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) Nous -_ om Vv" oF Fdlucacag Inclusiva cnokriormticcine 3° ATIVIDADES E INTERVENCOES NEUROPSICOPEDAGOGICAS: ESTUDO DE CASO DE CRIANCA COM AUTISMO Rosane Aratijo de Arruda! ‘Nadja Maria Menezes de Morais? Cidilene César de Andrade® Vania da Silva Araijo" Rosilene Felix Mamedes® RESUMO © presente artigo aponta possibilidades de articular atividades pedagégicas e /ou do cotidiano com cciangas autistas, que ausiliem a sua vida em meio a sociedade, fazendo com que sua linguagem seja melhor compreendida através de estratégias, regras, rotinas e diversas comunicagdes. Desta forma, foi realizado 0 estagio supervisionado no Centio de Atendimento Educacional Especializado-CABE, na cidade de Massaranduba-PB, com o intuito de observar uma crianga que j possti landa médico em Antismo Clissico segundo 0 DSM V. Durante o estigio clinico foram realizados atendimentos indivicuais, semanais com tempo estimado de cinquenta (50) minutos para cada sesso. O mencionado relatério apresentou de que maneira foram desenvolvidas as atividades na Instimicao visitada durante 0 estigio com a criauga V. I. dos S. (11), bem como, tragou altemativas de metodologias a serem aplicadas e ou vivenciadas com a ctianga atendida. Com o desfecho do estigio foram apontadas altemativas possiveis em forma de devolutiva, tanto para a familia, como para o espago que foi responsivel pelo estagio. Nossa pesquisa parti de pressupostos de literaturas que abordassem 0 tema para melhor entendimento ¢ desenvolver do estigio, tendo como referencia autores como: Nadia Bossa (1994), Priscila Romero, (2016). Olivia Porto (2006). entie outros. Palavras-chave: Autismo. Comnicagao. Interaeao INTRODUGAO Este trabalho traz discusses acerea da nossa pritiea neuropsicopedagégica no Estigio Clinico Supervisionado apresentado ao curso de Especializagio em Neuropsicopedagogia Clinica ¢ Institucional da Faculdade Mauricio de Nassau, como também, formula intervengdes ¢ apresenta a andlise dos resultados dessas intervengtes Realizamos nosso estégio no Centro de Atendimento Educacional Especializado — (CAEE, na cidade de Massaranduba no Estado da Paraiba. Assim, nos foi solicitado que observassemos uma crianga com laudo médico em autismo classico e realizissemos atendimentos individuais, com tempo estimado de 50 minutos para cada sessao, + Bopecialista em Neuropsicopedasia (UNINASSAU) - rosanegalo_3@hotmailcom 2 Especialista em Neuropsicopedagia (UNINASSAU) - nadja lah@hotmail com > Especialista em Educacéo Biocéntrica - UFPB- cidileneip@ hotmail.com: 4 Especialista em Psicopedagogia - IESPA - vanisojuara@hotmeil.com + Professor orientadora: Mestra UFPB: Doutoranda PPGL-UFPB-eniailosienefinamedes @smail.com Congresso Internacional: Educacae Inclusive i ns 3° 4 $s EE + aid yore =o oO e © aluno VI. P dos S$. ja realiza varios atendimentos nessa instituigao, com acompanhamento de psicéloga, fonoaudiéloga, educador fisico, como também recebe atendimento de duas profissionais (professoras) do centro de atendimento. Compreendemos que o autismo se caracteriza por prejudicar o desenvolvimento do autista na interagao social, comunicagao e imaginagao, além proporcionar um repertério marcantemente restrito de atividades e interesses. As manifestagdes desse transtomno variam imensamente a depender do nivel de desenvolvimento e idade, por isso a importincia de se intervir muito cedo nos sintomas-alvo do transtorno. Diversas eriangas com autismo claramente apresentam potencial intelectual e habilidades significativas, porém os problemas de interago e de comunicagao social, assim como seus comportamentos estereotipados, reduzem e desarticulam suas aparentes capacidades Jevando a prejuizos na aprendizagem escolar. Tivemos como objetivo geral deste trabalho discutir e apresentar a nossa pratica neuropsicopedagégica no estagio supervisionado apresentado ao curso de Especializagaio em Neuropsicopedagogia Clinica e Institucional da Faculdade Mauricio de Nassau. Como objetivos especificos buscamos identificar de que forma se da comunicagiio de uma erianga autista que possui oralidade: compreender a limitagio da pessoa com Autismo como ser integrante da sociedade; possibilitar altemnativas para desenvolver a sociabilidade de pessoa com Autismo, através de intervengdes que favoregam sua comunicagio e entendimento do mnundo que o cerea Entendemos, portanto, que a relevincia deste trabalho se justifica pelo necessirio aperfeigoamento do conhecimento adquirido através desse estagio, METODOLOGIA Este trabalho ¢ fruto uma pesquisa feita em duas etapas, de forma que mma se deu inicialmente como Estigio Institucional, em 2016, para atender 4 necessidade de cumprimento da grade curricular da instituigao. A segunda etapa, o estigio Clinico, ocorreu durante o ano de 2017, entre 0 periodo de agosto a setembro, O estagio institucional é citado nesta pesquisa como forma de apresentagao inicial, apresentando e discutindo a anilise psicolégiea de uma crianga (11), com laudo médico de autismo clissico, segundo © DSMS. A segunda etapa do estudo se deu através da autorizagaio da institnigao e supervistio do Centro de Atendimento Edueacional Especializado (CAEE), Congresso Internacional: Educacae Inclusive i ns 3° 4 s = + aid yore — o @ seguida da autorizagao dos pais do atendido para, mais uma vez, realizarmos a pesquisa com seu filho. A partir dai foram coletados os dados do atendido através de entrevista exploratoria ( anamnese). Esta pesquisa € de carater qualitativo ¢ tem o objetivo de analisar ¢ interpretar aspectos mais profindos relacionados 4 condigao do autismo, fornecendo uma anélise mais detalhada sobre as investigag6es, habitos, atitudes, tendéncias de comportamento, dentre outros (MARCONT e LAKATOS, 2010), Visamos também propor atividades Itidieas centradas na aprendizagem das criangas como forma de avaliar o seu nivel pedagégico, bem como, posteriormente, intervir nos resultados encontrados através da entrevista de anammese, da entrevista com a equipe pedagogica e multidisciplinar e das sessdes Iidicas com a EOCA (Entrevista Operatéria Centrada na aprendizagem). Os atendimentos neuropsicopedagégicos aconteceram através de sessdes semanais com a aplicagao de aplicagio de atividades ¢ jogos, que tiveram boa aceitagio pela familia do atendido, O AUTISMO: DESENVOLVIMENTO SOCIAL E INTERVECOES Sabendo que o Autismo se caraeteriza pelo prejuizo no desenvolvimento da interagao social, comunicagao e imaginagao, bem como por um repertorio marcantemente restrito de atividades e interesses; as manifestagdes desse transtommo variam a depender do nivel de desenvolvimento e idade. Com isso, apontaremos em nossa pesquisa propostas de atividades e interago voltadas para o paciente V.1. Ressaltamos a importincia de se intervir muito cedo nos sintomas-alvo do transtorno. ‘Varias criangas com antismo apresentam potencial intelectual e habilidades significativas porém os problemas de interagiio e de comunicagiio socislm, assim como seus comportamentos estereotipados, reduzem e desarticulam suas aparentes capacidades, levando a prejuizos na aprendizagem escolar. Portanto, utilizaremos propostas de atividades baseadas nas literanuras que abordem esse transtorno Com os resultados, tomaremos como base as reagdes da crianga, e partir delas, buscaremos intervir através de propostas Inidicas, indicadas em literaturas que auxiliam pessoas com autismo e orientam de profissionais que trabalham com esse tipo de dificuldade, como Psicélogos e Fonoaudidlogos. Congresso Internacional: Educacae Inclusive i ns 3° 4 s = + aid yore — o @ Para entendermos melhor o contexto apresentado, € importante trazer alguns fatos historicos para a nossa discusstio. Bossa (2007) explica que os Centros Psicopedagé cos surgiram na Franga, na década de 40, quando em seus primeiros esforgos, médicos e educadores tentavam rever as praticas educacionais aplicadas aos alunos com dificuldades de aprendizagem. Ainda, para firmar um leque de discussdes coerentes, a Psicopedagogia vai buscar suas raizes em outras areas como a linguistica, a psicanilise, a sociologia, a filosofia, ou a neurologia. Todas integram um sistema multidisciplinar na busca por entender 0 processo de aprendizagem (PORTO, 2007). Os sinais ¢ sintomas de alguma dificuldade de aprendizagem so mais comumente diagnosticados durante a vida académica, entretanto, algumas pessoas nao recebem uma avaliagdo até que estejam no ensino médio, ou no mercado de trabalho. Outros individuos com dificuldades de aprendizagem podem nunca receber uma avaliagao. Desta forma, surgem os psicopedagogos que chegaram ao campo de trabalho com o intuito de tentar sanar um pouco desses problemas. Eles devem estudar, se prevenir, ¢ assim, corrigir as dificuldades que um individuo possa apresentar no processo de aprendizagem. Posto isso, a psicopedagogia estuda o fenémeno de adaptagao que implica no desenvolvimento evolutivo da mente, com o processo de ensino-aprendizagem. Em consonncia, surge a Neuropsicopedagogia como uma ciéncia que estuda o sistema nervoso @ sua attagao no comportamento humano, abrangendo as formas de aprendizagem. A Neuropsicopedagogia procura fazer inter-relagdes entre os estudos das newrociéneias com os conhecimentos da psicologia cognitiva e da pedagogia e da neurologia, promovendo desta forma a identificagio, o diagnéstico, a reabilitagdo e a prevengao fiente as dificuldades ¢ distiubios das aprendizagens, Nessa perspectiva, a Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia (SBNPp), através do artigo 10° do Cédigo Técnico Profissional da Neuropsicopedagogia, enfatiza que a Neuropsicopedagogia ¢ uma ciéncia transdisciplinar, fandamentada nos conhecimentos das Neurociéneias aplicada edueagao, com interfaces da Pedagogia e Psicologia Cognitiva que tem como objeto formal de estudo a relagdo entre o funcionamento do sistema nervoso e a aprendizagem humana numa perspectiva de reintegrago pessoal, social e educacional (SBNPp. 2016, p.3) Diante dos mais novos avangos das Neurociéncias, os participantes tém a compreenstio de como o cérebro da crianga aprende e como aplica as estratégias pedagégicas em sala de aula, Congresso Internacional: Educacae Inclusive i ns 3° 4 s = + aid yore — o @ cuja eficiéucia cientifica € comprovada pela literatura, potencializando © processo de aprendizagem, O TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO (TEA) A partir do ano de 1980, foi deserito no Manual de Transtornos Mentais (DSM) que o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) tomou uma devida importancia nos casos clinicos dos diagnésticos de transtomos neuropsiquidtricos em todo o mundo, Recentemente como o novo DSM-5, que descreve como um distirbio de desenvolvimento levando a comprometimentos severos de comunicagio social e comportamentos restritivos e repetitives que tipicamente se iniciam nos primeiros anos de vida. Autismo significa “de si mesmo”. Sendo a primeira vez utilizada por Bleuler em 1911, na suiga. Ele descrevia o autismo como uma figa da realidade.e, segundo Teixeira (2016), Havia desinteresse e inabilidade de set relacionar com outras pessoas; um deseavolvimento peculiar da linguagem verbal, marcada por ecelalia (repetigao de palavras ouvidas pelas criangas); presenga de estereotipias (repetigdo de movimentos corporais sem proposito aparente): intervencdo pronominal (criangas que se chamavam na terceira pessoa) (TEINEIRA, 2016, p. 9). Atualmente, 0 termo “autismo” é oficialmente preterido em favor do termo “transtorno do espectro autista” TEA. Essa nova nomenclatura descrita esta no DSM-5, ¢ esta enquadrada nos transtornos globais do desenvolvimento. Dessa forma, varios estudos mostram que o TEA é uma qualidade para um grupo de desordens complexas que podem vir a acontecer durante a formagao do eérebro ou mesmo durante e apos 0 nascimento das criangas, caracterizando-se pela dificuldade na comunicagao social e comportamentos repetitivos. A despeito de todas as pessoas com Transtomo do Espectro Autista (TEA) que dividem essas dificuldades, sabemos que elas serio afetadas com intensidades distintas. Tais intensidades podem ser visiveis desde o nascimento ou podem ser mais sutis tommarem-se mais visiveis ao longo do desenvolvimento. Assim como qualquer ser humano, cada pessoa com autismo ¢ tinica e todas podem se desenvolver da forma mais adequada possivel. Transtorno do Espectro Antista (TEA) pode ser associado com deficiéncia intelectual. dificuldades de coordenagao motora e de atengao. As vezes os individuos com autismo tém problemas de satide fisica, tais como sono e distirbios gastrointestinais e podem apresentar * @¢—EEIZ== Ve* 3 ) WWCINTEDI wruedamse Fducacae Inclusive je 3 outras condigdes como sindrome de déficit de atengio e hiperatividade, dislexia ou dispraxia. ‘Na adolescéncia podem desenvolver ansiedade e depressio. O diagnéstico do transtomo 6 baseado em sintomas que aparecem sempre antes dos trés anos, todavia, devido a erros ¢ atrasos do diapnéstico, a comprovagio do autismo pode se dar em outros periodos da vida, como adoleseéneia e fase adulta, A deteegao do autismo se baseia em trés parametros gerais, a linguagem (comunicagao verbal e nao verbal), 0 comportamento s ial (interagir e compreender o outro) e os comportamentos estereotipados com objetos A crianga com 10 ( dez ) anos de idade, filha de JS. dos Santos e (pai) ¢ A. P. dos Santos ( mae). Aluna que frequenta a escola regular, do 2 ano na escola Municipal E.F.M.Z.S PERIODO DA AVALIACAO E NUMERO DE SESSOES O estagio clinico foi realizado durante os meses de Agosto a Setembro do corrente ano. se deu no total de 10 (dez) encontros, sendo & (cito) encontros com a erianga e seus os pais, ¢ 2 (dois) encontros dela com a equipe multiprofissional e pedagégica das instituigées que fiequenta. INSTRUMENTOS UTILIZADOS, Instrumentos utilizados para a coleta de dados: entrevistas com familiares, de cumho exploratério e situacional, entrevista com a equipe pedagogica (professora, diregaio); entrevistas de anamnese; sessdes liidicas centradas na aprendizagem das criangas, que tem como objetivo avaliar o nivel pedagégico do aluno e seu fundamento cognitive para desenvolver as atividades propostas, bem suas emogdes ao realizé-las; EOCA (entrevistas operatorias centrada na aprendizagem) que tem como objetivo dar ao paciente a oportunidade de explora-la enquanto 0 psicopedagogo 0 observa. Nesse momento serio abservades alguns aspectos da crianga como: a sua reagao, organizacao, apropriagao, imaginacao, criatividade, preparagao, regras utilizadas ete. ANALISE DOS RESULTADOS NAS DIFERENTES AREAS Diante da realizagio de 6 (seis) sessOes diagnésticas pudemos pereeber 0 seu entralagamento com as diferentes areas propostas por Weiss (2007) Congresso Internacional: Educacae Inclusive i ns 3° 4 s = + aid yore — o @ Pedagogica: Seu nivel pedagogico e criativo esta abaixo de sua escolaridade e de sua faixa etéria, suas produgdes correspondem ao nivel pré-operatério. Apresenta deficiéncias quanto 4 competéncia linguistica. O aluno rabisca algumas letras do nome proprio; faz 0 pareamento também de algumas letras, ao utilizarmos um espelho como instrumento ltidico de ensino; nao reconhece nenhum mimero; nao explora todo material disponibilizado e prefere ‘usar © material j4 conhecido: explora sempre a sequéncia de cores, dando preferéncia & cor azul Cognitiva: Possui baixo nivel de atengio e dificuldade na concentragao. Para fazer qualquer atividade necessita de estimulos diretivos, que indiquem o que deve fazer ¢ como fazer; realiza atividades de sequenciagao de cores ¢ formas; faz agrupamento de tamanhos; consegue realizar atividade de esquema corporal Afetivo-social: VI mora com os pais e um itmfio mais novo (neurotipico). A relagiio entre todos parece ser normal, embora a mae revele afetividade, ela mantém o filho infantilizado satisfazendo todas as suas vontades. Essa conduta afeta seu emocional contribuindo para que ele apresente dificuldade em lidar com fiustragao e o desenvolvimento da sua autonomia, Corporal (psicomotora): O aluno tem o seu desenvolvimento psicomotor em desenvolvimento e algumas habilidades precisam de mediag4o. No que tange A lateralizagio e relagdes espaciais, nao apresenta entendimento. Sua alimentagio & deficitiria para suprir as caréncias nutricionais, ¢ ha a recusa alguns tipos de alimentagao, Apresenta comportamentos restritos e repetitives que sio uma das caracteristicas do autismo elissico, como andar na ponta dos pés, Linguagem: A sua linguagem enquadra-se na categoria nfio-verbal. Além disso, grita nos momentos em que se sente satisfeito e realiza movimentos estereotipados. SINTESE DOS RESULTADOS © aluno apresenta padrao desordenado no desenvolvimento da communicagao, com deficiéncia no uso e na compreensio das formas nao-verbais comunicativas, como também no nivel de priticas comunicativas nao-verbais, caracteristicas tipieas presentes no Transtomo do Espectro do Autismo, V.I é uma erianga de 11 (onze) anos de idade que frequenta 0 segundo ano do ensino fimdamental de uma escola da rede piblica municipal e vem enfrentando Congresso Internacional: Educacae Inclusive i ns 3° 4 s = + aid yore — Cy ® dificuldades em seu processo de eusino-aprendizagem. Foi inserido na tuma pela sua idade, apresenta um bom desenvolvimento, porém com grandes limitagdes. PROGNOSTICO Sabendo-se dos limites e condigdes especiais proprias do autismo, desde a sua infincia, © diagnéstico precoce ajuda a melhorar tanto as condigdes de vida do aluno, quanto de seus familiares. Como isso mio foi possivel nesse periodo de tempo, faz-se necessirio o acompanhamento e aplicagio de recursos terapéuticos para atenuar as dificuldades de convivéncia em sociedade das criangas com Transtomo do Espectro do Autismo. RECOMENDAGOES E INDICAGOES (ENCAMINHAMENTO) Diante do que foi estudo ¢ aplicado nas nossas sessGes ¢ para realizagio desse relatério, vimos que se faz necessério algnmas recomendagdes, tanto 4 familia, quanto para a escola. No intuito de que haja um melhor desenvolvimento deste aluno considera-se a familia, atividades da vida diaria e a escola. Encaminhamentos para familia: intervengaio neuropsicopedagégica com inclusio de jogos terapéuticos, téenieas projetivas psicopedagégicas que viabilizem a ressignificagio das primeiras modalidades de aprendizagem; Tratamentos terapéuticos com Fonoaudidlogo, Terapeutas Ocupacionais ¢ Psicolégicos, on seja, a continuagio com os atendimentos que o Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE) do seu municipio fomece. Diagnéstico clinico com neuropediatra para acompanhamento e tratamento. Nas atividades de vida didtia considerou-se o bauho. Inicialmente fomecer modelos de como fazer as etapas do banho e utilizar a hierarquia de ajudas, quando necessario, Como comportamentos a serem minimizados: andar nas pontas dos pés. Solicitei aos pais que sempre que V.1 estivesse andando dessa maneira, chamem a sua atengao ¢ pegam para que ele coloque 0s pés no chao, mostrando como se faz, e elogiando com palmas ou parabéns, quando a tarefa for concluida com sucesso. Encaminhamentos para a Escola: realizar um trabalho pedagdgico que considere a singularidade do sujeito dentro do grupo e valorize seu conhecimento de mundo, realizado isto a partir de um planejamento flexivel, com objetivos claros e estratégia metodoldgica criativa e desafiadora, que combine os diferentes estilos de aprendizagem: Sinestésico, Visual, Auditive; Congresso Internacional: Educacae Inclusive i ns 3° 4 s = + aid yore — o @ Necessidade de uma acompanhante terapéutica: sera imprescindivel uma acompanhante terapéutica (AT) com VI na escola, pois ele necesita de uma atengao individualizada e integral para ajudé-lo no engajamento da rotina escolar e das atividades académicas. Lembrando. segundo o paragrafo tinico do artigo 3° da Lei nol2.764/2012 (Lei Berenice Piana), que este acompanhante deve ser “especializado”, ou seja, que tenha formagao especifica na fea voltada para o tratamento de eriangas especiais. Socializagiio: sugerimos que a equipe da escola crie situagdes dirigidas nos momentos das brineadeiras, para favorecer as interagdes de V1. com os amiguinhos, Pode-se pedir para ‘um colega chamar o V.I para brinear, porém sera necessério que um adulto o ajude a se manter na brincadeiza, Sala de aula: é importante que V.1 fique sentado a frente, proximo a professora e a Jousa, junto com sua AT; Utilizar © quadro de rotina fixo ¢ mével sistematicamente, ¢ principalmente nos momentos em que V.1 ameagar sair da sala. Caso V.1 saia da sala de aula mostrar a foto do que devera ser feito (foto da atividade em sala) juntamente com um objeto motivador” para atrai-lo de volta a sala. Avisar que ele tera acesso quando entrar na sala. S6 entregar 0 objeto quando ele entrar e se sentar. ANALISE DO CASO CLINICO Sendo o Autismo uma sindrome caracterizada, dentre outros sintomas, pelo comprometimento da comunicagio ¢ interagdo social do individuo, Kanner afirma que 0 autismo é uma sindrome comportamental. Com base nessa teoria nossa pesquisa visou analisar de que forma se di a comunicagao e interagdo de V. I. com os familiares e na comunidade escolar na qual esta inserido. Desta forma tivemos como arcabougo teérico algumas literaturas que enfatizam a importancia de inserir na rotina da crianga atividades Kidicas em que ela possa explorar diversos sentidos: comunicagao, atividade de vida didria, psicomotoras, entre outras. Tais caracteristicas sevidenciaram-se quando aplicadas em atividades com a EOCA. O nosso paciente nao se identificou, de inicio, com um tinico objeto nela contido, paseo pela sala, olhava a caixa, voltou e, em seguida, retirou uma locomotiva para brincar. Girava 0 carro or varias vezes na mesa, até que voltou a observar a caixa e retirar um segundo item, o kit de caixa magica, Na sequéncia, empilhou as caixas uma sobre a outra e selecionou-as por tamanhos semelhantes. Depois de realizadas as sessdes foram entregues aos pais do menino a devolutiva, em que sugerimos a permanéucia do apoio da equipe multidiseiplinar Educacae Inclusive i ns aed * Er & Ww) IV CINTEDI nm \¢ > @ © J Congresso intemacional e oN fe 3° Diante do exposto, fica evidenciada, apés nossa pesquisa, a uecessidade de maior interven em quadro de pessoas com TEA. Sua limitago de comunicagio, social e/ou cognitiva, sto superiveis desde que o caso seja diagnosticado cedo. CONSTIDERAGOES FINAIS Quando no desenvolvimento das atividades 0 atendente apresentava maior dificuldade na comunicagao e na interagao em sociedade. Enfatizamos, com mais conviegao, que se fz importante um melhor entendimento acerea do Autismo e de como lidar com determinadas situagdes relacionadas a ele, para que haja a devida mediagio da familia, dos profissionais multidiseiplinar e demais pessoas que fagam parte de sua rotina No entanto, regulamente, sabemos que as dificuldade sio diversas para o acompanhamento de pessoas com TEA, que vao desde a desinformagio do assunto ao fator social , ¢ que, por muitas vezes esses fatores acarretam na negagio do caso-fator, © que dificulta 0 processo desenvolvimento da pessoa com o transtorno. Por fim, concluimos que através dessa pesquisa tivemos os objetivos alcangados. REFERENCIAS BEAR, F. M.; CONNORS, B. Neurociéneias: Desvendando o Sistema Nervoso. 3. ed, Porto Alegre, ARTMED, 2008. BOSSA. N. A psicopedagogia no Brasil: coutribuigdes a partir da prética, Porto Alegre: Artes ‘Médicas Sul, 1994 BRASIL, M. E. 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