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CAPITULO Bi MANUSEIO E PREPARO DE AGREGADOS PARA ENSAIO INTRODUCAO O agregado ¢ a égua sao 0s componentes do concrete normalmente obtidos no canteiro das grandes obras. Os agregados influenciam 0 comportamento do concreto pela sua composi¢a0 mineraldgica, qualidade, tamanho, textura e quantidade. Quanto maior o tamanho do agregado menor seri sua superficie especifica, exigindo menor quantidade de argamassa e, conseqiientemente, menores teores de Agua e de cimento. O concrete massa que utiliza agregados com dimensOes méximas caracteristicas acima de 38 m tem de 75% a 85% de seu volume absoluto ocupado pelo agregado, sendo estas porcenta- gens reduridas para 60% a 73% nos coneretos fabricados com agregados de Dméx 19 mm e 38mm. Para o emprego no concreto, hi que se proceder & caracterizagZo das principais propriedades do agregado que interferem no proporcionamento das misturas, nas caracteristicas de deformabilidade ¢ resisténcia, bem como na durabilidade, em fuce dos diversos agentes agres- sivos aos coneretos obtidos, e na possibilidade de haver reagdes com os dlealis do cimento. Imprecisdes no manuseio e preparo do agregado podem introduzir variag6es significgtivas no proporcienamento das misturas, tanto para o estudo de dosagens quanto para a caracterizacio de propriedades do conereto. ABSORCAO E UMIDADE SUPERFICIAL A absorgiio e a umidade superficial do agregado so de grande importiincia nas pesquisas de conereto, pois esto diretamente ligadas & quantidade de dgua de amassamento. Para um ‘mesmo agregado, maior absorgdo indica maior porosidade, maior grau de alteragao e menor massa especifica. TEOR DE UMIDADE E ABSORGAO DOS AGREGADOS Oteor de umidade e a absor dos agregados podem ser visualizados na Figura 2.1 e\ acy Moo, [Abita TS coeliac eatin Unies Unica ttl Figura 2.1 - Teor do Umidads © Absorgdo " (CONCRETO - ENSAIOS ROPRIEDADES. 1 F MANUSEIO E PREPARO DE AGREGADOS a) secoem estufa: isento de umidade livre, quer seja na superficie externa ou umidade interna, expelidas pelo calor; b) seco ao ar: sem umidade superficial, mas com alguma umidade interna: ¢) saturado com superficie seca (sss): 0 agregado é considerado na condigio de sss quando, durante o amassamento, nao absorver nenhuma parte da agua adicionada nem contribuir com nenhuma de sua égua contida na mistura. Qualquer agregado na condigio de sss possui gua absorvida (gua mantida aderente superficie por ago fisico-quimica) na sua superficie, desde que esta égua ndo possa ser removida facilmente do agregado; 4) timido: com gua livre em excesso, o que contribui para alterar o teor de égua da mistura, A Figura 2.2. mostra as quatro condigdes em um com dimensao méixima caracteristica de 38 mm. egado gratido de tipo litolégico granito, a) b) col ‘AO S.S.S. UMIDO | i » LIVRE °) ) Figura 2.2 - Variogdes do Estodo Higroméirico do Agregado Graudo: a) seco em estua; b) saco co ar; ¢) condigao saiurado com supetice seca; <) ido com égua livre Para efeito de dosagem, caracterizagao de propriedades e fabricagdo de concreto, 0 agregado deve ser considerado na condigao de saturado com superficie seca (sss), que é a condigao em que nao absorve nem libera agua livre em sua superficie e pode alterar a quantidade de ag de amassamento do concreto. MANUSEIO E PREPARO DE AGREGADOS ae] A absorcio e 0 teor de umidade de um agregado sio calculados pelas seguintes expresses A= (Psss - Ps) / Ps @1) U=(Pu- Psss) / Psss (2.2) Onde: A= Absorgao Us Teor de Umidade Psss = Peso do agregado na condigdo saturado com superficie seca Ps = Peso do agregado seco ao ar Pu = Peso do agregado com umidade superficial PREPARACAO DO AGREGADO GRAUDO A preparacdo do agregado gratide para utilizagaio em estudos de laboratério obedece a seguinte seqiincia de procedimentos: ' O agregado deve ser estocado com umidade correspondente a sua capaciclade de absorgdo ou um pouco mais seco do que a condigdo sss. Quando a umidade do agregado é superior & da condigdo de saturado com superficie seca, © excesso de gua tende a se depositar nas camadas inferiores, fazendo com que, no recipiente de estocagem, apresente variagdes nos teores de umidade, dificultando o célenlo de égua de amassamento e a manutengio da consisténcia do conereto. O procedimento pura a determinagao da absorgao ¢ da massa especifica do agregado gratido deve ser feito como prescrito no Método C 127 da ASTM *! ou NBR 9937 da ABNT. ° Figura 2.3.0 - Preparagto do Agregado Graudo para Dosagem e Caracterizagao de Propriedaces do Conereto: ¢)imersao ‘em agua (perfodo nunca inferlor a 24 horas); D) drenogem de 6gua CCONCRETO - ENSAIOS E PROPRIEDADES i MANUSEIO E PREPARO DE AGREGADOS Figura 2.3.0 - Preparagdo do Agregado Graddo para Dosagem @ Caracterizagao de Propriedades do Concrelo: a) elimina ‘200 de dguc livre em Grea descoberia; b) espalhamenio para ojuste da umidade; c) ojuste final da umidede ‘Com cobertura de sacos de aniagem dmidos; d) lacre do fambor para preservar 0 estado de umidade A inobservancia da correeao da absoredo no agregado gratido pode introduzir variagdes nos teores de Agua do concreto de 4 kg/m’ a 60 kg/m’, Para o conereto fabricado com argila expandida este erro pode inviabilizar a sua aplicag3o, pois pode atingir até 25,5% do peso deste material. Nas corregdes efetuadas na obra, a capacidade de absoreiio do agregado deve ser conhecida e corrigida, para se poder determinar com exatidao a quantidade de égua em cada betonada. Quando de sua utilizag3o, 0 agregado gratido deverd ter sua umidade determinada para as corregdes necesstirias da quantidade de égua, para o exato proporcionamento das misturas. DADOS DE ENSAIOS Na'Tabela 2.1 so apresentados os valores de massa especifica e da absorgao de agregados de diversas litologias e procedéncias. - CCONCRETO - ENSAIOS E PROPREEDADES -MANUSEIO E PREPARO DE AGREGADOS nd Tabela 2.1 - Massa Especifica e Absorgao do Agregado Graiido ‘Agregado [Procedéncia Massa] Absoredo Espectfica | (%) (kgidmm) GRUPOI-ROCHAS METAMORFICAS ‘Anfibdlio-Gnaisse Itumbiara 2,90 0,16 Biotita-Gnaisse Peixe 2669 0.46 Granada-Quarizo-Biotita-Xisto — [Peixe 272 1,32 Granada-Xisto Jazida Sitio Pedra do Ouro 297 | Ole Filito grafitoso Paulista 2,50 5,63 Gnaisse [Angra dos Reis 287 0.49 | Gnaisse Boa Bsperanca 2,76 0,36 Gnaisse TEmboreagiio 278 0,54 Gnaisse [Fumaca 2,67 085 Ginaisse Sapueaia 2,80 0,55 Gnaisse Anta 2.70 0.64 Gnaisse Ntumbiara 2,68 0,68 Gnaisse Foz do Bezerra 2,63 1,23 Gnaisse [Simplicio 273 0.53 Gnaisse |Canoas 2.64 035 Gnaisse-Migmatito ltaocara 2,72 fon | Marmore calcitico Juba Le I 2,74 1,30 Marmare dolomitico Juba Te I 269 0.44 Micaxisto Serra da Mesa 2.10 142 Micaxisto Serra do Facto 2,75 123 Muscovita-Gnaisse Ttumbiara 2.62 1,26 Muscovita-Gnaisse Peixe 2.66 051 Quartzito Estreito 2.65 0,60 Quartzito | Serra da Mesa 2,80 075 Quartzito |Corumbé 1 2,64 0,76 Quartzito macigo Bocaina 2.63 043 Quartzito micaceo Bocaina 2,50 122 | Quartito [Foz do Bezerra 2,64 0,70 | Quartzito Paulista 249 1.67 Granada-Muscovite-Quartzo-Xisto |Peixe 2,78 112 Xisto Ribeira do Odeleite - Portugal 2,10 154 Xisio Ponte Taioba 282 0.17 Xisto grafitoso Serra da Mesa 2,67 1333, CCONCREIO -ENSAIOS E PROPREDADES a MANUS 10 E PREPARO DE AGREGADOS Tabela 2.1 - Massa Especifica e Absorgao do Agregado Gratido ‘Agregado Procedéncia Massa | Absorgao Especifica | (%) kg/d’) GRUPO I - ROCHAS SEDIMENTARES Arenito z [Juba Te It 2,60 1,09 Arenito |Capanda- Angola 265 0,68 Caledrio dolomitico 'Sko Domingos 27 038 (Queimado 283 022 Queimado 2,69 0359 SE ltabera 2,84 032 Caleério |SE Bandeirantes, 272 07 Grauvaca intemperizada Ribeira do Odeleite - Portugal 255 3,66 Grauvaca sa Ribcira do Odeleite - Portugal 2,70 o7s Metarenito |Salto Apiacés/Cainbfs 263 042 Metagrauvaca Tucurut 2,6 042 GRUPO Ill - ROCHAS MAGMATICAS Basalto [Montes Claros de Goi: 287 0.65 Basalto /Marimbondo 287 1,00 Basalto Itumbiara 284 107, Basalto ha Grande 294 ui Basalto Itaipu 293 10s Basalto ‘Cachoeira Dourada 2.88 096 Basalto Nova Ponte 287 os Basalto Projeto Ferronorte 296 0.75 Basalto \Segredo 291 096 Basalto ‘Metro Brasilia 293 022 Basalto Metro Brasilia 2,80 0.19 Basalto Juba Te It 291 asi Basalto LT - Rio Verde /C. Magalhaes 293 1,38 Basalto 'SE Rio Verde 2.93 148 Basalto [SE Ivaipora 287 187 Basalto ‘Tucurut 3,02 0223 Basalto Itumbiara 2,90 ol Bostonito Jacutinga 249 257 Diabésio Jacutinga 291 083 Diorito Playas - Colombia 214 067 Fonolito tinguafto ‘Mina Osamu Utsumi 256 2,58 Gabro (Cana Brava 3,08 0,16 2 CONCRETO -ENSAIOS E PROPREEDADES -MANUSEIO E PREPARO DE AGREGADOS eae Tabela 2.1 - Massa Especifica e Absorgao do Agregado Gratido ‘Tipo litolégico Procedéneia Massa | Absoredo Espectfica | (%) (kg/dm’) GRUPO Ill - ROCHAS MAGMATICAS Granito [Serra da Mesa 2,62 0.65 Granito xings 271 0,39 Granito ILT. Rio Verde 2.84 0,86 Granito réseo |Cova da Mandioca 2.66 0.89 Granito cinza \Cova da Mandioca 2,66 049 Granodiorite |Cachoeira Porteira 2,67 0,60 Sienito |Cova da Mandioca 2.67 oat GRUPO IV - MINERAIS E OUTROS ‘Axgila expandida Itumbiara 139 25,50 Cascalho 'Balsas Minciro 2,59 LAS Casealho LT. Codemin/Serra Mesa 261 0.68 Casealho ‘Serra da Mesa 2.64 0,38 Cascatho (Caledrio-quanzo) ‘Syphon - Iraque 2,63 1,48 Casealho (silex) ha Grande 213 0.63 Cascalho Foz do Bezerra 2,63 0.36 Casealho Rio Suruty - Bolivia 257 66 Escoria de extragao de niquel_ | LT. Codemin/Serra Mesa 3,09 0,58 Hematita [Angra dos Reis 4,10 459 | Serpentinito SAMA: Mineragio de Amianto'GO| 2.56 2,30 PREPARACAO DO AGREGADO MIUDO A preparago do agregado mitido ¢ feita de maneira similar 4 do agregado gratido, exigindo, porém, maiores cuidados para evitar a perda ou a segregacio dos finos. A determinagiio da massa especifica do agregado mitido ¢ da condigiio de saturagio com superficie seca é feita de acordo com um dos seguintes métodos de ensaio: * NBR 9776 “'e 9777 § da ABNT; + C128 da ASTM; * ou * Designation 9 do Concrete Manual do Bureau of Reclamation. Para a determinacdo da absoredo do agregado mitido, utiliza-se um tronco de cone com dimensdes de 40-43 mm no didmetro do topo, 90 + 3 mm no didmetro da base e 75 + 3 mm de altura, com o metal tendo uma espessura minima de 0,8 mm. 72 CONCRETO - ENSAIOS E PROPRIEDADES MANUSEIO E PREPARO DE AGREGADOS ‘A seguinte seqiiéncia ¢ observada para o manuseio da amostra’ 1) Separar uma amostra representativa da areia, obtida por quarteamento, pesando aproximadamente 1.500 g. 2) Secar a amostra em estufa a 100°C de temperatura, para remover a umidade. 3) Imergir a amostra em agua, em um recipiente estanque, por um periodo de 24 horas, apés o qual se drena a 4gua 4) Apés a drenagem, a amostra é colocada para secar em uma placa aquecida, evitando-se secagem excessiva, tomando-se cuidados especiais para que nao haja perda das particulas ‘mais finas. 5) Cobrir a amostra com um tecido umedecido, tentando levé-la & condigio de saturada com superficie seca, expondo-a a uma corrente de ar produzida por um ventilador ou aos raios solares. A determinagio da condicao sss ¢ feita com 0 tronco de cone, colocando-se a amostra em seu interior, de uma s6 vez, e aplicando-se 25 golpes de soquete metalic de 340 g. O soquete tem aextremidade plana e circular, com didmetro de 25 mm. . Na Figura 2.4 esté apresentada a seqiiGneia de ensaio para determinagao da condigdo sss do agregado mitido. a) b) Figura 2.4.0 - Daterminogdo do Capacidade de Absorgdo do Aroio: 0) socagem da arela dentio do molde metélico; ) amostra apresentando umidade maior do que 0 capocidade de absoreao a CONCRETO - ENSAIOS E PROPRIEDADES: -MANUSEIO F PREPARO DE AGREGADOS ee a) b) Figura 2.4.b - Determinagdo da Cagacidade de Absorgdo da Ave: 0) amosta com umidade inferior & capacidode de ‘obsorgdo; b) amostra saturada com superficie seco Com a retirada do molde, pode ocorrer uma das trés situaghes mostradas a seguir: a) Otronco de cone de areia mantém a forma do molde, retratando que a amostra esta com umidade superior & capacidade de absorgao da areia; b) A areia perde a forma original, espalhando-se, mostrando que a amostra est com umidade menor do que a capacidade de absoredo da areia: ’ ©) O tronco de cone, apés a desmoldagem, desmorona parcialmente, evidenciando que a amostra est saturada com superficie seca. DADOS DE ENSAIO Na Tabela 2.2 estio tabulados os resultados de ensaios de massa especifica e absoredio de areia natural de varias procedéncias. Tabela 2.2 - Massa Especifica e Absorgao do Agregado Mitido Agregado Procedéncia| Massa especifica] Absoredo (kgidm'y (%) Angra dos Reis 2,61 1,37 Anta 261 0.85 Balsas Mineiro 2,62 0,55 Boa Esperanga 255 1,88 Cachoeira Dourada 2,60 124 Areia Natural Cachoeira Porteira 2,63 0,54 Canoas 2,61 1,04 Ciae’s Sto Luiz 2,65 0,23 Conumbé I 2.65 0,60 Cova da Mandioca 2,67 0,69 Cova da Mandioca 2,62 131 CCONCREIO - ENSAIOS E PROPRIEDADES i MANUSEIO F PREPARO DE AGREGADOS ‘Tabela 2.2 - Massa Especifica Absorgdo do Agregado Mitido ‘Agregado Procedéncia Massa especifiea] Absorga0 (kg/dm*) (%) Cova da Mandioca 2,64 0,89 Emborcago 261 1,24 Estrcito 2,61 135 Foz do Bezerra 2,62 0,70 Itaipu 2,64 044 Traocara 2.63 095 Itumbiara 2,62 1,09 liha Grande 2,64 028 LT. Rio Verde / Couto Magalhées 2,65 027 LT. Rio Verde / Barra do Peixe 2,65 074 LT. Codemin / Serra da Mesa 2,62 1,00 Marimbondo 2,62 0,80 Ribeira do Odeleite - Portugal 2,65 061 Playas - Colombia 2,63 0,60 Ponte Taiobé 2,60 048 Areia Natural pi, surutu - Bolivia 2,64 ost Salto Caiabfs / Apiaeds 2,63 0,60 Siio Domingos 2.59 142 Sapueaia 2,60 1,23 Simplicio 2,63 084 Itumbiara 2,62 1,02 Serra da Mesa 2,64 0,67 Subestagdo de Itabera. 2,61 117 Subestagio de Rio Verde 2,66 0,84 Subestagaio de Ivaipora 2,60 1,08 Subestagao Bandeirante 2,62 : Syphon - Ireque 2,59 078 Tucurai 2,65 035 Mina Osamu Utsumi 2,56 1,63 Xings 2,60 089 210 concreto -ensaios e propaepanes MANUSEIO E PREPARO DE AGREGADOS. rai 1 M4 im MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. - “Concreto: Estrutura, Propy Sao Paulo-SP, Ed. Pini, novembro, 1994, pag. 258. ASTM C 127 - “Standard Test Method for Specific Gravity and Absorption of Coarse Aggregate”, Philadelphia-USA, Annual Book of ASTM Standards, 1994, Section 4, vol. 4.2. NBR 9937 - “Agregados - Determinagao da Absorgio ¢ da Massa Especifica do Agregado Grado” - Método de Ensaio, Rio de Janeiro-RJ, ABNT, margo, 1987. NBR 9776 - “Agregados - Determinaco da Massa Especffica de Agregados Mitidos por ‘Meio do Frasco de Chapman” - Método de Ensaio, Rio de Janeiro-RJ, ABNT, marco, 1987 NBR 9777 - “Agregados - Determinagdo da Absorgao de Agua em Agregados Mitidos ~ Método de Ensaio, Rio de Janeiro- RJ, ABNT, margo, 1987. ASTM C 128 - “Standard Test Method for Specific Gravity and Absorption of Fine Aggregate”, Philadelphia-USA, Annual Book of ASTM Standards, 1994, Section 4, vol. 4.2 U.S. Bureau of Reclamation pags. 518-521 ‘Concrete Manual”, 8th ed., Denver-USA, 1975, Concrero - ensalose proprepanes | 7 P

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