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DIARIO ‘exta-feira, 6 de Agosto de 2010 Série — N. 148 DAREPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Prego deste niimero — Kz: 190,00 Toa a corespondéncia, quer oficial, quer relativa © anno ¢ asinaunsdo Diario a Repiblicars, deve ser deigida & Imprensa | AEs = ALS sre Nacional — EP, em Luanda, Caixa Postal 1306] § 9s cone end Tele cmprens “ASSINATURAS, Ope ta Repitica je cada publica nos Dron 1 iis Kr 75,0 Ano ara Ke: 400 2750, Ke: 236 25000 Ke: 128 50000 Ke: 95 70000 21 sdtie Ka: 95,00, acrecido do. respectivo imposto do selo, ependendo a publica da 23 shed dopssitoprévioaefienar na Tesoursi ‘dulmprensa Nasional — EP SUMARIO Assembleia Nacional Lain, DDoPatinainio Pablico, — Revoga nas ss diapoigdes legis que coe trem odisposto m presente Presidente da Rept Despacho presidcnci n° S810: Teajun «composi da Cosi ners pr 0 Acros Sobre as Aguas Intemacionus Ministerio da Administracio do Terrtério Decrete executive n2 9010 ASSEMBLEIA NACIONAL Lein? 18/10 de 6 de Agosto Considerando que o patriménio do Estado, por um lado, tom sido objecto de medidas legislativas avulsas e dispersas em respostaa necessidades especificas que se foram fazendo sentir ao longo dos anos e, por outro, foram publicados varios diplomas legais, designadamente sobre vefculos, sobre bens iméveis a utilizar pelas misses diplon nage dos bens iméveis para habitag3o provenientes de nacionalizagdes e confiscos ticas e sobre a alie- “Tendo em conta que a Lei de Terras no cobre exaustiva- ivas a0 patriménio do Estado, o qual, ‘naturalmente, abrange outro tipo de bens, cuja gestlo racio- nal, infegrada e eficiente reclama enguadramento jurfdico adequado: mente as matérias re Considerando, ainda, que o patriménio do Estado no pode ser entendido como um conjunto desordenado de bens, nem pode ser objecto de medidas desagregadas que sejam pautadas em fungdo de casos coneretos e que visem respon- det necessidades pontuais; Tendo em conta que os objectivos da racionalizago, da cficigneia e da gestio integrada implicam uma abordagem sistemética na definigio do enguadramento legal do patri- inénio do Estado, designadamente com a definigao de dois tipos de regimes juridicos dstintos a que os bens podem estar sujeitos — dominio paiblico ¢ dominio privado — e coma previsio dos respectivos instrumentos legais que permitem ‘uma gestdo regular e uniforme, em conformidade com os objectives que sejam tragados; Considerando que uma gestio diligente, criteriosa e uni forme dos recursos patrimoniais publicos é um suporte cessencial de medidas politico-governativas estruturais,sendo absolutamente necessdria uma perspectiva integrada de todo © patriménio paiblico; Havendo nevessidade de estabelecer as bases regime juridico do patriménio que integra o dominio palblico do Estado e das autarquias locais e o regime juridico da ges- ado, bem como os meios para execuso da obrigagdo que recai sobre o Estado de inspeceionar o cumprimento das disposi= Bes previstas sobre o patriménio do Estado; {do do patriménio que integra o dominio privado do A Assembleia Nacional aprova, por mandato do Povo, nos termos da alinea () do n.° 1 do artigo 165° eda alinea ¢) don.” 2 do artigo 166." ambos da Constiuigao da Republica de Angola, seguinte 1676 DIARIO _DA REPUBLICA LEL DO PATRIMONIO PUBLICO. TITULO T Disposiges Gerais aKTIGO 1 (Object imbit de wpicago) 1A presente lei estabelece as bases gerais e o regime juridico do patriménio que integra o dominio pablico do Estado ¢ das autarquias locais, bem como o regime jurdico do controlo da gestio do patrimnio que integra o dominio privado do Estado, das autarquias locais ¢ do patriménio pré- prio dos institutos piblicos e de outras pessoas colectivas paiblicas pertencentes ao sector piblico administrativo. 2. presente lei estabelece também um dever especial 3s cntidades do sector piblico empresatial, empresas piblicas © sociedades de capitais, exelusivas ou maioritariamente pablicos, de informagao sobre o respectivo patriménio pr prio. 3. 0 disposto na presente lei no prejudica os regimes estubelecidos em lei especial, tais como a Lei de Terris ou a dda Lei do Patrimsnio Cultural, sendo subsidiariamente upli civel, com as devidas adaptagbes, aos patriménios especiais, ARTIGO 2. (Detinigtes) Para efeitos do presente diploma sobre 0 patriménio, pAiblico, entende-se por: 4) patriménio publico, 6 conjunto de bens iméveis, bens méveis, sujeltos ou nao a registo, direitos & obrigagdes inerentes, de natureza piblica ou privada, na titularidade do Estado, das autar- quias locais, dos institutes publicas ¢ de outras pessoas colectivas ptblicas pertencentes a0 sector puiblico administrative e de entidades per- tencentes ao sector pablico empresarial, empre- sas pblicas€ sociedaules de capitas, exclusiva ou ‘maioritariamente piblicos; ) dominio piblico, 0 conjumto de coisas que Estado u as autarquias locais aproveitam para a prosse- ccugiio dos seus fins, usando poderes de autor dade, ou seja, através do direito pablico, incluindo nomendamente as coisas destinadas ao uso de todos, as coisas utlizadas pelos servigos pablicos ‘4 sobre as quais incida a actuagio destese as cok sais qe satisfagam os fins de uma pessoa coleetiva, publica; 6) estatuto de dominialidade, 0 estatuto do bem que integra o dominio piblico por forga de classifi- cago legal: «d) dominio privado, conjunto de coisas no compreen- didas no dominio plblico e sobre as quais recai a propriedade do Estado ou das autarquias locais; ©) pairiménio préprio, o patriménio na titularidade de pessoa colectiva pdblica, que nfo seja o Estado, ‘uma autarquia local on de entidade pertencente 30 sector pablico empresarial; ‘Aippaariménios especiais, 0 conjunto de bens para o qual alei estabelece um regime especial: '8) veteulo, 0 meio de tracgio mecdniea com eapac' dade de transitar por si prprio nas vas terrestres, areas e maritimas,designadamente,vefculo auto- mével, navio e aeronave, ARTIGO 3° (Principio de geste do patrimulo péblle) (Os 6rpdos do Estado, a8 autarquias locais, os institutos| palblicos e as outras pessoas colectivas puilicas pertencentes a sector piblico administrative estio obrigados a observar (08 prineipios da legalidade, da prossecugio do interesse paiblico, da probidade piblica e do respeito pelo patriménio paiblico, boa gestio, tansparéncia, responsabilidade e con- corréncia no Ambito des procedimentos de aquisigo, admi: nistragio alienagiio de bens. ARTIGO 4 (Principle da boo gestdo) (© patriménio piblico e os recursos financeiros a ele con Jgnados devem ser geridos de acordo com os prineipios de economia, da eficiéncia, daeficdiciae da utilizagdo racional, ARFIGO 5° (Principio da transpartects) © patriménio piblico deve ser gerido com transparéncia, sendo garantida a devida publicidade eo mais amplo acesso aos procedimentos e processes da contratagdo publica e respeetivas decisbes, ARFIGO 6° (Principio da comcoertaca) Na gestio do patriménio piblico devem ser asseguradas 42 maior divulgasao possivel dos procedimentos ¢ uma con- corréncia efectiva aos potenciais interessados em contratar ‘ou em utilizar 0s bens. ARTIGO 7° (@rincipi da responsabilidad) 10s servigos e as entdadles abrangidlas pela presente ei bem como os titulares dos seus Gry0s, os seus dirigentes, Funciondrios, agentes e tabalhadores devem ser responsabi: lizados diseiplinar, financeira, civil e eriminalmente,nos ter ‘mos da lei, pela prética de actos e omissdes que violem 0 disposto na presente lei ena respectiva regulamentagio, LSERIE—N.” 148 — DE 6 DE AGOSTO DE 2010, 1677 2.0s servigos. entidades e 6rgiios com competéncia para fiscalizar a observincia da presente lei devem, para efeitos do previsto no niimero anterior, autuar as infracgBes detectadas ce remeter is entidadles competentes os respectivos autos de noticia ARTIGO 8° (Psncip da inventaringo patron) Os servigos ¢ as entidades abrangidas pela presente lei esto obrigadas a inventariar, anualmente, patriménio pré- prio ou 0 patriménio do Estado que administrem ea forever 2 Direogo Nacional do Patriménio do Estado 0s respectivos inventirios acompanhados de informagies relativas & sua existéncia, caracterizagtio, situagio registra, matricial e de utlizagio. aKTIGO 9° (ever de nformasio) 1. Os servigos e as entidades abrangidas pela presente lei estio obrigadss a eolaborar com a Direeso Nacional do Patriménio do Estado ¢ a forever, no prazo de 20 dias, qualquer informagdio que thes seja solicitada relativa a0 patriménio pablico, designadamente quanto a existéncia, caracterizacdo, valor, sitacio registra e matricial e uiliza- Gio do patriménio proprio ou do patriménio do Estado que administrem ou que Ihes estejaafecto, 2. Nos casos em que se verifique inexisténcia de documentos probat6rios de titularidade de determinado patriménio pablico na posse le entidade pabica, devem os referidos bens patrimoniais ficar sujeitos a regime jusfdico especial de contrataglo entre a entidade publica possuidora ea Direcg3o Nacional do Patriménio do Estado. ‘TAULO Dominio Pablico ARTIGO 10° (eine jure) Os bens que integram o patrinnio publico, estatal e autdnquico, estio sujeitos ou ao regime juridico do dominio pailico, nos termos do presente titulo ou de lei especial, ou 40 regime jusidico do dominio privado. ARTIGO 11 (Titatariaadey Apenas podem ser titulaes de bens do dominio pablico 0 Estado ¢ as autarquias locas, nos termos definidos pela Constituigdo e por lei. ARTIGO 12: ‘Aauisigi do estatut de dom idede) 1. Si bens do dominio piblico os bens elassificados como tal pela Constituigio ou por lei, designadamente os lassificados no artigo 14.°da presente Tei 2.4 classificago de um bem como bem dominil resulta da sua imtegragiio em categoria genériea, constitucional ou legal ou da sua classificagio individual por lei 3.4 integragio do bem no dominio piblico ocorte sem- pre que for ordenacla a afectagdo do bem ao fim de interesse pblico correspondente a uma categoria genérica de don nialidade, salvo se essa afectagio decorrer, de modo directo ce imediato, da natureza do proprio bem. ARTIGO 13 (Tipo de domino pabico) (0s diferentes tipos de dominio piblico, nomeadamente 0 hidrico, o maritimo,o aeroportudrio, de entre outros, podem ser objecto de legislagao complementar, que rege a utiliza- io, a administragio as formas de concessiio da explora ds bens dominiais em causa CAPITULO 1 Dominio Piblico do Estado ARFIGO 18° (Wens do domo palin na talaridade do Rstado) Integram 0 dom io piblico do Estado: 4)as Sguas interiores,o mar territorial, incluind Sguas profundas e ultra-peofundas, e os fundes mari: _mos contiguos, bem como os lagos, as lagoas € 0s ceursos de diguas fluviais com os respectivos leitos ce margens; b) os recurses naturais biolgicas ¢ nto biolégicos existemtes nas sig no mar territorial, na zona contigua, na zona econGmica exclusiva e 1 plataforma continental; ) as praias e a orla costeira, em faixa fixada por foral 01 diploma legal, conforme estejam ou nao inte- agradas em perimetros urbanos: .d)0s portos atificiais e as docas, bem comoa zona ter ritorial reservada aos mesmos; ¢) a8 valas abertas pelo Estado e as barragens de ut dade publica; 1) 0s aeroportos, 0s aerGdromos de interesse publico, bem como a zona territorial reservada a estes: _g) as camadas aéreas superiores aos terrenose as &guas do dominio piblico, bem como as situadas sobre qualquer im6vel do dominio privado, para além dos limites fixados na lei em beneficio do pro- Prietério do solo: 1h) as auto-estendas, as estradas e 0s caminhos paiblicos com os seus acessérios ¢ obras de arte, pontes © vias-fésreas publ 1678 DIARIO _DA REPUBLICA #) as linhas telegrificas e telefsnicas, os eabos subma- rings ¢ as obras, as canalizagées e as redes de distribuigao publica de energia elécwi: 4) as redes de saneamento baisico & as estagBes de tra- tamento de sguas; i as jazidas minerais e petroliferas, as nascentes de guas minero-medicinais, 0s recursos geotérmi- cos € demais recursos naturais existentes no solo € no subsolo, com exelusio das rochas e terras comuns € dos materiais vulgarmente empregues nas construgses; Yas zonas territoriais reservadas a defesa do ambiente: 1m) as obras ¢ as instalages de natureza militar, bem ‘como as zonas teritoriais reservadas para fins de detesa militar; rn) 0s navios da marinha de guerra, as aeronaves mili- lares € 0s carros de combate, bem como outro equipamento militar de natureza ¢ durabitidade equivalentess 0) 08 pallicios, 0s monumentos, os arquiVves ¢ 08 tea ‘ros nacionais, bem como os palicios escolhidios pelo Chefe de Estado para serem instalados os ‘egos da Presidéncia da Repiblica e para a sua residéncia oficial; 1p) quaisquer outros bens sujeitos por lei ao regime {uridico do dominio pablico do Estado. ARTIGO 15 (Aetagio) L. Salvo disposigio prevista em lei especial, a afectagiio do bem ao fim de interesse piblico correspondente @ uma categoria genérica de dominialidade, se niio decorter de modo directo ¢ imediato da natureza do préprio bem, & ‘ordenada pelo Executive, no qual o bem é devidamente iden- tifieado. 2.No acto de afectagio deve igualmente ser identificada entidade pablica que, por forga do fim de interesse pblico {que prossegue, fica responsével pela administragio do bem dominial. 3.A afectago é publicada em Didirio da Republica. ARTIGO 16: ‘egimejuriaico) Os bens do dominio publico sio inaliendvei is € impenhoraiveis. impreserie ARTIGO 17 (uiizogio 1. Os bens do dominio piblico podem ser destinados 2 sagio exclusiva do Estado ou de outras pessoas eolect- ‘vas pUblicas, por forya da sua afectaso aos fins de interesse ‘iblico ou de uso livre pelos eidadios. uti 2.0 Estado pode igualmente permitir, mediante contra. gio, a utilizagio, a fruigio € a exploraio de bens do dominio puiblico a entidades piiblicas ou privadas, nas con- digdes definidas pelas leis aplicdveis a cada conjunto espe Fico de bens de dominio piblico, ARTIGO 18° (Cessagio do estatuto de dominialidade) 1. O estatuto da dominialidade cessa com a desafectagio do bem do dominio piblico. 2..Adesafectagio do bem deve ser ordenada sempre que ‘cess ou que se julgue dever cessar, a utilizagio do bem part © fim de intetesse piiblico justificativo da sujeigie do bem ‘0 estatuto de dominialidade. 3. Salvo disposigao prevista em lei especial, a desafects- ‘lo do bem € decretada pelo Titular do Poder Executivo, devendo o diploma identificar devidamente 0 bem. 4.0 instrumento de desafectagio € de publicago obri- gatéria em Diério da Republica 9, Seo bem for, formal ¢ legalme de utilidade publica justficativo da sujeigtio do bem ao esta- .desafectado do fim nto de dominialidade, 0 mesmo pass integrar © dor privado. CAPITULO UL Dominio Piblico Autérquico ARTIGO 19° (Agulsigio do estate de dominiadade autirques) 1.0 Estado pode, através do Titular do Poder Executivo, ordenar a transferEneia dominial de bens integrados no seu domi io pblico para o das autarquias locais, com o objective de descentralizar a sua gestio, 2. Integram, ainda, 0 dominio quer outros bens que ve de dominialidade autiryuica. 10 autérquico quais- 1am a ser sujeitos por lei ao regime ARTIGO 205 (Regime juriaieo) (© regime juridico do dominio pablico do Estado é apli: vel, com as necessirias adaplagées, a0 dominio pablico ‘autirquico, sem prejuizo das disposigBes especificas aplicd- LSERIE—N.” 148 — DE 6 DE AGOSTO DE 2010, ‘TiTULO Wh Dominio Privado do Estado CAPITULO T Disposiges Comuns ARTIGO 21 (Bens de domino privado) Integram 0 dominio privadlo do Estado todos os bens do Estado que nio slo classificados como bens do seu dominio pablico. AnTIGO 22 eegimejuraco) s bens do dominio privado do Estado esto abrangides pelo regime de direito privado na medida em que este nio contrarie as normas de direito piblico a que esto sujeitos ARTIC 23 (ipos de domlalo peivado do Estado) © dominio privado do Estado abrange os bens afectos a uum fim de imteresse piblico, a um servigo do Estado ou a uma entidade pablica ou privada, eos bens que se eneontram em situagio de disponibilidade ARTIGO 25° (ens afeeos) 1. Sito bens afectos: 4a) bens do Estado afectos a servigos do Estado; ») bens do Estadlo Angolano no estrangeiro, afectos & rmissdes diplomaticas, consulados ¢ outras repre- semtag ce) bens do Esta afectos a institutes pablicos ¢ outras pessous colectivas piiblicas de nacionaliza- ) bens advenientes de expropriag 30 € de confisco, com excepgo das situaySes previstas nos respectivos regimes juridicos: ¢) bens do Estado alectos 2 quaisquer outras entidades, pablicas ou privadas, para um fim de interesse pablico. 2.0 Bstado niio pode dispor dos bens enquanto os mes- sontrem afectos a um fim de interesse piblicn, nos termos do disposto nas aneas do niimero anterior. 3..0s bens afectos passam 2 situagiio de disponi ‘mediante desafectago ao fim de interesse ptblico. 1679 ARTIGO 25: (Bens em situagie de disponibile) Estdo em sitagio de disponibilidade os bens que nao se ‘encontram afectos a nenhum fim de interesse piblico, podendo ser objecto de afectagio, rentabilizagio ou aliena- gio. CAPITULO I Bens Iméveis SEOGAO 1 Disposiies Gerais ARTIGO 26:1 (errenes) (O regime estabelecido no presente capitulo quanto aos bens iméveis do Estado nio prejudiea o disposto na Lei de ‘Terras sobre terrenos da titularidade do Estado, sendo-Ihes subsidiariamente apliedvel, com as devidas adaplagies, ARTIGO 27 (Squisigio on alenaga de Dens mses) ‘A aquisigdo ou alienago de bens iméveis, seja a que titulo for, earece de autorizagio prévia do Titular do Poder Executivo. SECGAO rit Sobre Ben ARTIGO 24: (fodos de aqulsig0) “Anquisigio de bens iméveis a favor do Estado pode ser ‘onerosa ou gratuita, nos termos previstos nas Subsecgdes Te I da presente Secgio. SUBSECCAO 1 Aauisigie Onerusae Arrendamento ARTIGO 29: Objects09) © Estado pode adquitir 0 direito de propriedade ou de ‘outros direitos sobre bens iméveis, designadamente o dielto de arrendamento, para instalagao e funcionamento de servi- {G08 publicos on para a realizagao de outros fins de in pablico, ARTIGO 30:1 (Competency ‘A. aquisigéo onerosa, pelo Estado, de quaisquer direitos sobre bens iméveis é efectuada nos termos dos procedimen- tos de aquisicao estabelecidos no regime juridico vigente sobre a contratago piiblica, 1680 DIARIO _DA REPUBLICA ARTICO 31 (Wrocedimento de aquisisio) A aquisiga0 onerosa pelo Estado de quaisquer direitos sobre bens iméveis & efectuada nos termos dos procedi- mentos de aquisigdo estabelecido pelo Titular do Poder Executivo. ARTIGO 32° (Obrigateredade da avatagao prsia) E proibida a aquisigdo pelo Estado de qualquer dirito sobre bens imveis,ineluindoodirito de arendamento, sem «que tenha sido previamente objecto de valiago ofl, efee- tuada nos temnos da respective regulamentasio. ARTIGO 335 (aor da aquisgio) 1. A aquisig0 de dizeito sobre bens iméveis efectua-se pelo valor resultante da avatingio oficial 2, Excepeionalmente © apenas por razies de elevado, interesse pUblico, pode 0 Titular do Poder Exeeutivo delegar poderes no Ministro das Finangas para autorizar a aquisigéo de direitos sobre bens iméveis por valor no coincidente com © valor resultante da avaliagao oficial, justficando 0 motivo da diferenga de valores. 3.0 valor de aquisigao nfo pode, em nenhuma circuns- {ncia, ser inferior ow superior a 70% do valor da avaliagio oficial ARTIGO 34° (Representagio do Estado nos contrat) 1. A aquisigiio de direitos sobre bens iméveis deve ser cfectuada mediante escrtura piblica subserita pelo ente pat- ticular vendedore pelo Estado comprador. 2. Na outorga de escrituras puiblicas de aquisigao de direitos sobre bens iméveis, © notério, ou entidade com poderes notariais, esté obrigado a exigir a apresentagiio de pia certificada do despacho de autorizayio prévia que deve sef mencionado no texto da eseritura publica e arquivado junto com a restante documentago pelo respectivo cartério notatial. 3. Bi todos 0s demais contrates, inclusive nos contratos- -promessa de compra e veuda ¢ em outros contratos tipicos 0s nos quais se assuma a obrigago ou compromisso para o Estado, de adquirir direito sobre o bem imével, & obrigat6ria a mengo do respectivo despacho de autorizagio prévia, assim como a anexagio de eépia certficada do mesmo ao exemplar do contrato, 4.A outorg das escrturas pblicas dos imeveis provis- {0 no corpo do presente atigo devem seg registo em competente Conservatria dos Regist, que deve emit 0s respectvos ttulos de propriedade nos prazos €em conformidade com 0s procedimentos previstos no Cédigo civil fos actos de ARTICO 359 (Obrigatoriedade de apesentagoe mengio do despacho de autorizagio nos cnteatos de aguisgbo de Dens mane suetos a reisto) 1, Aaquisigio de bens moveis sujeitos a registo deve ser cefectuada mediante contrato de compra e venda subserito pelo ente particular vendedor e pelo Estado comprador. 2. Na outorga de contrates de compra e venda de bens 6veis sujeitos a registo,o notirio,ouentidade com poderes notariais, eté obrigado a exigir a apresentagdo de e6pia cer tificada do despacho de autorizagao prévia da celebragao do referido contrato de compra e venda, que devem ser mencio- nados no texto do referido contrato ¢ arquivado junto com a restante documentagio pelo respective cart6rio notarial 3. Em todos os demais contratos, inclusive nos contratos- -promessa de compra ¢ Venda € em outros contratos tipicos (00 atipicos, nos quais se assuma a obrigagae ou compromisso para o Estado, de adquirir bem mével sujeito aregisto,¢ ob {galéria a mengiio do respectivo despacho de autorizagio pré- ‘ia, a anexaco de c6pia certficada do mesmo ao exemplar do contrat, 4. A outorga de contratos de compra ¢ venda de bens méveis sujeitos a registo previstos no corpo do presente artigo deve seguir-se a apresentagio obrigat6ria de decla- ragio de compra ¢ venda, assinada pelo ente vended, de cada mével sujeito a registo adquirido a coberto do referido contrato ¢ devidamente vistoriado e matriculado, seguindo- -se-The os actos de registo em competente Conservatria dos Registos que deve emitir es respectivos titulos de proprie dade nos prazes ¢ em conformidade com o estatuido no Cédigo Civil. SUBSECCAO IL Aquisgdo Gratuita ARTIGO 362 (Legados, herangase doagies) Compete 0 Ministro das Finangas, por delegagtio de poderes do Titular do Poder Executivo, decidir sobre a acei tagio de legados e herancas, quando 0 Estado for legatério (ou herdeiro por forca de testamento, ¢ sobre a aceitaglo de doagées a seu favor. LSERIE—N.” 148 — DE 6 DE AGOSTO DE 2010, 1681 ARTIGO 375 (Procedimento de sceltago) Compete Direee0 Nacional de Patrimnio do Estado a instrugio do procedimento de aceitacdo de legados, herancas, © doagdes, designadamente a verificaydo das condigies cencargos existentes e a sua exequibilidade. ARTIGO 38 (ins dos egos, herangas edaagies) Compete & Direego Nacional do Patriménio do Estado ‘garantie a plena execusio dos fins que foram estabelecidos ‘como condigbes dos legados, herangas € doagies accites polo Estado, seceAo Administrago de Bens Iméveis ARTIGO 39: (Competéacia) 1. A administragio dos bens iméveis do dominio privado do Estado compete a entidade afectataria quando 0 bem estiver afecto a um fim de interesse puiblico prosseguido por ces entidade, sem prejutzo dos poderes de supervisto ¢ de inspecgtio do Ministro das Finangas, 2, Salvo disposigdo legal em contriio, compete & Direc- «gio Nacional do Patrimnio do Estado a administragéo dos bens iméveis em situago de disponibilidade. ARTIGO 40 (Administagio dos bess) [Na administragdo dos bens iméveis do dominio privado do Estado devem ser observadios 0s prinefpios da adequa ddo bem imével ao fim de interesse piiblico, da ocupagdo racional do espago, da manutengo do bem imével em bom estado de conservago ¢ da maximizagao da sua rentabili- ‘acti, ARTIGO 41 (Deveres de no conservagio) Os servigos do Estado ¢ outras entidades piblicas ou privadas que administrem, uilizem, ou tenham a seu cargo 00 cuidado, por fora de afectacio ou qualquer outro titulo, bens iméveis pertencentes ao dominio privado do Estado, cstio obrigados a zelar pela manuteng: devendo realizar e custear as obras de recuperaco que se revelem necessérias para que se mantenham em bom estado de conservaio, dos bens iméveis, ARTIGO 42° (Poderes de spervisio) Compete ao Ministro das Finangas 0 exere(cio dos pode- es de supervisiio sobre todos os bens imsveis do dominio privado do Estado ainda que adm ‘outros servigos ou entidades pablicas ou privadas, para ver ficagdo do cumprimento da presente lei e.especialmente dos ipios e deveres previstos no niimero anterior. istrados ou afectos a SUBSECCAO I _Aectagio para Fim de tteressePablien ARFIGO 43° (Mteeiag) 1, Compete ao Ministro das Finangas, no exereivio de poderes delegados pelo Titular do Poder Executive a afecta- io de bens iméveis do dominio privado do Estado, em situagdo de disponibilidade, a um fim de interesse pliblico determinado por lei e prosseguido por um servigo, por uma cntidade piblica ou privada, 2. Compete & Direcgio Nacional do Patriménio do Estado a formalizago da afectagio por meio de auto, eujo modelo ¢ aprovado por deer Finangas. tivo do Ministro das 10 6x6 3. uiilizagio do bem imovel pela entidade afectatéria fica condicionada ao fim de interesse publico que determi- now a aectagio € as restantes condigdes de utilizagio esta- belecidas pelo Ministro das Finangas e constantes do auto de afectasio, ARTIGO 44 (Wegra da omerosidade) 1. A.uilizagio de bens iméveis do dominio privado do Estado por servigos do Estado ou por entidades piblicas ou privadas, ainda que para a prossecugiio de um fim de inte- esse puiblico, ¢ efectuada mediante « realizagiio de um ccontrapartida de natureza pecuniétia, 2.4 contrapartida da utilizagtio prevista no nimero ante- ror € fixada por despacho do Ministro das Finangas, com base em avaliagao oficial promovida pela Direogo Nacional do Patriménio do Estado e pode integrar um Fundo criado pelo Executivo, 3. Asreeeitas do Fundo destinamse a satisfazer encargos do patriménio imobiltio do Estado, designadamente encar- gos de recuperagio, remodelagio e rentabilizagio, 1682 DIARIO _DA REPUBLICA ARTIOO 45 imino vinta) 10s bens iméveis do dominio privado podem estar afec- {os a servigos do Estado ou entidades piblicas que permitam Sua utlizagio por funeiondries ou agentes do Estado e suas Familias, por forga da sua necessidade para 0 exercieio das suas fungties. 2..A.utilizagdo dos bens imévels por servigos do Estado ccessa logo que cessar o exercicio de fungées pelos funcions- rios e agentes que justificou a utilizago do bem imével. 3.As condigdes de utitizagao dos bens iméveis do domi nio privado do Estado por fimeionsrios ou agentes do Estado io estabelecidas pelo Titular do Poder Executivo, ARTICO 46° (Mens imévels no estrangedroafectos a represemugtes iplomsties eouteas) Os bens iméveis no estrangeiro afectes a representagdes diplomaticas e outras esto sob a exclusiva administrago do Ministério das Relagies Exteriores, sem prejuizo dos pode- 18s de supervisio e de inspeego de Ministerio das Finangas, ARTICO 47 @esatetagio) 1. A afectagio do bem imével cessa automaticamente quando cessar 0 fim de interesse publico justifieative ou {quando for dado destino diverso ao da afectagao. 2.A desafectaciio & determinada por despacho do Minis- tro das Finangas, sempre que se verificar alguma das situae bes previstas no ntimero anterior. 43. Previamente a desafectagdo referida no niimero ante- ri, €realizada a audineia eserita da entidade afectatéria, SUBSECEAO I Arrendamento de Hens Imveis do Estado ARTIGO 48° (ens iss passvcs de urrendamento) © Estado pode proceder ao arrendamento de bens imé- Veis ou de direitos que reeaiam sobre bens iméveis do seu dominio privado, quando em situagio de disponibilidadk revelem nilo ser necessérios para a prossecugao de fins de interesse publico, SECGAO IV Aliemagio de Hens Iméveis do Estado SUBSECCAO I Disposigies Gerais ARTIGO 49° Gens imévesallenives) (© Estado poste procedler 8 alienagio de bens iméveis ou de direitos que recaiam sobre bens iméveis do seu dominio privado quando, em situago de disponi rio ser necessirios para a prossecugio de fins de interesse paiblico e nfo houver especial convenineia na sua manuten- gio no patrimsnio do Estado. idade, se revelem ARTICO 50 (todos de alenagio de bens mss do Estado) (Os modos de alienagio dos bens iméveis do Estado so: a) avenda; ) apermuta, ARTIGO 51° (Wega da onrosidadedas. es de ens imvels do Estado) 1 Asalienagies, seja a entidades de natureza publica ou de natureza privada, sdo sempre onerosas, seja qual for 0 modo de alienagio escolhido. 2..A onerosidade a que se refere o mlimero anterior pode ‘raduzir-se numa contrapautida avalidvel em dinheiso, desig- znadamente nos casos de reciprocidade entre Estados ou entre © Estado e organizagSes no-governamentais sem fins ucra- tivos e que prossigam interesses piblices, se for autorizado por despacho fundamentado do Ministro das Finangas, ARTIGO 52° (Obrigatoriedade da aaliagio peéva) E proibida a slienagiio de bem imével ou direito sobre bem imével do patriménio do Estado sem que tena sido pre- Viamente cbjecto de avatiagdo of da respectiva regulamentagio, I, efectuada nos termos ARTIGO Si (Valor da alenagdo) 1. A allienagio de bens iméveis efectua-se pelo valor :esultante da avaliagio oficial dos bens iméveis LSERIE—N.” 148 — DE 6 DE AGOSTO DE 2010, 1683 2. Excepcionalmente, mediante despacho devidamente fundamentado, posle © Ministro das Finangas autorizar a alie~ rnago de iméveis por valor nfo coincidente com valor resultante da aval diferenga de valores. 3. Nao obstante o disposto no alienago nio pode ser, em 2 70% do valor da avaliagio oficial {mero anterior, valor de Jbuma cireunstincia, inferior ARTIGO 58° (Competéncia) Compete 20 Executive ou a0 Ministro das Finangas autorizar a alienagiio de bens iméveis do Estado, a escolha do respectivo modo de alienagio ea fixagio do valor da alie- agi, ARTIGO 555 (edie de allenagio) 1. O pedido de alienagio de bens iméveis do Estado € apresentado pelo servigo interessado na sua alienayo & Direcgdio Nacional do Patrimdnio do Estado, que 0 submete ‘20 Ministro das Finangas. 2. Para os efeitos do disposto no niimero anterior, 0s ser- ‘vigos apresentam previamente 0 pedido de aliensgio, panhado dos elementos definidos por decreto executive do Ministro das Finanga. ARTIGO 56° (Competéueia para allenar) 1. Compete & Direegio Nacional do Patsiménio do Estado proceder& instrugdo dos procedimentos relativos aos diferentes modos de alienagio de bens iméveis do Estado. 2, No uso de poderes delegaclos pelo Titular do Poder Executivo, o Ministro das Finangas pode, mediante despa- cho, determinar que seja a Delegagao Provincial de Finangas a instruir © procedimento de alienagiio de bens iméveis do Estado, suBsecexo 1 ‘Venda de Bens Incl ARTIGO ST (Modalidades de venda de bens imévels) 1. O Estado procede a venda de bens imiveis mediante a realizagao de’ 4a) hasta poblica, +b) negociagao com publicagao prévia de andincio. 2. Na hasta publica qualquer interessado pode apresentar uma proposta de nquisiglio do bem imSvel 3. No procedimento por negociacdo, os interessados podem apresentar propostas de aquisigéo do bem imével desde que revinam os requisites de capacidade técnica financeios fixados no antincio, havendo sempre uma fase de rnegociagio do contetdo do contrato com os virios interes- ssdos, de modo a seleccionar a proposta economicamente mais vantajosa, ARTIGO S&* (escomay 1. A venda € realizada preferencialmente por hasta pala, 2.A venda 6 realizada por negocingio, com publicagiio prévia de andncio, sempre que nio haja lugar & venda por ajuste directo e a hasta pblica no seja a modalidade cons: derada adequada para a venda do imével atentas as suas caracteristicas ou o valor do bem imével ARTIGO 59° (Determinagdo modalidade de yenda de bens mys) A modilidade de venda é determinada pelo Ministro das Finangas no despacho de autorizagio prévia da alienagio do bem imével. ARriGo «0° (Proccdlmentos relatives as modalidads de vend) (Os procedimentos relativos as diferentes modalidades de Venda sio estabelecides pelo Executive, ARFIGO 61° LUnformacdo publiidade) 1. Os interessados na aquisigio dos bens iméveis do Estado tém o direito de ser informads sobre a situayao j ica dos mesmos ¢ sobre o seu estado de conservagao, podendo requerer a visita ao bem imével 2. Os interessados na aquisigiio dos bens iméveis do Estado tm ainda 0 direito a consultar 0 process relative a0 bem imével em cuja aquisigio estejam interessados e desig- nadamente a documentagiio relativa a avaliago offeial pro- ‘movida pela Direeso Nacional do Patriménio do Estado, na ual conste o resultado, homologado pelo Ministro das Finangas, ¢ respectivos pressupostos, 1684 DIARIO _DA REPUBLICA 3. Sem prejutzo da utilizago de outros meios de divul- ‘gaglio que sejam considerados adequados.o antincio piblico do procedimento de hasta publica ou de negociago é publi ceado por trés dias consecutivos nos dois jorsis de maior cireulagao nacional, 4, Do anincio publico previsto no ntimero anterior deve cconstar o prego de Venda e os critérios da adjudicagtio pre- Viamente determinados, no podendo fixar um prazo inferior 30 dias para apresentacio de propostas. ARTIGO 62° (Pagament © pagamento do prego é efectuado de imediato, mas pode ser admitido © pagamento em prestagdes, no maximo de 12 prestages por ano ¢ por um perfodo niio superior a dois anos, 0 qual inclui juros & taxa fixada por despacho do Ministro das Finangas. SUBSECCAO IE Permata de ens Im6veis ARTIGO 635 (Permata de bens inves) 1A permota entre um bem imével do Estado e outro bem imével apenas pode ser realizada se 0 Estado tiver especial interesse no bem imével a adquirire se os bens iméveis em causa forem de valor equivalent 2.0 procedimento de permuta é instrufdo pela Direogiio ‘Nacional do Patriménio do Estado. aplicado © procedimento de aquisiglo, com as devidas adapta CAPITULO IL Bens Méveis do Estado SECCAO 1 Vedculs ARTIGO 68 (ipas de vento») Os vetculos esti classiticados em: 4) veiculos de uso pessoal b) veieullos de servigo geral ARTIGO «5 (iro a yews de use pessoal) «a)o Presidente da Repablica; ) 0 Vice-Presidente da Republic: )0 Presidente da Assembleia Nacional; 0s Deputaclos 2 Assembleia Nacional ¢) 08 Presidentes dos Tribunais Constitucional Supremo e de Contas: ‘fo Procurudor Geral da Repiblica; '§) 0s Ministros de Estado, Ministros e Governadores Provinciais: 1h) os Procuradores Gerais-Adjuntos da Replica: #) 08 Secretirios de Estado, Vice-Ministros ¢ Vice- -Governadores de Provincia: 4) 0s Directores Nacionai 4) outros ttulares de Srgdos, dirigentes e funciondtios 408 quais a lei reconhega 0 direito de utilizagio de um vefoulo de uso pesos ARTIGO 66° (Caroeteristieas e modelas) (0 Titular do Poder Executive define as caracteristicas eo limite de prego dos veiculos que devem ser adquizidos pars los previstas nos artigos cada uma das categorias de anteriores, ARTIGO 67° (ldenieagio das meeesidades de Frotas) Cada servigo deve remeter, anualmente até 31 de Dezembro do ano anterior, informs Finangas sobre a composigo da sua frota ea estimativa das io ao Ministro das necessidades em termos de veicules para o:ano seguinte. ARTIGO 68: (Autorizago para aqusio) 1. 0 Titular do Poder Executivo, por diploma préprio, estabelece as condigdes téenicas,juidicas e econémicas para culos ¢ dos respectivos servigos asso- prévia no Orgamento Geral do Estado, pelas respectivas unidades orgamentais, ARTIGO 69° (Abate de vefculo) O abate de veiculos esté sujeito & autorizagio prévia do Ministro das Finangas. LSERIE—N.” 148 — DE 6 DE AGOSTO DE 2010, 1685 ARTIGO 70° (Competéncia para adguiri veiclon) Compete 20s servigos, apss a inscrigio prévia no Orea- ‘mento Geral do Estado, procederem aquisigo de ‘nos termos da legislagio sobre a contratagio piblica e sobre © patriménio piblico, los, ARTIGO 71 (Competénci para alenarvekuls) L. Compete @ Direcgaio Nacional do Patriménio do Estado alienar os veiculos que sejam da titularidade do Estado. 2. 0 Titular do Poder Executive pode delegar no Minis- {ro das Finangas poderes de determinar que seja a Delegagio Provincial de Finangas a alienar veiculos da titularidade do Estado, 3.0 procedimento de alienago de veiculos estabele- ido pelo Titular do Poder Executivo. SeCCAO ML Outros Bens Moves ARTICO 72° (Aaquisigo de bens mires) regime da contratago publica relativa a aquisigao de bens méveis € regulado por lei ARTIGO 73 (dinisteasio econservaso de bens mae) Os servigos devem zelar pela manulengiio e conservagio dos bens miveis em utilizagao, ARTIGO 74: (Allenaco de bens mévels) [Quando os bens méveis deixarem de ter uilidade ou se revelarem obsoletos, 0s mesmos so alienados pelo servigo {que os utiliza, mediante despacho do gestor do servigo. 2.A alienagiio referida no nimero anterior carece de autorizagio prévia do Ministro das Finangas quando os bens ‘ adicionar atinjam o seu valor residual 3. 0 valor residual referido no adimeto anterior é cal- culado tendo como base a taxa de amortizagao constante do classificador patrimonial, a ser aprovado por diploma proprio do Titular do Poder Executive, 4. alienagio € onetosa, devendo os bens serem aliens dos a0 valor de mercado. 5. Se os bens méveis nilo tiverem qualquer valor comer cial podem ser alienados gratuitamente 6, Deve ser organizado um procedimento proprio para aliens twansparéncia e da concoméncia. io dos bens méveis, no respeito dos prineipios da ‘TATULO IV Controlo da Gestdo do Dominio Privado das Autarquias Locais e do Patriménio Préprio dos Institutos PAblicos e de Outras Pessoas Colectivas Piblicas ARTIGO 75° (Regime jurico) Ags bens e direitos que integram o dominio privado das utanquias locais e © patriménio préprio de outras pessoas colectivas pfblicas ¢ aplicdvel um regime de direito privado za medida em que este no contrarie as normas de direito pliblico a que os mesmos esto sujeites, designadamente as previstas no presente titulo relativas uo controlo da sua esto. ARTIGO 762 (Comeroto da gestio) A gosto dos bens imsveis do dominio privado das autarquias locais e do patriménio priprio de outras pessoas colectivas publicas esta sujeita ao controle do Ministo das Finangas, nos termos das disposigdes seguintes. ARrIGO 772 (quisidoeallenagho de bens imsvels) ILA aquisiglo e a alienago de bens iméveis pelas autar- 4uias locais, pelos institutes piblicos ou por outras pessoas colectivas piblicas est sujeita as mesmas regras a que esti sujeita 2 aquisicZo e alienagSo dos bens imSveis do Estado. 2. Previamente & antorizago de alienagao de imsveis per- {encentes ao patriménio préprio de outras pessoas colectivas, € ouvido 0 titular do departamento min tmtela sobre a entidade titular do bem imével terial que exerce a 1686 DIARIO _DA REPUBLICA ‘THULO Vv Dever Especial de Informagio Sobre o Patriménio Préprio das Entidades Empresariais Pertencentes ‘a0 Sector Pablico ARTIGO 78 ever de nformagio) 1. Asempresas paiblicas e sociedades com capitais maio- ritéria ou exelusivamente piblicas estio obrigadas a remeter anualmente informagio ao Ministério das Finangas sobre a aquisigdo e alienagio de patriménio proprio, com indicagio dos valores das respectivas trunsaegies. 2..A informagtio prevista no niimero anterior & remetida até 20 dia 31 de Janeiro do ano seguinte ao ano a que se reporta a informagao. TITULO VI Registo ARTIGO 79° (ever de regio) 1. Os servigos do Estado, as autarquias locais, os institu- 10s pliblicos ¢ outras pessoas colectivas puiblicas, quando adquiram bens iméveis ou bens méveis sujeitos a re cstio obrigados a diligenciar pelo respectivo registo nacom- petente Conservatéria, no prazo de 60 dias apés a data da respectiva aguisigio, 2.08 actos de registo de iméveis na respectiva Conser- \atéria devem ser praticados nos 30 dias seguintes & data da assinatura da respectiva escritura piblica, celebrada perante notério entre verkledor e comprador. 3. Os actos de registo de méveis sujeitos a registo na respectiva Conservatéria devem ser praticados nos 30 dias seguintes data do pagamento da aquisigo, mediante a centrega obrigatéria, pelo vendedor, das respectivas declara- ‘ges de compra e venda de cada unidade. 4. Salvo disposigo legal em contrério, © Estado, as autanquias, os institutos pblicos e outras pessoas coleetivas puiblicas no podem alienar bens iméveis ou bens méveis sujeitos a registo sem que tenham procedido & regularizagio da sua situagao registral prevista no corpo do presente artigo. ARTIGO (teguavizagio registra) 1.0 Estado deve regularizar a situagao juridica dos bens Jim6veis integrados no seu dominio privadodesignadamente ‘mediante a utlizagdo de um mecanismo especial de regulae izagio registeal criado por lei. 2. Compete i Direegfio Nacional do Patriménio do Estado do Ministério das Finangas instruir 0 procedimento ‘do mecanismo especial de re-gularizayo registral previsto no ‘imero anterior, independentemente de qual 0 servigo ou cntidade, pablica ou privada, que administra, utiliza ou tem a seu cargo 0 bem imével cuja situaglo juridica earega de regularizagio a favor do Estado. ‘TETULO VIL Inventirio dos Bens Pablicos ARTIGO SI (Onjeetives do nventict ‘Sto objectivos do inventéto: 4) 0 conhecimento da natureza, da composico e da tilizago dos recursos patrimoniais piblicos, com vista a uma geste coerente ¢ racional desses recursos +b) 0 apuramento do valor dos bens publicos, segundo rwgras e métodos adequados e consoante a natu- reza desses bens, em orem a servir de base a0 Balango do Estado eh Conta Geral do Estado, ARTIGO 82° Obrigatoriedade de fnventariago) 1. Os servigos do Estado, através das secrotarias gerais do Ministério de tutela, as autarquias locais, os institutos pabli- cos € outras pessoas colectivas piiblicas estdo obrigados a inventariar todos os bens patrimoniais, os direitos e as obri- ‘gages que recaiam sobre esse tipo de bens, de que sejam titulares, administradores ou utilizadores, 2. Asautarquias locas, os institutos pblicos¢ outras pes- soas colectivas piblicas estdo igualmente obrigadas a inven tariar todos os bens iméveis do dominio privado do Estado que administrem ou que lhes estejam afectos. 3.A Direegtio Nacional do Patriménio do Estado ests obrigada a inventariar todos os bens do dominio privado do Estado em situagdo de disponibitidade que estejam sob sta administragdo. ARTIGO 3° (Odjectodoinventiioy 1. Sto inventariados os hens patrimoniais e os diteitos © obrigagies a eles inerentes, quer os mesmos esteja zgrados no dominio paiblico ou no dominio privado e sejam situados em tervt6rio nacional ou no estrangeiro. ine- 2.0 disposto no n.* 1 é igualmente apliedvel aos bens © direitos do Estado integrados no patriménio cultural LSERIE—N.” 148 — DE 6 DE AGOSTO DE 2010, 1687 3.A inventariagdo de bens ¢ efectuada em conformidade ccom as respectivas instrugdes aprovadas pelo Titular do Poder Exec! ARTIGO 81° semrio especial dos bens fects fins de defesamiltiare 0s Ser ios de lteligneta) [Por mizaes de seguranga nacional, estto exeluidos do inventério dos bens do Estado, os bens especialmente afectos, 4 fins de defesa militar ou aos Servigos de Inteligéncia, 2. Os bens do Estado especialmente afectos a fins de defesa militar ou a Servigos de Inteligencia devem ser objecto de inventirio especitico organizado pelas Forgas Armadas ¢ pelos Servigos de Intelig@ncia, 3.0 disposto nos niimeros anteriores niio prejudica a obrigatoriedade de inventariagao relativamente aos restantes bens afectos as Forgas Armadas € aos Servigos de Inteli- ARTIGO 85 (esponssbiidade pela crgantzagiee control do inventérte de nen io) Compete & Direego Nacional do Patriménio do Estado “organizar e supervisionar a inventariagio dos bens pablicos, devendo emitir os competentes esclarccimentos ¢ garantindo {qualidade da informago constante do suporte do inventirio. ‘TITULO VII Avaliagiio Oficial ARTIGO 86° (Noga0) 1A avaliagio oficial & a avaliagdo promovida pela Direcgiio Nacional do Patriménio do Estado ¢ homologad pelo Ministro das Finangas, 2.Aavaliagiiow que se refere o nimero anterior pode ser realizada pelos téenicos da Direcgio Nacional do Patrimé- aio do Estado ou contratada a entidades ou técnicos especia- lizados. 3. A avaliago oficial € realizada segundo critérios ¢ _nétodos a estabelecer por deczeto executive do Ministo das Finangas, ‘TATULO 1x. Inspecgao ARTIGO $72 (Objectives) 1. O Estado deve proceder& inspeegto peridica dos seus bens, designadamente para efeitos de verificago do seu estado de conservagio, da regularizago da sua situagio {ridica, do efectivo cumprimento do fim de interesse pablico para o qual foi afecto e do cumprimento das disposigdes da presente lei 2. As acgdes de inspecetio podem recaie sobre o patiims= rio das autarquias Tocais, dos institutes pablicos ¢ de outras pessoas colectivas piblicas para efeitos do controlo da ges- ‘do do patriménio dessas entidades, designadamente para efeitos de realizagio de avaliagio oficial ARTICO 88 (Competéneia) Compete & Direcgiio Nacional do Patriménio do Estado a realizagio de acgbes de inspecedo previstas no artigo ante- rior, mediante despacho de autorizago do Ministro das Finanga ARTIGO 89° (Credenial) (0s inspectores da Direegd0 Nacional de Patsiménio do Estado para realizar as uegdes de inspecgio, devem apresen- tar credencial devidamente assinada pelo respective Direc tor Nacional ‘THTULO X Despejo Judicial ARFIGO 90° (Procedimento para despejo judicial) 1. Nos casos em que se verifique ocupagio ilegitima de qualquer bem imével do Estado pertencente ao dominio pico ou privado por entidade pablica ou privada, deve 0 departamento competente do Poder Executivo autuar a es: pectiva infracgio © remeter os autos ao Ministério Pablico para a promogdo da respectiva aegao judicial. 2. A acgio judicial referida no niimero anterior deve ser célere e presente ao Juiz no prazo maximo de 30 dias, 43. A tramitagdo processual dos processos referidos 10 pre sente artigo deve seguir os termas a Lei do Processo Civil 1688 DIARIO _DA REPUBLICA ‘TATULO Xt Disposigdes Finais ARTIGO 91 (nformagao i Assembleta Nacional) 1.0 Titular do Poder Executivo apresenta & Assembleia Nacional um relatério anual com informagio relat agui- siglo oneragio e alienagio de hens imveis do dominio pri- vado do Estado, das autarquias locais, dos institutos pablicos € de outras pessoas colectivas publicas Grio deve conter informagio relativa a identi i0 dos bens iméveis, © valor da avaliagio im6veis, 0 valor da transacgio, a identifica dadatae autor 0 € localiza oficial dos ben io dos contraentes, bem como a identifi do respectivo despacho de autorizagio. 3.0 relat6rio & apresentado & Assembleia Nacional, até 20 dia 31 de Outubso, 4, Sem prejuizo do disposto nos niimeros anteriores a _Ascembleia Nacional pode solicitar a0 Titular do Poder Exe- cutive a prestagdo de informago suplementar sobre a aqui= sigio oneragao ¢ alienagio de bens im6 ARTIGO 92° (utiaade) A inobserviincia dos principios e das demas disposigdes da presente lei determina a nulidade dos actos juridicos de aquisigdo, administrago ou de alienagio do patriménio pablico. ARTIGO 935 (Aproragio de diplomas regulamentares) © Titular do Poder Executivo aprova os diplomas regu- lamentares necessérios & execuco da presente lei, no prazo de 180 dias a contar da data da sua entrada em vigor. ARTICO 95° (Revogucio) ‘iio revogadas todas as disposigdes legais que contrariem © disposto na presente lei ARTIGO 95 (Entrada em viger) A presente lei entra em vigor no primeiro dia do més seguinte ao da sua publicagio. 1 € aprovada pela Assembleia Nacional, em Luands, ‘08 22 de Junho de 2010. © Presidente dai Assembleia Nacional, Ansénio Paulo Kassoma. Promulgada aos 19 de Julho de 2010, Publique-se, © Presidente da Repiblica, Jost Eovanbo bos Sastos. PRESIDENTE DA REPUBLICA Despacho presidencial n 33/10 de 6ae Agosto Considerando a necessidade do prosseguimento das act Vidadles da Comissdo Interministerial para ox Acordos sobre ‘as Aguas Internacionais ctiada ao abrigo do Despacho Presi- dencial n.° 34/09, de 5 de Outubro, ¢ no Ambito da organi: ‘zagio ¢ funcionamento dos Srgios essenciais auxiliares do Presidente da Repiblica, aprovado através do Decreto Presi dencial n.° V10, de 5 de Margo, torna-se imperioso proceder ‘2 um ajustamento formal da referida comisséo. © Presidente da Repiiblica determina, nos termos da linea d) do artigo 120." ¢ do n.° § do artigo 125.°, ambos da Constituigo da Repiblic oseguinte: 1° ~E reajustada a composigao da Comissao Interm- nisterial para os Acordos sobre as Aguas Internacionais, criada a0 abrigo do Despacho Presidencial n° 3409, de 5 de Outubro, Coordenada pelo Secretirio de Estado das Aguas, passando a integrar as seguintes entidades: 4) José Amaro Tati — Secretirio de Estado da Agri- cultura; +) Joaquim Silvestre Anténio — Seeretitio de Estado ddo Urbanismo e Habitagdo; ) Joo Baptista Borges — Secretério de Estado da Energia; 4) Syanga Abilio — Vice-Ministro do Ambiente; ¢) Joo Alves Monteiro — Viee-Ministro da Justia J) Ana Maria de Sousa e Silva — Seeretéria-Adjunta, do Conselho de Ministros, = As cividas e omissdes resultantes da interpretagéo aplicagio do presente diploma sio resolvidas pelo Presi dente da Republica,

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