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svori2022 17:09, 10287 Presidéncia da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juridicos LEIN® 40.257, DE 10 DE JULHO DE 2001. Mensagem de Veto n° 730 Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituigao Federal, estabelece diretrizes gerais da politica urbana e da outras, Vigéneia providéncias. 0 PRESIDENTE DA REPUBLICA Faco saber que o Congresso Nacional decreta e ou sanciono a seguinte Lei: CAPITULO | DIRETRIZES GERAIS Art, 12 Na execucao da politica urbana, de que tratam os arts, 182 e 183 da Constituicéo Federal, seré aplicado © previsto nesta Lei Pardgrafo Unico. Para todos os efeitos, esta Lei, denominada Estatuto da Cidade, estabelece normas de ordem piblica e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da seguranca e do bem- estar dos cidadaos, bem como do equilibrio ambiental, ‘Att, 22 A politica urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das fungbes socials da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: | garantia do direito a cidades sustentaveis, entendido como o direito a terra urbana, a moradia, ao saneamento ambiental, a infra-estrutura urbana, ao transporte e aos servigos pilblicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes © fuluras geragdes; Il gestdo democratica por meio da participacao da populacao e de associagdes representativas dos varios segmentos da comunidade na formulago, execugdo e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano; Ill — cooperagao entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no proceso de urbanizagao, em atendimento ao interesse social; IV ~ planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuigéio espacial da populagao e das atividades econémicas do Municipio € do territério sob sua area de influéncia, de modo a evitar e corngir as distorges do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente; \V - oferta de equipamentos urbanos e comunitarios, transporte e servigos pUblicos adequados aos interesses & necessidades da populagao e as caracteristicas locais; VI- ordenagao e controle do uso do solo, de forma a evitar: a) a utilizagdo inadequada dos iméveis urbanos; b) a proximidade de usos incompativeis ou inconvenientes; ©) 0 parcelamento do solo, a edificagao ou 0 uso excessivos ou inadequados em relagao a infra-estrutura urbana; d) a instalagao de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como pélos geradores de trafego, sem a previsao da infra-estrutura correspondente; ¢) a retengao especulativa de imével urbano, que resulte na sua subutilizagao ou nao utilizagéo; 1) a deterioragao das Areas urbanizadas; 9) @ poluigao a degradagao ambiental, mr Pep Sr G www planalto.govbriccvil_ Oseisieis_ 2001010257.htm wT svori2022 17:09, 10287 h) a exposigao da populagao a riscos de desastres. (Uncluido dada pela Lei n® 12,604 1e 2012) VII — integracao e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o desenvolvimento socioeconémico do Municipio e do territério sob sua area de influéncia; VII - adogao de padres de produgao e consumo de bens ¢ servigos ¢ de expansao urbana compativeis com os limites da sustentabilidade ambiental, social e econémica do Municipio e do territério sob sua area de influéncia; IX —justa distribuigdo dos beneficios ¢ énus decorrentes do processo de urbanizacao; X — adequagao dos instrumentos de politica econémica, tributéria e financeira e dos gastos piblicos aos objetivos do desenvolvimento urbano, de modo a privilegiar os investimentos geradores de bem-estar geral e a fruigao dos bens pelos diferentes segmentos sociais; XI —recuperago dos investimentos do Poder Publico de que tenha resultado a valorizago de imévels urbanos; XII — protegao, preservacao e recuperagao do meio ambiente natural © construido, do patriménio cultural, historico, artistico, paisagistico e arqueolégico; XIII — audiéncia do Poder Publico municipal e da populacdo interessada nos processos de implantagao de empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente negatives sobre o meio ambiente natural ou construido, 0 conforto ou a seguranga da populagao; XIV — regularizagao fundidria © urbanizacao de areas ocupadas por populagao de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanizagao, uso e ocupagao do solo e edificagao, consideradas a situagao socioeconémica da populacdo e as normas ambientais; XV — simplificagao da legisiagao de parcelamento, uso e ocupacao do solo e das normas edilicias, com vistas a permitir a redugao dos custos e o aumento da oferta dos lotes e unidades habitacionais; XVI — isonomia de condigées para os agentes publicos e privados na promagdo de empreendimentos atividades relativos ao processo de urbanizacao, atendido o interesse social. XVII - estimulo @ utiizagéo, nos parcelamentos do solo © nas edificagées urbanas, de sistemas operacionais, padres construtivos e aportes tecnolégicos que objetivem a reducao de impactos ambientais @ a economia de recursos naturals, (Incluido pela Lei n® 12.836, de 2013) XVIII - tratamento prioritério as obras e edificagdes de infraestrutura de energia, telecomunicagées, abastecimento de agua e saneamento, (Incluido pela Lei n? 13.116, de 2015) XIX - garantia de condigées condignas de acessibilidade, utilizagao e conforto nas dependéncias intemas das edificagdes urbanas, inclusive nas destinadas a moradia e ao servigo dos trabalhadores domésticos, observados equisitos minimos de dimensionamento, ventilagao, iluminagao, ergonomia, privacidade e qualidade dos materiais ‘empregados. (Incluido pela Lei n® 13,699, de 2018) 32 Compete a Unido, entre outras atribuigdes de interesse da politica urbana: | -Iegislar sobre normas gerais de direito urbanistico; II = legislar sobre normas para a cooperacao entre a Unido, os Estados, o Distrito Federal e os Municipios em relagao @ politica urbana, tendo em vista o equilibrio do desenvolvimento e do bem-estar em Ambito nacional; ir ° Ses hab lil - promover, por iniciativa prépria e em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municipios, programas de construgdo de moradias e melhoria das condigées habitacionais, de saneamento bésico, das calgadas, dos passeios, piblicos, do mobiliério urbano e dos demais espagos de uso publico; (Redagao dada pela Lei n® 13.146, de 2015) (Vigéncia) erbenoss ia rm - 7 --tranepe treturede-energi mn a IV = instituir diretrizes para desenvolvimento urbano, inclusive habitagéo, saneamento basico, transporte e mobilidade urbana, que incluam regras de acessibilidade aos locais de uso pblico; (Redacdo dada pela Lei ne 13.146, de 2015) (Vigéncia) www planalto.govbriccvil_ Oseisieis_ 2001010257.htm 2n7 svori2022 17:09, 10287 \V- elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenagao do territério e de desenvolvimento econémico e social. | - planos nacionais, regionais ¢ estaduais de ordenagao do territério © de desenvolvimento econémico e social; II- planejamento das regiées metropolitanas, aglomeragées urbanas e microrregides; CAPITULO II DOS INSTRUMENTOS DA POLITICA URBANA Secdol Dos instrumentos em geral 42 Para os fins desta Lei, sero utiizados, entre outros instrumentos: lil planejamento municipal, em especial: a) plano diretor; b) disciplina do parcelamento, do uso da ocupago do solo; ¢) zoneamento ambiental; 4) e) plano plurianual; diretrizes orgamentdrias e orgamento anual; {) gestdo orcamentaria participativa; 9) hy) planos, programas e projetos setoriais; planos de desenvolvimento econémico e social \V — institutos tributarios e financeiros: a) ») °) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana - IPTU; contribuigao de melhoria; incentives e beneficios fiscais e financeiros; \V - institutos juridicos e politicos: a) b) 9 4) e) desapropriagao; serviddo administrativa; limitagées administrativas; tombamento de iméveis ou de mobiliario urbano; instituig’o de unidades de conservacao; 1) instituigao de zonas especiais de interesse social; 9) h) concessao de direito real de us concessao de uso especial para fins de moradia; i) parcelamento, edificagao ou utilizagdo compulsérios; j) usucapido especial de imével urbano; 1) direito de supertici www planalto.govbriccvil_ Oseisieis_ 2001010257.htm 3n7 svori2022 17:09, 10287 m) direito de preempgao; 1) outorga onerosa do direito de construir e de alteracao de uso; ©) transferéncia do direito de construir, p) operages urbanas consorciadas; 4) regularizagao fundidria; 1) assisténcia técnica e juridica gratuita para as comunidades e grupos sociais menos favorecidos; 's) referendo popular e plebiscito; 1) demarcagao urbanistica para fins de regularizagao fundiaria; Incluido pela Lei n® 11,977, de 2009) U) legitimagao de posse, (lncluido pela Lein® 11.977, de 2009) VI estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de impacto de vizinhanga (EIV). § 12 Os instrumentos mencionados neste artigo regem-se pela legislagdo que Ihes é propria, observado 0 disposto nesta Lei, § 22 Nos casos de programas e projetos habitacionals de interesse social, desenvolvidos por érgdos ou entidades da Administragao Publica com atuagdo especifica nessa rea, a concessao de direito real de uso de iméveis publicos poderd ser contratada coletivamente. § 32 Os instrumentos previstos neste artigo que demandam dispéndio de recursos por parte do Poder Puiblico municipal devem ser objeto de controle social, garantida a participacdo de comunidades, movimentos e entidades da sociedade civi Do parcelamento, edificagao ou utiliza¢ao compulsérios Art. 52 Lei municipal especifica para érea incluida no plano diretor poderé determinar 0 parcelamento, a edificagao ou a utlizagdo compulsérios do solo urbano ndo edificado, subutllizado ou nao utlizado, devendo fixar as condigdes o 0s prazos para implementagao da referida obrigagao. § 12Considera-se subutiizado o imével | - cujo aproveitamento seja inferior ao minimo definido no plano diretor ou em legislacao dele decorrente; l= (VETADO) § 220 proprietario serd notificado pelo Poder Executivo municipal para 0 cumprimento da obrigagao, devendo a notificagdo ser averbada no cartério de registro de iméveis. §.32A notificagao far-se-a: | por funcionario do érgao competente do Poder Publico municipal, ao proprietario do imével ou, no caso de este ser pessoa juridica, a quem tenha poderes de geréncia geral ou administracao;, |I- por edital quando frustrada, por trés vezes, a tentativa de notificagao na forma prevista pelo inciso I '§ 420s prazos a que se refere o caput nao poderdo ser inferiores a |- um ano, a partir da notificagao, para que seja protocolado o projeto no érgao municipal competente; II dois anos, a partir da aprovago do projeto, para iniciar as obras do empreendimento. www planalto.govbriccvil_ Oseisieis_ 2001010257.htm 4n7 svori2022 17:09, 10287 § 52 Em empreendimentos de grande porte, em carater excepcional, a lei municipal especifica a que se refere o caput poder prever a conclusdo em elapas, assegurando-se que 0 projeto aprovado compreenda o empreendimento ‘como um todo. ‘Art, 62 A transmissao do imével, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior & data da notificagao, transfere as obrigagées de parcelamento, edificagéo ou utilizagao previstas no art. 5%-desta Lei, sem interrupgao de quaisquer prazos. Do IPTU progressivo no tempo Art. 72 Em caso de descumprimento das condigdes e dos prazos previstos na forma do caput do art. 5° desta Lei, ‘ou nao sendo cumpridas as etapas previstas no § 5° do art. 52 desta Lei, o Municipio procedera & aplicagéo do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressive no tempo, mediante a majoragdo da aliquota pelo prazo de cinco anos consecutivos. § 120 valor da aliquota a ser aplicado a cada ano serd fixado na lei especifica a que se refere 0 caput do art. 52 desta Lei e ndo excedera a duas vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada a alfquota maxima de quinze por cento. § 22Caso a obrigagao de parcelar, edificar ou ullizar nao esteja atendida em cinco anos, o Municipio manteré a cobranga pela aliquota maxima, alé que se cumpra a referida obrigacao, garantida a prerrogativa prevista no art. 82 § 92 vedada a concessao de isengdes ou de anistia relativas a tributagdo progressiva de que trata este artigo. Secdo lV Da desapropriacdo com pagamento om titulos Art. 82 Decorridos cinco anos de cobranga do IPTU progressive sem que o proprietério tenha cumprido a obrigagio de parcelamento, edificagdo ou utllzac¢ao, 0 Municipio poder proceder & desapropriagao do imével, com pagamento em titulos da divida publica, § 12.05 titulos da divida piblica terdo prévia aprovacao pelo Senado Federal e serdo resgatados no prazo de até dez anos, em prestacées anuals, iguais e sucessivas, assegurados 0 valor real da indenizacao ¢ os juros legals de seis por cento ao ano. § 220 valor real da indenizacao: | refletité 0 valor da base de célculo do IPTU, descontado 0 montante incorporado em fungao de obras realizadas pelo Poder Publico na area onde o mesmo se localiza apés a notificacao de que trata o § 22 do art. 52 desta Lel; lI -ndo computara expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatérios § 320s titulos de que trata este artigo nao terdo poder liberatorio para pagamento de tributos. § 42.0 Municipio procederé ao adequado aproveitamento do imével no prazo maximo de cinco anos, contado a partir da sua incorporagao ao patriménio public. {§ 52.0 aproveitamento do imével podera ser efetivado diretamente polo Poder Publico ou por meio de alienagao ‘ou concessao a terceiros, observando-se, nesses casos, 0 devido procedimento lcitatsrio. § 62 Ficam mantidas para o adquirente de imével nos termos do § 52 as mesmas obrigagées de parcelamento, edificagao ou utilizacao previstas no art. 52 desta Lei. Secdo V Da usucapiao especial de imével urbano Art, 92 Aquele que possuir como sua area ou edificagao urbana de até duzentos e cingiienta metros quadrados, or cinco anos, ininterruptamente e sem oposi¢o, utiizando-a para sua moradia ou de sua familia, adquiri-the-4 0 dominio, desde que nao seja proprietario de outro imével urbano ou rural. www planalto.govbriccvil_ Oseisieis_ 2001010257.htm snr suorrz2 17:09 10257 §120 lo de dominio sera conferido ao homem ou a mulher, ou a ambos, independentemente do estado ci § 22.0 direito de que trata este artigo nao serd reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. § 32 Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legitimo continua, de pleno direito, a posse de seu antecessor, desde que jé resida no imével por ocasido da abertura da sucesso, reas-urbs baine render pare-sue-moradia-pr Att. 10. Os niicleos urbanos informais existentes sem oposigo ha mals de cinco anos e cuja area total dividida pelo numero de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados por possuidor sao suscetiveis de Serem usucapidos coletivamente, desde que 0s possuidores néo sejam proprietarios de outro imével urbano ou rural (Redacdo dada pela lei n® 13.465, de 2017) § 12.0 possuidor pode, para o fim de contar 0 prazo exigido por este artigo, acrescentar sua posse a de seu antecessor, contanto que ambas sejam continuas. § 22 A usucapiao especial coletiva de imével urbano sera declarada pelo juiz, mediante sentenga, a qual servird de titulo para registro no cartério de registro de iméveis. § 32 Na sentenga, 0 juiz atribuiré igual fragao ideal de terreno a cada possuidor, independentemente da dimensdo do terreno que cada um ocupe, salvo hipétese de acordo escrito entre os condéminos, estabelecendo fragées ideais diferenciadas. § 42.0 condominio especial constituido 6 indivisivel, ndo sendo passivel de extingao, salvo deliberagao favordvel tomada por, no minimo, dois tergos dos condéminos, no caso de execugao de urbanizagao posterior a constituigéo do condominio. § 52 As deliberacdes relativas a administragao do condominio especial serdo tomadas por maioria de votos dos cond6minos presentes, obrigando também os demais, discordantes ou ausentes, Art. 11. Na pendéncia da ado de usucapido especial urbana, ficardo sobrestadas quaisquer outras agdes, petitérias ou possessérias, que venham a ser propostas relativamente ao imével usucapiendo. Art, 12, Sao partes legitimas para a propositura da agao de usucapiao especial urbana’ 1-0 possuidor, isoladamente ou em litisconsércio origindrio ou superveniente; I-08 possuidores, em estado de composse; Ill — como substituto processual, a associagao de moradores da comunidade, regularmente constituida, com Personalidade juridica, desde que explicitamente autorizada pelos representados. § 121Na ago de usucapido especial urbana 6 obrigatéria a intervengio do Ministério Publico. § 22 0 autor tera os beneficios da justiga e da assisténcia judiciaria gratuita, inclusive perante o cartério de registro de iméveis, Art. 13. A usucapiéo especial de imével urbano poderd ser invocada como materia de defesa, valendo a sentenga que a reconhecer como titulo para registro no cartério de registro de iméveis. Art. 14, Na acdio judicial de usucapio especial de imével urbano, o rito processual a ser observado é o sumétio. Segdo VI Da concessao de uso especial para Art, 15, (VETADO) Art. 16. (VETADO) Art. 17. (VETADO) www planalto.govbriccvil_ Oseisieis_ 2001010257.htm en7 svori2022 17:09, 10287 Art, 18, (VETADO) Art, 19, (VETADO) Art. 20. (VETADO) Segao Vil Do direito de supertici Art. 21. O proprietério urbano podera conceder a outrem 0 direito de superficie do seu terreno, por tempo determinado ou indeterminado, mediante escritura publica registrada no cartério de registro de iméveis. § 12.0 direito de superficie abrange 0 direto de utilizar 0 solo, 0 subsolo ou 0 espago aéreo relativo ao terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, atendida a legistagao urbanistica, § 22 concessao do direito de superficie poderé ser gratuita ou onerosa. § 32 O superficiario responderé integralmente pelos encargos e tributos que incidirem sobre a propriedade superficiaria, arcando, ainda, proporcionalmente a sua parcela de ocupagao efetiva, com os encargos ¢ tributos sobre a drea objeto da concessao do direito de superficie, salvo disposigao em contrério do contrato respectivo, § 420 direito de superficie pode ser transferido a terceiros, obedecidos os termos do contrato respectivo, § 52 Por morte do superficiério, os seus direitos transmitem-se a seus herdeiros. Art. 22. Em caso de alienagao do terreno, ou do direito de superficie, 0 superficidrio e 0 proprietario, respectivamente, terao direito de preferéncia, em igualdade de condigdes a oferta de terceiros. Art. 23. Extingue-se o direito de superficie: | pelo advento do termo; |- pelo descumprimento das obrigagées contratuais assumidas pelo superficiério. Art. 24, Extinto © direito de superficie, o proprietério recuperaré 0 pleno dominio do terreno, bem como das acessées e benfeitorias introduzidas no imével, independentemente de indenizagao, se as partes nao houverem estipulado o contrario no respectivo contrato § 12 Antes do termo final do contrato, extinguir-se-a o direito de superficie se 0 superficiério der ao terreno destinagao diversa daquela para a qual for concedida. '§ 22A extingao do direito de superficie sera averbada no cartério de registro de iméveis. Segdo Vill Do direito de preempgao Art. 25. O direito de preempgo confere ao Poder Publico municipal preferéncia para aquisigéo de imével urbano objeto de alienagao onerosa entre particulares. § 12 Lei municipal, baseada no plano diretor, delimitard as reas em que incidiré o direito de preempeao e fixaré prazo de vigéncia, ndo superior a cinco anos, renovavel a partir de um ano apés 0 decurso do prazo inicial de vigéncia, § 22 0 direito de preempgao fica assegurado durante 0 prazo de vigéncia fixado na forma do § 19, independentemente do numero de alienagées referentes ao mesmo imovel, Art. 26, O direito de preempcao seré exercido sempre que o Poder Publico necessitar de areas para: | -regularizagao fundiria; II execugao de programas ¢ projetos habitacionais de interesse social; IL - constituigao de reserva fundiaria; www planalto.govbriccvil_ Oseisieis_ 2001010257.htm 77 svori2022 17:09, 10287 IV -ordenamento e direcionamento da expansao urbana; \V-— implantagao de equipamentos urbanos e comunitérios; VI-criago de espacos publices de lazer e areas verdes; Vil —criagao de unidades de conservagao ou protegao de outras areas de interesse ambiental; Vill — protegao de areas de interesse histérico, cultural ou paisagistico; 1x —(VETADO) Pardgrafo tinico. A lei municipal prevista no § 12 do art. 25 desta Lei deverd enquadrar cada area em que incidira © direito de preempgao em uma ou mais das finalidades enumeradas por este artigo. Art. 27. O proprietério deverd notificar sua intengo de alienar o imével, para que o Municipio, no prazo maximo de trinta dias, manifeste por escrito seu interesse em compré-lo. § 12. nolificagtio mencionada no caput sera anexada proposta de compra assinada por terceiro interessado na aquisigao do imével, da qual constarao prego, condigées de pagamento e prazo de validade. § 22 © Municipio fara publicar, em érgdo oficial e em pelo menos um jornal local ou regional de grande Circulagao, edital de aviso da notificagao recebida nos termos do caput e da intengao de aquisigao do imével nas condigdes da proposta apresentada, § 32 Transcorrido 0 prazo mencionado no caput sem manifestagao, fica 0 proprietario autorizado a realizar a alienagdo para terceiros, nas condicdes da proposta apresentada, § 42 Concretizada a venda a terceiro, o proprietario fica obrigado a apresentar ao Municipio, no prazo de trinta dias, cépia do instrumento piiblico de alienag&o do imével. § 52 A alienagao processada em condigées diversas da proposta apresentada 6 nula de pleno direito § 62 Ocorrida a hipétese prevista no § 52 0 Municipio poderd adquirir o imével pelo valor da base de calculo do IPTU ou pelo valor indicado na proposta apresentada, se este for inferior aquele. Segao IX Da outorga onerosa do direito de construir Art. 28. © plano diretor poderd fixar Areas nas quais o direito de construir podera ser exercido acima do coeficiente de aproveitamento basico adotado, mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiario. § 12 Para os efeitos desta Lei, coeficiente de aproveitamento é a relagdo entre a area edifcavel e a area do terreno. § 22 plano diretor poder fixar coeficiente de aproveltamento basico Unico para toda a zona urbana ou diferenciado para areas especificas dentro da zona urbana § 22 0 plano diretor definird os limites méximos @ serem atingidos pelos coeficientes de aproveltamento, considerando a proporcionalidade entre a infra-estrutura existente o aumento de densidade esperado em cada area. Art. 28. O plano diretor poderd fixar éreas nas quais poderd ser permitida alteragao de uso do solo, mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficidrio. Art, 30, Lei municipal especifica estabeleceré as condiges a serem observadas para a outorga onerosa do direito de construire de alteragao de uso, determinando: |-a formula de calculo para a cobranca; I-08 casos passiveis de isengdo do pagamento da outorga; lil —a contrapartida do beneficiario. Art. 31. Os recursos auferidos com a adogdo da outorga onerosa do direito de construir ¢ de alteragao de uso ‘sero aplicados com as finalidades previstas nos incisos | a IX do art. 26 desta Lei www planalto.govbriccil_ Oseisles_ 2001010257.htm en7 svori2022 17:09, 10287 SegdoX Das operagées urbanas consorciadas Art. 32. Lei municipal especifica, baseada no plano diretor, poderd delimitar area para aplicag4o de operagdes consorciadas, § 12 Considera-se operagao urbana consorciada 0 conjunto de intervengSes e medidas coordenadas pelo Poder Piiblico municipal, com a participagao dos proprietérios, moradores, usuarios permanentes e investidores privados, com 0 objetivo de alcangar em uma area transformagées urbanisticas estruturais, melhorias socials e a valorizagao, ambiental § 22 Poderdo ser previstas nas operagdes urbanas consorciadas, entre outras medidas: | — a modificagao de indices e caracteristicas de parcelamento, uso e ocupacao do solo e subsolo, bem como alteragées das normas edilicias, considerado o impacto ambiental delas decorrente; ll—a regularizagao de construgées, reformas ou ampliagdes executadas em desacordo com a legisiagao vigente. lil - @ concessao de incentivos a operagdes urbanas que utiizam tecnologias visando a redugo de impactos ambientais, e que comprovem a utlizagéo, nas construgSes e uso de edificagdes urbanas, de tecnologias que reduzam ‘0s impactos ambientais ¢ economizem recursos naturais, especificadas as modalidades de design ¢ de obras a serem contempladas. _(ncluido pela Lei n® 12.836, de 2013) Art, 33, Da lei especifica que aprovar a operagéo urbana consorciada constara o plano de operacao urbana consorciada, contendo, no minimo: | = definigao da area a ser atingida; I programa basico de ocupagao da area; IIL - programa de atendimento econémico e social para a populagao diretamente afetada pela operacao: IV -finalidades da operagao; \V-— estudo prévio de impacto de vizinhanga; ‘uttizagie-des-beneficios previstos nosineises + ett de-§ 2°-de-art-32-deste- tet VI - contrapartida a ser exigida dos proprietarios, usuarios permanentes e investidores privados em fungao da Utilizagao dos beneficios previstos nos incisos I, Ile Ill do § 22 do art. 32 desta Lei; (Redagao dada pela Lei n® 12.836, de 2013) Vil -forma de controle da operagao, obrigatoriamente compartithado com representagao da sociedade civil Vill -natureza dos incentivos a serem concedidos aos propritarios, usuarios permanentes ¢ investidores privados, uma vez atendido o disposto no inciso Ill do § 22 do art. 32 desta Lei, _(Incluido pela Lein® 12.836. de 2013) § 12 Os recursos obtidos pelo Poder Puiblico municipal na forma do inciso VI deste artigo serio aplicados exclusivamente na prépria operago urbana consorciada. § 22A partir da aprovagao da lei especifica de que trata o caput, so nulas as licengas e autorizagdes a cargo do Poder Publico municipal expedidas em desacordo com o plano de operaco urbana consorciada. Art, 34, A lei especifica que aprovar a operagao urbana consorciada podera prever a emissao pelo Municipio de quantidade determinada de certificados de potencial adicional de construcdo, que sero alienados em leilao ou utiizados diretamente no pagamento das obras necessarias a propria operacao. § 12 Os certificados de potencial adicional de construgdo serdo livremente negociados, mas conversiveis em direito de construir unicamente na area objeto da operacao. § 22 Apresentado pedido de licenca para construir, 0 cerlificado de potencial adicional ser utllizado no pagamento da rea de construgdo que supere os padrdes estabelecidos pela legislagdo de uso e ocupagae do solo, alé 0 limite fixado pela lei especifica que aprovar a operagao urbana consorciada. www planalto.govbriccvil_ Oseisieis_ 2001010257.htm snr svori2022 17:09, 10287 Art, 34-A. Nas regiées metropolitanas ou nas aglomeragées urbanas instituidas por lei complementar estadual, poderdo ser realizadas operacdes urbanas consorciadas interfederativas, aprovadas por lels estaduals especificas. (lncluido pela Lei n® 13,089, de 2015) Paragrafo Unico. As disposigées dos arts. 32 a 34 desta Lei aplicam-se as operagdes urbanas consorciadas interfederativas previstas no caput deste artigo, no que couber. _Incluido pola Lei n® 13.089, de 2015) ‘Segdo XI Da transferéncia do direito de construir Art, 36, Lei municipal, baseada no plano diretor, poderé autorizar o proprietario de imével urbano, privado ou piblico, a exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura publica, o direito de construir previsto no plano diretor ‘ou em legislagao urbanistica dele decorrente, quando o referido imével for considerado necessario para fins de: | —implantago de equipamentos urbanos @ comunitérios; I — preservagao, quando o imével for considerado de interesse histérico, ambiental, paisagistico, social ou cultural; lll — servir a programas de regularizago fundidria, urbanizagao de 4reas ocupadas por populagao de baixa renda e habitacao de interesse social § 12 A mesma faculdade poderd ser concedida ao proprietario que doar ao Poder Publico seu imével, ou parte dele, para os fins previstos nos incisos | alll do caput. § 22 lei municipal referida no caput estabelecerd as condicdes relativas & aplicacao da transferéncia do direito de construir Seco XI Do estudo de impacto de vizinhanga Art. 36, Lei municipal definird os empreendimentos ¢ atividades privados ou piblicos em area urbana que dependerdo de elaboragao de estudo prévio de impacto de vizinhanga (EIV) para obter as licengas ou autorizagoes de construgao, ampliagao ou funcionamento a cargo do Poder Pblico municipal. Art. 37. 0 EIV sera executado de forma a contemplar os efeitos positives @ negatives do empreendimento ou atividade quanto a qualidade de vida da populagdo residente na area e suas proximidades, incluindo a analise, no minimo, das seguintes questdes: | -adensamento populacional; |— equipamentos urbanos © comunitarios; Ill - uso e ocupagao do solo; IV - valorizagao imobiliéria; \V — geragao de trafego e demanda por transporte puiblico; VI-—ventilagao e iluminagao; VIl— paisagem urbana e patriménio natural e cultural Pardgrafo Unico. Dar-se-A publicidade aos documentos integrantes do EIV, que ficarao disponiveis para consulta, no érgao competente do Poder Puiblico municipal, por qualquer interessado. Art. 38. A elaboragao do EIV nao substitul a elaboragao e a aprovagao de estudo prévio de impacto ambiental (EIA), requeridas nos termos da legisiagao ambiental. CAPITULO III DO PLANO DIRETOR www planalto.govbriccvil_ Oseisieis_ 2001010257.htm 107 svori2022 17:09, 10287 Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua fungao social quando atende as exigéncias fundamentais de ordenagao da cidade expressas no plano diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos cidadaos quanto & qualidade de vida, a justiga social e a desenvolvimento das atividades econémicas, respeitadas as diretrizes previstas no art, 22 desta Lei. Art, 40, © plano diretor, aprovado por lei municipal, 6 o instrumento basico da politica de desenvolvimento © expansao urbana § 12.0 plano diretor 6 parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano plurianual, as diretrizes orgamentarias ¢ o orgamento anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas. § 22.0 plano diretor deverd englobar o territério do Municfpio como um todo, § 32 lel que instituir o plano diretor deverd ser revista, pelo menos, a cada dez anos. § 42 No processo de elaboragao do plano diretor e na fiscalizagao de sua implementagao, os Poderes Legislativo e Executivo municipais garantirdo: | — a promogao de audiéncias piblicas e debates com a parlicipagdo da populagdo e de associages representativas dos varios segmentos da comunidade; IIa publicidade quanto aos documentos e Informagdes produzidos; Ill 0 acesso de qualquer interessado aos documentos e informagdes produzidos. §52(VETADO) ‘Att. 41. O plano diretor & obrigatério para cidades: 1— com mais de vinte mil habitantes; l1—integrantes de regides metropolitanas © aglomeragées urbanas; Il — onde 0 Poder Publico municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no § 42 do art 182 da Constituigdio Federal: IV ~integrantes de areas de especial interesse turistico; \V = inseridas na area de influéncia de empreendimentos ou atividades com significative impacto ambiental de Ambito regional ou nacional. VI- incluidas no cadastro nacional de Municipios com areas suscetiveis ocorréncia de deslizamentos de grande impacto, inundagdes bruscas ou processos geolégicos ou hidrolégicos correlatos. _(ncluldo pela Lei n° 12.608, de 2012) § 12.No caso da realizagao de empreendimentos ou atividades enquadrados no inciso V do caput, os recursos técnicos e financeiros para a elaboragao do plano diretor estardo inseridos entre as medidas de compensagao adotadas. '§ 22 No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes, deverd ser elaborado um plano de transporte urbano integrado, compativel com 0 plano diretor ou nele inserido. § 32 As cidades de que trata 0 caput deste artigo devem elaborar plano de rotas acessiveis, compativel com 0 plano diretor no qual esta inserido, que disponha sobre os passeios piblicos a serem implantados ou reformados pelo poder puiblico, com vistas a garantir acessibilidade da pessoa com deficiéncia ou com mobilidade reduzida a todas as, Totas ¢ vias existentes, inclusive as que concentrem os focos geradores de maior circulagao de pedestres, como os 6rga0s pulicos € os locais de prestagdo de servigos piblicos e privados de satide, educagdo, assisténcia social, esporte, cultura, correios e telégrafos, bancos, entre outros, sempre que possivel de maneira integrada com os sistemas de transporte coletivo de passageiros (Incluido pela Lei n® 13.146, de 2015) (Vigancia) ‘Art. 42. O plano diretor deverd conter no minimo’ | — a delimitagéio das areas urbanas onde poder ser aplicado o parcelamento, edificagdo ou utiizagao compulsérios, considerando a existéncia de infra-estrutura e de demanda para utilizacao, na forma do art, 52 desta Lef; www planalto.govbriccvil_ Oseisieis_ 2001010257.htm wn7 svori2022 17:09, 10287 I= disposigées requeridas pelos arts. 25, 28, 29, 32 © 36 desta Lei; lil - sistema de acompanhamento e controle. fpios-que posstiamn éreas-de-expansdo urbana deverdo-elaborar Plano-de Expansde-Urbana temp er ete aptit-o Municip Ps panséo tir é Art. 42-A. Além do contetido previsto no art. 42, o plano diretor dos Municfpios incluidos no cadastro nacional de municipios com areas suscetiveis & ocorréncia de desiizamentos de grande impacto, inundagées bruscas ou processos ‘geoldgicos ou hidrolégicos correlatos devera conter: ((ncluido pela Lein® 12,608, de 2012) | - parametros de parcelamento, uso © ocupagao do solo, de modo a promover a diversidade de usos ¢ a contribuir para a geragao de emprego e renda; (lincluido pela Lei n® 12,608, de 2012) I- mapeamento contendo as areas suscetiveis a ocorréncia de deslizamentos de grande impacto, inundagées bruscas ou processos geolégicos ou hidroldgices correlatos; _(ncluldo pela Lei n® 12.608, de 2012) Iil- planejamento de ages de intervencio preventiva e realocagao de populagdo de areas de risco de desastre; (Incluido pela Lei n® 12,608, de 2012) IV medidas de drenagom urbana necessarias & prevencao © a mitigagao de impactos de desastres; (Unoluido pela Lei n® 12.608, de 2012) V - diretrizes para a regularizagao fundiaria de assentamentos urbanos irregulares, se houver, observadas a Lei n' 11,97, de 7 de julho de 2008, e demais normas federais e estaduais pertinentes, e previsao de areas para habitacao de interesse social por meio da demarcagao de zonas especiais de interesse social ¢ de outros instrumentos de politica Urbana, onde 0 uso habitacional for permitido. _(Incluido pela Lein® 12.608, de 2012) VI - identificagao e diretrizes para a preservagdo e ocupago das areas verdes municipais, quando for o caso, com vistas & redugao da impermeabilizagao das cidad Incluido pela Lein® 12,983, de 2014) § 12 A identificagdo e o mapeamento de areas de risco levardo em conta as cartas geotécnicas. (Uncluido pela Lei n® 12.608, de 2012} § 22 0 contetido do plano diretor devera ser compativel com as disposi¢6es insertas nos planos de recursos hidricos, formulados consoante a Lei n® 9.433, de 8 de janeiro de 1997 2012) www planalto.govbriccvil_ Oseisieis_ 2001010257.htm a svori2022 17:09, 10287 § 32 Os Municipios adequarao o plano diretor as disposigSes deste artigo, por ocasido de sua revisao, ‘observados os prazos legais. {Incluido pela Lei n? 12,608, de 2012) § 42 Os Municipios enquadrados no inciso VI do art. 41 desta Lei e que nao tenham plano diretor aprovado terdo © prazo de § (cinco) anos para o seu encaminhamento para aprovacao pela Camara Municipal (Incluido pela Lei n? 42.608, de 2012) Art. 42-B, Os Municipios que pretendam ampliar 0 seu perimetro urbano apés a data de publicagao desta Lei deverdo elaborar projeto especifico que contenha, no minimo: (Incluido pela Lei n® 12.608, de 2012) | - demarcagao do novo perimetro urbano; (Incluido pela Lei n? 12.608, de 2012) II- delimitagao dos trechos com restrigées a urbanizago e dos trechos sujeitos a controle especial em fungao de ameaga de desastres naturais; (Incluido pela Lei n® 12.608, de 2012) IIL- definigao de diretrizes especificas e de areas que serdo utiizadas para infraestrutura, sistema vidrio, equipamentos e instalagdes publicas, urbanas e sociais; (Inoluido pela Lei n® 12.608, de 2012) IV = definigdo de parametros de parcelamento, uso e ocupagao do solo, de modo a promover a diversidade de sos e contribuir para a geracao de emprego e renda, {Incluido pela Lei n? 12,608, de 2012) \V - a proviso de areas para habitagao de interesse social por meio da demarcagao de zonas especiais de interesse social e de outros instrumentos de politica urbana, quando o uso habitacional for permitido; _(Incluido pela Lei n® 12.608, de 2012) VI- definigao de diretrizes e instrumentos especificos para protegao ambiental e do patrimdnio histérico e cultural; e (Incluido pela Lei n? 12.608, de 2012) VII - definigdo de mecanismos para garantir a justa distribuigao dos énus e beneficios decorrentes do processo de urbanizago do terrtério de expansao urbana e a recuperagdo para a colelividade da valorizagao imobiliéria resullante da agao do poder publico. § 12 0 projeto especifico de que trata o caput deste artigo devera ser insttuido por lel municipal e atender as diretrizes do plano diretor, quando houver. (Uncluido pola Lei n? 12.608, de 2012) § 22 Quando o plano diretor contemplar as exigéncias estabelecidas no caput, o Municipio ficaré dispensado da elaboragao do projeto especifico de que trata o caput deste artigo, (ncluido pela Lei n® 12.608, de 2012) § 32 A aprovagao de projetos de parcelamento do solo no novo perimetro urbano ficara condicionada a existéncia do projeto especifico e deverd obedecer as suas disposicées. (ncluido pela Lei n® 12,608, de 2012) CAPITULO IV DA GESTAO DEMOCRATICA DA CIDADE Art. 43. Para garantir a gestéo democratica da cidade, deverdo ser utiizados, entre outros, os seguintes instrumentos: | ~ 6rg40s colegiados de politica urbana, nos niveis nacional, estadual e municipal; II—-debates, audiéncias ¢ consultas publicas; Ill conferéncias sobre assuntos de interesse urbano, nos niveis nacional, estadual e municipal; IV — iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano; V-(VETADO) Art. 44, No 4mbito municipal, a gestéo orgamentéria participativa de que trata a alinea f do inciso III do art. 42 desta Lei incluira a realizagao de debates, audiéncias e consultas pliblicas sobre as propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orgamentarias e do orgamento anual, como condi¢ao obrigatéria para sua aprovacao pela Camara Municipal www planalto.govbriccvil_ Oseisieis_ 2001010257.htm s3n7 svori2022 17:09, 10287 Art. 45. Os organismos gestores das regides metropolitanas e aglomeracdes urbanas incluiréo obrigatéria e significativa participagdo da populacao e de associacdes representativas dos varios segmentos da comunidade, de modo a garantir o controle direto de suas atividades e 0 pleno exercicio da cidadania, CAPITULO V DISPOSIGOES GERAIS 4 ipat podert prop a ido igagdo-de-a ‘Att. 46. © poder pilblico municipal poderd facultar ao proprietario da area atingida pela obrigagao de que trata 0 caput do art. 52 desta Lei, ou objeto de regularizagao fundiéria urbana para fins de regularizagéo fundiaria, 0 estabelecimento de consércio imobilario como forma de viabilzagao financeira do aproveitamento do imével. (Redago dada pela lei n® 13.465, de 2017) ge r ao-de pianos dete a depot darquate-proprieté sfere-ao-Poder Pi ipatses cle apés-e-tealizagho-das-obras,tecebe; pagemento-tnidades imobitirias-devidemente-urbanizadas ott edificadas: § 12 Considera-se consércio imobilidrio a forma de viabllizagéo de planos de urbanizagao, de regularizagéo fundidria ou de reforma, conservacao ou construgo de edificagao por meio da qual o proprietario transfere ao poder piiblico municipal seu imével e, apés a realizago das obras, recebe, como pagamento, unidades imobilidrias dovidamente urbanizadas ou edificadas, ficando as demais unidades incorporadas ao patriménio publico. (Redagao dada pela lei n? 13.465, de 2017) & +f ai HF ‘proprieté & ee imevet ahtee-de-exeeusio des oprae_observade-o ciaposton ne § 22 dead BE desta her § 22 O valor das unidades imobilidrias a serem entregues ao proprietario sera correspondente ao valor do imével antes da execugao das obras. (Redagdo dada pela lei 165,.de 2017) § 32 A instauragao do consércio imobiliario por proprietérios que tenham dado causa a formagao de nucleos Urbanos informais, ou por seus sucessores, ndo os eximiré das responsabilidades administrativa, civil ou criminal (incluido pela lei n® 13.465, de 2017) Art. 47. Os tributos sobre iméveis urbanos, assim como as tarifas relativas a servigos publicos urbanos, seréo diferenciados em fungo do interesse social. Art. 48, Nos casos de programas e projets habitacionals de interesse social, desenvolvides por érgaos ou entidades da Administragao Publica com atuagao especifica nessa area, os contratos de concessao de direito real de uso de iméveis publicos: | -terdo, para todos os fins de direito, carater de escritura publica, nao se aplicando o disposto no inciso II do art. 134 do Cédigo Civil | - constituirdo titulo de aceitagao obrigatéria em garantia de contratos de financiamentos habitacionais. Art, 49, Os Estados Municfpios terao 0 prazo de noventa dias, a partir da entrada em vigor desta Lei, para fixar prazos, por lei, para a expedic¢ao de diretrizes de empreendimentos urbanisticos, aprovacao de projetos de parcelamento e de edificagao, realizagao de vistorias e expedi¢ao de termo de verificagao e conclusdo de obras. Pardgrafo Unico. Ndo sendo cumprida a determinagao do caput, fica estabelecido o prazo de sessenta dias para a realizagao de cada um dos referidos atos administrativos, que valerd até que os Estados © Municipios disponham em lei de forma diversa. Municipios-q jareeng ao Art. 50. Os Municfpios que estejam enquadrados na obrigagao prevista nos incisos Ve Il do caput do art. 41 desta Lei e que ndo tenham plano diretor aprovado na data de entrada em vigor desta Lei deverao aprova-lo até 30 de junho de 2008, (Redacdo dada pola Lei n® 11,673,2008) —Vigéncia Art_51. Para os efeitos desta Lei, aplicam-se ao Distrito Federal e a0 Governador do Distrito Federal as disposigées relativas, respectivamente, a Municipio e a Prefeito. www planalto.govbriccvil_ Oseisieis_ 2001010257.htm sanr suorrz2 17:09 10257 Art, 52. Sem prejuizo da punigdo de outros agentes publicos envolvidos e da aplicagao de outras sangées cabiveis, 0 Prefeito incorre em improbidade administrativa, nos termos da Lei n® 8.429, de 2 de junho de 1992, quando: 1 (VETADO) lI deixar de proceder, no prazo de cinco anos, o adequado aproveitamento do imével incorporado ao patrimanio publica, conforme o disposto no § 42 do art. 82 desta Lei; lil utilizar areas obtidas por meio do direito de preempgo em desacordo com o disposto no art. 26 desta Lei; IV ~ aplicar os recursos auferidos com a outorga onerosa do direito de construire de alteragao de uso em desacordo com o previsto no art. 31 desta Lei, \V — aplicar os recursos auferidos com operagées consorciadas em desacordo com o previsto no § 12 do art, 33, desta Lei; VI-—impedir ou deixar de garantir os requisitos contidos nos incisos Ia Ill do § 42 do art. 40 desta Lei; VII - deixar de tomar as providéncias necessérias para garantir a observancia do disposto no § 32do art. 40. no art, 60 desta Lei; Vil — adquirir imével objeto de direito de preempgao, nos termos dos arts. 25 a 27 desta Lei, pelo valor da proposta apresentada, se este for, comprovadamente, superior ao de mercado. Art63--0-art_42-de-Lol_n? 7.347._de 24 de julno de 1985;-passe-e-vigeraraereseide-de-neve-inetso Hh renumerande-c-atuatincisottte-essubseqitentes: —_(Revogado pela Medida Proviséria n° 2.180-35, de 24.8,2001) Art. 54. O art. 42 da Lei n® 7.347, de 1985, passa a vigorar com a seguinte redagao: 42 Poderd ser ajuizada ago cautelar para os fins desta Lei, objetivando, inclusive, ‘evitar 0 dano ao meio ambiente, ao consumidor, a ordem urbanfstica ou aos bens e direitos de valor artistico, estético, histérico, turistico e paisagistico (VETADO).” (NR) Art. 55, O art. 167, inciso |, item 28, da Lein® 6,015, de 31 de dezembro de 1973, alterado pela Lei n° 6.216, de 30 de junho de 1975, passa a vigorar com a seguinte redagao rt, 167. 28) das sentengas declaratérias de usucapido, independente da regularidade do parcelamento do solo ou da edificacao; (NR) le 1973, passa a vigorar acrescido dos seguintes itens 37, 38 e 39: "Art. 167, 37) dos termos administrativos ou das sentengas declaratérias da concessao de uso ‘especial para fins de moradia, independente da regularidade do parcelamento do solo ou da edificacao; www planalto.govbriccvil_ Oseisieis_ 2001010257.htm 1sn7 svori2022 17:09, 10287 38) (VETADO) 39) da constitui¢ao do direito de superficie de imével urbano;” (NR) ‘Att. 57. O art. 167, inciso I da Lei n® 6.015, de 1973, passa a vigorar acrescido dos seguintes itens 18, 19 ¢ 20: “art. 167. 18) da notificagéo para parcelamento, edificagao ou utilizagao compulsérios de imével urbano; 19) da extingao da concessao de uso especial para fins de moradia; 20) da extingdo do direito de superficie do imével urbano.” (NR) ; rrovidrie poder iro-direite rea de taje-de-en encerrada Art. 87-A. A operadora ferroviaria, inclusive metroferroviaria, podera constituir 0 direito real de laje de que trata a Lei n? 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Cédigo Civil), e o de superficie de que trata esta Lel, sobre ou sob a faixa de dominio de sua via férrea, observado o plano diretor e o respective contrato de outorga com o poder concedente. (Uncluido pela Lein® 14.273, de 2021) Vigéncia Paragrafo Unico. A constituicao do direito real de laje ou de superficie a que se refere o caput deste artigo condicionada a existéncia prévia de licenciamento urbanistico municipal, que estabelecerd os énus urbanisticos a serem observados @ 0 direito de construir incorporado a cada unidade imobiliaria. (Jncluido pela Lei n° 14,273, de 2021), Vigéncia ‘Art. §8, Esta Lei entra em vigor apés decorridos noventa dias de sua publicagao. Brasilia, 10 de julho de 2001; 1802 da Independéncia e 113° da Republica. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo de Tarso Ramos Ribeiro Geraldo Magela da Cruz Quintéo Pedro Malan Benjamin Benzaquen Sicsti Martus Tavares José Samey Filho Alberto Mendes Cardoso Este texto nao substitui o publicado no DOU de 11.7.2001 e retificado em 17.7.2001 www planalto.govbriccvil_ Oseisieis_ 2001010257.htm s6n7 svori2022 17:09, 10287 www planalto.govbriccvil_ Oseisieis_ 2001010257.htm wr

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