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8 TEORIA CRITICA E ABORDAGENS POS-MODERNAS PARA EsTuDos ORGANIZACIONAIS* Qualquer um que tenha acompanha- do os trabalhos em teoria critica e pés-mo- dernismo durante a ultima década mais ou menos entende as dificuldades que enfren- tamos ao tentar proporcionar uma peque- na, compreensivel ¢ util visdo geral deste trabalho. As duas legendas referem-se au volume significativo de literatura, sendog a maior parte é de dificil leitura. ort fada a maioria das outras pers le pesqui- 0 sa tratadas neste rangi a nl pare das diversas teorias criticas e po: modernistas ainda sao relat suet rextos@lesta es- para os estudos de gi Sap i pecialidade cruzanoettas fronteiras digo tem plinares tradicionais. Muitos Peseta : 2 0 ee a recorrem a ambas as sean mam existir diferengas i Wee Mars ALvESSON E STANLEY De! O projeto geral da teoria critica e pos. modernismo nao representa um modisr, ou simples fi E certo que alguns relatos populares sobre pés-modernism, wwe critica, e nés nao acreditamoy rotulo sejamessariamente o me we Ou que va dir. Nés acreditamos quic "seg a episino ea teoria critica, no que 1 Sis ea sso, deveriam,ser estudad ox oi ee ‘40 novos entes, mas por porcionamgain ios eimpor oe Para ghar asaranizacdes e sua adminis! mente, iremos consi Parstheus ste torico Que T ou 538 isas e por que Os Sneha estdo tornando-so ie Yelevantes para os estudox goa Demonstraremos, entaog \s teorias pos-moderna e critica das elas. As diferengas e cor oma (ocanser rte ee outras abo quanto entre esses dois titulog. ger preenchido muitas paginas dentro ERs i Teoria das Organizagoes. Pode muito bem ser argumentado que nada simultaneamente imparcial, coerente e breve possa ser escrito a respeito deste topico. Mas esforgar-se para entender essa literatura é importante. Tradugao: Marcos Amatucci e Han Avrichir Revisdo Técnica: Sylvia Constant Vergara e M Couto Soares Pinto, dagens de estudos organizacionais, ber como diferem entre (e dentro de) si. N« desenrolar do capitulo, iremos considera diferentes maneiras de se fazer um traba Iho pés-moderno e critico, Além de rever discutir 0 trabalho existente, iremos esbocay algumas linhas fecundas de desenvolvime ry to entre e dentro dessas duas abordagens Apesar de sua importancia, no tratament da teoria critica e do pés-modernismo na abrangemos, nem especifica nem detalha damente, temas que envolvam género, vist TEORIA CRITICA E ABORDAG! que ha neste volume um capitulo dedicado a abordagens feministas (veja, neste volume, o capitulo de Calas e Smircich). Pesquisadores de estudos organizacio- nais e de gestao vieram para os textos de teoria critica e de pés-modernismo relati: vamente tarde, com a teoria critica surgin- do no final dos anos 70 e comeco dos anos 80 (por exemplo, Benson, 1977; Burrell e Morgan, 1979; Frost, 1980; Deetz e Kers- ten, 1983; Fischer e Sirianni, 1984 ) e os escritos de pés-modernismo no fim dos anos 80 (por exemplo, Smircich e Calas, 1987; Cooper € Burrell, 1988). Isso nao é nenhu- ma surpresa, dados 0s pressupostos “mo- dernistas” embutidos nas organizagées e 0 carater bastante dogmatico e excludente da tradicao dominante de pesquisa, de inclina- cao ou positivista ou marxista. A raziio pela qual os escritos de teoria critica e pés-mo- dernos tém agora encontrado campo fértiJO' nin nos estudos de gestéo deve-se on a0, declinio e a desilusao daquilo de ser genericamente referido com ee se verd no desen\ st dicdo modernista é central criticos e pos- modetios. ee tecnologias de comunis % a globalizacao, a muda ica aia) ane trabalho, a reducio da classe eae adore, os confit de clas mee es, a profissionalizagao da fdrg Aa @ a balho, as economias em estagnagao, ase problemas ecolégicos espalhados pelo mundo todo e os mercados turbulentos sao todos parte de um contexto contempordneo que exige uma resposta da pesquisa. Algumas dessas linhas de desenvolvimento tém enfraquecido o solo do marxismo e de outras criticas da dominagdo, mas preparou-os para as orien- tagoes alternativas aqui discutidas, Muitos desses desenvolvimentos proporcionaram uma crescente crise no coragao do discurso. S POS-MODERNAS PARA ESTUD( § ORGANIZACIONAIS 227 fj modernista, com sua racionalidade instru- mental e relagéo com as democracias. A Administragao num discurso modernista trabalha na base do controle, da crescente racionalizacao e colonizacao progressiva da natureza e das pessoas, enquanto trabalha- dores, consumidores potenciais ou socieda- de. Mas ha limites estruturais para 0 con- trole. O custo da integracao e dos sistemas de controle, freqiientemente, excedem o valor adicionado pela administragao dentro da corporagdo. A mudanga da manufatura para a induistria de servicos como a forma econdmica mais t{pica no mundo ocidental também tem implicacées para as formas de controle (Alvesson, 1987). Visto que 0 custo do controle cresce e as cadeias de meios/fins ficam mais longas, a estratégia e 0 racioci- nio instrumentais sao tensionados. Temas en organizacional, identidade, ‘qualidade, administracao de seryig se renovado apelo a lideranca, alata Carisma, durante o final dos anos 80 ilustram isso. Obje- Ss cameedl ds anos modernistas, i pas tedricos ses nepura o cony eae inistrativo sao cada pelos profissionay erent aN Vez menos, ish ra- tame € Pata es mais o poder da mente oud a aba deiles empregados. Essas oe? te er S01 oO cresciphiento no tamanhorlas” aout ganizagoes, a rapida implements ee si cage No alhista e © compor- proporcionam nova ah de aplicagéo para 0 abate (pbs- moderno e da teoria critica jd das organizagées ~ considere a x aidade de trabalho de teoria critica na cultura organizacional (veja Alvesson, 1993, e Willmott, 1993) -, mas tém pouco que ver com sua formagao. Outrossim, isto indica as novas condigdes sociais para as qua teoria critica e os trabalhos pos-modernistas tém proporcionado andlises bastante inova- doras e instrutivas. Enquanto essas condigdes novas pro porcionam oportunidade para mudangas organizacionais, pensamos que pouco se ganha em proclamar um perfodo pés-mo derno ou falar sobre organizacées pés-mo- dernas (Alvesson, 1995). Evidéncias em- piricas desse fato sao altamente seletivas 228 PARTE I — MODELOS DE ANALI e fracas (Thompson, 1993). O retrato do Nas ciéncias sociais, o termo tem sido usado préprio tempo da pessoa como sendo tini- para descrever um clima social, um perio co, e um tempo de grande transicio, é uma do histérico caracterizado por mudancas desafortunada tendéncia de muitos periodos _ sociais e organizacionais e um conjunto de do pensamento ocidental (Foucault, 1983). _abordagens filoséficas para o estudo da or No plano tedrico, esse empreendimento é, _ganizacao e de outras areas (Featherstone. igualmente, nao convincente. Falar sobre or- 1988; Kellner, 1988; Parker, 1992; Hassard ganizacées pés-modernas, freqiientemente, _e Parker, 1993). Focalizaremos esta tiltima significa dar rotulos novos ao que também é — designagao, enfatizando os textos social © chamado organico, adhocratico ou organi- _ politicamente mais relevantes, e 0 uso dos zacao pés-fordista, com pouco ou nenhum —conceitos de fragmentagao, textualidade « lucro conceitual e muita confusao (Parker, _ resisténcia nos estudos da organizagao. Es 1993; Thompson, 1993). Por exemplo, Pe- sas abordagens da Teoria das Organizacoes ters (1987) ou mesmo Clegg (1990) falam __filosoficamente embasadas emergirama par de mudancas significativas em organizagées _ tir dos trabalhos de Derrida e Foucault, er que pensamos poderem ser adequadamente _ particular, e em menor grau de Baudrillard exploradas usando discursos pés-modernos Deleuze e Guattari e Laclau e Mouffe. Bem e de teoria critica, mas eles nao. Estamos mais do que com teoria critica, este é um interessados apenas nessas abordagens ted- _amplo aru 0 de escritores e posigdes, Cor ticas € no que elas oferecem aos estudos _ pro; de pesquisaybastante diferentes organizacionais, e nao na proclamacao de assim, 9 10 deles compartilha organizagdes como pés-modernas. 50 Snag le que podem ser se tratados conjuntamente _ que se inclui entao sob o age eviden chuva dos conceitos de teoria e Pés- as jas ae foro na naturez.q a modernismo? As vezes, A‘ a critica és das esses © dagealidade, en- dado um significado a jue inclui Le of aa a cig 0 um sistema de os trabalhos que levam a uma sia ae) fenrses Sep gt mares igchd processo de sicamente critica ou radical-n JNoaxen le constr lenge ee contempordnea, com Benalla dire- ee ety as. ‘os de larga es_ cionada para a invageisheo da exploraca 4, OO MP oat (bu o funcionalisme, repressao, injustica, relagdes de Poder as eo hati a ike poder/conhecimento métricas (geradas por classe, sexecd pagi,> <2 oghibel uP Exigéncias técnicas nos siste- cao), comunicacao distoreidae un OWds_deominacao, enfatizando o carate; éncia. Porém usamos aq o of hiper-real do mundo contempora significado mais restrito, rete Inda@e agg, ho e o papel dos meios de comunicacio de *studos organizacionais embasddos 1 massas e das tecnologias de informagio, « riamente, embora nao exclusivamente, em apontando a narrativa/ficgdo/retérica com« nceitos da Escola de Frankfurt (Adorno, central para o processo de pesquisa. torkheimer, Marcuse e Habermas). Muito Enfatizamos a extremidade critica ac la fundamentacao para este trabalho é re- pos-modernismo, vendo-o como parte ce umida, apesar de no estar isenta de algu- uma tradico critica mais ampla que desafi nas confusdes conceituais, ao paradigma 9 status quo e dé suporte a vozes silencia lo humanismo radical de Burrell e Morgan as ou marginalizadas. Essa é uma énfase 1979) ¢ as imagens de dominacioe neu- comum, mas de forma alguma é a tnica oses de Morgan (1986). Muitas idéias pés-modernistas tém sido uty O pds-modernismo 6, de muitas ma- _lizadas com os mais diferentes propésitos eiras, muito mais dificil de ser delimitado. A critica aos fundamentos e aos ideais utc picos tem sido entendida por alguns como representando posigao claramente apoliti- ca, socialmente irrelevante, ou mesmo ne- oconservadora (Habermas, 1983; Margolis, 1989; Sarup, 1988). A falta de uma posicao politica apoiada numa abordagem filosdfica sistematizada tem sido fonte de reclama- Ges, mas isto nao significa que uma posicao politica diferente, mais “local” e “receptiva” esteja ausente (veja Walzer, 1986). Algumas pessoas distinguem entre “pés-modernismo reacionario” e “pés-modernismo de resistén- cia” (Foster, 1983; Smircich e Calas, 1987) Assim, como a maioria dos autores nas Ci- éncias Sociais ¢ na Teoria das Organizagées, optamos pelo segundo caminho. A maioria das aplicagées em Ciéncias Sociais tem to- mado conceitos pés-modernos numa direcéo radical/critica - embora nao convencional. ooo Critica £ DO me SMO O DESENVOLVIMENTO ae Provavel exgh Gras os = a oN téricos tiveram ‘seus wee nalistas, Senoe teGfieo: modernistas — on sagem de US eet nies rah s € pOs- NB ( isn ro, aque] ee constroem.4 Se aqueles que se pre seap i ae a déncia misturadas periodos transitérios mais dass eet dos a periodos relativamentestiveis, 0 mix destas figuras é, provavelmente, diferente. Lembrar disso é mais situar 0 contexto his- torico da teoria critica e do pés-modernismo, do que negar que sejam interessantes. Aqui, desejamos situd-los primeiro na historia das. idéias. Vamos deixar claro desde o inicio: hist6rias sociais como esta sito tipos de fic- cao, Elas, freqiientemente, servem a propé- sitos sociais presentes, mais que registros do passado. Elas séio reconstrugées que nos dao uma forma particular de pensar sobre em desvantagem e comrah aga e aqueles que vie ae ntam a site TUDOS ORGANIZACIONAIS 229 o presente. A historia é interessante por causa de suas capacidades produtivas. Os relatos que desenvolvemos de teoria critica ¢ pés-modernismo nao sao excegdes.” Esses relatos enfatizam unidade e distingao e, en- quanto ficcdes com objetivo especifico, res- saltam as caracteristicas centrais dos corpos desses trabalhos. Fontes tedricas de inspiracao e distingao Autores tanto da teoria critica quanto p6s-modernos posicionam seus trabalhos em relagdo a quatro desenvolvimentos especifi- cos do pensamento ocidental. 0 modo como reagem e, em parte, como utilizam mixes desea entos é responsdvel pela aior parte: 0° paradigmas, mas, ao contrario, senso”; e até que ponto essag-Rerspectivas _ pretthdemos que ela situe discursos particu- “ais e871 Essa dimensige s modo significativo de pensarSobre:oQue faz 0 pés-modernismo e a\te itica serem diferentes dos outros pro; sas em andamténto. A segunda dit foca a origem dos conceitos e desprob! S do proceso de pesqu aqui chamado de discurso de “dissans0” AQ ada para mostrar. tin grains de pesquii® sao endo i os quais desenydlvem relacdes muta- is, porém espeeificas.entre si, e posicione tipos oe NBritos econtradicbes interBas. Cad um deStes t6picos sera bre- pee eon adiante. Reconhecemos ae) ao HOIMieanesiad posicdes e 0 corpo hease™as exemplificam, algumas aN . WdisagaiNda diferentes em muitos e, agora, papier poe eit ee hue gcidosaspecos, so colocadas juntas, sentadas pelo cont Ges perspectivas decpes uiga poder or apfe rice eqite yet “Jocal/emergente” e “ ss pri”. Essa dimensao sera usada para mostrar um modo interessante de pensar a diferenga entre os discursos p6s-moderno e critico. As duas dimensoes juntas tentam mos- trar o que & e 0 que nao & negociavel na pratica de pesquisa, como sao organizados: 05 relatérios de pesquisa e 0 resultado polt- tico antecipado da atividade de pesquisa (a diregéo para a qual aponta, se tem ou nao efeito pratico). Ao contrario de Burrell e Morgan, nao desejamos sugerir que a grade centre.) nae We contrastes bipolares que transformam um mundo continuo em descontinuo sao cria- dos. Esperamos que o leitor trabalhe conos- co a fim de ver as varias conceitualizagées como maneiras interessantes de chamar a atengao para as semelhangas e as diferengas que importam, em vez de enxerga-las como instrumentos de divisao e classi diferengas entre a teoria critica e 0 pos-mo- dernismo sao contestadas com freqiiéncia, e muitas pesquisas utilizam ambas as tradi- goes. Ainda assim, ¢ util dar conta do que faz essas diferentes tradig6es nao se colapsarem facilmente uma na outra. 234 PARTE | — MODELOS DE ANALISE A dimensao consenso-dissenso Consenso ou dissenso nao deveriam ser entendidos téo-somente como conformidade e divergéncia, mas como a apresentagao de unidade ou de diferenga, a continuidade ou a ruptura de um discurso dominante co- erente, a confianca ou a dtivida como hipé- tese basica. A chave para esta dimensao é 0 argumento sob a 6tica do dissenso de que pessoas, ordens e objetos séo construfdos no trabalho, na interacao social e no processo de pesquisa e, conseqiientemente, o mundo percebido esta baseado em processos politi- cos de determinagao que, freqiientemente, demonstram dominagao e poderiam/deve- riam ser contestaveis; por outro lado, o di: curso de consenso proporciona a identidade das pessoas, das ordens sociais e dos objetos como naturais ou, se construido, legitima a esperada descoberta do pesquisador. do uma visao de construgao é d Por certos pesquisadores do ASO, oe tende a enfatizar a aac fatural, or; nica e espontaénea ja€-Sohstrucoes, ea mento confidvel —, e deixa claro o compro misso com uma agenda politica. O conjunto de concepgoes a priori de monstra aliangas implicitas ou explicitas com diferentes grupos da sociedade. Por exemplo, & medida que os conceitos de pes quisadores normativos alinham-se com con cepgoes gerenciais e definigéio de problemas, e sao aplicados a priori em estudos, as pre tensoes de conhecimento sao intrinsecamen te enviesadas na diregdo de certos interes ses, conforme sao aplicados dentro de uma comunidade especifica. As pretensées de conhecimento tornam-se parte dos mesmos processos que estao sendo estudados, repro duzindo visdes de mundo e identidades pes soais € sustentando interesses particulares dentro da organizagao (veja Knights, 1992) as e, principalmente, aqueles preo em afini do Dé ee. s com and lise de classe, normalmen ast ae a maioria dos aspectos lernismo, freqiientemente vol- ‘aps Soba a teoria critiga (ou uma posi lhante) pari ies uirir uma agenda ie baseadae ig0€ sociais precon, ee aaa i ebidas e a inacao que sao con seu cardter arbitrario e polit o versao de investigadores dah is ake = eons oo pa aeti economizar espaco, oot Tal para a ooh Ses sea ash criticas de grupos conceitualizacae dessa dimensio. oY geri te xX criar uma sociedade oo m, uit , eles tendem a privilegiar as sigs of ao de grupos deaeineaie ou A dimensao | - elite/a PRO A dimensao local/émergente~ - oa priori sera usada, aqui, principalmente para chamar a atencao para uma diferenga cen- tral entre as posicdes pés-modernas e da teoria critica, mas também para contrastar estudos normativos dos interpretativos. A Tabela 2 apresenta uma matriz destes con- trastes. No lado da elite, o discurso produz © pesquisador como um agente mais forte, com intuigées privilegiadas ~ tendo ao me- nos a habilidade para produzir um conheci- intelectuais e, conseqiientemente. chim © proprio, normalmente tempor rio, elitismo. As concepgées local/emergen te véem os proprios agrupamentos sociais como construgées, 0 poder e a dominacio como disperso prépria agenda de pes quisa como dominadora. Palavras como mu trabalhador, pobre, donos e assim theres, sucessivamente sao aceitas ndo como repre sentagoes da realidade, mas como distingoes poder-oprimido. Uma concepgao comum & acao politica como dirigida a fins é assir dificil de ser sustentada tanto nos trabalhos interpretativos quanto nos pés-modernos (dialégicos). TEORIA CRITICA E ABORDA( 235 \OS-MODERNAS PARA ESTUDOS ORGANIZACIONAIS ‘Tabela 1 Caracterizagdo da dimensdo Consenso-Dissenso. Consenso Dissenso Confianga Ordem hegemOnica como estado natural Naturalizagio do presente Integragao e harmonia so possiveis Pesquisa enfoca a representacao Espelho (refletindo) a metéfora dominante Validade como preocupagio central ‘Teoria como abstragio Ciéncia unificada e triangulagio Ciéncia é neutra Vida é descoberta Pesquisador andnimo, sem tempo e espaco Agente livre/auténomo Fonte: Adaptado de Deetz, no prelo. Tabela 2 Caracterizagées Suspeita Conflitos sobre ordem como estado natural Ordem presente interessada na Historia e na Politica Ordem indica dominagao e conflitos suprimidos Pesquisa enfoca desafio e reconsideragao (re-presentagao) Lente (vendo/lendo) a metafora dominante Intuigéo e praxis como preocupacao central Teoria como abertura Complementaridade posicional Ciéncia é politica Vida é luta e criagdo O pesquisador tem nome e posiciona-se Agente socialmente situado ov Comunidades chmparativas . 9 ui ee eS Particularista Local/emergente. Filosofia snes eae ony etnocentrica’ 2 es Nao tedrico hae Determinismo situacional gues 10 i ecodgca Nao fundamental an peo ental Narrativas locaise an oe Besaes narrativas de progresso e emancipagio Sensualidade e signified oe oe? Racionalidade e verdade como preocupacdes preocupagoes centrais we got centrais. Conhecimento pratico Tende a ser feminino em as Vé o estranho Procede do outro Omtologia de alteridade acima do método, Fonte: Adaptado de Deetz, no prelo a. oe © * Comunid: 4 a sree Bistematica =e priori 0° 202 Conhecimento tedrico generalizavel ‘Tende a ser masculino em atitude Vé o familiar Procede de si propria Itens epistemoldgicos e procedimentais acima de suposig&es substantivas |ODELOS DE ANAL 236 PARTET Tabela 3 Caractertsticas prototipicas do discurso. Discurso Tépico Normativo _ Interpretative Critico Dialdgico Objetivo Basico Lei como Exibigao de Desmascarar a Recuperar 0 relagdes entre umacultura ——_dominacao conflito objetos unificada Método Ciencia Hermenéutica, Critica cultural, Desconstrugio, nomotética etnografia critica ideolégica_genealogia Esperanca Emancipagio—-Recuperaaio.-—_-Reforma da Reclamar espaco progressiva de valores ordem social —_ para vozes integrativos esquecidas Metéforade _ Econémica Social Politico Massa relagdes sociais Metéfora Mercado Comunidade Estado Carnaval organizacional Problemas aque Ineficiéncia, Falta de inagdo, _ Marginalizagio, se dirige desordem significado, fig) a Oe de de he w conflito Preocupacées na Fidelidade, eqns Rect hod Encerramento do comunicagio _influéncia, oon aa ato on desig necessidade q\ Ro arn ae wie info mtica oe cS " : nS “ol ay 3\0 Estilo narrativo iii fico/ ei SQ \~ Terapé fe ico, récnico, ei Se ROX 2 etn eset Identificagao temporal of Beneficios. organizacionais Controle, £° ee Mes ee ome oe eSpace oocning rons oe do eee oes ab; ps tho St Stee Diversidade, criatividade jecimento lina Orimmisu 2 or gah? Suspeita Brincalhiio Temor social Desordem @°; ayhersonali- Autoridade —_Totalizaco, Cacao normalizagio Um esbogo de abordagem de pesquisas alternativas A relagao entre pés-modernismo e teo- ria critica e entre estes e o trabalho nor- mativo e interpretativo pode ser mostrado, comparando-se o discurso que eles geram com relacéo a tépicos de estudos da orga nizagao. Veja a Tabela 3, Considerando que usaremos estas caracterizag6es para cons truir nossa discussao dos estudos em teorie critica e pés-modernismo, nao os discutire mos aqui. Teor Critica & Pesquisa ORGANIZACIONAL A meta central da teoria critica nos es- tudos da organizagao tem sido criar socie- dades e lugares de trabalho livres de domi- nagao, em que todos os membros tém igual oportunidade para contribuir para a produ- cao de sistemas que venham ao encontro das necessidades humanas e conduzam ao pro- gressivo desenvolvimento de todos. Os e tudos tém enfocado externamente a relagao de organizacées na sociedade, enfatizando os possiveis efeitos sociais de colonizagao de outras instituigdes e 0 dominio ou des- truicdo da esfera publica, e, interiormente, no dominio do raciocinio instrumental, do cerceamento do discurso, e processos de consentimento no local de trabalho. Ne) indicado, os pesquisadores criticos a entrar em seus estudos com x aot on junto de compromissos te we jue os os dam a pesquisar analy lente situagoes de dominio e distoRy amplamente vistds'como espacos\politicos assim, as teorias sociais ‘al egepecial. emer mente, as teorias de. -tiiada de \decisao na esfera vile ees @mo sree (veja De 2; 1995). 20° Tedricos criticos, as va ego eat grama de trabalho Poxere ua nos interesses de RLU POS ae ite ‘idien- tificdveis, tais demo pe res, tfal apbahacs© res, negros, mas, nop alm precam, assuntos gerais de objeétivos, lores, de formas de consciéncia e disiorgdes comu- nicativas dentro das corporagoes. Cada vez. mais importante para os estudos criticos ¢ o enriquecimento da base de conhecimento, a melhoria do processo de decisao e o mentos na “aprendizagem” e na adapta Seu interesse em ideologias considera as di ficuldades que grupos desprivilegiados tm de entender seu proprio interesse politico, porém é mais freqiientemente dirigido as li- mitac6es das pessoas em geral, desafiando a tecnocracia, 0 consumismo, 0 carreirismo e au Aocpesialnene eee sO 237 a preocupagao exclusiva com o crescimento econdmico. A maior parte do trabalho tem enfocado a critica da ideologia, que mostra como interesses especificos falham em ser realizados, em parte devido a inabilidade das pessoas para entender ou agir de acordo com esses interesses. No contexto da Ad- ministracdo e dos estudos organizacionais, deveria ser enfatizado que a teoria critica, tal qual o marxismo, nao é anti-administra- cao de per se, ainda que se incline a tratar a Administracao como institucionalizada, e as ideologias e praticas administrativas como expresses de formas contemporaneas de dominagao. A teoria critica pode oferecer muito a Administracao e aos administra- dores. As contribuicées fornecem insumos Paras reflexao na escolha de carreira, re- eursos intel esa para contrariar tendén- cias totalitérias na socializagao corporativa admini amente controlada e estimulo ara‘incorporar um conjunto maior de cri- oR ériay ¢ consideracdesmatomada de decisio casos nos quais Tucro ag a golnpetem diretamente e rege com itos 5 fil go e e existe incerteza eats ses los de lucto de varios Ho a tetnativas (Alvesson e sige 96; = 8; Deetz,1995: Cap. oo ve a0 ser identificados dois tipos pfiitcipais de estudos criticos na Teoria ‘das Organizagdes: critica ideolégica e agao comunicativa. Critica ideologica As primeiras criticas ideolégicas do lo- cal de trabalho foram oferecidas por Marx. Em sua andlise dos processos de trabalho, ele enfocou, principalmente, as praticas de exploragio econdmica por meio da coer- do direta e as diferengas estruturais em relagdes de trabalho entre os donos do ca- pital e os donos de seu proprio trabalho. Entretanto, Marx também descreve 0 modo como a relacao é encoberta e ¢ feita parecer legitima. Essa 6 a origem da critica ideolé- gica. Condicdes econdmicas e estrutura de classe ainda eram centrais para entender se 0 reconhecimento distorcido dos interesses era um resultado do dominio das idéias da classe governante (Marx, 1844) ou da com- pulsao entorpecida das relagdes econdmicas (Marx, 1867). Os temas da dominacdo e da explora- cao por proprietdrios e depois por geren- tes tém sido central para a critica ideold- gica do local de trabalho neste século pe- los tedricos organizacionais de inspiracdo marxista (por exemplo, Braverman, 1974; Clegg e Dunkerlery, 1980; Edwards, 1979; Salaman, 1981). A atencao dos analistas de esquerda recai sobre a ideologia, visto que os trabalhadores parecem nao reconhecer esta exploracdo e seu potencial revoluciond- rio de base classista nos paises industriais. Gradualmente, as mais recentes andlise: oat oa tornaram menos preocupadas oie cdo e as explicagdes de classe hOmicas, a medida que seu foco desta porqué da coercao ie raramente, fe cessdria e para processos oak is ae produziam consentimento, como “autocompreensi ga expert icia ‘ce trabalhadores” t (por exemplo, Gramsci, 1929- 1935; Bu woy, 1979; Willmott, 1990). we medida, as criticas a ideo? ou fortemente dirigem- tele se, mas também ampliam ess atuagao e estudam como o coffin ral-ideol6gico opera em relagao a todos os empregados, incluindo niveis de geréncia (Hodge et al., 1979; Czarniawska-Joerges, 1988; Deetz e Mumby, 1990; Kunda, 1992) A ideologia produzida no local de trabalho estaria ao lado daquela presente na midia, © 0 crescimento da cultura do consumidor e 0 estado de bem-estar social respondem pelo fracasso dos trabalhadores em agir de acordo com seus préprios interesses. A ideo- logia também seria credora do fracasso dos Be se para 2 eh aC ee si mais es ‘sc eye® ccs ere ia argh como necessario, natural, racio- real we de interesse: “profissionais e gerentes” em alcangar av tonomia em relagdo a suas necessidades & desejos e a pressao conformista para padro- nizar os meios para satisfazé-los (consumo conspicuo, carreirismo e “auto-reificagao”) (veja Heckscher, 1995). Isso daria conta da tradigdo da critica ideoldgic: Uma quantidade consideravel de tra balho critico tem considerado a Adminis. tragao e os estudos organizacionais como expresses, tal como “produtores”, de ideo: logias que legitimam e fortalecem relagoes sociais e objetivos organizacionais especi ficos (Burrell e Morgan, 1979; Alvesson, son e Willmott, 1996; Stefly © Grimes, 1992). Académicos, particularmen te aqueles que estudam Administragao, freqiientemente vistos como idedlogos. Eles servem a grupos dominantes por meio da soci, eatto em esi de negécios, dao oon aadmi oe lores com idéias e vo- ‘isam a um controle cultu- ral Hs 10 nivel do local de trabalho e pt Kena uma Bue jentifica para Shoe técnicas de cS etn nos nu org sobre organi Raranteiiva da asiminacao ne Quarg: eng merge ae ae tral dt am ph ich eclBite ft a naturalizagao da Satie Seial, a modo como um mundo Scialmente/historicamente se- qaste auto-evidente; (2) a universalizacao \dminis Vos @ a supressao de interesses conflitantes; (3) 0 dominio pelo instrumental e 0 eclipse dos processos de racionalidade, pela competicéo; e (4) a hegemonia, 0 modo como 0 consentimento é orquestrado. Naturalizagado Na naturalizagao, uma formagao social é abstraida do conflito histérico da qual se origina e é tratada como uma entidade con 239 TEORIA CRITICA E ABORDAGENS POS-MODERNAS PARA ESTUDOS ORGANIZACIONAIS creta, relativamente fixa. Dessa forma, a reificacéo, em lugar dos processos da vida, transforma-se em realidade. Por meio do obscurecimento do processo de construcio, arranjos institucionais nao sao vistos como escolhas, mas como naturais e auto-eviden- tes. A ilusiio de que as organizagées e seus processos sido objetos “naturais” e respostas funcionais para “necessidades” as protege de serem examinadas, na qualidade de te- rem sido produzidas sob condigdes hist6ri- cas especificas (que, potencialmente, estao passando), ¢ considerd-las fora de relacdes de poder especificas. Nos estudos da orga- izacio dominam as metéforas orgdnicas e istas mantendo, assim, a pesquisa dominante longe das consideragées sobre a legitimidade do controle e¢ as relagées po: liticas nas organizagdes (Morgan, Examinar a naturalizagao do pre reificagées dos processos oan expor a inter- ane ral das f institucionais, ogee so continuarg&m ie mudadas. 6s Epes mecani eas pelos quais sua nara tara ocult " oekui tient S Ciera da e, conseqiientemente fechada para gg cussio. AcriticFideol6gica nizacées como construgdes a C0- ie e investiga como sao ca adas, internos quameatereee “elas e) Jakes, 1971; Benson, 1977; Giddens, 4979; Frost, 1980; 1987; Thompson, 1 Deetz, 1985; 1994d). A natureza auto-evidente de uma sociedade organizacional, as distingées b cas e a divisdo de trabalho entre administr cao e trabalhadores, homens e mulheres, e assim sucessivamente, ‘io postas em discus ra sao pela eritica ideoldgica, que demon arbitraria destes fendmenos e as anatur relagdes de poder que resultam e sustentam estas formas, a fim de descobrir os lugares restantes de escolhas possiveis. a ssos pelos, gus a sinensis Universalizagao de interesses gerenciais Lukdcs (1971), entre muitos outro (veja Giddens, 1979), tem mostrado qu aqueles interesses particulares seccionai sao, freqiientemente, universalizados e tra tados como se fossem os interesses de todos Na pratica das corporacées contempora neas, grupos da administragao sao privile giados na tomada de decisao e na pesquise A Administragao atribui-se uma posigao d destaque em termos da definicao e da reall zacao dos interesses da corporacao e, dess forma, de grandes segmentos da populacac Os interesses da corporagao sao freqiient mente igualados aos interesses especifice da geréncia. Por exemplo, trabalhadore: fornecedores ou interesses da comunidad hospedeira podem ser interpretados em te 3 de seus efeitos nos interesses corpor ros isto@Cos gerenciais universalizado ais, eles sio exercidos apenas oc: ajuda a atime, em geral de forma reativa, resentados fregilentemente como iter ndmicos ou “custos” - p reg jue a “corporagao” te lo trabalho, matéria-prima, ¢ ios Paes (Deetz, 1995). Centr § interesses da gerénc exem| engl recupera as@rga aa mo va miiltiplas ¢ : omens aya ele transformadas po) greto Sie cegsos ‘antes Oi je para propriedade financeit oe feitos por outros env¢ ‘idos séo minimizados, enquanto 0 inve timento de capital é considerado centr: A geréncia, em virtude de sua responsal lidade fiduciaria (limitada aos investidor monetarios) fala pela (e com freqiiéncia conceitualmente igualada a) corporag (Storey, 1983). Nesse deslocamento, vis que o bem-estar geral de cada grupo € ce ceitualmente e materialmente amarrado bem-estar financeiro da corporagao, confi me entendido pela geréncia, o interesse ¢ participantes nao gerentes é, freqiiente e i nicamente, reinterpretado como realiza pela minimizagao de sua propria realizag Na critica ideoldgica, as vantagens gere 240 parte 1 - Mop! ciais podem ser vistas como historicamente produzidas e ativamente reproduzidas por meio de praticas ideolégicas na sociedade € nas préprias corporacées (veja Tompkins e Cheney, 1985; Knights e Willmott, 1985; Lazega, 1992; Deetz, 1992). Estudos criticos exploram como a articulacao dos interesses é distorcida pelo papel dominante do dinhei- ro como meio simples e poderoso (Offe e Wiesenthal, 1980), e confronta produtivi- dade e consumo com valores suprimidos, tais como autonomia, criatividade e prazer, como objetivos para a organizagao do tra- balho (Burrell e Morgan, 1979; Willmott e Knights, 1982; Alvesson, 1987). A primazia da racionalidade instrumental Habermas (1971; 1975; 198: 97) rastreou a emergéncia neat cial da tacionalidade técnica sol correntes de razao. lidade técnica cor nee a ser governada ae tedrico, rae noe Dy com enfoque no controle Wao ae senvolvimento de O oposto nai isso Habermas con como interesse prdtico. Racionaligadt tica focaliza 0 processo de oth determinacéo miitua gidos, em lugar do@dniro! - a racioftt a ee Sievers, pore formas oa Ath Significad trumental, ss 1» Boa, i apa ieios e oon ‘ieee na We da ciéncia social moderna e a constituigao social de especializagao alinham-se com as estruturas organizacionais para produzir a dominagao da racionalidade técnica (veja Stablein e Nord, 1985; Alvesson, 1987; Al- vesson e Willmott, 1992; 1996; Mumby, 1988; Fischer, 1990). A medida que a ra cionalidade técnica domina, ela reivindica para si todo 0 conceito de racionalidade, e as formas alternativas de razao aparecem como irracionais. Em grande medida os estudos do lado “humano” das organizagoes (clima, en riquecimento do cargo, qualidade de vida no trabalho, programas de participagao do tra balhador, e cultura) tém sido transformados de fins alternativos para novos significados a serem colocados sob 0 controle técnico, de ingXlo a servir oe interesses do grupo ethane da naar co (Alvesson, 1987) exenplo, sugere que “a motiva- cao 56 seterna um tépico - para a geréncia egSFi de organiza também para a oon Eee ore ‘abalho — quando reeou se afasta do ee significado esta ae com que dee ainda esta sendo or- \Ossos empreendi- pei (1986 : 338). A tensio antes an rede ent}? Controle técnico e aspectos oa submerge a realizacao eficiente apiteadentemente desconhecidas, mas he = {cok ramente “racionais” e “legitimas”, metas vimento dos meios iets corporativas. (Apel, 1979). Habermas oa, res, se pratico como “um interesse "egaes Na preservagao e expansao da intersubjeti- vidade de possiveis entendimentos muituos orientados para a agdo. O entendimento do significado é dirigido, em sua estrutura mais profunda, visando ao alcance do con- senso possivel entre atores no Ambito de um auto-entendimento derivado da tradigéo” (1971:310). Em um sistema equilibrado, es- sas duas formas de racionalidade se tornam complementos naturais. Mas, na situagéo social contempordnea, a forma e 0 contetido Hegemonia Embora a andlise e o desenvolvimento de Gramsci (1929-1935) sobre 0 conceito de “hegemonia” visasse a uma teoria ge ral da sociedade e da mudanga social, com o local de trabalho representando um de seus componentes, suas concepgées tém sido largamente utilizadas como uma fun damentacao para 0 exame do préprio loca! de trabalho (p. ex.: Burawoy, 1979; Glegg. 1989). Gramsci concebe a hegemonia como. uma rede complexa de arranjos conceituais e materiais produzindo a estrutura mais profunda da vida cotidiana. A hegemonia no lugar de trabalho é apoiada por arran- jos econdmicos obrigados por contratos e sistemas de recompensa, arranjos culturais impostos pela defesa de valores e visoes es- pecificas, ¢ arranjos de comando obrigados por regras e politicas, Estes estao situados dentro da sociedade maior apoiada por seus arranjos econémicos, pela sociedade civil (incluindo educagao/midia/intelectuais) ¢ leis governamentais: A concepaio de hegemonia sugere a presenca de miltiplos grupos dominantes com interesses diferentes, e a presenca do poder e de atividade mesmo em grupos dominados. A integragao desses arral ora porém, favorece grupos dominania atividade de ambos os grupos, lorhinante a dominado, é melhor anes ja como ur tipo de “ vonbann Ge *\ptoduzido. a tema hegeméni bana i impregnii id senso comum Seopa eer pean de um modo normal de.ver mando, en- tender-se a si mere e Sr essidac So, (veja Angus, 1922 Lega Tal sittlacao a na possivel di crito pela ordem Seale um grupo dominado tsReyh eferido: Lukes sroumen anor pr homem podem 'se T produto que trabalha contid Seusyii eres on em tais casos identifica est@sis m aquilo que ele iria querer e iria preferir, caso fosse capaz de escolher” (1974 : 34). Uma boa quantidade de estudos tem investigado uma variedade de processos de “consentimento” (p. ex.: Burawoy, 1979; Kunda, 1992; Vallas, 1993). Varios estudos tém mostrado como os empregados “tragam estratégias para a propria subordinagao”, alcangando ganhos marginais para eles mesmos por meio da subordinagao, mas também perpetuando sistemas de dominacao que impedem sua autonomia e habilidade para agir em seus PARA ESTUDOS ORGANI interesses proprios mais gerais (v. Bura- woy, 1985; Deetz, 1995; Deetz, no prelo b; Willmott, 1993). Os estudos organizacionais nos anos 80 e 90 tém exibido um corpo bastante amplo de teoria critica dirigida a cultura organiza- cional ou dado continuidade a perspectivas culturais em organizagées, em que a cultura e a engenharia cultural sao definidas como apontando na direcao da hegemonia (p. ex.: Alvesson, 1993a; Alvesson e Willmott, 1996; Deetz, 1985; Jermier, 1985; Knights e Willmott, 1987; Mumby, 1988; Rosen, 1985). Willmott, por exemplo, tem explo- rado como “programas de cultura corpora- tiva so projetados para negar ou frustrar 0 a de condigées nas quais a ‘do critica ‘phoma: ser fomentada. Eles jomogeneizacao de nor- alores dentro de organizacées (.. Made cultural é dissolvida no ba- 0 Acido dos valores-chave da corporagao” Oyo 538). Na pxdtita, como Willmott yutros teorigags setiti ogatiostram, as estraté- gias de. ae eda geren \cia raramente tem Suse se - ania e algum nivel de div ee 162 normalmente prevale- mas e Metco critica, mas ainda ‘a brecha entre 0 Re ig a Pet lernismo, pode ser visto quill ate om Cone es nie dog (@ntativa de preservar e reforcar aersidade. Uma critica da critica ideoldgica Cada uma dessas quatro preocupagées, surgidas em varias criticas ideolégicas tém valor. Mesmo assim, limitag6es da critica ideolégica tém sido demonstradas por mui- tos, Trés criticas so muito comuns. Primei- ro, a critica ideoldgica freqiientemente apa- rece ad hoc e reativa. A maioria dos estudos: explica, depois do fato, por que algo nao aconteceu, em vez de fazer declaragoes pre- ditivas e testaveis sobre o futuro. Segundo, ela parece elitista. Conceitos como falsas necessidades e falsa consciéncia, que eram centrais para os primeiros estudos, presu- mem uma fraqueza basica na intuicao e nos processos de raciocinio nas mesmas pessoas aque ela pretende dar poder. A ironia de um defensor de maior igualdade ao prenunciar 0 que outros deveriam querer ou como eles deveriam perceber “melhor” 0 mundo, nao esta perdido nem nos grupos dominantes nem nos dominados. E, terceiro, estudos de critica ideolégica aparecem muito simplis- tas. De acordo com a critica de Abercrombie et al. (1980) da “tese da ideologia domi- nante”, a concepcao de grupo dominante permanece singular e intencional, como se um grupo identificavel montasse um sistema no qual pudesse ocorrer a dominagao por. meio do controle de idéias, e seu “eee pudesse estar assegurado. Uma critica mais sofist do pés- ecm ae que 0 foco no s regain €é tao c para a oti i Stdyiea aang grupos ae ‘Sates eos sist neficiam dele les. A os ie ra a idéia d; i sore te racional e refl @ de agir de forma auté TO. ugdo/desafio/re- 0 rue g onsentimento e identidadé oe isa eycial assim como “o que torna pos- - ee oP Negottle ap trabalhador de ia lugar de trabalho, OMesaigoa regra3 ou normas, ou expres- les, sentimentos, identidade ate ser?” (1993 : 131). O problema eon observa Forester, é relacionar estru- turas de controle com experiéncia diaria, voz e acao. Tal relato se transforma numa fenomenologia estrutural: estrutural porque mapeia “a representagao e o enquadramento sistematicos da agao social; é fenomenologia porque explora as interagées sociais concre tas (promessas, ameagas, acordos, conflitos) que sao assim representados” (1993:140). Forester (1992) ilustra seu enfoque por meio de leitura sensivel de uma situagao empirica mundana, aparentemente trivial, uma reuniao da equipe de planejamento de uma cidade. Ele explora seus dados — doze linhas de transcricdo da reuniao — e mostra como as pretensées de validade pragmaticas de Habermas sao produtivas para explora: TIGA E ABORDAG como as relagées sociais e politicas sio es- tabelecidas, reordenadas e reproduzidas, a medida que © pessoal da equipe fala e escuta. P6s-MODERNISMO E PESQUISA ORGANIZACIONAL Muito tem sido dito sobre os miltiplos usos do termo “pés-moderno” e suas dife- rentes verses (Alvesson, 1995; Thompson, 1993). Nos nao negaremos aqui as variagoes dentro da corrente. Nao obstante, em contex- tos como 0 atual, pode ser titil produzir temas comuns em que variag6es nas agendas de autores-chave sejam desenfatizadas e as se--< melhangas destacadas. No pés-modemisp com uma perspectiva de pesquis: iS POS-MODERNAS PARA 247 simulagdes tém precedéncia sobre a ordem social contemporanea; e (g) a pesquisa visa A resisténcia e A indeterminacao, nas quais a ironia e 0 jogo sao preferidos a racionalida- de, previsibilidade e 4 ordem. Consideremos cada um brevemente. A centralidade do discurso O pés-modernismo nasceu do estrutu- ralismo francés, tomando seriamente o viés da lingiifstica na filosofia. Neste sentido, os pds-modernistas na tradicao francesa fize- ram um movimento no pensamento estru- turalistasemelhante ao que um Habermas m a critica. ideotégica na tradigao ger- manica. A medida que a comunicacio sis- tematicanfente distorcida substitui a falsa filosoficamente, que é a nosse cupacio _conséiéncia na teoria critica, campos tex- principal neste capitulo, o inte conjunt aon septa substituein’a ae do de idéias inter-rel jas no todo écfie lente no pel ntg-pds-moderno. qiientemente, ifatizado: (a) a tan usaral oe ea Bargain uma guerra do discurso — textualidade aa ehfa- em duas, oe gone vs Poe um lado, tizados os poderes nies dslifagem comesits ie ing predizer/con- € os objetos “naturais Sao vist6s ct discur. soli Beers. e os huma- sivamente prodzidos; (b) identidades frag niga asus ies do a experiéncia mentatas phates subjetvided a made 8 gpttie e os direitos huma- um processo e a morte do ini inggelue nome, sujeito criador de sig ead a producao discurs ss vin se luo subst oconvencional e ‘anal “ das pessoas; (c) a cr x senga e representagao né&q er da linguagem assumem need Ore sobre a linguagem como um espelho da realidade e um meio para a transmissao de significado; (d) a perda dos fundamentos e do poder das grandes narrativas, em que uma énfase em miltiplas vozes ¢ politicas locais é preferida em relagio a quadros tedricos ¢ projetos poli ticos de grande escala; (e) a conexao poder/ conhecimento no qual as impossibilidades de separar poder de conhecimento sao ass midas e 0 conhecimento perde um senso de inocéncia e neutralidade; (f) hiper-realidade simulacro ~ substitui o mundo real, em que e propagando uma versao ingulared;” fae gs sae humana. Focar na lin- ii Jem permitiu um construcionismo que ieee? bene a reivindicacao objetivista de segu- ranca e verdade objetiva, e a confianga dos humanistas nas reivindicagdes essenciais que os conduziu a desconsiderar a politi- ca social/lingiifstica da experiéncia. Como discutiremos adiante, a virada em diregao A lingiifstica permitiu ao pos modernismo uma rejeicéo pés-moderna do humanismo por meio de urna critica das identidades autonomas e unitarias e uma rejeigéo do objetivismo por meio de uma critica da filo- sofia da presenga e representagao. Para que se observe a primazia do dis- curso, 6 sugerido que cada pessoa nasce dentro de discursos correntes, que tém uma presenga continuada e material. A expe- MODELOS DE ANAL riéncia do mundo é¢ estruturada por meio das maneiras como os discursos conduzem a pessoa a assistir 0 mundo e provéem uni- dades e divisoes particulares. A medida que a pessoa aprende a falar esses discursos, eles falam com mais propriedade a ele ou a ela, de forma que os discursos disponiveis posicionam o individuo no mundo de modo particular, antes do individuo ter qualquer possibilidade de escolha. Visto que os dis- cursos estruturam 0 mundo, eles ao mesmo tempo estruturam a subjetividade da pes- soa, provendo-a com uma identidade social particular e um modo de ser no mundo. A pessoa, em oposicéo ao humanismo, é sem- pre primeiramente social, e s6 erradamente reivindica um self pessoal como a origem da experiéncia. Ha duas versdes principais deste fem Uma enfatiza o discurso num sen giiistico especial, no qual a lit mem uso esta intrinsecament al aon significado e a percepe@d. ‘oda pe e significado oe um xc e este “vendo como” é eee relacéo fundamental de) “significado”. As oo gf on transmitides pobPlinguage permit reproduc relagdes “vendo como" pecificas. Discursos diferentes sémpressao Possiveis ~ embora eles,p ae OF muernane pla tenuamente as priticagria AN versao (Weedon, 1987). ane fou- caultiana, vé os discursos como sistemas de pensamento contingentes bem como infor- mativos dos métodos materiais, os quais, nao sé lingiiisticamente, mas também na pratica, por meio de técnicas de poder par- ticulares (claramente visiveis em prises, hospitais psiquidtricos, escolas, fabricas, e assim sucessivamente), produzem formas particulares de subjetividade (Foucault, 1977; 1980). Em ambas as versGes, a sub- jetividade humana pode estar relativamente aberta ou fechada. O fechamento discursivo, Sey ou menos podero; eas margina um fendmeno iegance ce mas Gp de acordo com a primeira visio é tempora- rio, apesar de, freqiientemente, reproduzido de forma continua, enquanto Foucault tende a enfatizar uma fixagao mais sistematica da subjetividade como resultado da cadeia de relacées de poder em operacaio. Muitos pesquisadores organizacionais tém usado esta percepgao produtivamente. A maioria, mas nao todos, tem seguido Fou cault em seu desenvolvimento, Por exemplo, Knights e Morgan usaram as praticas discur- sivas de Foucault para mostrar a construgao da pessoa e do mundo no discurso da es: tratégia corporativa. Eles sustentam que “o discurso estratégico engaja os individuos em praticas por meio das quais eles descobrem a esséneia da ‘verdade’ do que eles sao, a saber as meee 0” (1991 : 260). Eles Apontam pag ios efeitos de poder do dis curso oat ene corporativa, incluindo a oe ‘do € a ampliagao das prerrogativas 0, d2tima sensagio de exencia, a sera ee a sna gsadministradores, sae! Dring culinidade para a geréncigcti 2), a eale oat a xe Ocal em fragmentadas oO x yor MoM posigio da “pessoa” resulta direta Omente da concepgao do discurso. O pos: modernismo rejeita a nogao do individuo auténomo, autodeterminado, com ume identidade unitaria segura como o centro do universo social. Embora muitas outras tradigdes tenham feito o mesmo (por exem: plo, behavioristas, estruturalistas), os pos modernistas tém feito avangar este ponto fortemente e de maneira sofisticada. Ha duas vers6es desta critica a ume identidade unitaria segura. A primeira su gere que a concepgao ocidental de homer sempre foi um mito. Representa idéia bas tante etnocéntrica. O trabalho de Freud so bre tenses e conflitos da psique humane usado para mostrar a consciéncia crescente no pensamento ocidental da fundamental fragmentagao e inconsisténcia interior, mas os p6és-modernistas véo mais adiante em suas desconstrugées da auto-imagem oci- dental. A concepgao de um self unitario é considerada uma ficcdo usada para suprimir aqueles conflitos e privilegiar a masculini- dade, racionalidade, visao e controle. A me- dida que os discursos dominantes falavam as pessoas (e produziram a pessoa como origem do pensamento), a pessoa ganhou uma identidade segura, mas participou na reproducdo da dominacio, assim margina- lizando as outras partes do self e outros gru- pos. A sensagdo de autonomia serviu para encobrir a subserviéncia e dar ao conflito uma conotacao negativa. A outra versio sugere que a visai < pean individuo como coerente, integra 4 fornado tencialmente) auténomo te; wa falsa na situagao en tural at oi tempordnea. Se a igen cao social, ela, séri iste é uma proi i annone 249 (Deetz, 1995, Willmott, 1994). Este self per- dido também é muito suscetivel 4 manipu- lacdo e pode ser deslocado aos trancos pelo sistema, conduzindo ao éxtase, mas também ao dominio sem qualquer grupo dominante, como na concepcao de simulagio de Bau- drillard (1983; 1988). Estas duas versdes — enfatizando a natureza humana de per se, ou s6 a variante ocidental contempordnea, pois produzida discursivamente e fragmentaria — so freqiientemente apenas uma questao de énfase (veja Gergen, 1991; 1992). Essa visio do sujeito humano cria difi- culdades, no entanto, para desenvolver uma agao politica. Flax (1990), por exemplo, mostra a posigdio desajeitada em que ela dei Ae mulheres. Se o género é tratado pris const ugao social e os discursos i produzido a marginalidade Ao Side mulheres serem “outras” ando todos os sens negativos no lingitistico ooitiscurso =, entio ribuicdes de género irrelevante em euma = cate a cociedades Womogéneas ga¥em gh uitas sitdticoes,@ ima bo@ idéia, Deveria- discursos dominantes. 01 § cOn- roehinerde r de falar de “ho- temporaneas, nee coetes a teleco- ane on Fe r de reproduzir nectadas, a dij re e poderosa (exceto a.ispo ibilidade de discursosse expande grandemente. Eles tambény tit rapidamente. O individuo x enh por tantos discursos mt ee tay é virtualmente i ipa Uma vez que a sot ae mentada e hiper- ae vac’ scurso esta desconectado de qua < réncia no mundo, imagens referem imagens), as for- cas estabilizadoras das identidades sao per- didas.° Essa posigado sugere a possibilidade de uma tremenda liberdade e oportunidade para que grupos marginalizados e aspectos de cada pessoa entrem no discurso, mas também insegurangas, as quais conduzem as estratégias de norm po, Nas quais as pessoas “voluntariamente” se a; identidades de consumidor, oferecidas pelas forcas comerciais ou selfs organizacionais e pela orquestracéo de culturas corporativas sec ca oi. as ee sti ae ies gabe cificas nas quais ela tem tio, ase ex., em relacao a parto e ras doencas). Mas realizar tal movi- ido, = an into na situagdo contempordnea exige que as mulheres se organizem e mostrem que 0 género é assunto que atravessa quase todas as situag6es sociais. O mesmo ocorre em relagdo ao assunto da experiéncia: se a ex- periéncia feminina surge de uma diferenca essencial (fisiea e/ou socialmente produzi- da), sua importincia nao pode ser negada e precisa ser levada em consideracdo, mas seguir 0 argumento essencialista ¢ negar 0 construcionismo social e pode ser facilmente usado em uma sociedade em que os homens tém recursos para estigmatizar ainda mais as mulheres. Nao ¢ facil escapar as tensdes te6ricas (ver Fraser e Nicholson, 1988). Iro- nicamente, porém, este tipo de tensao pro- funda e a inabilidade de desenvolver uma nica posigdo coerente parece ao mesmo tempo debilitar o trabalho pés-moderno e dar a ele sua razao de ser. Essas tenses tém conduzido alguns pesquisadores a tomar emprestado da teoria critica concepgoes vi- sando adicionar um programa politico mais claro (veja Martin, 1990) e outros, a focar mais nas formas locais de resisténcia (veja Smircich e Calds, 1987). Implicacées importantes para analises organizacionais decorrem da desestabiliza- cao dos atores humanos e de seus proces- sos organizadores. Linstead sugere que “a organizagao é entaéo continuamente emer- gente, constituida e constituinte, produzida e consumida por sujeitos” e pede investi- gages que conduzam “para frente aqueles Pprocessos que modelem a subjetividade em, vez de processos pelos quais os ove vs dividuais agem sobre a palavra’, 60). Knights e Willmott sk Sis um trabalho assim, demons que como se é aes fiz a Pca age culares de sujeicig’Pringle ee 1 inos| como a identidade de u S taia” construida e reprodu; saa 94; no prelo b; no prel ea &mo a natur, za do trabalio’ itensivo em ae je oN situa a produgao de identidades Iho especificas. De um madys ai wae A Townley (1993) cpio Set wae cault ao discurso @i-a sel Teg Secedcnacen Na ei waRy sustentou que a unidade ®43i ytoualise para a compreensao da administ o de recursos humanos era a “natureza da troca encarnada na relacao de emprego”. Desde que essa relacao é em si mesma indetermi- nada, a relagao de troca é organizada por meio da imposi¢ao de ordem naquilo que é, inerentemente, incerto. A construgéo de conhecimento em administragao de recur- sos humanos “opera por meio de regras de classificacao, ordenamento e distribui definigao de atividades; fixagdo de escalas; e regras de procedimento, que conduzem oe : ult a emergéncia de um discurso especifico de HRM” (1993 : 541). Este corpo de conhe- cimento opera para objetivar (determinar) a pessoa, constrangendo, assim, e subordi- nando 0 carater social e pessoal mais pleno da pessoa. A critica da filosofia de presenga Aciéncia social normativa, assim como a maioria de nés na vida cotidiana, trata a presenga de objetos como nao problematica e acredita que a funcao primaria da lingua gem é de reapresenta-los. Quando pergun tados sobre 0 que algo é, nés tentamos de fini-lo e listar seus atributos essenciais. Os RS lernistas acham essa posigao iluso: [a mesma x ra que a concepgao de aevaanaa dfuilo do qual 0 mundo ¢ feito sd. se t objeto numa relagao especifica & ser, para o qual,pode ser um tal Se, ee = ingiiisticas e nao- isticas sa a produgao do iets Ta sone familiar j4 ha algum temp eat ee Sarre quanto Heidegger, mas con- eens) sendo sofas eon aot 10 ao relativismo. porém, relativista em qual ;olto ou subjetivo. A maioria dos ci yarns nao esta preocupada com a & ‘Schance de ser chamada relativista, ela esta mais preocupada com a estabilidade apa rente de objetos e a dificuldade de desfaze: o alcance das atividades que produzem ob jetos particulares e os sustentam. Como mencionado na segao de iden tidades fragmentadas, os pés-modernistas diferem dos demais & medida que descreve o discurso no textual, versus uma forma mais extensa. No conjunto, porém, eles comegam com a demonstragao de Saussure e que 0 ponto de vista cria 0 objeto. Ele pretendia que isso de: onta da importancia da na tureza carregada de valores do sistema de disting6es na linguagem, mas as praticas

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