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Presidéncia da Republica Casa Civil ‘Subchefia para Assuntos Juridicos LEI N° 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 Texto compilado (Vide Decreto n° 3,860, de 2001) (Vide Lei n® 10.870, de 2004) (Vide Adin 3324-7. de 2005) (Vide Lei n® 12,064, de 2009) Estabelece as diretrizes e bases da educagao nacional. Regulamento, © PRESIDENTE DA REPUBLICA Faco saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TITULO | Da Educagao Art, 1° A educagao abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivéncia humana, no trabalho, nas instituiges de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizagdes da sociedade civil e nas manifestagdes culturais. § 1° Esta Lei disciplina a educagao escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituigdes préprias. § 2° A educagao escolar deverd vincular-se ao mundo do trabalho @ pratica social. TITULO IL Dos Princ(pios e Fins da Educagao Nacional Art. 2° A educacao, dever da familia e do Estado, inspirada nos principios de liberdade ¢ nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercicio da cidadania e sua qualificagao para o trabalho, ‘Art. 3° O ensino serd ministrado com base nos seguintes princfpios: igualdade de condicSes para 0 acesso e permanéncia na escola; Il liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber, IIL - pluralismo de idéias e de concepgies pedagégicas; IV - respeito a liberdade © aprego a tolerancia; \V- coexisténcia de instituigdes pablicas e privadas de ensino; VI - gratuidade do ensino piiblico em estabelecimentos oficiais; VII - valorizagao do profissional da educagao escolar; VIII - gestéo democratica do ensino piblico, na forma desta Lei e da legislacao dos sistemas de ensino; IX - garantia de padréo de qualidade; X-- valorizagao da experiéncia extra-escolar; XI-- vinculagao entre a educagao escolar, o trabalho e as praticas sociais. XII - consideragao com a diversidade étnico-racial (Incluido pela Lei n® 12,796. de 2013) XIll - garantia do direito @ educagao e aprendizagem ao longo da vida. (lnctuido 2018) XIV - respeito a diversidade humana, linguistica, cultural e identitéria das pessoas surdas, surdo-cegas e com deficiéncia auditiva. - (Incluldo pela Lei n® 14.191, de 2021) TITULO IIL Do Direito a Educagao e do Dever de Educar Art. 4° © dever do Estado com educagao escolar publica sera efetivado mediante a garantia de: f-ensine ferdamental:oorigakirio-e gral inclusive pare os que-iele nde tveram-acesse-aidade prdpras educagdo basica obrigatéria e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma (Redacao dada pola Lei n? 12,796. de 2013) a) pré-escola; (lnclufdo pela Lein® 12,796, de 2013) b) ensino fundamental; (Incluido pela Lei n® 12,796, de 2013) c)ensino médio; _{Incluldo pela Lei n® 12.796, de 2013) Ht progressiva-extensiio-da-obrigatoriedade-e-grattidade-ae-ensine-médio: rersakizagie-de-ensine-médier gratuite: ee Il educagao infantil gratuita as criangas de até 5 (cinco) anos de idade: (Redagdo dada pela Lei n? 12.796, de 2013) terrdimerte—edkrear eepeciatizade—grat edreare recessidades—eepecisis; prelerencialmentena- rede regeler ex ensing, Ill = atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiéncia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotacao, transversal a todos os niveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino; (Redagdo dada pela Lei n® 12.796, de 2013) re a ro deidede: IV - acesso puiblico e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os que nao os concluiram na idade propria; (RedagSo dada pela Lei n® 12.796, de 2013) \V - acesso aos niveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criagao artistica, segundo a capacidade de cada um; VI- oferta de ensino notumo regular, adequado as condigbes do educando; VII - oferta de educacao escolar regular para jovens e adultos, com caracteristicas e modalidades adequadas as suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condig6es de acesso e permanéncia na escola; VIII - atendimento a0 educando, em todas as etapas da educagao basica, por meio de programas suplementares de material didatico-escolar, transporte, alimentagao e assisténcia a satide; (Redagao dada pela Lei n® 12,796, de 2013) pads de * Per IX — padrées minimos de qualidade do ensino, definides como a variedade e a quantidade minimas, por aluno, de insumos indispensaveis a0 desenvolvimento do proceso de ensino-aprendizagem adequados a idade © as necessidades especificas de cada estudante, inclusive mediante a provisdo de mobilidrio, equipamentos e materiais pedagégicos apropriados; (Redacdo dada pela Lei n® 14.333, de 2022) X - vaga na escola pilblica de educago infantil ou de ensino fundamental mais préxima de sua residéncia a toda crianga a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade, {(Incluido pela Lei n? 11,700, de 2008), Art. 4°-A, E assegurado atendimento educacional, durante 0 periodo de intemago, ao aluno da_educagao basica intemado para tratamento de salide em regime hospitalar ou domiciliar por tempo prolongado, conforme dispuser 0 Poder Piblico em regulamento, na esfera de sua competéncia federativa, (Incluido pela Lei n? 13,716, de 2018), — fondamentat-é- pa jetive—pedendequaiquer-cidado;—grupe Z © ental es carn ea ee, Art. 5° O acesso educagao basica obrigatéria ¢ direito publico subjetivo, podendo qualquer cidadéo, grupo de cidados, associagao comunitéria, organizagao sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituida e, ainda, o Ministério Pablico, acionar 0 poder puiblico para exigio. (Redagao dada pela Lei n? 12,796, de 2013) § 1° 0 poder publico, na esfera de sua competéncia federativa, devera: (Redacio dada pela Lei de 2013) cessor , = recensear anualmente as criangas e adolescentes em idade escolar, bem como os jovens e adultos que nao concluiram a educagao basica; (Redagdo dada pela Lei n® 12,796, de 2013) Il fazer-thes a chamada piiblica; Ill - zelar, junto aos pais ou responsaveis, pela freqiiéncia a escola. § 2° Em todas as esferas administrativas, o Poder Publico assegurara em primeiro lugar 0 acesso ao ensino obrigatério, nos termos deste artigo, contemplando em seguida os demais niveis e modalidades de ensino, conforme as prioridades constitucionais e legais. § 3° Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem legitimidade para peticionar no Poder Judiciario, na hipétese do § 2° do art. 208 da Constituicso Federal, sendo gratuita e de rito sumario a agéo judicial correspondente. § 4° Comprovada a negligéncia da autoridade competente para garantir 0 oferecimento do ensino obrigatério, poderd ela ser imputada por crime de responsabilidade. § 5° Para garantir 0 cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o Poder Piiblico criaré formas alternativas de acesso aos diferentes niveis de ensino, independentemente da escolarizagao anterior. - dos pt resp re-matricute-d ree parting es ensine-fundementat Art, 6° E dever dos pais ou responsdvels efetuar a matricula das criangas na educagao basica a partir dos 4 (quatro) anos de idade. (Redagdo dada pela Lei n° 12.796, de 2013) Art. 7° © ensino é livre a iniciativa privada, atendidas as seguintes condigdes: - cumprimento das normas gerais da educacao nacional e do respectivo sistema de ensino; II autorizago de funcionamento e avaliagao de qualidade pelo Poder Publico; Ill - capacidade de autofinanciamento, ressalvado 0 previsto no art. 243 da Constituipsio Federal Art. 7%-A Ao aluno regularmente matriculado em instituigao de ensino publica ou privada, de qualquer nivel, 6 assegurado, no exercicio da liberdade de consciéncia e de crenga, 0 direito de, mediante prévio © motivado requerimento, ausentar-se de prova ou de aula marcada para dia em que, segundo os preceitos de sua religiao, seja vedado o exercicio de tais atividades, devendo-se-Ihe atribui, a critrio da instituigdo e sem custos para o aluno, uma das seguintes prestagées altemativas, nos termos do inciso Vill do caput do art. 5° da Constituicao Federal: (Incluido pela Lei n® 13.796, de 2019) —_(Vigéncia) | - prova ou aula de reposicao, conforme 0 caso, a ser realizada em data alternativa, no turno de estudo do aluno ou em outro hordrio agendado com sua anuéncia expressa; —_(|ncluido pela Lei n® 13.796, de 2019) (Vigancta) II - trabalho escrito ou outra modalidade de atividade de pesquisa, com tema, objetivo e data de entrega definidos pela instituigo de ensino. (Incluido pela Lei n® 13.796, de 2019) (Vigéncia) § 1° A prestagiio altemativa devera observar os parametros curriculares e 0 plano de aula do dia da auséncia do aluno. {(Incluido pela Lein? 13.796, de 2019) (Vigéncia) § 2° O cumprimento das formas de prestagao alternativa de que trata este artigo substituira a obrigacao original para todos os efeitos, inclusive regularizagao do registro de frequéncia. (Ineluido pela Lei n? 13.796, de 2019) (Vigéncia) § 3° As insttuigdes de ensino implementaréo progressivamente, no prazo de 2 (dois) anos, as providéncias @ adaptagées necessarias & adequagto de seu funcionamento as medidas previstas neste artigo, (ncluida pela Lei n® 13.796, de 2019) (Vigancia) (Vide paragrafo Unico do art. 2) § 4° O disposto neste artigo nao se aplica ao ensino militar a que se refere o art. 83 desta Lei (incluido pela Lei n® 13,796, de 2019) —(Vigncia) TiTULO IV Da Organizagao da Educacéio Nacional Art. 8° A Unido, os Estados, o Distrito Federal e os Municipios organizarao, em regime de colaboragao, os respectivos sistemas de ensino. § 1° Caberé & Unido a coordenacao da politica nacional de educago, articulando os diferentes niveis & sistemas e exercendo fungao normativa, redistributiva e supletiva em relagao as demais insténcias educacionais. § 2° Os sistemas de ensino terdo liberdade de organizago nos termos desta Lei. Art. 9° A Unido incumbir-se-4 de: (Regulamento) | - elaborar o Plano Nacional de Educagao, em colaboracéo com os Estados, o Distrito Federal e os Municipios; Il - organizar, manter © desenvolver os érgaos ¢ inslituigoes oficiais do sistema federal de ensino © 0 dos Territérios; lll ~ prestar assisténcia técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municipios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento prioritério 4 escolaridade obrigatéria, exercendo sua fungao redistributiva e supletiva; IV - estabelecer, em colaboragao com os Estados, o Distrito Federal e os Municfpios, competéncias e diretrizes para a educagao infantil, 0 ensino fundamental e o ensino médio, que nortearao 0s curriculos e seus conteidos minimos, de modo a assegurar formacdo basica comum; IV-A-- estabelecer, em colaboragao com os Estados, o Distrito Federal e os Municipios, diretrizes e procedimentos para identificagao, cadastramento ¢ atendimento, na educago basica e na educagdo superior, de alunos com altas habilidades ou superdotagao; (Incluido pela Lei n? 13.234, de 2015) \V~coletar, analisar e disseminar informagées sobre a educagao; VI- assegurar processo nacional de avaliagao do rendimento escolar no ensino fundamental, médio e superior, ‘em colaboracao com os sistemas de ensino, objetivando a definigao de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino; VII - baixar normas gerais sobre cursos de graduacao e pés-graduacao; Vill - assegurar proceso nacional de avaliacdo das instituigées de educagdo superior, com a cooperacao dos sistemas que tiverem responsabilidade sobre este nivel de ensino; IX - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituigdes de educagao superior € os estabelecimentos do seu sistema de ensino. (Vide Lei n® 10,870, de 2004) § 1° Na estrutura educacional, haveré um Conselho Nacional de Educacao, com fungées normativas e de ‘superviséo e atividade permanente, criado por lei § 2° Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a Unido tera acesso a todos os dados ¢ informagées necessarios de todos os estabelecimentos e érgaos educacionais, § 3° As atribuigdes constantes do inciso IX poderdo ser delagadas aos Estados e ao Distrito Federal, desde que mantenham instituigoes de educagao superior. Art. 10. Os Estados incumbir-se-do de: - organizar, manter e desenvolver os orgaos e instituigées oficiais dos seus sistemas de ensino; II definir, com os Municipios, formas de colaboragao na oferta do ensino fundamental, as quais devem assegurar a distribuigéo proporcional das responsabilidades, de acordo com a populagao a ser atendida os recursos financeiros disponiveis em cada uma dessas esferas do Poder Piblico; Ill - elaborar e executar politicas e planos educacionais, em consonancia com as diretrizes e planos nacionais de educagao, integrando e coordenando as suas agdes e as dos seus Municipios; IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituigSes de educacao superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino; \V - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; Vi assequrars-ensine fundamental e-oferecer, conraroridade-e-ensine méaho: VI - assegurar 0 ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio a todos que o demandarem, respeitado o disposto no art. 38 desta Lei; (Redagso dada pela Lei n® 12.061, de 2009) VII- assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual. (Incluido pela Lei n® 10,709, de 31,7.2003) Pardgrafo tinico. Ao Distrito Federal aplicar-se-4o as competéncias referentes aos Estados e aos Municipios. Art. 11, Os Municipios incumbir-se-do de: | - organizar, manter e desenvolver os érgaos ¢ instituigées oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os as politicas e planos educacionais da Uniao e dos Estados; Il- exercer agao redistributiva em relagao as suas escolas; Ill - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino; \V - oferecer a educagao infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental, permitida a aluagdo em outros niveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua area de competéncia e com recursos acima dos percentuais minimos vinculados pela Constituigéo Federal a manutengao © desenvolvimento do ensino. VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal. (Inoluido pela Lei n® 10.709, de 34,7,2003) Paragrafo Unico. Os Municipios poderao optar, ainda, por se integrar ao sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema Unico de educagao basica Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terao a incumbéncia de: - elaborar e executar sua proposta pedagégica; II- administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; lll - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; \V- prover meios para a recuperagao dos alunos de menor rendimento; VI- articular-se com as familias e a comunidade, criando processos de integragao da sociedade com a escola; execupdede-eue propeste pedagégis: VII - informar pai e mae, conviventes ou ndo com seus filhos, e, se for caso, os responsaveis legais, sobre a frequéncia e rendimento dos alunos, bem como sobre a execucao da proposta pedagégica da escola; (Red: dada pela Lei n® 12.013, de 2009) VIII ~ notificar a0 Conselho Tutelar do Municipio a relagao dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de 30% (trinta por cento) do percentual permitido em lei; (Redacao dada pela Lei n® 13.803, de 2019) IX - promover medidas de conscientizagao, de prevengdo e de combate a todos os tipos de violéncia, especialmente a intimidagao sistematica (bullying), no ambito das escolas; (Incluido pela Lei n® 13.663, de 2018) X - estabelecer agdes destinadas a promover a cultura de paz nas escolas. (Uncluido pela Lei n° 13.663, de 2018) XI = promover ambiente escolar seguro, adotando estratégias de prevencao e enfrentamento ao uso ou dependéncia de drogas. _(Incluldo pela Lei n? 13.840, de 2019) Art. 13. Os docentes incumbir-se-do de: ~ participar da elaboragao da proposta pedagégica do estabelecimento de ensino; II elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagégica do estabelecimento de ensino; lil - zelar pela aprendizagem dos alunos; IV - estabelecer estratégias de recuperagao para os alunos de menor rendimento; \V-- ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos periodos dedicados ao planejamento, a avaliagao e ao desenvolvimento profissional; VI- colaborar com as atividades de articulagdo da escola com as familias ¢ a comunidade. Art. 14, Os sistemas de ensino definirdo as normas da gestdo democratica do ensino piiblico na educago basica, de acordo com as suas peculiaridades © conforme os seguintes principios: - participagdo dos profissionais da educagao na elaboracao do projet pedagégico da escola; II participagao das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarao as unidades escolares publicas de educagao basica que os Integram progressivos graus de autonomia pedagogica e administrativa e de gestAo financeira, observadas as normas gorais de direito financeiro publico. Art. 16. O sistema federal de ensino compreende: — (Regulamento) ~ as institulg6es de ensino mantidas pela Unido; Ht+as-instituigSes-de-edteapae- superior eriadas-e mantidas pete iniciative privada: | - as instituigdes de educaco superior mantidas pela iniciativa privada; (Redacdo dada nela Lei n® 13,868, de 2019) Ill - 08 érgaos federais de educagao, Art. 17. Os sistemas de ensino dos Estados ¢ do Distrito Federal compreendem: ~ as instituig6es de ensino mantidas, respectivamente, pelo Poder Piblico estadual e pelo Distrito Federal; II as instituig6es de educago superior mantidas pelo Poder Publico municipal; lil -as instituigdes de ensino fundamental e médio criadas e mantidas pela iniciativa privada; IV - 0s érgaos de educacao estaduais e do Distrito Federal, respectivamente, Paragrafo Unico. No Distrito Federal, as instituigdes de educago infantil, criadas e mantidas pela iniciativa privada, integram seu sistema de ensino, Art. 18. Os sistemas municipais de ensino compreendem: ~ as instituig6es do ensino fundamental, médio e de educagdo infantil mantidas pelo Poder Publico municipal, II as instituigdes de educagao infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada; Ill — 08 6rgaos municipais de educacao. Art. 19. As instituigdes de ensino dos diferentes niveis classificam-se nas seguintes categorias administrativas: (Regulamento) _(Regulamento) - puiblicas, assim entendidas as criadas ou incorporadas, mantidas e administradas pelo Poder Publico; Il privadas, assim entendidas as mantidas e administradas por pessoas fisicas ou juridicas de direito privado, IIL - comunitarias, na forma da lei (Incluido pela Lei n® 13.868, de 2019) § 1° As instituiges de ensino a que se referem os incisos Ile Ill do caput deste artigo podem qualificar-se como confessionais, atendidas a orientagao confessional e a ideologia especificas, {incluido pela Lei n® 13.868, de 2019) § 2° As instituiges de ensino a que se referem os incisos Il ¢ Ill do caput deste artigo podem ser certiicadas como filantrépicas, na forma da lei \(Incluido pela Lein® 13.868, de 2019) ; Beep quadrars s Re fRegulemente} (Revogado pela Lei n° 13.868. de 2019 avi direite privade-que-ndo-epy racteristices-d Revogado pola Lei n® 13,868.de 2019) ; qtve 88 per-grupes-de-p Ps tepresentantes-de-comunidade; ——{Redario-dade-peie-tein® #2-020-de- 2008) (Revogado pela Lei n® 13.868. de 2019) _ pessoas juridieas—qtre—atendem—a—orientaga at-e—idectogia—especifiens—e—ao—disp anterior: (Revogado pela Lei n® 13.868, de 2019) (Revogado pela Lei n? 13.868, de 2019) TITULOV Dos Niveis e das Modalidades de Educagao e Ensino CAPITULO | Da Composigéo dos Niveis Escolares Art. 21. A educagao escolar compée-se de: - educagao basica, formada pela educagao infantil, ensino fundamental e ensino médio; II educagao superior, CAPITULO II DA EDUCAGAO BASICA Secdol Das Disposicées Gerais Art. 22. A educagao basica tem por finalidades desenvolver 0 educando, assegurar-Ihe a formagao comum indispensével para o exercicio da cidadania e fornecer-Ihe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores, Art. 23. A educagdo basica podera organizar-se em séries anuais, perlodos semestrais, ciclos, altemancia regular de periodos de estudos, grupos néo-seriados, com base na idade, na competéncia ¢ em outros critérios, ou Por forma diversa de organizagao, sempre que 0 interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar. § 1° A escola poderé rectassificar os alunos, inclusive quando se tratar de transferéncias entre estabelecimentos situados no Pais e no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais. § 2° O calendario escolar deverd adequar-se as peculiaridades locais, inclusive climaticas e econémicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o numero de horas letivas previsto nesta Lei Art. 24. A educagao basica, nos niveis fundamental e médio, sera organizada de acordo com as seguintes regras comuns: eerearge-hordt ra-enuat-serd-de- 8, port uct | = a carga hordria minima anual seré de oitocentas horas para o ensino fundamental e para o ensino médio, distribuidas por um minimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, exciuido o tempo reservado aos exames finais, quando houver; (Redacao dada pela Lei n? 13.415, de 2017) Ila classificago em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita’ a) por promogao, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase anterior, na prépria escola; ) por transferéncia, para candidatos procedentes de outras escolas; ¢) independentemente de escolarizagdo anterior, mediante avaliagdo feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiéncia do candidato e permita sua inscrigao na série ou etapa adequada, conforme regulamentagao do respectivo sistema de ensino; IIL - nos estabelecimentos que adotam a progressao regular por série, o regimento escolar pode admitir formas de progressao parcial, desde que preservada a sequéncia do curriculo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino; IV = poderdo organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas, com niveis equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino de linguas estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares; \V-a verificagdo do rendimento escolar observara os seguintes critérios: a) avaliago continua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevaléncia dos aspectos qualitativos sobre ‘08 quantitativos e dos resultados ao longo do perfodo sobre os de eventuais provas finais; b) possibilidade de aceleracao de estudos para alunos com atraso escolar; ) possibilidade de avanco nos cursos e nas séries mediante verificacdo do aprendizado; d) aproveitamento de estudos concluidos com éxito; €) obrigatoriedade de estudos de recuperagao, de preferéncia paralelos ao periodo letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituides de ensino em seus regimentos; VI - 0 controle de freqiiéncia fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a freqUéncia minima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovagao; VII - cabe a cada instituicéo de ensino expedir histéricos escolares, declaragées de conclusdo de série e diplomas ou certificados de conclusdo de cursos, com as especificades cabiveis. § 1° A carga hordria minima anual de que trata 0 inciso | do caput devera ser ampliada de forma progressiva, no ensino médio, para mil e quatrocentas horas, devendo os sistemas de ensino oferecer, no prazo maximo de cinco anos, pelo menos mil horas anuais de carga horaria, a partir de 2 de margo de 2017. (Incluido pela Lei n° 13,415. de 2017) § 22 Os sistemas de ensino dispordo sobre a oferta de educagao de jovens e adultos e de ensino noturno regular, adequado as condigses do educando, conforme o inciso VI do art. 42. _(Incluldo pela Lei n? 13.415, de 2017) Art. 25, Sera objetivo permanente das autoridades responsdveis alcangar relagao adequada entre o numero de alunos e 0 professor, a carga horaria e as condigdes materiais do estabelecimento, Paragrafo nico. Cabe ao respectivo sistema de ensino, a vista das condigdes disponiveis e das caracteristicas regionais e locais, estabelecer parametro para atendimento do disposto neste artigo. Att ft im eset caracteristeas regionais-¢ocais-de-sociedade-de-cuitira,de-economia-e-de-clientete: Art, 26, Os curriculos da educacao infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas caracteristicas regionais © locais da sociedade, da cultura, da economia © dos educandos. (Reda¢o dada pela Lei n® 12,796, de 2013) obs nes e Federativede-Brasit-observado;naedticagac-infantt-o-disp art dt ne-ensi famentat-o-disposte-ne-art-32; 1 0 dispr ts a § 1° Os curriculos a que se refere 0 caput devem abranger, obrigatoriamente, 0 estudo da lingua portuguesa e da matematica, o conhecimento do mundo fisico e natural e da realidade social e politica, especialmente do Brasil § 22 0 ensino da arte, especialmente em suas expressdes regionais, constituiré componente curricular obrigatério da educagéo basica (Redagdo dada pela Lei n® 13.415, de 2017) § 3° A educagéo fisica, integrada proposta pedagégica da escola, é componente curricular obrigatério da ‘educagao basica, sendo sua pratica facultativa ao aluno: (Redacdo dada pola Lei n° 10,793, de 1°,12,2003) —que cumpra jomada de trabalho igual ou superior a seis horas; _(Incluido pela Lei n® 10.793, de 1°.12.2003) I - maior de trinta anos de idade; _(Incluido pela Lei n® 10.793, de 19.12.2003) lil — que estiver prestando servico militar inicial ou que, em situagao similar, estiver obrigado a pratica da educagao fisica; _(|ncluldo pela Lei n? 10.793, de 1°.12,2003) IV — amparado pelo Decreto-Lei n® 1,044, de 21 de outubro de 1969; (incluido pela Lei n* 10.793, de 4°.12.2003) V—(VETADO) —_(Incluido pela Lei n® 10.793, de 1°.12,2003) Vi—que tenha prole. _{Inclulo pela Lein® 10.793, de 1°.12,2003) § 4° ensino da Histéria do Brasil levara em conta as contribuigées das diferentes culturas e etnias para a formagao do povo brasileiro, especialmente das matrizes indigena, africana e européia. 9 cs rs cs dentre-das possibitid de insituigan: $ s giese-e partir faci acta peter Medide Proviedrien? 746 de 2046) § 5° No curriculo do ensino fundamental, a partir do sexto ano, sera ofertada a lingua inglesa (Redacdo dada pola Lein® 13,415, de 2017) 2 = tetide-obrigatériomas-néo-e - P terde-g 522 § 6° As artes visuals, a danga, a misica e o teatro so as linguagens que constituirao o componente curricular de que trata 0 § 22 deste artigo (Radagso dada pala Lei n® 13,278, de 2016) 2 fevtoe-do-ensi tamentate-médio-dever prineipios-de-protecio-e-defese-civite-e : pers sobre ; . “que ahrreaput eens § 7° A integralizagéo curricular podera incluir, a critério dos sistemas de ensino, projetos © pesquisas envolvendo ‘0 temas transversais de que trata o caput (Redagdo dada pela Lei n® 13.415, de 2017) § 8° A exibicdo de filmes de produgao nacional constituira componente curricular complementar integrado & proposta pedagégica da escola, sendo a sua exibigao obrigatoria por, no minimo, 2 (duas) horas mensais. _(Incluio, pela Lein? 13.006, de 2014) a pre detodt a § 9° Contetidos relativos aos direitos humanos e a prevengao de todas as formas de violéncia contra a crianga, 0 adolescente e a mulher sero incluides, como temas transversais, nos curriculos de que trata o caput deste artigo, ‘observadas as diretrizes da legislagao correspondente e a producao e distribuigéo de material didtico adequado a cada niveldeensino. —_(Redagao dada pela Lein® 14.164, de 2021) § 9A. A educagao alimentar e nutricional sera inclulda entre os temas transversais de que trata o caput. Incluido pela Lei n® 13.666, de 2018) Pi § a ponentes-curriculare: ter-obr rtietter pondoré-de-aprovaga tacional aga aa ‘Undime———{inettrite- peta Meditie Proviséria n* 746,-de 2646) § 10. A incluso de novos componentes curiculares de carter obrigatio na Base Nacional Comum Cunicular dependeré de aprovagao do Conselho Nacional de Educagao e de homologagao pelo Ministro de Estado da Educagao. {Uncluido pela Lei n? 13.415, de 2017) P Ns is Afr resgatarcee ‘eve negra nas dreas socal econdmrce-e polities vertnentes-&-Hislérerdo- Brast Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, publicos e privados, torna-se obrigatério 0 estudo da histéria e cultura afro-brasileira e indigena, _(Rediagao dada pela Lein® 11.645, de 2008). § 1° O contetido programatico a que se refere este artigo incluira diversos aspectos da historia e da cultura que caracterizam a formacao da populacao brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da historia da Africa @ dos africanos, a luta dos negros @ dos povos indigenas no Brasil, a cultura negra e indigena brasileira © o negro e o indio na formagao da sociedade nacional, resgatando as suas contribuigdes nas areas social, econdmica e politica, pertinentes a historia do Brasi (Redagso dada pela Lei’ 11,645, de 2008), § 2° Os contetidos referentes a historia e cultura afro-brasileira e dos povos indigenas brasileiros serao mministrados no mbito de todo o curriculo escolar, em especial nas éreas de educagdo artistica e de literatura histéria brasileiras. (Redagdo dada pela Lei n® 11,645, de 2008), Art, 27, Os contetidos curriculares da educagao basica observardo, ainda, as seguintes diretrizes: | - a difusdo de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidados, de respeito a0, bem comum e a ordem democratica; Il. consideragao das condigdes de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento; IIl- orientago para o trabalho; IV - promogao do desporto educacional e apoio as praticas desportivas nao-formais. Art, 28, Na oferta de educagao basica para a populagao rural, os sistemas de ensino promoverao as adaptagées necessarias & sua adequacao as peculiaridades da vida rural e de cada regido, especialmente: | - contetidos curriculares e metodologias apropriadas as reais necessidades ¢ interesses dos alunos da zona rural; Il - organizagao escolar propria, incluindo adequacao do calendario escolar as fases do ciclo agricola e as condigées climaticas; Ill - adequagao & natureza do trabalho na zona rural Pardgrafo Unico. O fechamento de escolas do campo, indigenas e quilombolas sera precedido de manifestagao do érgHo normative do respective sistema de ensino, que considerard a justiicativa apresentada pela Secretaria de Educagao, a andlise do diagnéstico do impacto da acao e a manifestacao da comunidade escolar. (lncluido pela Lein® 12,960, de 2014) Segao Il Da Educacao Infantil Art. 29. A educagdo infantil, primeira etapa da educagao basica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da crianga de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos fisico, psicolégico, intelectual e social, complementando a ago da familia e da comunidade. _—_(Redago dada pela Lei n° 12.796, de 2013) Art, 30, A educagao infantil serd oferecida em’ | - creches, ou entidades equivalentes, para criangas de alé trés anos de idade; H+ pré-escoias, pare-ac-eriangae de-quatre-e-seis-anoedeidade: Il - pré-escolas, para as criangas de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade. __(Redagao dada pela Lei n? 12.796, de 2013) i r sjetive-de-promogie-mesme-par Art. 31. A educagao infantil sera organizada de acordo com as seguintes regras comuns: (Redacao dada pela Loin? 12,796, de 2013) | - avaliagdo mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das criancas, sem o objetivo de promogo, mesmo para 0 acesso ao ensino fundamental; (Incluido pela Lei n? 12.796, de 2013) II - carga horéria minima anual de 800 (oitocentas) horas, distribulda por um minimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional; _—_(Incluido pela Lei n® 12.796, de 2013) lil - atendimento & crianga de, no minimo, 4 (quatro) horas didrias para 0 tuo parcial e de 7 (sete) horas para a jomada integral; (Incluido pela Lei n® 12,796, de 2013) IV- controle de frequéncia pela instituigao de educagao pré-escolar, exigida a frequéncia minima de 60% (sessenta por cento) do total de horas; —_(Incluido pela Lei n® 12,796, de 2013) V - expedigao de documentagdo que permita atestar os processos de desenvolvimento © aprendizagem da erianga. (Ineluido pela Lei n? 12.796, de 2013) Seco Ill Do Ensino Fundamental Art. 32. © ensino fundamental obrigatério, com duragéo de 9 (nove) anos, gratuito na escola publica, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, tera por objetivo a formagao basica do cidadao, mediante: (Redacao dada pela Loin® 11,274, de 2006) |= 0 desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios basicos 0 pleno dominio da leitura, da escrita e do calculo; Il- a compreensao do ambiente natural e social, do sistema politico, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; lll - © desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisigdo de conhecimentos habilidades ¢ a formagao de atitudes e valores; IV - 0 fortalecimento dos vinculos de familia, dos lagos de solidariedade humana e de tolerdncia reciproca em que se assenta a vida social § 1° E facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos. § 2° Os estabelecimentos que utllizam progressao regular por série podem adotar no ensino fundamental o regime de progressao continuada, sem prejuizo da avaliagao do processo de ensino-aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema de ensino. § 3° 0 ensino fundamental regular sera ministrado em lingua portuguesa, assegurada as comunidades indigenas a utllizagao de suas linguas matemas e processos préprios de aprendizagem. § 4° O ensino fundamental ser presencial, sendo o ensino a distancia utilizado como complementagao da aprendizagem ou em situagdes emergenciais. § 5° O curriculo do ensino fundamental incluia, obrigatoriamente, contetido que trate dos diretos das criangas dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei n® 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto da Crianga e do ‘Adolescente, observada a producao e distribuigao de material didatico adequado, (dncluide pela Lein® 11,525. de 2007), § 6° O estudo sobre os simbolos nacionais sera incluido como tema transversal nos curriculos do ensino fundamental, Incluido pela Lei n® 12.472, de 2011 Art, 33, O ensino religioso, de matricula facultativa, ¢ parte integrante da formagao basica do cidadao e constitui disciplina dos hordrios normais das escolas piblicas de ensino fundamental, assegurado o respeito a diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo, (Redagao dada pela Lei n° 9.475, de 22.7.1997) § 1° Os sistemas de ensino regulamentarao os procedimentos para a definigao dos contetidos do ensino religioso e estabelecerdo as normas para a habilitagao e admissdo dos professores {Incluido pela Lei n? 9.475, do 227.1997) § 2° Os sistemas de ensino ouvirdo entidade civil, constituida pelas diferentes denominagées religiosas, para a definigao dos conteuidos do ensino religioso. (Incluido pela Lei n® 9.475, de 22,7.1997) Art, 34. A jorada escolar no ensino fundamental incluira pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado 0 periodo de permanéncia na escola. § 1° Sdo ressalvados os casos do ensino notumno e das formas alternativas de organizagao autorizadas nesta Let § 2° 0 ensino fundamental seré ministrado progressivamente em tempo integral, a critério dos sistemas de ensino, Segao IV Do Ensino Médio Art, 35, O ensino médio, etapa final da educagao basica, com durago minima de trés anos, teré como finalidades: | - a consolidagao e 0 aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; Il - a preparagao basica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaplar com flexibilidade a novas condigées de ocupagao ou aperfeigoamento posteriores; IIL - 0 aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formagdo ética eo desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento critico; IV - a compreensdo dos fundamentos cientifico-tecnolégicos dos processos produtivas, relacionando a teoria com a pratica, no ensino de cada disciplina, Art. 35-A. A Base Nacional Comum Curricular definiré direitos e objetivos de aprendizagem do ensino médio, conforme diretrizes do Conselho Nacional de Educagao, nas seguintes areas do conhecimento: (Incluido pela Lei n° 13.416, de 2017) linguagens ¢ suas tecnologias; (Incluido pela Lei n? 13.415, de 2017) Il -matematica e suas tecnologias; _(Incluido pela Lei n® 13.415, de 2017) lil ciéncias da naturezae suas tecnologias; _(|noluido pela Lei n® Ay fe 2017) IV- ciéncias humanas e sociais aplicadas. (Incluido pela Lei n® 13.415, de 2017) § 1° A parte diversificada dos curriculos de que trata o caput do art. 26, definida em cada sistema de ensino, deverd estar harmonizada a Base Nacional Comum Curricular e ser arliculada a partir do contexto histérico, econémico, social, ambiental ¢ cultural (Incluido pela Lei n® 13.415, de 2017) § 2° A Base Nacional Comum Curricular referente ao ensino médio incluiré obrigatoriamente estudos e praticas de educagao fisica, arte, sociologia e filosofia, (ncluido pela Lein® 13.415, de 2017) § 3° O ensino da lingua portuguesa @ da matematica seré obrigatério nos trés anos do ensino médio, assegurada as comunidades indigenas, também, a utllizagao das respectivas Inguas maternas. (Incluido pela Lei n® 13.415, de 2017) § 4° Os curriculos do ensino médio incluirao, obrigatoriamente, o estudo da lingua inglesa e poderao ofertar outras linguas estrangeiras, em cardter optativo, preferencialmente o espanhol, de acordo com a disponibilidade de oferta, locais e hordrios definidos pelos sistemas de ensino. _(Incluldo pela Lein® 13.415, de 2017) § 5° A carga hordria destinada ao cumprimento da Base Nacional Comum Curricular no podera ser superior a mil ® oitocentas horas do total da carga horaria do ensino médio, de acordo com a definigao dos sistemas de ensino. (ncluido pela Lein® 13.415, de 2017) § 6° A Unido estabelecera os padrées de desempenho esperados para o ensino médio, que sero referéncia nos processos nacionais de avaliago, a partir da Base Nacional Comum Curricular. (Incluido pela Lei n® 13.415, de 2017) § 7° Os curriculos do ensino médio deverao considerar a formagao integral do aluno, de maneira a adotar um trabalho voltado para a construgao de seu projeto de vida e para sua formago nos aspectos fisicos, cognitivos e socioemocionais. (Incluido pela Lei n® 13.418, de 2017) § 8° Os contetidos, as metodologias e as formas de avaliagao processual e formativa sero organizados nas redes de ensino por meio de atividades tedricas e praticas, provas orais e escritas, seminarios, projetos e atividades on-line, de tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre: _(Incluido pela Lei n® 13.418, de 2017, | - dominio dos principios cientificos e tecnolégicos que presidem a produgdo modema; {(Incluido pela Lei n® 13.418, de 2017) II conhecimento das formas contemporaneas de linguagem. —_{|ncluido pela Lein® 13.415, de 2017) a réo-dispostona Sepaot ek Pi st rete “ ° : 2 g s Pe a Pe coms ir ferattiarao-profiss dordadeey Art. 36. © curriculo do ensino médio sera composto pela Base Nacional Comum Curricular e por itinerarios formativos, que deverdo ser organizados por meio da oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme a relevancia ara o contexto local e a possibilidade dos sistemas de ensino, a saber: _(Redagao dada pela Lein’ 13.415, de 2017) linguagens e suas tecnologias; _(Redaco dada pela Lein® 13.415, de 2017) lil-ciéncias da natureza e suas tecnologias; —_{Redacao dada pola Lei n° 13,415, de 2017) IV- ciéncias humanas e sociais aplicadas; _ (Redago dada pela Lein® 13.415, de 2017) a er at ek \V- formagao técnica e profissional {Incluido pela Lei n® 13.415, de 2017) § 12 A organizago das areas de que trata o caput © das respectivas competéncias e habilidades sera feita de acordo com critérios estabelecidos em cada sistema de ensino. (Redagao dada pela Lei n® 13.415, de 2017) (revogado); __(Redaco dada pela Loi n* 13.415, de 2017, it conheements cas formas: conlemporanaas-ce tinguager Il (tevogadoy (Redacdo dada pela Lein? 13.415. de 2017) Il frevogade’: i z to _poderé-preparée- deproteee \seniens——(Riesulamento}—fResuiamente}—{Regulamentoy(Revogado pela Lein® 11.741, de 2008) — io terbo-ea get ehabilterdo-ae prosses opr . ne on ¥ rdo-comertérios-estaby § 3° A critério dos sistemas de ensino, poder ser composto itinerdrio formativo integrado, que se traduz na composi¢ao de componentes curriculares da Base Nacional Comum Curricular - BNCC e dos itinerdrios formativos, considerando os incisos | a V do caput. (Redagao dada pela Lei n® 13.415, de 2017) Prop peracéi Ses esp educate profesional (Revogado pela Lei n® 11.741, de 2008) § fe ‘ensino-médio-deverdo-considerar-a-formagiie-integrat-do-atimor-de red petorht dueaga 2 Z46-de-2046) § 5° Os sistemas de ensino, mediante disponibilidade de vagas na rede, possibiltaréo ao aluno concluinte do ensino médio cursar mais um itinerario formative de que trata o caput, (Incluido pela Lein® 13.415, de 2017) +s pr rr aoe Ps < roe hore tédio,-de-acorde-com-2-defini¢&o-des-sistemas-de-ensi fincluide peta Medide Proviscrian" 746-de- 2646} § 6 A critério dos sistemas de ensino, a oferta de formagao com énfase técnica e profissional considerard: {uncluido pela Lein® 13,415, de 2017), | - a incluso de vivéncias praticas de trabalho no setor produtivo ou em ambientes de simulacao, estabelecendo parcerias e fazendo uso, quando aplicavel, de instrumentos estabelecidos pela legislacdo sobre aprendizagem profissional; {Incluido pela Lei n? 13.415, de 2017) Ila possibilidade de concessao de certificados intermediarios de qualficagao para o trabalho, quando a formago for estruturada e organizada em etapas com terminalidade, incluido pela Lei n° 13,415, de 2017) . 4 pit-de-ert-26, : . parte 7 § 7° A oferta de formagées experimentais relacionadas ao inciso V do caput, em areas que no constem do Catalogo Nacional dos Cursos Técnicos, dependera, para sua continuidade, do reconhecimento pelo respectivo Conselho Estadual de Educacao, no prazo de trés anos, e da insergdo no Catalogo Nacional dos Cursos Técnicos, no prazo de cinco anos, contados da data de oferta inicial da formagao. {lncluido pela Lei n? 13.415, de 2017, 5 Jcthon-te-ensina-mé to—cbriqatoriamenter singin inglona-¢-poderio oferta oferta peloe-sistemas deer § 8° A oferta de formagao técnica e profissional a que se refere o inciso V do caput, realizada na propria instituigao ‘ou em parceria com outras instituigbes, devera ser aprovada previamente pelo Conselho Estadual de Educagio, homologada pelo Secretario Estadual de Educagao e certiicada pelos sistemas de ensino. (incluido pela Lei n? 13.418, de 2017) porte ig é nsine-médte: fineluide pele Medide Provisérian® 746-de-2046} § 9° As instituicSes de ensino emitirdo certificado com validade nacional, que habilitara o concluinte do ensino médio ao prosseguimento dos estudos em nivel superior ou em outros cursos ou formagées para os quais a conclusio do ensino médio seja etapa obrigatsria, {Ineluido pela Lein® 13,445, de 2017) 5 tet ‘ rerrente a it te tt % apt: § 10. Além das formas de organizacao previstas no art. 23, 0 ensino médio poderd ser organizado em médulos © adotar o sistema de créditos com terminalidade especifica, _(Incluido pela Lei n? 13.415, de 2017) ¢ 7 Boe caput onsideraré: ———{inelvide pele Medide Provisérie- nt 746,-de 2046) § 11. Para efeito de cumprimento das exigéncias curriculares do ensino médio, os sistemas de ensino poderao reconhecer competéncias e firmar convénios com instituides de educago a distancia com notério reconhecimento, mediante as seguintes formas de comprovagao: _(Incluido pela Lein® 13.415, de 2017} demonstracéo pratica; (Incluido pela Lei n® 13.415, de 2017) Heep fe-de-concessito-de-certificados intermeditioe-de-quattieapie para-etrabathe- foes r erretap: “oy - oo 5 : Il - experiéncia de trabalho supervisionado ou outra experiéncia adquirida fora do ambiente escolar; (Inoluido pela Lei n? 13.415, de 2017) lil - atividades de educagao técnica oferecidas em outras instituigdes de ensino credenciadas; ({ncluido pela Lein® 13.415, de 2017) IV-- cursos oferecidos por centros ou programas ocupacionais; ((ncluido pela Lei n® 13.415, de 2017) \V- estudos realizados em instituigdes de ensino nacionais ou estrangeiras; (Inoluido pela Lei n® 13.415, de 2017) VI_- cursos realizados por meio de educagéo a disténcia ou educagéo presencial mediada por tecnologias. (Incluido pela Lei n® 13,415, de 2017) tados-de-data-de-oferta § 12. As escolas deverdo orientar os alunos no processo de escolha das dreas de conhecimento ou de atuago profissional previstas no caput, (lncluido pela Lein’® 13.415, de 2017) Segdo IV-A Da Educagao Profissional Técnica de Nivel Médio (Incluido pela Lei n® 11,741, de 2008) Art. 36-A. Sem prejulzo do disposto na Sego IV deste Capitulo, o ensino médio, atendida a formagao geral do educando, poderd preparé-lo para 0 exercicio de profissées técnicas, (lncluido pela Lei n® 11,741, de 2008) Pardgrafo Unico. A preparacéo geral para o trabalho e, facultativamente, a habilitag&o profissional poderao ser desenvolvidas nos proprios estabelecimentos de ensino médio ou em cooperagao com instituicoes especializadas em educagdo profissional (lncluido pela Lei n® 11.741, de 2008) Art. 36-8. A educagso profissional técnica de nivel médio sera desenvolvida nas seguintes formas: (dncluido pela Lei n® 11.741, de 2008) fculada com 0 ensino médio: (Incluido pela Lei n® 11.741, de 2008) Il - subseqiente, em cursos destinados a quem jé tenha concluido o ensino médio. (Incluido pela Lei n® 11,741, de 2008) Paragrafo tinico, A educagao profissional técnica de nivel médio devera observar: {lncluido pela Lei n® 11,741, de 2008) | - 08 objetivos e definigdes contidos nas diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educagao; (Incluido pela Lei n® 11.741, de 2008) Il -as normas complementares dos respectivos sistemas de ensino; (ncluido pela Lei n® 11,741, de 2008) lll as exigéncias de cada instituigdo de ensino, nos termos de seu projeto pedagégico, (Incluido pela Lei 1° 11,741, de 2008) Art. 36-C, A educagao profissional técnica de nivel médio articulada, prevista no inciso | do caput do art. 36-B desta Lei, sera desenvolvida de forma: —_(|ncluldo pela Lei n® 11.741, de 2008) integrada, oferecida somente a quem jé tenha concluldo 0 ensino fundamental, sendo o curso planejado de modo a conduzir 0 aluno & habilitago profissional técnica de nivel médio, na mesma instituigao de ensino, efetuando- se matricula unica para cada aluno; —_(Incluido pela Lein® 11.741, de 2008) II concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino médio ou jé o esteja cursando, efetuando-se matriculas, distintas para cada curso, e podendo ocorrer. _Incluido pela Lei n® 11,741, de 2008) a) na mesma instituigao de ensino, aproveitando-se as oportunidades educacionais disponiveis; _(Incluiio pela Lei n® 11,741, de 2008) b) em instituiges de ensino distintas, aproveitando-se as oportunidades educacionals disponiveis; (incluido pela Lein® 11.741. de 2008) c) om instituigSes de ensino distintas, mediante convénios de intercomplementaridade, visando ao planejamento e ao desenvolvimento de projeto pedagégico unificado. _(ncluldo pela Lein® 11,741, de 2008) Art. 36-D. Os diplomas de cursos de educagao profissional técnica de nivel médio, quando registrados, terao validade nacional e habiltardo a0 prosseguimento de estudos na educagdo superior. (Incluldo pela Lein® 11.741, de2008), Pardgrafo tinico. Os cursos de educagao profissional técnica de nivel médio, nas formas articulada concomitante e subseqtiente, quando estruturados e organizados em etapas com terminalidade, possibilitarao a ‘obtencao de cerlificados de qualificagao para o trabalho apés a conclusdo, com aproveitamento, de cada etapa que caracterize uma qualificagao para o trabalho. _—_(ncluido pela Lein® 11,741, de 2008) SecéoV Da Educagao de Jovens e Adultos Art -fredueapie-de-jovens-e-aduites-serd-destinadetquetes-qe-née-tiveramneesse-ot-eontinticiade te eatudes-ne-ensine-fundamentate médie-ne-idade propria: At. 37, A educagio de jovens ¢ adultos seré destinada aqueles que ndo tiveram acesso ou continuidade de estudos nos ensinos fundamental e médio na idade prépria e consiitura instrumento para a educagdo e a aprendizagem ao longo da vida (Redacdo dada pola Loi n® 13.632, de 2018) § 1° Os sistemas de ensino assegurardo gratuitamente aos jovens e aos adultos, que ndo puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as caracteristicas do alunado, seus interesses, condigdes de vida e de trabalho, mediante cursos e exames, § 2° 0 Poder Publico viabilizaré e estimulard 0 acesso e a permanéncia do trabalhador na escola, mediante ages integradas e complementares entre si § 3° A educagao de jovens e adultos devera articular-se, preferencialmente, com a educagao profissional, na forma do regulamento. _(Incluido pela Lei n? 11.741, de 2008) Art. 38, Os sistemas de ensino manterdo cursos @ exames supletivos, que compreenderao a base nacional comum do curriculo, habilitando ao prosseguimento de estudos em cardter regular. § 1° Os exames a que se refere este artigo realizar-se-do: no nivel de conclusao do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos; I= no nivel de conclusao do ensino médio, para os maiores de dezoito anos. § 2° Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais seréo aferidos © reconhecidos mediante exames. CAPITULO Ill BAEBUCAGAG PROFISSIONAL Da Educagio Profissional e Tecnolégica (Redagdo dada pela Lei n° 11,741, de 2008) tr remrgerat: Art. 39. A educagao profissional e tecnol6gica, no cumprimento dos objetivos da educagao nacional, integra-se aos diferentes niveis e modalidades de educagao e as dimensées do trabalho, da cléncia e da tecnologia (Redacao dada pela Lein’® 11,741. de 2008) § 1° Os cursos de educagao profissional e tecnolégica poderdo ser organizados por eixos tecnolégicos, possibilitando a construgao de diferentes itinerdrios formativos, observadas as normas do respectivo sistema e nivel deensino. _(Incluido pela Lei n® 11.741, de 2008) § 2° A educagao profissional e tecnolégica abrangerd os seguintes cursos: _(Incluido pela Lei n® 11,741, de 2008), | - de formagaéo inicial e continuada ou quaiificagao profissional; _(Incluido pela Lei n® 11.741, de 2008) II - de educagao profissional técnica de nivel médio; _(Incluido pela Lei n® 11.741, de 2008) Ill — de educagao profissional tecnolégica de graduacdo e pés-graduagao. (Incluido pela Lei n® 11,741, de 2008) § 3° Os cursos de educagao profissional tecnolégica de graduagao e pés-graduacao organizar-se-4o, no que conceme a objetivos, caracteristicas e duracdo, de acordo com as diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educagéo. (Incluido pela Lei n® 11.741, de 2008) Art. 40. A educago profissional seré desenvolvida em articulago com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educagdo continuada, em instituiges especializadas ou no ambiente de trabalho. (Regulamento)(Regulamento) —_(Regulamento) Bo-teeonh rtifleagde-pare-prossegt S et {Regulamente} —{Requlamento} st -Os-dipi ae-pr st tera validede nacional: Art. 41. © conhecimento adquirido na educagao profissional e tecnolégica, inclusive no trabalho, podera ser objeto de avaliago, reconhecimento e certiicagao para prosseguimento ou conclusdo de estudos. (Redacao dada pela Lei n? 11.741, de 2008) téenieae—e-profiesionaie,aiém dos-seus-cureos_reguiares: escoiatidade—{Reguiamente} —{Regulamento} oferecer e-eepecisis; Art. 42. As instituigdes de educagao profissional e tecnolégica, além dos seus cursos regulares, oferecerao cursos especiais, abertos & comunidade, condicionada a mairicula capacidade de aproveitamento e nao necessariamente ao nivel de escolaridade, (Recaro dada nala Loin® 11,741, de 2008) capiTULO WV DA EDUCAGAO SUPERIOR Art. 43. A educagao superior tem por finalidade: | - estimular a criagao cultural e o desenvolvimento do espirito cientifico e do pensamento reflexivo; Il - formar diplomados nas diferentes areas de conhecimento, aptos para a insergdo em setores profissionais Para a participagao no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formacao continua; lil - incentivar o trabalho de pesquisa e investigagao cientifica, visando o desenvolvimento da ciéncia ¢ da tecnologia e da criagdo e difusdo da cullura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive; IV - promover a divulgagéio de conhecimentos culturais, cientificos e técnicos que constituem patriménio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicagdes ou de outras formas de comunicaga \V - suscitar 0 desejo permanente de aperfeigoamento cultural e profissional ¢ possibilitar a correspondente coneretizagao, integrando os conhecimentos que vao sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geragao; VI - estimular © conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar servigos especializados & comunidade e estabelecer com esta uma relagdo de reciprocidade; VII - promover a extens4o, aberta A participagao da populacdo, visando a difusdo das conquistas e beneficios resultantes da criagao cultural e da pesquisa cientifica e tecnoldgica geradas na instituigao. VIII - atuar em favor da universalizagao e do aprimoramento da educagéo basica, mediante a formagéo e a capacitagao de profissionais, a realizagao de pesquisas pedagdgicas e o desenvolvimento de atividades de extensdo que aproximem os dois niveis escolares. _(Incluido pela Lei n® 13.174, de 2015) Art. 44, A educagao superior abrangera os seguintes cursos e programas: —_(Regulamento) | = cursos seqiienciais por campo de saber, de diferentes niveis de abrangéncia, abertos a candidatos que atendam aos requisilos estabelecidos pelas instituicoes de ensino, desde que tenham concluido o ensino médio ou equivalente; (Redacao dada pela Lein® 11,632, de 2007), Il - de graduag&o, abertos a candidatos que tenham concluido o ensino médio ou equivalente e tenham sido Clasificados em proceso seletivo; Ill - de pés-graduagao, compreendendo programas de mestrado e doutorado, cursos de especializacao, aperfeigoamento e outros, abertos a candidatos diplomados em cursos de graduagao e que atendam as exigéncias das instituig6es de ensino; IV - de extensao, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituigdes de ensino. § 1° O resultado do processo seletivo referido no inciso Il do caput deste artigo sera tomado pubblico pela instituigaéo de ensino superior, sendo obrigatérios a divulgacdo da relagdo nominal dos clasificados, a respectiva ‘ordem de classificagao e 0 cronograma das chamadas para matricula, de acordo com os ritérios para preenchimento das vagas constantes do edital, assegurado o direilo do candidato, classificado ou ndo, a ter acesso a suas notas ou indicadores de desempenho em provas, exames e demais atividades da selecdo e a sua posigao na ordem de Classificacao de todos os candidatos. (Redacdo dada pela Lei n° 13.826, de 2019) § 2° No caso de empate no processo seletivo, as instituigdes publicas de ensino superior dardo prioridade de matricula a0 candidato que comprove ter renda familiar inferior a dez salérios minimos, ou ao de menor renda familiar, quando mais de um candidato preencher o critério inicial (ncluido pela Lei n® 13.184, de 2015) § p sehetivereter apt é ramente-as—competéncias as Ps P Ne beer Pe aut me de-2046) § 3° 0 processo seletivo referido no inciso II considerar as competéncias e as habilidades definidas na Base Nacional Comum Curricular, (Incluido pela lei n? 43,415, de 2017) Art. 45. A educagao superior seré ministrada em instituigées de ensino superior, pUblicas ou privadas, com variados graus de abrangéncia ou especializagao. (Regulamento) —_(Regulamento) Art, 46, A autorizagao e o reconhecimento de cursos, bem como o credenciamento de instituigdes de educagao superior, tero prazos limitados, sendo renovados, periodicamente, apés processo regular de avaliagao. (Regulamento) (Regulamento)' (Vide Lei n® 10.870, de 2004) § 1° Apés um prazo para saneamento de deficiéncias eventualmente identificadas pela avaliagdo a que se refere este artigo, havera reavaliagao, que podera resultar, conforme o caso, em desativagao de cursos ¢ habilitacdes, em intervengao na instituigio, em suspensao tempordria de prerrogativas da autonomia, ou em. descredenciamento. (Regulamento) —_(Regulamento) (Vide Lei n® 10.870, de 2004) § 2° No caso de instituigéo publica, o Poder Executivo responsavel por sua manutengo acompanhara 0 processo de saneamentto e fornecera recursos adicionais, se necessarios, para a superacao das deficiéncias. § 3° No caso de instituigao privada, além das sangdes previstas no § 12 deste artigo, o proceso de reavaliagao poderd resultar em redugao de vagas autorizadas © em suspenséo temporaria de novos ingressos @ de oferta de cursos. {Incluido pela Lei n? 13.530, de 2017 § 4° E facultado ao Ministério da Educacao, mediante procedimento especifico e com aquiescéncia da instituigao de ensino, com vistas a resguardar os interesses dos estudantes, comutar as penalidades previstas nos §§ 1° ¢ 3° deste arligo por outras medidas, desde que adequadas para superagao das doficiéncias e irregularidades constatadas. (Incluido pela Lei n® 13,530, de 2017) § 5° Para fins de regulacao, os Estados ¢ 0 Distrito Federal deverdo adotar os critérios definidos pela Unido para autorizagao de funcionamento de curso de graduagéo em Medicina. (Incluido pela Lei n® 13.530, de 2017) Art, 47. Na educagao superior, 0 ano letivo regular, independente do ano civil, tem, no minimo, duzentos dias de trabalho académico efetivo, exclufdo o tempo reservado aos exames finals, quando houver. demaiecomponrentes lores, sue duragso—requistos,qualitearia-dos-professores, ponivese arlanos de nval none oocgnnan-aen-mimpar ne sepaciine-ronnipaas: § 12 As inslituigdes informarao aos interessados, antes de cada periodo letivo, os programas dos cursos e demais componentes curriculares, sua duragdo, requisitos, qualificagao dos professores, recursos disponiveis e critérios de avaliagao, obrigando-se a cumprir as respectivas condigées, e a publicagao deve ser feita, sendo as 3 (trés) primeiras formas concomitantemente: (Redagio dada pela lein® 13.168, de 2015) | - em pagina especifica na intemet no sitio eletrénico oficial da instituigéo de ensino superior, obedecido 0 seguinte: _(Incluido pela lei n° 13.168, de 2015) a) toda publicagao a que se refere esta Lei deve ter como titulo "Grade e Corpo Docente’ (Unclufda pela tel n° 13.168, de 2015), b) a pagina principal da instituigéo de ensino superior, bem como a pagina da oferta de seus cursos aos ingressantes sob a forma de vestibulares, processo seletivo © outras com a mesma finalidade, deve conter a ligagao, desta com a pagina especifica prevista neste inciso; _{Incluida pola Jein® 13,168, de 2015) ) caso a instituigao de ensino superior néo possua sitio eletrénico, deve criar pagina especifica para divulgagao das informagées de que trata esta Lei; {lncluida pela jein® 13,168, de 2015) 4) a pagina espectfica deve conter a data completa de sua tilima atualizagao; _—_(Incluida pela lei n® 13.168, de 2015) Il. em toda propaganda eletrénica da instituigao de ensino superior, por melo de ligagao para a pagina referida no inciso |; {Incluido pela let n° 13,168, de 2015) lil -em local visivel da instituigéio de ensino superior e de fa de 2015) ycesso ao piiblico; _Incluido pela lei n® 13.168, IV - deve ser atualizada semestralmente ou anualmente, de acordo com a duragao das disciplinas de cada curso oferecido, observando o seguinte: (Incluido peta lei n® 13.168, de 2015) a) caso 0 curso mantenha disci pela lei n? 13.168, de 2015) nas com duragdo diferenciada, a publicagéo deve ser semestral; (nctui ) a publicagéio deve ser feita até 1 (um) més antes do inicio das aulas; _(Incluida pola lei n® 13.168, de 2015) ¢) caso haja mudanga na grade do curso ou no corpo docente até o inicio das aulas, os alunos devem ser comunicados sobre as alteragdes; —_(Incluida pela lein® 13.168, de 2015) V- deve conter as seguintes informagées: (Unclufdo pela lei n® 13.168, de 2015) a) a lista de todos os cursos oferecidos pela instituigao de ensino superior; (Incluida pola loinn® 13,168, de 2015) ») a lista das disciplinas que compéem a grade curricular de cada curso @ as respectivas cargas horarias; (Unclufda pela lei n® 13.168, de 2015) ©) a identificagao dos docentes que ministrarao as aulas em cada curso, as disciplinas que efetivamente ministrara naquele curso ou cursos, sua titulago, abrangendo a qualificagao profissional do docente e o tempo de casa do docente, de forma total, continua ou intermitente. _(ncluida pela lei n® 13.168, de 2015) § 2° Os alunos que tenham extraordinario aproveitamento nos estudos, demonstrado por meio de provas e outros instrumentos de avaliago especificos, aplicados por banca examinadora especial, poderdo ter abreviada a duragao dos seus cursos, de acordo com as normas dos sistemas de ensino. § 3° E obrigatoria a freqéncia de alunos e professores, salvo nos programas de educagao a distancia. § 4° As instituiges de educagao superior oferecerao, no periodo notumo, cursos de graduagao nos mesmos padres de qualidade mantidos no perlodo diumo, sendo obrigatéria a oferta noturna nas instiluigdes publicas, garantida a necosséria proviso orgamentaria, Art. 48. Os diplomas de cursos superiores reconhecidos, quando registrados, terdo validade nacional como prova da formagao recebida por seu titular. § 1° Os diplomas expedidos pelas universidades serao por elas préprias registrados, e aqueles conferidos por instituigdes nao-universitarias serao registrados em universidades indicadas pelo Conselho Nacional de Educagao. § 2° Os diplomas de graduagao expedidos por universidades estrangeiras serdo revalidados por universidades piblicas que tenham curso do mesmo nivel e area ou equivalente, respeitando-se os acordos interacionais de Feciprocidade ou equiparagao. § 3° Os diplomas de Mestrado @ de Doutorado expedides por universidades estrangeiras s6 poderdo ser reconhecidos por universidades que possuam cursos de pés-graduagao reconhecidos e avaliados, na mesma area de conhecimento e em nivel equivalente ou superior. Art, 49, As instituigdes de educagao superior aceitarao a transferéncia de alunos regulares, para cursos afins, na hipétese de existéncia de vagas, e mediante processo seletivo. Paragrafo tinico. As transferéncias ex officio dar-se-o na forma da lei, (Regulamento) Art, 50, As instituigdes de educagao superior, quando da ocorréncia de vagas, abrirdo matricula nas disciplinas de seus cursos a alunos no regulares que demonstrarem capacidade de cursé-las com proveito, mediante proceso seletivo prévio, Art. 51. As instituigdes de educagao superior credencladas como universidades, ao deliberar sobre critérios e normas de selegao e admissao de estudantes, levardo em conta os efeitos desses critérios sobre a orientagao do ensino médio, arliculando-se com os érgaos normativos dos sistemas de ensino. Art, 52. As universidades sao instituigdes pluridisciplinares de formagao dos quadros profissionais de nivel superior, de pesquisa, de extenséo e de dominio e cultivo do saber humano, que se caracterizam por: {Requiamento) — (Regulamento) | = produgdo intelectual institucionalizada mediante o estudo sistemético dos temas @ problemas mais relevantes, tanto do ponto de vista cientifico e cultural, quanto regional e nacional; Il- um tergo do corpo docente, pelo menos, com titulagao académica de mestrado ou doutorado; IIl-um tergo do corpo docente em regime de tempo integral Parégrafo Unico. E facultada a criagdo de universidades especializadas por campo do saber. (Regulamento) — (Regulamento) Art. 53. No exercicio de sua autonomia, so asseguradas as universidades, sem prejulzo de outras, as seguintes atribuigées: | - criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educacdo superior previstos nesta Lei, ‘obedecendo as normas gerais da Uniao , quando for 0 caso, do respectivo sistema de ensino; (Regulamento) Il fixar 08 curriculos dos seus cursos e programas, observadas as diretrizes gerais pertinentes; Ill - estabelecer planos, programas e projetos de pesquisa cientifica, produgdo artistica e atividades de IV - fixar o ndmero de vagas de acordo com a capacidade institucional e as exigéncias do seu meio; \V- elaborar e reformar os seus estatutos e regimentos em consondncia com as normas gerais atinentes; VI- conferir graus, diplomas e outros titulos; VII -firmar contratos, acordos convénios; VIII - aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos referentes a obras, servigos & aquisigdes em geral, bem como administrar rendimentos conforme dispositivos institucionais; IX - administrar os rendimentos e deles dispor na forma prevista no ato de constituigao, nas leis e nos respectivos estatutos; X - receber subvengées, doagées, herancas, legados e cooperagdo financeira resultante de convénios com entidades piblicas e privadas. or re-9 roid : 6 ie programagdo-das-pesquivas-e cas atvidades de extersie: rcontratagtoredrepenserde professores: i planos-de-earreire-docente: § 1° Para garantir a autonomia didético-cientifica das universidades, caberd aos sous colegiados de ensino © pesquisa decidir, dentro dos recursos orgamentarios disponiveis, sobre: (Redacao dada pela Lei n® 13.490, de 2017) - ctiago, expansio, modificagao e extingo de cursos; (Redacdo dada pela Lein? 13.490, de 2017) II ampliagao e diminuigao de vagas; (Redaeao dada pela Lei n® 13.490, de 2017) IIl- elaboragéo da programagao dos cursos; (Redagdo dada pala Lein?® 13,490, de 2017) IV - programago das pesquisas e das atividades de extensd 2017) (RedacSo dada pela Lei n° 13,490, de V - contratagao e dispensa de professores; {Redacdo dada pela Lei n° 13,490, de 2017) VI - planos de carreira docente (Redacao dada pela Lei n® 13.490, de 2017 § 2° As doagées, inclusive monetérias, podem ser ditigidas a setores ou projetos especificos, conforme acordo entre doadores e universidades. (Incluido pela Lei n® 13.490, de 2017) § 3° No caso das universidades piblicas, os recursos das doagdes devem ser dirigidos ao caixa tinico da instituigdo, com destinagao garantida as unidades a serem beneficiadas. (lncluido pela Lei n® 13.490, de 2017) Art. 54. As universidades mantidas pelo Poder Publico gozarao, na forma da lei, de estatuto juridico especial para atender as peculiaridades de sua estrutura, organizago e financiamento pelo Poder Pablico, assim como dos seus planos de carreira e do regime juridico do seu pessoal. (Regulamento) —_(Regulamento) § 1° No exercicio da sua autonomia, além das atribuigdes asseguradas pelo artigo anterior, as universidades Pliblicas poderdo: | - propor 0 seu quadro de pessoal docente, técnico e administrativo, assim como um plano de cargos e salérios, atendidas as normas gerais pertinentes e os recursos disponiveis; Il elaborar o regulamento de seu pessoal em conformidade com as normas gerais concementes; lil - aprovar e executar planos, programas @ projetos de investimentos referentes a obras, servigos © aquisices em geral, de acordo com os recursos alocados pelo respectivo Poder mantenedor; IV - elaborar seus orgamentos anuais e plurianuais; \V-- adotar regime financeiro e contabil que atenda as suas peculiaridades de organizagao e funcionamento; VI- realizar operacées de crédito ou de financiamento, com aprovago do Poder competente, para aquisigao de bens iméveis, instalagdes e equipamentos; Vil - efetuar transferéncias, quitagdes © tomar outras providéncias de ordem orcamentaria, financeira & patrimonial necessdrias ao seu bom desempenho, § 2° Atribuigées de autonomia universitaria poderdo ser estendidas a instituiges que comprovem alta qualificagao para o ensino ou para a pesquisa, com base em avaliagao realizada pelo Poder Publico. Art, 55. Caberé a Unido assegurar, anualmente, em seu Orcamento Geral, recursos suficientes para manutengo e desenvolvimento das instituiges de educago superior por ela mantidas. Art. 56. As instituigdes puiblicas de educagao superior obedeceréo ao principio da gestéo democratica, assegurada a existéncia de érgdos colegiados deliberatives, de que participardo os segmentos da comunidade institucional, local e regional. Pardgrafo Unico. Em qualquer caso, os docentes ocuparao setenta por cento dos assentos em cada érgao colegiado e comissao, inclusive nos que tratarem da elaboragao e modificagdes estatutarias e regimentais, bem como da escolha de dirigentes. Art. 57. Nas instituigdes puiblicas de educagao superior, o professor ficara obrigado ao minimo de oito horas, semanais de aulas. _ (Regulamento) CAPITULO V DA EDUCAGAO ESPECIAL redereguierde pare edueandes-portaderes-d peek cferecide preferenciaim Art. 58. Entende-se por educagao especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educagao escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiéncia, transtomos globais do desenvolvimento & altas habilidades ou superdotagao, {Bedacdo dada pela Lei n° 12,796 de 2013) § 1° Haver, quando necessario, servigos de apoio especializado, na escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de educagao especial. § 2° atendimento educacional sera feito em classes, escolas ou servigos especializados, sempre que, em fungao das condigées especificas dos alunos, nao for possivel a sua integragao nas classes comuns de ensino regular. peciat-dever-eot do-Estad rie dezete-e §3° A oferta de educagio especial, nos termos do caput deste artigo, tem inicio na educagao infantil e estende-se a0 longo da vida, observados o inciso Ill do art, 4° e 0 paragrafo tinico do art, 60 desta Lei, (Redagao dada pela Lei n® 13,632, de 2018) Art, 59. Os sistemas de ensino asseguraréo aos educandos com deficiéncia, transtomos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotacdo: —_(Redago dada pela Lei n® 12.796, de 2013) | - curriculos, métodos, técnicas, recursos educativos e organizagao especificos, para atender as suas necessidades; Il - terminalidade especifica para aqueles que nao puderem atingir o nivel exigido para a conclusao do ensino fundamental, em virtude de suas deficiéncias, e aceleragao para concluir em menor tempo o programa escolar para ‘08 superdotados; Ill - professores com especializagao adequada em nivel médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integragao desses educandos nas classes comuns; IV - educagao especial para o trabalho, visando a sua efetiva integracao na vida em sociedade, inclusive condigdes adequadas para os que nao revelarem capacidade de insergéo no trabalho competitive, mediante articulagao com os érgaos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas areas, artistica, intelectual ou psicomotora;, V - acesso igualitario aos beneficios dos programas sociais suplementares disponiveis para 0 respectivo nivel do ensino regular. Art. 59-8. _O poder puiblico deverd instituir cadastro nacional de alunos com altas habilidades ou superdotagao matriculados na éducagao basica e na educagao superior, a fim de fomentar a execugdo de polticas publicas destinadas, a0 desenvolvimento pleno das potencialidades desse alunado, —_Incluido pela Lein® 13,234, de 2015) Pardgrafo Unico. A identificagéo precoce de alunos com altas habilidades ou superdotagdo, os critérios & procedimentos para inclusao no cadastro referido no caput deste artigo, as entidades responsaveis pelo cadastramento, ‘08 mecanismos de acesso aos dados do cadastro e as politicas de desenvolvimento das potencialidades do alunado de que trata o caput serdo definidos em regulamento. Art, 60, Os érgaos normativos dos sistemas de ensino estabelecerdio critérios de caracterizacao das instituigses privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuagdo exclusiva em educagdo especial, para fins de apoio técnico ¢ financeiro pelo Poder Publico. Pagrato-t adoterd,—come-aiternativapreferencial—a-ampliag tendimento-aes a Pee rSpr P a inde Pe Paragrafo unico. © poder pablico adotaré, como altemativa preferencial, a ampliagao do atendimento aos educandos com deficiéncia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habllidades ou superdotagéo na prépria rede publica regular de ensino, independentemente do apoio as instituig6es previstas neste artigo. (Bedacdo dada pola Lei n® 12,796, de 2013) CAPITULO V-A, (Incluido pela Lei n? 14.191, de 2021 DA EDUCAGAO BILINGUE DE SURDOS Art, 60-A. Entende-se por educacdo bilingue de surdos, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educago escolar oferecida em Lingua Brasileira de Sinais (Libras), como primeira lingua, e em portugués escrito, como segunda lingua, em escolas bilingues de surdos, classes bilingues de surdos, escolas comuns ou em polos de educacdo bilingue de surdos, para educandos surdos, surdo-cegos, com deficiéncia auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdotacao ou com outras deficiéncias associadas, optantes pela modalidade de educacao bilingue de surdos. — (Incluido pela Lein® 14.191, de 2021 § 1° Havera, quando necessario, servigos de apoio educacional especializado, como o atendimento educacional especializado bilingue, para atender as especificidades lingulsticas dos estudantes surdos. (Incl pela Lein® 14,191. de 2021 § 2° A oferta de educagdo bilingue de surdos tera inicio ao zero ano, na educago infantil, e se estenderd ao longo da vida. (Incluido pela Lei n® 14.191, de 2021) § 3° O disposto no caput deste artigo serd efetivado sem prejuizo das prerrogativas de matricula em escolas e classes regulares, de acordo com o que decidir o estudante ou, no que couber, seus pais ou responsaveis, e das garantias previstas na Lei n° 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiéncia), que incluem, para ‘98 surdos oralizados, o acesso a tecnologias assistivas. (Incluido pela Lein® 14.191, de 2021 ‘Art, 60-B. Além do disposto no art. 59 desta Lei, os sistemas de ensino assegurarao aos educandos surdos, surdo-cegos, com deficiéncia auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdotagao ou com outras deficiéncias associadas materials didaticos e professores bilingues com formagao e especializacao adequadas, em nivel superior. (Incluido pela Lein® 14.191, de 2021 Paragrafo unico. Nos processos de contratacao e de avaliagdo periédica dos professores a que se refere 0 caput deste artigo serao ouvidas as enlidades representativas das pessoas surdas. _(Incluldo pela Lei n® 14.191, de 2021) TITULO VI Dos Profissionais da Educagao fe racteristicns—de- se —do—deser eduieande- fundementes: —{Resuiamente) Art, 61, Consideram-se profissionais da educagao escolar basica os que, nela estando em efetivo exercicio © tendo sido formados em cursos reconhecidos, so: (Redagao dada pela Lei n? 12.014, de 2009) t-s-essociagae-entre-teorias-e priticas; inckisive- mediante-e-capacitapse-em-servico: | — professores habilitados em nivel médio ou superior para a docéncia na educacao infantil e nos ensinos fundamental e médio; (Redacdo dada pela Lein® 12.014, de 2009) pr nt rmagao-e-experié rior instituigdes-de-ens ide Il — trabalhadores em educagao portadores de diploma de pedagogia, com habilitagéo em administragao, planejamento, supervisdo, inspegdo e orientagao educacional, bem como com titulos de mestrade ou doutorado nas mesmas dreas; _ (Redago dada pola Loin’ 12,014, de 2009) lil - trabalhadores em educago, portadores de diploma de curso técnico ou superior em area pedagégica ou afim, —_(Inclufdo pela Lein® 12,014, de 2009) sreae-afine-d-eure-formacie-para-atender-e-diepest ~ saput-de-ar ho Provisérien 746-de-2046) IV- profissionais com notério saber reconhecido pelos respectivos sistemas de ensino, para ministrar contetidos de reas afins sua formacdo ou experiéncia profissional, atestados por titulagao especifica ou pratica de ensino em nidades educacionais da rede publica ou privada ou das corporagées privadas em que tenham atuado, exclusivamente para atender ao inciso V do caput do art. 36; (Incluido pela lei n* 13.415, de 2017) V - profissionais graduados que tenham feito complementagao pedagégica, conforme disposto pelo Conselho Nacional de Educagao. _(ncluldo pela lei n® 13.415, de 2017) Paragrafo nico, A formagao dos profissionais da educagao, de modo a atender as especificidades do exercicio de suas alividades, bem como aos objelivos das diferentes etapas e modalidades da educagao bésica, tera como fundamentos: _(Incluido pela Lei n® 12,014, de 2009) | —a presenga de sélida formagao basica, que propicie o conhecimento dos fundamentos cientificos e sociais de suas competéncias de trabalho; (lncluido pela Lein? 12.014, de 2009) ll — a associagao entre teorias e praticas, mediante estagios supervisionados e capacitagdo em servico; (lnclufdo pela Lein® 12,014, de 2009) Ill — 0 aproveitamento da formag8o © experiéncias anteriores, em instituigses de ensino e em outras atividades. _(ncluido pela Lein* 12.014, de 2009) a entes-pare-atver-ne-edhcapio-bésicefarsse-s-em-nivel-supetiorem-ctrse-de nie relcio-do-mag scape quatro primeitas-séries-deensine-fondamental oferecida em nivel medic ne-medatidade Nermat—_Regulamenio} Art . pere_atier és fer - toenciatira-de-gradvapso-plonaerr-tniversidades © periores- de-educagao- sormaa e glare ne - - Art. 62. A formagéo de docentes para atuar na educagao basica far-se-4 em nivel superior, em curso de licenciatura plena, admitida, como formagéo minima para 0 exercicio do magistério na educagao infantil e nos cinco primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nivel médio, na modalidade normal (Redagao dada pela lei n? 13.415, de 2017) § 1° A Unido, o Distrito Federal, os Estados e os Municipios, em regime de colaboragao, deverao promover a formagao inicial, a continuada e a capacitagdo dos profissionais de magistério. (Incluido pela Lei n° 12.056, de 2009), § 2° A formagéo continuada e a capacitagao dos profissionais de magistério poderao utilizar recursos & tecnologias de educagao a distancia. _(Incluido pela Lei n® 12.056, de 2009), § 3° A formagao inicial de profissionais de magistério dard preferéncia ao ensino presencial, subsidiariamente fazendo uso de recursos ¢ tecnologias de educagao a distancia, _(Incluldo pela Lei n® 12.056, de 2009), § 4° A Unio, 0 Distrito Federal, os Estados e os Municipios adotardo mecanismos faciltadores de acesso © permanéncia em cursos de formagao de docentes em nivel superior para atuar na educagao basica publica (Incluido pala Lei n® 12.796, de 2013) '§ 5° A Unido, o Distrito Federal, os Estados e os Municipios incentivarao a formagao de profissionais do magistério para aluar na educacao basica publica mediante programa institucional de bolsa de iniciacao a docéncia a estudantes matriculados em cursos de licenciatura, de graduago plena, nas instiluig6es de educagéo superior. (Incluido pela Lei n? 12,796, de 2013) § 6° O Ministério da Educagao podera estabelecer nota minima em exame nacional aplicado aos concluintes do ensino médio como pré-requisito para o ingresso em cursos de graduagdo para formacdo de docentes, ouvido o Conselho Nacional de Educagao - CNE, (Incluido pela Lei n® 12,796, de 2013) §7° (VETADO). Incluido pela Lei n® 12.796, de 2013) ‘agSo—de—decentesterio—por_referéneia—a-Base—Nacional * % f =f * § 8° Os curriculos dos cursos de formacao de docentes terao por referéncia a Base Nacional Comum Curricular, (Incluido pela lein® 13.415, de 2017) (Vide Lei n® 13.415, de 2017) Art, 62-A. A formagao dos profissionais a que se refere o inciso Ill do art. 61 far-se-a por meio de cursos de contetido técnico-pedagégico, em nivel médio ou superior, incluindo habilitagdes tecnolégicas. (Incluido pela Lei n° 12.796, de 2013) Pardgrafo Unico, Garantir-se-d formagéo continuada para os profissionais a que se refere o caput, no local de trabalho ou em instituigSes de educagao basica e superior, incluindo cursos de educagao profissional, cursos superiores de graduago plena ou tecnolégicos e de pés-graduacao. _(nclufdo pela Lein® 12.796, de 2013) Art. 62-B. O acesso de professores das redes piiblicas de educagéo basica a cursos superiores de pedagogia e licenciatura sera efetivado por meio de proceso seletivo diferenciado (Incluido pela Lei n® 13.478, de 2017) § 1° Terao direito de pleitear 0 acesso previsto no caput deste artigo os professores das redes piblicas municipais, estaduais e federal que ingressaram por concurso piblico, tenham pelo menos trés anos de exercicio da Profissao e nao sejam portadores de diploma de graduagao, {(Incluido pela Lei n? 13.478, de 2017) § 2° As instituigdes de ensino responsaveis pela oferta de cursos de pedagogia e outras licenciaturas definirio critérios adicionais de selegao sempre que acorrerem aos certames interessados em niimero superior ao de vagas disponiveis para os respectivos cursos, (Incluido pela Lei n® 13.478, de 2017) § 3° Sem prejuizo dos concursos seletivos a serem definidos em regulamento pelas universidades, terdo prioridade de ingresso os professores que optarem por cursos de licenciatura em matematica, fisica, quimica, biologia e lingua portuguesa. (Incluido pela Lei n? 13.478, de 2017) Art. 63. Os institutos superiores de educagao manterao: (Regulamento) | - cursos formadores de profissionais para a educagao basica, inclusive o curso normal superior, destinado & formagao de docentes para a educacdo infantil e para as primeiras séries do ensino fundamental; Il - programas de formagao pedagégica para portadores de diplomas de educagao superior que queiram se dedicar a educagao basica; Ill - programas de educagao continuada para os profissionais de educago dos diversos niveis. Art. 64. A formacao de profissionais de educagao para administragao, planejamento, inspegao, superviséo e orientacao educacional para a educagao basica, serd feita em cursos de graduacdo em pedagogia ou em nivel de Pés-graduagao, a critério da instituigéo de ensino, garantida, nesta formagao, a base comum nacional. Art, 65. A formagao docente, exceto para a educagao superior, incluiré pratica de ensino de, no minimo, trezentas horas. Art, 66. A preparagéo para o exercicio do magistério superior far-se-a em nivel de pés-graduacao, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado. Paragrafo Unico. O notério saber, reconhecido por universidade com curso de doutorado em area afim, poder suprir a exigéncia de titulo académico. Art. 67. Os sistemas de ensino promoverdo a valorizagao dos profissionais da educagdo, assegurando-thes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério publico: ingresso exclusivamente por concurso piblico de provas e titulos; II aperfeigoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periédico remunerado para esse fim; IIL - piso salarial profissional; IV - progressao funcional baseada na titulagao ou habilitagao, e na avaliagao do desempenho; \V- periodo reservado a estudos, planejamento e avaliagaé, incluido na carga de trabalho; VI- condigdes adequadas de trabalho. § 1° A experiéncia docente € pré-requisito para o exercicio profissional de quaisquer outras fungées de magistério, nos termos das normas de cada sistema de ensino, _(Renumerado pela Lei n® 11,301, de 2006) § 2° Para os efeitos do disposto no §,5° do art. 40 ¢ no § 8° do art. 201 da Constituigdo Federal, so consideradas fungdes de magistério as exercidas por professores © especialistas em educagao no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educagdo basica em seus diversos niveis ¢ modalidades, incluidas, além do exercicio da docéncia, as de diregao de unidade escolar © as de coordenagao © assessoramento pedagégico. _(Incluido pela Lein® 11,301, de 2006) § 3° A Unido prestara assisténcia técnica aos Estados, ao Distrito Federal © aos Municipios na elaboragao de concursos publicos para provimento de cargos dos profissionals da educago. _(ncluldo pela Lein® 12,796, de 2013) TITULO VII Dos Recursos financeiros Art. 68. Serdo recursos pilblicos destinados & educagao os origindrios de: - receita de impostos préprios da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios; II- receita de transferéncias constitucionais e outras transferéncias; Ill -receita do salério-educagao e de outras contribuigées sociais; IV - receita de incentivos fiscais; \V- outros recursos previstos em lel Art. 69. A Unido aplicara, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, 0 Distrito Federal e os Municipios, vinte e cinco por cento, ou o qué consta nas respectivas Constituig6es ou Leis Organicas, da receita resultante de impostos, compreendidas as transferéncias constitucionais, na manutengao e desenvolvimento do ensino publico. (Vide Medida Proviséria n® 773,.de 2017) —_(Vigéncla encerrada) § 1° A parcela da arrecadacao de impostos transferida pela Unido aos Estados, ao Distrito Federal ¢ aos Municipios, ou pelos Estados aos respectivos Municipios, ndo sera considerada, para efeito do cdlculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir. § 2° Serdo consideradas excluidas das receitas de impostos mencionadas neste artigo as operagées de crédito Por antecipagao de receita orcamentaria de impostos, § 3° Para fixagdo inicial dos valores correspondentes aos minimos estatuidos neste artigo, sera considerada a receita estimada na lei do orgamento anual, ajustada, quando for o caso, por lei que autorizar a abertura de créditos adicionais, com base no eventual excesso de arrecadagao. § 4° As diferencas entre a receita e a despesa previstas e as efetivamente realizadas, que resultem no nao atendimento dos percentuais minimos obrigatorios, seréo apuradas © corrigidas a cada trimestre do exercicio financeiro. § 5° 0 repasse dos valores referidos neste artigo do caixa da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios ocorrerd imediatamente ao érgao responsavel pela educacdo, observados os seguintes prazos: - recursos arrecadados do primeiro ao décimo dia de cada més, até 0 vigésimo dia; Il - recursos arrecadados do décimo primeiro ao vigésimo dia de cada més, alé o trigésimo di Ill - recursos arrecadados do vigésimo primeiro dia ao final de cada més, até o décimo dia do més subseqiiente. § 6° O atraso da liberacdo sujeitara os recursos a correo monetéria e a responsabilizago civil e criminal das autoridades competentes. Art. 70, Considerar-se-4o como de manutencéo e desenvolvimento do ensino as despesas realizadas com vistas & consecugao dos objetivos basicos das instituiges educacionais de todos os niveis, compreendendo as que se destinam a: = remuneragao e aperfeigoamento do pessoal docente e demais profissionais da educacao; II aquisicao, manutengo, construgo e conservagao de instalagdes ¢ equipamentos necessarios ao ensino; Ill - uso e manutengao de bens e servigos vinculadas ao ensino; IV - levantamentos estatisticos, estudos e pesquisas visando precipuamente ao aprimoramento da qualidade e & expansao do ensino; \V - realizagao de atividades-melo necessarias ao funcionamento dos sistemas de ensino; VI- concessao de bolsas de estudo a alunos de escolas pblicas e privadas; VII - amortizagao e custeio de operagdes de crédito destinadas a atender ao disposto nos incisos deste artigo; VIII - aquisigao de material didético-escolar e manutengo de programas de transporte escolar. Art. 71. Nao constituirao despesas de manutengao e desenvolvimento do ensino aquelas realizadas com: | - pesquisa, quando nao vinculada as instituiges de ensino, ou, quando efetivada fora dos sistemas de ensino, que nao vise, precipuamente, ao aprimoramento de sua qualidade ou 4 sua expansdo; II - subvengo a instituigdes piblicas ou privadas de cardter assistencial, desportivo ou cultural; lll - formagao de quadros especiais para a administragao piiblica, sejam militares ou civis, inclusive diplomaticos; IV - programas suplementares de alimentagao, assisténcia médico-odontolégica, farmacéutica e psicolégica, e outras formas de assisténcia social; \V- obras de infra-estrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou indiretamente a rede escolar; VI pessoal docente e demais trabalhadores da educagao, quando em desvio de fungao ou em atividade alheia & manutengo e desenvolvimento do ensino. Art. 72. As receitas ¢ despesas com manutengao ¢ desenvolvimento do ensino sero apuradas e publicadas nos balangos do Poder Piblico, assim como nos relatérios a que se refere o § 3° do art. 165 da Constituicao Federal Art. 73. Os érgaas fiscalizadores examinarao, prioritariamente, na prestagao de contas de recursos publicos, cumprimento do disposto no art. 212 da Constituigo Federal, no art. 60 do Ato das Disposigées Constitucionais ‘Transitérias e na legislagdo concernente. Art. 74. A Unido, em colaboragao com os Estados, o Distrito Federal e os Municipios, estabelecera padréo minimo de oportunidades educacionais para o ensino fundamental, baseado no célculo do custo minimo por aluno, capaz de assegurar ensino de qualidade. Paragrafo Gnico. O custo minimo de que trata este artigo sera calculado pela Unido ao final de cada ano, com validade para o ano subseqiiente, considerando variages regionais no custo dos insumos e as diversas modalidades de ensino, Art. 75. A agdo supletiva e redistributiva da Unido e dos Estados seré exercida de modo a corgi, progressivamente, as disparidades de acesso e garantir o padrio minimo de qualidade de ensino. § 1° A agdo a que se refere este artigo obedecerd a {érmula de dominio public que inclua a capacidade de atendimento © a medida do esforgo fiscal do respectivo Estado, do Distrito Federal ou do Municipio em favor da manutengo e do desenvolvimento do ensino, § 2° A capacidade de atendimento de cada governo sera definida pela razao entre os recursos de uso constitucionalmente obrigatério na manutengao e desenvolvimento do ensino e custo anual do aluno, relativo ao padrao minimo de qualidade. § 3° Com base nos critérios estabelecidos nos §§ 1° e 2°, a Unido podera fazer a transferéncia direta de recursos a cada estabelecimento de ensino, considerado 0 ntimero de alunos que efetivamente freqiientam a escola, § 4° A ago supletiva e redistributiva nao podera ser exercida em favor do Distrito Federal, dos Estados e dos Municipios se estes oferecerem vagas, na area de ensino de sua responsabilidade, conforme o inciso VI do art. 10 € 0 inciso V do art. 11 desta Lei, em numero inferior & sua capacidade de atendimento, Art. 76. A acao supletiva e redistributiva prevista no artigo anterior ficaré condicionada ao efetivo cumprimento pelos Estados, Distrito Federal e Municipios do disposto nesta Lei, sem prejulzo de outras prescrigdes legais. Art. 77. Os recursos publicos serdo destinados as escolas piblicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitérias, confessionais ou filantrépicas que: | - comprovem finalidade nao-lucrativa e ndo distribuam resultados, dividendos, bonificagdes, participagdes ou parcela de seu patriménio sob nenhuma forma ou pretexto; II apliquem seus excedentes financeiros em educago; Ill - assegurem a destinagao de seu patrim6nio a outra escola comunitaria, flantrépica ou confessional, ou ao Poder Publico, no caso de encerramento de suas atividades; IV - prestem contas ao Poder Publico dos recursos recebidos. § 1° Os recursos de que trata este artigo poderdo ser destinados a bolsas de estudo para a educacao basica, na forma da lel, para os que demonstrarem insuficiéncia de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede publica de domicilio do educando, ficando o Poder Publico obrigado a investir prioritariamente na expansaio da sua rede local. § 2° As atividades universitarias de pesquisa e extensdo poderdo receber apoio financeiro do Poder Publico, inclusive mediante bolsas de estudo. TITULO VII Das Disposigées Gerais Art, 78, O Sistema de Ensino da Unido, com a colaboracao das agéncias federais de fomento a cultura e de assisténcia aos indios, desenvolvera programas integrados de ensino e pesquisa, para oferta de educagao escolar bilingde e intercultural aos povos indigenas, com os seguintes objetivos: | proporcionar aos indios, suas comunidades e povos, a recuperagéo de suas memérias historicas; a reafirmacao de suas identidades étnicas; a valorizagao de suas linguas e ciéncias; II - garantir aos Indios, suas comunidades © povos, 0 acesso as informagées, conhecimentos técnicos cientificos da sociedade nacional e demais sociedades indigenas e nao-Indias. Art. 78-A. Os sistemas de ensino, em regime de colaborago, desenvolvero programas integrados de ensino Pesquisa, para oferta de educago escolar bilingue e intercultural aos estudantes surdos, surdo-cegos, com deficiéncia auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdotagao ou com outras deficiéncias associadas, com 0s seguintes objetivos: (Incluido pela Lein® 14.191, de 2021) | - proporcionar aos surdos a recuperacao de suas memérias histéricas, a reafirmagao de suas identidades especificidades e a valorizacao de sua lingua e cultura; —(Incluido pela Lei n® 14.191, de 2021) lI garantir aos surdos 0 acesso as informagdes e conhecimentos técnicos e cientificos da sociedade nacional e demais sociedades surdas e nao surdas. (Incluido pola Lei n® 14.191, de 2021) Art. 79. A Unido apoiara técnica e financeiramente os sistemas de ensino no provimento da educagao intercultural 4s comunidades indigenas, desenvolvendo programas integrados de ensino e pesquisa. § 1° Os programas serdo planejados com audiéncia das comunidades indigenas. § 2° Os programas a que se refere este artigo, incluidos nos Planos Nacionais de Educagdo, terao os seguintes objetivos: ~fortalecer as praticas sécio-culturals e a lingua materna de cada comunidade indigena; Il - manter programas de formagao de pessoal especializado, destinado a educagao escolar nas comunidades indigenas; lll - desenvolver curriculos e programas especificos, neles incluindo os contetdos culturais correspondentes as respectivas comunidades; IV - elaborar e publicar sistematicamente material didatico especifico e diferenciado. § 3° No que se refere a educagao superior, sem prejuizo de outras agdes, o atendimento aos povos indigenas efetivar-se-a, nas universidades piblicas e privadas, mediante a oferta de ensino e de assisténcia estudantil, assim como de estimulo a pesquisa e desenvolvimento de programas especiais, {(Incluido pela Lei n® 12,416, de 2011) At. 79.8. (VETADO (Incluido peta Lei n° 10.639, de 9.1.2003) Art. 79-B. O calendério escolar incluiré o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciéncia Negra’ (lncluido pola Lei n® 10.639, de 9.1.2003) Art. 79-C. A Unido apoiard técnica e financeiramente os sistemas de ensino no provimento da educagao bilingue e intercultural as comunidades surdas, com desenvolvimento de programas integrados de ensino © Pesquisa. (Incluido pela Lei n® 14.191, de 2021) § 1° Os programas serao planejados com participagdo das comunidades surdas, de instituicdes de ensino superior e de entidades representativas das pessoas surdas. _(|ncluido pela Lein® 14.191, de 2021) § 2° Os programas a que se refere este artigo, incluidos no Plano Nacional de Educagdo, terao os seguintes objetivos: _(Incluido pela Lei n® 14,191, de 2021) | fortalecer as praticas socioculturais dos surdos e a Lingua Brasileira de Sinais; _(Incluido pela Lein® 14.191, de 2021) I~ manter programas de formagao de pessoal especializado, destinados 4 educagao bilingue escolar dos surdos, surdo-cegos, com deficiéncia auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdotagao ou com outras deficiéncias associadas; (Incluido pela Lei n° 14.191, de 2021) Ill - desenvolver curriculos, métodos, formagao e programas especificos, neles incluidos os contetidos cutturais, correspondentes aos surdos; _Incluido pela Lei n® 14.191, de 2021), IV - elaborar e publicar sistematicamente material didatico bilingue, especifico e diferenciado, _(Incluido pela Lein? 14.191, de 2021 § 3° Na educagao superior, sem prejuizo de outras ages, o atendimento aos estudantes surdos, surdo-cegos, com deficiéncia auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdotaga0 ou com outras deficiéncias associadas efetivar-se-a mediante a oferta de ensino bilingue e de assisténcia estudantl, assim como de estimulo a pesquisa e desenvolvimento de programas especials. (Incluido pela Lein® 14.191, de 2021) Art. 80, O Poder Publico incentivara o desenvolvimento @ a veiculagao de programas de ensino a distancia, em todos 05 niveis e modalidades de ensino, e de educagao continuada (Regulamento) (Regulamento) § 1° A educacao a distancia, organizada com abertura e regime especiais, sera oferecida por instituigses especificamente credenciadas pela Unido. § 2° A Unido regulamentard os requisitos para a realizago de exames e registro de diploma relativos a cursos de educacao a distancia. § 3° As normas para produgao, controle e avallagao de programas de educacao a distancia e a autorizagao para sua implementagao, caberdo aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperagao e integragao entre os diferentes sistemas. (Regulamento) § 4° A educagao a distancia gozara de tratamento diferenciado, que incluira: t-custos-de-transmisséo reduzidos em canais comerciais de radiodifusde sonora ede-sons-eimagens: | - custos de transmisséo reduzidos em canals comercials de radiodifustio sonora e de sons e imagens e em outros meios de comunicagao que sejam explorados mediante autorizagao, concessao ou permissao do poder piiblico; (Redagao dada pela Lei n° 12,603, de 2012) I- concessao de canais com finalidades exclusivamente educativas; Ill - reserva de tempo minimo, sem énus para o Poder Publico, pelos concessionarios de canais comerciais, Art. 81. € permitida a organizagao de cursos ou instituigdes de ensino experimentais, desde que obedecidas as disposigées desta Lei, revista velegiskagae espesifon Art, 82. Os sistemas de ensino estabelecerao as normas de realizagdo de estégio em sua jurisdigdo, observada a lei federal sobre a materia, (Rodacao dada pola Loi n? 11,788, de 2008) Paragrafo unico. (Revogado). (Redacdo dada pela Lei n° 11.788, de 2008) Art. 83, © ensino militar 6 regulado em lel especifica, admitida a equivaléncia de estudos, de acorde com as normas fixadas pelos sistemas de ensino, Art. 84. Os discentes da educagao superior poderao ser aproveitados em tarefas de ensino e pesquisa pelas respectivas instituigdes, exercendo fungées de monitoria, de acordo com seu rendimento e seu plano de estudos. Art. 85. Qualquer cidadio habiltado com a titulago propria poderd exigit a abertura de concurso pliblico de provas e titulos para cargo de docente de instituigdo publica de ensino que estiver sendo ocupado por professor nao concursado, por mais de seis anos, ressalvados os direitos assegurados pelos aris. 41 da Conslituleao Federal © 19 do Ato das DisposirSes Constitucionais Transiérias. Art. 86. As institigies de educagéo superior constituidas como universidades integrar-se-4o, também, na sua condi¢ao de instituigGes de pesquisa, ao Sistema Nacional de Ciéncia e Tecnologia, nos termos da legislagao espectfica TITULO x Das Disposigées Transitérias Art. 87. € instituida a Década da Educagao, a iniciar-se um ano a partir da publicagao desta Lei § 1° A Unio, no prazo de um ano a partir da publicagdo desta Lei, encaminharé, a0 Congresso Nacional, o Plano Nacional de Educagao, com diretrizes e metas para os dez anos seguintes, em sintonia com a Declaragao Mundial sobre Educagao para Todos. § 2° (Revogado). (Redagdo dada pela lel n° 12,796, de 2013) ensinofundamental: idos-2 partir aes net fe temarde-enst fincivide pela bein® +1-444-de- 2805} er réchadere Pt ens te a " § 3° 0 Distrito Federal, cada Estado e Municipio, e, supletivamente, a Unido, devem: (Redacdo dada pela Lei n® 11,330, de 2006) ides apart Ss i a zd (revogado); Redagdo dade pola lei n? 12.796, de 2013) a) (Revogado) (Redago dada pela Lei n® 11.274, de 2006) ») (Revogado) (Redagao dada pela Lei n® 11.274, de 2006) ©) (Revogado) (Redacao dada pela Lei n® 11,274, de 2006) Il prover cursos presenciais ou a distancia aos jovens e adultos insuficientemente escolarizados; Ill - realizar programas de capacitagdo para todos os professores em exercicio, utilizando também, para isto, os recursos da educagao a distancia; IV - integrar todos os estabelecimentos de ensino fundamental do seu territério ao sistema nacional de avaliagao do rendimento escolar. st PF formades-portreinamente-enrservige- Revogado pela lei n® 12,796, de 2013) § 4° (Revogado (Redacdo dada pela lel n® 12.796, de 2013) § 5° Serdo conjugados todos os esforgos objetivando a progressao das redes escolares publicas urbanas de ensino fundamental para o regime de escolas de tempo integral § 6° A assisténcia financeira da Unido aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municipios, bem como a dos Estados aos seus Munic(pios, ficam condicionadas ao cumprimento do art 212 da Constituico Federal e dispositives legais pertinentes pelos governos beneficiados. Att. 87-A. (VETADO). _(Incluldo pela lei n® 12.796, de 2013) Art, 88. A Unido, os Estados, 0 Distrito Federal e os Municipios adaptardo sua legisiagao educacional e de ensino as disposigdes desta Lei no prazo maximo de um ano, a partir da data de sua publicagao. (Regulamento) “ (Regulamento) § 1° As instituigdes educacionais adaptarao seus estatutos e regimentos aos dispositivos desta Lei e as normas dos respectivos sistemas de ensino, nos prazos por estes estabelecidos. § 2° O prazo para que as universidades cumpram o disposto nos incisos II ¢ Ill do art. 62 é de oito anos. Art, 89, As creches @ pré-escolas existentes ou que venham a ser criadas deverdo, no prazo de trés anos, a contar da publicagdo desta Lei, integrar-se ao respectvo sistema de ensino. Art. 90. As quesides suscitadas na transi¢ao entre o regime anterior e 0 que se institui nesta Lei serao resolvidas pelo Conselho Nacional de Educagdo ou, mediante delegagao deste, pelos érgdos normativos dos sistemas de ensino, preservada a autonomia universita Art. 91. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicagao. Art. 92. Revogam-se as disposigées das Leis n*s 4.024, de 20 de dezembro de 1964, ¢ 5.540, de 28 de novembro de 1968, nao alteradas pelas Leis n°s 9.131, de 24 de novembro de 1995 e 9.192, de 21 de dezembro de 1995 e, ainda, as Leis n°s 5.692, de 11 de agosto de 1971 e 7.044, de 18 de outubro de 1982, e as demais leis e ecretos-lei que as modificaram e qualsquer outras disposigées em contro. Brasilia, 20 de dezembro de 1996; 175° da Independéncia e 108° da Republica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Este texto no substitu o publicado no D.0.U. de 23.12.1996,

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