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Spe Grunts DE DEUS BRODUZINDO CONHECIMENTO ESPIRIMUAL Aurea 4 LMU RTICORO HLA LLCO ROS] LC39 a MBE @ espada eRe (ORSU OCICS aera Varta anaes Mae COULD ety M ae) La Formato 10 x 13 cu CAPA ILUSTRADA SOBRE CAPA PLASTICA Embalagem com 200 unidades num preco muito especial para as igrejas!! Ligue (21) 3575-8900 Ce x posra%7050_ c= 21312-970 sannnna. ny Editora ec BETEL CGeP ORCHID + B4a>Pauo~8P + HORARIO DE FUNGIONAMENTO: Loua Fs Jon Mona, 76- Fa Loa ‘Hx 21900279 hdc a casa del (CEP 79523200 + Dodnie-GO + TW: (OG) az33:MER + Tala (0s) HLT Poa eta ciiies ee PROFETAS MENORES INSTRUMENTOS DE DEUS PRODUZINDO CONHECIMENTO ESPIRITUAL AUTENTICO Py coweNan Pr. Dr. Odes José rm Bacharel em Teologia; Bacharel em Direito; Terceiro Secretario da CON. ; Presidente da Convencao Estadual das Assembléias de Deus no Estado de Goids (CONEMAD-GO); Presidente da Assembléia de Deus em Campinas - Goidnia - GO; Articulista e conferencista in- ternacional. Sumario : LIGAO 1. Livro de Joel - Um grito por arrependiment0 .........cccccssccteneaee 3 LIGAO 2 Livro de Amés - Jeovd 6 0 Senhor de toda a Terra LIGAO 3. Livro de Amés - E tempo de buscar ao Senhor.... LIGAO 4 As quatro grandezas do livro de Obadias .... LIGAO 5 Jonas e Naum anunciam um tempo de misaneenia rei LICAO 6 Livro de Miquéias - 0 perfil do povo que agrada a Deus LIGAO 7 Habacuque - 0 crente que eu preciso ser LIGAO 8 Livro de Sofonias - 0 dia do Senhor esta perto............. LIGAO 9 Livro de Ageu - Princfpios para o sucesso e prosperidade . LIGAO 10 Livro de Zacarias - A misericérdia de Deus ¢ infinita .. LIGAO 11 Livro de Zacarias - 0 jejum que agrada a Deus...... LIGAO 12 Livro de Zacarias - 0 Apocalipse do Antigo Testamento LIGAO 13 Malaquias - Deus procura adoradores verdadeiros 4 PREZADO ALUNO este trimestre estudaremos a respeito dos Profetas Meno- N res. Assim sao conhecidos os doze menores livros proféti- cos do Antigo Testamento. O fato de eles serem chamados “menores” néo significa que os seus autores foram homens de importancia secundaria, mas apenas que os rolos que eles dei- xaram escritos nao foram muitos volumosos, quando confronta- mos com os chamados Profetas Maiores, tais como: Isaias, Jeremias, Ezequiel e Daniel. Os estudiosos judeus deram um titulo alternativo a essa coleta- nea: “O Livro dos Doze”. Na forma de rolos, geralmente eram escritos em um Unico volume. A leitura desses livros traré um extraordinario despertamento quanto a iminente volta de Cristo e a urgente necessidade de santificagao, pois todos os sinais proféticos estao se cumprindo integralmente. Bons estudos! Pr. Dr. Oides José do Carmo - Comentarista Editora Betel Diretoria _ Conselho Deliberative — Bispo Manoel Ferreira CEP 21350-180 Goncalves dos 5: oe | Caixa Postal 1705 oncalve an 2 Abigail Carlos de: Aime Site: www. sditor CONAMAD Mesa Diretora “Bispo Manoel Presidente Pr, Lupércio Vergniano _ Pr, Abigail Carlos de Almeida Pr. Samuel Cassio Ferreira Goncalves dos Santos “de CAssio Ferreira Josué de Campos Pr. Genicio Severo dos Santos Pr Tee Sampaio. Pr, Joao da Cruz Gomes Fi Pr, Walter Rezende de C Josué de Gampos Jose Pedro Teixeira Malalaia ente de Publicacoes uvRo DE nen uM = POR ARREPENDIMENTO a | 4 Conheces ompr eende: 4 Discernir causas espirituais e morais que podem estar por tras das calamidades, crises econdmicas e guerras que assolam as nagdes; 4 Aumentar a confianca do cristaéo em Deus, para que confessando, copermen o aa e ESS UAE ane Mt 3. 2s Tarca 1Co 9. 9. 14 Quinta 1Jo 1.7,9 Sexta Lm 2.18,19 Quarta Ex 3.7,8 Sabade 1Jo 2.1,2 4 Fortuito: Que | acontece por acast imprevisivel, casual; 4 Indubitavel: De que ndo se pode ‘duvidar; 4 Talamo: leito nupcial, conjugal, casamento, baa: Ji 2.12 - Ainda assim, agora mes- mo diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo 0 vosso coragao, e isso com jejuns, e com choro e com pranto. JL 2.13 - E'rasgai 0 vosso coracao, e nao as vossas vestes, e convertei- vos ao Senhor, vosso Deus; porque Ele é misericordioso, e compassi- vo, e tardio em irar-se, e grande em beneficéncia e se arrepende do mal, Ji 2.15 - Tocai a buzina em Sido, Same um Joum, proclamai um au ce 208 otto: p ee | Bem-vindo a0 profeta dia de ee Jl 2.16 - Congregai o povo, santificai a congregacao, ajuntai os ancidos, congregai os filhinhos e os que mamam; saia 0 noivo da sua recAmara, € a noiva, do seu télamo. Jl 2.17 -.Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o alpen- dre e 0 altar, e digam: Poupa o Teu. povo, 6 Senhor, e nado entregues a Tua heranga ao oprébrio, para que as nacoes fagam escarnio dele; por- que diriam entre os povos: Onde esta o seu Deus? ADULTOS DOMINICAL 3 Joel, filho de que a Biblia diz deste profeta. Seu ministério foi desenvolvido no Reino do Sul, provavelmente, pa- ralelo ao ministério de Eliseu, no Reino do Norte. O modo didatico eoestilo claro e elegante apresen- tados no livro dao a entender que era um homem de educagao razo- avel. Sua mensagem 6 indubita- vel e ecoa até hoje em nossos ou- vidos, sendo dada como advertén- cia e instrugao amorosa de Deus, no inicio da apostasia de Juda. O apelo ao povo 6 triplice, a) Um apelo aos ouvidos - Com didatica digna de um habil peda- gogo, Joel langa mao de dois ver- bos sinénimos, e na voz imperati- va a fim de atrair a atencéo do povo para a mensagem: Ouvi e escutai (Jl 1.2). Como o profeta, temos que ser criativos para atra- ir a atencao do pecador, a fim de que ele ouga a mensagem do 0 CONVITE A CONVERSAO, A Biblia da época de Joel era o Pentateuco e ele conhecia muito bem. O chamado ao arrependi- mento, indica que Deus revelara aele que, os fendmenos naturais que castigavam Juda nao eram for- tuitos, mas conseqiientes: Os ju- deus haviam sido alcangados pe- las maldicées de Deuteronémio (Dt 28.15,23,24,38,39,42). Entao o pro- feta indica quem, como e por que devem converter-se ao Senhor. a) Quem deve converter-se? - “Tocai a buzina em Sido. Ajuntai 4 JOVENS B ADULTOS INSTRUGAO AMOROSA DE DEUS AQ Petuel. Etudoo Evangelho, e se converta, e seja i salvo. b) Um apelo as emogoes - de- pois de atrair a atengdo de seus irmaos para a Palavra do Senhor, Joel convida-os a fazer uma com- paracao entre o passado de fartu- ra, e 0 presente de escassez (JI 1.2- 4). O objetivo era arrancé-los do torpor em que viviam e tocar suas almas (J1 1.5), de modo a que ti- vessem estimulo suficiente para tomar as medidas de saneamento necessarias naquele momento. c) Um apelo a agao - Era preci- so ouvir a Palavra, sentir nojo dos pecados cometidos (Jl 1.5) e dor pelas perdas que eles ocasionaram (J11.7-12). E, entao, manifestar es- tes sentimentos através do conjun- to de acdes que o profeta propée (Jl 1.13-14; 2.17), para que o mal fosse afastado pela poderosa acao de Deus a favor deles. os anciaos, congregai as criangas eos que mamam; saia 0 noivo da suarecdmara e a noiva do seu tala- mo (Jl 2,15,16). Chorem os sacer- dotes, ministros do Senhor, entre o alpendre e o altar...” (Jl 2.17). Ninguém poderia esquivar-se nem ser deixado de fora. Até os bebés, e os casais em lua-de-mel precisavam participar da campa- nha de arrependimento e aviva- mento nacional. b) Como devem converter-se? - O arrependimento deveria ser DOMINICAL a acompanhado de grande lamen- tacao, assim como uma jovem vi- va faz pelo marido morto (JI 1.8), com jejum, choro e pranto (J1 2.12), com coracaéo quebrantado (J1 2.13), na casa do Senhor, em reunides solenes para santificacao, oracao e clamores (J1 1.14 - 2.16,17). c) Por que devem arrepen- er-se? - O arrependimento é necessario e urgente porque até Mesmo sendoo Senhor de qual- quer tipo de exército (J1 2.25), po- dendo humilhar e mortificar um povo orgulhoso e rebelde por meio de criaturas frageis, despreziveis e abominaveis (Ex 8.24, ICo 1.27,28), Deus sempre reage com graca as pessoas ([Re 21.29) e as nagées (Jn 3.10), que confrontadas por Ele arrependem-se, humi- Tham-se, abandonam o pecado e convertem-se ao Senhor. Quando Juda se arrepender, Deus: a) Deus voltara a zelar pelo bem do seu povo (JI 2.18) - Deus nao tem prazer em punir os ho- mens. Ele retira 0 sustento e a protegao por algum tempo para mostrar o Seu desagrado a algu- ma conduta deles. Quando se ar- rependem, Ele os acolhe como um pai amoroso, que récebe entre os bracos, o filho prédigo, depois que este, decepcionado com 0 mundo, volta correndo para casa. _b) Deus suspendera a dis- ciplina - No Pentateuco a praga de gafanhotos e a seca prolonga- JOVENS o solo, os animais domésticos e também os selvagens, sofrem os efeitos dos pecados da nagao (Jl 1,18-20). O nome do Deus de Is- rael seria motivo de escarnio e deboche entre as nag6es (J1 2.17); porque a misericordia, a compai- xao, a longanimidade e a benig- nidade de Deus permitem que Ele revogue a sentenga contra o pecador arrependido (Jl 2.12,13; Dt 28. 47-50). da estavam relacionadas as mal- dicgées que visitavam as lavouras daqueles que néo ouviam a voz de Deus (Dt 28.24,42). A primeira pro- vidéncia de Deus, depois que eles se arrependem, é afastar os agen- tes da calamidade (gafanhotos - JL 2.20) e devolver-lhes os agentes da fartura e da prosperidade econé- mica - as chuvas, temporas e se- rédias (Jl 2.23). c) Restituira ao povo as suas perdas e 0 fara prosperar - Além de Pai amoroso, Jeova é também, o Justo Juiz. Desaparecendo as cau- sas que deram origem as punicdes earetencao dos beneficios, ele nao somente ordena a natureza que seja favoravel aos filhos de Deus, como também restitui tudo que os agen- tes disciplinadores consumiram (2.25). O trabalho de Deus por seu povo arrependido é completo: Afas- taodevorador, regulariza 0 ciclo das chuvas, indeniza as perdas através de prosperidade inigualavel, remo- ve a vergonha ea humilhacao, con- cede a honrae o prazer da Sua pre- senga. Aleluia! ADULTOS DOMINICAL §& [FY 0 ALCANCE DOs RESULTADOS DO ARREPENDIMEN’ A partir de Joel 2.18, o profeta nao fala mais de arrependimento, mas doalcance dainfluéncia de um, povo que teme a Deus, e que anda nos seus caminhos. O avivamento nacional é mantido através da san- tidade, da pureza e da fidelidade, e conduziria Aquilo que Pedro chama de “tempos do refrigério pela pre- senca do Senhor” (At.3.19). “Der- ramarei do meu Espirito sobre toda carne...”, indica o surgimento da Igreja, que é a inclusao dos gentios no reino (2.28; At 11.17,18). Além disso, Joel consegue ver, ainda que nao perceba, muitos quadros que fazem 0 contetdo do seu livro fun- damental a vida da Igreja: a) Ele fala do julgamento final das sociedades impias — Em Joel 2.31 e 3.13, ele cama de o “grande e terrivel dia do Senhor”. Os ga- fanhotos que deram a Juda uma. amostra de como sera aquele dia (J1 2.11), sao também descritos por “QUESTIONARIO; causa deles os homens buscarao amorte. _ b) 0 derramamento do Espi- rito - Cumprido em parte no dia de Pentecostes (At 2.16,18) tera ainda maior e mais forte efusao antes do julgamento final das so- ciedades impias (J1 2.31), para ca- pacitar a igreja 4 evangelizagéo mundial e fortalecé-la para resis- tir As perseguicdes que precede- rao o arrebatamento. c) Joel prevé o aniquilamen- to das eau gentilicas (JI 3.14; Ap 6.12) - Na ocasiao os poderes do céu serdo abalados pela poderosa voz do Senhor. A partir desses acontecimentos os termos de Israel nunca mais se- rao violados. Siao e Jerusalém nunca mais serao profanados. Aqui também significa a vitoria final da Igreja, em Cristo. Con- tra ela as portas do inferno ja- mais prevalecerao. 1.0 que a Biblia informa sobre 0 profeta Joel? 2. Cite um motivo pelo qual os judeus deveriam arrepender-se? 3. O que a seca prolongada estava relacionada no Pentateuco? 4. Como Joel se refere ao julgamento final das sociedades impias? 5, De que serdo salvos os cristaos no dia do arrebatamento? 6 JOVENS £ ADULTOS DOMINICAL 4 13 pe Apri be 2008 _. , LIVRO DE AMOS - JEOUAE 0 SENHOR DE TODAATERRA Sj TET AUREO ~ “Disse ele: O Senhor bramard de Sido, e de Jerusalém faz ouvir a sua voz; itearao, povos da te oBieTvOS BIEHIVOS DAL eS . 4Ensinar que Deus no tolera violéncia A vida os. ”, Am 1.2 os direitos; 4 Esclarecer que mesmo os povos nao cristaéos tém conhecimentos a respeito de Deus, pelos quais serao julgados; 4 Ressaltar que Deus remove do cendrio mundial nagéo, povo, empre- sa ou individuo que escolhe nao cumprir os seus designios, e prepara outros em seu lugar. BR LETURAS COMPLEMENTARES "=" Segunda S193 Sexta Sl 146.10 abado Sl 148 = na guerra; “Tera S196.12,13 Quarta SI 67 4 Excedente: que excede, que sobra; excessivo; a Sadi - 4 Hedion UG TOXtOS DE REFERENCHA Am 1.1 - As palavras de Amos, que estava entre os pastores de Tecoa, 0 que ele viu a respeito de Israel, nos dias de Uzias, rei de Judd, e nos dias de Jeroboao, filho de Joas, rei de Is- rael, dois anos antes do terremoto. Am 122 - Disse ele: O Senhor bramaré de Sido, e de Jerusalém faz ouvir a sua oz; os prados dos pastores pran- tearao, e secar-se-A o cume do Carmelo. Am 2.10 - Outrossint vos fiz subir da ito, JOVENS guiei no deserto, para que possuisseis a terra do amorreu. Am 2.11 - E dentre vossos filhos sus- citei profetas, e dentre os vossos man- cebos, nazireus. Acaso nao é isso as- sim, filhos de Israel? diz o Senhor. Am 2.13 - Eis que eu vos apertarei no vosso lugar como se aperta um carro cheio de feixes. Am 3.2 - De todas as familias da ter- ra s6 a vés vos tenho conhecido; por- tanto eu vos punirei por todas as vos- ADULTOS DOMINICAL 7 0 AMBIENTE HISTORICO Para estudar com maior pro- veito qualquer livro da Biblia, é importante que vocé conhega, ainda que superficialmente, o ambiente no qual ele se desen- volveu. E preciso levar em con- ta principalmente as circunstan- cias politicas, econdmicas e relacionais que deram motivo a existéncia da obra. a) 0 contexto politico - Amés 1.1 declara que 0 ministério do profeta comecgou nos dias de Uzias e de Jeroboao, reis de Juda e de Israel, respectivamente. O Livro Segundo dos Reis informa que Uzias comegou a reinar so- bre Juda no ano 27 de Jeroboao. Logo, 0 ministério de Amés ea composicao do livro compreen- deram o periodo a partir do vi- gésimo sétimo ano daquele rei de Israel (767-755ac.). Jeroboao e Uzias tinham como inimigos ex- ternos os sirios e os filisteus (2Rs 14.28; 2Cr 26.7-9; 11-15). Ambos venceram 0s adversarios e forti- ficaram seus reinos. b) 0 contexto econdmico - Uzias e Jeroboao alargaram as fronteiras de seus reinos e domi- naram as mais importantes ro- Agora que vocé fez uma rapi- da visita ao ambiente histérico do livro de Amés, que tal dar uma olhada no curriculo do profeta? a) Sua origem - Natural de Técoa, cidade a cerca de 10 km de Belém e 20 km de Jerusalém, 8 JOVENS E ADULTOS DOMINICAL tas comerciais de entéo. Com o comércio eles obtiveram grandes lucros, fazendo com que Israel e Juda acumulassem enormes ri- quezas. Veja o programa de edificagées descrito por Amos (Am 2.5- 3.10,15). A fama do po- derio bélico e econémico das na- cées irmas voou entre os povos (2Cr 26.15; 2Rs 14.28). c) 0 contexto relacional - Das nagdes mencionadas no livro de Amos trés eram irmas de Israel. Edom era formada pelos descendentes de Esau, irmao de Jacé, ancestral de Israel (Gn 36.1). Moabe e Amom eram formadas pelos descenden- tes de L6, sobrinho de Abraao, patriarca de Israel (Gn 19.36-38). Siria (Damasco, Biqueate, Bete- Aven, Bete-Eden) e Filistia (Gaza, Asquelom, Asdode, Ecrom), representadas por suas cidades mais importantes, eram inimigas ferozes de Israel. A Fenicia (Tiro), mantinha relagdes comerciais com Israel fornecendo materiais de cons- trucao e mao de obra; este fornecia a Tiro toda a sorte de géneros alimenticios (2Cr 2.11- 14; Ez 27.17). capital de Juda, reino do Sul (Am. 1.1). Talvez vocé pergunte: Por que um profeta do reino do Sul foi enviado ao reino do Norte? O mi- nistério profético fora proibido em Israel, mas Deus, para nao ficar sem testemunho, proveu-se de um. corajoso e fiel mensageiro da casa de Juda e 0 enviou a casa de José. b) Sua profiss4o — Fazendei- ro. Amés criava gado e cultivava figos silvestres (7.14). E possivel que também viajasse comercian- do 0 excedente de sua produgao, dado ao conhecimento que ele de- monstra das atividades dos povos vizinhos e de Israel. c) Sua formagao académica — EE] As TRANSGRESSOES DAS NACOES CONTRA A expressao “por trés trans- gressoes..., € por quatro, nao reti- rarei 0 castigo”, que aparecem antes da sentenga de cada nacao, significa que elas j4 haviam ultra- passado 0 limite suportavel pela justica de Deus, e que o tempo do juizo chegou. Os crimes delas po- dem ser classificados em trés gru- pos: _.a) Os crimes contra a huma- nidade — Na Siria, representada por sua cidade mais importante, Damasco, os soldados torturavam os cativos e prisioneiros, passan- do sobre eles com rodas com pon- tas de ferro (Am 1.3). Amom co- metia o crime mais hediondo que se possa imaginar — abria os ven- tres das gravidas com espadas e retirava os fetos (Am 1.13). Moabe, em desrespeito a fé dos edomitas, que criam na vida apos a morte, desde que os corpos fossem pre- servados, os moabitas queima- ram, reduzindo a pé, 0 corpo do rei de Edom (Am 2.1). b) Aviolagao de acordos inter- nacionals — Edom: Os edomitas odiavam os israelitas com édio JOVENS E ADULTOS Nao ha evidéncias de que Amés tenha recebido alguma educacéo formal além daquela que era obri- gatoria aos meninos de Juda: Es- tudar o Pentateuco. Os métodos e técnicas que ele utiliza para se co- municar, a interpretagao correta da lei, a organizagdo da profecia de forma irrepreensivel ao modo. de processo judicial indicam que Deus o capacitou para 0 exercicio do ministério. profundo. Sempre que a oportu- nidade se apresentava, tratavam os hebreus com dureza e falta de misericérdia (Am 1.11), aprovei- tando-se da ordem de Deus aos israelitas, que nunca os molestas- sem (Dt 2.25). A Fenicia domina- va, de forma injusta e violenta, 0 comércio maritimo (Ez 28.16,18). Seu maior crime era comerciar vidas humanas. Contra Israel, esta pratica apresentava dois agra- vantes: traigao, pois eram parcei- ros comerciais desde os tempos de Davi e Salomaio (2Cr 2.3,11,15,16) e violagado da alianca de irmaos (Am 1.9; 1Rs 5.12). c) Os crimes contra a liber- ade —No passado Deus tolera- va a escravidao, nao como co- mércio, mas como meio de pre- servar os sobreviventes de guer- ras e outras calamidades. No en- tanto, Gaza, Asdode, Asquelom. e Ecrom, as quatro mais impor- tantes cidades dos filisteus, fize- ram do trafico de vidas humanas um meio de enriquecimento. Assaltava povos tranqiiilos e pa- cificos, aprisionava e vendia-os aescravidao. DOMINIGAL 9 Como vocé deve ter notado, os crimes dessas nagGées nao po- deriam passar despercebidos por Deus. Afinal, foram cometidos contra a vida e os direitos de suas criaturas, objetos de seu amor e cuidado. E.claro que o Justo Juiz de toda a Terra nao se cala diante do mal. As nagées transgressoras foram julgadas e condenadas. Amés foi o funcionario do tribunal de Deus encarregado de publicar as sentengas. Sao elas: a) Q juizo contra a Siria (Da- Masco) e Amom - Todos os seus muros e palacios seréo consumi- dos pelo fogo e seus portées serao arrombados. Como elas fizeram as cidades dos outros, assim farao as cidades delas. Seus reis e princi- pes irdo para 0 cativeiro onde re- ceberao 0 mesmo tratamento cru- el que deram aos outros (1.4,5,13- 15). Contra Moabe: Sera comple- tamente destruida pelo fogo. Nin- guém escapara. Nada sobraréa. Somente cinzas (Am 2.2). Isto é “Ocetro dos — impios nao prevalecera para sem- pre...” (SI 125.3). b) Contra Edom e Tiro (Fenicia) — Deus levou a sério 0 pacto selado entre Esati e Jacé (Gn 33-15) ea alianga entre Hirao e Saloméo (Rs 5.12). Os edomitas e fenicios quebraram 0 pacto e trafram a ali- anga. Por exterminarem os con- certos firmados diante do Senhor, o fogo da ira divina os consumira completamente. Deus reprova a infidelidade e odeia pactos quebrados. c) Contra a Filistia (Gaza, Asdode, Asquelom Ecrom) — Por assaltarem, aprisionarem e vende- rem a escravidaéo aqueles que vi- viam quietos e seguros em suas proprias terras, separarem os es- posos, arrancarem muitas crian- cas de suas maes, fazendo-as cres- cer presas a dor, e a saudade, e ao desterro, a sentenga da Filistia foi que seus moradores e até seu rei e seus principes irdo para o cativei- ro. Serdo presos no incéndio da justa ira de Jeova (Am 7.8). 1. Qual era o contexto econdmico de Israel nos dias de Amés? 2. Que nacées citadas por Amés eram irmas de Israel? 3. Qual a profissdo de Amés? 4, A que classificacdo pertence os crimes dos filisteus? 5. Qual o crime dos amonitas e dos fenicios? 10 JOVENS EF ADULTOS DOMINICAL ae LIVRO DE AMOS - E TEMPO DE BUSCAR AO SENHOR jaquele dia tornarei a levantar o taberndculo caido de Davi, e repa- rarei as suas brechas, e tornarei a levantar suas ruinas e o edificarei como nos dias da antiguidade”. Am 9.11 E a presenca de Deus em nossas vidas que nos inclina a pr: justica, da honestidade e da misericordia. 4 Corrigir o falso conceito que a justica de Deus tarda, mas nao falha. pois é feita no tempo do Senhor; : 4 Ensinar que o melhor modo de protestar contra a imoralidade, a corrup¢ao e a opressao é sendo santos, incorruptiveis e misericordiosos; 4 Despertar a igreja para a aproximacao do dia do Senhor, o qual sera dia de gozo e alegria somente para os salvos. Segunda 1Pe 3.10-18 Tera Tz 2.11-13 Quarta Hb 10.26-31 Quinta 1Ts 5.14,15 Sexta At 9.36,39 Sabado Cl 3.12,16 4 Derrocada: Desabamento, desmoronamento; 4 Expurgar: Limpar, purificar, sanear; 4 Institucionalizacao: Bi Am 5.4 - Porque assim diz 0 Se- nhor a casa de Israel: Buscai-me e vivei. Am 5.6 - Buscai ao Senhor e vivei, para que nao se lance na casa de José como um fogo, e a consuma, e nao haja em Betel quem 0 apa- gue. 5 Am 5.14 - Buscai 0 bem e nao o mal, para que vivais; e assim o = 2 _ Senhor, o Deus dos Exércitos, es- tara convosco, como dizeis. Am 5.15 - Aborrecei o mal, e amai o bem, e estabelecei o juizo na porta; talvez o Senhor, o Deus dos Exércitos, tenha piedade do resto de José. Am 5.24 - Corra, porém, o juizo como as aguas, e a justica, como ribeiro impetuoso. JOVENS E ADULTOS DOMINICAL IL Trés meses apés a saida do Kgi- to o povo hebreu ja demonstrava sinais de coragées obstinados con- tra Deus. Nesta ocasiao fabricaram seu primeiro idolo. Portanto, os fa- tos seguintes nao sdo indicativos do comeco dos pecados e dos crimes de Israel, pois tratam somente da institucionalizagéo deles como modo de vida da nagao. ‘a) 0 exemplo do grande rei - Sa- loméo deu inicio 4 derrocada da nacao israelita. Para agradar suas esposas estrangeiras (1Re 11.7,8), introduziu inimeros altares para os idolos delas. b) A insensatez de Roboao - Ao morrer Salomao, seu filho Roboao, despreparado para assumir 0 trono, provocou a divisao de Israel em dois reinos (1Rs 12.16-19). O Reino do Sul (Juda) eo Reino do Norte (Isra- el). Coube ao primeiro, duas tribos ea sede econdmica, politica e reli- : : giosa. Ao segundo, dez tribos que seguiram a Jeroboao que, com a maioria do povo e nenhuma estru- tura, fez dois bezerros de ouro e deu- thes por deuses aos israelitas para evitar, que indo adorar em Jerusa- Jém, fossem reconquistados por Ro- boao (1Rs 12,27-29). Também expul- sou os sacerdotes e levitas para que nao ensinassem a lei de Deus (2Cr 11.14,15) e os substituiu por outros mais id6latras e imorais entre o povo (1Rs 13.33). ¢) Excesso de confianga e ma- lignidade do coragao - Sob o reina- do de Jeroboao II experimenta o apogeu (793-753 aC). Iludidos pelas medidas de seguranga e pelo acu- mulo de bens iméveis e de consu- mo (Am 2.5, 3.10.15), os israelitas sentiam-se protegidos e tranqitilos: Pensavam que nenhum mal pode- ria alcanca-los; que seus pecados e crimes estavam bem guardados dentro oe seus muros e palacios. As leis de nen sao superiores as leis humanas e sAo inspirado- ras de tudo que existe de mais jus- tonelas. Por isso, as dentincias de Amés contra Israel séo todas fun- damentadas na lei de Moisés, pela qual os acusados serao julgados por tribunais e juizes humanos ou pelo Supremo Tribunal de Deus. a) Na area religiosa - Eram desmazelados nas ofertas (Am 4.5; Dt 16.3,4), apressados nos cultos e festas solenes (Am 8.5; Lv 26.15- 12 jovENns & 17), eram a gine (Am 2, 8 ve 26.1; Dt 27.15). As liderangas reli- giosas, representadas pelo Sacer- dote Amazias, proibiram o minis- tério profético. Por isso, Amés foi enviado do Reino do Sul a pregar no Reino do Norte. b) Na area moral - Crimes se- xuais: O sogro possuia a nora, 0 genro a sogra (Am 2.7, Ly 20.12). Também ha indicacéo de homos- sexualismo, pois diz que Deus sub- verteu a alguns deles como fizera ADULTOS DOMINICAL aSodomae Gomorra, que foi des- truida por causa desta abomina- cao (Am 4.11; Lv 18.22,25; 20.13). Nos negécios eram desonestos: Usavam medidas menores que as convencionais, balangas engano- sas e aumento abusivo dos precos (Am 8.5; Dt 25.13-16). c) Na area social - Oprimiam o pobre fazendo-o trabalhar mais por menos (Am 4.1; Lv 19.13; Dt 24.19- 21). Usavam de engano (Am 8.5; Dt 25.13-16). Cobravam juros abu- sivos (Am 8.6; Lv 25.35-37). Perma- neciam com o penhor além do per- mitido (Am 2.8; Dt 24.12,13). Cor- rompiam -vendiam 0 justo por di- nheiro (Am 2.6) - e ameagavam os juizes - pervertiam o juizo (Am 5.7). Estes, por sua vez, aceitavam su- borno, ou por medo, negavam a justiga aos pobres e necessitados (Am 5.12; Dt 16.19; 27.25). Voc deve ete Rereintencet Por que Deus ainda nao eliminou este povo tao mal e pecador? BE que sua paciéncia tem limites — a sua santidade e a sua justica - e ele castiga, mas as suas misericordi- as nao tém fim (Lm 3.22). Dou concede tempo para que o peca- dor se arrependa e deixe o mau caminho. Seus métodos para tra- tar com o pecado humano sao te- rapéuticos. Nao sao vingativos e destruidores. Veja as medidas que Ele tomou para converter e res- taurar Israel: a) Advertiu-os pela natureza retendo a chuva (Am 4.7) - Mas eles insistiram na falta de miseri- cérdia; enviou pragas e pestes (Am 4.9,10). Eles, porém aumentaram as injusticas; subvetteu-os como a Sodoma e Gomorra (Am 4,11), entretanto eles se ay Ss na Peoratidetie, Todas estas coisas Ihes sobrevieram como avisos (Dt 28.21,24), mas Israel nao prestou atencgao. b) Levantou-lhes adversarios que derrotaram seus exercitos - Diminuindo a populacao maseyl: najovem, e com outros males pi prios das guerras (Am 4.10), mas eles nao viram nisso sinal de que chegado era ja o tempo do arre- pendimento (Dt 28.25,44). c) Levantou profetas para exorta-los e nazireus para santi- fica-los (Am 2.11) - Aos primei- ros, porém proibiram de exercer oministério e aos tltimos obriga- ram a profanar os votos (Am 2.12). Para suprir a caréncia de profe- cia, com imenso amor, Deus en- viou-Ihes Amés, um fazendeiro do Reino do sul. Aselites israelitas pensavam que a onda de prosperidade politica e econémica que elas experimenta- POVENS & vam era sinal da. aprovacéo de Deus. Enganavam-se. Deus nao tem pra- zer em pecados, crimes e injusticas. ADULTOS DOMINICAL 13 Ele traré ojuizo se anacgéo nao aban- donar, depressa, oseu mau caminho. O fruto da Sua justiga sera pleno, transformarda falsa religiao em ado- racao verdadeira (S1 110.3; Jr 31.31- 34), mudaré a imoralidade em san- tidade (Ez 36.25-27), a injustica em direito ea instabilidade em paz, tran- qitilidade e seguranga (Is 32.17). a) 0 pecado da nagao tera que ser expurgado - O processo sera do- Joroso. Terao que aprender a valori- zar a Palavra de Deus, que antes des- prezavam. Sentirao fome e sede dela, mas nao a encontrao em lugar algum (Am 8.11-13). O apetite pela Palavra de Deus, que seria um pri- vilégio, sera sé agonia e desespero. Estimulemos nosso apetite pela Pa- lavra de Deus enquanto ela esta a nossa disposicao. b) Ajustica de Deus tera que ser Satisfeita - Visto que Israel rejeitou amisericérdia do Senhor que antes instava com eles: “Buscai-me e vi- vei,” Sua justica os perseguira de tal forma que nao encontrarao refagio ~ e descanso em nenhum lugar, pois para onde estiverem voltados, Deus lhes tera preparado um adversério (Am 9.3,4). Busquemos, pois, ao Se- nhor em tempo de aleancarmos misericordia. c) A suspensao dos privilégios - Tsrael foi escolhido para sera luz dos gentios e salvacao de Deus até a ex- tremidade da Terra. Para tanto, re- cebeu privilégios e protegao especi- al da parte Senhor. Mas, eles imita- ram os pecados dos povos que deve- viam evangelizar. Fizeram-se seme- lhantes a eles e profanaram o nome do Senhor. Por isso seus privilégios serao suspensos e receberao trata- mento igual ao das outras nacées. Entao, Jeova santificara o Seu nome pelos juizos que executar sobre Seu. povo (Ez 20.41), Facamos, portanto, o nome do Senhor confiecido ela Dossa santa maneiia de viver OB 11). : 1080? 1. Quem iniciou a derrocada de Israel? 2. Por que um profeta sulista foi enviado ao Reino do Norte? 3. Quem foi que Deus levantou para promover a restauracdo espiritual? 4. Com que propésito Deus escolheu Israel? 5. Por que Deus suspendeu os privilégios de Israel? 14 JOVENS E ADUITOS DOMINICAL “Mas no monte de casa de Jacé possuiréo as suas herdades”. Ob 1.17 ERDADE APLICADA ios de Deus nao se regozijam nas calamidades que ERECT seus inimigos, antes, , Suplicam ao SS que lhes estenda sua misericérdia. posteridade, Ele a preservard, mesmo que ela nao escreva uma autobiografia; 4 Destacar que humildade, amor e confianga em Deus sao indispensa- veis aos obreiros cristaos; 4 Lembrar que diante do juizo de Deus sobre os nossos irmaos precisamos, com santo temor, guardar os nossos oes de emitir qualquer opiniao. Segunda Sl 52 “Tesca SL 49, 6-14 Quarta S] 42.10 Quinta Sl 53, 6 Sexta SI] 55.19,20 Sabado S1 54.1-5 4 Desterro: eT ou efeito de desterrar; eee banimento, solidao, insulamento; 4 Imparcialidade: Qualidade de imparcial; pessoa que nao sacrifica a sua opiniaéo & propria conveniéncia, nem as de outrem; 4 ae roubo, saque, principalmente feito por! tropas conquistadoras. Ej Tero be nerves Ob 1 - Viso de Obadias. eee diz o Senhor Deus a respeito de Edom: 'Temos ouvido novas da parte do Senhor, e por entre as nagées foi enviado um mensageiro a dizer: Levantai-vos, e levantemo-nos con- tra ela para a guerra. Ob 3 - A soberba do teu coragao te enganou, 6 tu que habitas nas fen- das do penhasco, na tua alta mora- da, que dizes no teu,cora¢ao: Quem me derrubaré em terra? Ob 4 - Embora subas ao alto como Aguia, e embora se ponha o teu nho entre as estrelas, dali te derru- barei, diz o Senhor. Ob 8 - Acaso nao acontecera naque- le dia, diz o Senhor, que farei pere- cer os sdbios de Edom, e o entendi- mento do monte de Esau? Ob 12 - Mas tu nao devias olhar com prazer para o dia de teu irmao no dia do seu desterro, nem alegrar-te sobre os filhos de Juda no dia da sua ruina, nem falar arrogantemen- te no dia da tribulacao; JOVENS B ADULTOS DOMINICAL 15 BE & cRaNDEza bo PROFETA tas que pouca gente conhece. O outro Obadias, aquele que era ser- vo do rei Acabe, é bem mais fa- moso, afinal foi ele que arriscou a propria vida, escondendo cem pro- fetas, quando a perversa rainha Jezabel os perseguia. Mas, e 0 pro- feta, que ha nele para se admirar e lembrar? Pelo menos trés aspec- tos da vida dele podem ser desta- eados com louvor: a) Sua humildade - Obadias é ‘um exemplo de humildade. Todo crente deve imita-lo. Ele cumpriu sua missao sem buscar reconhe- cimento, honra ou fama. Foi qua- se um andénimo. No cabegalho de seu livro so ha uma vaga informa- cao: “Visao de Obadias”. No entan- to, podemos conhecer um pouco de seu contexto, pela verificagao da data da invasdo (609 a.C) e da destruicgao de Jerusalém (587 aC), Neste intervalo de cerca de vinte e dois anos os judeus foram leva- dos em remessas para 0 cativeiro (2 Rs 24.14; 25.1,10.11b). Foi um tempo de grande angtstia para Juda. O modo comovente, vivido O desprezo que Esati e seus descendentes tinham pelos valo- res espirituais (Gn 25.34) e famili- ares (Gn 28.6-9) fortaleceu a gran- de maldade que eles abrigavam no coragao. Obadias salienta trés aspectos dela: a) A grandeza da soberba de 0M - Ela se manifestava nas ati- tudes de arrogancia, de auto-sufi- ciéncia, de desrespeito aos povos vizinhos e de independéncia de Deus. Palavras de Edom: “Edifiquei minha cidade no alto 16 JOVENS EB ADULTOS Sa sai rss arate Obadias é um daqueles profe- e detalhado que Obadias descres ve os eventos sugere que ele, es- condendo-se aqui e ali, pode ter feito parte daquela dolorosa histé- Tia. b) Seu amor - Nenhuma pala- vra demonstra raiva ou m4goa do profeta contra os agressores de seu povo, ao contrario seu tom é comovente e transparece dor, pi- edade, Parece que ele chora quan- do pronuncia as coisas que Edom nao deveria fazer, mas fez; “... tu nao devias olhar com satisfacao para o dia do desterro do teu ir- mao ... tu nao devias se alegrar da ruina dos filhos de Juda ...” (Ob 12-14). Ele viu o juizo de Deus que se avizinhava de Edom e que po- deria ser evitado, e nao foi (Ob 15). c) Sua confianga em Deus - Obadias confiava firmemente em Jeova. Ele sabia que as calamida- des que sobrevieram ao seu povo eram merecidas, mas o Senhor mostraria compaixao e misericér- dia no tempo oportuno, traria de volta os cativos e governaria so- bre eles (vv 20,21). das rochas, ninguém me derriba- ra” (Ob 3). “O depésito dos meus tesouros esta muito bem escondi- do, quem os encontrara” (Ob 6)? “Meu exército é valente e bem trei- nado, e aliei-me a grandes potén- cias, ninguém me vencera” (Ob 7). “Possuo grande sabedoria, quem me enganara” (Ob 8)? Como é grande a tua soberba, 6 Edom. b) Agrandeza da inveja de Edom - A inveja manifesta-se pelo sen- timento amargo diante da alegria do outro e de prazer pelo infortt- DOMINICAL . nio e desgracas alheias (Ob 12,13). Ezequiel afirma que foi por inve- ja (Ez 35.11) que os edomitas afli- giram Juda com os males denun- ciados por Obadias (Ob 12-14). A inveja 6 uma doenga do carater que impede a pessoa de alegrar- se com as conquistas e sucessos do préximo. No caso dos edomitas a inveja os destruiu, pois foram traidos por seus aliados (Ob 7), enquanto festejavam o mal de seus irmaos israelitas. 3 cl A ievandeza da inimizade e da ira de Edom - Obadias é brando e quando fala das maldades de Edom, mas Ezequiel e Amés, seus companheiros, atacam a raiz das atitudes edomitas, eles dizem: “... guardas inimizade perpétua con- tra Israel... usarei conforme a tua ira... o teu 6dio (Ez 35,5) e ... A sua ira despedaca eternamente, e re- tém a sua indignacaéo para sem- pre” (Am 1.11). Quando manife: tada contra o mal a ira é necessé- ria. Porém é maligna quando se trata de um desejo veemente de vinganca (Ez 35.10-12) que ali- menta a ira e impede a pessoa de reconhecer o préprio potencial e de aproveitar as oportunidades de sucesso que se abrem para ela. Edom era um povo que se con- siderava grande. Poderoso. Inde- pendente. Esta avaliacao avanta- jada de si mesmo ele a herdara do patriarca Esat, que pensava ser téo grande, que a primogenitura, com todas as béngaos nela conti- das, foi por ele vendida pelo “in- calculavel” prego de um prato de comida. _ a) A grandeza da aquisigao e da dissipagao da sabedoria - e nagao iduméia é muitas vezes citada na Biblia como detentora de grande sabedoria. Existem, atualmente muitas entidades secretas que se dizem herdeiras dos conhecimen- tos magicos dos mestres edomitas. Nada se sabe, porém de sua ori- gem nem do modo como a adqui- riram, entretanto, Obadias infor- ma como se deu o fim dela: “... farei perecer os sdbios de Edom e o entendimento da montanha de Seir”.(Ob 8). b) A grandeza.da ascensao e da derrota do exercito - Com a sabe- doria adquirida, Edom formou um grande e bem treinado exército de JOVENS E valentes. Expulsou os antigos mo- radores da montanha de Seir (Dt 2.12) e habitou na cidade deles, es- cavada nas rochas. Mas, a sober- ba dele impediu-o de reconhecer que fora Deus quem destruira os horeus: os edomitas sé precisaram expulsa-los (Dt 2.22). Ao alimen- tarem inimizade perpétua a Jacé (Israel) declaravam inimizade con- tra Deus, que o elegera, por isso o poderoso exército de Edom caira e nao podera defender a nacao. Nao haverd quem o ajude. cf} A eraiiiiza da ascensao e queda da cidade e de suas rique- Zas - Como os edificadores de Babel, os edomitas ampliaram e fortificaram sua cidade. Constru- fram tuneis secretos para facilitar © acesso de seus cidadaos e impe- dir a entrada de estranhos. Fize- ram esconderijos para as suas ri- quezas, adquiridas principalmen- te pela guerra e pela pilhagem. Mas, foram surpreendidos por Deus: “Se te elevares como a Aguia e puseres o teu ninho entre as es- trelas, dali te derribarei ...” (Ob 4); “',mostrarei as tuas passagens ADULTOS DOMINICAL 17 secretas e revelarei os teus escon- derijos (Ob 6 - Jr 49.10)”; “toda ter- Entre todas as grandezas pre- sentes em Obadias, a grandeza de Deus € a tinica que permanece para sempre. Ha varias manifes- tacdes dela neste pequeno livro. Destacaremos trés: a) A grandeza da justiga de Deus - A justiga de Deus € im- parcial e nao admite favoritis- mos. A ida dos judeus para 0 ca- tiveiro, descrito por Obadias, e festejada pelos edomitas, de- monstra esta imparcialidade. Quando os judeus insistiram em viver como as nagodes que nao haviam sido eleitas para missao tao especial (fazer o nome de Jeova conhecido de todas as na- goes da Terra), Deus executou sua justiga sobre eles de acordo com as responsabilidades e pri- vilégios que dEle receberam. oa eS ra estremeceraé quando tu caires, 6 Edom...” (Jr 49.21). » A sae do vod Re isis rece na competéncia e na oe para julgar o seu povo, bem como a todas as na- ces. O poder de Deus é inconfun- divel abatendo os soberbos e des- truindo eee nos. E incompre- ensivel, buscando de volta os ca- tivos e replantando-os em sua pr6- pria terra. c) A grandeza do amor de Deus - A justiga seria impossivel se Deus julgasse 0 transgressor, mas nao pudesse executar a sentenga. Se Ele aliasse justica e poder sem misericérdia, ninguém suportaria. Mas, Deus é amor’ Reunira os ca- tivos de Israel e restaurara a na- cao eleita (Ob 20), salvara os 6r- fos e as vittvas de Edom (Jr 49.11) e reinard sobre todos com justica, poder e amor (Ob 21). sespcns oN OF 1. Que aspectos da vida de Obadias podem ser destacados com louvor? 2. O que fortaleceu a maldade dos edomitas? 3. Quais foram os profetas que atacaram a raiz das maldades de Edom? 4. O que foi que a soberba de Edom o impediu de reconhecer? 5. Como a grandeza do poder de 18 JOVENS EF ADULTOS DOMIN Deus aparece em Obadias? BOAT JONAS ENAUM ANUNCIAM UM TEMPO DE MISERICORDIA E JUSTIGA justica de Deus; 4 Anunciar que rejeitar a misericérdia de Deus é como comparecer a ceia ee peas sem estes nupciais. Segunda 1Cr 21.13 Terga 2Cr 33.12,13 Quarla Na 1.6 Quinta Na 2.1 Seda Sf 2.13- 1 Sabade Sf 3.7 tribunal Superior; Recurso judicial que possibilita reexame de sentenca por 4 Desertor: aquele que abandona suas conviccdes e compromissos; 4 Subvertida: destruida, arruinada, aniquilada. jn ‘L 2 - ‘Levanta- -te, ai a grande cidade de Ninive e clama contra ela, porque a sua malicia subiu até mim. Jn 3.4 - E comecou Jonas a entrar pela cidade caminho de um dia, e pregava e dizia: Ainda trés dias e Ninive sera subvertida. Jn 3.5 - Mas os homens de Ninive creram em Deus; e proclamaram um jejum, e vestiram-se de panos de saco, desde o mehor até maior. JOVENS E 2 es Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito Thes faria e nao o fez. Na 1.3 - O Senhor é tardio em irar- se, mas grande em fore¢a, e ao cul- pado nao tem por inocente; 0 Se- nhor tem 0 seu caminho na tor- menta ena tempestade, eas nu- DOMINTCAL 19 ADULTOS Leia Gucadesamente as infor- magées deste tépico, porque ha um intervalo de um século e meio entre os profetas Jonas e Naum. O primeiro era profeta israelen- se, o segundo, judaita. Porém,esta ligdéo reuniu os dois livros pelo ponto comum entre eles, Ninive, capital do império assirio. EK im- portante conhecer as principais circunstancias que envolveram os profetas e a destinatdria de wr oo iia v4) Jonas - Mecca de i nas desenvolveu-se entre os anos 784 e 772 a.C, na primeira meta- de do governo de Jeroboao II, rei de Israel (2Rs 14.25), Neste tem- po o império assirio, célebre pe- los massacres, torturas, mutila- des e deportagées praticadas con- tra Os povos vencidos, expandia- se na direcdo das fronteiras isra- elenses. Em 782 a.C, 0 exército assirio atravessou o rio Eufrates para anexar a Siria cuja capital ficava muito préxima da capital de Israel. Foi neste momento que Deus mandou Jonas a Ninive, para avisd-la do perigo que corria caso nao deixasse aquelas prati- cas tao odiosas. O livro de Jonas pode ser vis- to como uma bela sintese da his- toria do amor de Deus pelos ho- mens. Deus ama Jonas e mos- tra a ele a grandeza da sua mi- sericérdia. Deus ama aos mari- nheiros e aproveita a fuga do profeta para revelar-se a eles. Deus ama uma nacgao impia e poupa-a por meio do arrependi- mento. Neste livro, Deus trata com pessoas que possuem niveis diferentes de conhecimento 20 JOVENS E ADULTOS b) Naum Sic eis as tuas festas, 6 Juda...” (Na 1.15). Esta” frase refere-se, sem dtvida a grande pascoa celebrada por Jo- sias (2Rs 23.22), Em Naum 3.8-10, podemos yer que, tanto ad cia quanto a descricdo da toma de N6-Amom (663 aC) insere: Naum entre os anos 650 a 620 aC, no reino de Josias, e o faz con- tempordneo de Hulda, Sofonias, Habacuque e Jeremias e situa-o na oitava década do cativeiro de Israel sob os assfrios. »t ¢) Ninive - tm 722 a.C, Ninive foi atingida por uma grande pes- te decorrente do retorno a casa, de soldados contaminados. Isto coincide com o ministério de Jo- nas e pode ter sido a causa do ar- rependimento instantaneo de to- dos os ninivitas. Nos dias de Naum, Ninive era a maior, a mais podero: . e a cidade mais fortifi- cada do mundo antigo. Era tam- bém uma grande ameaga para Juda. O profeta anunciou a ruina da capital e de todo o império as- sirio para um futuro tao préximo que ele ja ouvia os passos dos por- tadores da grande noticia (Na 1.15). Jonas ora um profundo co- nh 06 é Deus - Ele rejeitou a comissdo de ir pregar em Ni- nive motivado pelo conhecimen- to que possuia acerca de Deus (Jn 4.2). Abdicou do ministério e fugiu para Tarsis. Porém, Deus nao aceitou a rentincia dele. Mandou dois agentes para resgaté-lo. As terriveis tribula- cdes que envolveram o resgate DOMINICAL + * do desertor, e a possibilidade de ser expulso da presenca de Deus para sempre, fizeram-no refle- tir e clamar por misericérdia (Jn 2.2), e ser restaurado a vida (Jn 2.10), 4 comunhao (Jn 3.1) e ao ministério (Jn 3.2). b) Os marinheiros tinham idéia de um ee o- Podero- $0 - Nada, porém sabiam a res- peito dEle. A tripulagdo do na- vio onde Jonas viajava era for- mada por homens de diversos povos e crencas. Este transfor- mou a presen¢a de seu servo no dia aceitavel de salvacao para Fy NAUM PROCLAMA A SEVE O amor de Deus pelos homens é tal que basta um gesto de arre- pendimento sincero, e ele perdoa e revoga a sentenca. Como nao perdoaria uma cidade cuja popu- lagao inteira vestiu o uniforme do arrependimento (Jn 3.5,6)? Porém, os ninivitas aos poucos se esqueceram do mal que os afli- gira. Esqueceram de Jonas. Es- queceram de Deus. Agora rece- berao 0 mensageiro do juizo de Deus. A comissao de Naum 6 declarar as transgressoes de Ni- nive e os fundamentos sobre os quais Deus a julgou e condenou. Sao eles: a) 0 zelo divino - 0 Senhor é Deus zeloso (Na 1.2). Ele zela por suas criaturas e ouve atentamen- te seus pedidos de socorro e seus clamores por justica (Sl 107.28; Ex 22.23,27; Dt 10.17,18). Zela por sua palavra para que se cum- pra (Ez 33.13). Zela por Sua San- tidade que nao suporta as mal- dades dos homens (Am 4.2). Zela para que se cumpra toda a justi- ca (Is 45.23a). Ninive ultrapassou todos os limites. Sera condena- da. JOVENS FE eles (2Co 6.2). Por meio da tor- menta conheceram ao Senhor e a Ele se renderam. c)A ponulagao d Ninive era de ec possula 0 nivel mals bay a FROMM GG IETS de Deus - Deus nao poderia julga- - a que antes ela tivesse oportunidade de conhecé-lo e saber 0 quanto suas praticas o desagradavam. Ele a estava su- portando, mas agora, os clamo- res daqueles que sofriam com as maldades dela subiram até 0 céu (Jn 1.2). Caso se arrependesse, Ele a perdoaria. Icia € o poder d Jus - O Senhor é paciente e pi leroso (. . Eles, porém, a cada dia tavam a cruelda: le, e a arrogancia, e zombavat Deus (Na 1.9; Is 36.21), e to! avam conselho contra Ele (Ni -I1). Como rejeitaram a miseri; cérdia'de Deus, conheceram Sua forga e o Seu poder (autori- dade) com os quais Ele executa a justica (Na 1.3,6). c) A imparcialidade de Deus - A expressao: “ao culpado nao tem por inocente”, demonstra que Deus 6 imparcial no juizo (Na 1.3). Naum deixa claro que Deus nao.é indulgente com os pecados de Israel. Ele permitiu que o Reino do Norte, pela grandeza das suas maldades, fosse levado em cativeiro pela prépria Assiria (Na 2.2; 2Rs 17.23). Também nao trata Ninive com demasiada du- reza. Ela esta cheia de sangue, mentiras, roubos, prostituigao e feitigarias (Na 3.1). O fim do im- pério da violéncia ja foi senten- ciado por Deus e a ruina da capi- tal mundial da maldade esta as portas (Na 1.15; 2.1). ADULTOS DOMINICAL 21 Que bom. Vocé chegou até aqui, e certamente concluiu como 0 apéstolo Paulo que “... tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estéo escritas para aviso nosso, para quem ja sdo chegados os fins dos séculos. Portanto, convém-nos atentar, com mais diligéncia para as coisas que ja temos ouvido, para que em tempo algum nos desvie- mos delas” (1Co 10.11; Hb 2.1). As coisas que jA ouvimos e precisa- mos guardar sao: ‘a Portas exjstem para serem ertas e fechadas i b) Apior tragédia na vida de um ser ee a Sr expulso da pre- \ TOU A SEVERI ’ . senga de Deus - Se vocé, como Jonas, escolheu voluntariamente afastar-se dEle, ore enquanto é tempo a oragao de Davi: “Nao me lances fora da Tua presenga...”, antes que seja necessario orar como Jonas: “Na minha angustia clamo a Ti, Senhor; das entranhas do inferno grito, ...”, “Langado estou de diante dos teus olhos, sera que tornarei a ver o templo da Tua Santidade?” (SI 51.6; Jn 2.2-4). c) A Prosperidade, satide, fama, hoa Ieputar0 | antidos paralela- mente a uma vida de pecados nao sao Si aig da provacao de Deus, é sim, de Sua longanimidade - As misericérdias de Deus, armazena- das por Ninive, durante séculos vazaram pelas fendas abertas por suas crescentes e continuadas transgressées; e ninguém péde reté-las (Na 2.8). Os ninivitas sé perceberam que a paciéncia do Senhor se fora, quando a severa justiga divina veio, irremediavel- mente, sobre a cidade. Tomemos isso como aviso. 1. Qual o intervalo de tempo entre Jonas e Naum? 2. Quais profetas fora contemporaneos de Naum? 3. Como pode ser visto o livro de Jonas? 4, Que expressao de Naum 1.3, que Deus é imparcial? 5. De acordo com o comentarista, qual a pior tragédia na vida de um ser humano? 22 JOVENS £ ADULTOS DOMINICAL LIVRO DE MIQUEIAS - 0 PERFIL DO POVO QUEAGRADAA DEUS Sy Tero AUREG “Ele te declarou, 6 homem, © que € bom; e o que é que o Senhor pede de ti, sendo que pratiques a justiga, e ames a beneficéncia, e andes humildemente com o teu Deus?”. Mq 6.8 4 Mostrar que a religiosidade destituida de amor ao proximo aborrece a Deus; 4 Esclarecer que Deus nos justific Segunda S151 Sexta Mq 6.9-12 EE ciosséni MPLEMI 4 Beneficéncia: Ato, habito ou virtude de fazer o bem; rea Di 10.12 Quarta Is 1.16,17 Sabado Le 10.25-37 por sua graca e misericérdia. Quinta Mq 7.18 4 Envidar: Dedicar-se com afinco; empenhar-se, esforgar-se; 4 Misericérdia: Graca ou perdao. EXTOS DE REFERENCIA Mg 6.6 - Com que me apresentarei ao Senhor e me inclinarei ante o Deus Altissimo? Virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano? Mg 6.7 - Agradar-se-4 o Senhor de milhareés de carneiros? De dez mil ribeiros de azeite? Darei o pri- mogénito pela minha transgres- séo? O fruto do meu ventre pelo pecado da minha alma? Mg 6.8 - Ele te declarou, 6 ho- mem, 0 que é bom; e 0 que é que JOVENS o Senhor pede de ti, sendo que pratiques a justica, e ames a beneficéncia, e andes humilde- mente com o teu Deus? Mg 7.2 - Pereceu da terra o homem piedoso; e entre os homens nao ha um que seja reto; todos armam ciladas para sangue; caga cada um a seu irméo com uma rede. Mg 7.7 - Eu, porém, confiarei no Senhor; esperarei no Deus da minha salvagao. O meu Deus me ouvira. ADULTOS DOMINICAL 23 Miquéias, ams! Isaias e Oséias sio chamados profetas éticos, por causa da énfase que deram a exigéncia de conduta reta por parte dos adoradores de Jeova.Esta é uma caracteristica dos profetas dos séculos oitavo e'sétimo antes de Cristo, e deve- sea trés fatores principais: | ia (Mt 23.23). isso, hipoer b) As Sstiepalagoes sobre 0 carater de Deus - 0 gosto pelo pecado deu origem a uma casta de “teélogos” que debatiam so- bre o carater de Jeova na tenta- tiva d contrar nele apoi@ para as suas praticas divorcia das da Lei (Mq 3.11). Os profe- A det d : ' ta eRe 4 los h rae a RNR TIRE ATER povo perdera de vista o cara- ter justo, reto e santo de Deus (Dt 10.17-19), e esquecera-se da missdo embutida no propdsito de sua escolha - ser luz para os gentios, e salvagao de Deus até os confins da Terra (Is 49.6). Como conseqiiéncia, os cultos degeneraram para simples ri- tuais, destituidos de temor, re- veréncia e adoracao. Os mes- mos eram realizados frenetica- mente para ocultar suas trans- gress6es as exigéncias legais de justiga, misericérdia e pure- za (Am 4.4,5). Jesus chama a By A Huiicoane: oian Humildade é essencial ao re- Jacionamento harmonioso entre o homem e o Criador. Somente através dela a pessoa pode con- templar a majestade, santidade, justia e retidao de Deus. Entao, prostrada exclamar: “Tem mise- ricérdia de mim, pecador”. Sao trés os objetos do andar humilde que Deus requer da nagao hebréia e de todos os seus filhos: 2A JOVENS £ justificavam as proprias trans- gress6es e faziam errar 0 povo. ¢) A evolugao do conceito de justiga divina - Os profetas constataram que Israel ja teria sido destruido, se Deus tivesse retribuido 4 nagao castigo pro- porcional a sua culpa. Conclui- ram, que Jeova, por razées pré- prias de sua soberania, concede perdao e misericordia ao peca- dor. Este, por sua vez, deve an- dar humildemente diante de Deus, praticar a justica e amar amisericérdia. a) 0 proprio Deus - Coletiva- mente, Deus queria que Juda depositasse a seguranca da na- cdo em Suas mAos e nao nas for- tes muralhas que construiram, no exército bem equipado, nas riquezas acumuladas ou em al- guma alianga politica (Mq 5.5), Deveria reconhecer que 0 que estava construido no terreno do coragao era impuro e sem valor ADULTOS DOMINICAL (Mq 7.1-6), e pedir que Deus des- truisse estas estruturas e cons- truisse em lugar delas, um edi- ficio novo do agrado Dele (Is 66.8). Estas atitudes aumentari- am a fé; e afastariam a soberba, o orgulho, a arrogancia e a in- gratidao. b) A propria nagdo - Tuaa precisava olhar para si e saber que, o que a fazia especial para Deus era 0 selo (Dt 7-6; 8.17) dEle colocado sobre ela como sinal de que Ele a escolhera e capacita- ra para uma grandiosa miss@o , e que antes disso nem sequer era povo (Is 42.6). Portanto, ti- nha que afastar o orgulho, valo- rizar a sua vocagéo e deixar para tras o pecado pelo qual Deus de- volvera a inexisténcia as tribos do norte (Mq 6.16). c) 0 proximo - Andar humil- demente para com Deus é fazé- lo também, para com o préximo. Nao foi ele feito a imagem e se- melhanga do Criador? Logo, toda atitude soberba e arrogante para com o semelhante constitui ofen- sa ao Senhor. Amés e Davi afir- mam que Deus aborrece a sober- ba e nao a suporta (Am 6.8; S1 101.5). Em seus sermées e para- bolas Jesus faz dela requisito im- portante para termos as oracées respondidas (Lc 18.11-14). Justiga é dar a cada um 0 que the é devido. Deus espera acées justas de seus servos, do mesmo modo que o agricultor espera que sua parreira produza uvas boas para o consumo (Is 5.2). Judaea Igreja devem: a) Praticar a justiga para com Deus - Adorando e servin- do sé a Ele (Mt 4.10). Sendo ze- loso e ardoroso no servico e na adoragao (SI 100.2). Dedicando- lhe total confianga e completa de- pendéncia (Mq 7.7). Tendo sem- pre grato o coracao (1 Ts 5.18). Dizimos e ofertas sao demons- tragdes de humildade, lealdade, fidelidade, e confianga devidas a Deus, e servigo devido ao proximo (Dt 26. 2,5,11-14). JOVENS § b) Praticar a justica para como proximo - Israel fora salvo do Egito e das maldigées de Balaao (Mq 6.4,5). Uma vez salvo, 0 povo deveria ser justo em todas as suas relacdes com o semelhante: comerciais (Mq 6.10, 11), judiciais e eclesidsticas (Mq 3.11), familiares (Mq 7.6) e de propriedade (Mq 2.2,8,9). c) Praticar & dastea para com a coletivida A justica traria béncdos sobre a nacdo e faria onome de Deus conhecido entre os povos (Dt 28.2,10). Por isso o juizo deveria correr como a forga das Aguas, e a justica, como a impetuosidade dos ribeiros dentro dos muros da ci- dade (Am 5.24). ADULTOS DOMINICAL 25 A misericérdia é a reagdo do amor que inclina a pessoa a prati- car obras que aliviam o sofrimen- to deoutrem: A beneficéncia é esse aspecto pratico do amor. Por isso Deus disse: “... que ames a benefi- céncia...”, que é 0 equivalente de “_.ama o teu proximo” (Lv 19.18). A quem os hebreus e nés, devemos demonstrar misericérdia? . a) Demonstrar misericordia ao pobre, necessitado, orfao, viliva, entre outros (Dt 10.18,19) - En- fim, a beneficéncia deve ser esten- dida a todo aquele que numa dada circunstancia esta em situagao de desvantagem, passageira ou dura- doura. A pessoa que nao possuiri- queza material, nao esta isenta do exercicio da misericérdia. Os sofri- mentos humanos nao se reduzem a coisas palpaveis e a pratica de repartir 6 agradavel a Deus. E DEUS PRECISA AMAR b) Demonstrar misericordia ao pecador - Estender a beneficén- cia ao transgressor nao é ser coni- vente com o pecado, mas é ter compaixao pela dor espiritual, moral ou fisica, causada pelo seu ato delituoso e envidar os meios de minorar-lhe o sofrimento (2 Ts 3.14,15). No caso de falta cometi- da contra a prépria pessoa, esta deve oferecer perdao irrestrito para que o ofensor nao se consu- ma em demasiada amargura e tristeza (2 Co 2.7). c) Demonstrar misericérdia ao inimigo - Bom é nao té-los, mas ndo sendo possivel, evite. Se o teu inimigo cair em uma situagdo na qual precise de qualquer tipo de ajuda (Ex 23.4.5), estando ao teu alcance, mostre compaixao desin- teressada, e nao lance em rosto. Amar 0 nosso inimigo é um claro 1. Que missao Deus entregou a Israel quando o escolheu? 2. Como os profetas primitivos criam na justiga divina? 3. Dizimos e ofertas so demonstragées de que? 4. O que demonstramos quando amamos nossos inimigos? 5. No que consiste nossa divida para com o semelhante? 26 JOVENS E ADULTOS DOMINICAL a UE a “Sobre a minha guarda estare’ vigiarei, para ver o que fala comigo e o que eu responderei, quando for argitido”. He 2.1 EX VEROADE APLICADA - OCRENTE 2 : re a fortaleza me apresentarei, e Manter a certeza de que olho nenhum viu o ue que Deus preparou para uncles que o amam é fundamental para permanecer fiel em tempo crise. ee nos moment an ‘ = tos de incertezas; Ci 4 Demonstrar que as crises pelas quais Deus n i a r 10S permite passar sio oportunidades para o nosso crescimento; x 4 Mostrar que o melhor lugar para resolver nossas crises de fé € no esconderijo do Altissimo. Terga He itigio: Questao judicial; p 9 Quarta ‘ Sexta Dn 6.10 Sabato Dn 3.17,18 Soe leito, demanda, pendéncia, disputa, contenda; 4.16 4 Vexacao: sujeicao imposta pela forca ou autoridade; perseguicao, opressao; 4 Emergi razer ou vir A tona. OG TEXTOS DE REFERENCIA, quando, Senhor, cl u. nao escutaras? Gri- tarei: Violéncia! E nao salvards? He 1.3 - Por que razéo me mos- tras a iniqiidade e me fazes ver a vexacdo? Porque a destruigao e a violéncia estao diante de mim; ha também quem suscite a contenda e 0 Jitigio. He 1.12 — Nao Es desde sem- pre, 6 Senhor, meu Deus, meu ? 6 Senhor, para juizo o puseste, e Tu, 6 Rocha, o fundas- te para castigar. He 1.13 - Tu és tao puro de olhos, que nao podes ver o mal ea ve- xacao nao podes contemplar; por que, pois, olhas para os que procedem aleivosamente e te calas quando 0 impio devora aguele que é mais justo do que ele? JOVENS E ADULTOS DOMINICAL 27 Sao poucas, porém preciosas, as informacées histéricas forne- cidas neste tépico. Algumas fo- ram extraidas de fontes comuns a qualquer estudante; outras dos livros dos Reis e das Cronicas; 0 profeta Jeremias também con- tribuiu, e é claro, 0 proprio livro de Habacuque. Leia-as atenta- mente. Elas oferecem subsidios para o estudo da licao. a) Em.722 a.¢, 0 territério de Israel foi tomado @ sua popula- Gag levada em cativeiro pela As- Iria - Cerea de cem anos apés, Jeremias chamou aquele even- to de “libelo de divércio”, dado por Deus aos israelitas por cau- sa de sua idolatria (Jr 3.8). Juda nao tomou isto como aviso, an- tes, tornou-se pior que sua irma do norte. Por causa da grande- za das suas prostituigdes, sua fama correu entre as nagées (Jr 3.9). b) Habaguque (ofr a0e): foi contemporaneéo de Jeremias, e Seu ministério ocorreu durante a ERSONALIDADE reforma religiosa de Josias - Per- cebeu, contudo, que a conversao do povo era falsa (Jr 3.11), € as palavras da profetiza Hulda ao rei: “... eis que trarei mal sobre este lugar..."(2Rs 22.16), faziam- no temer pelo destino do seu povo: pois se a crescente onda de corrupgao nao fosse imedia- tamente freada, seria o fim. E, onde esta Deus, que nao vé? Que nao ouve? Sera que Ele de- sistiu de Juda (1.2)? c) Pelo seu proprio |ivro, fi- camos sabendo que Habacuque pelenia a ima escola de pro- fetas (Hc 1.1) - Lemos também, que ele era compositor e musi- co profissional (Hc 3.19), a esta informagaéo pode-se acrescentar sua origem levitica, pertencen- do a uma das familias designa- das para o ministério de louvor (2Cr 20.19). Estamos, portanto diante de uma pessoa suscepti- vel a conflitos intimos pela sua notavel sensibilidade e grande capacidade de apreensao das coisas da alma e do espirito. copies “Até quando, Senhor, clama- rei eu, e Tu nfo me escutaras? Gritarei: Violéncia! E nao salva- ras?”. Estas sao expressdes de desespero e de angustia, de um cidadao que assiste, impotente, seu povo caindo no abismo pro- fundo da impiedade. Seu unico refagio € o Senhor, o Justo e San- to Juiz. Mas, onde est Ele? Onde estas meu Santo (He 1.12)? Sao palavras proferidas em meio A agonia de um crente inconfor- mado, integro, e intercessor, an- sioso pela resposta de Deus. 2B ;OVENS B a) Inconformado - Em Juda, o afastamento nacional de Deus dera origem 4 violéncia fisica e de direitos (He 1.2), a provocagao de demandas judiciais com o fim levar vantagem (Hc 1.3c), e a ju- izes que adiavam as sentengas para fazer perecer o direito do li- tigante mais fraco (He 1.4). O profeta nado se conformava aque- la situacgao, antes, de continuo orava a Deus para que Ele sub- jugasse a impiedade do seu povo. b) (ntegro - a maioria das ADULTOS DOMINICAL pessoas sentem-se incomodadas com situagées de violéncia e in- justiga, mas se sao expostas a elas durante algum tempo, logo se acostumam, e algumas até pas- sam a praticar aquilo que antes lhes causavam repulsa. E a poli- tica que todo mundo faz, porque nao eu? Habacuque, ao contrario, mantinha a sua integridade em tempo de crise. Nao usava a cor- rupeao generalizada como descul- pa para também transgredir. Pessoas integras, tementes ao Senhor e conhecedoras do Seu carater nao se conformam com a aparente vitéria do mal sobre o bem, do injusto sobre o justo, do mau sobre o bom, da imorali- dade sobre a pureza, do profano sobre o santo. Muitos entram em crise de fé. Habacuque foi um deles. Obteve, entretanto a vité- ria por meio de trés recursos in- faliveis: a) Recorreu a Deus em oragao - A fé de Habacuque entrou em crise com o siléncio de Deus di- ante do mal, e pela falta de res- posta as suas constantes oragées. Mas, ao invés de abandonar 0 posto de intercessor, seus rogos se intensificaram dia-a-dia, até que se tornaram em gritos de agonia perante a face de Deus. “Até quando, Senhor, clamarei e tu nao me escutards? Gritarei: Violéncia! E nao ,salvaras” (1.2)? b) Persistiu até a diivida dar lugar a f€ - Depois de um longo e constrangedor siléncio, final- Quando o Senhor assegurou ao profeta que Juda sé seria comple- 0 A CRISE | c) Intercessor - Habacuque in- tercedeu pela cura de Juda para evitar que ela tivesse 0 mesmo fim de Israel, 0 cativeiro. Diante da resposta de Deus, que usaria no Reino do Sul, os mesmos mé- todos curativos que usara no Rei- no do Norte, variando apenas no instrumento, a Babilénia, ele in- tensificou a intercessao a ponto de apresentar-se ao Senhor com uma apelacao a favor de Juda (He 1,12-17). mente Habacuque ouviu a voz de Deus, mas a resposta que ela trouxe (He 1.5-11) encheu sua alma de apreensao. Ele mergu- Ihou numa nova crise que 0 le- vou a interrogar a Deus mais uma vez: “Por que, Senhor, Tuas pro- vidéncias para purificar Juda, parecem estar em desacordo com aquilo que eu conhego acerca do Teu cardter?” (He 1.12,13). “Nao importa quanto tempo, eu espe- rarei para ouvir o que Tu tens a dizer-me” (He 2.1). c) Permaneceu a sds com Deus, vigiando, enquaita espera- va péla fesposta dle - Para nao por tudo a perder, o profeta deci- diu guardar siléncio a respeito daquela questao - nao murmura- ria, nao reclamaria, nem faria coisa alguma até obter resposta ao que perguntara ao Senhor. Habacuque sabia que precisava estar com olhos e ouvidos bem abertos e atentos. E isto que sig- nifica: “Ficarei de guarda, e no meu posto de sentinela, vigia- rei..." (He 2.1), Lines ane tamente purificada através do tra- tamento de choque, ele emergiu JOVENS BE ADULTOS DOMINICAL 29 da crise vitorioso. Sua fé triunfou. Mas continuou seu ministério in- tercessério pelo seu povo, que pre- cisaria resistir aos dias da dura disciplina por vir: “Aviva, Senhor, a Tua obra no meio dos anos — de angustia e tribulacado - faz o Teu povo recordar os teus grandes fei- tos; por favor, mesmo estando Tu, irado conosco, Lembra-Te de que Es misericordioso” (He 3.2), Por tudo isto, quero ser como Haba- cuque: a) Habacuque nao se acostu- mou com a Irreverencia nem com a imoralidade - Também nao se acos- tumou com a violéncia, nem com a injustiga, nem com nenhum tipo de crime ou pecado (Rm 12.2) - Como 0 lirio, que cresce na lama do brejo, mantém-se puro e lumi- noso, minha integridade floresce- ra e brilhara neste mundo sujo e escuro. Aprendamos a interceder constantemente diante de Deus por nossa familia, igreja, cidade, e outras nagdes (Ef 6.18). b)

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