You are on page 1of 12
GEOGRAFIA DO BRASIL. Iuhas vulednicas Oceano 6. Margem continental tipo Pacifico insular. As cordilheiras dorsais mesocednicas sio encontradas, conforme a propria denominacio, nas dreas centrais dos oceanos. Sao verdadeiras cadeias de montanhas submersas, cujas partes mais elevadas geralmente se encontram entre 1 000 e 2.000 m abaixo da superficie das dguas. Entretanto, alguns picos mais elevados podem chegar acima da superficie ocednica € constituem-se em ilhas de origem vulcAnica. As dorsais mesoceanicas sio dreas de intensa atividade tecténica, intrusdes magmiticas e falhamentos. Sao zonas conside- radas como geradoras das placas tectdnicas. Entre elas esto a dorsal mesatlfn- tica, a dorsal mesopacifica e as dorsais do oceano Indico. 1.3.4. AS FORMAS E A GENESE DO RELEVO TERRESTRE O relevo terrestre e sua complexa génese podem ser mais bem enten- didos a partir da teoria da tecténica de placas ¢ da dinamica da litosfera tratada no capitulo iS um tergo da superficie "Parte da litosfera representada pela crosta continental. Conforme j4 foi dito, a crosta continental constitui-se de uma grande variedade de tipos de rochas € arranjos estruturais de diferentes idades e géneses. ASSimiaolmesmowtems OY FUNDAMENTOS DA GEOGRAPIA DA NATUREZA 3 O relevo tertestre € fruto da atuagio de duas forgas opostas ~ a endégena Cantera) © a exdgena (externa) —, sendo que as internas sio as geradoras das grandes formas estruturais do relevo © as externas sao as responsaveis pelas {OHMASESEUAAR. Neste capitulo serao tratadas, em primeiro lugar, as macro- formas do relevo terrestre e, a seguir, os efeitos dos processos endégenos e exogenos na geragio do relevo, AS MACROFORMAS ESTRUTURAIS, As macroformas estruturais do relevo terrestre estio representadas pelas plataformas ou crdtons, pelas cadeias orogénicas ¢ pelas bacias sedi- mentares. 1. @SUplavaforMasNOUNCRGLONS quase sempre se mostram com relevos muito rebaixados por divers as e longas fases erosivas. So terrenos que guar- dam caracteristicas de baixos planaltos ou ainda assumem aspectos de depres- s6es posicionadas as margens de bacias sedimentares ou dos cinturdes de cadeias orogénicas antigas. Os grandes dominios estruturais da Terra esto assim distribuidos: no con- tinente americano aparecem 0 escudo das Guianas, o Brasileiro e o Canadense; no continente africano, 0 Saariano; na Europa, 0 Russo-fenorsindico; na Asia, 0 Siberiano, 0 Chinés € 0 Indiano; e na Australia, 0 escudo Australiano. No territ6rio brasileiro, 0 escudo das Guianas é caracterizado preferen- cialmente por rochas metamdrficas muito antigas do Pré-cambriano Médio a Inferior, ocorrendo ainda rochas intrusivas e vulcdnicas bastante velhas, € alguns trechos apresentam coberturas sedimentares antigas. © mesmo ocorre com a plataforma sul-amazdnica ¢ 0 Sio Francisco, @UeHeCeBE Mn AdenoMinACAONUeESCUMSNBMASIIeiFO. Ambas correspondem a terrenos relativamente baixos (400-600 m), ocorrendo algumas areas com dimentares residuais, como a chapada do Cachimbo e 0 planalto Observando-se a Tabela 2 das eras geoldgicas da Terra, verifica- ons enquadram-se na era pré-cambriana, cujas cobertur: dos Pareci: Se que as plataformas ou ci idades esti entre 900 milhées ¢ 4,5 bilhes de anos, caracterizando-se por s trabalhados pelos processos erosivos ¢ também os mais Serem Os terrenos m: estiveis do ponto de vista tectnico. GEOGRAFIA DO BRASIL 34 Tabela 2. Escala Geolégica do Tempo Periodos Epocas Tempo Decorr. Caracteristicas Eras aa Holoceno 11000 Homem Quaternério 4 Plistoceno 1.000.000 Glaciagio no hemisfério norte Cenozsica Plioceno 12.000 000 Mioceno 23.000 000 Terciério 4 Oligoceno 35.000 000 “Mamiferos ¢ tanerogamas Eoceno 55000000 Paleoceno 70 000.000 135 000 000 Mesozéica 180.000 000 Répteis gigantescos € coniferas 220.000 000 | Permiano 270000000 Anfibios ¢ criptégamas. Carbonifero 350000000 Gam 400000 000 Peixes, vegetagio nos Paleozdica continentes Siluriano 430.000 000 Ordoviciano 490000 000 Invertebrados € grande nimero BI 600.000 000 de fosseis, vida aquitica Proterozsica mais de 2 Restos raros de algas, Arqueozsica bithoes esponjas, crusticeos e vermes (Inicio da mais ou menos Evidéncias fossiliferas raras, Terra) 5 bilhdes (?) bactérias © fungos (?) Fonte: V. Leinz e S. E. do Amaral, Geologia Geral, 1969. (QUASIbaGiasBedinentares constituem outra estrutura de grande repre- sentatividade territorial ao longo dos continentes. ESSaS(bACiSSIONOMEGIS _m Bacias sedimentares como as do Colorado e do Mississippi-Missouri, nos OS PUNDAMENTOS DA GEOGRAFIA DA NATUREZA 35 Cenozoico, através de diferentes fases de deposigio marinha, glacial ou continent bacias sedimenta $ recobrem parcialmente as areas cratonicas ou de formas, ocupando 75% da superficie emersa da Terra, embora em volume pata as Tochits sedimentates sejam bem menos representativas do que as igneas e metamorticas. GHASIRAUCTASTOTORCHICASNOMCITUFOCSOPOBCMEOD correspondem aos terrenos mais elevados da superficie terrestre. SHONMneasIdelerandeleOm> plexidade rochosa e estrutural, geradas por efeito de dobramentos acompa- nhados de intrusdes, vulcanismo, abalos sismicos e falhamentos. Correspon- dem aos terrenos mais instdveis, nos quais prevalece forte atividade tect6nica. As cadeias orogénicas encontram-se preferencialmente nas bordas dos con- tinentes, nos limites com os oceanos Pacifico e Indico e no mar Mediterraneo. As cadeias orogénicas que mais se destacam sio os Andes, na América do Sul; as Montanhas Rochosas/Serra Nevada, na América do Norte; os Pireneus eos Alpes, na Europa; os Cérpatos/Céucaso/Himalaia na Asia e os montes Atlas no Norte da Africa. As cadeias orogénicas sio os terrenos mais recentes produzidos pela tectdnica. Suas idades esto entre o fim do Mesoz6ico e 0 Cenozéico, sendo que sua génese estd relacionada com a teéténica de placas. Os processos de geracio das cadeias orogénicas sempre ocorrem na superficie terrestre, a semelhanga do que acontece com a formagio de bacias sedimentares. As sucessivas movimentagées das placas tecténicas, ciclos erosivos pelos quais a crosta terrestre passou ao longo de sua hist6ria, fizeram surgir e desaparecer bacias sedimentares ¢ cadeias montanhosas € até mesmo mudar a configuragio No Brasil, hé registros da existéncia de geografica dos continentes ¢ oceanos. antigas bacias sedimentares pré-cambrianas, que encobriam parcialmente as reas craténicas, e de cadeias orogénicas antigas (Pré-cambriano), como o CiftUFAGYOrogénicosdosAtlantico (planalto Atlintico), iglobandoyalsérraldo ESpinhaco, em Minas Gerais, 0 einturao orogenico de Brasilia (Gois-Minas) s). (NESSES Coeinturie orogénico Paraguai-Araguate (Mato Grosso-Goii Tes orogénicos, o relevo brasileiro é serrano, de grande complexidade lito- lgica e estrutural. GLEOGRMTIN “ expansan © conttagan do volume dat sgist existemle nos poros € fraturas day pochas, leva a fragmentagao. A agao do gelo nos relevos altos esti marcada por rebaixamentos circulates ow semiciteulares chamados circos. Desses pontos gesenvolvem-se Vales por onde © gelo € a neve Se escoam, provocando erosio ec transportandy material de solo e rocha de modo nao-selecionado, ERATE glacias em forma de U tenmnan: nas pattes baixas do terreno, ondevassliiigias das veleitas depositam, em torma de pequenos montes, as areias, 0» seixos © o maternal ting. Fsses montes baixo: » chamados morainas. A paisagem de Geposicao glacial € ume a > de morainas ao lado de uma grande quan- tidade de pequenos € grandes lagos. Na peninsula da Escandinivia, no norte da buropa, no Canada, no norte da Ruissia € nas partes mais elevadas das cadeias orogénicas € onde os processos erosivos glaciais so mais atuantes. A crosio mecinica dos ventos € atuante nos litorais baixos com praias areno: © nos ambientes climaticos aridos e semi-iridos. Nestes tltimos, verifica se aa 9 combinada da falta de agua com grande variagao térmica diurno-noturna ¢ 0 vento exerce importante papel de desgaste € transporte de detritos sdlidos A permanente e grande variagio de temperatura entre 0 dia e a noite alua sobre a rocha, promovendo a sua fragmentagao progressiva. Os detritos menores (0 transportados pelos ventos de um lugar para outro e, neste processo, tanto geram mais erosio com o atrito de detritos contra rochas € solo como formam, ao depositar-se, campos de dunas. Os processos eélicos o atuantes nas dreas desérticas das latitudes médias, destacando-se os deser- tos do Saara e Kalahari, na Africa; Gibson e Vitéria, na Australia; Colorado, nos Estados Unidos; Atacama, no Peru e Chile; Novo México, no México; Patagdnia, na Argentina; e os desertos do Oriente Médio. @Mv sc pode ver, s processos crosivos témsestreitasrelacioscOnilos smbientes climaticus, © que levou a classificagio do relevo segundo os pro- cessos de esculluraco nas chamadas zonas morfoclimaticas. 1.6. AS ESTRUTURAS } AS FORMAS DO RELEVO BRASILEIRO so conhecer um pouco Para melhor entender o relevo brasileiro, € pre’ MSOGNTEMENUAMNETEANO) estudando sua evolugio ¢ dinamismo com 0 auxilio das novas concepgées relativas & dindimica da litosfera e a tectOnica 08 FUNDAMENTOS DA GEOGRAFIA DA NaTUREZA ‘ de phicas. O objetivo principal desses estudos € entender 0 que ocorreu com s estruturas € as formas do relevo no passado remoto para a ‘Segitir associa- com 0 que acontecet no passado recente. DERTOUOISIMPIES, poce-se descrever @melevoNMONCONLNEHENULANER. cano como tendo em toda a sua borda oeste a cadeia orogénica dos Andes formagio iniciou- ¢ no Mesozoico e estendeu-se ao Cenozdico. A parte central ¢ 0 leste do continente é marcado por estruturas e formagées litolégicas antiga (WEREMONEMAD RFC*CAMBTANO (Mapa 3). Ao contrario da cordilheira dos Andes, que € relativamente estreita, alongada na dirego norte-sul ¢ muito alta, ultrapassando em varias areas os 4.000 m de altitude, os terrenos do centro e do leste sio mais baixos, prevale- cendo altitudes inferiores a 1000 m. Nessa parte, os terrenos sao ma is desgas- tados por varias fases erosivas, que geraram simultaneamente as grandes bacias sedimentares. Entre os terrenos antigos do centro e do leste, repre- sentados pelos planaltos do Brasil e das Guianas, .. norte, encontra-se um corredor de terrenos baixos constitufdo por sedimentacio recente que se esten- de da Venezuela e da Colémbia, ao norte, até a Argentina, ao sul, passando por Bolivia, Paraguai e extremidade oeste do Brasil. O territ6rio brasileiro € formado por estruturas geolégicas antigas. Com excecio das bacias de sedimentacio recente, como a do Pantanal mato-grossense, parte ocidental da bacia amaz6nica e trechos do litoral nordeste e sul, que sio do Tercidrio e do Quaternario (Cenozdico), o restante das areas tem idades geo- légicas que vio do Paleoz6ico 20 Mesoz6ico, para as grandes bacias sedimenta- linos. Tes, € ao Pré-cambriano (Arqueozéico-Proterozdico), para os terrenos cri No territério brasileiro, as estruturas e as formagées litolégicas sio antigas, mas as formas do relevo so recentes. Estas foram produzidas pelos desgastes erosivos que sempre ocorreram e continuam ocorrendo, € com isso esta@(peHManenlementelSendoNeAEeIgOddaS. Desse modo, as formas grandes € Pequenas do relevo brasileiro tm como mecanismo genético, de um lado, as formagées litolégicas e os arranjos estruturais antigos, de outro os processos mais recentes associados 4 movimentagio das placas tectdnicas ¢ a0 desgaste erosivo de climas anteriores e atuais.(Grandejpartejdasirochasie estruturas que Sustentam as formas do relevo brasileiro so anteriores & atual configuracao do continente sul-americano, que passou a ter o seu formato depois da oroge- nesevandina eda abertura do oceano Atlintico, a partir do Mesozéico. “ GEOGRAPIA DO BRASIL. Mapa 3._Estruturas da América do Sul L Oceano Atlantico Plataforma ‘sul-americana Gils Embasamento cristalino o 1000 km an, Fonte: Adaj Adaptado de Almeida er al., 1976. OS FUNDAMENTOS DA GEOGRAFIA DA NATUREZA Mapa 4. As Grandes Estruturas do Territério Brasileiro 47 GEOGRAFIA DO BRASIL aw A macroestrutura do subsolo do terrilrio brasileiro desempenha impor- tante papel na configuragio das grandes formas do relevo, apesar das prolon- gadas fases crosivas. Desse modo, SSUESEMizerMemorma simplificada que Ssiontndspassgtansosecsstuuttinas que definem os macrocompartimentos de relevo fil: cmpplataforn so critons, cilities @rogenicos « encontiados nosBr trandes bacias sedimentares (Mapa 4). 1.6.1. AS AREAS CRATONICAS As plataformas ou critons correspondem aos terrenos mais antigos ¢ agfisadOs|por|muitaspfiasesydeyerosio. Constituem-se numa grande comple- xidade litolégica, prevalecendoyaswrochassmetamérficassmuitosantigas (Pré- cambriano Médio a Inferior, com 2 a 4,5 bilhdes de anos). Também o6fem *SCHASUAUUSNASMALIGas (Pré-cambriano Médio a Superior, com 1 a 2 bi- lhées de anos) @jfesiduosmemochasysedimentares: datadas do Pré-cambriano Superior, que em alguma fase da hist6ria da Terra encobriam partes das pla- taformas. Sio trés as areas de plataformas ou cratons: a plataforma das GGiaHasyfa SUMAMAZONICAe 4[do|SaoyFrancisco, A area craténica das Guia- nas tem terrenos elevados na extremidade norte do Brasil, @asfaixaswfrons teiricas da Venezuela e das Guianas, onde se encontram rochas intrusivas e efusivas associadas com metamérficas antigas. Ao sul, a plataforma das Guianas est em terrenos mais baixos, onde prevalecem rochas metamor- ficas, encontrando-se parcialmente encobertas pelos sedimentos da bacia se- dimentar amazonica. A plataforma ou craton sul-amazénica, cujos terrenos sio mais baixos aOMOrtEde Ganhampaltitudeyempdireciowaoysulyé constituida principalmente por rochas metamérficas antigas, ocorrendo freqiientemente rochas intrusivas, como granitos e dep6sitos sedimentares residuais que sustentam relevos mais altos. Na extremidade sul essa plataforma encontra-se encoberta por extens@ formaga sedimentar correspondente ao planalto e chapada dos Parecis. A plataforma do Sao Francisco, que se estende desde o norte de Minas Gerais € avanga pelo centro da Bahia, € a érea cratOnita de mais dificil delimitagao, pois uma parte encontra-se parcialmente encoberta por sedimentagio antiga eas extremidadeseonfundemese comvasireasidosieintuiroesOrogenicos que x margeiam” (OS FUNDAMENTOS DA GEOGRAPIA DA NATUREZA 9 1.6.2. AS AREAS DE DOBRAMENTOS ANTIGOS Os cinturdes orogénicos existentes no territério brasileiro sio muito antigos, ou seja, de diversas idade: longo do Pré-cambriano, Esses cintu- ‘io o do Atlintico, o de Brasilia e o Paraguai-Araguaia. Essas trés antigas ias montanhosas cncontram-se atualmente muito desgastadas pelas varias extensdes. Essas faixas de dobramentos foram no passado bacias geossin- clinais estreitas e alongadas que margeavam a borda das plataformas. Os sedimentos formadores das bacias geossinclinais, cm fungio da movimentagio da crosta terrestre, foram por varias vezes dobradas por presses das plata- formas. Nesse processo de movimentagio da crosta, os sedimentos, ao serem dobrados, também sofreram metamorfizagao, intrusdes € possivelmente até efusdes vulcanicas. Algumas dessas areas orogénicas, como € 0 caso do cin- turdo do Atlantico, passaram por até trés fases de dobramentos, acompanhados de metamorfismo e intrusées alternados por longas fases erosivas. O cinturao orogénico do Atlantico estende-se desde a parte oriental da tegiaio Nordeste até o sudeste do Estado do Rio Grande do Sul. E uma faixa de grande complexidade litoldgica estrutural,prevaleeendostochasimetamérficas de diferentes tipos e idades, como gnaisses, migmatitos, quartzitos, micaxistos, filitos, e, secundariamente, intrusivas, como os granitos € os sienitos. O cinturao orogénico do Atlantico tem trechos mais elevados sustentados por rochas do tipo quartzito. As cristas serranas desse cinturdo estio mais preservadas do ataque erosivo, como ocorre coma serra do Espinhago, que se estende do centro-norte de Minas Gerais até o interior da Bahia. Outras serras de grande significado no relevo sao as serras do Mare da Mantiqueira, que se constituem em escarpas altas ¢ abruptas produzidas por grandes linhas de falhas bem mais recentes. Os terrenos elevados do cinturao do Atlantico sao resultantes de dobramentos, de falhamentos extensos ¢ das grandes massas intrusivas, como é 0 caso do macigo de Itatiaia, da ilha de Sio Sebastido ¢ do macigo de Pogos de Caldas, entre intimeros outros. O cinturao de Brasilia estende-se desde o sul do Estado de Tocantins até © sudeste de Minas Gerais. E formado principalmente por rochas metamérficas (EMITEFERIESMIPOS, como MiGANiStOS|ATdSSiaSy filitos, gnaisses, quartzitos, € carbondticas de baixo metamorfismo. Encontra-se também muito arrasado fe GEOGRAFIA DO BRASIL pelos processos erosivos que permitiram a exposigio de rochas intrusivas do interior dos dobramentos. O relevo que se desenvolveu nessa frea € de serras Alongadas € estreilas, em alguns trechos associadas com chapadas de topos planos € altos. No cinturiosorogénico de: Brasilia, destacam-se-as,serras da Canastra e Negra, em Minas Gerais, as serras de Caldas Novas, da Mesa, Dourada, do Boqueirio, entre outras, e algumas chapadas, como a de Brasilia, a dos Veadeiros e a de Cristalina, em Goias. cinturio orogénico Paraguai-Araguaia cstende-se desde o norte de Goids Tocantins até Mato Grosso, na regido de Cuiaba, reaparecendo na extremidade sul do Pantanal, na serra da Bodoquena. Esse cinturao esta em grande parte arrasado por erosio; entretanto, a noroeste € oeste de Cui’ encontra-se a provincia serrana de Mato Grosso. Essa drea é constituida por varias serras geradas por dobramentos antigos ¢ que se encontram parcialmente preservados. As rochas sio sedimentares ou com baixo metamorfismo, destacando-se os metarenitos, filitos, arenitos, calcdrios, argilitos, siltitos, folhelhos e arcéseos. 1.6.3. AS BACIAS SEDIMENTARES O terceiro tipo de estrutura que ocorre no territério brasileiro é 0 das trés grandes bacias sedimentares: Amazénica, do Parnaiba ou Maranhio e do Parana. Essas bacias formaram-se ao longo do Fanerozéico, ou seja, nos Ultimos 600 milhdes de anos. Os sedimentos mais antigos sio do Paleozéico, os intermedidrios do Mesozdico ¢ os mais recentes do Cenozéico. Quando essas bacias se organizaram, os terrenos do continente sul-americano en- contravam-se em posig6es altimétricas bem mais baixas. Os depésitos ma- rinhos e continentais formaram as rochas sedimentares das trés grandes bacias. Assim, nelas sio encontrados sobretudo arenitos de diferentes idades e granu- lagées, as vezes intercalados por siltitos, argilitos, conglomerados ¢ calcirios. Especificamente, na bacia do Parana ocorreu extensivo derrame de lavas vulcanicas, que se depositaram sobre as camadas sedimentares em planos horizontais e estratificados. Essa atividade vulcdnica ocorreu no periodo jurassico ¢ cretéceo, na era mesozéica. OSTMEPOSITESTAOICENOZSICO — perfodo tGreistio —

You might also like