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290 Procrastinacao Leaby, RL, Tireh, D., &¢ Napotitanoy L. AL (2013) Regulagéo emociomal em priconerapia [Um guia para o terapeuta cognitivo-compor- tamental Porto Alegre: Armed. Dychyl, T. A. & Plett, G. L, (2012), Pro- crastination and self-regulatory falure: An in- ‘woduction to the special issue, Journal of Ravional-Emotive & Cognitie- Behavior There- (pp. 30, 203-212. Sirois, FM. (2007), “Tl look afice my health, later”: A replication and extension of the procrastination health model with com. ‘munity-dvelling adults. Personality and Pndi- adual Differences, 43, 19-28 Solomon, L. J. & Reshblum, £. D. (1984). ‘Academic procrastination: Frequency and cog: nitive-behavioral correlates. Journal of Coumie- ling Bycholgy, 31, 503-509. isiespeciic cognitions. Journal of Social Be. Iavior and Penonaiy, 13, 297-312. Secel, P2007). The nature of procrastination ‘A mewanalytic and theorercal review of Gquimesential sel-reguatory failure. Pyohol gic Bulletin, 133, 65-94. 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No entanto, além desses aspectos, vocé cons- tantemente se critica quando nao consegue atingir suas expectativas e fica Pensando repetidamente sobre isso? Tem preocupacées excessivas em co- ‘eter erros ¢, caso os cometa, pensa que seré algo terrivel? Acredita ser di- ficil atingir os padres dos outros ou que as outras pessoas nao correspon- _ dem as suas expectativas? Nesse caso, essa busca pelo alcance desses pa- dives pode nio estar sendo tio eficaz, levando vocé a grande carga de es- tresse ¢ sofrimento. Como voct jé deve ter percebido: existe uma signifi- _ Sativa diferenga entre um desejo de superagio e 0 perfeccionismo. Mas, afinal, o que é perfeccionismo? Existe muita discussao sobre © tema, pois, alguns pesquisadores apontam aspectos positives do perfec- cionismo, como no primeito exemplo acima, ¢ aspectos negativos, como ‘Material psicocdutiva para o cliente di ‘edicora com br/psicosacapp : : cle ny Pry inom, Me, La) CHa 8 Fey G. Lfretooemode A {too Tae posits and eh nnd Dire, 3040158 ponivel em Sinopsys APP ou pelo link wwwsinopsys 292 Perteccionismo - - no segundo. Entretanto, a0 nos referirmos ao perfeccionismo, estaremos nos referindo aos seus aspectos disfuncionais. Podemos entao definir per- feccionismo como uma tendéncia em manter padres elevados, associada ‘asoftimento subjetivo e prejuizos significativos. Apesar de padres eleva dos serem iiteis, o perfeccionismo esté relacionado a padrées tio altos que, na realidade, acabam interferindo no desempenho, Podemos enten- der o perfeccionismo sob trés dimensbes (Hewitt & Flett, 1991). 1. Perfeccionismo auto-orientado: uma ampla motivagio interna em ser perfeito, Tendéncia em estabelecer para si padroes irealisas, dficeis cu impossives de serem atingidos, por exigiem grande esforgo, e também de serem mantidos. Esses padres tendem a estar associados a uma ausocri- tica severa,além da inabilidade em aceitar os proptios errs ¢ falhas. 2. Perfeccionismo orientado para os outros: tendéncia em estabe- lecer, para os outros, padrées exigentes, julgando rigorosamente e criti- cando 0 comportamento das outras pessoas. Perfeccionistas deste grupo uitas vezes no conseguem delegar tarefas para terceiros pelo medo de serem desapontados por um desempenho diferente de suas expectativas. 3, Perfeccionismo socialmente prescrito: esses perfeccionistas ge- ralmente acreditam que as outras pessoas possuem grandes expectativas sobre eles, sendo que estas sio praticamente impossiveis de serem atin- gidas na maiotia das vezes. Perfeccionistas deste grupo também acredi- tam precisar alcancar estas expectativas para que tenham valor ¢ aprova go dos outros. Diferentemente do perfeccionismo auto-orientado, ccujas expectativas si impostas pela prépria pessoa, estes perfeccionistas acreditam que os elevados padrées s4o impostos pelos outros. ‘A origem ¢ o desenvolvimento do perfeccionismo sio temas de versas pesquisas, as quais vém apontando para fatores genéticos € cogt tivos ligados ao aprendizado, Os modelos parentais parecem ter grande influéncia no desenvolvimento do perfeccionismo. Pais rigidos e pais perfeccionistas sio ambos preditores de perfeccionismo. Individuos cujos pais sio muito rigidos acreditam que estes iro realizar comenti- Psicoeducagéo em Terapia Cognitivo-Comportamental_ 293 rios criticos sobre seu comportamento ou desempenho e, assim, acabam se exigindo, tendo baixa tolerancia ao erro. Neste caso, para evitar a cri- tica, querem que saia tudo perfeito. Jé individuos com pais perfeccio- nistas possuem uma tendéncia em imitar estes padres elevados de exi- géncia, de uma forma automdtica. Mesmo que os pais nao sejam t40 exigentes com os filhos, ocorre a internalizagao desses padrées ¢, conse- quentemente, a busca pela perfeicio. De uma forma ou de outra, as pessoas perfeccionistas pagam um prego elevado demais por esta busca _de perfeigao, a qual nem sempre vale a pena. ‘Outros fatores inter-relacionais, como abuso emocional sofride na infincia (p. ex.: fofocas, exclusdo das atividades), também se mostram como preditorcs de perfeecionismo, sobretudo no perfeccionismo auto- orientado e socialmente prescrito. Evidentemente, a cultura na qual estamos inseridos também possui ‘um papel significative na construgao de padrées perfeccionistas. Desde muito cedo, podemos aprender a nos sentirmos valorizados apenas quan- do temos sucesso ou conquistamos algo. Além disso, € comum observar- ica competitiva nas escolas, no trabalho e até mesmo dentro de casa. Isso significa que o proprio desempenho muitas vezes nio é sufi- sciente para o alcance de certas expectativas, o que leva a nos compararmos € tentarmos superar o desempenho dos outros, desconsiderando nossas ‘préprias limitagdes. Nesses casos, a forma como a prépria pessoa se avalia nndo esti associada ao esforco e a busca por superagio, mas diretamente ‘associado a0 resultado, sendo um dos prontos centrais do perfeccionismo. © perfeccionismo muitas vezes esti associado a outros problemas, ‘Nio é apenas um mantenedor de diversos transtornos psicolégicos rela- cionados & ansiedade, humor, fadiga crénica e distisbios alimentares, mas também possuii importante papel no desenvolvimento destes quadros. Por ‘este motivo, o perfeccionismo é uma caracteristica presente em diversos diagndsticos, sendo aspecto da cogni¢io e/ou comportamento que pode ontribuir para a manutengio de outros problemas psicolégicos. Pessoas perfeccionistas também podem ter problemas como raiva ‘excessiva, estresse, dificuldade nos relacionamentos, ¢ outros relaciona- 294 Perfeccionismo dos a altas expectativas que se tem dos outros. Além disso, a presenca recorrente de uma grande carga de estresse e do sentimento de raiva pode causar um desequilibrio do sistema imunolégico, aumento da pressio arterial, dificuldades de sono, entre outros problemas, (es Q ) Dica ao terapeuta | escuisasrecentes tm investigadoo pefesonsme também como um trago de pasora idace. Ness sence, 0 prlecconsmo pve vir a sr tanto um pedir, quanto um ator tmantenedor de cuts trantomos, como os lgades 8 ansiedage hurr, possundo um Caratorranediagnéetce, Sendo astm, tora-sehndamenta uma cara coneitalizac30 39 aso, identficando © papel central do pereccionismo, para a construgdo de um plano de tratamentoefica, Umas das primeiras coisas que aprendemos ao entrar em contaro com a Terapia Cognitivo-Comportamental € que nao sio as situagdes que vivenciamos que possuem tanta influéncia no nosso estado de hu- ‘mor, mas sim a interpretagio que fazemos delas. A forma como damos sentido as nossas experiéncias, analisando ¢ interpretando as situacoes, faz. com que apresentemos certas respostas emocionais, comportamen- tais ou fisiolégicas. Pense rapidamente em uma situagao na qual vocé se sentia muito apreensivo, realizando um trabalho, por exemplo, © que estava passan- do na sua cabega naquele momento? Seri que todas as outras pessoas também vivenciavam © mesmo sentimento que vocé, ou cada um en- frentava a situagio de um jeito diferente? Psicoeducagao em Terapia Cognitive-Comportamental 295 ‘A maneira como interpretamos determinadas situagées influencia nossas reagdes, ¢ no o proprio acontecimento. Nossa interpretagio in- fluencia diretamente nossas emoges, nossos comportamentos € nossas reagdes corporais, Sendo assim, pessoas que tém pensamentos perfeccio nistas (p. ex.: “eu devo ser perfeito”) tendem a ter comportamentos coe- rentes com essa interpretacéo sobre si mesmo. Esse comportamento tanto pode confirmar esse pensamento (p. ex.: verificar repetidas vezes s¢ 0 trabalho esté feito com perfei¢a0), quanto evitar entrar em contato ‘com cle (p. ex.: adiar uma tarefa). A evitagio é muito comum no per- feccionismo, uma ver que os padrées clevados geram um significativo nivel de ansiedade e estresse, fazendo com que o individuo se engaje em ‘outcas atividades que aliviem esse estado emocional. ‘Além disso, fazemos avaliagdes sobre diferentes situacées, sobre nds mesos, sobre nosso futuro ou sobre os outros. E elas podem ser equi- vyocadas. Infelizmente, muitas vezes nao questionamos nossas avaliagées, tratando-as nao como uma possibilidade, ¢ sim como verdade absoluta ‘¢ inquestionavel. Estas avaliagdes podem ser chamadas de “pensamentos distorcidos’ (Beck, 2013). Alguns desses pensamentos distorcidos si0 muito comuns na vida de ‘uma pessoa perfeccionista. Observe alguns exemplos (Beck, 2013). Atengao seletiva: acontece quando um aspecto de uma situagao vira 0 foco da atencio, a0 mesmo tempo em que outros aspectos sio desconsiderados. Por exemplo: “Apesar de ter sido aprovado no vestibu- lar, nio fiquei entre os melhores”; “Porque eu cometi um erro de portu- gués no meu relatério, rodo meu trabalho esté arruinado”. Tirania dos “deveria”: este é um dos pensamentos distorcidos mais presente na vida de uma pessoa quie seja perfeecionisra ¢ ests rela- cionado a regras e padres que o individuo estipula para si ou para os ‘outros. Por exemplo: “Eu devo sempre ser © melhor"; “As pessoas de- vvem se esforgar ao maximo”, Catastrofizagao: esté relacionado em imaginar 0 pior cenério possivel frente a uma situagao, na qual qualquer deslize serd percebido 296 Perfeccionismo como insuportavel de lidar no futuro: Por exemplo: “Se meu relatério nao estiver perfeito, poderei perder o meu emprego”; “Meus colegas nunca mais rio me dar credibilidade caso eu cometa uma falha’. Pensamento “tudo ou nada”: diz respeito a apenas duas formas de intexpretagio de um evento, geralmente extremas, ou seja, intimeras ‘outtas possibilidades para a mesma situacéo acabam sendo desconside- radas. Por exemplo: “Se eu nao tirar a nota méxima na prova significa ‘que sou um fracasso”; “Se eu esquecer algum dado na apresentacio, en- to todo meu preparo nao valeu a pena’, Rotulagio: esté ligado & tendéncia em rotular a si e/ou os outros, frente a determinadas situagées. Geralmente ocorre quando vocé ou al- ‘guém no atinge os elevados padrées, estando relacionado @ uma auto- critica severa. Por exemplo: “Sou um fiacasso”; “Ela € uma pessoa in- competent”. Personalizagéo: também relacionado ao fator de autocritica se- vera, este erro de interpretagio ocorre ao atribuir toda a responsabili- dade por resultados negativos a si mesmo, desconsiderando todos os outros facores que também podem ter contribuido para tal situacao. Por exemplo: “Se esse projeto nao for fechado, a culpa ¢ inteiramente minha”; “Se 0 meu casamento nao deu certo, é porque eu nio fui o melhor parceito”. Dica ao terapeuta A prinepal forma de auliar os individu aterem malo etblizagao cogitiva é através da identicagao a questionamento das distorcdes cognitvase pensamentos. iso pode ser feito através de restos ou mesrra durante a sessio de terapa. € importante que 0 terapeuta se atente 20 fato de que pacientes perteccioristas poder apresentar padres muito rigs ra tentatva do responderem “certo" nos reistros de pensamento, de perderem tempo organizando,revisando ou até mesmo evtando o regs Psicoeducacdo em Terapia Cognitive-Comportamental_ 297 Até 0 momento vimos a definigao de perfeccionismo, sua origem e como nossos pensamentos influenciam os comportamentos perfeccio- nistas. Agora vamos entender como tudo isso esti relacionado man- dm este problema, ‘© que constitui o problema do perfeccionismo nio sio os padroes € as -metas por si 6, mas sim 2 rigider em se autoavaliare/ou avaliar os outros ba- seado no alcance desses padrées. Sendo assim, a relaséo de dependéncia en- trea forma como a pessoa se avalia e alcance dos padrées é o ponto principal ‘na manutengéo do problema. © modelo a seguit, proposto por Shafran (2010), ilustra bem como todos os processos vistos até agora se complemen- tam ¢ mantém 0 ciclo do perféccionismo, sustentando essa ideia bisica. [se iaepeecis | on ja tsar ee stereos dae Figura 24.1 0 ciclo do perteccionisma e sua manutengéo. Fonte: adaptada de Shafran e colaboradores (2010). 298 Perteocionismo _ Os padrdes rigidos ¢ extremamente clevados (“Preciso sempre obter 6timas notas nos estudos”) sio aspectos centrais no perfeccionismo. Esses padres inflexiveis so acompanhados por alguns pensamentos distorcidos (“Se eu nao obtiver a nota desejada, isso quer dizer que sou incompetente”), como jé apresentados, e, consequentemente, comportamentos coerentes com essas interpretagSes (estudar todos os dias durante longas horas). Frente a esses padres inflexiveis, pessoas que sio perfeccionistas podem acabar em diferentes situagoes, como nos exemplos a seguir. 1) Podem atingir seus objetivos, mas mesmo assim desvalorizar seu préprio desempenho (“A prova estava muito ficil, tiverem alunos que ti- raram uma nota maior que a minha’). Neste caso, a pessoa acaba nao tendo prazer ou satisfacio nas suas realizagées, focando apenas no que po- deria ter sido melhor € nfo naquilo que foi realizado ou conquistado. 2) Colocam metas elevadissimas, impossiveis de serem alcancadas «depois se criticam por néo terem conseguido alcangar seus objetivos. 3) Interpretam as falhas ou fracassos como grandes tragédias ou ‘exemplos de que nao possuem valores ou capacidades, ¢ néo como algo ocasional ¢ que faz parte da vida. O medo de falhar pode ser tao grande que o individuo se esforca excessivamente para que nada de er rado ocorra. Estas situagées resultam em uma intensa autocritica, 0 que leva a0 questionamento dos seus préprios valores. Sendo assim, nao ¢ raro que pessoas perfeccionistas passem a evitar ¢ adiar certas tarefas, uma vez que elas sao vistas, equivocadamente, como uma prova de que nao sé0 boas o suficiente, gerando um significativo nivel de estresse ¢ ansiedade. { ) Dica ao terapeuta - \ RO © paresionis pode presenta ilerentes dimensbes:auo-oeniade, crertaca pare 0 otras ‘ecu sockmente preserta. Seno assim, ¢fundamentaieniicar ce que fora oparecceismo eth presente na vide co lt para que se posse utlzar estratigas ce trtamentoadaquaas, Psicoecucagao em Terapia Cognitivo-Comportamental_ 299 Como posso lidar com = / o perfeccionismo? ‘Com base no modelo apresentado, tente refletir em como voce pode estar mantendo o ciclo do seu perfeccionismo, Quais so os fato- res por tris da sua severa autocritica, o que vocé faz para compensar as elevadas metas que busca atingir e a que conclusées sobre si mesmo vyoct chega quando seus padrées nao sio arendidos? Durante 0 tratamento psicoterépico na Terapia Cognitivo-Com- portamental, vocé iré aprender estratégias que 0 ajudarao no manejo do perfeccionismo. © autocomhecimento e a psicoeducagéa: Como visos, hé mui- tos motivos pelos quais uma pessoa é perfeccionista, bem como sao int- meros 0s farores que mantém esse padrio, Entender a sua histéria e ‘compreender sua particular rela¢io com esses aspectos ligados ao per- feccionismo serd fundamental para que ocorra uma mudanga, Identificar e questionar os pensamentos distorcidos: Lembre-se de que os seus pensamentos possuem um papel fundamental em suas respostas emocionais e comportamentais. Vocé poderé ativamente iden- tificé-los, questioné-los e modificé-los, caso sejam pensamentos distor- Cidos, respondendo de maneira mais adaptativa frente as situagdes. Experiéncias para construcio de novos comportamentos: Identificar ‘e modificar ns pensamencos distorcidos que vém causando considerdvel des conforto a0 longo da vida ¢ um processo fundamental, mas 6 estar cons- lente disso, algumas vees, pode no ser suficiente. Sendo assim, a proposta € que vocé possa gradualmente vivenciar novas experiéncias, verificar as con- Sequéncias de se agir (de forma diferente) de acordo com um pensamento especifica «, entio, estabelecer novas estratégias capazes de flexbilizar pa- dides ¢ valores rigidos, interrompendo o ciclo do perfeccionismo. 300 Perfeccionisno Aceitagio © autocompaixao: individuo com perfeccionismo esté sempre acompanhado de uma autoctitica severa, tendendo a se atribuir responsabilidades, se culpar ¢ rotular negativamente qualquer deslize co- metido por ele mesmo, Nesse sentido, seu terapeuta ird ajudéclo a desen- volver uma postura autocompassiva, envolvendo tolerincia, nio julga- mento ¢ aceitagao, aN / -( oe ) Dica ge terapeuta ; / importante identicar as estratigos de manuteno do pertecionisro, sjam elas cogntvas ‘uueomporarentas, colaboratamente constr expeneos camporamentats que autife™ 0 clone a fiesbizs-las. fundamental que, junto com o clit, crie-se uma esr de ‘enentamete, comecando pelos expermentes de menor dfiuldade, Dessa forms, obetia-s2 'eforgaro senso de auiveficsca, para ndo marter as esvatgis reacionadas ao perecconism, Mais imporianie que o resultado final 60 proceso, a busca de flexiaiizagan. Sera que posso conseguir? ‘No é téo simples modificar uma caracteristica que acompanha uma pessoa hd varios anos. Ao mesmo tempo em que ficamos cansados ¢ exaustos diante de tanto esforgo para realizar tudo de forma perfeita, 0 e- cio, o medo de falhar e das suas consequéncias podem nos paralisar € nos deixar ansiosos. Existeut profissionais especializados, como os psieslogos, que podem Ihe ajudar a encontrar solugées ¢ novas formas de pensamen- toe comportamento, E preciso ter calma, paciéncia, dedicagio. Lembre-se de que a mu- danca de um modo de pensar nio ¢ alcangada de um dia para 0 outro, € que as falhas fizem parte da vida ¢ nos acompanham em todo novo de- Psiooedusagao em Terapia Cognitive-Comportamental 301 safio que enfrentamos. Os maiores obsticulos provavelmente acabam sendo construidos por vocé mesmo, devido aos elevados padrées ¢ gran- des expectativas. Se até aqui vocé atingiu diversas metas em sua vida, apesar do sofrimento causado pelo seu perfeccionismo, imagina 0 quio satisfatério ¢ gratificante poderio ser suas conquistas quando adotar pa- drées mais flexiveis! / \ Oqueeuaprendiecomo \ ey posso passar para acdo? ] (i | Bibliografia sugerida para x Sy consulta do terapeuta Anoay, M, M, & Swinson, RR (2009). Washington, DC: American Poychological When perfect init good enoag Seatgies for Assocation coping with perconsm (ed). Onan, ek ate tp : feaattis Shafran, R., Egan, S. J. 8 Wade, T. D. oe (2010). Overcoming perfectionism A self- Baan S.J et ale QO14). Cigntie-ehaviond! ein guide using cognitive-behaviou- ‘reasmens of perfectionism. NewYork: Guilford raf vechniques. London: Constable & Ro- Fler, G. L. & Hewie, PL. (Eds) (2002). binson. Pegectionion: Veory, esearch, and eaten

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