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IV ENCONTRO NACIONAL DE MULHERES TRABALHADORAS DA CUT/BRASIL Floriandpolis, 6,7 e 8 de junho de 1997. RESOLUGGES DO IV ENCONTRO NACIONAL DA MULHER TRABALHADORA AGOES AFIRMATIVAS 4- Continuagéo da Campanha Igualdade de Oportunidades de forma pratica, como por exemplo: incluso nas campanhas salariais de clausulas de acordosidissidios de proteg30 ao trabalho da mulher e incentivo da contratag4o da mo de obra feminina; principalmente negra 2-Elaboragao de um documento do encontro se posicionando sobre necessidade da aprovagdo do PL 20/91, enviando documento a todos os deputados da Comissao de Constituigao e Justiga da Camara Federal (documento anexo - CONTEE). 3- Acompanhamento por parte da CNMT dos projetos que transitam na Camara dos Deputados ou Senado, elaborando propostas concretas de formas de pressdo sobre os mesmos, visando a aprovagéo dos projetos que defendemos. 4- Redefinir objetivos da Comisséo de Etica, conforme texto anexo. 5- Elaboracdo de material didatico com linguagem acessivel as mulheres, com grande de tiragem , com temas sobre as especificidades das mulheres ¢ questdes de género voltada para base dos sindicatos, 6- Aprofundar a discussdo e construir politicas unitarias que subsidiem orientem a intervengéo das cutistas nos Féruns e Conselhos de Mulheres contribuindo para a incorporagao de corte classista nas politicas que estes tragam para a sociedade. 7- Implementagéo por parte da CUT das agées afirmativas aprovadas como resolugao dos congressos ¢ plendrias. 8-CRECHE: *Aumentar a oportunidade de participagao das mulheres nos eventos, efetuando © reembolsando de despesas com servigo especializado de creche ou baby siter. *Colocar enquanto resolugéo deste encontro que a responsabilidade com creche nos eventos seja viabilizado pela Central e nao apenas pela CNMT. *Seja viabilizado estrutura de creches/recreagao para filhos/as das/os militantes nos eventos de todas as instancias da CUT. Os sindicatos e a CUT devem possuir espaco fisico e material pedagégico, bem come, infra-estrutura, tanto para eventos como para atividades internas. Incluir no calendario da Central 0 dia 12 de outubro como Dia de Luta pela Creche, com realizagao de uma campanha nacional. Devendo incorporar nesta campanha a viséo de que creche nao é “depésito de crianga’, defendendo que os materiais adequados por faixa etaria e os profissionais capacitados, bem como, explicitar que creche nao é apenas dever do Estado, mas que a lei deve ser cumprida por todos. *Que durante as atividades da CUT , o sistema de creche nao tenha periodo determinado. 10-Adotar linguagem de género em todos os materiais utilizados como meio de comunicagao 44-Divulgagao dos direitos das mulheres ( trabalhistas, civis etc.), como parte da Campanha. 12-Criagéo de uma campanha nacional de sindicalizagdo para homens e mulheres, mas com corte de género - Discusséo a ser apresentada no VI Concut 13-Publicago de cartilha divulgando Agées Afirmativas das Mulheres Cutistas 44-Reforgar a responsabilidade para com os/as filhos/as como coisa de homem/muther. 15-Incluir a questéo de género nos cursos de formagao, garantindo o corte de género em todos as atividades. 16-COTAS *A CUT deve aplicar a politica de cotas integralmente, a nivel estadual € nacional. *Introduzir a discusso de cotas na discusso de renovagéo da estrutura sindical. *Levantamento sobre implementagéio das cotas © cargos ocupados pelas mulheres e acompanhamento desta implementago. *Obrigatoriedade da implementagao da politica de cotas em todas as instancias da CUT: direg&o (recomendando as cotas), comissdes, negociagées coletivas representagdes GENERO, RAGA E CLASSE 4-Dar prioridade a luta contra o desemprego, contra o trabalho informal € temporério. 2-Realizar um semindrio e uma pesquisa sobre género e raga, com a participagéio conjunta da CNMT e CNCDR, para os estados e CEMT. 3-Pesquisa e Banco de Dados na CUT , através de trabalhos em todas as categorias, realizando um levantando sobre a situagéo da mulher, incluindo 0 corte de raga. Esta pesquisa deverd incorporar andlise do preenchimento das fungées em cada categoria por homens/mulheres e levantamento do perfil de cada fung&o com o objetivo de trabalhar a possibilidade da incluséo das mulheres nas fung6es predominantemente masculinas FORMAGAO PROFISSIONAL 4-Trocar e divulgar experiéncias com sindicatos de paises escandinavos, que tam conseguido manter estratégias de resisténcia aos ataques da Restruturagao Produtiva, por terem articulado e viabilizado a organizagao dos/as trabalhadores/as no setor de servigos, e principalmente, finangas e comércio. 2-Implementagéo de cursos de formacao profissional e politica para as mulheres, garantindo acesso igualitario na formagao geral. 3-Lutar pelo acesso a profissionalizagao e formagéo/capacitagao permanente da méo-de-obra feminina 4-Vineular a discussdo de relagdes Sociais de género na questao da formagao profissional, principalmente feminina, como também a discussao racial 5-Lutar para que se inclua mulheres nos cursos de Formagao Profissional com garantias e incentivos as mulheres, Além do fornecimento do vale transporte & refeic&o nos referidos cursos, lutar para um sistema de creches para os filhos (as) dos (as) participantes. 6-Acdo da CNMT, acompanhar 0 GT de Reestruturagao Produtiva e Formagao Profissional. 7-Os sindicatos devem garantir espago na formagao profissional para as mulheres, em especial as desempregadas. Incluir as trabalhadoras rurais, da construgao civil e madeira, nos cursos promovidos pelo governo. 8-Os sindicatos e as confederagées ao atuarem na formagao profissional devem destacar o estudo de Mercado de trabalho da mulher hoje € no futuro. 9-Repensar a Reestruturagao Produtiva sob a dtica da mulher trabalhadora, 40-Exigir que o DRT fiscalize as Empresas, para garantir o Estatuto da crianga e adolescente nos programas de emprego de menores de 13 a 14 anos, com remunerag&o, uma vez que estes/as devem ter hordrio disponivel_ para estudo, sendo que normalmente isto nao é respeitado, além dos referidos menores serem utilizados/as como "empregados/as” de mao-de-obra barata 11- Fiscalizar 0 material didatico produzido pelo MEC, para que as politicas de género e raca sejam trabalhadas corretamente. 42- detectar se ha reivindicagbes sobre a mulher negra que possam ser inseridas na minuta padrao das reivindicagées femininas SAUDE E TRABALHO 4-Que a CUT reivindique junto as empresas a permanéncia dos/as trabalhadoresias que foram readaptados/as junto ao seu quadro de funcionérios/as, garantindo a mudanga de fungéo conforme condigées de trabalho, 2-SETOR PUBLICO/PRIVADO: “Que a CUT adote a defesa da satide do/a trabalhador/a regidos nao apenas @ CLT, mas também aqueles do RJU e os/as trabalhadores/as informais.(em todos os regimes de contrato). 3-Que a campanha A SAUDE ESTA EM NOSSAS MAOS , seja implementada também pela CNMT em todas as CEMT. 4-Que seja implementada pela CNMT a defesa dos servicos pUblicos de satide em todas as CEMT e sindicatos. 5-Discutir nas CUT a discriminagao de portadores/as doengas ocupacionais 6-Que os Sindicatos apresentem documento que conste como as/os trabalhadores/as podem prevenir-se contra a LER, @ que haja fiscalizagéo nas fabricas, empresas, hospitais ete. 7-Que a CNMT potencialize as CEMT com relacéo as politicas publicas de satide da mulher. 8-Que os sindicatos filiados @ CUT discutam nas campanhas salariais e acordos coletivos a questdo da satide das mulheres. 9- Que a CNMT e CEMT realizem seminarios para aprofundar a questao da salide da mulher e formagao profissional. 10-Que a CNMT e as CEMT realizem debates sobre 0 Plano de Atendimento a Satide (PAS), plano implementado no municipio de So Paulo. 11-Que seja realizado um levantamento/pesquisa em nivel nacional das clusulas referentes ao trabalho feminino e satide da mulher e outros temas especificos da mulher, a partir dos ramos cutistas, para subsidiar as negociagées coletivas. 42-Pesquisa sobre a situagéo da mulher trabalhadora em relagao ao mercado formal e informal, sobre a salide da mulher. 43- Que a CNMT e CEMT e 0s sindicatos filiados 4 CUT incluam na pauta de reivindicagdes do setor privado e publico que a mulher trabalhadora tenha prioridade no atendimento ao servico puiblico de satide (SUS) 15-Que a CNMT trabalhe junto com a Comissao de Satide da CUT, no sentido de dar corte de género a discussao de satide. AGOES DA CNMT 4-Realizar uma reuniao/plenaria com as CUT Estaduais e as Confederagées da CUT para debater a implementagéo da campanha “Igualdade de Oportunidades’, incluindo raga, apés 0 VI CONCUT. 2-Que a CNMT envie para os estados e ramos as resolugdes desse encontro até 0 primeiro CECUT e 0 relatorio até 0 6 CONCUT, visando subsidiar os congressos de ramos e estaduais. 3-Sensibilizar as mulheres para participar e intervir nos foruns € coletivos de formagdo, para trabalhar a discusséo de género e a propria capacitagéo de formagao de quadros 4-Realizar reuniées semestrais da nacional com as regionais, para discutirmos as politicas da Central, com temas especificos de género e temas gerais. 5-Investir na formago das mulheres no so no aspecto tedrico, mas tambem na participagdo e projegdo de liderangas femininas, 6-Investir na formacdo politica para mulheres da diregao da CUT 7-Realizar um planejamento estratégico sobre agdes que envolvam a questéo da mulher nas CUT. 8-Promover intercambio nacional entre a CNMT e as estaduais para facilitar a atuag4o sobre a questo de género 9-Que a CNMT proponha a realizagao de cursos de formacao de género e formagao geral 10-Que a CNMT implemente as questées de género em todos os ramos 11-Que a CNMT realize debates sobre as organizagées sociais. PLANO DE LUTAS 1-Reafirmar as resolugdes do V CONCUT. 2-Que os encontros e plenarias de mulheres englobem as politicas gerais da CUT, incluindo as pautas dos congressos. 3-Campanha pela redug&o da jornada de trabalho, sem diminuigéo do salario; (grupo 2 € 3) 4-Publicagéo de um Boletim, revistas, videos e materiais de comunicagao da CNMT para as CEMT das CUT Estaduais e sindicatos. 5-Trabalho sobre o impacto da Restruturagao Produtiva sobre as mulheres trabalhadoras. 6-Vinoular a nossa luta a luta pela preservagéo do meio ambiente 7-Luta pela ampliagdo e/ou implementagao da Plataforma de Acao de Beijiing. 8-Que a CUT busque uma maior integragdo das lutas das mulheres resultando em um encontro nacional Feminista (outubro/97 - Salvador/Ba), Conferéncia de Solidariedade (margo/98 - Havana/Cuba), e da marcha das mulheres do mundo momentos importantes para este proceso a nivel nacional e internacional 9-Maior intercémbio CUT nacional e instancias verticais e implementacao conjunta néo sé de campanhas, mas de pesquisa, estudos reivindicagbes & lutas coneretas. 10-Que a CNMT faca um debate dos impactos da implementagao do Fundo Nacional de Desenvolvimento e Manutengéo do Ensino Fundamental e Valorizago do Magistério (Fundao) 14-Que a CNMT coloque na sua pauta de prioridades a luta pela creche publica, a fim de garantir o acesso das mulheres ao mercado de trabalho. 12-Que a CNMT desenvolva campanhas de manutengao dos direitos sociais , sindicalizagao de mulheres, paternidade responsavel 13-Fortalecimento financeiro e politico das comiss6es especificas a) que todos os cursos de formacao tratem da questo racial e género. b) levantar dados ou pesquisa na base sobre raga e género usando os proprios dirigentes como pesquisadores, com 0 objetivo que eles fagam um trabalho de base quaiificado. 14-Lutar contra 0 desemprego , através da redugdo da jornada de trabalho , sem reducao de salério. 45-Lutar contra a flexibilizarao dos direitos trabalhistas e os contratos de trabalho por empresa 46-Contra o sucateamento do servigo piiblico , contra a campanha de deturpagéo da imagem do servidor publico , pela implementagao de politicas plblicas e educagao. 17-Incorporar no calendério de lutas da CUT 0 “8 de marco”, garantindo a participagdio de mulheres e homens nas atividades desta data e que 0 mesmo no seja organizado e realizado apenas pelas mulheres 18-Que a campanha ‘Igualdade de Oportunidades...” incorpore questées gerais como pér exemplo a Reforma Administrativa. 49-Aprofundar na CUT o debate sobre os trabalhos terceirizados, ja que neste setor existe um grande contigente de mulheres € nao existe organizacao dos/as trabalhadores/as 20-0 atual cenario exige um sindicalismo cada vez mais classista, Diante da Teestruturacéo produtiva @ necessario denunciar o carater regressivo e destrutivo do capitalismo. E preciso construir um projeto alternativo que aponte solugdes para as graves quest6es nacionais, democraticas € sociais, Por um sindicalismo cada vez mais politizado e de classe. 21-A Reforma Administrativa de FHC pretende desresponsabilizar 0 estado de seu papel de prestador de servigos sociais, 0 que afeta e prejudica diretamente as mulheres, pois, 0 setor piblico é constituido, majoritariamente ( cerca de 70%), por mulheres, que poderéo ser demitidas, e nao ter estabilidade, principalmente dos setores puiblicos da satide e educagao. 22-Pela implementag&o de politicas puiblicas de saide, educagao, manutengéo @ aumento de creches, escolas e atendimento médico hospitalar pUblicos gratuitos e de qualidade, bem como de equipamentos sociais publicos. 23-Em defesa das conquistas contidas na Constituigéo de 88, referente aos direitos dos/as trabalhadores/as, da mulher, da soberania nacional e da democracia, anulados com a reforma da Constituicao proposta por FHC 24-Realizar estudos e pesquisa sobre o trabalho informal, para levantar suas reivindicagées e organizagao 25-Que a CNMT e as CEMT/ implementem a filiago dos/as terceirizados/as, pois, esses profissionais estao inseridos nos ramos. 26-Que haja maior participagao dos sindicatos filiados @ CUT nas plenarias e conselhos estaduais, municipais e nacional 27-Criagao de critérios para importagdes BALANCO E PERSPECTIVAS 1-A comisséo Nacional funcionou neste ultimo periodo de forma assistemética, sem calendario de reunides e atividades. As reunides nao eram periddicas, quando aconteciam nao se tinha conhecimento prévio da pauta, nem das deliberagées tomadas. A inexisténcia de um instrumento de socializagéo com 0s estados das discussées ocorridas na comiss&o nacional, como por exemplo um informativo, impede maior sintonia entre o trabalho desta e o das comissdes estaduais, 0 que se reflete na desarticulagao de atividades. Um exemplo disso foi a inexisténcia de unificagéo de eixos para nossa _intervengo no “8 de margo/97" Por outro lado, entendem-se como importante a elaboragao e apresentagao da campanha “Igualdade de oportunidades na vida, no trabalho e no movimento sindical", langada na 7* Plenaria da CUT Nacional. Mesmo nao havendo um intercmbio de informag6es acerca da implantagao da Campanha a nivel de pais, foi um momento importante de visibilidade da CNMT e do trabalho de mulheres na CUT. ORGANIZAGAO 4 - Pela manutengao da Comissao Nacional de Mulheres Trabalhadoras da cuT Cada ramo de atividade indicaré uma pessoa, a qual devera ter respaldo politico e financeiro da respectiva instancia vertical para desenvolver o trabalho na CNMT e no proprio ramo. Acada seis meses ocorreria a realizagéo de plenarias com a participagéo das CUT Estaduais, através da CEMTs (Comissées Estaduais sobre a Mulher Trabalhadora), visando integrar o trabalho desenvolvido nos ramos com as regides e instancias horizontais. Organizar e implementar 0 nticleo tematico de género, atuando em conjunto com outros temas relacionados com a politica de formacao da CUT. m vers : Seu , 2-Que a CNMT seja transformada em Secretaria da Mulher Trabalhadora A Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora deveré constituir um coletivo nacional composto por representantes dos ramos e das CUT Estaduais. O Coletivo Nacional de Mulheres devera realizar reunides a cada 06 meses para avaliar, elaborar e definir encaminhamentos sobre o trabalho de mulheres na CUT Os CECUTs e 0 6° CONCUT deverd incorporar a plataforma do IV Encontro Nacional sobre a Mulher Trabalhadora. A SNMT devera articular um trabalho conjunto com a CNCDR visando a construgdo de uma agao que intensifique a luta contra a discriminagao das mulheres negras no mercado de trabalho. A CUT devera garantir a infra-estrutura necessaria para o funcionamento da SNMT, assim como assessoria para a elaboracdo politica sobre o trabalho de mulheres. E tarefa da SNMT e do Coletivo Nacional de Mulheres a construgao do Nucleo Tematico de Género da Secretaria Nacional de Formacao, Que a Comissao Nacional ampliada ou Coletivo Nacional seja composta por 01 representante de cada estado, e 01 de cada confederacao Realizagéo de uma reuniéo ainda em 97 apés o VI CONCUT, com 01 representante de cada estado e 01 de cada confederagéo para discutir questées organizativas, ee 10 ACRESCIMOS DE RESOLUGAO 4-Que a CUT, conjuntamente com a CNTE analise, defina e lute por um plano de carreira que faca justica as mulheres trabalhadoras em educagdo localizadas em sua maioria nas séries iniciais 2-Que a CUT e sindicatos junto ao Coletivo de Satide Nacional, elabore politica @ agdes em relac&o ao retorno do trabalhador (a) acidentado ao local de trabalho. 3-Incluir luta em defesa da Educagdo Publica, gratuita e de qualidade, em todos os niveis. 4-Contra as reformas da educagao nas formas propostas pelo governo. 5-Incluir nos Encontros, programas de formagao de género, temas relativos a educagao, tais como: LDB, Educagao Profissional, etc. 6-Que a Central implemente campanhas com bandeiras de lutas contra 0 projeto neoliberal do governo FHC, no que diz respeito as reformas administrativas e da previdencia, dando énfase a campanha na midia, contra a privatizagao da satide, educagao saneamento, enfim todos os servigos publicos. 7-Que a CUT, realize seminarios é debates para a discusséo sobre o desmonte dos servigos publicos especificando as agéncias executivas e organizacdo social 8-Que a CUT, através do Departamento de Satide do Trabalhador, implemente politicas em relagdo aos (as) deficientes fisicos, leococemicos, portadores (as) de HIV, de doenga ocupacional, etc, afim de que esses (es) trabalhadores (as) tenham o direito de optar por um setor mais adequado a sua problematica de satide, e que todos os sindicatos acompanhe esse processo para garantir 0 emprego. 9-Que a CUT discuta politicas publicas de satide em relacdo a legalizagéo do aborto, realizando seminarios especificos do tema proposto para todos (as) trabalhadores (as) de cada ramo GENERO E RACA 1-A exclusdo da trabalhadora e do trabalhador negro é histérica, nem mesmo os setores de esquerda em nosso pais, conseguem incorporar ao longo do tempo politicas contra a discriminagao racial, seja no mercado de trabalho ou politicas gerais contra o racismo. Sobretudo a partir da década de 80 quando acentua-se as politicas neoliberais na Europa, E.UA e América Latina, os reflexos sao ainda mais perversos para os negros e as mulheres No Brasil, um pais reconhecidamente racista e com uma populagao de 45.,6% representada por negros (as) é fundamental que a CUT incorpore nas suas politicas estratégicas a luta contra o racismo. Mesmo com iniciativas a partir do V CONCUT, 6 necessario avangar na organizago, na formacdo e na visibilidade publica das negras e negros. Combater 0 neoliberalismo, a Reestruturagéo Produtiva, as novas tecnologias que eliminam do mundo do trabalho mulheres e homens negros, faz-se premente constituir politicas nacionais 2-Que a CUT desenvolva uma campanha através de sua Comissdo da Mulher contra a discriminacao do aborto, e a favor da legalizago do aborto, levando em conta que estatisticas comprovam que a maioria das mulheres, principalmente negras, continuam morrendo de abortos, vitimas de estupros e violencia doméstica. 3-Que a Central acompanhe os projetos de leis que tramitem na Assembléia Legislativa. 4-Organizagéo de um Semindrio Nacional sobre Género e Raga, programado pela Comissao de Mulheres e Comisséo de Combate a Discriminagao Racial € pelas Escolas de Formacao. 5-Oficina Tematica Dirigida, puiblico alvo: Secretaria de Politicas Sociais das CUT, Secretaria de Formagao das CUT, Comissées Nacionais, Escolas de Formacao 6-Publicagéo sobre Género e Raga, editada pela Comisso de Mulheres e Comiss&o Contra a Discriminagao Racial 7-Agregar raga em todas as agées ¢ atividades de género 8-Reformulago de linguagem pelo movimento sindical e pelo departamento de imprensa, para nao utilizarem palavras, imagens, simbolos, que reforcem a discriminago racial, o preconceito e a exclusao. 8-Campanha para inclusdo do quesito cor/raga/etnia em todos os formularios de pesquisa, identificagéo pessoal, etc no movimento sindical e na sociedade 9-Campanha de dentincia e fiscalizagao de agées de esterilizagéo em massa de mulheres negras e nao brancas. 10-Aprofundar discussao e campanha sobre DST, AIDS, desde a prevencao, tratamento e defesa dos direitos previdenciarios, trabalhistas e direitos humanos. 44-Resgatar informagées da resistencia e do papel estratégico das escravas, na luta e respeito a sua sexualidade, mobilidade e multipla jornada de trabalho. 12-Campanha a favor do teste de deteogdo da anemia falciforme nos 9 meses de gestagao das mulheres afro-brasileiras. 13-Realizagéo de trabalho conjunto com o Sindicato das empregadas domésticas, contemplando doengas ocupacionais (LER), até a violéncia sexual racial e de género. 14-Garantia da incluséo de negros e negras nos cursos de formacao profissional 145-Na Campanha de Igualdade de Oportunidade no Trabalho, na Vida e no Movimento Sindical, incluir a isonomia salarial , entre homens e mulheres, como também entre brancos (as) € negros (as), 16-Criar mecanismo de dentincia e punig&o aos crimes de género, raga, no MS. 17-Desenvolver um programa de capacitagéo das assessorias juridicas dos sindicatos para atendimento as queixas de discriminagao género e raga 18-Lutar para implantagao da Convengéo 111 da OIT, que proibe qualquer discriminagao no mercado de trabalho (Género, raga, idade, deficiéncia) SEXUALIDADE 1-Necessidade de Discussao sobre o Tema Sexualidade em todas as instancias organicas da CUT e Sindicatos filiados. 2-Incluir no CECUT , CONCUT e CNMT a discussao da mesma. 3-Abordar a causa da discriminag&o sexual, incluindo o projeto da Marta Suplicy, como se aborda a luta de género, etnia e deficientes 4-Realizar exposiges ou debates explicativos sobre sexualidade em todos os setores. 5-Incluir no documento geral da CUT a discriminagao de origem sexual 6-Reivindicar que os homossexuais tenham todos e os mesmos direitos garantidos nos acordos coletivos aos heterossexuais, 7-Sensibilizar a categoria trabalhadora para a questao da sexualidade. PLANO DE LUTAS 4-Que nés mulheres nos envolvamos, como sempre fazemos em todas lutas gerais da CUT. 2-Reforgar o seguinte calendario da CUT: 26 de Junho - Dia do Traucago - Trabalhadores rurais e urbanos fecharao estradas, bancos, etc , exigindo Reforma Agrdria, politica agricola, crédito, menos juros, ete. 25 de Julho - Dia Nacional de luta com mobilizagées, paralizagées - emprego, salario, Previdéncia, Reforma Agraria , Direitos Sociais e contra reformas neoliberais de FHC. 07 de Setembro - Grito dos Excluidos - Reforgar esse grito, realizando mobilizagdes massivas em todos os Estados - Que a CUT participe de todas as coordenagées locais (Estados, Municipios) Sobre a Conferéncia Nacional em Defesa da Terra, do Trabalho e da Cidadania (CUT, que teré a participacao de ONG's, OAB, ABI, CNBB ¢ dos partidos PC do B, PT, PSTU, PSB e PDT é necessario um maior envolvimento da CUT na organizagao das Conferéncias Estaduais com vistas a definir pauta e agenda comum e unitaria de luta e organizacao do grande evento nacional, onde seria organizado um Forum Nacional democratico de combate ao neoliberlismo e pensar um projeto alternativo. LUTEMOS POR UMA AMERICA LIVRE “Ernesto Guevara de La Serna - O Che” - nasceu em Rosario, Argentina, 14 de junho de 1928. Em 1953 formou-se em medicina. Como modelo esteve na Amazénia Brasileira, voluntariamente, sem qualquer remuneragao, para assistir aos indios e indias Ao longo da adolescéncia até a idade adulta, sua pratica social forjou-Ihe uma consciéncia revolucionaria na qual estéo marcados os ideais de emancipagao da América Latina herdados de Simon Bolivar e José Martin. Sua primeira experiéncia como militante revolucionério foi na Guatemala, em 1954, Participou, do governo revolucionario de Jacob Arbenz até o golpe militar perpetuado pelo coronel Castillo Armas. Em setembro de 1954 passou a viver no México, onde conheceu o revolucionario Cubano Fidel Castro, que se encontrava ali refugiado e passou a fazer parte de seu grupo. Em 1959, foi parte integrante do triunfo da Revolugao Cubana, tendo sido presidente do Banco Nacional de Cuba e Ministro da Industria. Como internacionalista assumido esteve na Africa participando da luta pela libertagéo do Congo Belga da Argélia e outras nagées africanas. Em 1966 foi para a Bolivia, onde organizou uma guerrilha, cujo 0 objetivo maior foi a libertagao da América Latina do jugo imperialista. Foi assassinado em 09 de outubro de 1967 no povoado de Higueras - Bolivia, tornando-se um dos grandes herdis da emancipacao latino- americana Nos 30 anos da morte de CHE, rendemos a ele, € a todos os revolucionarios € revoluciondrias as nossas homenagens LUTEMOS POR UMA AMERICA LIVRE RECOMENDACGAO 1-Que as delegagées dos sindicatos aos eventos da CUT seja respeitado 30% de trabalhadoras/es na base. 2-Realizar plenaria em setembro dos estados ¢ ramos visando implementagao da segunda parte da campanha Igualdade de Oportunidades no Trabalho, na Vida e no Movimento Sindical, realizar eleigao para a CNMT, conforme deliberagao do 6° CONCUT Iv Ag IV ENCONTRO NACIONAL DA MULHER TRABALHADORA DA CUT CARTA DE FLORIANOPOLIS A politica neoliberal de FHC 6 responsavel pelo aumento do desemprego, pelo arrocho salarial, pela desregulamentacéo das relagdes de trabalho, pela flexibilizago dos direitos sociais. ‘A outra face desta politica é 0 desmonte do estado com o objetivo de desresponsabilizar o mesmo no atendimento de politicas publicas sociais, como satide, educacao, creche, previdéncia, habitago e outras. Através do sucateamento e privatizagéo dos servigos publicos de sua terceirizacao agravando em muito a situa¢o da mulher trabalhadora A sociedade brasileira vé envergonhada o ressurgimento de doengas endémicas, a gravidade de altas taxas de mortalidade infantil, o abandono dos idosos e milhées de analfabetos, relegados a condi¢ao de marginalidade. © governo federal propagandeia a existéncia de um Programa Nacional de Direitos Humanos, enquanto ha a denuincia do crescimento da violencia policial, da prostituig&0, do turismo sexual, do exterminio de criangas ¢ adolescentes, 0 trabalho escravo e infantil continuam sendo motivo de denuncias tanto no Brasil como no Exterior. Aprofunda-se 0 processo de feminizagao da pobreza, dados da ONU apontam que 70% da populagao que vive sob estado de miséria no mundo sao mulheres ‘Ainda mais acentuado entre as mulheres negras. Configura-se um quadro de maiores desigualdades nas condigdes de vida e trabalho. A maternidade continua sendo tratada como uma questéo individual e n&o social. Os equipamentos sociais s40 poucos, insuficientes. As mulheres continuam sendo vitimas da violencia na sociedade € na familia As organizagées populares e os sindicatos resistem e lutam. Destaque importante foi dia 17 de abril, em Brasilia e a luta contra a privatizagao da Vale do Rio Doce. Estas manifestagdes apontam 0 caminho para a unidade e luta dos (as) trabalhadores (as) unidade mais ampla e fortalecida tendo como objetivo principal derrotar a politica neoliberal levada a cabo por FHC. A ofensiva neoliberal atinge também o movimento sindical. Os sindicatos enfrentam ameacas de enfraquecimente, fragmentacdo e reducao de seu papel Nesse processo as necessidades se fundem: os sindicatos precisam das mulheres e a luta das mulheres precisa dos sindicatos Por isso nos posicionamos contra a politica neoliberal, pois ela no serve aos trabalhadores em geral, e as mulheres em particular. E antifeminista porque aumenta a opressao de classe e também de género e raca Nos posicionamos contra a reeleigao e exigimos a instalagéo da CPI para apuragao das denUncias de compras de votos para aprovagao da reeleigao Defendemos a Reforma Agraria e somos contra as reformas administrativas da previdencia social de FHC, porque prejudica duplamente as mulheres, porque 880 @ maioria das trabalhadoras do setor puiblico, assim como a maioria dos (as) usuarios (as) dos servigos publicos de satide e de educaco. Lutamos por uma sociedade socialista, onde a democracia, a solidariedade e a garantia dos direitos sociais sejam a base do exercicio da cidadania plena; e para avangarmos rumo a esta sociedade, a unidade das trabalhadoras e trabalhadores brasileiros e do povo oprimido e marginalizado de um modo geral € condigao fundamental Lutemos por uma América Livre. Nao @ ALCA que cassa direitos, exclue os (as) trabalhadores (as) e imp6e a légica do mercado nas relagdes comerciais e sociais. Contra o desemprego e pela autodeterminagéo dos povos Pela Reforma Agraria. Todo apoio a luta dos Sem terra Conclamamos todas as mulheres a construirem conjuntamente com os homens, © Dia Nacional de Luta - 25 de julho. Dia Traucago 02 e 03 de julho. Grito dos Excluidos 07 de setembro. Pelo fim da opressdo e pela igualdade de oportunidades entre homens e mulheres. Assim, nos comprometemos a participar ativamente da Construgéo dos Conferéncias Estaduais, fruto da Conferéncia Nacional em defesa da Terra, do Trabalho e da Cidadania, para as quais deveremos conclamar partidos, ONG's e todo Movimento Social democratico a organizar uma pauta e agenda comuns de luta e a construir um grande evento de massas, no segundo semestre contra ‘as politicas neoliberais de FHC e avangando na construgéo de um projeto alternativo para a sociedade. MOGOES DE REPUDIO RIO DE JANEIRO ‘A delegagéo do Rio de Janeiro vem externar o repiidio a exploracdo e terceirizagdo dos servigos prestados na Escola Sul, entidade cutista que tem dentre suas bandeiras de luta, 0 combate este tipo de politica imposta pelo Governo de FHC. Constatamos que muitos funcionarios ultrapasSam as horas de trabalho previstas na legislagao, sem pagamento enguénto hora-extra Neste sentido, solicitamos que este“Encontro registre nosso repudio contra a exploracdo e terceirizacao dos funcionarios que trabalham na Escola Sul Nao podemos aceitar qué uma entidade cutista, que luta pela qualidade de vida e condigées nos locais de trabalho, assuma postura diferente das formuladas em suas resolugdes caracterizando, portanto, uma contradicao dentro da propria CUT, entre os principios e a pratica no que diz respeito as relagdes de trabalho GOIAS Moco de reptidio contra a PINALTO - Revendedora e Concessionaria de \Veiculos da FIAT. Realizou campanha publicitaria durante 0 periodo da pecuéria em Goiania com © seguinte slogan: Se vocé vai vacinar 0 seu gadinho use camisinha machismo é no usar. Demonstrando machismo e discriminagao a mulher. Mogao de apelo a CAmara Municipal de Goiania Para votar contra projeto em tramitagéo na Camara, retirando da Lei Organica do Municipio de Goiania, a regulamentagdo do atendimento ao abarto legal VITORIA Nés, trabalhadoras, reunidas no IV ENCONTRO NACIONAL DE MULHERES TRABALHADORAS DA CUT, apoiamos 0 projeto de Lei da Vereadora Olivia Vieira - PC do B de Goiania - que dispée sobre 0 atendimento do Aborto Legal na rede hospitalar pelo SUS, naquele municipio. RIO DE JANEIRO O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educagao do Rio de Janeiro (SEPE/RJ) propée que este Encontro aprove uma proposta de mocao de repudio ao Prefeito Luis Paulo Conde, do municipio do Rio de Janeiro, em face as demissées sumérias de funcionérios administrativos (em sua maior parte lotados nas escolas ptiblicas municipais), contratados em 1988. ‘As demissées ja somam 69 funcionarios e funcionérias sendo sua grande maioria constituidas por mulheres e, dentre essas, uma companheira de resguardo e outra com mais de 60 anos, caracterizando discriminagdo contra a mulher e desrespeito a legislagao que garante amparo a maternidade BELO HORIZONTE FEDERAGAO NACIONAL DOS TRABALHADORES NAS INDUSTRIAS GRAFICAS Nossa Federagéo recebeu da Central Unitaria dos Trabalhadores do Paraguai uma dentincia, na qual nos informou sobre um fato gravissimo ocorrido contra as companheiras Maria Elba Paredes e Florentina Cabrera. Essas mulheres denunciaram a Francisco Castro, Gerente de Produgéo da empresa Granja Avicola La Blanca, que de forma permanente Ihes assedia sexualmente. Maria Elba e Florentina tiveram de falar em nomes de muitas outras companheiras que eram submetidas diariamente a distintos vexames. Esta valentia hes valeu que 0 Juiz Amulfo Arias Ihes condenasse a dois meses de prisdo por delitos de caltinias ¢ infémias. Este fato constituiu um precedente gravissimo, que implicaré que nenhuma outra mulher se atrevera a denunciar abuso sexual no local de trabalho, pois a culpa pode recair sobre as vitimas em vez de agressores. Por isso Ihes rogamos enviar cartas de repidio a0 Ministério de Justiga & Trabalho do Paraguai, fax 0059521208469. E para a Granja Avicola La Blanca, fax: 0059521583935 com cépia para a FGL 0059221292681 (alc: Adriana Rosenzvaig).

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