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| PRESIDENGIA DA REPBUCA SUPERINTENDENCIA DO DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE RUSOLUGAO Ne 1 NDENCIA DO DESENVOLVIMENTO DO NOR= Conselho Deliberati J A SUPERIN' DESTE (SUDENE), na forma da resolugfo vo em sess&o do dia 4 de maio de 1960, RESOLVE aprovar o Ante-Projeto de Lei que a = prove o Priueiro Pleno Diretor"de Desenvolvimento do Nordes- ‘te ead outras providéncias, salvo reformulagées posteriores que o proprio Cohselhé houver por bem apresentar. : Recife, em 5 de maio de 1960 Olen is FEE Celso Monteiro Furtado f * Superintendente ANTEPROJETO DE LEL Aprova 0 Plano Diretor da SUDENE e dé outras providéncias. Art. 1° - E aprovado o Primeiro Plano Diretor de Desenvolvi mento do Nordeste, elaborado pela SUDENE, constante de Anexo 3 presente. § 19 - E autorizado o Poder Executive a tomar t8das as proyi drias § execug@o do referido Plano, inclusivea proceder & ente Lei, § 22 - © Orgamento Federal consignaré, nos anexos da SUDE- NE e dos demais érgios responsdvei por investimentos da Unido no Norde: te, a partir de 1962, os recursos necessdrios 4 execuglo das obras e esta dos integrantes do Plano Diretor a que se refere o presente artigo, Art, 29 - O Plano Diretor poderd ser executado diretamente pe Ja SUDENE, ou indiretamente, mediante convénio, acdrdo ou contrato com outros Srgios estatais, autdrquicos, sociedades de economia mista ou em présas privadas. a Art, 3 - Para o fim de assisténcia técnica, contdbil e adminis trativa aos govérnos estaduais e municipais, | responsdveis por servigos pa blicos basicos, tais como abastecimento de fgua, esgotos e distribuigio de energia, ¢, bem assim, para a execuglo de obras compreendidas, no Plano Diretor, poderd a SUDENE como representante da Unido promover a organi zagio, incorporagive ou fusdo de sociedades de economia mista. Pardgrafo Onico - A participagdo da Unido em tais sociedades se faré sempre por intermédio da SUDENE, mediante autorizac@0 do Conse iho Deliberativo que indicard os representantes do Govérno Federal nae as sembléias gerais ¢ nos Srgdos diretivos das mesmas sociedades. Art. 49 - A SUDENE, mediante autorizacZo do Conselho Delibe rativo, poderés a) contratar financiamento, inclusive em moeda estrangeira, bem como realizar importagSes, para a execugdo de estu dos e projetos enguadrados no Plano Diretor; b) contratar estudos e pesquisas de qualquer natureza, poden do negociar os resultados com terceiros ou incorporé-los a sociedades de economia mista como capital da Unio. ©) promover a organizagdo de cooperativas dentro do Plano Diretor, Pardgrafo Onico - Os atos de que trata a alfnea de autorizagdo do Presidente da Repiblica em cada caso. " dependerso Art. 59 - Os recursos atribufdos 3 SUDENE pelo artigo 10, da Lei n? 3.692, de 15 de dezembro de 1959, poderao ser dados em —_garantia dos financiamentos referidos no artigo anterior, até o limite de 20%, Pardgrafo Unico - Os Bancos Oficiais, sempre que necessdrio, dardo garantia para a contratagao dos financiamentos em moeda estrangeira referidos na alfnea "a" do artigo anterior. Art. 69 - Os érgdos e entidades governamentais prestardo SUDENE téda a cooperacdo material € técnica, que lhes for sclicitada, para a reformulag&o anual do Plano Diretor. Art. 7? - Ficam transferidas, para o Nordeste, as sedes do Departamento Nacional de Obras Contra as Sécas ¢ da Comissio do Vale do So Francisco, cabendo ao Poder Executive indicar as cidades em que deve rio localizar-se. § 19 - Terdo igualmente sede no Nordeste todos os 6rgaos e en tidades que venham a ser criados com o objetivo especffico do desemolvimen to da referida regizo. § 2¢ - As autoridades competentes tomar&e as medidas neces efrias & efetivacao da transferéncia no prazo de seis (6) meses da vigéncia desta lei. Art. 89 - A SUDENE poderd atribuir 3 Companhia Hidroelétri ca do Sao Francisco, suas subsididrias ou associadas, nas dreas das ativida des dessas sociedades, a execucdo do Plano Diretor, na parte referente eletrificagio. Art, 99 - Na frea abrangida pela concessZo outorgada 3 CHESF, pelo Decreto Lei n? 19.706, de 3 de outubro de 1945, e nas que lhe foram a nexadas em virtude da necessidade de expansdo de seu sistema, a distribui Ho da energia elétrica recebida da CHESF foderd ser realizada por socie dades de economia mista e cooperativas organizadas pelos Estados e Munici pios ou com cooperativas, com ou sem a participacdo da CHESF, conforme {62 decidido pela SUDENE, ouvida aquela Companhia, § 12 - As quotas do impasto tinico ¢ do impdsto de renda (Cor tituigdo Federal, art, 15, §§ 2? e 42) que no tiverem destinagdo especifica, determinada por Lei, poderSo ser dadas pelos Estados e Municfpios, respec tivamente, em garantia de financiamentos atinentes 4 integralizacao das ages com que participarem das sociecades mistas, de que trata éste artiga, § 29 - As disposicdes do pardgrafo anterior se estendem a par te (50%) das quotas do impésto de renda, destinadas aos Municipios, que a Consiituig#o Federal (Art. 15, § 49, iiltima parte) manda aplicar obrigatSrin mente em beneficio de ordem rural, uma vez que as sociedades constitufdas tenham por objetivo, exclusivamente ou nao, problemas de eletrificagfo ru ral, Art. 10 - Os recursos financeiros consignados no Orcamento Federal, ou em ato, decreto ou lei especial, destinados a servicgos © planos de eletrificagao, aprovados pela SUDENE que tiverem de ser executados pr intermédio da CHESF ou outras quaisquer sociedades de economia mista, constituirdo capital da Unido nas dites sociedades. Art. 11 - Os recursos financeiros para 0 fim mencionado no ar tigo anterior, atribufios a terceiros, sdmente serdo entregues aoa beneficis depois de satisfeitos os requisitos legais necessdrios a assegurar a participagdo da Unido, com as acdes correspondentes, no capital das socie dades em que se transformarem ou a serem constitufdas, a Art. 12 - Os investimentos que se fizerem para a construgdo de linkas tronco de transmiseZo e respectivas sub-estagSes com recursos fo derais 86 terao direito 4 receita operativa necessdria para cobriras despe sas de exploragio e a quota de depreciagav, devendo a respectiva percenta gem ser fixada por proposta da SUDENE. § Primeiro - Se a receita operativa nfo for suliciente para aten der 3s despesas mencionadas néste artigo, a Unido consignard anualmente, em seu Orgamento, de acdrdo com as previsGes aprovadas pela SUDENE, as verbas necessdrias a cobrir a diferenga. § Segunde.- Os investimentos que se fizerem para a construgao de linhas de subtransmissao com tens3o até 22.000 volts, sub-estacdes cor respondentes ¢ rédes de distribuicdo, serfo remunerdveis de acrdo com a legislagdo em vigor, § Terceiro - A remuneragdo serd progressiva e a percentagem inicial sexd fixada por proposta da SUDENE, considerando-se a necessidade de fomentar 0 desenvolvimento de cada regiao fazendo-se oportunamente, as compensacGes devidas. Art. 13 - Para as obras constantes do Plano de Eletrificaglo do Nordeste fica autorizado o reinvestimento dos diyidendos atribufveis as agGes ordindrias da CHESF, subscritas pelo Tesouro Nacional, através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econédmico, com recursos do Fundo Fe deral de Eletrificagio, nos térmos do Decreto n? 46,415 de 13 de julho de 1959. § Primeiro - PoderSo, igualmente, ser reinvestidos, para o mesmo fim a que 8e refere éste artigo, of dividendos que couberem a Unifio em outras sociedades, que tiverem a seu cargo qualquer parcela de respon sabilidade no setor de energia elétrica do Plano Diretor, a § Segundo - O reinyestimento admitido no pardgrafo anterior sd poderé ser feito com a aprovacao da SUDENE. § Terceire - Os dividendos que tiverem de ser reinvestidos, na forma do presente artigo ¢ seus pardgraios, serdo retidos na fonte, cessan do @ retengZo quando completada a execugZo do Plano de Eletrificagfo da Nordeste. Art, 14 - Picam declaradas de utilidade piiblica, para efeito de desapropriacdo do dominio pleno ou para a constituigdo de serviddo,as areas dos terrenos necessdrios 3 construcao de subestagGes ¢ 3 passagem aérea ou subterranes das linhas de transmiseao e de distribuic#o de energia elétri ca previstas no Plano de Eletrificagaa. cl § Primeiro ~ A vigéncia da declarago de utilidade piblica, de que trata éste artigo, comecaré com a publicagfo do ato de aprovacdo das plantas de cada linha de transmissdo de energia elétrica pela Divisio de Aguas do Departamento Nacional de Producio Mineral, do Ministério da Agricultura, o qual identificard as reas a desapropriar, perdurando até fi nal execugio de Plano previsto nesta lei, para efeite de efetivar-sea des: propriagio. 4, § Sogundo ~ Verificada a publicago referida no pardgrafo ante rior, poderd o desapropriante efetuar depdsito provisSrie, nos térmos do ar tigo 15, do Decreto-lei 3.365, de 21 de junho de 1941, e ocupar os terrenos identificados para efeito de néles praticar os atos enumerados no Decreto n? 35,851, de 16 de julho de 1954, bem como quaisquer outros compatfveis com o8 fins de desapropriac&o. Art. 15 - Nas desapropriacSes previstas nesta lei excluem-se das indenizagdes as valorizacSes decorrentes de obras projetadas ou realiza das pelo Poder Piiblico ou por emprésas de economia mista, bem como lotea mentos registrados apés a aprovagdo do Plano Diretor. Art, 16 - As isengdes concedidas 3 CHESF pela lei n? 2,890, a 12 de outubro de 1956 e outros diplomas legais, compreendem todos osim por tos federais, que diretamente Ihe caibam, bem como taxas e adicionais que, de qualquer modo, incidam sSbre 0 custo de equipamentos © materiais desti nados i execugZo do Plano de EletrificacSo do Nordeste, § nico - As isengGes de que trata éste artigo serdo extensivas 3s aubsidifrias da CHESF © a outras empréas de economia mista que se for marem com objetivos de eletrifieagdo do Nordeste 38 quais atribuir a SUDE NE responsabilidade de execucdo do Plano Diretor. Art. 17 - Em relag%o 3 drea definida pela Lei n? 3,692, de 15 de dezembro de 1959, sdmente poderio ser encaminhadas 3 Divisio de Aguas do Departamento Nacional da ProducHo Mineral, do Ministério da Agricultu- ra, pelos concessionfrios de direito, qualsquer pedidos de definic#o ou mo dificagdo de tarifas de energia elétrica, apés ser ouvida a SUDENE. Art, 18 No Plano Rodovidrio Nacional, 2 Rodovia BR-11 (Joao Pessoa-Recife-Maceié-Aracaj-Feira de Santana) passaré a ter os seguintes pontos de passagem principais: BR-11 (Boqueirao do Cesério-Aracatt- - Mos sor6-Angicos -Caigara~P&;o Limpo-Macaiba-Natal-Jo%0 Pessoa-Recife- Ma ceié-Aracaji-Feira de Santana). Art, 19 - No Plano Rodevistio Nacional, a Rodovia BR-23 (Jofo Pessoa -Batalhao-Cajazeiras-Icé~Piripiri-Batalha -Esperantina-Brejo- Urba no Santos-Rosdrio-Sio Lufs), passard a ter os seguintes pontos de passa- gem: BR-23 (Jofo Pessoa-Santa Luzia-Cajazeiras-Icd-Piripiri-Batalha- Es perantina~Brejo~Chapadinha -Itapecuri-Sao Lufs), Art, 20 - Esta let entrard em vigor na data da sua publicago, revogadas as disposigdes em contrério. aye Pag. Ay Aumento relative dos gastos ¢z_ B, Redugfo na eficiéncic dos investimentos federais,...% 4 2. A HOVA ORTENTAGKO DO GOVERNO EM FACE DA Lat QUE CRIOU-A beens Peete ern wee 7 4+, Plenejomento centralizedo dos investimentos,......69+ 1 B, adaptagSo de estrutura administrative..sssevsseees 8 ©, Coordensedo dos incentivos 3 inicintiva priveda. 1 3. SINDDSE DO PROTIRO PLANO DIRIZON, «, 14 1, DIRSTRIZDS 'B 34 2, TRANSPORTS 37 Ay IntroducZox. * 39 Sisteme portugric.,. ‘37 41 46 61 62 4, Povimontagho, 62 5, Fincneirmento. 63 6.°Phhdo Nreionel de Povimentag%o,. 66 J. Reaursos do Orgzmento a= Unifo,,.y. 67 D. Sistema ferrov: 1, Réde Perrovitria Priori 2, Déserigfo de Rade, 3. Woves construgics £ one G., amplingfo aq om Sc gor-toro noeosstric de CHEST! D. Esquotir de fineneinmento...sesesersseereereceereenens gepitulo TIT APROVETD.MUNTO RAGTONAL DOS RECURSOS DE AGUA 1, INGRODUGEO. 2. ESTMGTO DO CoN WO NORD: S7E D, Regime fluvicl...s.. err o no nivel-d'équs nos sgude subtor: REDS PRUTURA 1, GONDIGORS AWWA 2, CARAGTERISTIGIS 7 72 72 3 738 85 “83 90 101 101 119 123 123 128 129 131 132 135 140 142 146 148 154 * 3. DIRAGRIZES DE WS. POLITICA DE DRsunvotviorto acRicona DE INVESTIMENTOS... 600 0rsvececeresversiceeonre 4. PROGRAN B, Reorgrnizoofe d> cconomic do sone semi-frido... ©, Pesquisa ¢ cxporimentagdo......+++ D, Esquemn dos investimentos da SUDBNE, Ancxo PROGRAM. DB _INVESTIN: OI’S DOS AGUDES..... 182 captryno INTRODUCHO 1. ACKo Do covSRNo FEDERAL NO NORDESTE A. Aumento relative dos gastos da Uniie © empobrecimento relative, cata vex mais acentuado,do Nor deste, no quadro da economia nacional, vem exigindo do Govérno Re~ deral participagao crescente na vida econémica da ragiao. A recen- te eriagao da SUDENE constitui a plena tomada de conseiéneia dés- se fato. Aumentar os investimentos pablicos em uma regiao como Oo Nordeste - extensa, diversificada e ainda mal conheci¢a, no que ms peite aos seus recursos ¢ reais possi bilidades de desenvolvimento~ = ser modificar a anacrénica estrutura administrativa de que dis- poe 0 Govérno Federal, para canalizar ésses investimentos, seria ineorrer em crescente baixa de eficiéneia na aplicagdo dos novos recursos, frustrando-se 0 objetivo tiltimo do govérno, que é a pro-= mocao do desenvolviniento econdmico-social. A preocupagao do Govérno Federal com a estagnagao econd- mica do Nordeste, numa etapa de franco desenvolvimento do Centro- Sul do pais, depreende-se do aumento substancial das aplicagdes de funtos federais na regio. fisse aumento é particularmente acentua- do se o compararmos com a evolugao do montante da receita que a U- nifo ali arrecadas Dados disponiveis, pera o periodo 1952-1958, in dicam que as despesas do Goyarno Federal no Nordeste sextuplica- ram, enquanto a receita federal proporcionada pela regiao apenas triplicavas En 1952, a Unido, @espenden, no Noréeste, 2 eruzeiros para cada um que arrecadou. Em 1957, a relagdo ja fot de | para 1, ey em 1958, ano de gastos excepcionads em razao da stea, se despen deran quase 5 cruzeiros para cada 1 arrecadado, conforme se depre- ende do quadro I. QUADRO Receita © Despesa de Unio Federal no Nordeste (Gn) mtthdes) 1952 1953 195k, 1955 1956 1957 195) Hota: Os daros da Receita constam dos Anuartos Estatisticos do ms, os ca Despesa foram estimados pela SUDENE, com base nas asta tisticas oficiais. =2- fisse aumento dos gastos federais no Nordeste tem sido reg ponséyel por wna participacdo crescente da Uniao na vida econémica da Pegiao, tanto no que respeita ao setor publica em particular, gone no que se relaciona com o conjunto da atividace econémica.Con referéncia ao setor publico, cabe assinalar que o Govarno Federal de hé muito ocupa posigdo proeminente no Nordeste. Bm 1952, a Uni- Bo 4 contribuie com mais da metade para os gastos publicos totais na regiao. En 1957, essa contribuicao aleancgou Gils 2, no-ano ‘se- guinte, 69%. Destarte, enquanto no resto do pais os gastos fede- rais pouco oxcedem os dos Estados, no Nordesté a relacao ja esta om térno ce 3 para 1. Nao menos significsativa é a forma como vem evoluindo = paz ticipagio do Govérno Federal no total da renda do Nordeste. Entre 1952 e 1958, subiu de 10,4 para 20,5.por cento. No mesmo periodo, a participacao dos governos estadvais e municipais se manteve pra- ticamente sem alteragdo, em torno de 8 por cento. A simples observagao désses dados poe om eviéncia a creg cente responsabilidade que o Govérno Federal assume na economia do Nordeste. Além dn agao tradicional de cardter compensatorio, em ca so de sden, 2 Undio vem chamando a si responsabilidades cada vez maiores no processo de formagho de capital. Tudo indica que, no mo mento presente, os investimentos federais na regifo ja sao bem su- perdores no total de aplicagoes em conta de capital do ¢onjunto do setor privado: Coma fator de estabilizagao de renda, o papel do Governo Federal tom sido da grande relevancia no Nordeste. As erises de produgio o amprégo que afotam a economia nordestina, como decor- poneia das sGeas pordédicas, aleangnm por vozes grandes proporgoes. Bm 1958, em consequéncia da grande séea que afetou principalmente os Estados do Cenra, Rio Grande do Norte, Paraiba ¢ Picud, 2. rénds real per cavit, doconjunto da populagao nordestina reduziu-se ‘em cérca de 15 por centos No Gears, essa redugdo estina-se da ordem de oO por cento. Nio fésse um aumento de quase cinquenta por cento nos dispéndids do Govérno Federal °~ 0 que evitou que os gastos da populaedo acompanhassem n contragao da renda em téda s sua magni- tude - © 2 calemidade sociel teria alecngado pronorgdes Ancaleula veis. Uma contragao de quarenta por cento.da rendz real de uma co- munidede de alto padrao de vida, como ocorreu nos Estados Unidos em 1929/35, constitui-gravo calomidnde. Tratando-se de populaga que vive ao nfyel de subsisténcin, calamidade dessa magnitude tra~ <3 duzir-se-in, inovitivelmente, em desaparecimento de grande parte an populagio. Contudo, o numento dos dispéndios do Govérno Federal no Nordeste, antes referido, transcende da preocupagho tradicional de assistir as populacdes flagelndas pola séea-in verdade, constitul reflexo da tomata fe consciéncia da nova funedo do Estado como pro notor ¢o desenvolvimento Seondnice. 0 atreso relative Ga economia nordestina vem sondo reconhoeido e proclamado como dos mais graves problemas a enfrentar nesta quadra do desenvolvimento nacional. A perticlpagiio da regiao na renda nacional, que era de 171 por cen- to, om 1948, declinara para 15,3 em 1957, e, no ano seguints, para 1,5. Bm 1958, 2 renda per capita da popwlacio norgestina ja repre sentaya menos de une terca parte da que corresponéia & populagao do Centro-Sul. Consequéncia disso é quo, mesmo no caso do Nordoste alcancar o mesmo ritmo de desenvolvinento do Centro-Sul, 0 aumento per capita de bens e servigos 4 disposigfo da populagio sulina se- r4 trés vézes superior 40 que beneficie a populagdo nordestina (*). Fol = comprovagio dessa realidade = de sua profunda signifieacao social que induziu o govérno dn Unillo a assumir responsabilidades crescentes no Nordeste, contribuinda com parcels cads.yea _ maio- res para intensificar os investimentos na regido. Que o aumento dos gastos da Unizo, no Nordeste, decorre da tomada de conseiéneia do problema da estagnagao ¢ atraso relatL yo da economia dessa importante regiio do pais, depreende-se clarg mente da endlise da estruturs désses gastos. Com efeito: observendo de perto os dados relativos a0 perfodo 1952-1957 (deixamos de Indo 1958 devido 4 perturbagic da séen), comproya-se que as aplicagoes para formagno de capital cresceran com muito mais intensidade que os gastos diretamente Iigedos nos servicos correntes. Se bem que os dados disponiveis ainda sejam de cardter preliminar, esti fora de divida que a participacdo dos investimentos nos gastos do Gover no Federal no Nordeste aumentou substancialmente, sendo, em 1957, superior a cinqtenta por cento. Mas significative ainda & = compa- ragao do ritmo de crescinento dos investimentos federais como do aumento da rendu monetarin. A relagho 6 aproximadamente de 2 para 1, 0 que significa que os investinentos federais cresceran duas yézes mais intensements que 9 renda. Assim, de cérca de 4 por cen- (*) Sendo de 7 mil cruzsiros a ronéa por capita, no Nordests, o de 22 mil, no Contro-Sul (dados d2_1958), um aumento de 2 por cen to representa, na primeira regiiey cruzeiros e, na segunda, hs +o de ronda interne (inclusive deprecisgdes), em 1952, a participe gio Gos investinentes federsis elevou-se a mois de 8 por cento, em 1957. B. Reducdo ne eficiéneia dos investinentos federsis A signiicagio ée um eumento no esférgo de formegao de ca- pitel, como o assinalado no pardgrefo rnterior, diflcilmente pode Ser exogernéa. Us aumento da texa de investinento, em condigées mor mis, deve tradugir-se em incrementa proporcionsl co ritmo de ores cimento de economia. Para tornar cloro fste ponto, vamos supor,co mo hipdtese de trabalho, que, em 1952, os investimentos no Nordes— te se Cistribuian om parcelag iguais entre os actcres publico ¢ pri vado. Admitames, dewcis, que o invectimento 1f{quidg neese ano, al. cangcese 6% do produto Ifouide, sence 3% corregpordentes ao inves- timento privado o 3% eo piblicd, o que nfo esta longe dq reslidede Suponhamos, entio, que o setor piiblico tenha reclizado esférgo tal ane conseguisse dobrap sua taxa de investimento, isto ¢, elevd--le de 3 pare 6 por cento. Ora, mesmo que o sotor privrdo nfo reagis- s¢ favorivelmonte «fase impulso e acntivesse ostceiondria sua ta- xa, otnvestinento Ifquido se Svario de 6 pars 9 por conto. Partin do de imc relogSo produto-chpital constoate de 0,5, deduz—se que a toxa de crescimento da economia se clevaris de 5 pera 4,5 por cen- to. A significag?o rool da transformeg%o ocorrida a6 sc torne oviv onto quardo sc tem en conta que, dodo o eito ritmo de cresoimento da popylegio do Yordeste; ¢ elevag&o da téxa de crescimento da ren de per gepita seria de 0,5 pero 2,0 por conto. Bm,outras pole -- vrais? ber-se-ir qundrapli¢sdo o ritmo do ercscinento econdmico. Snbemos, porém, gue dc nenhum; forme ocorreu esee accle— rogho, no ritho d¢ ereseimcnto d= economi nordestinn, nfo obstan- te esteje comprovrdo o substenciol cumento do esférgo revlizedo pe la Uni3o, no setor de formeg™o do espital, Ore, quendo rp um umn to do csférco de invostimento nfo corrcazonde wlevngFo de toxa de erescimento, 0 mois provivel § que tenlir hnvigo quedn dp efieién— eis dos im inentos. Who basta intervir pera eruscor, § neces- sirio que nio decline o fruto unitirio do esfSrgo de investimento. “Assim, no cxemplo anterior, sdmitinos 2 conatfineic da relogio pro- dwto-cepital,rci-gfo css2 que tredusz c oficifneic do investimento. Suponhanos, cntrct-nto, auc, ne cxcmplo do partgrafo onterior,cssa relog&o boixnsse de 0;5: para 0,33, Sendo cesim,o cumente de taxa -5- de inyestimento de 6 pera 9 por cento nenhum efeito teria sobre o ritno de crescimento da economia, o qual se manteria om 3 por cen- to (correspondente 2 0,5 per capita). Egsas obsoryaces so da méxima importineda pritiea, pois Aindicam, elaramonte, que a slevagio do ritmo de ereseimento nao ¢ apenas uma questao de maflor volumo de investimento, Nao menos 4n- disponsivel é aparelhar o Govérno parn levar ja cfeito ésse maior esférco de formagao de capital. Um volume limitsdo de ‘investimon tos piblicos pode ser coneretizado com éxito, A base de eritérios empiricos. Trata-se, quase sempre, do satisfazer necessidades per- feitamente comprovadas, o que gcralmente ocorre haquolns econonins altamente dindmicas em que o,setor privade 1idera o desenvolvimen- to. Em tais casos, os departamentos do Governo, mesmo tYabalhando isolados, podem identificar com precisio as teniéncias do desenvol vinento e propor solugdes de cardter setorial oportunas ec racio- naiss 0 mesmo, entretanto, nao se pode afirmar com -respeito & uma economia pouco dinfimice, na qual é o proprio Govérno que procura a eelerar o crescinento, intensificnndo o seu esforco de investimen- tos Faltando a lideranca do setor priyado, a agao fragmentada do setor publico, tenderd, fatalhente, a uma baixn eficiéncia dos in- vestimentos. Dessa forma, a acdo integrada do setor publico é tan- to mals indispensavel quanto maior for a responsabilidade déste na lderanga do desenvolvimento. Ora, essa integragao nao se pode rea lizar sem a formulagao de uma politica de desenvolvimento. 0 plang danento, chave para a agdo coordenda, prosbupdo > untdade do dire gio que ¢ assegurada pela existéncia de uma politica. (ch “of *se8mA OFTNIeD oxSapImy vp UyWoUODT ep orPeTTSsusT oyngT|sUT OPW gto*L 00"g T20"L g20°S | got ‘ria 9L2"9 gL9°9 z0g"9 992ty 1Gg°6 LG6tT 6lg-t | f99rt S99°T glort | 906*2 e16t ($a9) UgTdno+zed wpuD) foot st ‘e°TIS 6°tIS Lot ste @S6T foot £°St 0f2E Lths €'0t ste LG6T of oot TELE tee 6's 6°6 pte Bu6T (Tenguvosed ovSenq7azs¢p) T2907 epuoH T9g*TSO°L €1g"0St| Ltg-TS | o6g"2g | g9t-9t | tstbrige um tirgo Gn populngfe do Brasil € que gronde prrts ¢essc popul-gio sobrevive cn condigdes preenrfssimas., Tombém podcmos od mitir como curto que, no nfvel d= téenier modcrn, » regito npro— senta possibilid-dcs de dusenvolvimonto co misérig du sur populo- oq nig Teflete stitude f-trlista ou incptidfo ingCnite pers o pre gtesso, Por Wiltimo, divencs riconheeer que somente = -gfo do Fo— der Piblico poder’ sesumir a lidercngn de um movimento visendo in- corporar o Wordestv, on futuro nio muito distrnte, n= corrente do descnvolyimento nieionsl. A polfties implfeite no prescnte Flono csacnta no reeonhe cimcnto dessas trés yerdades clomentores que rdernitulomos: a) © Nordeste $ wir d-s rugidvs de meds proe“rins condigdes de vida ae mundo ctucl; ») 2 regito npresentn revia possibilidrdes do de scnvolvincnto, tnte do ponto de viat- du sua constelng¢#o de ro cursos nrturris, como no que respeite % cptid%o de sur gente para -15- essimiler téonicne modernrs, e ¢) a lidérenge do Foder Piblico, no processo de formacio de enpital, 6 eeusn neecestrin pera que > o= norme distincin que j& separa o Nordeste do Sul do Pafs posea scr enourteda, ‘ A responsabilidude ove gabe 20 Poder Aiblico no Nordeste & portrnto, do grondw proporeSes, Reconkcecmos nlenomente ésse feto 20 dar a mois tlt pricridcde, no presente Plono, & orduna. .ofo dos investimentos piblicos ¢ h sur integrn¢Fo numa politics du Gescnvolyimento. Ainde dentro da mesmo dirctria s¢ otribui alte prioridade A ‘coordenne#o dos inecntivos com que o Foder Piblice we tende mobilizar, para o desenvolvimento regional, © f6rgn dinfmica ‘dn inicintive privadn, As dirctriges 0 soguir enunciadce sintctizam 9 orients — gGo do presente Fleno Dirctor: I - Reeonhecimento de neccesidode dc sistenetizer os in- vestimentos cm tr-nsportcs, dndo unidnde a todo 0 sistem, concentrondo reerrsos nr melhoria de ume ré do prioritdria © exeluindo noves conatrugdcs ferrovi Srias de cardter pionviro, TI = Reconhceinento de nectssidede de dcr moior dinamisno os investimentos no sutor de encrgin clétries, 20 qual cabe papel pionciro no desenvolvimento regimal. TII - Reconhecingnto de necessidede de reformiler, por com picto, s polftica de sproveitamento dos recursos dc #gua, elemento notriamonte eacesso on grande porte da rogiio. IV = Reconhecimento dr necessidyde de onminh=r pore ums recotruturngfo de economia rurcl, visando um aprovel tamento mais racionsl dos recursos dv terra, na sonr wadd*, um aproyeitomento ¢ fundo dee possibilidcdes de drrigagfo ¢ A erdagiio, nc crotinga, de uma econo- min mis resistente & siec. v £ Rcconkceimonto da asevasidede de riordentar ¢ inten sificar, cmplemente, > pesquisa agronémics, VI = Reconheciments dn neevssid-de dc intoneificar, de ma neira substancial, © colocsr sibre biscea mris flexf- veis o lovantamento ¢ 4 prospeegto mincraldégicos, viz viii XI xIT XIII xIv -16- Reeonheoinunto dr neecssidade de oricnt-r os uovi— mentos du popule¢Fo, colonisendo ou povoendo torras sub-atiligzedas, no gona timida, particulrrmunte no Morcnhfo « Sul do Bahia. Teeonhecinento d= necessidrdc de assumir o Poder Fi lico 2 diregfo de un conjunto de medides vieando melhorar “8 condigdcs de rbastecimento, atelhor 2 tendéncia estrutural * elevagZo reletive dos prosos doz slimontos no regifie ¢ oriar ump reserve ustreté gicr de plimentos prrr o creo de séer. Reconhecinento de nuccssidade de amplicr ¢ coordec— nar os incentives 4 inicictive privadn, particuler- monte no gut reepedtn nos investinentos industricis, onde usie alte 6,0 esférgo de enpitaligagao requeri do do ompresirio. Reconhecimento do neceseidrde de mobilizer todos os incontivos pora consolid-ro porque monufaturciro, dmplentondo indistrias dc bese com grondc fGrea gor minativye © enpozes de integror 2 cstruture industri al. : Ruconhocimento dn noceesidnde do uobilizcr todos os meios prra salvar cquelss inatistrirs tradicionais, com nutSntice yinbilddade veonémics ¢ dbvine vento— gons locrcionsis rogifto, afetados negntivemente por fotérce institucioncis ou circunstnnciais. Reeonhecimento de necessidade de assistir, técnica © finoneciyomente, no numeroso grupo de produteres artuscnnis. Reconhecimento do nocessideds ds der rlts prioride- a 20s investimcntos em services de nbrstvoinento a'éguo urbancs, no interior d= regifo, como’ medida pringipal visendo melhorin drs condigdus saniti— rins. Recoriheeimunte de neevesideds do conkecor mulher ca wvongdes des popul-gdca rurais 4s medidas de ricetru turng®o do cconomin agrfcole, de ossisti-Ir no iden titiesg%o de suus problomss, na assimilagio dc téc- nicns simples de enriter ssnitéric ow cconSmico, ch wife: fim, de induzi-le + sbrir, por cgnta prépric, o cami nho de tessso co desenvolvimento. 4V=Reconhceiments dp neceseid-de de inieisr « reformo do sistome xdministrotivo, dondo-lhe flexiviliacde e-funcionalidade condigent.s com os objetivos ae po- Utics de descnvolvimento. XVI=Reconhecimente de necoseidade ¢o cominhar, yApidcmon to, pero ume progressive unidrdo de direg%o, no pln— néjonento dos investinontos do Podor Piblico, e para © ndximo de descontr*ligsg%o nn fase exoeutérin. Apresentonos, © soguix, uno sinteso dos investimentos rua plices referidos no orcscnte Plono Dirctor, peln ordem dos copdtu- os em que éste foi ordonndot TI = GriagFo a. struturn Beonémica Nas ceononiss eubdcsonvolvidrs © de pouco dinomismo, of investincntss infro-cetruturais sssumim muitns.vézes caréter pio— neiro, jd que’ possibilitom n incorpornefo do roeursos e fatéres, nun nfyol maia o1lto de produtividede, provocem s rupturn de estru- tures orecices mediante © sb=rturn do novos mere-dus, ete, Contu- do, nfo cu dove cequocor, om nenhum momento, 0 foto de quo éascs investinchtos ato tipiermente reprodutivos, devendo submeter-se 2 rigorogo critério em suo spliere*o. Gnd n%o perder de vists, Umi primciro luger, que @ férea germinntive est menos no investimento do que no comploxo econdmi- co om que le se-itperc, sondo necessfrio partizds. cuidedoso estu do déste Wtimo. Bp segundo luger,.é necessirio nfo. esquecer qua 0 investimengo infrg-catrutyrel arl,orientpdo significa. mais, do que perde do recursos cscassos, pois implice c cricg%o de um fluxo indefinido de recursos molbrrotades, repreeuntcdb pelds tustos de operng?o deficitérios-que 0 Poder Piblico ter’ de cobrir. 4 polftiea do presente’ Pleno Dirctor, no que respeitnaos investinontop infro-cetruturcis de tramepprte. © enersin, obedece ROS apguintes orjtérjos gorsics a) Concentrag%o dos investimentos miblices, viséndo dotar o Nordeste de umo réde prioritsrin de rodovias e ferrovigs, euja 'o principel sors unifienr » recifo cm um ad merendo. -18- b) Atribuigto de mois olte prioridsde A melhoric drs ine terligagies urritines o terrestres do Wordestc con o Centro-Sul, ¢) Limitcg%o dos investimentos de cnrfter pionciro, no setor de trensporte, co sistcan rodovitrics dos investimentes pertudrios, para que de opersr com ¥énl ofi- a) Concentrag o regiso pease * contor com portes expr’ eciénein, © e).A fim do eviter que a oferte de cnergia venhe atunr no sentido de provocar execssiva concentreefo dc ntividede oconémica, eriqnds descouilfprios internos dentro do préprio Nordeste, neonse lka-se n unifieagie dos tarifae em grospo de onorgio de Paule Afon 80, Prrn eviter sobreenrgs nee trrifcs atucis, rocomcnda-se c des enpitelizegfo das novas rédes de alte tenado © estagéés correapon- dentes, Dos investimuntos que o Goyérno Federol doverd renlizor om transportes, no Nordeste, spenss os correspondentes 29, sctor ro. dovidrio forem discrininedes neste princiro Plano Director. fistcs ailtimos cleangam; no quingiénio, 21,394 milhSes de cruzciros, son- @q que © contribuigto da SUDENE dever’ elevar-se < 4,500 m Indes. 0 progrema de povimentagZo absorver’ céren de 9 bilhSes do eruzei- ros. No quedro abaixo, diseriminnm-se, om milhSes de cruzei — ros, ano 2 ano, os investimentos progremados om rodovins: Diserininagfo | 1961 | 2962 | 1965 | a964 [2965 | notar Implentagiio ¢ melho ramentos 2.465 2.813 2.920 2,126 2,109 12,431 Pavimontngfo,.. 718 15737 1,975 2,268 2,265 8,963 Total... 3,18L 4.550 4,895 4,394. 4,374 21.394 Contribui¢io da SUDENE teogesevee 700. 800° 1,000 00 1.000 00 No sctor de elutrificng%o, 0 Plano prové investimentos ne montante dc @$ 28,370,199.000,00, inclusive 43,312,500 dd}nres. A parte om crugciros rleanen, portanto, €$ 24,057,699,000,00. Dés sc total, GF 8,390.500.000,00 serfo finonciados com recourses jd c— xistentes, na forma > soguir indionda: -19- (om milhdes de 0) Fundo Neeionrl de Eletrifion: 34700,0 Recursos préprios dn CHESF 1.300,0 Recursos orgament*rios 1 recebor 980,5 Recursos d* SUDEYE em 1960 410,0 oq aL 8,390,5 Os noves reourscs > mobilizar montem a C8 15,667.19900, No presente Plono Diretor, propde-sc o esqueme de fincneigmento, eno, tm milhdcs de crugeiros, ¢ scguirt Recursos da SUDEND 14000,4 1.100,0 1.200,0 1.3000 1434,8 6.055,3 Outros recursos or gamentorios. discriminado ono 2.031,8 2.000,0 2.000,0 1.800,0 1.8000 9,631,8 Total. + 34052,3 3. 100,0 3. 200,0 3,100,0 42348 15,6652 III - Aprovoitamento racionnl dos recursos de fqus Sendo 0 Wordeste wma reg: em grende perte semi-dridc, as disponibilidsdes deo Sgun condicionam muitas vézes o sproveitr= mento doe denais recursos da regifio, Assim, 1 formulacto de uma politics de rproveitnmento recioncl dos recursos: dc égua apresen= te a mis alto prioridode cm um pleno dc desenvolvimento regional. Reconhecendo éssc feto, 2 SUDENE promoveu um leventamento sistems tico dos dsdos disponfveis sdbre a matérin, o qual indicou, clera monte, aue € muito baixo o nivel atunl do conhecinento sdbre _ oa recursos do ‘gun, superficieis e subterrancos, do Nordestc. Es= go defieiineic sc deve > ume ogude faite de dndos b renliacg*o ae tr“balhos técnices ¢ cient{ficos relreicn-des com os rucursos - de Aguas ) imiciar - stivegfo de um sistem dc colet> de deride pasicas, envelvends tédes ~s foes do ciclo hidreld gico, drndo tnfose especial ces trabclhoa de fluvic metric, 4guc sudterr*nen, cveporngfo ¢ pluviometria o) rynliar os reeuraos ¢ possibilidndes hidrolégicas de utilizee%o dos meamos, nas becins do Jegueribe, Pi- ronhts uv Agu; ¢ dos coufforos, no Ar-ripe, Apodi, 2 birprbo, Iguctu « Boixo-dngueribe, Wn rovligeg%o de sou progroms neste soter » SUDERE pro- poo investir os sours soguintesr 1161 -- GE 50,000,000,00 -. 1962 -- 8$100,,000,000,00 1963 -- €9150,000,000,00 + IV - Roestruturnefie da geonomin gericola O simples exone dos Asdés-catatisticos reveln > duple no ture2n des dificuldades quy sc fruem sintir n- sgropecufria nordes tina: inenprcidnde estruturcl pore responder As solicitestee flo morenia, cm chose normais, « impsoto in’ itente dog séeca, determi enando un= scott@nein dc crises de produg?o, eom brusess interrupts no processo do eopitslizagZo: Em free da brixn espitclizeeo ¢ da sesensacz reletive dv torres ogrievltiveis acussiveis, 5 danci- ‘do deaunvelviments sg@rfeol- tum sido nm sentido de,uie nedor prus= 8&0 sdbre ssi Srers densanente povordes do sgreste, do Broja o drs Serras; ¢ do ‘exprns7o 2 scmi-8rido, 7 dis-- tiinciss éadn voz maioros dos centros consunidores do Litarnl, tor— anndo -t6dr » ceonomin regional sinds mis vulnor“vol &e seca, evourns pelo Ser A ne®o dn SUDUKE,dontrs do prosente Plono Direter, orien ta-sc on trf{plice dirug%o &) pumento a> ofertr dd terres dispandveis pore r culturn, tento nas gonns timidns couo no oumi-‘ridr. Neate t2tino enso pele nproveitnmonto intensive aca poseibilddedoe de irrigh¢™os “ride, ndo bv) reorgandzt¢fio de cconomin a> gon7 sum: a mais rosistente 3 eter} i e) reorientigto © intensifieng*o dn pesquisn rgrondmier e do uxperimentsgfo de novos métodos, visendo ra cununto do produ tividede, A SUDENE se propSe re-lizer nuste setor, no decorrer do prixine trignie, os investimentos » seguir disorimin-dos: 1961 1962 1963 Ampliag®o do oferta de terrns: 14646 327.0 317.0 a) Broins de irrigegko dos eoudes.., sereevens ~ 10656 267,0 267,0 b) Sub-Médio S%o Freneises 20,0 (x) (x) e) Brixo S%o Draneisco..., 20,0 50,0 50,0 Reorganian da gona seni=r 16,6 8,0 Bd 2) Algodiio nrbéreo. ‘ 41 2,6 , b) Bemonase, ’ 4y4 444 a4 e) Oitieica,,., eeeee 0,1 0,3 0,6 a) Forrogcirns. ..crseesees Pesquise ¢ experimentagho: 2955 44,90 50,9 £6208 291.5 269,0 38553 (x) Dependéntes da conclue%o dq primeire etepn do progr: © pleno bésico de irrigrg%o inélud © sproveitomento de €9 mil hectares nos bocine dos agudes, se ben que os estudes ji fcitos n%o scjom suficiontes porr xssogurcr que téds essc fren pos se sur cfebivencnts aproveitadn: om irrigegfo, fsse plens oxige in veatinentgs adicjoncis, no préxime qWingwénic, no montonte de S$ 4.616.655.000,00. -22- V - Polftica de industrislizagio A dndustrisliengZe do Nordeste cncontra sdlidas bases e19 néniozs pare firmar-se, tanto do ponte de vista da existéncie de mereado local para produtos de consumo gersl, como da disponibili- Gode de matéfies primas o de oferte eldstice de cnergia elétricea , nos principais centros urbenos., Acrcgco ainda e vantagom represen tado nor una m&o-do-obra barata, 4 politic de industrieliaacfo do Nordests formulade pela SUDING cata orichtada nas suguintcs dirceduss a) oriagdo de ume adequada ostrutura de trensporte © ener gid que possibilite une Qistribuigae googréfica da etividede indus triel de bass coonémica - om fungad dos mercaios » das fortes de matéris prima + mas evitendo cxccesivad concentraio; b) coordenagic dos incantivos proporcionsdes pelo Fodcr Piblico a inieiativa privada, objetivando multiplicar o velor real dos mesmos e preservar os objctivos sociais da polftice de desen - volvimenta; e) modificagio de wstrutura industrial, medisnte a ceria - eGo de indistrias de ‘base altamente .germinativas, como a siderur- ede “s a) reorgenizacfo e rcuguipancnto des indistrias tradicio- nais, com real viahilidade cconémica na regifo, prejudicadas om sai descnvolvinunte por fatéres institucionais ou circunstenciais, como a téxtil alyodocira; &) eproveitenento, um grande eseala, de matériea primss locais de ofcrta catruturalmente execdentéria, vieande ustabilizar @ atividade no setor primdrio, come 4 ¢ caso da induatria de borra, cho sintétiea & base dv aloools f) reestruturagio das atividades artesanais, vissndo cle - var a rende de importante grupo de popwlagio que cncontra meio de vide nes m.smooe Para a cxvougie dessa politics, a SUDENT se propde e aplit ear, no perfodo 1961=1963, os recursos abeixo indicados om milhdes de crusciross 1962 1962 2963 Indlistrin Téxtil 15.5 pared 253, Cursos _ 6,0 6,0 2,0 Elaboragica do projetos 6,5 655 - Estudos pero reeguinamiato 1,0 2,0 - Despesas gorcie 1,8 1,8 0,9 -23- Quiras Indfstrins 15,0 19,0 30.0 Assistincia téenica - 5,0 7,0 10,0 Elsborrgfie de projutes 10,0 12,0 20,0 Reestruturr¢%o das atividades artessnois 5:0 10.0 20,0 TOLL esveesereesecoeseree 35:5 4445 5219 VI - Racionslizngfio do abastucimento As aificuldadcs do abootecimento olimcntar, no Sorduste , so ceracturizadas da forma suguintes a) insuficiéneia da ofurte region], produride por unt es tratura onccrénich que detcrmina, om contropertida, ernnde depen - déneic ds importogdcs; b) distribuisfo inéficicnte, cm todos os ogcolics do flu- XO, cstando a regifie mito mol doteds de “instclagdcs ¢ dios finan oviros sort conetityir cstoguce rogulerigadores do morerdo ¢ un — frontor oe crises inturmitentis du produg&o eausndoe pelne efcas; ‘ e) boixo nfvol dietético, nquém das necessidadcs eoléri - eas da populecHo - mesmo nos anos nprocis - © com accntucda carén— cia de cluinentos protetorcs. Reconhecendo > neccssidade ae stunr dirctomonte sdbre 8 produgio, a pol{tien da SUDENE vist os seguintes pontost 1. nbortura de novas frontes ngrfeolas no Hnranhto, no va. los fmidos, no fsixn irrigtvil doa grandes rios e nas bdacics dos c¢udus; ~ 2. conversia prreial dz tren eanavicirs & produgfo de olf montos; i 3. dinamizng*o © amplicyfor aos erfaitos’ > curto prazo, na ra formngfo das snfros, defcan dos pregos minimos 8 sonatituicho vatoques; 4, exyoneTo das cooperstivas de produgto; 5, desenvolvimento de pesquiea agronémics; 5 6. ajusteminto do ume polfties consistunte de subofdios. * Objitivando recionligar o proousso du distribuigio dos Slimontos,-n sefio dn SUDEME vise o@ pontos cbnixo refurides: 1. construcio de ume réce region] de armantns; 2h 2., conetitimigzo de catoques wlimentores do cmergencin con tra oa criscs @t produgto proveerdns pelns stens ¢ pa- re cquilferio do merendo normel, n7 cntro-sefro; 3. construgio do centros de sbrstecimento nes grandes ci- dedcs @ rumodelagio dns feires & endos du brirro c= xigstentes neompsnuhsdos a2 construcio de merecdos = do produtor, onde Hoje sv loc"lizem as principsis feircs +do interior; Seagate. _ 4. eriag&o de socicdndes mistas de comercinliangfo ostri- trmente Lige 3 5. estrbeluciuento de comvanios cspucicis du finonedamen= . to pera din zwar os fluxos comercinis; 6, coordenagzo compras de Slimentos cobyrters por ver= bas ou fundos rotatives do poder piblico, rides de armowenegem; Por Witimo, dusomndo ctuar dirutrmonte sébre o consumo, com yistas + diyoreified—-lo ou unriquocc-loy 2 polftica @e 3UDE- BB aborea og actores cbaixo indiccdest 1, Modernizagfo da posen. a dh produgFo de arroz. 3. Methoria do rebonho leiteiro c ae corte. Oa dnvestimutes 9 scrum‘realizados noste setor, no trié- nis 1961-63, sfo de ordem du 2.070 milhdos de ernzcivos, Contu- do, cepecificamunte dn SUDMID, computam-se rnonas 400 milhdcs de eruzeiros, na forme ckedxa indserda: 1961962 1965 Rédus de armaztne 5 %. = Estocogem de cmergéncin ; 15, > as = Contrgs ds nbeatccinuntos © remo~ dclagfo de mgrendos 40 40 40 Booiededes de comercinlizache 20 30° 50 ROW L aie ss ptedanaadinnretes 150 160 , 90 VIT - Aprovoitrmento dos recursoe minerais No presente Plano Dirstor, o levantamento & aproveitomen= to dés recursos minurris de rvgife mercecn & mois clta priorida- de. Assim o SUDUNE orgenizou, um coopurec%o com o Depnrtrmonto =25- Neeional da ProdugHo Mineral, um plono sistom*tico de pesquisa, ob jetivendo verifienr as renis possibilidades do Norduste, como re ~ gifo produtors de minérios, ¢ promover o nproveitamento nacional dos mesmos, fste pleno se desdobra om trés sctores: 1, Estudos bésicos n) levantamento geoldgico bisico do Nordeste; b) levantrmento des ocorréncias minernia eonhocidas; c) prospecgfo sistumética, « Egtudos do posquiss Trotrmento prioritsrie stribufdo fs seguintes jrzides mincrais conhscians: Fosf-to, Sais potdssicos, 8ni-ge- ma, Enxofre, no ferroseg,Ferro, Mr és ¢ Cromo, Gip sitn, Xilita,Pegmatitos » Pldcercs (mincrnis pessdos) 3. Estudos comploment: &) ¢stude des minss om funcion-mento, tendo om vists Pumcnter = recuperog*a no boneficinmento, bem como raclonmlizar ¢ sporftigonr os métodos de mincrag*o;z >) estudos du novos projetos, Os inyostimentos progr’mados néste sutor ee disoriminam & “beixe, om milhdus de crugciros: 1961 1962 2963 Estudos bésicos a) Mapn geolégico 20,0 2 30,0 30,0 b) Prospcco%o sistumdticn » Sm 10,0 10,0 Estydos de Posquiss 40,0 50,0 50,0 Estudos complenentorus dg «= -_ O30 * 20,0 Totr1.. 4 ots "70,0 100,0 100,0 Parr ¢ gonfuoc%o do mp2 geoldgico, o DNPM, do Ministério da Agricultura, deveré contribuir com 36 milhdus de cruzoiros, om parcelns snuris de 12 milhdcs, VIII = Polftien do Colonisagio Os odjutivos da polftien de colonisx no Nordcste visom, primordiclncnts: --° =) absore%o de cxouduntes populscioncia da regi®o, sobre= a ser cmprecndida -26~ semi-Arid=, eujn cconomic tundurd part atividedve capuciclisadse, ad tears ceplégiconmento, com 2 donsidedo populacion=l; b) complemuntar = ofortn du mfo-do-obra onde guor quo 8 aus usonssoe se constitus um ponto dv cotrongul-manto do descnvolviminto repionsl; ce) cumente dr produgho cerfeols regionsl, principelmente au olimentoa, como suports do duseavelvimento industria al de fr 0 cumprimento dos obj. tives duss> politice, qie se entro- an com” de descnvolyimento sgro-pocutrio 2 o du obratccimonto, ac xd fuito por meio det a) sprovudt-nente de terras de bon qunlidcde, dentro do Nordesatc, ninds nfo cproveitedns, por f-ltc do investi Mentos corretores, ‘cm re 4) voles timidos do litorsl, com investimontos em dreng gum, corre de solos, ulinin: ac molars: “ 44) becios de irrigngfo nn zona semi-érido, com corre - gSo da instebilidade clindtica; d) aprovedtamento di terre de bon qualidade, dentra do Nordests, nfo sujiitna ¢ riscos clin*ticos, 2 erber , 1) a8 que se torneren disponfriia pela roorpmnizcg%o da ctiviasté eco: 38 loenlisra: conse ac Hote de Pernatbuec, dbs @ Alegons; ii) Merenhfo; dii) Sul da Brhia. A prioridede nos investimntos, noste setor, no triénio 1961-63, é » seguinte: @) pesquisas de pré-colonizn¢o, que, identifiquem 2 potenciz14, dade de recursos neturpis de rogif: b) projeto de povonmento no Mersnhfo. minds nfo ocupsdas; Os investimentoa previstes noste sector, de oprte de “UDE- NE, diseriminom-se + seguir, om milhdes de crugciros: 1961 1962 1963 Pesquises de pré-colonign 19,3 = - Povocmento . 3648 81 60 PotnlisseGedecaceei res 56,1 87 60

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