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eee PSSST PTI ISHII DSS DD ee ANALISE DE VIBRAGOES II - ROLAMENTOS E ENGRENAGENS Ricardo Damido Sales Géz 37501-012 Fone: 35) 3629-3500, MG Fax G5) 3622-477 Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo Géz 1 - Caraeteristicas dos Sinais de Vibragdes 2 2 - Sinais Harménicos .. 2 3 - Anilise de Fourier 7 4 - Batimento Truncado i 5 - Sinais Modulados .... 12 6 - Modulacaio em Frequénci 14 7- Anilise Cepstral ... 15 Ali 18 20 10 — Um Pouco sobre Amostragem .... 23 Anialise de Vibragées II: Rolamentos e Engrenagens Capitulo 1: Sinais Dindmicos e sua Analise Capitulo 1 pagina 1 ‘Andlise I: Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo Géz Capitulo 1 - Sinais Dindmicos e sua Andlise . Os sinais dindmicos tem grande importancia em sistemas reais, pois informam 0 que ) acontece com as varidveis do proceso. Entende-los ¢ analisé-los corretamente ¢ fundamental para conhecer, avaliar ¢ controlar as manifestagdes de maquinas € processos. | Neste capitulo serio comentadas as caracteristicas prineipais dos sinais de vibragio, enfatizando os gerados por rolamentos ¢ engrenagens. O objetivo é fornecer subsidios de | anélise combinando a observagdo da forma de onda, das freqiiéncias e dos valores RMS ¢ de pico. Incrementando com isto, a capacidade de andlise dos problemas vibratérios mais complicados. 1 - Caracteristicas dos Sinais de Vibracaio: ‘A anilise de vibragao praticamente s6 trabalha com sinais do tipo AC enquanto outras anilises tais como 0 posicionamento, jogo axial € distorgao térmica necessitam do sinal completo do movimento, ou seja, 0 sinal de. Entre os sinais classificados como AC ocorrem muitas combinagées. Existem as combinagdes das vibragdes, com suas interferéncias aditivas ou destrutivas, efeitos modificadores ¢ efeitos dos caminhos de propagagio. Tudo isto resulta em sinais bastante complexos exigindo maiores recursos de andlise. A Qualidade da Interpretagaio depende diretamente da Qualidade da Anélise dos Sinais, Conhecendo as diversas formas dos sinais de vibragdo € seus possiveis modos de combinagao, 0 analista ao medir a vibragdo das maquinas deve perceber se os sinais so puros, distoreidos, combinados ou modulados. Com esta observagao, é escolhida a técnica de Anilise de Sinais mais conveniente. O mercado oferece hoje intimeros analisadores de sinais, com recursos computacionais poderosos ¢ pregos em queda. Nos itens seguintes, serio apresentados os modos de combinagées de sinais, visando facilitar seu entendimento e permitindo escolher os analisadores de sinais mais adequados. "Semone N feneorr = Are 2 —Sinais Harménicos :) Uma vibragdo simples é bem representada por um sinal harménico, uma sendide como mostrado na Figura 1 e definida por: x(t) = X sent Eas caracteristicas proprias sto: (© | bore froce ide Capitulo 1 pagina 2 | — [ -wRO ‘-- @ BB ERRSRARREARRAREReRPeCeeeeevev eevee eeee ee 2aaeate €« ‘Andlise Il: Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo Goz Amplitude Freqiiéncia Periodo Defasagem - Valor medido do nivel zero até 0 pico: - niimero de ciclos por segundo, em cps ou em Hertz, pode ser quantificada também em radianos por segundo, a freqiiéncia circular @ [rd/s] (o = 2x 1); - duragio do ciclo em segundos [s], igual ao inverso da freqtiéncia em Hertz; - indica 0 avango ou atraso de um sinal, em graus, em relago a outro sinal qualquer. A vibragao é sempre atrasada em relagao a exci os 05 4 Pico a Pico Fig. 1— um seno e suas caracteristicas basicas. O sinal harménico pode também ser simbolizado pelo fasor, um vetor de médulo X e rotagao © [rd/s] no plano complexo, conforme Figura 2. A representagao vetorial facilita muito a andlise ¢ 0 entendimento dos sinais ¢ suas combinagdes. A resposta do sistema, 0 valor instantaneo, é dada pela componente real do fasor, Re (Z). O fasor é expresso por: o Fig. 2 - Representagao grifica de um sinal harménico (seno). Capitulo 1 pagina 3 Il: Rolamentos e Engrenagens - Instruto1 icardo Géz A vibragiio mecénica expressa em deslocamento, é uma sendide de amplitude X [um] ¢ freqiiéncia @. A velocidade e a aceleragiio da vibrago so derivadas do deslocamento, veja Figura 3. Os tés parémetros relacionados pela freqiiéncia @ (sempre em radianos/segundo) siio: PSii tl a deslocamento : x(t) = X sen (ot +9) (t) = X@ sen(@t+$+90°) — fidiovteds + velocidade aceleragao t) = Xo? sen(ot + +1802) rahe Representagéo em forma de onda dos parametros da vibragio. Uma tinica__vibrago—expressa_— em deslocamento, velocidade ¢ aceleragio (as amplitudes foram alteradas para acertar o grafico). A freqtiéncia calculada foi de 30 Hz © as amplitudes stio X, Xo e Xo. Observe as defasagens de 90° entre as curvas Representagiio vetorial dos je | parémetros da vibragiio. Uma tinica vibragdo expressa A em deslocamento, velocidade © aceleragao. ‘As amplitudes calculadas para 30 Hz (185.35 rd/s) foram: Real d=55 pm, v= 10.2 mm/se a= 1.9 m/s’. (As amplitudes so X, Xo ¢ Xo”). Observe as defasagens de 90° entre os vetores. Figura 3 — Representagao dos parimetros em forma de onda e em vetores. Em uma mesma maquina ou estrutura existem varias vibragdes. Nas trajetérias elas podem se combinar ¢ interagir ctiando uma nova forma. Tal como uma soma de movimentos e de energias ou modulagdes. A soma de movimentos (vibragdes) pode ocorrer um dos casos abaixo: Capitulo 1 pagina 4 ~*“ @RLEBRARBRAABRARARAAe aac Anilise IT: Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo Gor, 1- A soma de harménicos de mesma freqiiéncia é também uma harménica de mesma freqliéncia com amplitude e defasagem proprias, Figura 4. Por exemplo: x(t) + X9(t) = X,sen@t + Xz sen(@t+@) a harménica resultante é calculada usando a regra do paralelogramo, ou seja: x(t) = X sen(ot + ,) 7 -1__Xyseng onde =X B + X3 +2.X).X> cos e = tan™? ——2 S00 _ 1X 1-X cos %o PENS ——, Imaginério ‘ Real Fig. 4— Soma de harménicas de mesma freqiléncia. 2 - A soma de harménicos de freqiiéncias diferentes é um sinal periddico mas nao harménico. ri > TAK 3 - 4 Imaginério ! on 4 | B y ay" Se ee reeset en Fig. 5 — soma de harménicas de freqiiéncias diferentes, Capitulo 1 pagina 5 LERECEERELELAELALALEERLECTLCKLLCCEEALALALALADLADATCIRAEAAEEESE ‘Aniilise II: Rolamentos ¢ Engrenagens - Instrutor: Ricardo Goz wake 3- A soma de sinais Ye freqiiéncias quase iguais: @) = @, +¢ (¢ <<), gerao batimento. Por exemplo 120 Hz e 199.6 Hz. Entao = x(t) = X\sena,t+ X,senw, t= X,senot+X,sen(o+e)t (onde &<<@) Pela regra do paralelogramo, a resultante com defasagem (t) variével no tempo, é: ax(t)=X*sen(ot+y) onde X* =X] +X}+2.X,.X, coset (Para x, =X, vemx" =2X oo X, senet X, +X; coset ors e a defasagem é y(t)=tan™ Neste caso especial, chamado batimento, Figura 6, a resultante tem freqiiéncia *, a amplitude é modulada por uma harménica de freqiéncia ¢ ¢ a fase também varia com . Imaginario ote B o Real Fig. 6 — representagao do batimento (beat). A soma de sinais por forma de onda, nao corresponde a severidade do problema, pois © valor resultante depende muito das fases, podendo tender para um maximo ou para um minimo. J4 a soma de energias é bem representadas pela quantificagao em Valor Eficaz, 0 _), RMS. Agora cada parcela da soma aumenta o resultado de energia, com grande importincia para a severidade. Por exemplo, uma vibragio de 5.4 mm/s RMS em 1x a rotagiio, pode ser \ a soma de 4,1 mm/s RMS do desbalanceamento, mais 2.9 mm/s RMS de um | desalinhamento, mais 2 mm/s RMS da 4* harménica da correia. Se fosse medido em pico a | pico, os valores poderiam variar de 1.1 a 12.7 mm/s pico ou de 2.2 a 25 pico a pico. Capitulo 1 pagina 6 ise II: Rolamentos ¢ Engrenagens - Instrutor: Ricardo Géz 3- Analise Espectral - Fourier Existem duas formas caracteristicas de sentir, observar e analisar os sinais dinamicos encontrados em todas as areas de atividade humana, so elas: a forma de onda € 0 contetido de freqiiéncias. A seguir, comentarios sobre cada uma delas. FORMA DE ONDA: £0 modo visual: um espeticulo de danea, ou de nado sincronizado, por exemplo. Um modo iradicional, subjetivo e facil de entender os sinais, dinamicos: movimentos, sons, forgas, pressdes etc, é representé-los por sua forma de onda, a sua variagao no tempo. © observador segundo suas emogdes ea OO registrard o evento e tiraré conclusées quanto 4 beleza, _perigos, —suavidade, —_-violéncia, intensidades, taxas de repetigao, mudangas de dirego e sentido etc. Ele percebera que para cada sinal, existem caracteristicas proprias naturais ou estatisticas. Fig. 7 — Eventes em forma de onda Em alguns casos serdio nitidas sucessdes de eventos discretos sobre 0 padrao normal do sinal. O violdo solo do Bebeto tem 0 chiado de seus dedos nas cordas, se fosse 0 Gilberto Gil nio teria! Veja figura 7. © observador identificaré a origem da perturbagdo pela sua taxa de ocorréncia Folgas em pinos e chumbadores, sucessio de impactos ou atritos, batimentos, sfio exemplos de eventos identificaveis pela andlise da forma de onda de um sina Contetido de Frequéncias: Um observador atento percebe que os sinais reais quase nunca so sinais puros. Eles sfio sempre compostos. Com mais atengo e experiencia, o observador saberd identificar a formagio dos sinais. Todos nés reconhecemos algumas vozes no meio do vozerio de uma festa. Tecnicamente, reconhecemos correias, rolamentos, fluxos de fluidos ete. ‘Na aciistica, é reconhecer o timbre sonoro de uma voz ou de um instrumento. Légico que o sinal depende muito de suas causas ¢ do ambiente de propagagdo. Um mecénico ao ouvir um ruido anormal em um automével, percebe as freqléncias predominantes, julga o tamanho e dureza da parte geradora da perturbagdo, e a encontra. Capitulo 1 pagina 7 ‘Anilise II: Rolamentos ¢ Engrenagens - Instruto: Quando © observador identifica as componentes de um sinal, em amplitude freqliéncia, ele automaticamente avalia a participagdo de cada elemento gerador no sinal completo. Esta andlise é naturalmente feita milhares de vezes na vida normal das pessoas, em fungao de suas preferéncias individuais. Um jovem ao ouvir a aproximagaio de um motor, ja se alvoroga, pois reconhece aquele carro fera, e saber quem esté dirigindo, seu amigo ou o pai dele. Teenicamente, a andlise do contetido de freqiéncias é feita por uma fungdio matemética desenvolvida por Jean Baptiste Fourier (1768 - 1830), fisico ¢ matematico francés. Esta fungao transporta um sinal no dominio do tempo para o dominio da freqiiéncia, de x(t) para §(o). Omega — simbolo de frequéncia em [radianos por segundo]. A Transformada de Fourier mostra de forma objetiva, quais so as componentes de freqiiéncia de um sinal, com informagGes precisas dos valores individuais de amplitude freqtiéncia e de defasagens. A transformada de Fourier desenvolvida para sinais sem influéncia de seu inicio ¢ final (duragao infinita de -s0 a +c): de Fever eos S(@) = [0er" sitions ges onde: {§(@) é a Transformada de Fourier do sinal x(t). Cada sinal tem uma formag&io harmonica propria, Na andlise de vibragio de méquinas, o espectro é de suma importancia, pois permite associar as componentes as suas origens, as causas da vibragao. A transformada de Fourier na sua forma clissica nao € compativel com processos digitais em computadores. Mas seu entendimento e aplicag’io nos permite conhecer as respostas harménicas de virios sinais matematicos de ocorréncia comum nas méquinas. A Tabela | a seguir mostra ALguns exemplos tipicos. Capitulo 1 pagina 8 CPO ECSEREAETLERLELLETLLEKRKLLEKRLLCELEEEEEAAERARARERERELE Tabela 1- Exemplos de familias Harménicas. entos ¢ Engrenagens - Instrutor: Ricardo Forma de onda ease | tempo Duragaio do pulso 14 is = fag = 71.4 kHz, (caso de um rolamento de 8 esferas, didmetro pista externa = 78mm, com arranhao de largura = 0.1 mm) ti Onda Qudrada de 10H sonnet Onde 0 i # . | i | E a | sells" \ wont | %y as oz os oa os 10" 1 L = = ; | ae | |4 Durago do pulso 10 ms = ij frnax = 100 Hz el separa cn Pann tne Duragdo do pulso 2 ms = fax = 500 Hz Capitulo 1 pagina 9 Tabela 1- Exemplos de familias continuagao a Ferma de onda espectro i se eso 0 i ‘Waseca teem | fy i | i | ULE) lh al wen eee 1 —————— : seo _| al ry a Ny | | | i saa set Capitulo 1 pagina 10 AEKCLRLAELTLALALLRLLALLALBLALALAEALALIECLARD C @ ¢ e Ca e e e 6 ‘Anilise Il: Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo G6z. Depois da equagio clissica de Fourier surgiu a Transformada Discreta de Fourier, a TDF, que accitava sinais discretizados da fungiio no tempo f(t) com N, amostras. A equagiio da TDF est mostrada abaixo. A integral foi substituida pelo ¥ (somatério), o vetor girante por um vetor que anda em degraus de 360°/Na e mantém a algebra complexa pelo j= V-1. O resultado X(m) é 0 espectro discreto de freqiiéncia formado por m linhas. Em 1967, dois matematicos Cooley e Tuquey, propuseram alguns vinculos para a TDF. Sao eles: 1- O.usuario escolhe o nimero de linhas m ¢ o sistema estabelece N, = m x 2.56; 2- O usuario escolhe a freqiiéncia maxima de anélise 0 sistema estabelece a freqiéncia de amostragem fymost = finax X 2-56. Com este algoritmico, os calculos foram reduzidos em 99.35% (no espectro de 400 linhas), pois o vetor girante virou tabela, A determinagiio do espectro se tomnou tio rapida que a equagaio TDF passou a ser chamada de { 7% bernmshog FFT (Transformada Rapida de Fourier) \= > \ Fo aparelho que executa o FFT, chamado de RTA (Real Time Analyser) Foi quando a equagao de Fourier pode ser implementada em computadores portateis € nds, analistas de vibragao, pudemos ter nossos aparelhos. Atualmente 0 FFT vem implementado no hardware pelo integrado DSP (Digital Signal Processor). Cada fabricante atual programa seu analisador com opgées de niimeros de linhas m e freqiiéncias maximas de anélise. Os resultados so sempre complexos do tipo a + jb portando contém informagées de amplitude ¢ fase para todos os m componentes do espectro. A seguir alguns comentarios sobre composigdes de sinais. 1- 4- BATIMENTO TRUNCADO : batimento ocorre com a soma de duas vibragdes de freqiiéncias quase iguais. Eno 1a vibragdo resultante pode ficar grande ¢ a nao linearidade do sistema mecénico pode nao permitir este grande deslocamento ¢ limitar a oscilagio da estrutura. A vibragiio ficard truncada em baixo, ou em cima ou em ambos ¢ o espectro mostraré caracteristicas tipicas Capitulo 1 pagina 11 Anilise Il: Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo Goz desta formagio. A Figura 8 abaixo mostra a forma de onda e 0 espectro correspondente ao batimento truncado. Forma de onda espectro £[Hz] Fig. 8 — Batimento Truncado. 5 - A Modulacio de Sinais Quando um fendmeno interage com um outro fenémeno, podem aparecer novas formas de combinagiio de sinais, o batimento e 0 batimento truncado siio exemplos. Um diagrama de blocos pode ajudar no entendimento destas interagdes. Figura 9. Sinal de Entrada Resposta do Sistema Sinal Perturbador ou Modificador Fig. 9 — Representagiio de um sistema. Em mecanica e em elétrica, nossas grandes areas de atuag&o existem muitas possibilidades de combinagées dindmicas: eixos empenados, gaiola de rolamentos, correias, corrente de escorregamento, ovalizagio de engrenagens, excentricidades so alguns exemplos. Nesta festa, existem os perturbados ¢ os perturbadores que sero chamados de portadores ¢ moduladores respectivamente. Nés, os analistas, deveremos encontrar ¢ analisar estas combinagées para entende-las e corrigi-las . Existem dois grandes grupos de modulagées: AM. (amplitude modulada) FM _(freqiiéncia modulada). Capitulo 1 pagina 12 SCORLTLILEALELELELTCLLELAELALLEALALATLALELRLELEELELELLADLEALEEALERELAL ‘Anilise II: Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo Géz A modulagao em amplitude - AM - pode ser gerada de dois modos: POR MULTIPLICACAO: consiste em multiplicar a portadora, uma harménica de freqiiéncia @p, pelo sinal modulador f(t). Assim, tem-se: f(t) cosa@,t Se for tomada a transformada de Fourier da expresso acima e aplicando a equagdo de Euler ¢! =cosort jsenot , pode-se escrever cosat = 4(e' +e) e dai Le" + fe") {f fe’ "elt + f yne?*teitar} S@ecosa, t Bf Wcose, t= ou escrevendo na forma mais simples, o espectro de freqliéncia € SL (t) cos o,t |= i{F(@,-@)+F(@,+@)} isto se a fungdo f(t) for uma sendide de freqiéncia @, porém se for uma fungio com composigao harménica, existiré um par de bandas para cada componente de f(t). Este tipo de modulagaio cria duas componentes de freqiiéncia eqiidistantes de + @ da freqiiéncia da portadora. Note que nesta forma de modulagdo, a portadora nao aparece no resultado, 0 que justifica 0 nome de Modulagao de Amplitude com Portadora Suprimida. POR SOMA: quando 0 processo fisico faz com que os sinais se somem, pode-se escrever: Xay(t) = £(t) cos @t + A, cos @,t que pode ser reescrita como Xam(t) = LA, + f(t)] cos o,t Se a amplitude da portadora for sempre maior do que o maior pico de f(0), a modulagdo iré transportar 0 sinal modulador sem perder nenhuma informag&o. O espectro de freqiéncia deste tipo de AM contém um pico na freqiiéncia da portadora com bandas laterais espacadas da(s) freqiéncia(s) do sinal modulador. Como mostrado na Fig. 1.4, aparece um par de bandas laterais para cada componente de freqiiéncia do sinal modulador. Capitulo 1 pagina 13 ‘Andlise Il: Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo Goz. Este tipo de AM tem freqiiéncia constante e amplitude varidvel em fungio do sinal, com forma de onda semelhante ao batimento. Figura 10. Fig. 10 AM — forma de onda e espectro. i as F Eatin — | ‘| "1 6 - Modulagao em Freqiiéncia Neste caso o sinal de alta freqiiéncia (portadora) tem sua freqiéncia variando conforme o sinal de menor freqiiéncia (modulador), que é representado por: Xpy (t)= A, cos [(@, + Ay aa sen Wy, t)t] onde ©, Ap, € Ay = fregtiéncias e amplitudes da portadora e da moduladora; o, considerando @, >>> ©), , ¢ definindo Fator de Modulagao como: B = Ay eal tem-se: x(t) = A, cos(@,t + B sen ot) O sinal FM da equagao acima tem amplitude constante e igual 4 da portadora ¢ freqiiéncia instantanea varidvel, veja Fig. 1.5c. Este sinal pode ser expandido em série pelas fungdes de Bessel da seguinte forma: x(t) = CL Jo (B) cos (2 1 fang t) + = Jy(B) cos (2 meng - 2 mf,) t + Jy(B) COS (2 meng + 2 mf) t+ = J,(B) 005 (2 feng - 4 £,) t+ Jp (B) COS (2 feng + 4 mf) t+ ~ J5(B) 008 (2 feng - 6 2 f)) t + J3(B) cos (2 mfg + OL) tt... ] que ja definem as bandas laterais em torno da freqtiéncia da portadora. Passando Fourier: Capitulo 1 pagina 14 LELLLELLELLTELDALRAREREERE ee ‘Anidlise II: Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo Géz X(f) = 2*CL Jo(B) BC feng) + +I1(B) BCfeng + fi) ~ I1(B) BC feng = £1) + + Jn(B) 8( feng + 2 f1) - Jo(B) 8( feng - 241) + + J5(B) BC feng + 3£) - J3(B) B( feng - 341) + I espectro teré infinitas bandas laterais para cada elemento modulador. Seu aspecto geral dependera do valor do indice de modulagiio B, conforme mostrado na Figura 11. Fig. 11 — FM — Forma de onda e Espectro 7- Andlise Cepstral © Cepstrum foi desenvolvido inicialmente como sendo o espectro do log do espectro do sinal. Simples naio? Em matemética: veccumam ECD = BlloglB OD Comparando com a andlise espectral, a andlise Cepstral é mais abstrata para 0 entendimento e por isto, sua explicagio € mais dificil. Seus resultados porém, sto curiosamente concretos, iiteis ¢ faceis de entender e usar. Felizmente, 0 usuario ao desejar usufruir dos beneficios do Cepstrum, tem o tinico trabalho de acessar um fung’io do menu, Resumidamente, o Cepstrum identifica e mostra ao analista as familias de picos com igual espagamento presentes no espectro de freqiiéncia de um sinal dindmico. As principais causas da gerag%o destas familias stio as diversas formas de modulagio, principalmente a de freqiiéncia. Entdo, a andlise cepstral € uma ferramenta poderosa ¢ uso simples na descoberta ¢ identificago de processos de modulago. Se o analista conhece em suas mAquinas os possiveis fatores moduladores, o cesptrum sera de grande valia. Figura 12. Na matematica, a fungdo do tempo passa para freqtiéncia leva um log e deveria voltar para 0 tempo, e volta, com unidade de tempo [segundos] s6 que depois do log, entio Capitulo 1 pagina 15 Anilise II: Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo Géz seria um tempo invertido, e foi chamado de t [tau]. Por causa desta inversdo outros nomes foram invertidos: Spectrum | Cepstrum Frequency | Quefrency Harmonic | Rahmonic Filtre | Liftre 10 Hz, epee de 1 se t=0.18+ 10 Hz UWL | Fig. 12 — Exemplo de Cepstrum. Vantagens da Andlise de Cepstrum © Cepstro transforma uma familia de harménicas em um tinico pico, se existirem n familias harménicas existiro n picos. O acompanhamento da evolugao do problema consiste em nao existir 0 pico, seu crescimento, e sua dissolugio, quando o defeito esta tao grande que a vibraco se torna irregular. Na andlise Cepstral, a trajetéria da vibrag&io tem pouca influéncia no aspecto da informagao. Isto significa que cepstra medidos em varios pontos de uma mesma maquina terdio basicamente 0 mesmo aspecto. A seguir exemplos de Cepstra Sey DER Ealee Fig. 13 — No espectro (em cima) espagamentos de 24 Hz, no cepstro._(embaixo) componente em 41.406 ms (24.15 Hz) Capitulo 1 pagina 16 Anilise I: Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo Géz, Fig. 14- medidas de espectre ¢ cepstre em deis pontos de um redutor ‘Spectra epsira 2) Gearbox (measuring point) teed 1) Gearbox rasurtg pat 2) i = eg +S mi © = » ‘Quetrency (ms) fred Precuaney ” mtn “Time Signats Spectra 2) Max, amplitude -t-emax, frequaney bi Max. amplitudest-> rin, frequency Fig 15 —Insensibilidade do cepstro 4 fase. Capftulo 1 pagina 17 ‘Anilise Il: Rolamentos ¢ Engrenagens - Instrutor: Ricardo Géz ang” ang euiee 8 - Analise por Envelope( a) Uma Técnica Moderna Aplicada na Anilise de Sinais Repetitivos. Apresentacae : Muitos eventos em méquinas geram cargas sibitas e repetitivas, podem ser impactos, ondas de pressio, faiscamento elétrico ou qualquer outro evento de curta duragdo, alta energia ¢ repetitive. Se alguém lembrar de um motor de vefculo “batendo pino’ teré um bom exemplo. Dentro da cdimara de combustZo, um erro cria uma onda de choque de pressdo gasosa em uma determinada seqencia bem conhecida e facilmente reconhecida. Como estas ondas de pressio acontecem dentro de um ambiente metilico € duro. A propagago vem com a freqtiéncia do metal como se fosse um pino batendo. O timbre metélico (freqiténcias naturais) transporta a onda ¢ a sucesso de eventos indica a causa. Um faiscamento tem um som bem conhecido (teste um fogio com acendimento antomético). Se em alguma circunstancia este tipo de som (freqiiéneias) se destacar de Sutros sons, um pouco de atengdo sobre ele mostrar a seqiléncia dos eventos (frequéncias dos defeitos). ‘ento montado rigid em uma caixa metélica, cada possivel impacto de uras ¢ excitaré freqiiéncias naturais. Quando trardo informagdes da seqiiéncia de eventos. As estarem em regides pouco habitadas do Em um rolam alta energia se transmitiré para as estrut algumas delas se sobressairem no espectro, vibragdes nas naturais podem se destacar por spectro ou por altos niveis de energia. $6 para lembrar um pulso de duragio = 0.1 ms, injeta energia até 10 KHz ¢ pode excitar naturais até 10 KHz. pactos © fato é semelhante, s6 que a propagagtio é pela Em engrenagem com im chance de chegar na diregdio radial dos mancais. perpendicular aos dentes com pouca energias salientadas nas freqiiéneias [A instrumentagio para 0 envelope deve captar a: io de eventos nas freqiléncias dos naturais com filtros adequados e perceber a sucess: possiveis defeitos. ‘Ou seja, na faixa de altas freqiéncias se percebe as ressonincias, ¢ as energias sio amalisadas nas freqiiéncias dos defeitos. Se faiscamento, pontos de comulagio, se engrenagem, engrenamento, se rolamentos , pista externa, interna, elemento rolante ou gaiola. Se batida de pino, meia rotagao do motor. Capitulo 1 pagina 18 © MREREREABLEEEEELEEEEL EAE ELEBEEALAEBZBAEALALALBARBEABAERLRALBAALAAAR ‘Anilise II: Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo Géz da envoltéria. Apareceriam as freqiiéncias fundamentais dos eventos. Freqiiéncias baixas, talvez nao superiores a 250 Hz, dependendo do tipo do rolamento. A sucessio de eventos poderia ter 0 aspecto mostrado na Figura 18. ig. 18 — exemplo de sucesstio de eventos, neste caso impactos Pronto, foram comentados varios fatos sobre Anilise de Sinais. Os participantes dos cursos da FUPAI ja tem informagies suficientes para empreender uma boa anilise. E s6 lembrar que tudo na vida pode ser aperfeigoado, tudo, mas tudo mesmo. Depois de conseguir o primeiro resultado, o segundo sera melhor, 0 terceiro melhor ainda ¢ assim por diante, quase que sem fim. Loucura imaginar que j sabemos tudo. E imensa sabedoria ser humilde o suficiente para reconhecer que 0 desconhecido & enorme, nao é para dizer ‘infinito”. Quanto mais sabemos sobre algo, mais podemos perceber o que falta para aprender. Isto vale para a cozinheira e para ns analistas de Vibragées. Agora vamos comentar um pouco sobre os instrumentos disponiveis no mercado, sem entrar em detalhes de cada um. Y 9—O Analisador de Sinais Dindmicos: | Todos sdo baseados na equagdo de Fourier, na versio discreta otimizada, o FFT, cuja expressiio é repetida aqui por conveniéncia. xon)= Shae) a n=0 Capitulo 1 pagina 20 CM@OABOBeaeLeRGahOROAREABEBC ERA ALAEAAEEELCHEARECLERBaAELABLAERARSA EE ESSEEOSSS=SSS ‘ilise II: Rolamentos e Engrenaj A vibragdo de miquinas é uma coisa real, existe € pode ser sentida, entendida, avaliada (grande sorte nossa). Existem outras coisas reais que nossos sentidos no percebem. Entio nao nos emocionam tanto. Por exemplo: o fluxo de calor, o fluxo de ar nas pis do ventilador, as ftensdes mecdnicas nas estruturas de um trator, o fluxo elétrico dentro de um motor, a onda de presstio na explosao do combustivel. Bem, exemplos nio faltam, como também ndo faltam profissionais apaixonados por cada um deles, pois sao todos titeis e importantes, Especificando em vibragdes, & uma grandeza fisica que possui Amplitude, valor instantineo, freqiiéncia e fase. ‘A maioria dos analistas de vibrago, passa toda vida preocupados com a Amplitude e a frequiéncia da vibragao. Amplitude para julgar a severidade e freqiiéncia para identificar 0 problema. De vez. em quando € preciso saber o valor instantineo, a posiggo da coisa em um determinado instante. Imagine algumas situagdes: 1) alguém fazendo tiro ao alvo em um prato voando, ou na massa de um péndulo: 2) alguém querendo tirar uma foto de uma bailarina fazendo pirueta ou se contorcendo; 3) alguém usando limpada estrobosc6pica para verificar um parafuso no acoplamento ou para fazer um balanceamento. A fase também pode ser de grande ajuda Fig. 19 — Determinagao do modo de vibrar desta maquina. Observe a Figura 19, nela estio indicados 18 pontos de medidas (6 verticais, 6 horizontais ¢ 6 axiais). Vamos considerar que o analista sabe sincronizar as medidas com lum determinado evento (o passar de uma marca dtica no volante de inéreia, por exemplo). Assim com os 18 espectros, poderd usar qualquer recurso grafico, até manual, Para “enxergar’ o modo de vibrar deste grupo gerador, em cada freqUéncia do espectro A 120 Hz, a 1786 Hz (freqiéncia de ranhuras), na freqliéncia de engrenamento, se houver engrenagens, ou na BPFO do 3° rolamento. Legal nao é mesmo? Capitulo 1 pagina 21 .élise II: Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo ‘Tudo & possivel porque os céleulos do FET so complexos, do tipo a + jb. Todos contém Amplitude, fase, freqiiéncia, valor instantdneo. Perfeito para vibragGes. Os analisadores ou coletores so computadores dedicados: - uma placa mae; = um micro-processador (talvez. um 486, nao precisa ser um Pentium); - um DSP — Digital Signal Processor — um hardware com as equagdes; - uma meméria RAM; ” nods - um banco de meméria ROM, para medidas, set-ups ¢ rotas; - um teclado especifico; - um display compativel com a aplicaedo; - uma bateria para horas de operagiio, ¢ ~ uma caixa resistente maozinhas, ambiente industrial, imtempéries. Ou seja, sio computadores poderosos com muitas fungdes que os fabricantes escolhem para cada modelo de aparelho. Igual maquina fotografica, umas tem aquilo, outras tem isso, ¢ assim vai. ‘Achar um modelo que tenha tudo é dificil. Alguns so mais coletores outros mais analisadores. ‘As fungdes basicas todos tem. Por exemplo: Valor global, quantidade sincrona, nao sincrona, sub-sincrona. Espectro Gases Ovniree 5 Forma de onda Envelope Bancos de rolamentos Médias Trigger Delay Entradas para ... Saidas para .. Os mais modemos esto abrindo possibilidades, como filtro seguidor, medigao de partida e parada, condigées de pés-processamento, virios canais com interagao entre cles, como fase cruzada, auto-correlag&o, coeréncia, érbitas, etc. E como tudo no mercado, o que hoje é exclusividade de alguns, amanha sera normal a todos. Capitulo 1 pagina 22 AEEAGBABADR BEARER A ‘ ‘ { ‘ ( ( Andlise II: Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo Géz 23 — Um pouco sobre amostragem Nos analisadores, a equagdo de Fourier € usada na forma de FFT, onde uma das condigdes é ajustar a freqiiéncia de amostragem em fynixima X 2.56 (Ng = m x 2.56 é a outra). ‘Amostragem & a digitalizagao do sinal a ser analisado. A amostra contém N, valores aquisitados, siio valores reais positivos ou negativos. Os valores siio capturados em intervalos iguais de tempo, ou seja At = t [segundos]. Isto define a famost = 1/ At [Hz] Até completar N, valores 0 tempo gasto com a amostra ser de T = N, x At [s] Porém, um fato inevitavel na aquisigfio 0 efeito Alias, uma ilusiio matemética semelhante & ilusdo ética que ocorre com o estroboscépico, uma forma de ver por amostragem. A Figura 20 mostra um seno de 20 Hz sendo aquisitado também com 20 Hz. A ilustio matemética é um sinal aquisitado de freqtiéncia zero. Se aquisitar este mesmo seno de 20 Hz com amostragem de 25 Hz, a ilus%io matemética ser um sinal de 5 Hz (ver onda da direita da Fig. 20). L pa daddy: re | ‘Amostagem de 20 He com 20H ey ; | Ea | Hie | tempo teh | “aes 0s ois 02 aa 03 0804 eas | “0 cos os ais 02 0 — Exemplo de freqiiéncia de amostragem — Efeito Alias ‘Vamos conclusao. Se aquisitar com 0 dobro da freqiiéncia do sinal, no caso 40 Hz, a ilusfio matematica, o efeito Alias, cria uma componente (fantasma?) de 20 Hz. Por seguranga a légica do FFT colocou a freqiiéncia de amostragem acima do dobro da maior freqiiéncia a ser analisada (um fator de 2.56 x). Entdo, se 0 usuario escolher fac = 1000 Hz a famon Sera = 2560 Hz. Isto da neste caso uma seguranga de 560 Hz. Bem , o usudrio quer analisar até 1000 Hz. Mas a maquina pode ter vibragdes acima de 1000 Hz. Mas pode ser que existam vibragdes acima de 1560 Hz. Entiio apareceré 0 feito Alias. Exemplo: se existir uma vibragiio de 1825 Hz na maquina ¢ o sinal for aquisitado com 2560 Hz aparecerd uma ilusdio matemitica de 2560 — 1825 = 735 Hz que analista ira ver, medir, e errar. Para evitar isto, existe para cada faixa de freqiiéncia escolhida um ‘filtro Anti-Alias’ para eliminar ou atenuar estes ‘fantasmas espectrais’ A Figura 21 mostra um filtro tipico, um filtro analégico colocado antes da coleta. Capitulo 1 pagina 23 ‘Anilise I: Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo Géz_ OdB x dB/década > fae Freqiiéncia Hz Fig. 21 — Esquema de um filtro Anti-Alias. BEER Ba EZaERaAaRAEaABLEABRAEABRARAE A Figura 22 mostra um corte real de filtro Anti-Alias. ny 27 OKRA SH 0 We 80 pak sem 90 ae Capitulo 1 pagina 24 « - - « . ~ - - « « « - « - - « - « « . « « ‘ ‘ ‘Andlise II: Rolamentos e Engrenagens — Instrutor Ricardo Géz. Analise de Vibracées II Rolamentos e Engrenagens Capitulo 2: Atenuacio de sinais Nao sincronos Com 0 sinal de trigger. 1 — Justificativas ... 2.- Formas de Atenuagio dos Ale 3—Formas de Atenuagio dos Sinais Periddico: 4—Testes para a Atenuagio no Modo Tempo uEwn Capitulo 2 Pagina - 1 Analise I: Rolamentos ¢ Engrenagens — Instrutor Ricardo Gz. Capitulo 2 : Atenuac¢ao de Sinais nao Sincronos com o Sinal de Trigger. 1 - Justificativas : = (Wheande cc i nel E extenso 0 assunto sobre sinais dinamicos. Qualquer coisa dinémica j4 contém dificuldades inerentes aos movimentos e as variagdes no tempo. Rarissimo encontrar algum fendmeno dindmico sem nenhuma interferéncia. Esta interferéncia, pode ser externa de um fator alheio ao processo em andlise, ou pode ser interno, do proprio processo. Seria 6timo, o analista conhecer todos os sinais presentes no ambiente daquele fendmeno, pois assim saberia evitar certas condigdes, ou filtrar alguma influéncia, ou depois de tudo medido, separar aquilo que deveria ser excluido ou evitado. Seria étimo. Mas é dificil, ou até mesmo impossivel. Certa vez perguntaram ao Mestre o que fazer com o joio que semearam no meio do trigo. O Mestre, Ele disse para deixar porque se fossem tirar 0 joio poderiam tirar também o trigo. Pois na colheita, depois de crescerem juntos tentariam separar. Ele, O Mestre nio falou de sinais dindmicos, mas deixou-nos um alerta: a tentativa de eliminar o indesejavel, pode prejudicar 0 desejivel. ‘Vamos a alguns exemplos, na saida de um compressor a pistio, a pressiio pulsa tanto que quase quebra 0 manémetro. Alguém fantastico colocou um estrangulamento na entrada do manémetro que climina a pulsagio, mas quase que acaba com o valor médio que 60 desejavel. O analista precisa definir bem o que quer. Assim por exemplo: 1 — Quais sao os seus sinais desejaveis? 2— Quais sao os sinais indesejaveis? 3 —O que quer de cada sinal desejével? 4—O valor instantineo ou 0 médio? Pico, pico a pico ou RMS? 5 —O conteitdo de freqiiéncia ou a variagdo no tempo? Cada pergunta tem suas justificativas e cada resposta tem suas conseqiiéncias. Se o analista for um Mané, e seguir o'papo dos outros, vai continuar sendo Mané, um Zé Arruela qualquer. A classificagdo de sinais desejaveis e indesejaveis depende muito da aplicagfo e do momento. Mas outras classificagdes so possiveis ¢ tecnicamente definidas: 1- Sinais continuos; 2- Sinais aleatérios continuos; 3- Sinais aleatérios Discretos ou descontinuos; 4- Sinais periddicos indesejaveis. Capitulo 2 Pagina - 2 ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ite iii i a tks ‘Analise Il: Rolamentos ¢ Bngrenagens — Instrutor Ricardo G6z. Sinais continuos stio aqueles continuos diretos, que j4 comegaram endo vao acabar antes do fim da anélise, tecnicamente de duragao infinita. Entende-se como sinais aleatérios continuos aqueles persistentes, continuos no tempo, mas sem contetido de frequéncia definido. Como exemplos, separe do ambiente © analise os casos: - turbuléneia hidréulica em tubulagdes ou maquinas; - cavitagai, jatos de fluidos; - abrasdo, rogamentos; - ruido de avenidas movimentadas com fluxo constante; - tensées em membros estruturais de veiculos. Sinais aleatorios descontinuos so aqueles sem contetido de frequéncia definido e sem ocorréncia regular. Exemplos: - passagem de veiculos pesados; - um trator que passa pra ld e pra c4; = quedas de s6lidos, martelamento; - explosdes: - partidas ¢ paradas de equipamentos vizinhos. Sinais periddicos indesejaveis so aqueles com contetido de frequéncia bem definido e continuos no tempo. Estes sio medidos normalmente pelo analisador ¢ se combinam com os sinais desejaveis. Muitos so os exemplos destes sinais e para formar uma boa conceituagiio, basta citar alguns: = maquina com rotagGo constante funcionando préximo ou na mesma plataforma do equipamento a ser analisado; - ruidos oriundos de equipamentos vizinhos; - indugdo eletromagneética nos sensores € cabos do analisador; - vibragdes induzidas em motores elétricos por tiristores. Se o sinal desejavel for um sinal continuo, exigir’ um procedimento, mas se 0 desejavel for um sinal aleatério descontinuo, a coisa complica. Cada um a sua maneira, os sinais indesejaveis criam sérias dificuldades de andlise e propiciam o aparecimento de erros de avaliagao. ‘As conseqiiéncias de uma avaliagio errada podem ser grandes ¢ justificam esforgo adicional no procedimento de medigao para a sua anulagdio ou atenuagao. 2 - Formas de atenuagao dos Sinais Aleatérios: Média Linear e Exponencial Os analisadores possuem o recurso de ‘Média Linear’ cuja maior fungo € atenuar a parcela aleatéria dos sinais. No ‘modo freqiiéncia’ o analisador aquisita uma amostra, aplica o FFT, calcula o espectro, aquisita outra amostra, aplica o FFT ¢ calcula a média entre 0 Capitulo 2 Pagina - 3 ‘Analise I: Rolamentos e Engrenagens —Instrutor Ricardo Géz espectro atual ¢ 0 anterior ¢ mostra o resultado. Se 0 usuario estabelecer 14 médias, 0 processo é repetido 14 vezes ¢ o resultado final é o espectro médio das 14 medidas. Cada analisador tem um ntimero maximo de médias (sempre muito alto). O efeito é uma atenuagiio do contetido aleatério. O Nelson Gongalves para gravar um disco, cantava uma s6 vez. A Xuxa canta 8 vezes e a mixagem elimina os desafinos, os aleatérios. Quanto maior 0 conteiido aleatério, maior o nimero necessario de médias. Imagine um moinho de barras da mineradora e um moto-redutor elétrico agitando um tanque de efluentes girando a 25 RPM. No ‘modo tempo’, o analisador aquisita amostras sucessivas, faz a média das amostras e dai entio, aplica o FFT na amostra média. Por informagdes dos fabricantes 0 resultado final ¢ equivalente na atenuagio de aleatérios, porém este gasta menos tempo 0 gera menos ruido no fundo do espectro, chamado as vezes de ‘carpete’. Esta é a média Linear. Uma variago da média linear & a ‘média exponencial’. Esta sempre usa as 8 tiltimas medidas para calcular o resultado. ‘A vantagem é eliminar uma grande energia, tipo impacto ou explostio, que acontega durante a operagio de média, o que inutilizaria as 23 médias lineares. Se houver probabilidade de ocorréncia de fortes sinais aleatérios discretos: pancadas, variagdes bruscas de carga, explosdes é mais indicado o uso da média Exponencial. A média linear praticamente nao elimina um alto valor esporadico. recurso da média € de grande valia nos trabalhos de analise de vibragio e de ruido, Sem ele seria impossivel monitorar on-line as condiges mecdnicas das partes de um moinho ou de um britador. 3 - Formas de atenuagio dos SINAIS PERIODICOS: Quando os sinais presentes na anilise so periddicos, as medigées no modo frequéncia irio medir com a mesma qualidade tanto os sinais desejéveis como os indesejaveis. E preciso caracterizar muito bem o realmente é um sinal indesejavel. B raro usar sinais aleatérios em andlises, mesmo sendo caracteristica normal da mdquina. Se forem considerados indesejaveis, devem ser atenuados. Nio € tio ficil classificar como indesejavel um sinal periédico em uma anélise de méquinas. A seguir serio comentados alguns exemplos caracteristicos: 1 - Considere 0 caso de uma maquina com um motor para 0 acionamento e outro para alimentagao de matéria prima, Em uma ‘mica andlise aparecem os sinais dos dois motores € € possivel diagnosticar os dois. Neste caso, os dois sinais sfio desejaveis. Capitulo 2 Pagina - 4 Pe OQ ea GBaAGGahgaaeagcangnggecacte cae gcgaagaacgaaaangnenaneaanaane|)edt ‘Andlise Il: Rolamentos ¢ Engrenagens — Instrutor Ricardo Géz 2 - Em uma anilise espectral, a terceira ou quarta harménica da rotagdo de um eixo esta préxima da frequéncia de rotagdo de um outro eixo (ou motor). Isto pode gerar uma situagdo de divida: é a quarta harménica devido a cruzeta de um eixo, que existe normalmente, ou & 0 desbalanceamento do segundo eixo? Se gerou problemas ou dividas, entéo um dos sinais & indesejavel, sua atenuag%o ou anulago facilitard a andlise e garantird o diagnéstico. 3 - Outro exemplo comum: é preciso apresentar A chefia da manutengdio ou da produgao um diagnéstico de determinada maquina para conseguir 0 planejamento de intervengao. As pessoas objeto desta apresentacio n&o so necessariamente habilitadas em diagnose. O analista precisa sensibilizar aquelas pessoas com espectros claros, decisivos, fortes. Tudo deve ser feito para evidenciar 0 problema em questio. As componentes associadas a outras partes da méquina no devem complicar o entendimento ¢, portanto, devem ser atenuadas. EntZo aquilo que era nitido e util ao analista, se tornou indesejével Aquele fim. Os analisadores de tempo real possuem uma forma de medigao chamada Modo ‘Tempo (time mode) que permite efetuar processos de média de modo sincronizado com algum sinal de trigger externo. O analisador deve ser conectado a um sensor de trigger tal como um foto-sensor ou um captador magnético que perceba a passagem de uma chaveta. Com isto, 0 analisador determina a freqléncia de rotago de um eixo ou de algum miiltiplo. Pode-se usar inclusive a fungfo Delay, que permite um atraso na amostragem para captar uma parte especial do ciclo do equipamento. Estas opgdes no Modo Tempo selecionam um processo matematico especifico do analisador, tal que a realizago de médias atenua gradualmente as componentes do espectro no associadas com a frequéncia do sinal de trigger externo. Assim ¢ feita uma andlise sincrona com o trigger, que pode ser a rotagiio de um eixo, a abertura de uma valvula, um sinal eletromagnético etc. Isto permite separar componentes muito préximas em um espectro, como naquele caso onde a quarta harménica de um eixo se confundiu com a fundamental de outro eixo. Légico, se houver coincidéncia em frequéncia, nao existira separacao. Para exemplificar 0 uso da média sincronizada, 0 autor preparou um banco de ensaios que permitiu a soma de dois sinais conhecidos e com amplitudes ¢ freqiiéncias facilmente ajustaveis e efetuou varias séries de testes. Os resultados apresentados a seguir mostram a atenuagtio das componentes nao sincronas com a frequéncia do trigger. Para reforgar © entendimento sio apresentados também os espectros de frequéncia para alguns nimeros de média. 4 poderio ser vistas as atenuagées das harménicas do sinal nao sincrono. Capitulo 2 Pagina - 5 ‘Andlise Il: Rolamentos e Engrenagens — Instrutor Ricardo Géz 4- Testes da Atenuagaio no Modo Tempo: Neste item, além dos valores individuais das componentes envolvidas no processo de média no Modo Tempo, serio mostrados nas iiltimas paginas os espectros de frequéncia dos casos estudados. Exemplo 1 - Sinal composto de duas sendides: 1-89 mEU a 20.6 Hz, 2-92 mEU a 40.9 Hz (trigger) Mediu-se as amplitudes das componentes a cada 10 médias calculadas, até o total de 300 médias. Foi feito o sincronismo com o sinal de 40.9 Hz. O grifico da Figura abaixo mostra a atenuagiio da amplitude do sinal nao sincrono com o trigger. Duas Sendides: 20.6 e 40.9 Hz Valor do Sinal 1 1 2 30 0 50 7 8 9 100 1 Namero de Médias Exemplo 2- Sinal composto de duas sendides: 1- 100.70 mEU a 39.6 Hz (trigger), 2- 99.77 mBU a 26.4 Hz Este experimento foi realizado de forma mais detalhada, medindo-se as amplitudes dos sinais a cada 10 médias realizadas e também os espectros ¢ as formas de onda do sinal combinado, A atenuacdo do sinal nao sincrono é mostrada na Figura abaixo. Capitulo 2 Pagina - 6 ‘Andlise II: Rolamentos e Engrenagens —Instrutor Ricardo Goz Duas Sendides: 26.4 © 39.6 Hz Sinal Sincrono 39.6 Sinal nao Sincrono oe se ee S SH SS H Numero de Médias Valor do Sinal Coaenensuanens © Exemplo 3 - Sinal composto de duas ondas quadradas: 1- 100 mEU a 20.0 Hz, 2- 100 mEU a 32.8 Hz, Neste exemplo foram usadas duas ondas quadradas que possuem espectro de frequéncia mais complexo. O procedimento adotado foi o mesmo dos exemplos anteriores. As amplitudes das freqléncias fundamentais e 0 espectro de frequéncia foram medidos a cada 10 médias realizadas. A Figura abaixo mostra a atenuagao do sinal nao sincrono. Daas Ondas Quadradas 100 ” ‘inal Sincrono 32.8 Hz 80 Valor do Sina! sssese Sinal nfo Sinerono 0 ot + 1 10 20 30 40 S060 70 80 90 100 110 120 150 140 150 160 170 180 190 200 [Namero de médis Capitulo 2 Pagina - 7 Curso de Anillise de Vibragio I: Medidas e Diagnésticos: instrutor Ricardo Géz. Analise de Vibracao IT: Rolamentos e Engrenagens Capitulo 3 : Analise de Maquinas com Rotagao Variavel — Analise de Ordens 1 - Justificativas .. 2 - Multiplicador Vibrex 3 - Utilizacao do Multiplicador awn Pagina 1 Curso de Anilise de Vibragio I: Medidas ¢ Diagnésticos: instrutor Ricardo Géz Anialise de Maquinas com Rotacio Variavel 1- Justificativas: Um dos problemas de medida de vibragio 6 a variagio das freqiiéncias. Quando o usuério escolhe um alto némero de linhas para conseguir alta resolucdo, isto fica ainda mais critico. Imagine um espectro até 1000 Hz com 1600 linhas. Isto da 0.625 Hz/linha. Uma maquina girando a 30 Hz, se variar 2% a componente 1x j4 passa para outra linha, E vai sumir na média. Nos analisadores com CPB (Banda de Porcentagem Constante) jé melhora, a banda de 6% permite variagdes de 6%, ainda tem a de 23% ea de 70%. Porém, em muitos casos as rotagdes variam mesmo, ndo s6 flutuam. Muitos processos industriais ¢ quase todos equipamentos de movimentago de cargas usam motores com controle da rotago para permitir a execugio dos servigos. A andlise de vibragdo nestas ‘méquinas tem dificuldades adicionais de medig&o ¢ de interpretagio. Além da movimentagéo das componentes dentro do espectro, podem acontecer instabilidades de mancais, variagdes grandes de carga e manifestagdes de defeitos. A dificuldade de medida, que muitas vezes proibe a anilise, é a mudanga de frequéncia das componentes da vibracdo. Qualquer processo convencional de médias iré anular as informagdes desejaveis da vibragao. Com os recursos normais dos analisadores, 0 analista 6 obrigado a executar medidas rapidas sem médias em momentos aleatérios do fancionamento da maquina, ou entio implorar ao operador da maquina que segure por um certo tempo a rotagdo do equipamento. Imagine uma analise em ponte rolante ¢ outra em laminador de siderirgica. Os analisadores tem alguns recursos para solucionar estes problemas. Um deles é a oped por ‘andlise de ordens’, disponivel com o uso de um trigger externo. Um sensor ético, ou magnético que informa ao instrumento, qual a rotagdo atual da maquina, Com isto 0 eixo de freqiiéncia desaparece ¢ da lugar ao eixo de ordens, harménicas da rotagaio, Na forma de onda, desaparece 0 eixo do tempo, ¢ entra 0 eixo com o mimero de ciclos. Figura 1. Fig. 1 ~ Andlise de Ordem "a de Wollas - ate 9 i a i et a th eo oe i a a i i ee i ee Curso de Anilise de Vibragiio 1: Medidas ¢ Diagnésticos: instrutor Ricardo Géz. Uma outra opgiio & usar a fungdo “External Sampling’ em conjunto com o trigger extemno. Esta opgdo permite ao usuario estabelecer em qual linha do espectro ele deseja colocar a componente de Ix (a freqtiéncia do trigger —a de referéncia) Com a entrada External Sampling outros recursos de andilise podem ser criados. Um multiplicador interno ou externo permite mudar a freqiiéncia do trigger para sincronizar um outro eixo ou parte da maquina deixando o sensor de trigger em um lugar seguro. Por exemplo, posso colocar o sensor de fase na entrada do redutor ¢ multiplicar por Z, para acessar 0 engrenamento. Ou se multiplicar por Z,/Z2, para acessar 0 outro eixo. Para exemplificar o uso da fungiio External Sampling ser mostrado a seguir os fundamentos e resultados do Multiplicador VIBREX, um dispositivo criado e desenvolvido pelos instrutores deste curso para uso combinado para o analisador Bruel & Kjaer tipo 2515. 2 - Multiplicador Vibrex : Muttiplicador Vibrex permite analisar maquinas de rotago variavel, pois mantém todas as componentes do espectro de vibragdes em posigdes definidas no eixo de frequéncia, independente da variagao da rotagdo da maquina. A anélise harménica convencional pode ser aplicada A maquina, independente do valor instantineo da rotagdo, complementando a poten-cialidade dos analisadores de vibrago que possuem entrada de controle de amostragem externa (External Sampling) além da entrada de sinal externo de disparo (External Trigger). © Multiplicador Vibrex foi projetado para uso com o analisador BK - 2515 da Bruel & Kjaer no necessitando de qualquer altera¢ao no instrumento. Informagées Gerais: Com as entradas de TRIGGER EXTERNO e EXTERNAL SAMPLING ativadas, 0 processamento digital se sineroniza com o sinal externo escolhido para trigger, por exemplo, a rotagdo do eixo de uma maquina ou redutor. Como resultado, cada linha do espectro € associada a um miltiplo ou sub-miltiplo da frequéncia do trigger, qualquer que seja 0 valor desta frequéncia. Assim, se a frequéncia do sinal de trigger for colocada na linha nimero 16 do espectro, a segunda harménica ficaré sempre na linha nimero 32, a terceira harmOnica na linha 48 e assim por diante. Quando a maquina variar sua rotag3o para o dobro ou para um tergo do valor anterior, as amplitudes das componentes se alterario devido as condigdes de servigo ou de defeitos, mas suas posigdes nao. O analista saber que sempre na linha 32 estard a segunda harménica da rotagao e na linha &, a meia harménica (no caso do exemplo acima). Pois o posicionamento vale também para as sub-harménicas. No Multiplicador Vibrex, o analista poderd fixar a frequéncia do Trigger em uma das seguintes linhas : 4, 8, 16, 32 ¢ 64. Pigina 3 Curso de Andlise de Vibrago I: Medidas e Diagnésticos: instrutor Ricardo Géz Sobre © espectro & possivel aplicar as técnicas avangadas dos analisadores tais como, ZOOM, CEPSTRUM, Médias etc. No caso especifico do analisador BK-2515, quando se aciona a medi¢ao por EXTERNAL SAMPLING, automaticamente ¢ selecionado um tipo de janela diferente daquela usado no processamento digital do espectro normal. Na pritica, isto fomece um espectro mais correto, com as componentes mostradas corretamente, mas com um aspecto mais limpo do que aquele do espectro normal. Nesta amostragem além do tempo estar ajustado a freqiiéncia, é usada outra janela, e 0 erro de Leakage fica mi imizado para todas ‘as componentes sincronas. Esta diferenga ¢ ilustrada na Figura 2, abaixo onde o espectro superior € 0 normal ¢ o inferior medido através do multiplicador. O sinal usado nestes spectros é uma onda quadrada obtida em um gerador de ondas. 00 EX) t Fig, 2 — External Sampling € 0 efeito da janela. Pagina 4 “CAAALALALERARARLRABBRLARBLARARBERARALALEALEALELLEALRELERBRERBREAEAEAE Curso de Anilise de Vibragiio I: Medidas e Diagnésticos: instrutor Ricardo Géz Como exemplo de uso, considere que o sinal de trigger tem frequéncia igual ao dobro da rotag&io do eixo de um ventilador e foi posicionada na linha 16. Para qualquer rotagiio do ventilador o espectro estar formado pelas seguintes linhas: 1 -linhas 3 4 - vibragdes dos mancais de deslizamento devidas ao rodopio do dleo (de 42 a 48% da rotagao), podendo fazer ZOOM para melhor definigao; 2. linha 4 - vibragdio em Ysx RPM; 3 = linha 8 - vibragaio em 1x RPM: 4 linha 16 - vibragao em 2x RPI 5 - linha 24 - vibragdo em 3x RPI 6 - linha 32 - vibragdio em 4x RPM 7 ~linhas 40, 48, 56, ... - vibragdes das componentes 5x, 6x, 7x, 8x, ... RPM: 8 - linha 240 - vibragdio em 30x RPM (30* harménica). USOS GERAIS : multiplicador Vibrex esquematizado na Figura 3, é usado na andlise de vibragao de maquinas com rotagdo varidvel, comum em varios processos industriais. Fig, 3 - Esquema do Multiplicador ‘A anélise desenvolvida com o Multiplicador Vibrex pode ter trés enfoques principais, que so: 1 ~ analisar espectros de vibragio de méquinas de rotaglio variavel, fornecendo de diagndsticos répidos e precisos; 2 ~ estudar em quais faixas de rotagdio determinados defeitos se manifestam mais intensamente, & 3 - verificar se ocorrem efeitos de ressonéincia dentro da faixa de trabalho das méquinas de rotagao varidvel. Pigina 5 Curso de Anélise de Vibragiio I: Medidas e Diagnésticos: instrutor Ricardo Géz 3 - Utilizagao do Multiplicador Vibrex Nao ha nenhum ajuste a ser feito no multiplicador VIBREX. O operador deve apenas escolher a faixa de frequéncia do analisador de vibragfo e a linha na qual seré fixada a frequéncia de trigger. Estes dois parametros devem ser escolhidos em fungao dos objetivos da andlise. (Os dois exemplos ilustram 0 uso conjunto analisador multiplicador. 1 - Maquina com rotagiio maxima de 30 Hz, Interesse nas primeiras harménicas: - Fixar a frequéncia do trigger na linha 64 e selecionar a faixa de frequéncia de 200 Hz. Assim, o espectro estard formado da seguinte forma: = linha 32 - vibragdo em ¥4x RPI - linha 64 - vibragdio em 1x RPM; - linha 128 - vibragiio em 2x RPM; - linha 192 - vibragaio em 3x RPM; - linha 256 - vibragdio em 4x RPM; 2.- Maquina com rotagdo maxima de 18 Hz - Interesse nas harménicas superiores: - Fixar a frequéncia do trigger na linha 4 © selecionar a faixa de frequéncia de 1000 Hz. O espectro sera formado por: - linha 4 - vibragio em 1x RPM: - linhas 8, 12, 16, ... 220 vibragdo em 2, 3 ...55x RPM; Assim, & possivel acompanhar até 55° harmonica da rotagao. Se a maquina estiver em sua rotagio maxima, 18 Hz, a 55° harménica corresponderd a frequéncia de 990 Hz. Jé a 56° harménica da rotagéo maxima, linha 224, tera a frequéncia de 1008 Hz, que excede 0 valor escolhido de fundo de escala do analisador, de 1000 Hz e por isto devera ser descartada (da linha 220 em diante). Se o sinal analisado possuir componentes com frequéncias mais altas do que a faixa de frequéncia selecionada no analisador, todas as informagGes acima da frequéncia de corte deve-rio ser descartadas. O analisador cortaré todas as informagOes acima da frequéncia maxima. ‘O segundo espectro da pagina seguinte foi feito com fnax = 200 Hz.e ajustado para 12 Hz na linha 8. Com isto, 0 limite de 200 Hz acontece na linha 133. A linha 256 corresponderia a 384 Hz. ‘TA no terceiro espectro o limite de 200 Hz acontece na linha 80. Neste caso as linhas 81 até 256 devem ser descartadas. Veja Figura 4. Pagina 6 SRAEEKLEAARALAALREBRALER Curso de Andllise de Vibragio I: Medidas e Diagnésticos: a a _ 2 04 aN eH 8 Tt. eek al | ih & 2 me ae Fig. 4 — Efeito do filtro anti-alias Outro exemplo: Anilise de ordens para 0 analisador HP — 3560: 1 - Acionar o comando:| External/Sampling, 2-No sub-menu | Clock/Rev Selecione entre 0 e 1024, niimero de amostras por ciclo; 3 - Por exemplo, selecione finax = 1000 Hz e 400 linhas, ¢ Clock/Rev = 256; 4- O mimero de ordens ser Clock/Rev/2.56 = 256/2.56 = 100 ordens 5 - Como sao 400 linhas, a 1x ficaré na 400/100 = 4" linha. Freqiiéncia variando de 5 a 20 Hz. Para 5 Hz.a 100* ordem — 500 Hz na linha 400. Para 20 Hz a 100° ordem na linha 400 = 2000 Hz — fora da faixa escolhida. Para o limite de 1000 Hz, 0 espectro valido até a 50" na linha 200. O resto do espectro é cortado pelo filtro anti-alias Pagina 7 ‘Anélise If; Rolamentos ¢ Engrenagens - Instrutor: Ricardo Goz Capitulo 5 : Técnicas de Andlise de Vibrac4o em Engrenagens e Identificag4o de Freqiiéncias Introdugio 1 — Freqiiéncias Geradas pelo Engrenamento 1-2 - Freqiiéneias Geradas pelo Carregamento 1-3 - Freqiiéncias Naturais dos Dentes 1-4 Efeito do Desalinhamento .. 2- Componente Fantasma 3- Efeitos de Modulagio 4- Vibragées Causadas por Excentricidade 5 - Falhas Localizadas .. 6 - Falhas Distribuidas 7 - Forgas de Excitacio Devido a Precisio de Fabricagio 8 - Backlash - Jogo ou Folgas entre as Engrenagens .. 9 - Impulsos Aditivos 10 - Casos Histéricos FUPAL Capitulo 5 Pagina - 1 Ti, Rolamentos ¢ Engrenagens Capitulo 5: Técnicas de Analise de Vibracao e Identificagao de Freqiiéncias em Engrenagens Introdugao ‘As engrenagens silo partes comuns de méquinas. Nao € necessirio discorrer sobre sua importincia em veiculos © equipamentos. Existem algumas alternativas para a mudanga de rotagdes dos eixos das méquinas, mas no se pode dizer que um dia elas sero abolidas. Dinamicamente, elas tem um comportamento bem caracteristico com todos os segredos de vibragdo dignos de sub-sistemas de grande importncia. De tio evidente, nio é mais preciso falar para os participantes dos cursos da FUPAI do retomo financeiro, da garantia de produtividade, das conseqiiéncias das possiveis falhas, ete etc ete. ‘0s redutores, chamados as vezes de ‘redutoras’ ou de ‘multiplicadores’ ou de “gear box’ ou de “qualquer coisa’ fazem parte dos esquemas de rotas dos programas de Manutengiio Preditiva da fabricas. Este curso da FUPAI, 0 Anilise Il, vem oferecer alguns subsidios para anilise de vibragao em engrenagens, visando aumentar a proficiéncia dos analistas, no acompanhamento ¥ diagnésticos dos defeitos dos engrenamentos. Defeitos do proprio engrenamento Of defeitos dde outras partes da maquina que propagando pelo eixos afetam as engrenagens © Se manifesta como vibragdes de engrenamento. Para a andlise de engrenamentos € fundamental a andlise espectral, pela ‘Transformada Rapida de Fourier, o FFT. Mais recentemente estéo incorporadas a andlise, a forma de ondaea andlise cepstral. Todos os recursos de andlise sao aplicdveis e mostram bons resultados se trés condigdes forem atendidas: 1) analista fizer um setup correto, inclusive a durago da amostra; 2) O sinal do engrenamento surgir limpo no espectro, com facil tratamento; 3) O analista souber visualizar e apresentar os resultados em grificos e escalas adequadas. Isto 6 légico nao? Um sinal de qualquer coisa cheio de ruidos & interferéncias fica dificil! Pode até ser uma musica ou a voz da namorada. Redutores em laminadores, trefilas, extrusoras etc, sentem muito a variacdo da carga, entao o acompanhamento deve ser feito em situagdes, sendo iguais, pelo menos, proximas. {A seguir, orientagdes para a Anélise de Vibragdes em Engrenagens Vamos comegar do inicio. O formato dos dentes ¢ 0 contato no engrenamento: Capitulo 5 Pagina - 2 ‘Andlise I: Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo Giz _ Arulo de Pressio \ Ponto de Pitch? Linha de Agi Os perfis dos dentes foram desenvolvidos para que 0 contato seja suave sem impactos. No primeiro ponto de contato, nao existe forga de contato, no movimento, a-forsa de contato vai aumentando de zero até um maximo e depois volta a zero. =i Ent&o para cada par de dentes que se engrena, acontece um ciclo de forga zero- maximo-zero. : - pas = 3 Existem sempre mais de um par de dentes em contato simultaneo, chama-se ‘grau_de recobrimento’ este ntimero de pares de dentes em contato. Na sucesso dos dentes, cria-se uma forca tangencial média com uma oscilagdo superposta a ela como mostrado na Figura 1 abaixo. A forga tangencial mostrada tem duas parcelas, uma constante, a forga média, e outra varidvel, aparentemente tipo seno devido a cada engrenamento. Fig. 1 Variagao da forga de engrenamento. A parcela constante produz o trabalho util da transmissio ¢ a parcela variével produz vibrag&o, que atua como forga excitadora no sistema dinémico da maquina contendo as Capitulo 5 Pagina - 3 instrutor: “Andlise 1: Rolamentos ¢ Engrenagens engrenagens. Se as engrenagens estiverem perfeitas, perto do ideal, a forga ser muito proxima de ama sendide, dai a resposta dindmica também o ser, ¢ 0 espectro mostraré uma tnica componente em freqiiéneia. Em palavras de analista: somente a fundamental, em 1x 0 engrenamento que feng = Ni X Zi - Dai, a freqiiéncia de engrenamento € (equagao 1): feng = Ni 21 = Nz x Z2 a F costume, atribuir o indice 1 ao pinhao, e 0 2 4 coroa. Isto vale para qualquer tipo de engrenagem. Nas de dentes retos, o engrenamento é mais intenso, nas helicoidais & bem mais suave chegando a 4 maxima suavidade nos sem-fim, onde nunca se perde o contato entre os dentes. As vezes é até dificil encontrar as componentes de vibragiio de conjunto sem-fim nos espectros de vibragdo de maquinas. ‘A seguir alguns exemplos de engrenagens em relagdo a tipos de dentes, Angulos dos eixos etc. Engrenagens de Dentes Retos (Spur Gears) Este é o modelo mais comum de engrenagem: dentes retos ¢ montadas em eixos paralelos. Estas engrenagens permitem grandes redugdes. ‘As engrenagens de dentes retos so barulhentas. Para reduzir 0 ruido, os dentes sfio inclinados criando as engrenagens helicoidais. Engrenagens Helicoidais (Helical Gears) Os dentes da engrenagem helicoidal sio cortados em Angulo. Com isto, 0 contato se inicia em uma extremidade do dente ¢ a Area de contato cresce gradualmente até contato total. A separacio dos dentes também € suave. O engrenamento helicoidal muito mais suave ¢ silencioso do que o de dentes retos. ‘A inclinagao dos dentes helicoidais cria esforgos axiais nos mancais dos eixos das engrenagens, tornando necessério usar rolamentos adequados. Capitulo 5 Pagina - 4 RETTTRERLELEELLBEBEELEL 7 s ® € & € € e € € ¢ t t { { ‘ ‘ ‘ ( Andlise Ii Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo Géz, As engrenagens helicoidais podem ser montadas com os eixos a 90°, Sao helicoidais cruzadas eel!” p Engrenagens C6nicas (Bevel Gears) As engrenagens c6nicas sao diteis quando preciso variar a diregao do eixo de rotagio. O Angulo dos eixos pode ser qualquer, mas € mais comum 90°, Os dentes podem ser retos, espirais ou hipides. Os retos apresentam maior impacto ¢ ruido, enquanto os espirais e hipéides se engrenam mais suavemente.. — sio usadas para converter rotagdo em translag&o. Muitos automéveis usam este conjunto no sistema de diregao. Coroa e Parafuso Sem-Fim (Worm Gears) Os parafusos sem-fim so usados em grandes redugdes. So comuns redugées de 20:1 chegando até 300:1 ou mais ainda. O sem-fim exerce uma agdo de frenagem. No caso do sem-fim, existem muitas variagdes de projeto. Um grande uso & na transmissio de Veiculos, na entrada do diferencial, onde surgiu a necessidade de abaixar o eixo cardi. A Figura abaixo mostra possiveis configuragdes. Capitulo 5 Pagina - 5 Anilise If; Rolamentos ¢ Engrenagens - Instrutor: Ricardo Goz No conjunto sem-fim, 0 pinhao é um parafuso cilindrico e a coroa um disco plano. 'Sem-Fim Spiroide Hypoide Cénica ~ €Coroa configuragdes stio muito variadas. Os eixos das partes esto sempre a 90° © suas posigdes relativas podem variar da condigdo de cruzar e de estar afastados. Com isto, mudam as caracteristicas ¢ os nomes. Se os eixos perpendiculares se cruzam, esse par de engrenagens leva o nome de cénicas. Com o deslocamento paralelo dos eixos até a posico tangencial recebe os nomes de Hypoide, Spyroide e por fim, Sem-Fim. Para aumentar o grau de recobrimento, os dentes da coroa ¢ 0 cilindro do sem-fim sio encurvados ¢ recebem o singelo nome de Globéide simples e duplos. Para aumentar a capacidade de carga, aumenta-se o nimero de dentes em contato. Existem alguns nomes da geometria que so aplicados aos sem- fim. Parabolas, hipérboles, hyperboldides. A coroa com um rebaixo na crista dos dentes_ para aproximagdo do parafuso dé ao conjunto o nome de globéide simples. Quando o cilindro do parafuso também tem formato mais envolvente, o conjunto leva 0 nome de globside duplo. As Figuras mostram estes casos. Globoide Simples Formato dos dentes da coroa ngut Globoide Duplo E um assunto fascinante. Mas a identificagao da vibragdo sempre parte da freqiiéncia de engrenamento que é Capitulo 5 Pégina - 6 CT TrrrrrT Tree. et Te PP dP ne ee eee eee eee eee, ‘Anilise I: Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo Goz feng =N, XZ, = Nz x Zz Os defeitos esperados em engrenagens e engrenamentos sio: - desgaste uniforme; - desgaste ou defeito localizado; - erros geométricos (formato e espagamento dos dentes, no circulo primitivo); - desgastes acentuados pelo engrenamento nao otimizado; - erros do eixos das engrenagens (desbalanceamento, desalinhamento, empenamento); - dos mancais dos eixos, e is - influéncias da motorizagao e da carga Entio, as manifestagdes de vibragdes oriundas de engrenagens, trazem informagdes de tudo 0 que possa estar acontecendo com o engrenamento, inclusive causas externas a cle. Vamos a alguns defeitos especificos. 1 —Freqiiéncias Geradas pelo Engrenamente O engrenamento perfeito provoca uma variagaio de forga de contato muito perto da senoidal. Entao a vibracdo sera também senoidal . Dai, 0 espectro de um engrenamento perfeito tem uma Unica componente em freqiiéncia. Como é muito raro, ter coisas perfeitas, ideais, 0 espectro tipico de engrenagens tem a fundamental ¢ uma familia harménica fraca, como exemplificado na Figura 2. Ix 2x 3x f [Hz] Fig. 2 — Espectro tipico de um engrenamento normal es 1° Diagnostico: Quando 0 desgaste estraga o perfil correto dos dentes, a perfeig&o dos contatos desaparece, a forma de onda fica mais ‘suja’, mais distorcida, (longe de um seno). O espectro indicativo deste desgaste uniforme € o crescimento da familia harménica. O participante deste ‘curso deve entrar em estado ZEN e tentar ver, no enxergar, varios graus de desgaste na periferia da engrenagem e com isto tentar prever as possiveis perturbacdes na familia harménica. A Figura 3 mostra um engrenamento muito desgastado, observe a energia lateral nos picos. Capitulo 5 Pagina - 7 diccorte Vel: ‘Andlise Ii; Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo Goz BR Getho dafrt> vrifame Fig. 3 — Exemplo de desgaste acentuado em engrenagens, caso real. Foto da engrenagem do especiro da Figura 3. dee,- Gut 62 forte Thowmantee Owner move qu wo pen tonal Em um outro caso de desgaste uniforme, observe o espectro da Figura 4 ¢ a foto ao lado. ce Fig. 4 — outro caso de familia harménica fortalecida. [> Entio, 0 crescimento da familia harménica 6 0 maior indicative da evolugdo do desgaste uniforme. 1-2 - VIBRACOES GERADAS PELO CARREGAMENTO Quando as engrenagens transmitem poténcia mecénica, todo 0 esforgo passa pelos dentes em contato. Estruturalmente, cada dente equivale a uma viga engastada em um extremo no aro da engrenagem e livre no outro. As forgas tangenciais sao aplicadas no didmetro primi- tivo. Sob estes esforgos, os dentes se deformam em flexdo e alteram a condig&o de contato. 0 Capftulo 5 Pagina oe 08onenee00000006006204028nn R000 e ¢ e e - ¢ ¢ e e e - - - ¢ 6 € s ‘Andlise I: Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo Géz. ‘A Fig. 5 mostra os dentes de duas engrenagens em servigo em um instante em que os dentes 2' e 2 estdo carregados ¢ deformam-se por flextio gerando as flechas f ¢ f. Pelo esque- ma, a engrenagem inferior gira no sentido anti-hordrio, tal que o dente 3 ainda descarregado, entra na zona de ocupaco do dente conjugado 3', também descarregado. Devido a deformagao dos dentes 2 ¢ 2', o dente 3 j4 entra em choque com a aresta de cabega do dente 3'. Se além disto, existirem erros nos perfis dos dentes carregados, 0 contato entre eles seré caracterizado por uma sucesstio de impactos, tal como aqueles gerados pelos dentes 3 e 3" que se aproximam ainda descarregados. Estas foreas impulsivas devidas aos impactos (impulsos de engrenamento) aumentam com 0s erros de passo e de perfil e com a deformagao f, ou seja, com a carga. Esses impulsos ocorrem na frequéncia de engrenamento feng € seus harmdnicos. Fig. 5 - Forgas Geradas pelo engrenamento 1 -3 - FREQUENCIAS NATURAIS DOS DENTES O dente de uma engrenagem pode ser simulado por uma viga engastada num extremo ¢ livre no outro. Um sistema dindmico que excitado vibra em sua frequéncia natural, que depende das dimensdes, geometria e material do dente. Desta maneira, componentes de freqiiéncias naturais estruturais podem aparecer no espectro. Durante o engrenamento, o dente é forgado pelo contato e deflete. Saindo da regido de contato, o dente é bruscamente liberado ¢ entra em vibragdo livre, um movimento senoidal amortecido com a frequéncia natural do dente. Pela rigidez, a freqiiéncia natural deve ser alta. Essa vibragio livre do dente se transmite pela engrenagem e passa para 0 eixo, no sentido torcional. Uma pequena parcela se propaga radialmente para os mancais. A Fig. 6 mostra como seria esta vibragio. Capitulo 5 Pagina - 9 ‘Andlise Ii: Rolamentos ¢ Engrenagens - Instrutor: Ricardo Géz_ AMPLITUDE DE ViBRAGxO reriooo Se EnsRENNOTOCV Tene Fig 6- Sinais no tempo e na freqiiéneia de uma engrenagem 1-4 — Efeito do desalinhamento Se os eixos do redutor estiverem desalinhados, 0 contato dos dentes deixa de ser total para ser parcial. Isto aumenta a taxa de pressiio ¢ conseqiientemente acelera os danos. Veja Figura 6. 7 - Efeitos do desalinhamento 2-— COMPONENTE FANTASMA - GHOST Nao raro, encontra-se no espectro de vibrago de um redutor, uma componente com frequéncia miltipla da rotagio da engrenagem mas diferente daquelas associadas com aquele redutor. Esta vibragdo pode ser associada A fabricagdio da engrenagem. ‘A Figura 8, ilustra 0 proceso Hobby de fabricagao de engrenagens com a ferramenta de corte e 0 cabegote divisor acionado por coroa e sem-fim. Se o engrenamento do conjunto divisor tiver problemas, existira vibragdo com frequéncia igual a rotagiio do divisor vezes 0 nimero de dentes da coroa. Esta vibragao imprime um erro de forma nos perfis dos dentes da nova engrenagem em um processo semelhante & gravagio de um disco de vinil, Capftulo 5 Pagina - 10 ' ‘ ‘ c ¢ < ¢ é ( ¢ \ ¢ ‘ ¢ ( c ‘ ‘ ‘ ‘ 4 é ‘Andlise II: Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo Géz Quando a nova engrenagem entrar em servigo em sua rotago de trabalho, os erros de forma dos dentes irdo reproduzir a vibragdo gravada com frequéncia igual a rotaco atual vezes © nimero de dentes do divisor. Esta componente de vibragao é chamada fantasma por no estar relacionada com os engrenamentos daquele redutor. Exemen, Zoe fron Ee ~~ Ska raserentoes acnerexaceae Our eon tet 21 anton set Ze Fig.8 —Geragdo da componente Fantasma. (ref BRUEL) Com o uso da nova engrenagem, o desgaste natural ira apagando as marcas da fabricago e a amplitude da componente fantasma ira decrescendo até desaparecer. Para saber se uma componente é fantasma, € preciso verificar seus aspectos tipicos: 1 - E harménica da velocidade de rotago mas nao associada com engrenamentos do redutor; 2- Geradas por um erro de geometria, nfio devem ser dependentes da carga; 3 - Diminui de intensidade com 0 uso, pelo ajuste de acasalamento. A Fig. 10 mostra um caso tipico da variagio de amplitude de um componente fantasma para cargas de 100% e 10% da nominal. A componente fantasma apareceu na 1802 harménica da rotacdo da engrenagem de 185 dentes. Nas duas condigdes de carga, a fundamental do engrenamento variou de 21 dB (11x) enquanto a fantasma variou somente 6 dB (2x), talvez por causa das diferentes deformagdes hertezianas. As variagdes correspondentes as segundas harménicas foram de 7 € 0 dB respectivamente. (uz) 22») zx) Fig. 10 _ Espectros com componentes fantasmas (ref BRUEL) Capitulo 5 Pagina - 11 ‘Andlise Il: Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo Goz. Jaa Fig. 11 mostra o efeito do tempo de servigo sobre a componente fantasma. Aps um més de trabalho forgado por um severo desalinhamento, a componente do engrenamento aumentou 6 dB ea fantasma diminuiu 5 dB. 140 (0) CondigBo norma! o “wa SK aK OK Frequincia tz) Fig. 11 _ Estudo da componente fantasma(ref BRUEL) 3- EFEITOS DE MODULACAO Na transmissao de poténcia os dentes das engrenagens sofrem flexdo com a aplicagao da carga. Entio, flutuagées no consumo de poténcia, influéncia de desalinhamento ou excentricidade causaro variagio"nas forgas de contato modulando a amplitude da vibragao. ‘Ao mesmo tempo, os dentes sofrerdio variagdes de flexiio variando a transmissio de movimento fazendo flutuar a rotagio e a vibragdo seré modulada em frequéncia. As modulagées AM ¢ FM agem sobre a mesma portadora - a frequéncia de engrenamento. O espectro mostrara duas formagdes de bandas laterais com espagamento igual as freqiiéncias moduladoras. Nos engrenamentos, as modulagdes geradas tem freqUéncias portadoras altas. Com as bandas laterais sio criadas faixas de freqtiéncia com energias suficiente para excitar possiveis naturais, tanto dos cixos como das caixas dos redutores. Com a amplificagao tipica das ressondincias ¢ 0 quase sempre baixo amortecimento das estruturas, as vibragdes os ruidos gerados pelas engrenagens podem ser altos. A Fig. 12 mostra um espectro tipico das vibragdes de um redutor, evidenciando a faixa de freqiiéncias gerada por uma modulagio. Capitulo 5 Pagina - 12 HTLEBLELEELTLELULBLRLELDBRLELEELEEELAELAEECLCALRAELLEELAELELELELLELBERAELAL ‘Analise Il;_Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo Géz. Frog * Z-tRi 22th fr a z NiveL ve wan: tra feng Fig. 12 _Assinatura tipico de um redutor. Nos engrenamentos, além das cargas normais de servigo, atuam os efeitos de desbalanceamento, de desalinhamentos, distorgdes térmicas etc. As diregdes ¢ intensidades destas forgas variam em fungdo do tipo da engrenagem e da geometria da carcaca do redutor. 4 - VIBRACOES CAUSADAS POR EXCENTRICIDADE, Se uma das engrenagens estiver excéntrica, por qualquer motivo, a forga de engrenamento iri flutuar com a rotagaio da roda excéntrica. Flutuando a forga, flutuaré a vibracao de um modo modulado, tipicamente AM — Amplitude Modulada. A vibragio variara de um maximo a um minimo segundo a frequéncia de rotagtio da engrenagem excéntrica. Dependendo do erro de paso, se existirem, os efeitos sao semelhantes. O ruido do engrenamento indica claramente esta forma de modulagio. A Fig. 13 mostra este caso. == ee = 200m S| se 5 a econ gare ENGREMAMENTO « Fg* 2015-2008 Same f x 280 eacovtncianin PERIOD DE REVOLUCRO DA ENGRENAGEN g TBICENTAICA (iq) Ty, aNPLITUDE DE WeRACTO PERTODO 00 ENGRENAMENTO (/FenG* To? Fig. 13 _Sinais de um engrenamento excentrico. Capitulo 5 Pagina - 13 ‘Anilise Il:_Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo Géz, Outras causas de Modulacao Fixos empenados, desalinhamentos, nao-circularidades, afetam diretamente o engrenamento ¢ fa sua ago pode gerar modulagdes em AM e FM. O espectro tipico é a igrejinha com freqiiéncia central do engrenamento e bandas laterais do elemento causador da modulagao oe pined er, di 5 - FALHAS LOCALIZADAS Por falha localizada, se entende um esforgo adicional no engrenamento. Para simplificar 0 raciocinio da construgdo da resposta de vibragdo, considere um ressalto, um calombo, uma incrustagéio, uma rebarba, um dente trincado que ficou fora de sua posigaio. Na matemitica, a simulagdo é somar ao seno do engrenamento normal uma série de pulsos correspondente & falha no pinhido ou na coroa. Veja Figura 14. A soma entio, representa um engrenamento com um tinico erro. No lado direito da Fig. 14 esto mostradas as mesmas fungdes no dominio da frequéncia. a 1 tempo = WF t sopar " ee Cobomoorna sngreres texoe Lt Vat Al wee | | corsclecs dover afeechie> 7 Fig. 14 - Simulagao de uma falha lecalizada Capitulo 5 Pagina - 14 HRALALEALLATLELLARARAELTTTSITCTLSTSLTCLRLELALLRUBLLBLULLABRABARAL ‘Andlise Il; Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo Géz Neste modelo, a portadora tem harménicas, é um engrenamento real, é distorcido tal como em um engrenamento real. O espectro mostra 3 harm6nicas. O sinal modulador € idealizado como uma série de pulsos de largura igual ao periodo do engrenamento e freqiéncia igual a rotagdo da engrenagem defeituosa. Seu espectro & tipico de pulsos. O resultado desta combinagéio € 0 espectro mostrada em baixo da Figura 14. Onde esto presentes muitos harménicos da engrenagem com problemas e 0 engrenamento. Se existirem falhas localizadas nas duas engrenagens, elas se encontrarao em interva- los de tempo bem definidos segundo uma frequéncia de coincidéncia, calculada por: feng m.m.c. (Z,Z2) mme = minimo miltiplo comum entre Z; €Z> (5) A Fig. 15 mostra a foto de uma engrenagem com defeito localizado, dente quebrado. = Gade so s 7 etote > 7 / Fig. 15 - Engrenagem com falha localizada: dentes quebrados. (Ref. Rhodia) Defeitos Localizados um em cada roda Repete-se 0 caso anterior, s6 que duplo, e mais ainda, aparece uma nova forma: Uma coincidéncia se em algum momento esses dois defeitos se encontrarem. Imagine que seré em freqiiéncia bem menor, a freqiiéncia de coincidéncia: ek hs eastern (Z4Za)) Capitulo 5 Pagina - 15 ‘Anilise II: Rolamentos e Engrenagens - Instrutor: Ricardo Goz O americano, acostumado as estérias de Indiana Jones, chama isso de freqiiéncia cagadora. Outra coisa, todo par de engrenagem deveria conter pelo menos um mimero de dentes primo, mas isso nem sempre acontece, ento surge mais uma possibilidade: 0 Numero de Fases de Montagem De quantas formas o par pode ser montado de modo que 0 contato acontega entre tais dentes? Pela matemética, isso equivale ao maximo divisor comum entre Z; ¢ Zz, ou seja, 0 mde(Z),Z). Por exemplo, no par 14 ¢ 42 dentes, 0 mde(14,42)= 14, um dente do pinho chamado dente 1 6 tocard em 3 dentes da coroa os numerados por 1, 15 29. A vida util fica muito reduzida (vida Gtil = 100%/ n° fases de montagem) neste caso 6.11%. Analista: isso cria um padrio de desgaste com uma nova freqléncia no espectro, que & L e seus harménicas. Na verdade aparece uma familia de harménicas fracionérias no espectro. Existem divergéncias com os nomes dados: - alguns dizem sub harménicas: 1x 1/2x 1/3x .. \_- € outros dizem harménicas fraciondrias: 1/8x 1/4x 1/2x Ix. “Podnsés— = 08 angsty PA Veoety in nee tie out Capitulo 5 Pagina - 16 SCEDLELAELELALELELGAAAEEAAELALALALALALALALLAUELELELERLELALER v ‘Anilise I: Rolamentos ¢ Engrenagens - Instrutor: Ricardo G6z_ 6- FALHAS DISTRIBUIDAS Falhas distribufdas e falhas localizadas criam vibragdes diferentes tanto na forma de onda como no espectro. A falha localizada, tipo dente quebrado, cria um aspecto de espinha (spike) diferente da falha distribuida, veja Fig. 16. Conforme sera comentado a seguir, nao é possivel distingui-las com seguranga através dos espectros. TEMES ERESUENCARY Espectrocom bandos you + Soprpadesemooy Ezpectrocom bandos late- Faina locclizodo roiem nivel baie Foina distribuiaes Fig. 16 -Falha localizada versus distribuida. Excentricidade e distribuigaio do erro de passo, stio exemplo de falhas distribuidas = Podem gerar modulagdes de amplitude, AM, com suas duas bandas laterais. Se ainda o eixo tiver uma deformagao espacial (empenamento por exemplo) 0 espectro fica mais complexo, inclusive com alguma participagaio de FM. F de se esperar um espectro rico em bandas laterais, como mostrado na Figura 17. fens Bandas Bandas Fig. 17 —Espectro de uma deformagao complexa. Quando o erro do passo é simétrico, as bandas de freqléncia so 0 dobro da rotago da engrenagem defeituosa. Como mostrado na Figura 18. § mentee) Fig. 19 - Espectro de erro de passo simétrica renga Fang Capitulo 5 Pagina - 17 ‘Analise If; Rolamentos ¢ Engrenagens - Instrutor: Ricardo Géz Se ocorrer simultaneamente desgaste uniforme dos dentes ¢ deformagiio espacial do eixo, o efeito de modulagao fica mais reforgado conforme mostrado na Figura 20. Sampurase) Nt ENGI Ft ENGI +2F4 ENat=Ft g eNge-Ft ence 4 2Ft = ENGS-FI ENG, ENG3 +1 Nos -2F1 ene3+2Ft 5 3 Fig. 20 —Desgaste e folha distribuida. Exemplos de medidas de vibrag&io em engrenagens. x 251.25 ¥ 8.001500; . mass A-fonn ors os Laat lin a i mn SS ie ATLAS CORCO 1410 BuB.048 3H ; ial [ESPECTHO Loc 19-11-96, Fig. 21 Espectros com modulagdo em frequéncia. 7 - Forgas de Excitagao devido 4 Preciséo de Fabricagao. Nem sempre as engrenagens so fabricadas com a devida qualidade. Qualquer erro de fabricagao perturbaré. muito o funcionamento. Inclui-se nesta categoria, os erro de armazenagem e manuseio. Com isto sdo geradas componentes anormais no espectro, dificultando a andlise. Capitulo 5 Pagina - 18 CC QRREALRARARAEAAAR ARBAB ERE AAO Regenanaeanaaeaneaeaneaanete ‘Andlise Iz Rolamentos ¢ Engrenagens - Instrutor: 8 - Backlash - Jogo ou Folga entre as Engrenagens Folgas entre os dentes geram muitos impactos aleatérios e com isto 0 espectro fica todo sujo, impossibilitando a analise. Quando o backlash é iniciante um manifestagao constatada € a irregularidade nas bandas laterais das modulages. Conforme a Figura 23. (a we) NIVEL DE viaRagzO Fig. 23 Assinaturas de engrenagens com dentes com perfis defei- tuosos. a) BACK LASH exagerado - espagamento entre bandas laterais variardo. ~ b) DENTE QUEBRADO-as amplitudes entre as bandas ia- terais variardo. 9 -IMPULSOS ADITIVOS ©2 oleo born Os processo de geracao de vibragdo em AM e FM criam sinais no tempo com amplitu- des simétricas em tomo nivel zero. Qualquer assimetria, como mostrado na Fig. 24, pode ser interpretada com um impulso aditivo. A representago espectral dos impulsos depende de suas duragdes no tempo. Por exemplo, uma duragao igual ao periodo de engrenamento da um espectro que cai a zero na frequéncia de engrenamento. Portanto, harménicas abaixo da metade da frequéncia de engre- namento so comumente causadas por impulsos aditivos. Capitulo 5 Pagina - 19 ‘Andlise I: Rolamentos ¢ Engrenagens - Instrutor: Ricardo Goz Abaixo uma recomendaciio geral de espectros de diagnésticos em engrenagens VIBRAGDES _EM_ENGRENAGENS ze. 'By *FotapSo do pinhde em{H2) 2% =N&de dentes do pinhdo 2, | "2" rotorde do coroa em Hz) 22 = NO de dentes da.coroo feng Frag. de angreramento = m x21 = noxZe f¢>Freq ¢a coincidancios LEER AARARRAREE "2 wvy Piao excENTRICO/POLGAS EXCERAIVES z enn T 1 5 fnenwct my, 4 er. 21 A [PASE a PINKAD COM DENTE QUEBRADO vat te ie i a Set to = xs ms 210° ch Subuil [Ang = a (Hz) Seo re eee cons aun ae RADIAL Leu Temp ete FomMics do Dondos toterais denen ENGRENAGENS MONTADAS EM EIXOS DESALINHADOS 2xmy jw} ENGRENAMENTO CoM MANCAL ROCANDO (He) i ye i j i ir et a zm tag 19 Capitulo 5 Pagina - 20 = RARBABRARARAAARRASBTEBRSEBRABRaeasaraeaaaaarar» (Anise T= Engrenagens — Casos Histiricos~Instuar Ricardo Gz — Casos de Engrenagens Capitulo S~ Pagina 1 ‘Analise 1 Bn; isos Historicos — Instrutor Ricardo Géz 1) Redutor Renk Zanini HS 32 em Picador de Cana Dados Técnicos: Rotagao turbina | 5000 RPM Pinhao 25 dentes Maneal Coroa 192 dentes Gaiola [5.1 acoplamento 8 pinos Esfera 496 NP eixos 6 eixos P.extema [199.4 rolamento [23144CC | [P.Intema [151.9 | Local Freqiéncia Eixo saida redutor 12.5 Hz ‘Mancais turbina 83.3 Hz, ‘Pills acoplamento redutor picador | 100.7 Hz Ehgrenamento 2416.7 Hz Capitulo 5 - Pagina 2 CEARAAERATETEAALAELTEALTLALTCALALALELLABALBLARLADLELLADLABELALEL Me da de 23 de outubro de 2003 Ja estava evidente a falha no engrenamento > i foeg 2xemeemc peeimereee ap 5 7 aelereTTs Tse) No fim da safra de 2003, o redutor foi aberto e constatou-se forte desgaste no pinhio, ja com o perfil dos dentes comprometido. = Capitulo 5- Pagina 3 “Andlise Tl — Engrenagens — Casos Historioos — Instrutor Ricardo Goz 2, ACIONAMENTO MOENDA Equipamento — Volandeira Dentes Retos. Espectro em 4 de agosto de 2005: 1x Freq. Engrenamanto i oa 4xFreg | acaka IE | ii Na manutencio de entressafra, a inspeg4o encontrou varios dentes com pittings e muitos com desgaste acentuado Capitulo 5—Pagina 4 é SC RAGELELLETAELELECLCCLLLALLCAELRLALBLELALBLARLRLADERLALERALELEREE ‘Andlise Il — Engrenagens — Casos Historicos — Instrutor Ricardo Goz, Anédlise de Vibrag&o dos excitadores das Peneiras Pe10 e Pe-11 (2.5x6 m) TEXCTADORUN-O-VSAOGERAL Descrigio: Este trabalho relata a andlise de vibragdo nos excitadores das penciras Pe-10 ¢ Pel Icom atengao as engrenagens de sincronismo. Havia reclamagies de ruido elevado e alta temperatura. Esses equipamentos so recém instalados. As medidas de vibragdo foram feitas na diregao vertical. Os excitadores LM-911 possuem um par de engrenagens de mesmo nimero de dentes (z= 76 dentes) e a rotagio do eixo acionado dos excitadores gira em torno dos. 780 RPM. Portando a GME calculada foi de 9632. DESCRICGAO EXCITADOR LM - 911 - VISAO GERAL Detalhe das massas do excitador ¢ sentido de rotagao do mesmo. Capitulo S Pagina 5 ‘Andlise II Engrenagens — Casos Historicos — Instrutor Ricardo Gaz. Visualizagao interna dos componentes do excitador. Em destaque o acasalamento dos dentes das engrenagens dos mesmos. A seguir serao mostradas as medidas de vibragao dos excitadores. Peneira Pe-10 lado acoplado: forma de onda, espectro de deslocamento, espectro de aceleragiio e zoom. Capitulo 5 - Pagina 6 é a a a a a an a i i GM emodutactes Peneira Pe-11 lado oposto ao acoplamento.Forma de onda antes e depois da troca, espectro de deslocamento, espectro de aceleracio. Capitulo 5- Pagina 7 4 ‘Andlise I~ Engrenagens — Casos Histéricos ~ Instrutor Ricardo Géz Capitulo 5—Pagina 8 ¢ © @AAGAGEREABBEEAZEERAEABEARBARAaARDaABAABAA® (Analse T= Engrenas jc0s — Instrutor Ricardo G6z T= Engrenagens — Casos Hi Analise de Forma de onda: As variagdes de vibragdo associadas ao engrenamento identifica erros de contato nestes conjuntos. Erros de perfil do dente: se for mais fino gera contato curto (short bearing) ou se for mais abaulado gera contato longo (full length bearing). Anilise de Espectro de Vibragao em Deslocamento (d): Os espectros em deslocamento mostraram além de muitas harménicas das engrenagens, também a série de inter harménicas — 0.5x, 2.5x - Indicativos fortes de folgas mecanicas. Aniilise de Vibragio em Aceleragao (g): Estes espectros mostraram muita atividade na regitio do engrenamento inclusive modulagées com a rotagdo da engrenagens. Andlise de Temperatura dos excitadores: Pelo fabricante, a faixa de temperatura é de 55 a 75 °C. Em operagdio, a temperatura estd na faixa de 59 a 69 °C. Nao havendo risco de degradagao do lubrificante. ‘Alguns espectros mostraram clevagio do nivel do carpete. Isto indica variagdes nos componentes, podendo ser variagées de carga ou variagdes das engrenagens ~ erros de dentes ou de geomettia. Na peneira Pe-10, em deslocamento estilo presentes componentes de 0.4 a 0.48x RPM evidenciando problemas de dleo. CONCLUSAO Espectros de deslocamento e aceleragao mostraram modulagao da rotagao sobre 0 engrenamento. Este possivel erro de fabricagao foi passado ao fabricante que nao o descartou. Capitulo 5— Pagina 9 “Andlise Il — Engrenagens — Casos Hist6ricos — Instrutor Ricardo Géz. Outro fato constatado foi flutuagio das condiges de contato dos dentes. O fabricante confirmou 0 proceso de cementagiio dos dentes seguido de lapidagao. A dureza superficial chegou a 280 Hb. Pode ocorrer que a resisténcia superficial dos dentes nao permita o desgaste de acasalamento e ainda crie impactos de contato e aumento de ruido.. Com as anéllises concluidas, foi sugerido ao fabricante que: ~ . Fabricar novas engrenagens com material melhor para dispensar o tratamento térmico. = Garanta que a fabricago nao crie excentricidades. = O cliente solicita ao fabricante resultados de testes de impacto nas novas engrenagens — suas freqiiéncias naturais. Os excitadores trocados, nao esto étimos, mas foram aceitos por no mostrarem evolugio inicial. Capitulo 5 ~ Pagina 10 CQRAAGLEALGLLALAETLESELEAELELALALRDLERLATLELALRLALELELEALLELEELELEEL Engrenagens — Exemplo de Anilise Cia Niquel Tocantins — Grupo Votorantim O redutor RE-332 B € monitorado por andlise de vibragdes mensalmente. Entre duas medig6es, em 28/05/03, percebeu-se um ruido anormal. ‘As medidas mostram a seguinte variagdo: Evolugo da componente de ow engrenamento (487H2). Pentre z Medidas de Envelope em m/s” | tata Ix 2x 3x ax Tx fan 201 | 0.065 | 0.051 0.037 0.087 0.213, 0206 | 0.467 | 0.448 0.530 0.366 0.823 A +618% | +778% | +1332% | +320% | 4286% | A evolucao da vibragao ocorreu na freqiiéncia de engrenamento, indicando desgaste uniforme. Um crescimento de até 1300% em 5 meses. Capitulo S—Pagina 11 7 Medidas de espectro em mm/s RMS Data feng 2x feng 29/01 0.433 0.044 02/06 1.082 0.234 +150% +432% Capitulo 5-Pégina 12 ? <€ SBELAGARGAABREAKBRABAAAAAAAAARAAAAABAAAAABABARBAAAAAAAAARBS ‘Andlise instrutor Ricardo Géz. ‘A evolugéo da vibrac&o indicou desgaste uniforme dos dentes e as fotos abaixo confirmam este diagnéstico. Desgaste do pinhéo. Desgaste da coroa. Pe - J Termogramas do redutor nao indicam acréscimo significative de temperatura. Mancal 03, lado de entrada do redutor -MAX: 50,3°C; MIN: 43,1°C; TAMB: 30°C. ‘Andlise Il Engrenagens — Casos Hist6ricos — Insirutor Ricardo Géz Mancal 06, saida do redutor - MAX: 40.7°C; MIN: 39.1°C; TAMB: 30°C. é Capitulo 5—Pagina 14 CQAAALAGTLALALELATLALARGLGADRDADDABAREBLABAALELBELALRBRABRAAD ‘Andlise 1 — Ei 5 Casos Historicos — Instrutor Ricardo Géz Anilise de vibracéo no Redutor Banbury Pinhao com Bucha Folgada Pirelli Pneus Santo André SP - Andlise feita em 24/jun/2004 Deserigao: Essa anilise foi feita com sinais de vibrago aquisitadas digitalmente e pés processados.... Foram também analisados vazamentos, ruidos, temperatura, lubrificagao etc. Abaixo algumas fotos do sistema de andlise. Croqui do redutor Banbury: Japela 1 Redutor dot icem) i 200.00) 302.46. Z1=4l; 22 = 122; =38. Capitulo S-Pagina 15

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