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(© GOVERNO DE DEUS (© GOVERNO DE DEUS SOBRE OS ANJOS (© GOVERNO DE DEUS E A SUA JUSTICA ica04:_O GOVERNO DE DEUS NA VOCACAO MINISTERIAL Ligao 5: © GOVERNO DE DEUS SOBRE NOSSOS DONS E TALENTOS u (© GOVERNO DE DEUS SOBRE 0 GOVERNO DA IGREJA, ico 7: O GOVERNO DE DEUS SOBRE OTEMPO EAS OPORTUNIDADES ico 8: O GOVERNO DE DEUS SOBRE OS NOSSOS PROJETOS (© GOVERNO DE DEUS SOBRE AS ENFERMIDADES icao 10: O GOVERNO DE DEUS SOBRE NOSSA FAMILIA ‘30 11: © GOVERNO DE DEUS SOBRE O SOFRIMENTO DO CRENTE. 0 12: © GOVERNO DE DEUS SOBRE 0 ATO DE PERDOAR io 13: © GOVERNO DE DEUS SOBRE NOSSAS INQUIETUDES 03 07 15 19 24 33 37 43 52 56 Expediente Bispo Primaz Bp. Jodo Gualberto dos Santos Presidente Bp. Davi Gualberto Lima dos Santos Vice-Presidente Bp. José Mauricio de Almeida Secretaria Executivo Bp. Emerson da Cruz Correia Secretaria Geral de Educacao Crista Pre Damaris Correia Pr: Doralice dos Santos Pr Jodo Luiz Teixeira Marques Pr Luciano Baduy Capa, Diagramacao e Projeto Tempo Comunicagao Estratégica Revisdo do Texto Pr? Doralice dos Santos Pr Joao Luiz Teixeira Marques Ministério Missao Evangélica do Brasil Estrada da Agua Branca, 3606. Padre Miguel. Rio de Janelro/RI (CEP: 21.720-161 -TEL: (21)3337-0066 CCNPJ:42.557.454/0001-08 E-mailzmebsecretariageralegmall.com Solicitagéo de Revista Tel: (21) 3337-0066/ 98069-0343, E-mail: meb.segeduc@gmail.com 2 Anos-Ne21 APRESENTACAO, Bispo Davi Gualberto Lima dos Santos Prezados e queridos imaos, Graca e paz da parte de nosso Senhor eSal- vador Jesus Cristo, Com imensa alegria que tenho o prazer de apresentarlhes a nova revista da EBD de nossa lgreja, sob 0 tema: “O Governo de Deus’ © Rei Davi no livro de Salmos.24.1, arma: “Do Senhor éa terrae a sua plenitude; o mun- do ¢ todos os que nele habitam Repousa neste texto um dos fundamentos de nossa #8, que€ a Soberania de Deus. ensino que perpassa por toda a Escritura Sagrada, éque Deus nao apenas criou o uni- verso e tudo o que nele ha, como também Ele 6 odono de todas as coisas, ¢ exerce seu dominio sobre todas as coisas criadas por Ele. Portanto, as coisas animadas e inani- madas,vsiveise invisiveis, objetivas e sub- jetivas.e mesmo aquelas que imaginamos que estéo sob 0 governo do homem, antes, de tudo, estao sob 0 Governo poderoso de nosso Deus. Durance este trimestre,veremos com clareza ésta grande e fundamental doutrina biblica © comentarista € 0 meu imo e amigo Pastor Paulo Afonso Generoso. Ele é Pastor Presidente da lgreja Evangélica Assembleia de Deis Betel em S80 Gongalo, no Rio de Janeiro. Mestre em Teologia, advogado, pro- fessor, debatedor na Radio Melodia, e um profundo conhecedor das Escrituras Sagre- das e, sobretudo, humilde Servo de Deus, que tem edificado profundamente a minha vida espiritual e pessoal Sem duivida alguma, seremos ricamente edificedos, e cresceremos substancialmente na grasa e no conhecimento de Cristo e em sua pederosa Palavra, Que o Senhor nos abencoe a todos. i Ligdo 1 O GOVERNO DE DEUS “Eporquanto eles deram ordem para detar o tronco das raizes da arvore; teu reinoestard certo para ti depois ce saberes que os céus governam. (Dm 4.26) OGOVERNO DE DEUS 3 Compreender com base nas Escrituras Sagradas, que nao obstante vivermos num pals democrético, cuja autoridade maior © Presidente da Republica, existe um que tem 0 governo total sobre tudo, Jesus, 0 Todo-poderoso, ‘Apés esta aula, oaluno deverd estar apto a |-Explicaras diferencas entre 0 Governo de Deus eo governo humano; I Indicar caracteristicas do Governo de Deus. INTRODUGAO “Quando a justi¢a do Reino impera, 0 julgamento errado e as frustracdes sao inexistentes.” Enquanto nao tivermosa plena cons- ciéncia do Governo de Deus sobre todas as coisas, viveremos a falsa expectativa de que um dia teremos um bom governo humanosobrea terra. Sob opontode vista politico, entende-se por formas de gover- no, o modelo institucional de administrar uma sociedade que sao: a monarquia, 0 anarquismo e a repiblica. E sdo praticas governamentais: 0 absolutismo, a demo- cracia, o parlamentarismo, aaristocracia e ‘opresidencialismo. Uma outra classificacao bem comum nos dias de hoje é atribuida a0 grande jurista Hans Kelson, autor do livro, A Esséncia e o Valor da Democracia’ que definiu que 0s governos s6 poderiam tocréticos (que nao tem a participacao do ovo) e governos democraticos (que tem 2 participagao do povo em suas decisdes e criacao das principais normas de direito) No Brasil desde 1889, vivemos numa re- piiblica sob um regime presidencialistae, 4 Ano6-Ne2t ‘com base na Emenda Constitucional n® 2, de 25/8/92, foram mantidos a republica e © presidencialismo, como forma e sistema de governo, respectivamente, 1.0 QUE EO GOVERNO DE DEUS? A palavra governo pode ser definida como 0 uso de poderes administrativos ou 0 exercicio do poder ou autoridade no controle de outros; ja Governo de Deus € a administracao e o controle que Deus exerce sobre o ser humano, pois Ele é 0 criador de todas.as coisas, do universo ede tudo que nele hi. A palavra original para a ‘expressio Governo de Deus é teocracia. No ‘rego biblico, teocracia significa Governo (kratos = poder = forca ou governo) de Deus (théos). No primeiro século, Flavio Josefo, famoso historiador comecou Usando esta palavra teocracia definindo-a ‘como"colocar toda soberania e autoridade ‘nas mdos de Deus” Na Biblia Sagrada esta palavra no é encontrada da forma como usualmente é escrita, mas isto nao obstaa existéncla de um governo divino, pois ela diz no Salmos 146.10: “O Senhor reinard eternamente;o teu Deus, 6Sido, éde geracao em geracao, Louvai ao Senhor: Il. COMO DEUS EXERCE O SEU GOVERNO SOBRE SUAS CRIATURAS? Com excegio da rebelio de Satands e seus anjos, o Governo de Deus tem sido ‘executado de forma pacifica desde a época em que osanjos foram criados até hoje. Ele tem 0 controle e dominio de tudo, “0 Se- Inhor tem estabelecido 0 seu trono nos céus, eoseureinodomina sobre tudo’ (S1 103.19). Ele exerce 0 seu governo com as caracte- risticas de poder, amor, justica, majestade, graca, autoridade e propriedade, dentre tantas outras qualidades inimaginaveis e indescritiveis jamais vistas em governos humanos, Disse DickWiedneheft que até mesmo oragao do Senhor, incluiaafirma- ‘Go: “Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu’: A vontade de Deus é feita no céu. Deus é 0 governante ou monarca beneficente. Ill, AS EVIDENCIAS DA REALI- DADE DO GOVERNO DE DEUS A Biblia Sagrada registra em diversos textos um Deus que reina, posto que est assentado no trono, conforme (ls 6.1; Dn 7.9; Ap 4.2; Hb 12.2; Ap 3.21). Ademais a realidade do Governo de Deus 6 mani- festada: a) Por meio da criagao (At 17.28); b) Entre os povos (SI 47.8). ©). Entre as nagdes (5199.1); d) Entre reis (On 4.34-35); e) Através da hist6ria (On 41-2) ‘Odominio de Deus étotal-Ele determi nacomo Elemesmo escolhe erealiza tudo.o ‘que determina, e nada pode deter seu pro- pésito ou frustrar os seus planos. Ele exerce ‘oseugoverno no curso normalda vida, bem comonasmais extraordinariasintervengoes umilagres. Willian Jones disse ques “Quen indo pode enxergar a demonstragao de uma sabedoria divina na ordem dos céus, na mu- dancadasestacées, naestruturaefuncées do corpo humano, na circulagdo do sangue por ‘uma infinita variedade de vasos sanguineos ‘maravilhosamente dispostos e conduzidos, noinstinto dos animaisirracionaiseseu com- portamento, e dsposicées, e no crescimento das plantas; quem ndo pode enxergarnessas e muitas outras coisas, 0 evidente efeito de uma sabedoria divina;éestupidamente cego, e indigno do nome de omen? IV. AS CARACTERISTICAS DO GOVERNO DE DEUS Examinando a Biblia Sagrada pode- ‘mos extfair afgumas das intimeras carac- teristicas do governo divino, a saber: a) 0 seu governo é total, isto é, Deus governa a humanidade como um todo. 0 seu governo nao é parcial (SI 19.1.6); b) Suas eis, seus decretos, seus planos jamais sera frustrados (J6 42.2;18 55.8-10); ©) Ele exerce o seu governo no curso normal da vida, mas também pode exercer intervencdes extraordinarias ou milagres, porque tem todo o poder para intervir nas lefs da natureza (Js 10.13); ) Ele dita as suas regras, mandamen- tos e preceitos, mas a criatura ¢ livre para aceité-las.e viver sob sua égide (Dt 28.1,14; 151.19-20}; €) Ele governa a agio humana como meio planejado para seus préprios fins (at2.23). £) Ele garante a estabilidade do mun- do controlando a acao diabdlica para que no hajaa instauracdo do aos (SI 93.1-4); 19) As bases do seu governo sao: ver- dade e justica (ls 9.8); Ih) Ele governa tudo e todos, porque: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, 0 mundo eaqueles que ele habitam’"(S1 24.1). V.O GOVERNO DE DEUS ESTA ACIMA DO GOVERNO HUMANO Ocapitulo 4 de Daniel foi escrito pelo préprio Nabucodonosor (v.37), ou seja, Deus permitiu que um impio escrevesse este capitulo para tratar de uma questaoz "Vocé precisa saber que os céus governam todas as nagées e o seu governo ndo pode se contrapor ao governo de Deus" (vs 34e 36). 0 texto trata de um castigo imputa- ‘O.GOvERNO DEDEUS 5 do a um governante soberbo. A rigor: “A arrogéncia é a expressco mais evidente de desprezo a autoridade e direcdo de Deus na vida de cada um de n6s, independente da cultura, poder politico e econdmico’: A frase citada pelo rei quando disse: “Nao esta a grande Babil6nia que eu edifiquel ara a casa real, coma forca do meu poder, @ para gléria da minha magnificéncia?” (v. 30) aponta para isto. Diferentemente, Davi ao trazer a arca do Senhor para a tenda que preparou, exalcou ao Senhor dizendo: “Alegrem-se o5 céus, eregozije-se a terra; ediga-se entre as nacoes: 0 Senhor reina’ (1Cr 16.31), O pastor Gersé Jordao assim se expressou: “De que adianta ao Presidente de uma magao ter a seu favor 0 alto escaldo, 0 Cangresso e até a maioria do Judiciério, mas ndo ter a aprovagdo do povo, da leie de Deus?” Em Daniel 431 diz que: ‘Ainda estavaa palavra em sua boca, quando caiu urna voz do ‘éue lhe julgou'. Assim ele foi expulso, come- couacomergramajuntozosbois;0 seu corpo passouasermolhadoppelo orvalho, seus cabe- lose pelos cresceramcomoaspenasdaaguia a5 unhas como as garras das aves. Ele ndo virou um labisomem, como afirmam alguns, até porque, este é um ser mitol6gico, uma lende, por assim dizer, mas foi acometido de uma doenga chamada de licantropia (é uma rarasindrome psiquidticana qualapessoaafe- ‘ada sofre a ilusdo de poder se transformar, ou de fato terse transformado, em um animal, ou ue talpessoa é de algumna forma, urn animal) {que no tem nada a ver com o lobisomem a no ser 0 fato de se julgar transformado em ‘um animal, até que reconheceu queoscéusé ‘quem governam,entéoEleexalcouaoSenhor eglotficou ao Deus dos céus (Dn 437) Gort VOCABULARI« ‘Monarquia ~formade governoem queo chefe de Estado tem o titulo de rei ou rainha, ‘Anarquismo—qualauer ataque ouatrontad or dem socialestabelecida aos costumes reinantes Repablica forma cegovernoem queo Estado se.onctitul de modoa atender 0 interesse geval dos cidadaos. Absolutismo - sistema poltico de governo em ‘ques drigentes assumem poderes sem limita- ‘Goes ou restricées. Parlamentarismo - é um sistema de governo -democratico em queo poder executivo baseia.a 6 Ano6-Ne2t oe Ce ae een oe Par ea eee eet eee sua legitimidade democrdtica a partir do poder legislatvo, Aristocracia—organizagao sécie politica basea~ «da em privlégios de uma classe social formada por nobres que detém o monopdlio do poder. Prasidencialisme - regime politico em que a ‘hefia do governo & prerrogativa do Presidente da Republica, que escolhe seus ministros, e om @ independéncia dos trés poderes (executivo, legisiativo ejudicdrio). Democracia - governo em que o povo exerce a soberania, Ligdo 2 iy O GOVERNO DE DEUS SOBRE OS ANJOS “Ngo sd0 todos 0s anjos, espints munstradores, enviados para serv em benesicio dos ‘que herdardo a salvacao” (Hb 1.14) LEITURA DIARIA TEXTO BIBLICO: eet 1 ~ Aquele que habita no esconderijo do mal te sucederd, nem praga m todos os teus em retiro alto, responderel ao retirarel,€ habi on (O.GOVERNODE DEUS 7 ( crente entenderé que os anjos bons ou maus s6 poderdo agir contra ou a favor do homem se Deus permit, porque Ele governa sobre todos os anjes. ‘Apés esta aula, oalune deveré estar apto 2: 1 Compreender que todas as atividades dos anjos sio ordenadas por Deus ou permitidas por Ele; -Identificar a natureza dos anjos,diferen- clando-os como agem segundo a Biblia; IL Entender que o crente recebeu poder para expulsar as deménios através do poder do Nome de Jesus. INTRODUGAO “A doutrina dos anjos ndo se baseia na razdio, mas na fé; rdo se baseia no cérebro, mas no coracdo; ndo & possibilidade, mas realidade” (Autor desconhecido). Osanjosforamcriados por Deuscomatta dlstingodos outros eres riados.Apresenga eles no universo vsa aatender aos propési tosde Deus emrelagdoachomemes criagao. Neste estude trataremos, exclusiva- mente, dos anjos bons e anjos maus, sem andlise e comentarios das classes de arcanjo, querubim, serafim, tronos, principados ¢ potestades, dentre outros. Focaremos tao somente nos anjos estes seres espirituais criados por Deus, baseando-nos na Biblia Sagrada, onde temos relevante fonte de informacéo para entendimento de que os anjos bons sio espiritos ministradores (que server a Deus) e por Ele so enviados para ajudaraqueles quehaode recebera salvacéo. 1. QUEM SAO OS ANJOS? Os anjos nao sao eternos, pois foram 'k Biblia nao indica com precisao em que periodo foram criados, mas entendem ‘08 estudiosos que isso possa ter ocorrido pbs a criacao dos céus e antes da criacao da terra (J6 38.47; Gn 1 1). A palavra origindria do grego angelose literalmente significa mensageiros ou embaixadores, mas pode significar uma ordem superior de se- res que habitam nas regides celestiais. No hebraico, a palavra anjo é malak, e vem de uma raiz desusada que significa enviar como representante ou um mensageiro de Deus. IL A NATUREZA DOS ANJOS 2.1 Os anjos sao seres criados (S! 148.25;C11.16); 2.2 Sao espirituais -distintos dos ho- mens (Hb 12.22-23). Nao podem morrer ‘como ohomem morre; nao possuem sexo nem se casam, Por isso, ndo proctiam; todavia possuem marcas de personalida- de, inteligéncia e vontade (25m 14.17) e ossuem, ainda, grande forca Ill. O CARATER DOS ANJOS A Biblia descreve duas classes de an- js, os bons e os maus: 3.1 Os anjos bons. Possuem um alto grau de inteligéncia e sabedoria; sé dobedientes &s ordens de Deus (SI 103.20; ‘Mt 6.10). Voam para executar suas ordens ¢ testemunham as maravilhas da sua ad- ministragdo (Is 6.2,6). S30 chamados de eleitos, santos, reverentes e agentes dos negécios da providéncia divina (Dn 10.13). Sdotementes a Deuse protegem ohomem que teme a0 Senhor (5134.7;5191.10-12).A Biblia ainda diz que transportaram Lazaro ao paraisoe um dia ajuntarao os escolhidos desde os quatros ventos (Mt 24.31). 3.2 0s anjos maus. Perderamas boas criados por Deus (Ne 96;51148.2;CI1.16). | caractersticas por aderirem a rebeliao de 8 Ano6-Ne2t Satanas contra Deus e sairam das maos do Criador (Ap 12.4). Agora séo chamados de rebeldes, desobedientes, pecadores (2Pe 2.4), Nao tém nenhuma chance de arrependimento, pois esto destinados a0 inferno (Mt 25.41) por néo guardarem o seu principado (Jd 6). A Biblia afirma que muitos esto pre- 305 (2Pe 2.4) e outros soltos e se opdem 08 salvos (Ef 6.12), habitando nas regides celestiais eno inferno (EF 6.12; 2Pe 24; Ap 9.11). Os que estao presos, um dia serao soltos e, a0 fim, serao lancados no lago de fogoe enxofte. Apesar de serem poderosos, nao sao todo-poderosos, pois s6 0 Senhor Deus tem todo 0 poder; ea Bibliaafirma que maior 6 0 que esté conosco (Jo 4.4). IV. OS NOMES DOS ANJOS SEGUNDO A BIBLIA 4.1 Nao obstante serem chamados de jos, 0s bons possem outros nomes na Biblia como: varbes, vigias, santos, exércitos, de Deus, espiritos ministradores, principa- dos e poderes e exército celestial Lc 2.13). Todavia alguns possuem nomesespecificos {On 9.21; Ap 9.11; Lc 1.19), 4.2. Osanjos maus sao aqueles que se juntaram a Satanas em sua rebelido quando quis set igual a Deus e do céu foi derribado (Ap 129). A Biblia nao cita os nomes dos anjos maus, porque é umainformacao inutil, mas por inferéncia podemos nominé-los det espiritos imundos, malignos, rebeldes edeménios. A Biblia afirma quie nossa lita no é conta seres humanos, mas contra as forcas do Diabo (EF6.12) V. A ATIVIDADE DOS ANJOS Quanto as atividades dos anjos, é de bom alvitre distinguir a ago dos anjos bons e dos anjos maus, a saber: 5.1 Dos ahjos bons. Eles louvam adoram a Deus (SI 148.1-2; J6 38.6-7); ‘observam 0s homens (1Co 4.9; 11m 5.21; 1Co 11.10); trabalham a favor dos crentes (Hb 1.14; GI 3.18-19}; cooperam com ga- hadores de almas (At8.26;10); promovem assisténcia ao crente na hora de sua morte (Le 16.22; Jd 9); € executam todos os pro- ésitos de Deus (2 Sm 24.16; 2Rs 19.35). 5.2 Dos anjos maus. Opdem-se ao povo de Deus (Ef6.12; Dn 10.13); possuem © corpo humano (Lc 8.2); guerrelam con- tra 0s anjos de Deus (Ap 12.7); e esto a servigo do Diabo, promovendo toda sorte de desgraca. VI. A QUANTIDADE DE ANJOS Néo podemos quantificar quantos an- jos temos no mundo espiritual. Sabemos, pporém, que um exército compreende gran de quantidade; uma legido compreende tum ntimero grandioso (On 7.10; Mt.26.53; Hb 12.22). Deus certamente criou todos cde uma s6 vez, pois 0s anjos nao tém ca- pacidade de reproduzir-secomoohomem (mt-2230), VIL AIGREJA TEM O PODER DADO POR JESUS PARA EXPULSAR OS ANJOS MAUS Jesus nos deu exempio ao expulsar deménios, ou anjos caidos, de nove (9) pessoas: I menino (Mt 17.14-21); 1 menina (Mt 15.21-28); 1 mulher (Le 13.11-12); 2 gadarenos (Mt 8.28-32); 1 homem de Ca- farnaum (Lc4.31-37); 1 homem da Galiléia (Mt9.32-33);1 homem que era cego, surdo e mudo (Mt 12.22); € Maria Madalena que possuia 7 deménios (Le 8.2). Elenos ordenou a expulsé-los em seu nome (Mc 16.17). Os crentes da igreja pri- mitiva expulsaram deménios das pessoas ‘OGoveRNO DE DEUS 9 {At 5.16; 86-7; 16.18; 19.11-12). Os evan- gélicos ndo usam a expressao exorcismo sada pelos catdlicos, pois esta expressao, no original grego, significa prender por ‘meia de uramento. A autoridade delegada pelo Senhor é defato para expulsarmos os deménios (Mt 28.18). Vill. O GOVERNO DE DEUS SOBRE OS ANJOS BONS Em 1Reis 22.19, 0 profeta Micaias viu ‘0 Senhor assentado no seu trono, e todoo Exército celestial em pé junto a Ele. Deus ‘exerce o governo sobre eles, porisso esto a disposicao do Senhor. Devem respeits- -lo, adoré-to, reverencié-lo, obedecé-lo, servirlo e cumprir tarefas especificas (Mt 13.39,49), Pedro menciona em sua epistola ‘que 0s anjos esto sob o governo de Jesus (1Pe23.22). A Biblia afirma ainda que os an- jos se submetem ao Senhor Jesus porque Ele é 0 Cristo Eterno e superior a eles (Mt 4.6; Hb 1.4,6).Eles serviram Jesus apos Ele vencer 0 Diabo no deserto ((Mt 4.11). A palavra no texto ¢ diakonéo, cujo sentido & ministrar as necessidades de alguém, suprir as suas ceréncias. De acordo com Mateus 26.53, eles se submetem a ordem de Jesus, pois Deus ndo deu aos anjos po- der para governar o mundo presente, nem vindouro (Hb 2.5), mas Jesus tem todo 0 poder no céu ena terra. As suficiéncias dos anjos, como os demais seres criados, dependem de Deus somente, pois se mo- ‘vem e vive somente pela virtudee poder divino. Em Judas 9, 0 arcanjo Miguel, a0 lutar com Satands acerca do corpo de Moisés, demonstrou total dependéncia de Deus que Ihe governa, Quanto aos anjos maus, eles podem utilizar 0 corpo humano para cegar (Mt 12.22), emudecer (Mt 9.32-33), subjugar (Mc5.25),oprimir (Lc 13.11) ferir (At 19.16) e até conduzir a0 suicidio (Mt 17.15). Eles investem contra a alma humana (Le 4.33; 4362.3), perturbam (At 13.10; Ef6.10), pren- dem (Ap 2.10), atentam contra 0 espirito do homem (At 10.38; 2Co 11.15) e lutam desesperadamente contraalgreja de Cristo (€F6.12; Rm 8.38). Porém, Deus tem 0 go- verno sobre estes que sé agem em desfavor dos santos por sua permissao, assim como fez com Satanas em J8 2.6-7 e ainda nos delegou autoridade para expulsé-los (Lc 10.19; Mc 16.17. At 16.18). Een) VOCABUL Delegar - coder, transmit transfert, conceder, conferr. Inferir -deduzr, compreender aleangar, conclu Subjugar -submeterpelaforcaouporameacas, dominar,sueitar. 10 anos-Ne2t Longura -longuiddo, demora:alonguradeuma existéncia(a abundancia de.) Alvitre - aquilo que é sugerido ou lembrado, conselho, novidade. Ligdo 3 O GOVERNO DE DEUS E A SUA JUSTICA TEXTO AUREO “Porquanto, néo conhecendo a ustica de Deus, e procurando estabelecer a sua propria Justica, ndo se sueitaram a justica de Deus”. (Rm 10.3) ea TEXTO BIBLICO: 19 -Ora, nds sabemos que tudo 0 que a lei diz, 405 que estdo debaixo da lei o diz, para que toda.a boca estejafechada e todo omundo seja condendvel dante de Deus. 20 - Por isso nenhuma carne serd justiicada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem 0 conhecimento do pecado. 21-- Mas agora se manifestou sem a lela jus tica de Deus, tendo o testemunho da lei e dos rofetas, 22- Isto ajustigade Deus pela féem JesusCristo ra todos e sobre todo em: porque indo hd aiferenca, 23 - Porque todos pecaram e destituidos estdo da gléria de Deus, 24 - sendo justiicades gratuitamente pela sua {9raca, pela redengao que hd em Cristo Jesus, 25- ao qual Deus propés para propiciagdo pela {én seu sangue, para demonstrara sua justica pela remissdo dos pecados dantescometidos, sob «@ paciéncia de Deus, 26- para demonstragdio da sua justica neste ter po presente, para que ele seja Justo e justificador daquele que tem fé em Jesus 27 - Onde estd logo a jactancia? E excluida, Por ‘quale? Das obras? Ndo; mas pela lei da fé 28 -Concluimos, pois, que o homem éjustiicado pela fé sem as obras da lel (O.GovERNO DE DEUS 11 | | | | Compreender que a aplicacio da correczo. de Deus em nossas vidas, nada mais é do que a sua verdade em acao, pois Deus é puramente just. ‘Apés esta aula, oaluno deverd estar apto at I Entender a justica de Deus e como se | ‘manifesta a0 homem; | I Identificar textos e referéncias biblicas ue esclarecem sobre a justica de Deus INTRODUGAO “Antes de ser juiz, Deus é telespectador das nossas aées. Nenhuma atitude deixard de ser julgada, Para Ele, nao existe justica cega' (Eduardo ques). ‘Ajustica de Deus é um dos seusatribu- tos morais tal qual a verdade, a sabedovia, a santidade eo amore, sendo um attibuto ‘moral, Deus é essencialmente justo. Muitos crentes reivindicam a justi- 2 de Deus para que seja aplicada aos outros, mas esquecem-se que sorros humanos e também erramos. € certo que nao gostariamos de ver essa justica sendo aplicada em nossa vida, assim a pessoa que deseja que a justica de Deus seja aplicada ao seu semelhante, deve também ser justo, pois, como disse cer- to autor, com Deus nao ha dois pesos, nem duas medidas. Ademais, a justica e © amor de Deus andam de maos dadas no dizer de Rosi Cerqueira. A Biblia diz nos Salmos 25.8 que Deus é reto, mas diz também nos Salmos 7.11 que Ele ¢ justo. Assim, podemos afirmar que: ‘Na tetiddo Deus revela o seu amor pela santi- dade; na justica Ele revela 0 seu édio pelo pecado* (Haroldo L. Willmington). 12 Ano6-Ne2t |. COMO ENTENDER A JUSTICA DE DEUS? © conceito biblico de justica de Deus 6 o ato ou atividade de Deus pelo qual Ele coloca diteito o que é errado. A justica de Deus € Deus agindo em amor paraa salva- Go oualibertacao do homem eestajustica se manifestoupublicamentenamorteeres- surreicao de Jesus Cristo. Ajustica deDeus é umaatividade divina em que Ele nos aceita com Ele mesmo para nos salvar do pecado. Ela é a expressdo da santidade de Deus em ago, ouseja,a disposico dear acada um segundo as suas obras (Ap 22.12). Ela pode ser considerada como legislativa e judicial. 1.1 Sendo legislativa, prescreve o que & bom e probe o que é mau, anunciando a0 mesmo tempo qual sera a recompensa de um como de outro. 1,2 Sendo judicial, aplica-se 8 conduta dos seres racionais e chama-se recom- pensadora quando se refere ao galardo dos obedientes, feito por graca e nao por mérito, e vingativa quando se refere ao castigo dos desobedientes. A justica de Deus é imparcial. Diz Genesis 18.25: “Longe de ti que facas tal * coisa, que mates 0 justo com 0 impio; que 0 Justo seja.como oimpio, longe de ti. Nao aria justica 0 Juiz de todaa terra?” Il, A JUSTICA DE DEUS COMO UM ATRIBUTO NATURAL E MORAL Deacordo coma teologia propria-es- tudo sobre Deus - Deus tem atributos que io caracteristicasinerentes a sua natureza, pela qual Ele se manifesta. Eestes assim se divider 2.1 Atributos naturais: eteridade, imutabilidade, onipresenca, onisciéncia e onipoténci 2.2 Atributos morais: amor, verdade, santidade, sabedoria e justica A Biblia diz que Deus é um ser justo (SI 145.17),Osentido desta justica ¢conformida- de com o direto; dara cada um o que Ihe é devido, até porque a justca é “a faculdade de Julgarsegundoodieitoeamelhorconsciéncia’ Porisso, Deusé um ser nfinitamentejusto (At 1731;Hb 126-7) Elenoapenasjulgaré todos 0s homens, mas também corrigiré os filhos que ama. O préprio Jesus quando fala do Pai em sua oragio de Jodo 17:0 chama de Pai no vvets0 1, de Paisantono verso 11 ede Paljusto no verso 25, Logo, Deus é santo e justo. 1. A JUSTICA DE DEUS SOB O PONTO DE VISTA INTERNO EEXTERNO 3.1 Sob 0 ponto de vista interno. A Justica de Deus 6a perfeic3o moral ea exce- lencia do seu carater. Mateus 5.48 diz:"Sede 5s pois perfeitos, como ¢ perfeito 0 vosso Pai que estd nos céus'. Eem Romanos 12.2: “Endo sede conformados com este mundo’ 3.2 Sob o ponto de vista externo. A Justica 6. retidao inflexivel do Governo de Deus, pois nela nao ha injustica. Em 2Cr6- nicas 19.7 diz a Biblia: “Porque no hé no Senhor nosso Deus iniquidade nem acepcao de pessoas, nem aceitacto de suborno. Em 46 4.17 diz:"Seria porventura o homem mais Justodo que Deus? Seriaporventuraohomem ‘mais puro do que o seu Criador?" Nos Salmos 19.9 lemos: “O temor do Senhor é impo, e permanece eternamente;os juizosdo Senhor sa0 verdadeiros estos untamente” IV. A JUSTICA DE DEUS REVE- LADA ATRAVES DO EVANGE- LHO DE JESUS 4.1 No evangelho sua justica éreve- lada. Ele concede, produzeimputa.€ isso {que Paulo afirnga em Romanos 3.21 justica que provém de Deus se manifestou, (u seja, se revetou centralizada em Cristo sua cruz, Assim, 0 homem agora tem a ‘oportunidade de ser justificado pela graca. Esomente por causa da justiga de Cristo a és atribuida que poderemos, naquele dia, sermos apresentados “imaculados diante dda sua gloria” (Jd 1.24). Alids, em qualquer ‘momento, nés 56 podemos ficar em péna presenca de Deus por causa da justica que Cristo atribuiu a nés através da sua morte sacrificial em nosso favor. 4.2 A justica é a chave do relaciona- mento entre o homem e Deus. A Biblia diz em Romanos 3.212 ‘Mas, agora, se ma- nifestou, sem a lel, ajustica de Deus, tendo 0 testemunho da lei e dos profetas" Moody, em seu comentario, diz: “Paulo quer dizer que a justica é concedida por Deus, e essa Justica ésem leino sentido de quendo éuma justica merecida ou adauirida pelaguarda da Lel SemaLei, ajusticade Deus semanifestou. Eis aia justica enviada por Deus e revelada or Deus. Emboradistinta de qualquerjustica buscada pela quarda da Lei, ela é testemu- hada pela leie pelos profetas” conforme indica 0s textos: Mt 5.17; 7.12; 11.13; Le 16.16; At 28.23. Deus aceita a fé por justica (Rm4.22-24) ea unica coisa que Deus exige 6a confianca em Cristo. V. A JUSTICA DE DEUS E OUTRAS CONSIDERACOES BIBLICAS a) A justica de Deus pode ser desco- berta (Rm 1.17); b) Ajustica de Deus pode ser conhec da e desconhecida (Rm 1.32; 10.3); ©) A justica de Deus é aplicada (Rm 35); 1d) Deus éotinico que pode manifestar a sua justica sem lei (Rm 3.21); ‘OGovERNO DE DEUS 13 @) Pela fé em Jesus somos justificados (8m 3.22); f) Jesus, 0 justo, tomou sobre si o nosso pecado e se fez alvo da justica de Deus para que nos fosse outorgada a sua Justiga (2C0 5.21); 49) A justica de Deus no pode ser produzida pela ira humana (Tg 1.20). Ajustica de Deus é melhor produzida pela gentileza e mansidéo do que pela ira ou furia, ou seja, ndo irado que vamos revelar, produzir a justica de Deus. Deus nao aplica sua justica com ira, ou seja, a raiva humana nao produz o que Deus aprova, pois “a justica eo amor de Deus andam de ‘méos dadas” eee VOCABULA Imparcial -que se abstém de tomar partido ao Julgar ou a0 constitur-se em julgamento. Imputar -atribuira alguém a responsabilidad dealgo. Imutabilidade ~ caracteristica do que ndo ‘muda. ‘Outorgar--atode transmit, conceder,consentir. poderes a outrem. Ligdo 4 O GOVERNO DE DEUS NA VOCAGAO MINISTERIAL TEXTO AUREO “Fele mesmo deu uns para apéstoles outros para profetas, e outros para evangelists, e outros para pastores e doutores”. (EF 4.11) TEXTO BIBLICO: 1 - Ena igreja que estava em Antioquia havia alguns profetasedoutores, asaber: Bamabé ei meaochamado Niger, eLico,cieneu,eManaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo. 2-£ servindo eles ao Senhore jejuando, disse 0 Espirito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado, 3 -Entdo, jejuando orando, e pondo sobre eles ‘as mdios, os despediram 4-Eassim estes, eviados pelos toSanto, des 5 E, chegados a Salamina, anunciavam a pala- va de Deus nas sinagogas dos judeus;e tinham também a Jodo como cooperador (O.GOVERNO DE DEUS 15 ‘Compreender a importancia da chamada ministerial quando ela ocorre, sua natureza edemais condigSes que a Biblia espectfica. ‘Apés esta aula, 0 aluno devers estar apto a 1 = dentificar a chamada de Deus para 0 ‘exercicio ministerial e o momento para 0 Inicio deste exercicio; 1 Enumerar os passos para o exercicio da ‘chamada ministerial; UL-Especificar a natureza da vocagdo mi- nisteral, INTRODUGAO “Lembre-sel A finalidadedo seu chama- do em Deus € promover 0 Reino dos Céus e ‘nao avvocé mesmo!" (Roseli Nébrega). No Reino de Deus no so os nossos estereétipos, habilidades, formaco ou co- nhecimento secular quenos qualificam ao chamado de Deus, pois Ele chama a quem quer, como quer e quando quer porque 0 Governo € d'Ele. ‘Achamada ministerial é uma ado coo- peratva entre Deus e ohomem, mediante a qual, através de uma sinalizacao especial, a pessoa é convidada ao exercicio de deter- minada funcao ministerial em proldo reino, ‘mesmo que as suas qualificacoes ou predi- cados naturais nao se compatibilizem com ottipe de chamado ou a funcéo ministerial ulutyaclo por Deus para aplicagdo em sua obra; posto que se é Ele quem chama, 6 Ele quer também qualifica o que foi chamado, a fim de que o mesmo possa desenvolver 0 seu tabalho, misso ou servico dentro do seu Governo;a exemplo de Amos que disse: “Eu nio sou profeta, nem filho de profeta, mas boiadeiro, e cultivador de sicémoros, ‘mas 0 Senhor me tirou de seguir 0 rebanho, 16 Anos-Nv21 0 Senhor me disse: Vai, e profetiza ao meu ovo Israel”(Am 7.14). 1.0 MOMENTO DA CHAMADA NA VIDA DO CRENTE A chamada se dé em qualquer mo- mento da vida, independe de pré-condicbes humanas, pois flui puramente de Deus, como por exemplo: Davi (SI 89.20); Samuel (1Sm 3.10); Isaias (Is 6.8); Ams (Am 7.15); Paulo e Silas (At 13.2), dentre outros. “Ha uma diferenca bdsica entre ser chamadoe ser separado:" Todos em Cristo sio chamados a viverema vida eterna (Mt 11.28; At 2.39), mas nem todos so separados para exercer uma vocacéo ministerial. Hé coisas na vida que Nao saberemos responder (J6 39.1). Assim & melhor dizer como 0 salmista: “Os meus tem- posestdo‘em tuas méos” $131.15; 1602.11). Il, COMO ENTENDER O CHA- MADO DE DEUS PARAA NOSSA VIDA? A pessoa que & chamada por Deus, arde nela uma chama que nunca se apaga (L¢2432) e sabe em seu intimo que Deus 2 chamou (GI 1.1). dedicada ao servigo do Senhor mesmo nao sabendo a sua real vo aco, pois 0 exercicio de tarefas primarias 2 prepara para outras especiais (1Sm 3.1). Hé um prinefpio que funciona para quem acredita ter um chamado: "Todas as coisas contribuem para 0 bem dos que amam a Deus” (km 8.28). Assim conciuimos: ‘2)Quemtem umchamadode Deus tem sinceridade e paixdo pela obra do Senhor, pelasalmase porserviraos outros (1Cr29.17)t 1b) Dé bons frutos em sua vida e é dedicado ao ensino (Rm 12.7); €) Faz um investimento pessoal no conhecimento da vontade de Deus, pre- parando-se nas diversas dreas (27m 2.15); 4) Tem uma vida espiritual, 6 sub s0, nega-se a si mesmo, vive em oracdo € busca intimidade com Deus (Le 9.23); €)Vive uma vida de resultados, compro- ‘metida,responsavel e é obediente (Dt 26.14); 4) Tem aprovagio até mesmo dos que estao de fora que perceberio sua vocacao no servico do Senhor (1Sm 3.29). tL. POCNGay E PROGRESSI- VA, PREPARATORIA E DIRETIVA “Deus nos deu duas maos: uma para recebere outra para dar. No somos cisternas feitas para acumular; mas tubos para com- partilhar”(Billy Graham). Assim, precisamos subir nos seguintes degraus: Primeiro dearau - O discipulado. Jesus disse: “Vinde apos mim e eu vos farei pescadores de homens” (Mt 4.19); Segundo degrau -A capacitacao. “E, convocando os seus doze discipulos, deu-thes Virtude e poder sobre todos os deménios, para curarem enfermidades" (Lc 9.1); Terceiro degrau - O treinamento. Jesus 05 enviou a pregar o reino de Deus, ea curar os enfermos (Lc 9:2); Quarto degrau - © procedimento. Em Lucas 6.13, Jesus chamou 0s seus dis- cipulos eescolheu doze deles e deu-thes o nome de apéstolos, do grego (apostolos), embaixador do Evangelho, enviados da parte de Deus; Quinto degrau-O comprometimen- to. Ficaram comprometidos coma chama- da divina (Le 9.6). IV. ACHAMADA DE DEUS EM AALGUNS PERSONAGENS DA BIBLIA Deus tem diversas maneiras de cha- mar 0 escolhido para realizar a sua obra ‘come indicado na Biblia a saber: 4.1 Antigp Testamento. Ele chama: Samuel ainda menino. Davi na adolescén- cia, Paulo com cerca de 40 anos (At 133-6). ‘Abraao com 75 anos (Gn 12.1); Moiséscom 80 anos (Ex 3:10). A chamada de Deus aos profetas e reis se deu de forma especial, diretamente ou por revelacao especial. 4.2 Novo Testamento. Foi Jesus quem chamou seus discipulos (Mt 4.18- 19). Saulo também teve um chamamento especial - do proprio Cristo (At 917-18) Deus tem os seus meios quando faz um chamado espectfico: a)Ele pode chamar o crente mediante uma palavra profética (At 13.2); ) Por uma ago do Espirito San:o di- retamente no coracao do crente (Rm 8.14); ©) 0 Espirito Santo pode colocar no coragio do crente um desejo arden:e de fazer algo para 0 reino e atender ao cha- mado (At 20.28); d) Ele pode direcionar nossa vocacdo para o fim que desejar (1Co 12.7); €) 0 chamado pode vir por ume pre- ‘gacio feita por um ministro de Deus, f) Pode ocorrer pelo reconhecimento do lider ou da igreja pela pratica demons- trada em algum ministério; 9) Pode ser feito por imposigao de maosde homens de Deus e oEspitito Santo ‘conceder um ministério (EF 4:11) V.ANATUREZA DA VOCA- CAO DIVINA PARA AVIDA DO CRENTE Considerando que Deus tem 0 Gover- roa vocacio ministerial,concluimos que: a) Ela é divina. E isto incluia trindade (Hb 5.6; At 13.2); b) Ela é pessoal. Deus chama indivi- dualmente a cada um porque nos trata dis- tintamente e nao faz acepcao de pessoas, mas faz distingao (Gn 12.1); © GovERNO DE DEUS 17 ©) € espiritual. Isto indica que s6 homens convertidos ¢ esprituais si0 cha- madbos (\s 67-8); 4d) E soberana. Ninguém pode inter- ferir na chamada de um Deus soberano (63.10) @) E poderosa. Os chamados podem ser fracos (como um vaso de barro) (2Co 6.7), mas quem chamaé poderoso (J26.11); f) E definitiva. Nao da para se embaracar com os negécios desta vida (2m 24) e voltar atras (Le 9.62); 9) Eespecifiea. Aquele que recebe a chamada sabe no seu intimo que Deus 0 chamou e isso faz a pessoa expressar com alegria acerca do seu chamado (Rm 1.1). Cote VOCABULARIO Vocagie—éumainclinagto, uma tendéncia ou hhabilidade que leva 0 individuo a exercer uma ddeterminada carrera ou profissdo. Capacitacao - estar apto a; ter aptidao; ualiicado, passar a possuir uma habilitagdo. ‘Comprometimento ~ acdo de arcar com um compromisso feito a alguém se utiizando de ‘regras propostas de fim de ealcancaraexatiddo do ato ou ago; competéncia, 18 ano6-ne21 Ligdo 5 O GOVERNO DE DEUS SOBRE OS NOSSOS DONS E TALENTOS Porque a qualquer que tive serd dado, e ter em cbundéncia; mas ao quendotiveratéo quetemser heitirado”. (Mt25.29) TEXTO BIBLICO: auaiesaee Reconhecer que Deus distribui dons e talentos para serem utilizados em sua obra coma humanidade, ‘Apés esta aula, oaluno deveré estaraptoa: 1 - Ampliar 0 entendimento de que todo dom e talento, seja natural ou espiritual, ¢ dado por Deus, eso distribuidos segundo seus propésitos; I1- Enfatizar a necessidade de utilizar os talentos recebidos para gléria de Deus; IMl-Mostrar as consequéncias de enterrar 10s talentos recebidos pelo Senhor. INTRODUGAO Todos nés, indistintamente, recebemos talentos de Deus, para realizar algopara£le,em sua igreja, para o préximo e paraa sua gloria. Jesus contou muitas pardbolas rela- ‘ionadas 20 reino dos céus e a sua segunda vinda, onde cada uma delas pudesse infor- mar aspectos, conceitos e valores do reino, como éocasoda parébola dos talentos. Aqui Jesus contaa histéria de um homem rico que ausentou-se do seu pais. Confiou aos seus servos talentos para que eles os administras- semem sua ausénciae quando voltasse acer- tariacontascom cada um. Porém, um dostrés resolveu porsua contaeriscoescondero seu talento no chao, enterrando-o, mas isto lhe ‘custou muito caro quando da volta do senhor que exigiu a prestacdo de contas Isto nos prova que osdonsdados aos homens, sejam elesnatural ouespiritual estéo sob ogoverno de Deus, que os da quem quer. 1.0 SIGNIFICADO DO TALENTO O talento era uma unidade de peso; depois passou a ser uma unidade mone- 20 Ano-Ne21 téria equivalentea seis mil denarios ouo salirio de um dia de um trabalhador ou de um soldado romano, isto quer dizer que um talento correspondia ao trabalho de um homem por um periodo de mais ‘ou menos 18 anos. Il. A SIMBOLOGIA DOS TALENTOS ‘Na parabola, talento, ndo é um dote ‘ou um dom, mas um simbolo dos dons e talentos que o Senhor nos dé (Ec 3.13, Rm 12.1.6; EF 48). Sua interpretaco ¢ de que ha habilidades naturais e espirituais que Deus nos concede as quais devernos empregar em seu reino, na igreja e junto a0 nosso semelhante, 0 talento poderia ser de ouro, prata ou cobre. O senhor confiou uma considerdvel quantia aos seUs servos, assim 0 que recebeu cinco talentos, recebeu uma quantia correspon- dente a 90 anos de trabalho, o que indica que Deus tem nos dado grandes dons e talentos e de forma irrevogavel e sem arrependimento. A maneira de como 0s talentos foram distribuidos nao caberia reclamacdo, pois na distribuicao envol- _Veu-se 0 conhecimento e a capacidade de cada um, Ill. COMO FOLFEITA A DISTRIBUICAO DOS TALE! Ss E importante observar que cada servo recebeu uma quantia em dinheiro correspondente a sua capacidade. Assim aquele com mais capacidade recebeu 5 (cinco) talentos, aquele com uma capaci- dade mediana recebeu 2 (dois) talentos © a0 outro, com uma menor capacidade, foi conferido 1 (um) talento. Porém a distribuicao nao distinguia a questéo da quantidade, mas de oportunidade, pois cada um teve a mesma oportunidade. Isto quer dizer que o que recebeu cinco talentos nao tinha mais responsabilidade do que 0 que recebeu um talento, pois Deus nos da dons e talentos e oportuni- dades iguais. Para Ele o que importa é a utilizacao do dom (Mc 4.25). IV. NOSSOS TALENTOS SAO DADIVAS DE DEUS PARAO SERVICO DE DEUS Esta parébola tem sido vista como uma adverténcia aos cristaos para userem todos os dons dados por Deus para 0 cristdo. Esses dons incluem habili- dades pessoaise riqueza pessoal; eindica que haverd uma prestacao de contas. Ha diferencas entre: a) Dons naturais. Sao aptiddes que rnascem conosco e podem ser hereditérios ou adquiridos; b) Dons espirituais. No grego cha- rismaton - capacitacées espirituais con- cedidas pelo Espirito para o que for ut (100 12.4,7)5 ©) Dons ministeriais. So prestacoes de servicos & comunidade (At 6.2-3); 4) Ungao ministerial. € uma dis- tingdo especial concedida por Deus que chama, separa e capacita alguns crentes para ministérios especificos do reino. E 0 Espirito Santo relaciona-se com estes num grau e dimensao muito maior (Ef 4.11). © dom é dado por Deus e é uma capacidade e habilidade para edificacao do corpo de Cristo, mas pode se ternar um problema se nao for usado com cul- dado; ou usé-lo por vaidade, desejo de reconhecimento ou tentativa de dirigir a vida dos outtos e outros fins em que Jesus nao serd glorificado. V.A UTILIZACAO DOS TALEN- TOS E OS'RESULTADOS DE SUA APLICACAO a) Os que receberam cinco e dois talentos, entraram no gozo do seu se- hor. © que indica que os crentes que os recebem devem trabalhar com fidelidade 1no uso dos dons. Diz 1Corintios 4.2: ‘Além disso, requer-se dos despenseiros que cada um seache fel b) O que recebeu um talento es- condeu na terra, Notamos que o servo mau e negligente tinha conhecimento do que o senhor esperava dele, mas nao buscava agradar-lhe, pois 0 achava duro (no grego skléros - severo, cruel) 0 que © tornou negligente e preferiu manter 0 talento escondido. Esse homem tipi crente que se contenta com a rotina, nao comete grandes erros, mas também no se interessa em melhorar, pois nao percebe quanta coisa precisa ser feita, Mantém-se tal qual a estatua do Cristo Redentor de bracos abertos, mas paralisado. No dizer de Buttrick: “Eo homem de um talento s6, e serve a si mesmo; mostra-se egoista, e se contenta com isto. Esse servo mau e negli- gente ndo foi coerente, poderia colocar 0 talentono banco". Como disseo técnico de futebol Vanderley Luxemburgo: “O medo de perder tra a vontade de ganhar’; mas a Biblia diz: “0 verdadeiro amor anga fora 0 ‘medo” (1J0 4.18). VI. ANAO APLICACAO DOS TALENTOS IMPLICA NUM SERIO JULGAMENTO Corremos orisco de perder aquilo que do usamos para o Senhor. Jesus esté en- sinando que o julgamento dos cristaos em particular tem a ver com o esforco pessoal e pleno uso dos dons e capacidades, pois (O.GoVERNO DE DEUS 21 ‘9 caminho da salvacdo é bem diferente. (0 uso dos talentos é apenas uma conse- quéncia natural na vida difria de quem jé foi contemplado e abracou a fé em Jesus. Nao devemos achar desculpa para néo fazer aquilo para o qual Deusnos chamou. Nosso tempo, capacidade e dinheiro néo nos pertencem, somos apenas mordomos como diz Pedro: "Cada um administre aos ‘outros 0 dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graca de Deus" (1Pe 4.10). Ha trés verdades neste texto que precisam ser compreendidas, analisadas e praticadas,a saber: Primeira verdade: Todos nés temos algum dom; Segunda verdade: Todos os dons devem ser usados para servir a0s outros, Terceira verdade: Nenhum dom épara Uso exclusivo. A resposta ao que escondeu o seu talento é: “Lancai, pois, 0 servo initil nas trevas exteriores; ali haverd pranto ranger de dentes” (Mt 25.30). VIL. A TRISTE REALIDADE PARA OS QUE ENTERRAREM OS SEUS TALENTOS Eevidente que o texto aqui néo esté dizendo que o crente vai ser langado no inferno, mas Jesus faz uma alusao a ceia de um casamento, onde os convivas eram entretidos no bem iluminado salao de festa do banquete, mas os ndo convidados eram deixados do lado de fora, nas trevas eno ftio. Trevas, choro e ranger de dentes (simbolos do juizo) dao aideia pela litera- tura judaica de pessoas fora do palicio do rei, Aqui a ideia & que o servo foi tratado com severidade pelo seu senhor, perdeu a oportunidade de servir e no recebeu recompensa (2Co 5.10), representada pelas trevas exteriores, ou seja, “o simples 22 Ano6-Ne2t fato de alguém ndo tirar proveito de suas oportunidades equivale a perdé-las’ 0 ta- lento poderia ter sido colocado nas maos do banqueiro e pelos juros da época do Império Romano (usado pelos cambistas) ‘minimamente se duplicaria o talento. Da mesma forma hé em nossas igrejas diver- 50S itmaos ¢ irmas com talentos que ndo so aplicados e muito menos duplicados; assim urge neste momento repensar qual 6 0 seu talento e consagré-lo ao Senhor passar a usé-lo em ordem e harmonia na igreja cnde voce esta. “Posso tendo as ‘dos vazias com Jesus eu me encontrar? Nada fiz e vao-se os dias, que the posso apresentar?” (Hino 16 - HC). Vill. POR QUE CRENTES ES- TAO ESCONDENDO SEUS DONS ETALENTOS? Esta é uma pergunta que nao pode calar. Precisa ser direcionada as nossas consciéncias para uma profunda refle- xo. Em seguida a razo para uma répida conclusioe ao final uma atitude de fazer granjear os dons e talentos concedidos pelo Senhor. Para responder a esta Pergunta, basta avaliarmos os frutos e vivencia cristé de muitos crentes desta geracio, pois escondem seus talentos a0 contrério da vontade de Deus pelas seguintes razées: a) Néo valorizam o que receberam e, a0 seu talento, declinam que gostariam de ter um outro dom; b) Nao compreendem que talento 6 uma semente, que 56 dé fruto quando semeada e regada; Tem medo de serem malinterpreta- dos se.utilizé-los na casa do Senhor; d) Acham que Deus tem outras pes- soas a quen pode conferiro mesmo dom, eestas Ihe substituirem; ) Acham que, se nao usarem 0 talento, mas manté-Io intacto ja estarao ‘cumprindo o seu dever, f) Tém medo de usé-los e sofrerem novamente,a exemple de fato ocorrido no passado € assim escondem o seu Lalenilo da igreja, do pastor, mas ndo do Senhor; 9) Naoaprenderam que um dia todos haveremos de comparecer ante ao Tribunal de Cristo, onde nossas obras serdo julga- das, bém como prestaremos contas do uso dos dons e talentos que Ele, por ter 0 Governo de tudo nos concedeu (Rm 14.10; 1€03.13-15). ey eet eat reer fare Perey, eee Cae VOCABULAR! Indistintamente - ce maneira indistinta, em que nao hd distingdo: sem predilegbes. Granjear-cutivarobterpormeiodedtligéncias, de rabatho; adquirir alcangar. Tipificar ~ caracterizar-se; tomnar(se) tipico; fazer com que (algo ou alguém) se tornetipico: rovocar a caracterizacao de. Implicar - envolver(alguém ova simesma) em complicagdo;embaraco;confundi; embaracar; enredar. Peet Fee Cr eee Sr ‘© GOVERNO DE Deus 23 i Ligao 6 O GOVERNO DE DEUS SOBRE O GOVERNO DA IGREJA ‘Guerende 0 apertelcoamento dos santos, para a obra do minsterio, para edilcacto do corpo deCrsto” (EF4.12) PIG ‘Apés esta aula, oaluno deverd estar ato |-Descreverasidentidades do Governo da igteja nos sistemas estabelecidos; I-Identificar 0 propésito de Deus para o ‘governo da jgreja; e€ por quem e como deve serexercido; Ml-Demonstrara supremacia do governo de Deus sobre 0 governo da igreja. INTRODUCAO “Organizagao é uma das maiores formas de se alcangar grandes objetivos. Somente instituigdes organizadas e deter- minadas ao erescimento é que fardo jus @ sua existéncia” (Fledson R. de Sena). © propésito do Governo da igreja € disciplinar as suas atividades, sob a direcdo do Espirito Santo, e conduzi-la 20 cumprimento tacito de sua missio na terra. ‘Aforma de governo da igreja é bibli- cae define quem exerce autoridade no que tange ao servico dos cultos regulares, questdes doutrinarias, administrativas © organizacionais. A estrutura da nossa igreja constitui-se de bispos, pastores, pastoras, evangelistas, presbiteros,missio- nirias, didconos e diaconisas, e obreiros. A expresso obreiro é genérica e serve para designar 0s cargos auniliares das diversas outras fungées na igreja. Temos ainda a fungao de lider de Ministério, que é um itmao qualificado a dirigir um ministério escolhido em comum acordo por mem- bros do governo eclesiastico. 1,0 QUE EO GOVERNO DA IGREJA? ‘Ogoverno da igreja tem experimen- tado trés sistemas principais, a saber: a) Episcopal. Onde 0 governo da igreja é exercitio por bisoos; b) Presbiteriano. Onde o governo da igreja €,exercido por presbiteros conetlios, sendo, portato, um sistema representativo; ©) Congregacional. Onde toda autoridade concentra-se na prépria con- gregagio (2 igreja local), sendo o pastor lider eresponsavel pela administracao da ‘comunidade. Il. PROPOSITO DO GOVERNO DA IGREJA A igreja nao é de titularidade de nenhum pastor, separando bem a igreja instituigdo, da igreja pessoas e da igreja templo. Entendemos que Jesus Cristo fun- dou a igreja (pessoas). Para entendermos melhor isto, precisamos langar mao da linguagem tipolégica em diversas passa- gens onde a igreja é vista como: a) Aigrejaé uma casa Templo, edifi- cio (Hb 8.5). Cristo &a pedra angular desse majestoso templo espiri:ual (At 4.11); b) Aigreja é um corpo. (1Co 12.12- 13). Cristo é a cabeca deste corpo (Cl 1.18), Ademais sabemos que é na cabeca que estdo os érgaos de diregao do cor- po, 0 governo, a soberania e 0 dominio da terra. A igreja é um corpo espiritual, vivo, mistico, universal, individual ¢ resgatado; ©) Aiigreja é um luzeiro. (Ap 1.20) Deus ¢ luz (Jo 1.5). Hé uma simbologia comumente aceita por comentadores comparando os dois grandes luminares, sol € lua. O sol governa o dia; isto fala de Jesus (MI 4.2). A lua governa a noite e fala da igreja (Ct 6.10), pois é a igreja que ilumina 0 mundo (Mt 5.15); d) A igreja é um rebanho. (SI 100.3.) Ele é 0 Pastor valente que nos ‘© GOVERN DE DEUS 25 resgatou das maos do inimigo opressor (Gn 49.24). Os pastores estéo a servico do bom Pastor; e) Aigreja é noivae esposa. (2Co 11.2). Na Biblia, ha tipos de esposas que tipificam a igreja: Eva, a esposa vivificada; Azenate, a esposa resga- tada; Rute, a esposa amada; Ester, a esposa preferida; e a igreja, a esposa preparada (Ap 19.7); £) Aigreja é uma familia. (Ef 2.19). Nés éramosestrangeiros, mas pelaadocao passamos a ser filhos e a fazer parte da familia de Deus (Ef 2.19). lll, COMO DEVE SERO GOVERNO DA IGREJA? Considerando as peculiaridades da igreja e a sua vocacao espiritual, € necessério aplicar os principios bibli- cos numa administragao que agrade a Deus, observando que tais principios devem ser: a) Biblico em sua constituigéo. (1Tm 5.17 a6 5). Nesse sentido, nao é possivel uma igreja promover adaptagées huma- nas no tocante a um outro tipo de consti- tuicdo como temos vistos nos dias atuaisy b) Congregacional em sua for- ma. (1C0 5.13, 11.23;Mt 18.7). Existe uma autoridade delegada por Deus aigreja que nao deve ser usurpada por uma elite ou partido dentro dela; ©) Democratico em sua represen- tagao. (Fp 3.16; GI 3.28; 1Co 1221-22; Tg 2.1-6).Significa que todos na igreja devern ter direitos e responsabilidades iguais; d) Espiritual em sua func&o. Os administradores dos negécios da igreja devem ser homens espirituais. A igreja é ‘uma democracia teocratica, e cada mem- bro deve ser dirigido por Deus, mediante ‘a a¢ao do Espirito Santo. 26 Ano6-Ne21 IV. QUEM DEVE SER OS ADMI- NISTRADORES DO GOVERNO? a) Pastores e evangelistas. Geral- mente identificados como ministros do evangelho. © pastor é consagrado para exercer a fungéo de apascentador do rebanho de Deus, isto ¢, alimentar com a Palavra, cuidar e proteger 0 rebanho. Ele é © anjo da igreja (Ap 2.1), quem o Senhor Jesus Cristo delegou autoridade espiri- tual. Embora haja muitos pastores numa mesma igreja, apenas um deles preside ou administra. Pastores e co-pastores s80 nomeados para os. ministérios locals pelo Bispo-presidente. O pastor-dirigente de cada igreja é indicado pelo Bispo-presi- dente. Os evangelistas 80 escolhidos pelos pastores do ministério local, e ordenados ho Concilio Geral da igreja que se realiza de2em2anos, b) Presbiteros. Os termos ancido, presbitero e bispo sao sindnimos no Novo Testamento. Em nossa estrutura de go- veino, presbiteros e didconos so cargos Jocais, pois sao separados nas igrejas locas Eles auxiliam os pastores. Ha requisitos biblicos para o exercicio desse importante + cargo eclesidstico em 1Timéteo 3.1-9. 0 exercicio do presbiterato exige experiéncia spiritual e convivéncia crista. € de suma importancia a boa fama perante os néo crentes. O apéstolo Paulo reitera essas instrugdes na epistola aTito. €) Didéconos. Tem a funcio de servir nas atividades da igreja. € necessétio ser separado oficialmente perantea lgreja eter ‘o reconhecimento pubblico de sua funcao. Osdidconos serve nas diversas atividades daigreja, cooperam como porteiros,recep- ionistas,na ordem do cultoe distribuiggo da Ceia do Senhor. Dever ser “vardes de boa reputasao, cheios do Espirito Santoe de sabedoria” (At 6.3). trabalho deles€é digno de louvor e tendo o reconhecimento do Senhor Jesus Cristo: Porque os que servirem bem come didconos adquirido para si uma boa posicdo e muita confianga na fé que hd em Cristo Jesus” (1m 3.13). V.A SUPREMACIA DO GOVERNO DE DEUS 5.1 Lemos em Atos 15.22 que pa- receu bem aos apéstolos e aos anciaos, com toda a igreja, eleger vardes dentre eles e envis-los com Paulo e Barnabé a Antioquia. J4 no v.28, lemos que “pareceu bem ao Espirito Santo e a nés nao impor ‘mais encargo algum.. ou seja, ainda que © governo humano da igreja tenha o aval de Deus para exercicio do seu mister (Ef 4,11) e seja observado e respeitado, 0 Go- verno de Deus esta acima. Nao podemos nos esquecer de que Jesus Cristo exerce posicdes em relacao a igreja a saber: a) Ele € a cabeca (Cl 1.18); bb) Ele 6 a pedra angular (EF 2.20); €)Ele € 0 e5p050 (2Co 11.2); d) Ele € 0 Redentor (Tt 2.4); €) Ele € 0 Sumo sacerdote (Hb 4.14); f) Ele é 0 apéstolo da confissdo (Hb 3.;Rm 10.9-10);, 9) Ele é 0 Pastor da igreja Uo 10.11; s19571.* 5.2 Davidesejou construirotemplode Deus falouao profeta Nata e este Ihe diss “Vai, e faze tudo quanto esté no teu coracao; porque 0 Senor é contigo" (25m 7.3). Po- rém,na mesma noite, Deus veio a Nata eo mandou corrigiraquela palavra eno verso3 eros: ‘Disse Nata aoret’s mas no verso 5, se le: AssimdizoSenhor’:Isto mostra oquanto Deusesté atentoao Seu Governo, pois uma coisa éa palavra do profeta; outra coisa éa Palavra de Deus pelo profeta, 5.3 Em Apocalipse 1.12-13, Joao viu sete casticais de ouro (que representavam as sete igrejas da Asia), mas no meio dos sete castigais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um into de ouro. A igreja sao candeeiros (Ap 1.20), 05 ministros (pastores) sao estrelas, mas Cristo é 0 sol da justiga, que governa ‘ universo de salvos em todo o mundo. er rejando are autocrtico, mas teocrdtico, ou sea, a considerar Oe ane significando Deus; e kratos,significando poder, eee ecg ee) Dee eee ee ne ee eas ea eae eee ee ee een VOCABULA’ Autocratico - que se caracteriza pelo ‘utoritarismo; Concilio-reuniaa derepresentanteseclesiasticos; Reiterar- reforcar, repetir ‘Tacito -sossegado, tranquilo; eer ere ee ee en are tee Toes EE, Po é e me Ce ee ee ee Usurpar - apossar-se de, ou tomar (algo) pela forca ou sem direito, (O.GOVERNO DE DEUS 27 Ligdo 7 O GOVERNO DE DEUS SOBRE O TEMPO E AS OPORTUNIDADES ‘Aproveltando o méximo cada oportunidade porque os das so maus". (EF 5.16) ES OBJETIVO GERAL ‘Apés esta aula, o aluno deverd estar apto a: | = Reconhecer que imprevistos eacidentes ‘acontecem na vida humana, mas que Deus etd pronto para nos livrardeles; 1 - Conscientizar-seque, mesmo planejando ‘nossas vidas, ésempre Deus quem determina nosso destino; ML-Confiar sempre, em todo o tempo, na providéncia e governo de Deus. INTRODUCGAO A vida nao oferece promessas nem garantias. Apenas possibilidades © opor- tunidades. Os cristéos nao dependem de coisas como sorte ou casualidade, pois confiam na providéncia de Deus. Notextoacima, Salomao estéafirmando que nossas habilidades humanas sao faliveise queatiicacoisa segura uma vida vivid para Deus vistoqueimprevistoseacidentes podem acontecer, mas quando Deus tem o Governo sobre onosso tempo. opertunidades temos a garantia de que Ele agiréem nosso favor 1.0 TEMPO E AS OPORTUNIDADES Quando se fala de acaso ou sorte, 0 texto refere-se a uma ocorréncia ou acon- tecimento sem qualquer relacéo com a sorte ou casualidade; por isso a versio Almeida Revista e Corrigida diz: “O tempo ea oportunidade" ao invés da expresso "0 tempoeoacaso", como em outras versoes. Il. TODOS NOS TEMOS NA VIDA UM TEMPO E OPORTUNIDADES Mormente, achamos que o melhor sempre vence e 0s quem tém qualifica- Ges ou aptidées sempre so recompen- sados na vida e sao melhores por isto. Todavia, Salomao ensina que essas ex- pectativas nem sempre se realizam como imagiriamo8. Os termos:ligeiros,valentes, sdbios, prudentes e inteligentes consistem em cinco qualidades que gostariamos de possuir. E mesmo que as tenhamos € planejassemos nossa vida confiando em nossas aptidées, ao final, é sempre Deus quem determina o nosso destino. “Mesmo assim, todos tiveram que encarar sua limitagdo e se render & dependéncia de Deus." Em 2Corintios 3.5, lé-se: ‘Nao que sejamos capazes, por nds, de pensar alguma coisa, como de nés mesmos; mas ‘a nossa capacidade vem de Deus” Il. A IMPREVISIBILIDADE DAVIDA Imprevisto é uma palavra que serve para qualificar um acontecimento nao previsto, inesperado ou surpreendente. A palavra vem do latim videre (que sig- nifica ver) e remete a uma coisa que nao foi vista antes, ou seja, nao foi prevista; uma coisa que aconteceu de forma stibita. A vida é imprevisivel e impre- vvistos podem acontecer. Em 2Reis 6.1-7 lemos a hist6ria do joven que, ao cortar troncos & beira do tio, teve o machado afundado no rio Jordao. Se o profeta ali nao estivesse, o prejuizo teria alcancado a todos, pois ele 0 salvou da situacao imprevisivel. Deus operou um milagre 0 machado fiutuou. Paulo, indo em diregdo a Roma, recebeu de Deus oaviso de que a navega¢ao iria ser incomoda, mas nao Ihe deram ouvidos ede repente uma forte tempestade surpreendeu a todos (At 27.14) e se Deus nao estivesse no governo daquele barco, todos iriam perecer. (0 GOVERNO DE Deus 29 IV. NEM SEMPRE AS COISAS. ACONTECEM COMO PLANEJAMOS Lemos em Tiago 4.15 que: "Se 0 Se- nhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo’ Ademais, nao podemos nos estribar em nosso conhecimento, experiéncia capacidade pelas seguintes raze: 4.1 Nossas qualificacées nao so um certificado de sucesso na vida. Em primeiro lugar porque nao sabemos 0 que vai acontecer amanha;eem segundo porque mesmo com elas, podemos sofrer fracassos em funcao de fatores fora de controle. 4.2 Nao podemos nos estribar em nossas aptidées, sorte ou destino, mas na providéncia divina. Este é um termo teolégico que se refere a0 poder supremo, superintendéncia, ou agéncia de Deus so- bre eventos na vida das pessoas por toda ahistéria. € influéncia de Deus no futuro, ‘em que Ele decide 0 que iré acontecer & que nada acontece sem que Ele permita. Providéncia significa amor sabio e cuida- doso, que protege, conserva, transforma a histéria do mundo e das pessoas. 4,3 Deus nao somente conhece eventos e pessoas futuras, mas também sabe das possibilidades futuras. Davi, estando em Queila, perguntou a Deus se Saul desceria contra ele e se 0 povo a entregaria em suas maos e Ele Ihe disse “Descerdeentregard”(1Sm 23:11-12),entéo Davi escapou com seus homens. Isto nao era um fato, mas uma possibilidade, isto & prescléncia, 4.4 Deus rege o mundo e néo destino cego, nem acaso, nem poder dos astros. Todos nés estamos debaixo de suas poderosas maos, em seus bracos, pois Ele é um Pai providente, ou seja, “Ninguém estd predestinado asofrer, avivernamiséria 30 Ano6-Ne2t ‘ou Gd margem da lei e da sociedade; isto sa0 cconsequéncias de nossas escolhas’: 4.5 A predestinacao nunca prede- termina as escolhas do homem. Preor- denaasescolhas de Deus no que concerne a0 seu relacionamento nas inclinagées, necessidades e escolhas do homem, V. COMO DEUS CONTROLA A NOSSA VIDA? Deus controla as circunstancias ex- temas de um homem pela sua divina providéncia e trabalha 0 coracao através do Espirito Santo. Ele pode impedir que 0 homem faca certas escolhas, privando-o de sua vida antes que ele seja confrontado com a necessidade de escolher. Deus néo controla no sentido de forcar as escolhas a serem feitas pelo homem. Ele pode exercer influéncia através do Espirito Santo, através da providéncia, através da abertura real do coragao de um homem, mas a vontade ainda esté em poder do homem. Deus néo controla a vontade do homem porque isto

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