750m de comprimento e altura ‘maxima de 56m, com of seguintes vo- umes: 3.250.000m? de enrocams 425,000m? de_nicleo impermeév 215.000m? de fltros. cae se. ‘Aspectos da fase de escavacao szranavA. od REVITACONSTRUGKO FESR 100M > | | A tomade ,@'igue, ¢ estrutura de concreto situain-se na margem esquer. da, com comprimento total de 68m ¢ volume de 36.000m?. Compreende 6 tomadas indviddais. Escavado em rocha, 0 canal adutor possuisteeio trapezoidal, com 200m de comprimenta. O canal de fuga, com 800m de com- primento, foi igualmente escavado em rocha, num volume de 2.631.000m>, A subestacio situa-se na_margem esquerda do rio, @ aproximadamente 300m a jusante da casa de forca. © sistema de transmissio de Salto Osorio atingira a usina de Passo Fun- do, no Rio Grande do Sul, acidede de Xanxeré, em Santa Caterina, e as cida- des paranaenses de Maringé, Apucara 1a, Campo Mouréo, Cescavel, Ponta Grossa, Guarapuava ¢ Curitiba, © aproveitamento esté orgado em 198,7 mithdes de délares, sendo 152.3, milhdes de custo direto e 46,4 milhées de juros durante a construgao. A par- cela necesséria em moeda nacional, des tinads a cobrir gastos com construgéo civil e montagem de equipamentos sistemas de transmissio, corresponde @ 65% da totalidade dos recursos (700 mmithes de cruzeiros) e provém da Ele- obrés, sob forma de participagéo acionériae financiamento para a Eletro: Sul. A parcela em moeda estrangeira, destinada i aquisigao de equipamentos materiais para a usina e para o siste- ma de transmissio, provém de emprés- timo de 70 milhdes de délares do BIRD (Banco Mundial) Aspectos geoldgicos Salto Osério situse na regio dos ‘grandes derrames basélticos que reco- bbrem a maior parte do sul do Brasil ¢ tem, dessa forma, afinidades geolégicas ‘com uma série de importantes obras hidrelétricas brasileiras, como Itha Sol- tera, Jupié ete. Os basaltos, como se sabe, ocorrem 0b forma de derrames, ou seja, cama- {das sub-horizontais de grande extensio superficial e espessuras relativamente Pequenas: 10 2 80m. Normalmente So rochas pretas, muito duras e resis- tentes. Dentro de um derrame, entre- tanto, podem ocorrer variedades ex- ‘Wemamente diferentes, como os basal- 08 compactos, pretos, que geralmente formam 05 2/3 inferiores, os basaltos vesiculares ou amigdaléides, cheios de bolhas (preenchidas ou ndo por mine ‘ais secundirios), que em geral ocorrem 4 QUADRO COMPARATIVO DAS OBRAS CIVIS amos abaixo 0 quadro comparativo da construeao das obras civis, com volumes festimados. (Segundo altima estimative Uhtimo ea situagao at esa data, em percentagem ), volumes executados até 28 de junho Volume Volume Situagdo ‘Serores de servicoe festimado —executado, atu ™ ™ * Escavsedo comum 40.000 695.385 az Eseavagao em rocha 000.000 ayanase = 788 Barragom de tera ¢ enrocamento ‘Enrocamentotaneado 3.250.000 1.267.919 290 Filteogrorto 70.000 "19.186 274 Eltrofino 70.000 1atis 25.9 Fitro composto 75.000 20.400 372 [Nucteo impermedvel 435.000 137.342 3213 CConereta Irodae ae eetrutures) 480.000 289822520 no terco superior, ¢ as brechas basiti cas que se situam no topo do derrame 880 formadas por fragmentos das ro- cchas anteriores, com os vazios parcial ou totalmente preenchidos e ressolda- dos por materials secundirios, como arenitos-fiticos, argilas ou calcita e zeolita. Em Salto Osério, as escavacées ex: ppuseram diversos desses derrames e, na verdade, os 110m continuos de esca- ages da regido da tomada d’égua e ceasa de forca constituem — segundo os especialistas — uma das melhores ex- pposigdes de sequéncia basdltica que se ‘conhece no Brasil, se no a melhor. Tr8s zonas poder ser reconhecidas essa sequéncia: A zona inferior, que & constituida por mais de 45m ‘de basalte macico, dos quais apenas uns poucos metros foram expostos na base da casa de for- 2, € que sao recobertos por uma cam: dda de brecha arenosa. Essa camada de brecha tem espessuras variadas, pou- 0s centimetros a mais de 20m, ¢ sua superficie, ou seja, 0 topo do derrame, muito irregular, A zou intermedisria, que forma- da, igualmente, por um Gnico derrame, ‘com 40-45m de espessura, pordm de caracteristicas extremamente hetero: gneas, jé que, a0 ensejo das dificulda- des encontradas para fluir sobre a su: erficie muito ondulada do. derrame inferior, ele ds vazes se manteve como de forca SEPARATA DA REVISTA CONSTRUGAO PESADA — JULHOM73, ‘uma camada espessa de basalto com: acto, mas frequentemente se subdi vidiu em uma sequéncia complexa de basaltos vesiculares e brechas zeolitico- calefticas. ‘A zona superior, que é formada por diversos. derrames, quase horizontais, fe de espessuras pequenas. AA regido 6 afetada também por zo: ‘nas de fraturagdo tectonica mais inten- 2, que 8 exprimem na topografia por ‘meio de lineacdes bastante nitides. O proprio vale do Iguacu e 08 saltos !o- cals so influenciados por estas feicSes, Vista da barragem de enrocamento, nucleo de argila Argila e filtros de transigao: preparagao da praca de langamento ‘muito pequena no que tange as carac- que, entretanto, mostraram infl terfsticas geotécnicas locas. ‘Tals caracterfsticas goolbgicas afe- taram 2 obra consideravelmente. As grandes escavagSes, por exemplo, ocor- feram principalmente nos horizontes intermedidrios de rochas muito hete- rogéneas ou na brecha arenosa inferior, obrigando, consequentemente, 0 cui Jadoto trabalho de selegao © estoce- {gem na obtencio de agregado para con: creto. O projeto da barragem de enro- camento foi igualmente adaptado ¢ Zoneado, para receber os diferentes ‘SEPARATA DA REVISTA CONSTRUQAO PESADA —JULHOI73 tipos de rochalBroVerientes Ba esca- vacio. ‘Nao howe, egal, méfores pro blemas para as fundaGOes-das obras de concrete, embora em alguns locais se ‘tenha tomado a precaucio de retirar ‘a maior parte das ocorréncias de rocha brechada excessivamente cavernosa. Nao houve necessidade de tratamento Intenso dessas fundacdes, limitando-se este a uma cortina de injegdes, jé que 2 rocha, via de regra, mostrou-se pou- co permedvel. Também o tratamé de fundagéo sob 0 niicleo de argila, ‘que mereceu cuidados especisis no tre cho construfdo na 1.8 fase, sord bas- ‘ante reduzido na 2.3 fase, em conse- ‘quéncia da experiéncia adquiride. Escavacio Devido & grande variacdo do terre- no, a escavagso teve que ser orientada no sentido de se conseguir bancadas ‘com 0 mesmo tipo de material. Essa ofientaglo tornou-se necesséria devido 4 aplicago espectfica de cada tipo de basalto para a barragem de enrocamen- 10, pata agregado de concreto ou mes: mo para 0 bote-fora. O desmonte, feito com explosivos, foi orientado de modo a obter uma fragmentagdo adequada as aplicacdes nna barragem, que exigia material se- parado granulometricamente, confor- ‘me 0 tipo de camada a ser executado. 'Na escavae3o da margem esquerda, 1ndo foi possivel evitar-se a estocagem de material destinado & barragem ¢ 3 britagem. Por forga da necessidade de liberacéo des escavacdes do vertedou- fo 1, tomada d’égqua, casa de forea ccanal de fuga antes do desvio do rio, 2 barragem de enrocamento ngo absor- produzido por uma ‘concentragio bastante grande de eat ‘pamento € pessoal. Chegou-se a traba- thar, no pico da escavagao, em novern- bbro de 1971, quando se atingiu produ- ‘eGo superior 2 400 mil m? de ro ‘cha escavada, com 23 perfuratrizes ti- po Rock 601 ou Crawler, 18 pas car- rogadeiras, 3 escavadeiras, 33. cami- inhées tipo fore-de-estrada (769 Cater- re R-22 Euclid), ‘A escavagio do vertedouro 2 tem sido orientada procurando-se evitar a festocagem, coneiliando nos planos de escavagio 08 tipos de ocorréncias com ‘2s necessidades da obra e a necessidade de se conseguir uma sequéncia l6gica 1a liberagdo das frentes de trabalho. ‘A grande dificuldade encontrada na escavagio seletiva foi conseguir retirar, dos 6 ‘milhes de metros cibicos de rocha, cerca de 400 mil metros cibicos de batalto sf0, para o concreto, prove: intes. de carmadas geralmente delga- 5 So 9 sequintes Gor ‘Baca hirogritica — Pracipitagsa mésia enual — \Vardos esrcteristcas ‘mixima dria minima disria mecia daria ‘Aven inundade Volume scumutodo DDescorge maxima dor vertedouros Volumes ‘Erracamento Escaveedo om tora das ¢ de dificil caracterizagao pela son- ‘dager. Foi empregado critério rigoro. so de separacao desse material, nao s6 fn desmonte como no carregamento, ‘onde cada viagem recebe uma classii- cago com 0 fito de nao aver conta ‘minaeo e conseguir separar o maximo possivel de material para o conereto. ‘Além do fogo de bancads, utilizou se na escavacio o présfissuramento eo chamado fogo cuidadoso. No primeiro pprocesso, conseguiu-se chegar @ uma ‘malha econémica de 2m x 6m, com ra- 20 de carga em torno de 0,200kg/m? No pré-fissuramento, adotou-se espace mento de 0,60m, com ratio de carga média de 0,350ka/m?. Chamouse de ogo cuidadoso a0 fogo de bancada fi nal, junto ao talude de projeto, onde a ‘altima linha recebeu furagdo com espa: amento de 1,60m e afastada da fura- Gio normal de 1,0m. A detonacdo & feita simultaneamente com a bancads. Nao s6 a técnica de perfuracdo, a ‘adequagao do tipo de malha, em ter- ‘mos. de espacamento nos furos, mas também 0 tipo de explosivo concorreu para as elevadas producdes na escava- fo: usou-se lama explosiva & base de aluminio, que apresentou como carac- terfstica principal 0 poder de provocar elevada quantidade de ondas de vibra- As caractristicas da using hidrelétrica de Salto Osério Barragem de enrosomanto com nucleo de aril SALTO OSORIO EM NUMEROS 6.020 mm 6 sothncia méxima 194,500 «VA, 46,2004? aro rte uniade e008 “500mm Frei 11.087 mm 7 wansformadores,copscidade nominal 196.500 EVA 03/4 8 congutorforesdon atruy SG ceeure maxima 740m 140:mm 03m" feso total do fornecimento a3%0 Seum! 9 comport de sotor 124 Bm anaes 20,77 mx 153m : peo tot do fornacimenta 2862" 700.0008 1 porica vlan, (esa de Yor} 350 pooh capacicade 2250 1.050.000 Fparsica rant, (tomads ul seman cepacicad 280+ PEecornss méves de coberura ee 36m ‘Simenaden . 14.00 m ” {8 comportas tubo de sucedo aay echmensder 495x873 {oe total do fornecimento Siazt 7 camportes de vomaea #30 3.250.000m? Smenades 7544759 '238.000m? ‘pero rol do fornscimento dene 218.0003 £40.000ms «600.000m* ‘b,000m° Pessoal ElerRosuLicoret 500 2as.000cv Empreteras 4800 ‘200m ‘Towel S00 2s0 0% da unidade 80 Fig. 1 — Barragem de enrocamento — enrocai..ento compactado: 1A e 1D, camadas de 0,80m; 1B, camadas de 1,60; 1C, camadas de 2,50; 2, enrocamento lancado; 3, riprap; 4, filtro grosso; 5, filtro fino; 6, filtro composto; 7, niicleo impermedvel. gio, tendo-se adaptado bastante bem 20 tipo de rocha encontrado no local Barragem de enrocamento ‘0 enrocamento est serido executa- do em camadas que variam de 0,80m 2 2,60m (fig. 1). No enrocamento de jusante, © controle § mais rigoroso, ‘tanto quanto ao tipo de material como na sua execucdo. E empregado 0 basal- 10 vesicular e @ amigdaldide, em cama- das de 0,80m junto 20s filtros © de 1,60m a jusante destes. No enrocamento de montante, foi utilizado, até a cota 374, basalto vesicular, tendo sido tolerado 0 uso de brechas basiltices melhores. Na par: te superior, esté-se empregando basal ‘0 vesicular A compactaedo, tanto a jusante como a montante do nucleo imper- meével, tem sido feita com rolos vi bratérios (4 passadas). Tem-se conse. {guido densidade em torno de 2,0v/m3. (© alteamento do enrocamento esté estritamente dependente da elevacéo ‘SEPARATA DA REVISTA CONSTRUGAO PESADA — JULHO/73 reso stroncotza begin? srasaue00 nae ACURA con neLAch SH ig. 2 — Histograma de frequéncias relativas e acumuladas do controle de umidade étima/peso especifico seco maximo 3 — Histograma de frequéncias relativas e acumuladas do controle de umidade natural e des- vio umidade se ee . FREQUENCIA ACUMULADA prequtne 28 2 Fi 5 3 i g Amen De ewontsrma "=" ABAix0.08 COTA 37800, Fig. 4 SEPARATA DA REVISTA CONSTRUCAO PESADA — JULHO73 jograma de frequéncias relativas e acumuladas do nucleo impermesvel, principalmen- te nas regides junto aos filtros. So- ‘mente om rogides mais afastadas terse podido antecipar algumas camadas. Niacleo © projeto adotado para o niicleo de argila inclinado especifica a espes: sura do Sm na crista, atingindo 20m junto & fundagao (fig. 1) Para sua execucdo, 0 material dis Ponfvel na regio apresenta caracte risticas especisis, de dificil trabalha. bilidade. Consta de solo residual de basalto bastante argiloso, spresentando lumidade em torno de 5 6% acima do teor dtimo, Na area de empréstima escolhida para aproveitamento, apre- Sontou as soguintes caracteristices mé dias: limite de liquidez de 70%, li- mite de plasticidade de 50%, densida de seca _méxima de 1,300g/em3 e lumidade étima de 39% (figs. 2, 3, 4 € 5). Um dos problemas mais diffesis da obra é a obtencio de material fem condigées de aplicaggo, dada a elevada pluviosidade da regiio. Para contornar esse problema, esti sendo feita escavacao em bancadas, expondo © material a0 maximo a0 sol, evitan- dovse a movimentacio exeessiva. Devi- do a exigéncia da faixa de umidade trabalhavel (entre —1 e +2%), tornou vse necessério rigoroso controle de todo 0 material antes de ser transpor. tado para a barragem. Tratando'se de solo argiloso ext mamente dificil de trabalhar, procura Tam os responsiveis pela obra definir, através de aterros experimentais, 0 procedimento e 0 equipamento que roporcionasse aterro na barragem que Satistizesse as especificacdes. Esse tra balho preliminar definiu a espessura de camada, 0 processo de laneamento, (© equipamento de compactacio © 0 rnimero de passadas. Possibilitou tam bém a definicao e aferica0 dos métodos a serem usados no gontrole de com- actacdo. A fig. 6 ilustra of resultados de uma das pistas experimentais. Em face das limitacdes provocadas pelo tipo de material, ndo é possivel ‘© emprego de motoscrapers. O trans- porte feito por caminhées bascu- lantes eo langamento procedido dire: 10 ou em ponta de aterro, dependendo da situacdo da ultima camade. Normal- mente, na retomada apés chuva, 0 langamento ¢ feito em ponta de ater- to. A compactago 6 tio pé-de-carneiro, camadas em torno de 20cm, com 12 passadas. Atualmente, cada cemada e316 sendo subdividida em duas subca- madas de 10cm, com 4. passadas na primeira e 10 passadas na complemen: ‘RAY DE COMPACTAGID Yo PROCTOR, MILE 30% ‘ORAL OF COuPACT Ne DE PASSADAS Fig. 6 SEPARATA DA REVISTA CONSTRUGAO PESADA — JULHOI72 tar, possibilitando ligacio entre cama: das mais satisfatoria e conseguindo-se ‘compactagio mais homoginea em to: a a camada. No controle de compactacio, es 14 sendo usado 0 métado de Hilf adap- tado pela obtencio da nova curva de compactacéo andloga a de Kuczynski representativa do solo local (fig. 7) Para se obter melhor qualidade nos resultados, so extra(das cépsulas re presentativas do material ensaiado em campo, possibilitando a determinagdo exata da umidade e dos demais pe rametros dela dependentes. Conereto A obra de Salto Osério apresenta particularidade que a faz diferente das demais: a alta percentage de arcia artificial de basslto utilizada em todos (5 concretos da obra Desde 0 inicio do projeto, sabia-se que 2 areia natural de rio seria de pouquissima utilidade e que a fonte de areia utilizivel para concreto estaria 2 350km do distancia, custando pois 6,04 vezes mais do que a areia manu: faturada. A diferenga de custo seria de Cr$ 40,00 por metro cibico de concreto, perfazendo um total-de Cr 18 milhdes para os 450.000m3 previs- 105, a precos de junho dltimo. Impunha-se, pois, a utilizagdo de percentagem maxima possivel de areia GIGANTESCA CONCENTRACAO DE EQUIPAMENTOS No pique da excavseio, em novem bro de 1871, quando 9 produeso mens) {01 da ordem de 40.000m", a amprei- twira daz. obras ive princnsie de Salto Osério, Consorcio Metad (Metropolitana 8 Construtora Andrade Gutievrer) ste: wou uma 83s malres concentragdes de méquinas pesados a vist no Pate ‘Além das instlacoas ings das can traig de ar comprimido Ingersol, com 3 Unidedes'ecapacidade total de 2.500 pes dbicosiminato, uma entra de. beta ‘2m, ume central de concreto dot ca Bos abreos), fo! usado ainda 0 seguinte caulpamento pesado: Stratores oo aetera D2 Ie wotores de esteira DS Secorogoceiras Gat 969 2earregnceiras Ct 992 2 escavaceiras Bucyrus 618 4 eteavacelre @ueyrus 368 4 carrgadetros Cot 965 1 eovreundeira Cat 977, | eseavadetra Bucyrus 228 28 wransportadores Cat 769 15 tansbortadores Euclid R22 2 guindastes Bucyrus de 30 ¢ 60t 23 perturatrizes Rock 601 ¢ Crawler E compressoresportsteis de 600 pesctbi- 98 Ingersol, Atlas Copco « Hoos 2B bosculontes Seana Vadis Saves, de solo imido, Proctor normal (nsec Gorn SEAT TG ——] Fig, 7 — Controle de compactagao, método de Hilf, para 2.500g (eter [oT fmt] Concessionsria — Centra Eléticas do Sige Beat Sete roe executor ~ Companhia Paranaen. sede EnersiaEéwicn Cope Projtina ~ Conrorio’ Keiser Serete International Corpors. "A. Engenharia} Empat das obras cis prinipas — ConsieioMetaptteropotanoscons. ‘eutora Andrade Gutierrez] ‘Montagem dor condutorforcados, equ Damento” dor” veredouror S'5qua ~ SADE'SuY Americar fenmaria SIA Mentagem dos equipamentos force cosa do sibestacao ~ Techint Cin. Teen ‘co inernaciona! Inspardes.radiogefieas — Gamatec-Apt caedo de Rasioiotopos EQUIPAMENTO PERMANENTE (for Necadores a deinidos) Turina e reguladoros ~ Mitsubishi Sho I Raisho Li. (Mitaaht Heavy In ustries). Geradores © barramentos — Mitsubishi Shoji Kaisha Lid. IMiteubish Electric Corporation! FICHA TECNICA, ‘Transformadores de forea 196,5MVA — Gonssrcio Brown Bover! & Co.Inde tis Eletricas Brown Baver Gudros, gues © comportas dos cond: tes do demio ~ Construgses Eletrome fSnieas STA-COEmSA Guias, comportas © stoplogs dos verte: sdouros ~ Kurimoto von Works, Ltd Comportas da tomada d'sgua e dos tw bos de suecdo ~ Consérciolshimalima do BrasiEstaoiras S/Atahikawlima Ma Fima Heavy Ind. Go. Ls Grados: da tomeds equa — Consbreio ‘Acciaeria'e Tubstico 6 Brescia/ Bacon ‘ATS Ind. Metalmecsnicat SIA. Portico @ ponte rolante ~ Sumitomo Shoji Keisha, Ltd [Nippon Grane Works, tie) Condutos foreados - Consévcio Aci ‘in Tubietg al Brescia acon ATE Ia Metalmecsnices SA Cobertura do escottnae — Consbrcio Sumitomo Shoji Kaisha L1g. (eavasakt Heavy Industries, Lidia, Com. & Nawegopdoetaleras Maus Disjutores para Subestario @ Sistema de Tranamisssa~ Fabriche Flunite Magn Scarpe & Magnone MSM Sp. SEPARATA DA REVISTA CONSTRUGAO PESADA ~ JULHO/73 i f artificial. Essa percentagem foi de 80% dda areia total para os concretos nor- mais; de 58% para o concreto bombea do; @ de 50% para os concretos onde tera necessério acabamento manual (co- mo vertedouros de superficie, adufas de desvio, difusores ote.) De acordo com o laboratorio de concreto da obra, essa percentage {oi possivel, mesmo nos concretos ‘mais magros, devido 2 dois fatores: 1) Utilizaggo de mais ou menos 1,5% (por sugestio dos consultores) ‘a mais do que 0 usual de ar incorpo- rado nos concretos mais pobres, con- sequindo-se desse modo trabalhabilida- de equivalente aos coneretos correntes. Destacam os especialistas de Salto O- sério que ¢ interessante observar que hé maior dificuldade na incorporacso de ar, sendo exigida a quantidade de até 0,6% do peso do cimento, de aditivo, ou seja, 15 vezes mais que o ‘normal, para se conseguir a incorpora- ‘80 desejada. 2) A baixa lamelaridade dos gros @ 2 étima granulometria da areia pro- duzida pelo moinho de barras, na cen- ‘al de britagem. Devido & pequena variago do mé- dulo de finura da areia manufeturada {maximo de 40,1), conseguem-se coe- ficientes de variaggo do concreto real- mente bons, como pode ser visto no ‘géfico de dosage da fig. 8, que possui 244kg de cimento por m3, ‘A maior necessidade de égua de u- medecimento, devido a0 aumento da superficie consequente da forma néo esférica da areia 6 supercompensada pela maior aderéncia da pasta a uma superficie no polida, como a da areia manufaturada, com consequente au- mento de resisténcia para os mesmos fatores équa/cimento. ‘Como exemplo, cita o laboratério de conereto a sua’dosagem para con- ereto-massa com consumo de 107kg de cimento, mais 20 de cinza, fator Jqualcimento de 0,80. Com dosagem iniial dee = 11Okg/em?, aor 90 dias atingiu Ce = 165kg/em?, tendo-se podido aumentar 0 fator dgua/cimento para 0,83, reduzinda consequentemen te o consumo para 103 + 20kg/m3. ‘Sendo o basalto 0 agregado de me- nor coeficiente de dilatacdo térmica, sua utilizago como agregado (fino grado) produz concreto com a maior ‘estabilidade térmica possivel, reduzin- dose, dessa maneira, os problemas ligados ao fissuramento de estrutura de concreto. ‘O'sistema de tancamento de con- creto utiliza dois cabos aéreos, que, ‘com vio livre de 1.500m, varrem quase toda a érea a ser concretada. A dis- ‘tancia de transporte do concreto da 0 on Fig. 8 central Johnson até o cais do cabo ‘aérao é pequena, possibilitando alimen- tagio continua dos 2 conjuntos de ‘cabos, com producdo tebrica de langa- mento de 36m9/h. (0 transporte da central de concreto ‘a0scais feito por 8 caminhdes Silobus Scania Vabis dotados de cagambas ‘com capacidade de 5m®, de fabricacdo especial da Kabi, projetadas pela Agu- dio, com dispositive de descarga late- ral. Do cais, 0s cabos aéreos transportam ccagambas também especiais, com capa- cidade de 3e 5m3, até as unidades a se rem concretadas. Jé foram consegui- ddas médias de concretagem de 40m3/ h, em condigies ideais. (© adensamento 6 normal, com vir bradores pneuméticos tipos NF 60 2 NF 180, da Brobras. Em locais de dificil acesso a0 cabo aéreo, como condutos forcados (con- ‘eretos de envolvimento) e paredes de montante @ jusante da casa de forca, ‘optou-se por langamento com bomba de conereto Whiteman, alimentada por 6 caminhSes-betoneiras com capacida- de de 4m3 cada. Essa bomba dispde de 2 motores Deutz de 2 pistes e possui ceapacidade maxima de 60m3/h, alt maxima (y 4") de 120m e distancia ‘maxima (9 5") dé 700m. ‘Ainda quando 0s cabos estéo ocu- pados e a bomba nao ¢ indicada, ‘opta-te para langamento com torque (120%m) ou quindastes (GOT ¢ 618) da Bucyrus. O transporte, também neste caso, ¢ feito com caminhdes-be- toneiras, Em toda a concretagem esto sendo usadas formas normais (tradicionais), ‘Tomada d’égua, visao de montante ‘confeccionadas na prépria central de ccarpintaria da obra, revestidas com Gethalit. As formas especiais, para os ‘tubos de succio, foram montadas no local, com estrutura de madeira, reves- tidgs’ com Gethalit e no reutilizé 'Nos locais onde ocorreram inclinagées ue no possibilitam bom acabamento, Ltilizaram-se formas temporariamente fixas, que sdo retiradas a tempo de se dar acabamento manual a0 concreto. ‘Atualmente, esté‘se mudando os reves. ‘timentos para chapas metélicas, tendo em vista a dificuldade de se obter 0 outro material. Descrigéo dos macicos a) Barragem de conereto, vertedou- ro 1 ¢ blocos de jungao Os 3 macicos, denominados BL 16, 15 @ 14, constituem a barragem de concreto, com 78.000m?, dos quais he- viam sido langados, até fim de junho, Um sistema de bionginsespecaimen- te projetado pela Agudio para suxilier @ Eonstrucio de Saito Orr @ mals ums ‘ceractoriatien que resata essa obra. Os Esbos. aéreos, que tim extonedo de rimazls, segundo os fabricantes do equ Bamento, nao serd superade facilment Bosicomente, aa util stio ese) eSneentrada na wansporte do Concrete. Entretanto, urn ealipe. Iento versit, pois pode. transports: Uiroles ou entdo Terragons da contal de armgeso § forma, (05 cabos areas esto fixos em uma dos vortantes do vale em tore, de ‘0m de alture. Ne utr, fase em catros (tigo minicar, que’ so. deslocam fam uma via de curso. de concreto Ge ‘5m, de forma a abrangerpraticaments ‘90% do conereto da obra idesde manta {2 do vereaduro ee jusonte da casa Je fovea) ‘Uma casa de comando,situnda na ba das torres, dirige os movimentoe Go ransagsoe. elavsed0. dat capambss, {G'cemonde oriented por operadores, lum disposto no eas, na margom esquerds {0 rio, om cota inferior o avin de curso, ‘onde ss corambas recabem o concreta, & ‘auto situsdo no ocal-do Taneamento. Esses operadores utizam walkie-tlkiet ara se comuniearam com @ comando, Cargeteristicas ‘Ss bloncins possuem a seguinter ca eres tticas tenia 1° Caran maxima na poncho, 12.5 Pista do rolomente, dos’ miniars, na rmargem esquera neti ‘Comprimento desenvalvido da pista de folamonto (ia de curso), 305,0m eo Aiturs op torre, na earger diets, 320m 8 Cota do cabortriho, sobre pila fixe, 515m 2 'Vao do blonain,1.510m Curso vertical do gancho, 150m CABOS AEREOS Velocide e evantamento deteda < cacamba carregad, 2's 2" Velocidade da levantamanto @ descida do cacamba vasa, Sms ‘Valocidade de transiagio do catrinho, mis #"Velocidade de movimentaeo do mi- Bicar, 0.10mi Sitotresaesincronos Ward Leonard, po- téncia meaida na eixo em servigo con {inuo, 630HP. 2 Motores de levantamento com potén ia medida no eixo wm servico continuo, SooHP 4 Motors de yaratsaio do cari com nea medida nooo 8m seed Eontinuo, 00H S Motoresassineronos de antis para a ‘povimertagso dor minicar, SOHP. # Cabos: 2 cabor trios do tipo fechado com» 85,8mm: cabo. elevantamento tipo Seale "25mm: cabo dé taps Stel, 25mm; eabo pare movimento des minicar, Samm 4 eabos de onco. ‘agem Tongeudina do ipo Herele, 7 62mm: eabo de ancorager tanner. For do tino Hercules, 48mm” ‘Scocambas:eapacidades de 8:2 © 3.0m? ‘SEPARATA DA REVISTA CONSTRUGAO PESADA — JULHO/73 " ; CENTRAL DE BRITAGEM 1 ‘specto das imstalapoes da central de bape Para. execuedo de_obra, tornou-se necessirin a. implanteri de moderns ‘ontral de britager @ clasiicarso. dos Imateriais proveniemtes Jas escavocoes, 3 fim de produ'r sremidor odequados pa ra conereto @ materials Ge io para 2 barrage A previsio de utilizar dessa contal, cam capacidase de 400t/h se produto: Scabedos, era'd0 1.000.000 de agregados (Fatos para concreto e material de fi fro grotto pare barrapem cerca de "480.0001 de aves attic! para conereto tro fin. Essa central de britagem foi provide oe © oritadar oe mandibulas Fago-150120. ©°P'britadores de, mandbulas Telsmith Barber Greene 30" 42" ‘Arran goral da contra © 2 britadoret_giosféricos. Telsmith Barber Grove mod. 4895 2" ortadoresgiostéricos Telsmich Barber Greene mod. 28FC 2 brtadoras gitesfaricos Telsmith~ Barber Greene mod. 48VFC. 2a peneiras Vibro. King Telsmith-BG tmos. VB 16 18°F paneiras. Vibro King-Telsmith-8G pod. VET * 20, 2°2" paneiras Vibro King-Talsmith’BG modelo Va x8 2 penciras Foro mod. 25010/2 ‘main de Barras Allis Chalmers mad griz 8 parafuso 1 © 2Telemith Twin Seren aee'32"-0 parauso” 3 Wilson Marcondes mod. A720" 8790 e paratoro 4 Telsmith-Barber Greene 36x 28 © using misturadora dos fitros super tot USC's #anque desgquador clasiicador manu: blond Telemith 32" 1WCT sores). Samba Lynatex mod. 8" x 6" ‘Sexist ainda 72 motores algricos Transportadoras, 14" slimentadoras © 2 compressors. 0s gjrostércos @ 0 moinho de barra includ na britagom #5 por finalise terial de titres para batragem e 25th de soregados pera conereto (dador estar ‘attos Gos oleimor 3 motes), ao limita as pele capacldade de armazenagarn © ‘demind requerida pe ‘ clversos Tron a eee ee Barragem de conereto 90%, em lances de alturas iguais 2 150m, variando de 300 a 700m}. Nes- 8 local 6 utilizado concreto com resis ‘téncia (C80 = 175kg/em? (e90 = 100 kg/em? eno pardmetro (28 = 175kg/ em?, utilizando-se somente 0 cabo aé- 20 ¢ agregado maximo de 150mm. ‘0 vertedouro 1 é constitufdo pelos macigos denominados BL 13 e BL 8, por onde sero desviadas as aguas do Rio Iguacu apés o término da 1.8 fase da obra, Os condutos de desvio estio pprontos e ultima-se 0 alteamento dos locos até a cota prevista para desvio. As alturas dos lances so. veridveis fentre 1,20 e 2,00m. Os macigos deno: minados BL 7, BL 6 © BL'5 so os blocos de juncio que s6 agora esto seindo iniciados, 'b) Tomada d'agua, blocos de fecha- mento e apoio dos condutos Os BL 4, BL3 eBL2 con: lem ‘a tomada d'égua, cuja concretagem foi iniciada em maio Ultimo. Os blo- c0s de apoio estdo concluidos em ‘90%, s6 restando os do conduto 1 0 maciga BL 1 é 0 bloco de fecha mento @ ainda nao foi iniciado, deven do sé1o apds 0 desvio. c} Casa de fora — U1 a US A casa de forca,tem um total esti mado de 13,000m3 de conereto por lunidade. Por ocasiio do témino da 1.8 fase, as paredes de jusante e mon- tante deverdo estar nas cotas 337,00, ‘0 que representa 90% da concretagem de primero estégio concluid 1d) Area de montagem e edificio de controle (0 editicio de controle devera ser iniciado em julho e a rea de monta gem deverd ter sua conclusio em fins de agosto proximo. @) Calha e muros SEPARATA DA HE VISTA CONSTRUGAO PESADA — JULHOI73 VeRTEDOURO Vertedouros © volume dessas estruturas & de 23.000m3. Desvio do rio (0 esquema da sequnda fase do des vio e a altura da ensecadeira foram Projetados para protecso contra en- chentes de até 10.7006, ‘22 fase do desvio, prevista para ‘outubro proximo, aproximadamente, sera executada por meio da remogio da parte da ensecadeira de 1.9 fase e construcdo da ensecadeira de 2.# tase, entre a margem direita © a parte cconstrufda da barragein, de modo a forcar 0 rio através dos condutos dei- xados sob 0 vertedouro 1. Porém, co- ‘mo o nivel d’équa requerido para'des carga da vazdo de 10.700m3/s 6 maior que a altura da ensecadeira de 1. fase, reviu'se a construcio de uma mem brana_impermesvel que interlique 0 fevestimento da ensecadeira de 2.2 fase com 0 nicleo impermeivel da parte construida da barragem. Essa membrana serd formada pela comibinagso de um muro de concreta © um nucleo de terra. O muro de concreto localiza-se dentro do corpo da ensecadeira de 1.# fase. A parte do nucleo de terra da membrana imper meavel ser construfda concomitante mente com 0 primeito estagio da bar ager, ‘© emprego da membrana impermeé vel climina a necessidade de elevar GASA DE FORCA Tomada d’agua, condutos forcados e casa de forca 'SEPARATA DA REVISTA CONSTRUGAO PESADA — JULHO/73 a camada de transiedo © 0 revestimento impermeavel da ensecadeira de 1.2 fase até a altura da ensecadeira de 2.8 fase, para permitir a vazio maxima de 10.700m3/s pelos condutos de desvio. Condutos forcados ‘Amontagem dos condutos foreadas, em Salto Osério, esta sendo procedids de forma ngo muito usual. Devido 20 cronograma estabelecido, ela foi ini ciada com a colocacéo das curvas inferiores, sobre as quais foi concreta da a parede de montante da casa de forca. Em seguida, ser efetuada a mon tagern das curvas superiores, de modo 2 permitir 0 imediato inicio da conere: tagem da tomada ‘agua, concluindo-se pela colocaggo do techo reto, etapa ue ainda nao se iniciou. A descida das virolas foi o primeiro problema enfrentado pela equipe de ‘montage, pois os blocos de ancora- gem intermedisrios da rampa no se encontravam conclufdos. © estas pegas tém digmetro de 7,40m, comprimento de 4m, e peso entre 9 e quase 14t Foi necessério, dessa forma, caleular uma estrutura auxiliar, tendo-se opta- do pelo emprogo de perfil | de 10”, fue atendia as necessidades dessa es: trutura. Apés estudo em modelo redu ido da situaedo, foi descida a primei ra virola, com ‘a utilizagéo de uma espécie de truck, com rodas fixas na prépria peca, sobre tilhamento com a- festamento de 3,50m. Apés numero- sas dificuldades, como o travamento ora de uma, ora de outra roda, conse: quiu-se descer peca, numa operacio ‘Que durou 12 horas. 0 teste efetuado com essa primeira Pega levou & conclusso de que seria ecesséria a construcio de um carri ‘nho, feito com perfil | de 10” ¢ 0 reforco da estrutura, além de outros detalhes, como ferragens, estropo, rol: danas. Com estas providéncias, 3 peca seguinte foi descida em 2 horas, tem Po que se foi reduzindo, chegando:se a efetuar a operagio em até 30 minu 10s. Hoje, 6 feita num tempo médio de 45 minutos. Pelo fato de a montagem ter sido iniciada com atraso, decorrente de Pequena demora verificada na fase de escavagdo, houve necessidade de se recuperar 0 tempo perdido. A soluci encontrada foi executar uma parte do acoplamento de virolas no patio de ppré-montagem, descendo-se das pecas soldadas de cada vez. Essa solugio aprovou, inclusive porque a solda na Dré-montagem leva menos tempo, em média 2 dias e meio a 3 dias, ao con ttétio da solda apés 0 posicionamento das pecas, cujo tempo de duracdo veria de 5 a 6 dias. Apenas houve a precau- 13 acini b Aspecto da montagem das virolas O PROBLEMA DOS PNEUS Por delinied, excavacdo em roche é um vabahno difeh. Sea ese ator se ‘volume de esev ho eum cronograma som Tolga, terse STtudro-gera cas condigdes de trabalho fem Sato Oxéro. Devido #0 pouco tempo de que dit punha 0 go extaprdinsri volume dees Eglo ave. a Meta ‘ontorclo Matropottana/Andrade Cu terres) teve que eliminar prticamen 2Ullinaeo. de esomadeiras @ epredat Zarrgndsiras, om concigdes ds vere neo mute” aproptiadaa ‘para esse tbo ‘ce aulperento, Assim, ume praticai8 um peveo sfundice obtee us conse 28 Gi Solto Ororos us, oe corridos fm carga de rocho. ‘que 0 EEuipsmento. for exoido a derenvoiver {dat copacisade de trabalho ‘hs consequences Sse 30 relation principalmente em alto. consumo oe Bess, cregandose 2 ter gesto mensl Bo'Stoam de 800 mi cruzevos, quence ©" provito ea. prticamente. urn (ergo See tts “A reducdo deste custo tornou-se obo "Assim, procedewse » ponderacéo da arovidate’ de cova ume Sos caurar eter. nantes desses.gontos, tendose_ com Gutdo que um’ dor problemas rei a ves era 9 trabalho dos press sobre dou Pole o batalte seb ele apresenta cond Bes excelents para corte “Outros problemas considerados fo- Soxcasso de cara: ‘8 condicdes dos cominhos de sarvico, ‘Serine de rampas maxims do selves fon tungao de experieneas feta, det igs uma rempa maxima para cata tipo Se equipemento, para que e sarees, prineipalmente. no eixo.asero, Tose Ponderada. até um limite, pore eitar {eraaste no pneu: Seontrole de qualidade no recsuchuta ‘9m @ controle ds calibragem. "ald dor medias sdotadas referen tos 0 ests arpector, Geinu'se 0 tempo fueo pneu pode trabsinar pars pormt {ir duos recauerutogens; esse tempo f0| {kado em 990 horas Teas vabathads. Outras providéncias adotadas, tals como controle de retirada © eolocarso Se" pnave, temperatura, velocidade dos Garros, uso de bhindagens de a uo fa emvolumento. dor pneus traselros Gas Dis correpndeias, ala. de_promios 205 rotorstes que, aproseneassm melhores Fesuitedos na conservarao fritram a radueso 36 Brat {orcas dot gatos fo de reforcar a estrutura e empregar ‘um guincho de maior capacidade, uma maquina P & H de 90%. ‘A montagem do trecho reto poders ser feita de dois modos. O primeiro seria a utilizaggo do cabo aéreo. A ‘outra possibilidade seré a de colocar {a miquina P & H no aterro da cota 343, a montante da casa de forca, para ali lancar as pecas sobre o trilhamen- 10. 0 guincho posiciona as pecas, que so ancoradas. Em sequida, soltase ‘cada pega por vez, encostando-a na eca imediatamente inferior, efetuan- dose, apés, a solda circunferencial ‘Acredita a equipe de montagem que 0 problema maior, nesse sistema, sera ¢ ancoragem das virolas. Subestacio A subestagio de Salto Osério crac terizase por ser spans de chaveamen- to, pelo feto de receber eneraia em 230 KP través de 6 alimentadores aéreos vindos dos transformadores wifésicos prineipes, localizador na caa de forga, E tanamitir através de 8 lias ob 230 wv. (© fato de possuir 2 barramentos principeisinterligados por um disiun for permite orance lexbiidade de ma- obra, A energie ce chega do transfor frodor, passa através de um disluntor trum jogo de duas seccionadores, que permite energiear a linha através de um fu outro barramento. Como cada Ii fina. possi também idéntica ligacso fos borramentos por maio de urn dis jumtor 2 duas seecionedorss, existe 0 possbilidade de fazer com que ume Parte da vsina alimente umm conjunto ae inhos otravés de um dos barramen tos e 2 parte restante outro conjunto Se linhas, por intermédio de outro Darramente ‘A existéncia do disjuntor de inter ligaedo. permite fazer a manutenc dos disjuntores de linha, pois cada um des postui uma seecionadora de con torn ‘Anexo 8 parte de 230KV esté pre visto um transtormadorabaixador de 250kV/138KV/13.8kV, cuje finalidade & fornecorenergia 20s sistemas auxili fesda using avila ce operadores @ ou tras subestagbes, através do dues linhas de 138K. Caracteristicas técnicas Capacidade prevista de chaveamento 6 x 196.500kVA, Capacidade transformadora_prevista 2x 50MVA Disjuntoras: 11 de 230kV, 2 10.000MVA : Tide 138KV, 1.2004 e 5.000MVA Seccionadores: 30 tripoladores de 230 KV, 1.800, abertura vertical 1.6008 SEPARATA DA REVISTA CONSTRUGAO PESADA — JULHO/73 —— Esquema da subestacao 5 tripolares de 230kV, 1.6004, abertura vertical @ mecanismo de aterra, 6 tripolares de 230kV, 2.000A, tipo antografico 1 tripotar de 138kV, 1,200A, aber tra vertical 1 tripolar de 138KV, 1.200A, aber tura vertical e mecanismo de aterra. Alimentadores: 6 de 230kV = = 9 oS 00 ec Linhas: 8 de 230kV_ 2de 138kV. Programagao e controle Uma rede que envolve cerca de 1.100 atividades e que acompanha até a fabricagao das turbinas, no Japio, & © instrumento de programac3o que termina o andamento das obras de Salto Osério. Implantada a rede, foi iniciado 0 controle sistemético, com a criagio de USN HORELETREA SALTO OSORNO ‘um fluxo de informacées entre as fon- tes de execucdo e 0 6rga0 controlador. Mensalmente, so coletadas as percen- tagens executadas de todas as ativide- des © essas informagdes sio processa- das, obtendo-se a atualizacio mensal dda rede, com os seguintes relatérios do Project Control System (PCS): sche- dule report, precedence report © work status and progress. Os resultados sio analisados e dis- tribufdos as frentes de servio © aos Grados de chefia, sod forma de crono- ‘grama de barras ¢ comentétios de atue- lizacio. (© controle detecta eventuais desvios da_progremacio, que so eliminados com o redimensionamento dos meios de producio da empreiteira. E nessa fase que se verifica @ importincia de uma boa estrutura de controle, que ermita 0 mais répido possivel acusar 05 desvios e informar em nivel supe- 2 fim de que este tome 2° pro: vidéneias necessérias para conduzir a Programacao inicial Simultaneamente, outros instrumen- tos de controle e informagao.geral 80 elaborados, tais como relatorios menssis, semanais e relatérios espe- clas. Enquanto os relatorios semanais se preocupam com 0 acompanhamento fisieos dos servigos, os mensais e espe- ciais, além de ajustarem os dados ff 08, ‘com base nas medi¢Ses, indicam one S “~~ também o comportamento da obra, no quantidades, é trabalhosa @ demorads, Esse relatério contém ainda outras Que se refere a0 controle da programa- _verificando-se atraso na elaboracio do novidades, como um grafico que permi= (ho finance Felat6rio, Para sanar esse atraso, quan- te uma idéia geral em perspectiva, em ‘Os relatérios mensais apresentam’ do 0 documento se refere adetermina- planta e em secgdes das estruturas @ uma inovagao, pols contém,na verdade, do. més, traz todas as informagdes re- volumes e ndmeros principais da obra, dois relatorios em um 36. O que ocorre lativas @ esse més, acrescido de um re- além de um gréfico com o controle da G que @ colete de informacdes, refe- lat6rio preliminar concernente a0 m&s azo do rio e da pluviosidade, ao mes rindo-se principalmente a volumes e sequinte. ‘mo tempo. UM ACAMPAMENTO TRANSFERIVEL RES. (© desmetamento para implanterio do. : ‘seampamento fot manual, tendo harido Dreservorao de grande parte dar brvores | ‘A.Copel # 2 Elerosul projetaram um _srvigos de terraplensjem e com preser- , EdificenSes i ‘scampariento de obras de mancira que vacio deporte da vegtagdo natural FForsm corstrufdss edificeeses desti- fee rene reper Se zoneeento — Fl ido en wi, aterm” tne O eno a conclusso da maioria de suas Zonas residencisis pera habitse5es uni: im hospital com 3.000m de érea cons: ia familiares (resigencis), duas zones res: instalgSes pordera sua inalidade poe steer ‘Asan, coneaoram um neyo soma ‘ea cess OMe preteen‘ eccaeas om ma. natin ova fl Sawai eer ‘ete para aacagdo em Salto Orso. i oecia\ aici rat ain rellods excess Amina Gat sung van irene oo Wo {ogo petado destinado a obra; 6 consti- ‘ldo por vias principals, de cormuniearao fontre es tones, Secunda, de interes fe local w cominicagao Interna das zones; ima extagio rodoviria; tum gonfortivel hotel, com 40 aparta: Gusts postibiidade de esmoncagem | reaproveitamento. Carsetriint Abortcimento de gia — Com cots: S seampamanco de Sito Oxtrio, da- 50 Wertvsr"Ge' borane de tore No te ineitncle oe cide Se sau por Grego Pourtas rtd hat rox ‘eeowinaiden comp, Artec rin mao de Scones Ts seagulnes pisces caractergtcs: Geimornboras de eno prolonged, Po Tocaicacdo ~ dunto core; Seme- & Tuncn°Gnahel a crea oe 18m aeira fect o ome dot Webster tbulnde de gp, com di ere ieee ‘metro de 200mm @ extensio de 1400m; Gonaidertopomros — Localzade Gratsmanto am ego ote comer § mat eT G00 fesdénci em rea do topogrti fovoréve, foto que fo, composta por 2 conjuntos e com "Ze scampemento fo! imensionad eae Semiaen ney on 8 eae || PaOnR ee + sendo 2 semi-enterrados, de concreto,e Nova concepgao 2 ea een crated SMES catet oiaie Se Aa ante eetee wilh at an a na See eee. Creare rae Lae ie Bate er eect (mae Sin hee allie ice Coble. Catvate dare Grae Fe ar etree eee eas crosses ria Pocatocs ic eee ae Ree idiilling nc 11". OE eeemace ect Pg esr etropitg rnp ae 1 Ce Taretearal ft oreuseparns fea aes OS Oat, pala Chait panera Pa eee Na Meta nents teats eae Oe Garros rep fear ed gripe a pO Sree | ciecttes tauncaine ate eee, Seda ate es 6 | SEPARATA DA REVISTA CONSTRUGAO PESADA — JULHO (73,

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