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2013 Administração Bruna Braun Machado
2013 Administração Bruna Braun Machado
Volta Redonda
2013
BRUNA BRAUN MACHADO
BANCA EXAMINADORA
•..
UEABEGÃO
Volta Redonda
2013
Dedico este trabalho a meus pais que, ao longo dos últimos quatro anos, me incel1tivaranl e
apoiaram na busca do sonho de independência e crescünento
profissional.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Prof. Dra. Terezinha Maria
Folhadela Benevides Lobianco, que desde o
momento da apresentação da ideia do
projeto, mostrou-se entusiaslllada a
orientar-me e fazer com que fosse possível
tomá-lo realidade.
Ademais, agradeço a todos os amigos que
llle estimularalll e torceram para que eu
obtivesse sucesso na conclusão deste
trabalho.
RESUMO
Esta pesquisa está centrada na relação empresa - domínio da língua inglesa - inserção
profissional. O perfil dos alunos do curso de Administração da Universidade Federal
Fluminense de Volta Redonda em relação à proficiência em língua inglesa é analisado, com o
objetivo de verificar seu preparo para enfrentar disputas por vagas no mercado de trabalho. A
investigação tomou COlnobase o nível de relevância do estudo deste idioma para diversas
empresas nacionais e multinacionais da região Sul Fluminense do estado do Rio de Janeiro,
ao contratar profissionais da área administrativa. A pesquisa apresenta caráter quantitativo,
utilizando a entrevista estruturada como instrulnento de coleta de dados, aplicada por meio de
questionários elaborados para alunos e para empresa.
This research focuses on the business - proficiency in English - job market insertion
relationship. lt analyzes the profile of graduate students frotn Universidade Federal
Fluminense of Volta Redonda in relation to their leveI of proficiency in English, in order to
verify ifhow apt they are to face the demands ofthe job market. The research investigates the
importance of mastering this foreign language for national and multinational cOlnpanies in the
southem region of the state of Rio de Janeiro, when hiring employees in the business
administration area. This work has a quantitative scope, using structured interview as data
collection instrument, applied by means of questionnaires presented to students as well as to
.
compantes.
1 INTRODUÇÃO, f. 11
2 JUSTIFICATIVA, f. 13
3 PROBLEMA DE PESQUISA, f. 14
4 OBJETIVO, f. 15
,
5 REFERENCIAL TEORICO, f. 16
6 METODOLOGIA DA PESQUISA, f. 25
7 ANÁLISE DE DADOS, f. 28
8 CONCLUSÃO, f. 43
9 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO, f. 46
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LISTA DE ILUSTRAÇOES
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5.1 INGLES E GLOBALIZAÇAO:
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O PAPEL DA LINGUA INGLESA SIL E
NO MUNDO
lTIundial da econolnia dos Estados Unidos logo após a Segunda Guerra Mundial n "nl io do
século XX, fato que gerou uma espécie de imperialismo. Esse mOlnento histórico t n eu-se
até o final do século XX e tomou novas direções no que se convencionou denominar de
globalização.
Nenhuma outra língua no mundo experiInentou o poder da língua inglesa em termo de
domínio planetário. De acordo com dados do Conselho Britânico de 2005
(www.weforum.org), estima-se que atualmente mais de um bilhão de pessoas aprendan1
inglês, sendo que,375 milhões de pessoas falam inglês como primeira língua·e 750 milhões de
pessoas usaln inglês como segunda língua. Para Graddol (2006), se o compasso de
desenvolviInento do inglês global continuar, eln dez anos, lnàis de dois bilhões de pessoas
falarão esta língua, alcançando um total de três bilhões de falantes no Inundo.
17
Ao mesmo tempo elTI que a língua difunde-se pelo globo, creSCelTI talTIbélTI as forças
contraditórias em relação ao inglês. Baseado em Lopes (2005), seu avanço elTIdiversas palies
do mundo tem sido fonte de preocupação de governos e da mídia, todavia, elTIcontrapartida,
muitos governos, ao mesmo tempo, investem cada vez mais no ensino dessa língua. Países
como Brasil, Espanha e França têm estabelecido leis ou nonnas que eliminelTI o que entendeln
como a aniquilação de suas línguas nacionais pela difusão da língua inglesa. De acordo COlTI
Rabelo (2000), no Brasil encontramos uma lei em tralTIitação no congresso que objetiva o
policiamento do uso da língua inglesa, pois se receia que a hibridização da língua pOliuguesa
pelo inglês impossibilite a comunicação entre pessoas que moram no campo e nas cidades. Na
França, os textos em inglês que aparec"em em propagandas necessitam obrigatorian1ente seren1
Graddol (2006) indica ser necessário rever os métodos de ~nglês como língua estrangeira
com que trabalhamos, pois a aprendizagem da língua inglesa que era, naturalmente, percebida
como uma relação emblemática de classe social passa a ser entendida, em diversas partes do
mundo, como conhecimentos constitutivos da educação básica, agrupados com letralnento na
língua oficial ou lTIatema, competências matemáticas e letramento computacional.
No Brasil, a percepção da língua inglesa COlno capacidade básica é perceptível elll
colégios particulares de classe média, apesar de existirem projetos COlTIOo da Secretaria
Estadual de São Paulo, denominado Escola de Tempo Integral, que incorpora a inserção da
língua inglesa elTI escolas públicas a partir da primeira série do ensino fundamental. Se o
projeto se concretizar, algumas medidas como a inclusão e compra pelo MEC de livros para o
ensino de línguas estrangeiras e investimento na fonnação de professores de língua inglesa,
COlTIOacontece em algllns outros países.
De acordo com Santos (2000), a língua inglesa cruza o globo de um canto a outro e passa
a ser entendida como capacidade básica nas escolas, sendo indispensável no exercício de
lTIuitas profissões e conveniente na construção do conhecimento na esfera universitária e nas
18
,
redes de comunicação, e que, ao mesmo tempo, auxilia a construção da igualdade. E uma
língua que abrange questões culturais, éticas, políticas e sociais.
Ainda de acordo com Santos (2000), somos partícipes de "um mundo no qual nada de
importante se faz sem discurso". Dessa maneira, tendo em vista os progressos da tecnologia
informacional nas redes midiáticas de comunicação (THOMPSON, 1998), a línglla inglesa é,
em consequência de seu alcance global, uma viabilidade de acesso a outros discursos sobre o
mundo e sobre queIn somos ou podemos ser, agindo como um veículo para construção de
uma globalização baseada nos interesses de seus falantes.
concorrência entre empresas é feroz e elas precisam de Solllções ágeis para probleITIas que não
abrangem UITIúnico país. (SALOMÃO et aI, 2009).
Segundo Santos e Pilatti (2008), os profissionais que não se especializareITI, não
estudareITI e não persistirelTI em adquirir conhecimentos poderão ser considerados menos
ativos nos processos de internacionalização. O mercado global oferecerá lllgar àqueles que
conheCereITI os fatores relacionados à competitividade e que constanteITIente buscaren1
infonnações e inovações para concorrer e se manter na ordem mundial. Para Martinelli e
Almeida (1997), qualquer profissional que irá trabalhar em uma elnpresa, certalnente,
necessitará estar apto a lidar, mesmo que de forma indireta, COITInegociações ou atividades
em nível global.
Neste sentido, não podemos falar em mercado globalizado SeITIrelacioná-lo à crescente
exigência pelo conhecimento da língua inglesa. Para o profissional que está inserido ou
pretende se inserir no mercado internacional, a proficiência en1 uma segunda língua toma-se
prioridade, não sendo vista apenas como uma opção de conhecimento extra. Nas
organizações, falar inglês é UITI fator comum para profissionais que" trabalhan1 COITI
negociações e contatos com clientes estrangeiros. Dessa forma, é necessário aprofundamento
constante no inglês para que o trabalho seja realizado de forma eficaz (SANTOS e PILA TTI,
2008).
Em recente estudo realizado pela Global English, publicado no jornal Valor Econômico
de agosto de 2012 (www.valor.com.br). uma avaliação sobre a proficiência na língua inglesa
nas organizações ao redor do mundo causou impacto com relação aos seus resultados. No
estudo, foram avaliados 108 mil funcionários de empresas nacionais e multinacionais de 156
países, onde o Brasil ficou classificado em 67° lugar. Os profissionais e estudantes brasileiros
obtiveram deselTIpenho ruÍlll nas avaliações internacionais de conhecimento da língua inglesa,
apresentando uma nota média de 2,95 pontos elTIuma escala de zero a dez. O resultado coloca
o país fora da linha de frente do ensino avançado eln inglês para negócios e atrás de países
,
COIllOArgentina, México, Costa Rica, India, China e Rússia.
Para Oliveira e Piccinini (2011), o mercado não é Uln espaço competitivo exclusivo onde
todos os postos de trabalho estão igualmente disponíveis a todos os profissionais, lnas sÍln lun
conjunto de divisões que não cOlllpeteln entre si, porém remuneram de lnaneiras distintas o
capital humano, de forma que existem barreiras que não admitem que todos se beneficielll
igualitariamente do mesmo nível educacional e de treinamento. Sendo assim, eIll se tratando
da relnuneração no mercado, Santos e Pilatti (2008) afinnalTI que a língua inglesa apresenta
grande autoridade sobre a remuneração de executivos, sendo que os que falam fluenten1ente
20
ganham até 44,5% a mais do que aqueles que falam com alguns erros. Pesquisas deITIOnstranl
que o domínio de outra língua pode aumentar a expectativa salarial em até 30%. De tal
maneira, acredita-se que o investimento no estudo de língua inglesa .é recompensado
futuramente COInmelhores salários no momento da execução e prática do uso desse idioma e,
percebe-se o quanto profissionais não proficientes na língua franca do mundo terão
desvantagens competitivas em relação aos demais.
Chiavenatto (2002) defende duas situações distintas que compreendeln quem procura e
quem oferece emprego. De um lado, pode existir maior disponibilidade de elnprego e l11enor
número de candidatos, de outro, existem poucas oportunidades e ulna quantidade maior de
candidatos. A situação de maior procura compõe-se de condição mais comunl, na atualidade,
onde há ausência de vagas e maior concorrência, atingindo critérios de seleção de pessoal, que
se mostram cada vez mais rigorosos. Contudo, quanto maior é o nún1ero de elnpresas nU111a
dada região, maior é a oferta de vagas e oportunidades.
Desde a antiguidade, o inglês é utilizado COlno uma língua para fins específicos. Bloor
(1997) relata um manual do ano de 1415, direcionado aos cOlnerciantes de lã e produtos
agrícolas. O pequeno livro apresentava uma gama de palavras técnicas da área industrial de lã,
o que nos reporta aos tempos atuais, equivalente a um curso de "Inglês Para Negócios".
No Inundo moderno, onde a tecnologia e o comércio detém o domínio do mundo, foi
necessária a padronização de Ulna língua internacional. Dessa lnaneira, o inglês apresentou-se
COlno uma língua universal, uma chave para circulação l1as áreas cOlnerciais e tecnológicas.
Segundo Swales (1995), o ano de 1962 marcou o início do ensino de inglês Í11strull1entalapós
a publicação do artigo de Barber - "Some measurable chara"cteristics Df modern scientific
prose". Nesta época começaraln a ser publicados livros de inglês instrumental que
possibilitaram o surgimento de cursos que objetivavam atender interesses cOlnunicativos
específicos.
O Inglês Para Fins Específicos (ESP), 011 inglês instrulnental, apresenta COlno objetivo
principal a capacitação do aluno em ler e compreender textos acadêmicos em língua inglesa,
fazendo a utilização de técnicas e estratégias de leitura específicas dentro de Ulna síntese de
atividades de caráter autônomo. A gramática é ensinada de forma contextualizada, auxiliando
na compreensão de textos acadêmicos. O vocabulário estudado relaciona~se, especialmente,
com a área de estudo do aluno.
21
Desta lnaneira, o campo de ensino eln inglês para negócios amplia-se diariatnente no que
diz respeito à produção de materiais e ensino, pois cada vez mais pessoas buscatn por estes
cursos, além do crescimento no número de pesquisas que direcionam sua atenção para
questões relacionadas à linguagem empresarial e ao ensino de inglês no alnbiente elnpresarial.
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5.4 O DESENVOLVIMENTO DO INGLES INSTRUMENTAL PARA NEGOCIOS
nas negociações empresariais, das empresas que responderam aos 214 questionários ap1icados
na pesquisa, 72% se comunicam internacionalmente através da língua inglesa.
Indústria de equipatnentos
Precisa Valença
elétricos
Multinacionais
ou seja, estudantes do 7° e 8° períodos, com faixa etária entre 21 e 23 anos. A Figura 1 mostra
a disposição dos grupos.
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A análise seguirá a ordem das questões apresentadas no questionário aplicado aos alunos.
Cada pergunta proposta terá suas respostas representadas em gráficos de barras, onde o eixo
horizontal apresenta as alternativas de respostas e o eixo vertical apresenta o nÚlnero de
alunos respondentes. As respostas dos dois grupos de participantes são apresentadas
simultaneamente; para facilitar sua comparação.
29
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Observamos que há uma forte tendência na resposta "Iniciei o cllrso, Inas não
prossegui". De acordo com o Gráfico 1 telnos um percenhlal de 43% de alunos que não
prosseguiram cOln o estudo de língua inglesa. Neste ponto, destacalnos que essa tendência é
acentuada na classe de entrevistados qlle estão iniciando o curso de adlninistração. Em
seguida, percebemos que 24% dos alunos entrevistados conclllÍraln o CllrsO de inglês, sendo
que deste percentual, a maioria concentra-se na classe de possíveis fonnandos. Quanto às
demais alternativas, observamos que há grande disparidade nas classes de fonnandos e
iniciantes quanto ao número dos alunos que estão cursando inglês. Percebemos que a Inaioria
dos alunos que cursam inglês enquadra-se na classe de formandos. Enquanto isso, a lnaioria
dos alunos que nunca frequentaran1 um curso de língua inglesa enquadra-se na classe de
iniciantes.
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Percebemo no Gráfico 6 que não há grande disparidade entre alunos que vivenciaraln
ou não vivenciaram ituações profissionais elTIque necessitaram de conhecimentos em língua
inglesa. Observamo que 57% já passaram por situações profissionais elTIque utilizaralTI seus
conhecimentos em inglês. Todavia, 43% dos alunos nunca preciSaralTI aplicar conhecitnentos
em língua inglesa para situações profissionais.
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De acordo com o Gráfico 7, a pesquisa mostra que apenas 200/0 dos entrevistados
dedicam-se ao estudo do inglês instrumental ou específico para administração/negócios.
Neste caso, todos os alunos entrevistados estão cursando ou já cursaram a disciplina de
Inglês Instrulnent~l na UFF -VR. Mesmo assim, após o curso, os dados mostl~aln que esses não
dão continuidade a este tipo de formação.
34
Gráfico 8 - Preparação do aluno para situações profissionais que exigenl línglla inglesa
A partir da análise dos resultados dos questionários aplicados aos alunos, poderelnos
formar um perfil dos estudantes de administração da Universidade Federal FluTIlinense de
Volta Redonda em relação à língua inglesa. Percebe-se que a maioria dos alunos não concluiu
um curso de inglês e classificam seu nível de conhecimento em língua inglesa como básico.
Ainda assim, acreditam ser essencial o estudo do idioma e acreditalTI que falar inglês poderá
influenciar de algulna maneira seu futuro profissional. Da meSlna f0TI11a, todos os
entrevistados creem que o conhecimento em língua inglesa pode aUlTIentar suas chances de
ingresso no nlercado de trabalho. Todavia, apesar de estarem cursando adlTIinistração, a
grande maioria dos alunos não se dedica ao estudo de inglês específico para negócios, apesar
de terem vivenciado situações profissionais elTIque necessitaralTI do idioma. AlélTI disso, os
alunos consideram que não estão preparados para participar de processos seletivos ou assunlir
cargos que exijam conhecimentos em língua inglesa.
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Analisando o Gráfico 9, percebemos que a maioria das empresas, ou seja, 70% delas
acreditam ser importante que os profissionais de administração tenham conhecimento eln
língua inglesa. Além disso, 30% das empresas creem que a língua inglesa é uma necessidade
essencial para o profissional de administração. Portanto, os dados mostraln que nenhu111a
delas trata a língua como fator irrelevante.
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Como observamos no Gráfico 12,90% das empresas tratalTI a língua inglesa COlTIOUlTI
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Observando o Gráfico 13, podelnos perceber que todas as elnpresas acreditalTI que a
fluência na lingua inglesa oferece possibilidade de crescimento profissional na calTeira
administrativa.
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De acordo com os resultados obtidos no Gráfico 15, tanto as empresas nacionais C01110
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Analisando o Gráfico 16, concluímos que mais da me~ade das empresas relatalTI que
frequentemente deixam de contratar excelentes candidatos pelo fato de estes não possuíren1
conhecimentos em língua inglesa. Além disso, 40% das empresas apresenta a caracterização
desta frequência como alta.
Por fim, o mostra-nos que nenhuma das empresas entrevistadas exige dos
profissionai d a i i tração conhecimentos avançados em língua inglesa, sendo que 40%
.
toleram nívei In e iários, 50% toleram níveis básicos e 10% não exigem nenhlun
conhecimento m I'ngua inglesa.
A partir a análise dos resultados das pesquisas realizadas podereIno.s traçar Uln perfil
das elnpresa da região Sul Fluminense com relação à importância da língua inglesa para
profissionai de administração.
Avaliamo que as empresas nacionais e multinacionais da região Sul FIluninense
acreditam na importância do conhecimento em língua inglesa e exigem tais conhecÍlnentos
nos processos seletivos de profissionais da área de administração. Além disso, as empresas
relatam que frequentemente deixam' de contratar um candidato por este não apresentar
conhecimentos em língua inglesa. Sendo assim, este idioma é tratado como Uln critério de
desempate no lnomento das contratações e, frequentemente, poderá oferecer possibilidades de
crescimento profissional para um administrador. Por fim, as empresas tambéIn caracterizaI11
como importante o estudo do inglês específico para a área administrativa, relatando que são
comuns as situações profissionais em que é necessário o uso desta língua esttangeira.
,
7.3 ANALISE DOS PERFIS ALUNO E EMPRESA
A partir da observação do perfil dos alunos e do perfil das empresas, podelnos traçar
uma síntese de comparação entre ambos, como mostra a Figura 2 a seguir.
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Observando a Figura 2, podemos analisar os pontos onde o perfil dos alllnos e o perfil
das empresas se assemelham e se contrapõem. Podemos notar que os quadros ligados por
setas inteiras apresentam pontos semelhantes entre os perfis; enqllanto as setas tracejadas
apresentam pontos divergentes entre os mesmos. A partir desta análise, podemos interpretar
que alnbos acreditam na importância ou essencialidade da língua inglesa, elTIsell poder de
influenciar o futuro profissional e aumentar as chances de ingresso no mercado de trabalho,
assim como em sua presença frequente em situações profissionais. AlélTI disso, alunos
oferecem níveis básicos e empresas exigem níveis básicos de inglês nesta região, ou seja, há
uma adequação de perfis neste ponto.
42
Não obstante, percebemos que há dois aspectos divergentes revelados por esta
amostragem. O primeiro refere-se ao fato de que as empresas da região. Sul Fluminense
acreditam na importância do estudo de inglês específico para a área adlninistrativa, enquanto
que os alunos da Universidade Federal Fluminense não costumam dar prosseguimento aos
estudos voltados para este enfoque. O segundo aspecto a ressaltar é que elnpresas consideraln
comuns as situações profissionais em que um profissional necessite de conhecimentos elTI
língua inglesa, enquanto a maioria dos alunos acredita não estar preparada para enfrentar tais
situações.
-
8 CONCLUSAO
Outra conclusão do estudo com respeito à relação elnpresa - dOlninio da língua inglesa
- inserção profissional, a partir da análise do perfil das empresas entrevistadas, aponta a
língua inglesa como um fator importante para o profissional de administração, de fOlma que é
exigida em processos seletivos e é considerada como critério de desempate no ato da
contratação. Além disso, pode oferecer crescimento profissional para aqueles que dominam
sua proficiência, visto que frequentemente é utilizada em situações profissionais.
Alcançamos um ponto onde perfis de alunos e empresas se divergiram quando falalnos
de inglês específico para negócios. No curso de Administração da UFF-VR, o curso de
"Inglês Para Negócios" é uma disciplina de caráter obrigatório, porém, a pesquisa indicou que
os alunos parecem não dar prosseguimento ao estudo de inglês específico e, após curSare111tal
disciplina, eles não buscam aprimoramento em inglês específico, o qual poderia ajudá-lo a
compreender e a comunicar-se melhor em sua futura área de atuação profissional. Ademais,
constatalnos que as elnpresas consideram importante que unl profissional de adlninistração
dedique-se a estudar inglês específico para a área de negócios, visto que a Inaioria delas
reconhece ser comum a vivência de situações profissionais que exigelTI do administrador a
comunicação via língua inglesa. Neste ponto, detectamos mais uma discrepância entre perfis
de alunos e empresas, já que os alunos, mesmo tendo vivenciado em algum l~omento este tipo
de situação, não se consideram preparados para participar em processos seletivos, nen1 para
assUmirelTIcargos que exigirão conhecimentos em língua inglesa .
...., ....,
8.1 LIMITAÇOES E SUGESTOES
BARNARD, R., J. CADY (1992) Business Venture ]. Oxford: Oxford University Press.
BLOOR, M. The English language and ESP teaching in the 21 st century . .In: ESP In Latin
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Andes. CODEPRE, 1997.
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CHEW, Phyllis Ghim-Liam. 1999. Linguistic lmperialism, Globalisln, and the English
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guide for graduate students and research assistants (pp. 85-97). Thousand Oaks: Sage
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globalizado. Disponível eln <http://revistaepoea.globo.eom/Revista/Epoca/0,,EMI5903 7-
15204,00-O+FUTURO+DO+TRABALHO.html> Acesso em 04 Mar. 2013.
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ZHENZUA, Huang 1999. The Impact of English in Chinese Universities. In: David
GRADDOL & Ulrike MEINHOF.
49
"
APENDICE A - Questionários aplicados às empresas
Nesta elnpresa,
1) Qual a necessidade da língua inglesa para os profissionais de adnlinistração?
( ) É, essencial
( ) E ünportante
( ) É irrelevante
2) Os processos seletivos da área administrativa exigem dos candidatos conhecÍlnentos enl.língua inglesa?
( ) Sim ( ) ão
7) São COlnuns as situações em que o profissional de adnlinistração necessite de conhecünentos e1l1 língua
inglesa?
( ) Sün ( ) Não
8) Qual a frequência com que um excelente candidato perde uma vaga por não ter conhecinlentos enl língua
inglesa?
( ) Alta
( ) Média
( ) Baixa
OL TA REDONDA
DEPARTA O
,
PR JETO DE PESQUISA: "A IMPORT A LINGUA INGLE
ER ADO DE TRABALHO DA REG
QUE
Selnestre: -----